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HOMEOSTASIA DA GLICOSE CARBOIDRATOS INTRODUÇÃO, CONCEITO E ESTRUTURAS SÍNTESE INICIAL: FUNÇÕES: Fonte de energia Estrutural FÓRMULA EMPÍRICA: • [C(H2O)]n • Alguns contém: N, P, S • Exemplo: C6H12O6 ESTRUTURA: ALDOSES E CETOSES Formação cíclica em solução MONOSSACARÍDEOS: LIGAÇÃO GLICOSÍDICA: Dissacarídeos Quando duas moléculas de glicose se juntam formam a maltose. Dissacarídeos Lactose: glicose + galactose é o principal carboidrato do leite. 37 Polissacarídeos • São polímeros de dez, cem ou até milhares de unidades monossacarídicas unidas por ligações glicosídicas. • Suas funções mais importantes na bioquímica, nos animais ou nas plantas, é de fonte de reserva/armazenamento de energia componente estrutural. POLISSACARÍDEOS • Homopolissacarídeos • Heteropolissacarídeos • Linear • Ramificado Amido (a-D-Glicose)n 41 Glicogênio (a-D-Glicose)n 42 Celulose (b-D-Glicose)n Quitina (N-acetil- ß-D-glicosamina)n DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS NO CONTEXTO DO CONTROLE DA GLICEMIA SECREÇÕES DO APARELHO DIGESTIVO: Aparelho digestivo Digerir e criar condições para a digestão dos nutrientes. • Principais secreções: • Saliva • Secreções gástricas • Secreção pancreática • Secreção intestinal • Bile Ingestão MICROVILOSIDADES: PRINCIPAIS CARBOIDRATOS: • Monossacarídeos: • Glicose • Ribose e desoxirribose • Frutose • Dissacarídeos • Sacarose (glicose + frutose) • Lactose (glicose + galactose) • Maltose (glicose + glicose) • Polissacarídeos • Amido (ligações α 1-4) • Glicogênio (ligações α 1-4 e α 1-6) ETAPAS DA DIGESTÃO: • Inicio na cavidade oral – ação da amilase salivar. • Continua no bolo alimentar protegido do suco gástrico. • Duodeno – ação da amilase pancreática • Amilase catalisa a hidrólise das ligações glicosídicas do amido (amilose e amilopectina) ou do glicogênio • Liberam maltose e maltotriose ETAPAS DA DIGESTÃO: • Etapa final completa-se pela ação das dissacarídases: Enzimas localizam-se na membrana apical das microvilosidades intestinais. • Lactase (β-galactosidase) – hidrólise da lactose à glicose + galactose. • Maltase (α-glicosidase) – hidrolisa a maltose à glicose + glicose • Sucrase (α-glicosidase) – hidrólise da sacarose à glicose + frutose • Sacarídeos não hidrolisados, não podem ser absorvidos. ABSORÇÃO: • Família de transportadores de glicose: GLUT • Genes são expressos nos tecidos na forma tecido-específica. • Exercício e hipóxia estimula GLUT. ABSORÇÃO: • Principais isoformas da GLUT: GLUT 1 Músculo, coração, barreira hema- encefálica, células da glia, placenta Membrana plasmática Alta afinidade, nos eritrócitos facilita transporte em ambas as direções. GLUT 2 Fígado, pâncreas, intestino, rim. Membrana plasmática Influxo e efluxo, presente nas células β-pâncreas GLUT 3 Neurônio, rim, placenta Membrana plasmática Alta afinidade GLUT 4 Músculo, tecido adiposo, coração, blastocistos Membrana plasmática Alta afinidade GLUT 5 Músculo e espermatozóide. Vesícula do sarcolema Frutose preferencialmente ABSORÇÃO INTESTINAL: ABSORÇÃO DE MONOSSACARÍDEOS: PÂNCREAS – GLÂNDULA MISTA AÇÕES DA INSULINA Ação da Insulina Efeito Captação de glicose pelas células Glicemia Formação de glicogênio Glicemia Glicogenólise Glicemia Gliconeogênese Glicemia Síntese protéica [Aminoácido] sanguíneo Deposição de lipídios [Lipídio] sanguíneo Lipólise [Cetoácido] sanguíneo Captação de potássio pelas células [potássio] sanguíneo GLICÓLISE GLICÓLISE Série de reações químicas que irão quebrar a molécula de glicose gerando energia química (ATP) de forma direta ou indireta NADH + H+ Para a transformação da molécula são gastos 2 ATPs e gerados 4 ATPs O processo é realizado em 10 etapas, gerando como produto final o piruvato, molécula que será encaminhada a via aeróbica ou anaeróbica dependendo as condições e do tipo celular. CONCEITO • Processo de transferência de energia da molécula de glicose para outros compostos energéticos através de reações enzimáticas. Glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi -----------> 2 NADH + 2 piruvato + 2 ATP + 2 H2O GLICÓLISE • Ocorre em todas as células do corpo humano • Degradação ocorre no citosol – não necessita de O2. • Pode seguir uma via aeróbica ou anaeróbica. • Influenciado pela necessidade de energia. 