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b) I e III c) II e IV d) I, III e IV e) II, III e IV Resposta: [B] A teoria contratual de Hobbes busca estabelecer um movimento no qual o homem passa de um estado natural para um estado civil. No estado natural, o homem vive em guerra com os outros homens, isto é, a finalidade da vida é manter-se vivo e se beneficiar do uso da violência, da trapaça, etc. contra os outros. A insustentabilidade desse estado leva o homem a buscar manter-se vivo de outra maneira, a saber, instituindo um governo que, na opinião do filósofo, deveria ditatorialmente se sobrepor a todos e estabelecer uma ordem inabalável. O governante tem o monopólio do medo e mantém a paz através da repressão para manutenção da lei e a garantia da justiça. 11. (Ufu 2013) Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103. Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que: a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados. b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno. c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens. d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal. Resposta: [B] O Estado de natureza é “natural” em apenas um sentido específico. Para Hobbes a autoridade política é artificial e em contrapartida o Estado anterior à instituição do Governante é natural. Nesta sua condição “natural” o ser humano mantém apenas a relação de autoridade da mãe sobre o filho, pois ela tem a vida do filho. Entre adultos, inevitavelmente, o caso se complica e surge a necessidade do artifício. Naturalmente, todo homem tem direito igual a todas as coisas. Porém, cada homem difere um do outro em força e em inteligência. Apesar dessa diferença, cada homem tem poder suficiente para ameaçar a vida de qualquer outro, de modo que invariavelmente o Estado de natureza termina em uma disputa de todos contra todos por tudo que é direito de todos. Para o racionalismo hobbesiano, o Estado de natureza é forçosamente uma guerra de todos contra todos. O homem, como a máxima de Hobbes manifesta, é lupino. 12. (Ufsj 2013) “Liberdade significa, em sentido próprio, a ausência de oposição […] e não se aplica menos às criaturas irracionais e inanimadas do que às racionais”. Esse é um fragmento de texto colhido de a) David Hume. b) Thomas Hobbes. c) Friedrich Nietzsche. d) Jean-Paul Sartre. Resposta: [B] Liberdade, no entender de Hobbes, é ausência de obstáculos externos às ações que contribuem para a preservação da vida. De acordo com o Capítulo XIV do Leviatã, a liberdade é um direito, e opõe-se à lei. Estamos diante da condição humana, isto é, diante do estado natural, no âmbito dos apetites e dos desejos primários do homem, e não diante de alguma qualidade intrínseca específica do homem. 13. (Uem 2013) No Leviatã, o filósofo Thomas Hobbes (1588-1679) afirma: “Este poder soberano pode ser adquirido de duas maneiras. Uma delas é a força natural, como quando um homem obriga os seus filhos a submeterem-se e a submeterem os seus próprios filhos à sua autoridade, na medida em que é capaz de os destruir em caso de recusa. Ou como quando um homem sujeita através da guerra os seus inimigos à sua vontade, concedendo-lhes a vida com essa condição. A outra é quando os homens concordam entre si em se submeterem a um homem, ou a uma assembleia de homens, voluntariamente, confiando que serão protegidos por ele contra os outros. Esta última pode ser chamada uma república política, ou por instituição. À primeira pode chamar-se uma república por aquisição” (HOBBES, T. Leviatã, XVII. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 366). A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) República por aquisição é o poder soberano adquirido pela força natural, como o poder de destruir em caso de desobediência. 02) República política é consequência dos acordos e pactos firmados entre os homens voluntariamente. 04) Os vencedores de uma guerra criam uma república por instituição. 08) Os homens livres, ao pactuarem em assembleia, adquirem uma república. 16) Instituir e adquirir são formas dos processos políticos originários das repúblicas. Resposta: 01 + 02 + 16 = 19. Para Hobbes (1588-1679), o pacto social é uma instituição precária, pois ela não é suficiente para garantir a paz e a prosperidade. Os homens presunçosos sempre acreditariam saber mais que outros e assim, se livres para tanto, se mobilizariam inevitavelmente para desencadear guerras e tomar o poder. Para evitar tais catástrofes, o pacto social deve instituir a submissão da vontade de todos os indivíduos à vontade de um único déspota. O pacto social deve conceder a soberania a um único homem e o corpo social deve se submeter totalmente a ele. Sendo assim, Hobbes não considera que o contrato social seja contrário ao poder absoluto, mas justamente o contrário e se desejamos paz e prosperidade, então devemos no momento do pacto submeter a nossa vontade à vontade do déspota – o autor do Leviatã não nega a legitimidade de outros regimes, porém qualquer regime que divida o poder e faça possível uma competição que poderia comprometer a paz é tido como ilegítimo. Como podemos perceber, Hobbes considera que a principal atribuição do déspota é a promoção e segurança da paz, para tanto ele deve abolir qualquer possibilidade de disputa e instituir uma ordem de acordo com a qual o cidadão deverá sempre estar conforme – e isto tanto em matéria política, quanto religiosa. 14. (Unisc 2013) Um dos problemas principais da Filosofia Política é o de determinar a natureza do Estado, entendido como sociedade politicamente organizada. Essa questão começou a ser debatida na Filosofia Antiga e foi retomada, depois, na Idade Moderna pela ocasião do surgimento dos Estados Nacionais modernos, constituindo um tema central tanto da tradição liberal quanto do pensamento marxista. Considere agora as seguintes afirmações sobre esse assunto: I. Para Aristóteles, como para os sofistas, a natureza do Estado é artificial. Surge de um acordo implícito por meio do qual alguns grupos humanos colocaram um fim em suas disputas. II. Segundo Aristóteles, os homens têm tendência a viver em sociedade porque não podem se bastar a si mesmos. III. Hobbes considerava que o Estado surgiu por meio de um acordo implícito por meio do qual os indivíduos abriram mão de seu direito de revidar os danos sofridos pela ação de outra pessoa, fazendo justiça pelas suas mãos, e transferiram esse direito a um terceiro impessoal: o Estado. IV. Para Locke, os indivíduos não têm direito à propriedade privada e o único proprietário deve ser o Estado. V. Para Marx, os estados nacionais, criados pela burguesia, representam os interesses de todas as classes sociais. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa II está correta. b) Somente as afirmativas II e III estão corretas. c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. d) Somente a afirmativa IV está correta.e) Somente as afirmativas IV e V estão corretas. Resposta: [B]