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1 EVENTOS DE ADMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS Pedro Edmundo Boll 1 1 Pedro Edmundo Boll é Mestre em Ciências Empresariais e Especialista em Contabilidade e Auditoria pela UFP – Universidade Fernando Pessoa de Portugal, Especialista em Administração e Planejamento para Docentes e Bacharel em Ciências Contábeis pela ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, Bacharel em Direito pela UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos. É sócio de escritório contábil desde 1988, atuando em assessoria e consultoria empresarial nas áreas contábil, fiscal, tributária, pessoal e societária. É perito-contador atuando em processo judiciais desde 1992 nas esferas trabalhista, cível e federal. INTRODUÇÃO As relações empregatícias são entabuladas e iniciadas por meio do contrato de trabalho. Esse instrumento define as principais condições do trabalho: a função do empregado, o local de prestação de serviços, a quantidade horas de trabalho, o horário a ser observado, a remuneração a ser percebida, as vantagens concedidas, o prazo do contrato, entre outros. No presente capítulo será estudado o que configura um contrato de trabalho e as suas características. Em seguida, serão abordadas tópicos atinentes à duração do trabalho, tempo de serviço, jornada de trabalho, entre outros. Por fim, serão explanados conceitos e regras referentes à remuneração do empregado. Previamente ao estudo dos eventos de admissão de empregados e dos aspectos do contrato de trabalho, indica-se o estudo introdutório das normas gerais que regem as relações de trabalho, o que pode ser realizado por meio do seguinte material complementar: INTRODUÇÃO ÀS NORMAS TRABALHISTAS. 1.1 CONTRATO DE TRABALHO A relação de trabalho é aquela em que há a prestação de serviço por pessoa física para um tomador de serviços, o qual pode ser pessoa física ou jurídica. Essa prestação de serviços é genérica, pode ser na forma de trabalho autônomo, trabalho eventual, estágio, entre outros. Já a relação de emprego é uma espécie do gênero relação de trabalho. É a prestação de serviços mediante o preenchimento das condições previstas na Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, em especial, no artigos 2° e 3°, ou seja, toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego. O contrato de trabalho é um negócio jurídico que origina a relação de emprego, podendo este ser verbal ou escrito, tácito ou expresso, conforme dispõe o art. 443 da CLT. Dessa forma, toda vez que uma pessoa física presta serviços não eventuais a outrem, pessoa física ou jurídica, ficando esta subordinada juridicamente e mediante o pagamento de uma contraprestação (salário), temos a existência de um Contrato de Trabalho. Ressalte-se que, na caracterização da relação de emprego, o elemento principal a ser observado é a subordinação, que se substancia no direito que tem o empregador de comandar, dar ordens, dirigir, fiscalizar os serviços ou atividades do empregado. 1.1.1 Características do Contrato de Trabalho Necessário destacar algumas características principais e comuns aos contratos de trabalho: Bilateral ou Sinalagmático O contrato de trabalho estabelece obrigações para ambas as partes. O empregado deverá prestar serviços observando as determinações do empregador e o empregador deverá pagar o salário, fornecer os meios de produção, garantir a segurança no ambiente de trabalho, entre outros. Consensual Basta para o contrato de trabalho o aceite de ambas as partes, independentemente da forma este como foi celebrado, se verbal ou escrito, se tácito ou expresso. Cabe esclarecer que o contrato tácito é quando a condição de empregado se depreende de um comportamento das partes e do preenchimento dos requisitos da relação empregatícia sem haver, contudo, manifestação expressa da situação de empregado e empregador. De trato sucessivo O contrato de trabalho não se esgota em um único ato. As obrigações do empregado e empregador se renovam no tempo https://drive.google.com/file/d/1U_3H-h_OheyvWDFJXmsfM_nPMLR79cNz/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1U_3H-h_OheyvWDFJXmsfM_nPMLR79cNz/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1U_3H-h_OheyvWDFJXmsfM_nPMLR79cNz/view?usp=sharing Oneroso Há no contrato de trabalho a obrigatoriedade de contraprestar o serviço prestado pelo empregado com salário. Essa onerosidade do contrato permanece ainda que o empregador deixe de efetuar o pagamento das verbas salariais, pois o empregado, ao prestar o serviço, possui a intenção de ser remunerado por este. Comutativo O contrato de trabalho busca a equivalência