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28/07/2023 SITUAÇÃO – PROBLEMA É PROBLEMA PUXANDO PROBLEMA Fernanda, 22 anos, moradora do município de Cachoeiro de Itapemirim, no bairro BNH, é acompanhada pela agente comunitária de saúde (ACS) Fernada e pela equipe de saúde de sua área, devido a sua primeira gestação. Em uma das visitas domiciliares após o parto normal, a puérpera solicita a sua ACS que agende uma consulta com a Médica de Família e Comunidade da Unidade Básica de Saúde (UBS), pois tem apresentado sangramento vaginal contínuo, e “pintinhas na pele” sem causa aparente. No dia da consulta, a Dra Haima buscou Fernanda na recepção para levá-la até ao consultório, onde observou que a paciente apresentava dificuldades de deambulação. Iniciada a consulta, a médica se apresentou cordialmente, colheu informações sobre a Identificação da paciente e, em seguida, a perguntou: −“Fernanda, como eu posso te ajudar?” A paciente relatou à médica que o que mais a incomodava era seu sangramento vaginal contínuo, fora de seu ciclo menstrual. Logo, a médica percebeu que a Metrorragia, relatada pela paciente, seria seu sintoma-guia para colher mais informações na HDA de sua Anamnese. A partir disso, a paciente informou que o quadro teve início há 25 dias, de forma insidiosa, associado a: dores difusas nos Membros Inferiores, petéquias, equimoses, dispneia aos grandes esforços (principalmente quando sobe as escadas de sua casa), astenia, alopecia e febre intermitente. Nega fatores de alívio, exceto para a febre que melhora após uso de dipirona. CCL 01 CACHOEIRO - P1 16/02/2024 Ao perceber que estava sendo bem acolhida pela equipe da UBS, Fernanda chora e diz que se sente muito cansada e, até mesmo, culpada por ter perdido seu cartão vacinal e não ter feito o acompanhamento completo de pré-natal. Diante disso, a Dra Haima continua a oferecer acolhimento à paciente e criar uma boa relação médico-paciente. Ao ser questionada sobre seus Antecedentes Familiares, Fernanda lembra que o seu avô paterno faleceu por complicações da COVID-19 e que seus pais e irmãos são hígidos. Em seguida, relata apresentar transtorno do estresse pós- traumático (TEPT), devido aos castigos severos dos pais, pois era obrigada a ficar em posição anatômica, durante 30 min, no canto do seu quarto, entre outras coisas. Além disso, na História Patológica Pregressa, a paciente nega alergias medicamentosas, bem como medicações de uso contínuo e também presença de alguma comorbidade. Refere ainda, nos Hábitos Sociais, que pratica pilates e que possui alimentação balanceada. No final da entrevista, Fernanda apresenta preocupação em relação à saúde de sua filha Emilly Sophya, questionando a médica se existe a possibilidade de as suas “pintinhas” serem infecciosas e, com isso, transmiti-las a sua filha recém- nascida. Finalizados Anamnese e Exame físico, a Dra. Haima suspeitou de uma possível coagulopatia. Assim, solicitou a paciente que fosse o mais rápido possível ao Laboratório Municipal, para realizar hemograma completo, pois já havia liberado no Sistema com solicitação de Urgência, e retornasse a UBS com o resultado, para poder confirmar sua hipótese diagnóstica. Ao final do mesmo dia, quase no fim dos atendimentos, a ACS Joaquina entrega à Dra Haima o resultado do hemograma de Fernanda. Com o resultado do Exame Laboratorial, a médica solicita encaminhamento ao Serviço Terciário de Hematologia do Hospital Evangélico da cidade, para dar prosseguimento com a coordenação do cuidado de forma Integral à paciente. "Não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa brilhe". Gandhi