2 FASES 1ª fase: Investimento 2ª fase: Pagamento 30 ATP 2 ATP CICLO DE KREBS – CICLO ÁCIDO CÍTRICO • Oxidação da matéria orgânica até CO2 pela transferência de e- para o NAD e FAD • Ocorre na matriz mitocondrial • Ciclo intermediário na produção de ATPs, fornece e- para a cadeia respiratória (cristas mitocondriais) • Corpos cetônicos • Carboidratos • Ácidos Graxos • Aminoácidos A Função do Ciclo de Krebs é oxidar a matéria orgânica, ou seja retirar elétrons do que foi obtido pelo organismo (Alimentação ou Jejum) O Ciclo de Krebs é considerado um ciclo intermediário na geração de energia pois gera elementos (NAD e FAD) que serão convertidos em energia (ATP) em processo (Cadeia respiratória) Diretamente gera apenas duas moléculas de energia (ATP), por glicose CICLO DE KREBS – CICLO ÁCIDO CÍTRICO • 1º reação: Piruvato+CoA+NAD àAcetil-CoA + CO2+ NADH • Saldo: 4 NADH, 1 FADH2, 1 ATP, 2CO2 (do acetil) por piruvato CICLO DE KREBS – CICLO ÁCIDO CÍTRICO CICLO DE KREBS – CICLO ÁCIDO CÍTRICO CICLO DE KREBS – CICLO ÁCIDO CÍTRICO CICLO DE KREBS – CICLO ÁCIDO CÍTRICO • Saldo do ciclo de Krebs • 4 NADH • 1 FADH2 • 1 ATP • No entanto para cada glicose temos: • 8 NADH • 2 FADH2 • 2 ATPs RECAPITULANDO O METABOLISMO DO GLICOSE ATÉ AGORA Saldo por molécula de glicose • Glicólise • 2 piruvato • 2 ATPs • 2 NADH • Ciclo de Krebs • 8 NADH • 2 FADH2 • 2 ATPs CADEIA RESPIRATÓRIA A cadeia Respiratória processa os NADH+H+ e FADH2 obtidos da glicólise e Ciclo do Ácido Cítrico (Krebs) e os transformam em energia química (ATPs) Esse processo ocorre na crista mitocondrial A geração de ATP irá depender de um potencial eletroquímico que será gerado a partir de um gradiente de concentração de H+ CADEIA RESPIRATÓRIA QUANTIDADE DE ATP PRODUZIDO POR GLICOSE Saldo de ATPs Glicólise 2 ATPs C. Krebs 2 ATPs 10 NADH 25 ATPs 2 FADH2 3 ATPs Total 32 ATPs GLICONEOGÊNESE DEFINIÇÃO • Síntese de glicose a partir de outras fontes diferentes de carboidratos: glicerol, lactato e aminoácidos. • Ocorre no fígado (principal), rins (córtex), e mucosa do intestino delgado FONTES DE GLICOSE: • Alimentação • Glicogenólise • Gliconeogênese (aminoácidos, lactato e glicerol) QUANDO HÁ NECESSIDADE DE GERAR GLICOSE? • Intervalo entre refeições • Jejum prolongado • Exercício vigoroso LOCALIZAÇÃO CELULAR - CITOSOL PRECURSORES TRIGLICERÍDEOS CONVERSÃO DO GLICEROL LACTATO • Lactato à formado na via anaeróbica da glicólise • Ciclo de Cori – glicose à lactato àglicose à... CICLO DE CORI • via glicose-lactato-glicose • Ocorre quando não há O2 suficiente para respiração celular • Músculo: Glicose à piruvato à lactato • Fígado: lactato à piruvato à glicose • Evita o acúmulo de lactato nos músculos CICLO DE CORI AMINOÁCIDOS à PIRUVATO • A maioria dos aa podem originar piruvato (ciclo da ureia) • Exceto leucina e lisina • A degradação dos aminoácidos é importante para fornecer intermediários e precursores do ciclo de Krebs • Piruvato • α-cetoglutarato • Succinil-CoA • Fumarato • Oxaloacetato FORMAÇÃO DA GLICOSE A PARTIR DO PIRUVATO • Quase todas as reações da glicólise são reversíveis, exceto: • Glicoseà glicose -6- fosfato (1° passo) • Frutose -6- fosfato à Frutose -1,6 – bifosfato (3° passo) • Fosfoenolpiruvato à piruvato (10° passo)