nas obrigações das partes, nas prestações determinadas em suas cláusulas. As partes conseguem verificar vantagens e dispêndios necessários à prestação de serviços. Personalíssimo A prestação de serviços é personalíssima, ou seja, recai sobre o empregado. Por exemplo, o empregado não pode enviar seu primo ou outro conhecido para prestar o serviço no seu lugar. Contudo, o contrato de trabalho não é personalíssimo para o empregador, uma vez que podem ocorrer mudanças estruturais na empresa, como sucessão e fusão, sem alteração dos contratos de trabalho em vigor, conforme informa os artigos 10 e 448 da CLT. 1.1.2 Condições Legais de Contratação A CLT não apresenta um rol próprio de condições legais para o contrato de trabalho, razão pela qual se aplica de forma subsidiária o art. 104 do Código Civil – CC. Deste modo, para a celebração do contrato de trabalho são necessárias as seguintes condições: Capacidade dos contratantes: A capacidade para ser empregado observa o disposto no art. 7°, XXXIII, da CF e o art. 402 da CLT. A capacidade para ser empregador observa a norma geral do Código Civil: a) São plenamente capazes os sujeitos maiores de 18 anos, cabendo a prestação de serviços como empregado em quaisquer atividades; b) São relativamente incapazes os sujeitos entre 16 e 18 anos, cabendo a prestação de serviços como empregado, exceto em atividades insalubres, periculosas ou noturnas. Os sujeitos entre 16 e 18 anos de idade também possuem outras limitações como, por exemplo, a necessidade de assistência por seu representante legal para dar quitação das verbas rescisórias (art. 439 da CLT); c) Aos sujeitos entre 14 e 16 anos é possível a prestação de serviços apenas na modalidade Menor Aprendiz; e d) Aos menores de 14 anos é vedada a prestação de serviços em todo e qualquer trabalho. Manifestação da vontade: os contratantes devem manifestar livremente sua vontade, isto é, livre de artifícios que possam influenciar o erro, a má-fé, a coação, a fraude entre outros. Tais vícios podem anular o contrato; Objeto lícito: o contrato deve ter por fim a realização de um objetivo legal; Forma prescrita e não defesa em lei: os contratos de trabalho, em geral, podem ser acordados de forma tácita, verbal ou por escrito, salvo exceções com forma determinada em lei como, por exemplo, o menor aprendiz, cujo contrato deve ser obrigatoriamente escrito. Cláusulas contratuais: as cláusulas de contrato de trabalho são de livre estipulação entre as partes, desde que não contrariem as normas legais pertinentes. 1.1.3 Classificação dos Contratos de Trabalho Em regra, o contrato de trabalho é realizado por prazo indeterminado, ou seja, não se estabelece, na celebração do contrato, condição ou termo para sua cessação. Deste modo, não há data certa para o fim do vínculo empregatício. Conforme o princípio da continuidade da relação de emprego, não havendo prova de que o contrato foi celebrado com prazo determinado, presume-se que se trata de contrato por prazo indeterminado. Contudo, de forma excepcional, a lei prevê hipóteses em que se permite a celebraçãodo contrato de trabalho por prazo determinado com peculiaridades atinentes a essa modalidade de contratação. Para o estudado aprofundado dessa modalidade de contratação, recomenda-se a leitura do seguinte material complementar: CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO. A Lei n. 13.467/2017 também acrescentou à CLT o contrato de trabalho intermitente, regulado pelo art. 452-A. Por ser uma alteração recente, ainda há diversas peculiaridades e controvérsias acerca dessa modalidade de contratação e da sua aplicação prática. Para melhor conhecimentos sobre o Trabalho Intermitente, indica-se a leitura de um artigo científico disponibilizado na “Enciclopédia Jurídica” da PUC/SP no seguinte LINK 1.1.4 Alterações do Contrato de Trabalho O contrato de trabalho não pode ser livremente modificado pelos contratantes, uma vez que a legislação trabalhista busca proteger os direitos do empregado, por este ser parte juridicamente subordinada ao empregador. Deste modo, a alteração do contrato de trabalho apenas será possível se: a) houver consentimento do empregado; e b) não acarretar prejuízos, não só pecuniários, mas de qualquer natureza, de forma direta ou indireta, presentes ou futuros. (Vide art. 468 da CLT). Por exemplo, o contrato de trabalho não poderá ser alterado a fim de reduzir o salário- hora, a fim de transferir o empregado da jornada diurna para a noturna, a fim de renunciar benefício previsto em regulamento interno da empresa, entre outros. Salienta-se, caso a alteração ocasionar prejuízos ao empregado, esta será considerada nula. Contudo, ao empregador é possível realizar algumas modificações de forma unilateral, com base no poder diretivo previsto no art. 2° da CLT, ao que se dá o nome de jus variandi. As modificações referem-se à alteração unilateral do contrato de trabalho para melhor organizar a prestação de serviços e a atividade empresarial. É possível ao empregador, por exemplo: a) alterar a data de pagamento do salário, desde que observado o prazo do art. 459, §1°, da CLT (Orientação Jurisprudencial n.