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Romantismo Português

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PERIGOSA
nas novelas de Camilo Castelo Branco, especialmente
De modo geral, o Romantismo português é dividido em três fases:
A primeira, de implantação do estilo ainda com traços neoclássicos, foi iniciada por 
Garrett em 1825 com a publicação do poema “Camões” e conta também com Alexandre 
Herculano e Feliciano de Castilho.
A segunda fase é conhecida por “ultrarromantismo” e caracterizada pelo exagero 
sentimental e pessimista. Tem como representantes Soares de Passos e Camilo Castelo 
Branco.
A terceira fase é conhecida como uma transição para o Realismo, conta com João 
de Deus e Júlio Dinis.
Todavia, estudos mais recentes têm discutido como essa divisão apresenta falhas e 
exclui a diversidade específica da produção de cada um dos poetas e escritores românticos 
portugueses. 
Assim, preferimos salientar:
ALEXANDRE HERCULANO 
- a maturidade da produção de Herculano, escritor, poeta, jornalista e historiador que, 
além de unir a literatura à busca de uma fundamentação historiográfica em sua escrita, 
por sua visão crítica e defesa da educação e cultura nacionais foi considerado um 
modelo para os jovens escritores realistas da segunda metade de Oitocentos. Por outro 
lado, o escritor foi também o introdutor das baladas macabras europeias em Portugal, 
bem como do conto fantástico com laivos de terror, ao gosto romântico, mas que 
acabou se tornando um gênero cultivado e apreciado em várias épocas. Ou seja, sua 
obra e atuações no contexto artístico e cultural português não o restringem à primeira 
fase do Romantismo e o afastam das características neoclássicas;
CAMILO CASTELO BRANCO 
- a profícua e diversificada produção de Camilo Castelo Branco, por sua riqueza e face 
satírica e irônica, não pode ser relacionada somente ao ultrarromantismo. Ao mesmo 
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