° 159 da SBDI-1 do TST); b) alterar o horário de empregado de noturno para diurno (Súmula n.° 265 do TST); c) reverter o empregado em cargo de confiança para o cargo efetivo normal (art. 468, § único, da CLT); entre outros. Ressalta-se que nestes casos não há necessidade de anuência do empregado, desde que a mudança não seja abusiva e esteja abrangida pelo poder diretivo do empregador. 1.1.5 Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho Há situações no ordenamento jurídico em que, mesmo não havendo a prestação de serviços, o contrato de trabalho permanece vigente. Tais situações podem ser classificadas como interrupção ou suspensão do contrato de trabalho. Para o estudo aprofundado dessas hipóteses, recomenda-se a leitura do seguinte material complementar: INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 1.1.6 Registro de empregados O contrato de trabalho deve ser registrado pelo empregador na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS do empregado, bem como em livro, ficha ou sistema eletrônico de Registro de Empregados da empresa, conforme determinam os artigos 29 e 41 da CLT. Ainda, deve ocorrer o cadastramento do empregado no e-Social da empresa. Para tanto, o empregador poderá solicitar a apresentação de documentos do empregado para regularização do vínculo empregatício. https://drive.google.com/file/d/1PH6ap2q4uRuOS5jfGfqRbkQrd-YPsGiO/view?usp=sharing https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/351/edicao-1/contrato-de-trabalho-intermitente https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_141.htm#TEMA159 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_251_300.html#SUM-265 https://drive.google.com/file/d/1bIJngSqURR8Qt0y3Hf5DAP2Nr-rROlQz/view?usp=sharing Para aprofundamento nas formalidades quanto ao registro de empregados da empresa, recomenda-se a leitura do seguinte material complementar: REGISTRO DE EMPREGADOS. 1.1.7 Segurança e Medicina do Trabalho Conforme já visto, o contrato de trabalho se trata de uma troca equivalente de obrigações. O empregador, além de remunerar o serviço prestado pelo empregado, deve fornecer os meios de produção e realização do serviço, bem como garantir um ambiente saudável e seguro para o trabalhador. Deste modo, a legislação trabalhista prevê dois programas que devem ser observados pelos empregadores na vigência do contrato de trabalho: o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Para aprofundamento nos regramentos atinentes a estes dois programas indica-se a leitura do seguinte material complementar: PROGRAMAS DE PREVENÇÃO E MEDICINA NO TRABALHO. 1.2 DURAÇÃO DO TRABALHO Conforme previsto no art. 7°, inciso XIII, da Constituição Federal, a duração máxima do trabalho é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Dá-se o nome de “jornada de trabalho” ao tempo diário em que o empregado esteja à disposição do empregador, executando ou aguardando ordens. Ao empregador e empregado é possível estabelecer limite de horas inferior ao previsto na Constituição Federal, porém, não pode haver alteração contratual posterior lesiva ao empregado. Ou seja, as partes podem, por exemplo, estabelecer contrato de trabalho de 40 horas semanais, contudo, posteriormente, a empresa não poderá alterar para 44 horas semanais por ser alteração contratual que acarreta prejuízo ao empregado. As partes também podem celebrar contrato de trabalho com regime de tempo parcial, em que a duração não poderá exceder a 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extraordinárias, ou 26 horas semanais, com até 6 horas extraordinárias por semana. O referido regime foi alterado e acrescido de regulamentação pela Lei n. 13.467/2017. Para mais detalhes sobre a matéria, indica-se a leitura detida do art. 58-A da CLT e seus parágrafos. Ainda, é possível ao empregador solicitar a prestação de serviço em horas extraordinárias (horas extras), as quais podem ser remuneradas com respectivo adicional ou destinadas à compensação. A seguir, serão abordados alguns tópicos de relevância na temática duração do trabalho. 1.2.1 Tempo de serviço Conforme dispõe o art. 4° da CLT, considera-se serviço efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador, executando ou aguardando ordens, salvo disposição especial consignada. Ou seja, caso o empregador solicite ao empregado que permaneça na empresa aguardando uma última ordem, contará como tempo de trabalho e, caso ultrapasse a jornada diária contará como hora extraordinária. A Lei n.° 13.467/17 introduziu o § 2° ao art. 4° da CLT, prevendo expressamente que não conta como tempo de serviço quando o empregado permanecer nas dependências da empresa para: a) buscar proteção pessoal em razão de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas; ou b) exercer atividades particulares como práticas religiosas, estudo, alimentação, higiene pessoal, relacionamento social, lazer ou troca de uniforme, quando esta última não for de https://drive.google.com/file/d/1a3uW_LTVnOb6qdcma8Ueg-OW6OedEvXw/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/11Msm2s2BnKhO4AYl3L_bZfA6Gz6zGke6/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/11Msm2s2BnKhO4AYl3L_bZfA6Gz6zGke6/view?usp=sharing realização obrigatória na empresa. Com a indicação destas hipóteses, em especial quanto à troca de uniforme, o legislador visou afastar usuais condenações das empresas ao pagamento de horas extraordinárias pela Justiça do Trabalho. Já o tempo despendido da portaria da empresa até o posto de trabalho do empregado, caso este supere o limite de 10 minutos diários, previsto no art. 58, § 1°, da CLT, será computado como tempo à disposição do empregador (entendimento da Súmula n.° 429 do TST). Por fim, cabe mencionar que a CLT relativiza o conceito de tempo à disposiçãoao empregador ao prever os institutos de prontidão e de sobreaviso. As horas em prontidão ocorrem quando o empregado permanece nas dependências da empresa aguardando ordens ou a necessidade de serviço, estando assim à disposição do empregador. As horas em prontidão não contam como horas normais nem como horas extras, pois não há efetivo serviço, mas são remuneradas em valor equivalente a 2/3 do salário-hora normal. As horas de sobreaviso ocorrem quando o empregado permanece em sua residência ou em local combinado, aguardando ordens da empresa ou a necessidade de serviço, estando assim à disposição do empregador. As horas em sobreaviso não contam como horas normais nem como horas extras, pois não há efetivo serviço, mas são remuneradas em valor equivalente a 1/3 do salário-hora normal. Para exemplificar, caso uma clínica solicite que o enfermeiro fique de prontidão para eventual emergência, enquanto o empregado aguardar por ordens, este perceberá por hora o valor de 2/3 da hora normal. Caso efetivamente ocorra uma emergência e seja solicitado ao enfermeiro o atendimento de um paciente, encerra-se o período de prontidão e passa-se a contar as horas como efetivamente trabalhadas, sendo remuneradas como tal. De modo semelhante é a previsão do tempo de espera do motorista profissional, prevista no art. 235-C, § 8°, da CLT. O tempo em que o motorista aguarda a carga ou descarga do veículo nas dependências do empregador ou do destinatário, ou, ainda, o tempo despendido em barreiras fiscais ou alfandegárias, não é computado como jornada de trabalho normal nem como extraordinária, mas sim como tempo de espera que será indenizado na proporção de 30% do salário-hora normal. 1.2.2 Prorrogação da jornada de trabalho Conforme já dito, a duração máxima do trabalho é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Entretanto, a Constituição Federal, em seu art. 7°, inciso XVI, dispõe que, havendo serviço extraordinário ao referido limite, o empregador deverá remunerá-lo com um adicional de, no mínimo, 50% sobre o salário-hora normal. A CLT, contudo faculta também a compensação de jornada dispensando o pagamento do referido adicional, o que será abordado em tópico próprio. Para o computo das horas extraordinárias observa-se o art. 58, § 1°, da CLT: “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários”. Ou seja, se o empregado registrar o ponto com uma variação de 5 minutos adiantados ou 5 minutos atrasados no seu horário, estes não serão remunerados como horas extraordinárias nem descontados como atraso, salvo se as variações no ponto do dia superem 10 minutos. Neste caso, em que se totaliza mais de 10 minutos adiantados ou atrasados nos registros de ponto do dia, os minutos serão computados para remuneração como extra ou para desconto no salário. Por exemplo, um empregado possui horário de trabalho habitual das 8h às 12h e das 13h às 17h, caso em uma segunda-feira ele bata o ponto 7h57min, 12h04min, 13h e 17h05min, a variação não ultrapassa 5 minutos, mas a soma destas no dia totaliza 12 minutos, logo, deverão ser remuneradas como horas extraordinárias. Ressalta-se que o limite de 10 minutos previsto no art. 58, § 1°, da CLT, não poderá ser ampliado nem reduzido por negociação coletiva (vide Súmula n.° 449 do TST). https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_401_450.html#SUM-429 https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_401_450.html#SUM-449 Ressalta-se que a prestação de serviço extraordinário é considerada como exceção pelas normas trabalhistas, uma vez que se prestadas habitualmente, são prejudiciais à saúde e ao descanso do trabalhador. Deste modo, a CLT prevê expressamente as hipóteses que autorizam a prestação de trabalho extraordinário, as quais serão tratadas nos itens a seguir. 1.2.2.1 Acordo individual para prorrogação Pode haver a prestação de serviço extraordinário pelo empregado desde que: a) haja acordo escrito entre empregado e empregador; e b) a prorrogação da jornada seja em, no máximo, duas horas diárias. Ressalta-se que para a hora extraordinária é devido o adicional de, no mínimo, 50% sobre o salário-hora normal, sendo freqüente a previsão de adicionais maiores em convenções e acordos coletivos entabulados com os sindicatos das categorias profissionais. Caso haja a prestação de serviço extraordinário sem acordo escrito ou em tempo superior a duas horas, a empresa poderá se autuada e multada pela fiscalização. 1.2.2.2 Força Maior e Serviços Inadiáveis Conforme disposto no art. 61 da CLT, a duração do trabalho poderá exceder ao limite legal em razão de força maior ou para realizar e concluir serviços inadiáveis, cuja inexecução possa acarretar prejuízo. Entende-se como força maior aqueles fatos e acontecimentos inevitáveis e alheios à vontade do empregador como, por exemplo, enchentes, incêndios, terremotos, guerras, etc. Logo, poderá ser exigido do empregado a prestação de serviço extraordinário além do limite legal tendo em vista esses fatos externos. No caso de força maior, não há qualquer limitação à duração dos serviços extraordinários, podendo ser exigidos por várias horas. Já os serviços inadiáveis são aqueles que devem ser concluídos na mesma jornada e que, caso não concluídos, poderão acarretar grave prejuízo ao empregador como, por exemplo, o descarregamento de caminhão com alimentos perecíveis a curto prazo. No caso de serviços inadiáveis, o trabalho não poderá exceder a 12 horas (8 horas normais + 4 horas extraordinárias). Nos dois casos, o serviço extraordinário poderá ser exigido do empregado independentemente de autorização em acordo ou convenção coletiva e deverá ser remunerado com adicional de 50% sobre o salário-hora normal. Ademais, a prestação de serviços nessas condições deve ser comunicada pelo empregador à autoridade competente em matéria de trabalho no prazo de 10 dias. 1.2.2.3 Compensação de Jornada Compensação de jornada trata-se de hipótese em que o empregado trabalha além da jornada normal em alguns dias para descansar o mesmo período em outros dias. Havendo a devida compensação das horas trabalhadas a mais, o empregador fica dispensado do pagamento de adicional de hora extraordinária (no mínimo 50% sobre o salário-hora normal), conforme prevê o art. 59, § 2°, da CLT. Para que a compensação seja lícita é necessário o preenchimento de alguns requisitos previstos no art. 59 da CLT, conforme segue: a) Acordo Para a adoção de regime compensatório é necessário prévio acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo. Ressalta-se que, na forma da Súmula n.° 85, inciso I, do TST, é exigido que o acordo individual de compensação seja por escrito, contudo, a https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_51_100.html#SUM-85 Lei n.° 13.467/2017 acrescentou o § 6° ao art. 59 da CLT, que permite que o acordo individual para compensação de horas no mesmo mês seja tácito. b) Limite de 10 horas A jornada extraordinária destinada à compensação não poderá exceder 2 horas diárias. A prestação de serviço extraordinário acima desse limite desconfigura o regime de compensação. Nesse caso, será devido pelo empregador o pagamento de adicional de 50% sobre o salário-hora normal em todas as horas irregularmente compensadas, e se as horas trabalhadas ultrapassarem a duração do trabalho semanal, serão pagas na integralidade como horas extras (hora normal + adicional de 50% sobre o salário-hora normal), conforme Súmula n.° 85, incisos V e IV, do TST c) Compensação no mesmo mês Anteriormente, a compensação das horas deveria ser realizada dentro de uma semana, mediante acordo individual escrito, entretanto, após as alterações inseridas pela a Lei n.° 13.467/2017no art. 59 da CLT, é possível a compensação de jornada no prazo de até um mês por acordo escrito ou tácito. Para a compensação de jornada em atividades insalubres é necessária prévia inspeção e permissão de autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, conforme prevê o art. 60 da CLT, não bastando a simples previsão de compensação por negociação coletiva. Caso não observem tal requisito, o regime de compensação será considerado inválido. Ainda, se ocorrer a rescisão do contrato de trabalho antes da compensação, as horas não compensadas deverão ser pagas como extras (hora normal + adicional de 50% sobre o salário- hora normal). A compensação de jornada pode ser utilizada com diversas variações a fim de atender os interesses do empregador e do empregado, bem como a melhor organização da atividade econômica. Por exemplo, caso seja pretendida a não prestação de serviço ao sábado pode-se adotar como regime de compensação: a) jornada de 8h48min de segunda a sexta-feira (5 x 8h48min = 44h semanais); b) jornada de 9h de segunda a quinta-feira e jornada de 8h na sexta- feira (4 x 9h + 8h = 44h semanais); c) jornada de 10h na segunda e terça-feira, e jornada de 8h de quarta a sexta-feira (2 x 10h + 3 x 8h = 44h); entre outras modalidades. Outro regime de compensação de popular prática no mercado de trabalho é o 12x36, em que o empregado trabalha 12h consecutivas, devendo ser concedido o intervalo intrajornada de no mínimo uma hora, e goza de 36h consecutivas de descanso. Essa modalidade de compensação era utilizada de forma excepcional, especialmente em atividades de vigilância e na área hospitalar, mediante previsão legal ou negociação coletiva, entretanto, o art. 59-A da CLT, acrescentado pela Lei n.° 13.467/2017, possibilita a pactuação do regime 12x36 por acordo individual escrito, e sem restrição quanto às atividades exercidas. Compensação de Jornada x Banco de Horas O instituto jurídico Banco de Horas possui diversas semelhanças com a compensação de jornada. Ambos dispensam o empregador de efetuar pagamento de adicional de, no mínimo, 50% do salário-hora normal sobre as horas superiores à jornada habitual e permitem que o empregado descanse o período trabalhado a mais em outros dias. Porém, cada instituto guarda suas peculiaridades. A compensação de jornada busca elevar a carga de trabalho de alguns dias da semana para haver o descanso em outro dia, sendo assim comumente utilizada para que os empregados não trabalhem no sábado e para que em certas atividades haja melhor organização dos turnos dos empregados, como na modalidade 12x36, ou seja, não se trata de horas extraordinárias. Já o banco de horas é, como refere o nome, um banco em que se acumula as horas extras realizadas habitualmente pelo empregado, as quais serão usufruídas como folga em oportunidade futura, não havendo dia determinado. O banco de horas deve ser pactuado mediante negociação coletiva e com observação do prazo máximo de um ano para compensação das horas acumuladas, conforme dispõe o art. 59, § 2° da CLT. Contudo, a Lei n.° 13.467/2017 acrescentou ao referido artigo o § 5°, possibilitando a prática do banco de horas mediante acordo individual escrito, desde que observado o prazo máximo de seis meses para a compensação das horas extras acumuladas. Assim como no caso da compensação, caso ocorra a rescisão do contrato de trabalho antes de o empregado usufruir as horas extras acumuladas, estas deverão ser pagas em sua integralidade (hora normal + adicional de 50% sobre o salário-hora normal). 1.2.3 Períodos de Descanso A legislação trabalhista prevê períodos de descanso ao empregado a fim de que este recomponha suas energias, repare seu desgaste físico e intelectual e renove seu desempenho na prestação de serviços. Tratam-se de intervalos na jornada, descansos semanais e férias remuneradas concedidas ao empregado. Esses períodos são direitos mínimos que visam a manutenção da saúde e da vida digna do trabalhador, permitindo a alimentação, repouso, lazer, convívio familiar e social, entre outros benefícios. O descanso semanal remunerado e os intervalos estão disponíveis para estudo no seguinte material complementar: INTERVALOS E DESCANSO SEMANAL REMUNERADO. As férias, em razão de suas peculiaridades, serão abordadas em capítulo específico, conjuntamente com o décimo terceiro salário. 1.2.4 Trabalho Noturno O contrato de trabalho pode prever a prestação de serviços em horário noturno. O trabalho noturno exige do empregado esforço além do usual, uma vez que o organismo humano é, usualmente, predisposto ao trabalho diurno e o descanso noturno. Deste modo, a fim de remunerar essa condição de forma justa foram estabelecidos regramentos próprios ao trabalho noturno, com horário delimitado, hora reduzida e adicional salarial. Explicação mais aprofundada quanto às características do trabalho noturno e quanto aos cálculos encontra-se no material complementar a seguir: TRABALHO NOTURNO. 1.2.5 Exceções às normas sobre duração do trabalho O art. 62 da CLT prevê que a limitação da duração do trabalho (8 horas diárias e 44 horas semanais) não é aplicável aos empregados nas seguintes condições: a) Empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação do horário de trabalho A referida condição deve estar anotada na CTPS e no Registro de Empregados da empresa. Salienta-se que devem ser empregados cuja fiscalização da jornada de trabalho é inviável, não existindo meios para o empregador fixar e controlar o horário de trabalho. b) Gerentes com poderes de gestão São aqueles empregados com poderes de dar ordens, fazer reuniões, contratar fornecedores, admitir e contratar outros empregados, etc. Se equipara, nesta condição, os diretores e chefes de departamento ou filial. O art. 62, parágrafo único, da CLT também prevê como requisito que o referido empregado perceba gratificação de função não inferior a 40% do respectivo salário como efetivo. https://drive.google.com/file/d/1MjZgHnCUpkNv_naaroM0Gjnpw6ym1fLF/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1pAh25W1TUkkSFo9aM2Zs0_2D39FZ7Ubh/view?usp=sharing c) Empregados em regime de trabalho remoto Hipótese acrescentada pela Lei n.° 13.467/2017. São aqueles empregados cuja prestação de serviços é preponderantemente fora das dependências da empresa, com utilização de meios tecnológicos e informático, e sem natureza de trabalho externo. (Indica-se a leitura dos arts. 75-A ao 75-E da CLT acerca da modalidade de trabalho remoto). O fundamento para as referidas exceções é a suposta inviabilidade de fiscalização do horário de trabalho. Logo, não havendo controle de jornada, os referidos empregados não possuem direito ao adicional de hora extraordinária, indenização de intervalos e adicional noturno. 1.3 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO Conforme dispõe o art. 457 da CLT: “Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber”. A remuneração é a soma do salário com outras vantagens percebidas pelo empregado, em decorrência do contrato de trabalho. Por exemplo, um enfermeiro coordenador de um setor hospitalar percebe salário básico de R$ 2.500,00, gratificação pela função de confiança de R$ 1.000,00 e adicional de insalubridade de R$ 440,00 (grau máximo equivale a 40% sobre salário mínimo, o qual atualmente é de R$ 1.100,00). O salário deste enfermeiro é apenas o valor de R$ 2.500,00, contudo, a sua remuneração é o total de R$ 3.940,00 (salário + outras verbas). Ou seja, a remuneração é um conceito mais amplo e abrangente do que o conceito de salário. Simplificando: a remuneração é o gênero do qual o salário é a espécie Cabe referir que, em regra geral, o salário e as demais vantagens são pagas diretamente pelo empregador,contudo, poderão ocorrer situações em que o pagamento não vem do empregador como, por exemplo, no caso da gorjeta. A seguir serão apresentadas algumas distinções necessárias ao presente estudo. 1.3.1 Natureza das parcelas As parcelas recebidas pelo empregado em razão do contrato de trabalho podem possuir naturezas diversas de acordo com o objetivo e finalidade destas. Caso a parcela seja para contraprestar o trabalho, terá natureza salarial. Caso a parcela seja para indenizar ou compensar o trabalhador, sua natureza será indenizatória ou também chamada de não salarial. Veja a diferenciação entre as parcelas, como segue: Parcelas salariais: Conforme já visto, a remuneração do trabalhador é composta pelo salário (chamado de salário básico) e outras vantagens percebidas pelo empregado (verbas salariais diversas), em decorrência do contrato de trabalho. Tanto o salário quanto estas outras verbas possuem a finalidade econômica retributiva, ou seja, finalidade de contraprestar o trabalhador pela prestação de serviços, tendo em vista a onerosidade inerente à relação de emprego. Por essa razão, essas parcelas são consideradas de natureza salarial ou remuneratória. Por exemplo, o trabalho exercido com exposição a agentes prejudiciais à saúde, como em contato com substâncias químicas corrosivas, deverá ser contraprestado com adicional pela insalubridade que há no serviço prestado. Logo, o empregado nessa condição deverá perceber, além do salário normal, um adicional de 10%, 20% ou 40%, sobre o valor do Salário Mínimo Nacional, conforme o grau da insalubridade. Em regra, essas parcelas, por sua natureza salarial, geram reflexos em outras verbas, como férias, aviso prévio, décimo terceiro salário e FGTS. Ou seja, as parcelas salariais integrarão a base de cálculo de outras verbas trabalhistas. Parcelas não salariais / indenizatórias: O trabalhador também poderá perceber parcelas sem natureza salarial, que são pagas sem a qualidade e sem a finalidade de contraprestação do serviço do trabalhador. Essas parcelas, em geral, visam indenizar o trabalhador ou recompensá-lo por alguma circunstância diversa à prestação normal de serviços. Por exemplo, se o trabalhador receber comando para prestar serviços em outra cidade, havendo necessidade de pernoite fora de sua residência, receberá valor referente a diárias de viagem como indenização pelos gastos com hotel ou equivalente. As parcelas sem natureza salarial, em regra, não geram reflexos em outras verbas trabalhistas e, mesmo que sejam prestadas habitualmente, não se incorporam ao contrato de trabalho. 1.3.1.1 Alterações pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista) A Lei nº 13.467/17 alterou o artigo 457, § 2º, da CLT, conforme segue: “As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário”. Deste modo, algumas parcelas consolidadas como salariais pela jurisprudência da Justiça do Trabalho, passaram a ser, por lei, sem natureza salarial. Por exemplo, os prêmios pagos aos empregados. Além disso, conforme entendimento predominante nos Tribunais do Trabalho, a habitualidade no pagamento de verbas não salariais conferia natureza salarial à parcela, contudo tal entendimento foi modificado pela alteração acima transcrita. Após as alterações da Lei nº 13.467/17, as principais parcelas trabalhistas podem ser classificadas da seguinte forma: PARCELAS SALARIAIS (Geram reflexos em férias + 1/3, 13º salário, aviso prévio, FGTS e outros) PARCELAS NÃO SALARIAIS (Não geram reflexos) Gratificações legais; (Incluído 13º Salário) Comissões pagas pelo empregador; Adicionais Salariais: - Noturno; - de Hora Extra; - de Transferência; - de Insalubridade; - de Periculosidade; Férias gozadas; Aviso Prévio trabalhado; Ajuda de custo; Auxílio-alimentação; (vedado pgto em dinheiro) Diárias para viagem; Prêmios; Abonos; (Inclusive de férias) Vale-transporte; Salário-Família; Participação nos lucros e resultados; Férias indenizadas; Aviso Prévio Indenizado (Ver *) “Quebra-de-caixa” * A data projetada do aviso prévio indenizado deve ser computada para todos os fins legais, por exemplo: anotação da data na CTPS, FGTS, contagem de avos para 13º salário e férias. Existem outros aspectos importantes quanto ao tema de remuneração e salário do empregado como, por exemplo, os patamares mínimos de salário existentes no ordenamento jurídico, as formas de fixação de salário, as formalidades a serem observadas no pagamento e os mecanismos de proteção ao salário. Para análise destes e de outros aspectos relevantes, indica- se a leitura do seguinte material complementar: ASPECTOS SOBRE SALÁRIO E REMUNERAÇÃO. RECAPITULANDO O presente capítulo, atinente à admissão de funcionários, abarcou os principais tópicos quanto à relação empregatícia dividindo-os em três grandes pontos: o contrato de trabalho, a duração do trabalho e a remuneração do trabalho. No primeiro ponto foi estudado as características, as condições legais e as classificações atinentes ao contrato de trabalho, além de outros pontos importantes suplementados por material complementar. No segundo ponto foram abordados tópicos relacionados à duração do trabalho, com a definição do tempo de serviço e apresentação das formas de prorrogação da jornada. No terceiro e último ponto foi apreciada a remuneração e diferenciadas as naturezas das parcelas percebidas pelo empregado. Este capítulo abarca diversos temas, sendo assim densa a matéria. Contudo, todos os tópicos são importantes para a contabilidade e para administração das empresas. REFERÊNCIAS E OBRAS CONSULTADAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm> BRASIL. Lei n° 9.601, de 21 de janeiro de 1998. Dispõe sobre o contrato de trabalho por prazo determinado. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9601.htm> BRASIL. Lei n° 605, de 5 de janeiro de 1949. Repouso semanal remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0605.htm> BEZERRA LEITE, Carlos Henrique. Curso de direito do trabalho. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2010. MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 30 ed. São Paulo: Atlas, 2014. https://drive.google.com/file/d/1TgZJp673sghQQFK9gKCK56C9ymdgYdHU/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1TgZJp673sghQQFK9gKCK56C9ymdgYdHU/view?usp=sharing