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TESTES ACUMETRICOS E EQUIPAMENTO

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Data: 27/10/2020
Disciplina FONO0169
Grupo 5
Líder: Juliana Pereira Santos
Tema disparador: Pesquisa Teste de Weber, Teste de Rinne, Teste de Bing e Teste de Schwabach. O equipamento e os princípios de calibração.
________________________________________________________________________
A acumetria é a realização de testes auditivos com o uso de um instrumento de tom puro chamado diapasão. Eles são capazes de produzir um tom puro em frequências determinantes e estáveis, o que torna possível a pesquisa de testes comparativos entre condução de via aérea e via óssea, para que se possa determinar o possível local de lesão, se em orelha externa, média ou interna¹. São eles:
Criado em 1834, pelo médico alemão Ernst Heinrich Weber, o teste de Weber é um dos métodos mais utilizados na avaliação audiológica, tendo em vista sua alta confiabilidade. Este procedimento é feito com o auxílio de um diapasão (barra metálica em forma de U) examinando a capacidade de localizar a fonte sonora, causando estímulo na via óssea, permitindo comparação entre as duas orelhas. As condições de saúde da cóclea e a intensidade de ruídos ambientais, serão de suma importância para o resultado do teste, permitindo uma melhor identificação de sinal¹. 
Suas avaliações podem ser: 1) Weber Indiferente - o estímulo em uma das orelhas não é detectado pelo paciente, caracterizando-se como perdas auditivas simétricas, podendo ser condutivas e/ou neurossensoriais; 2) Weber lateralizado para a orelha com menor audição: pacientes com perda auditivas originadas por alteração de orelha interna de um lado, apresentando o outro lado normal podendo ocorrer também em pacientes com transtornos neurossensoriais; 3) Weber lateralizado para a orelha com maior perda de audição: pacientes com transtornos condutivos unilaterais como também bilateral assimétrica causadas por alteração na orelha média e/ou externa¹.
Complementar ao teste de Weber, o teste de Rinne (1855), que se destaca entre os testes audiológicos mais conhecidos e utilizados, tem por objetivo comparar o tempo de audição de um mesmo som por via óssea e por via aérea. E, assim como os demais testes acumétricos, utiliza-se do diapasão que, neste caso, é colocado em contato com o processo mastóide do osso temporal (via óssea) pelo cabo, e posteriormente aproximado do meato acústico externo do paciente (via aérea), até que este pare de escutar o som¹.
Realizado o teste, podem haver três diferentes resultados: 1) Rinne positivo, que é considerado quando o tempo de audição por via aérea for de duas a três vezes maior que por via óssea, o que indica audição dentro dos padrões de normalidade; 2) Rinne negativo, quando o tempo de audição de via aérea é menor ou igual ao de via óssea, sendo indicativo de perda condutiva; 3) Rinne patológico, onde o tempo de audição de via aérea é maior que por via óssea, mas com valores menores, que indica uma perda neurossensorial¹.
Apesar da pouca utilização, o Teste de Bing também exerce grande importância na verificação auditiva dos pacientes. Esse teste, que leva o nome do seu criador, consiste em atestar, em casos de uma possível deficiência auditiva, e analisar a aparição ou ausência de um componente condutivo².
Tal teste tem como objetivo comparar a sensação da audição do paciente e avaliar o efeito da oclusão, tendo como procedimento a colocação do diapasão no processo mastóide, pressionando o trago e posteriormente com a obliteração do canal auditivo externo. Nos casos em que há perda condutiva a obliteração não influencia na audição, mas nos pacientes com perda neurossensorial ou nos casos de audição dentro dos padrões de normalidade, ocorre a piora quando procedido no canal externo obliterado³.
O mesmo teste pode ser realizado com utilização do vibrador ósseo na mastóide e pressionamento do trago para a oclusão do conduto auditivo externo, sendo nesse caso, realizado em diversas frequências diferentes 4 . 
Por fim, Schwabach discorreu sobre o teste em 1980. Ele consiste em comparar o tempo de audição por via óssea de um examinador, este sendo um ouvinte normal, com o tempo de audição por via óssea do paciente¹. 
Se o ouvinte examinador escutar o diapasão por mais tempo que o paciente, seria caraterizado como um Schwabach encurtado, indicativo de lesão neurossensorial. Caso o paciente escute o diapasão por mais tempo que o ouvinte examinador, será caracterizado como um Schwabach alargado, indicativo de problemas condutivos. Por fim, se o tempo de audição do ouvinte examinador e do paciente forem semelhante teremos o Schwabach normal ¹.
Quanto aos equipamentos audiológicos, é sabido que são de extrema importância na realização dos exames audiométricos. Neste sentido, é necessário elencar quais são os dispositivos básicos em uma avaliação inicial bem como de sua calibração².
A audiometria pode ser de duas formas: tonal e vocal. A audiometria tonal pode ser realizada por via área comum ou por via óssea. O audiômetro é então o equipamento eletrônico utilizado para analisar esta acuidade auditiva. Comumente divide-se os audiômetros nos que possuem dois canais e os que possuem um canal apenas². 
O audiômetro apresenta componentes básicos em sua interface: Interruptor para ligar e desligar, gerador de frequência, atenuadores, seletores para fone bem como para vibrador ósseo, gerador de ruídos, circuito de fala, interruptores para emitir o sinal. Em relação ao fone, o modelo mais utilizado, por exemplo, é o TDH 39, que se constitui do cabo, do arco, dos coxins e da cápsula. Para o vibrador ósseo podemos observar, também como exemplo, a utilização usual do modelo b71, ele se constitui da cápsula, do arco, bem como do cabo. Pode ser encontrado também o pêra de resposta 1,2. 
A cabine acústica é um elemento muito importante para um bom resultado. Ela serve para reduzir o ruído da sala de teste. No entanto, a cabine não poderá ser totalmente ausente de som, pois também pode haver comprometimento. A cabine deverá constar então de paredes duplas revestidas de várias camadas de material isolante absorvente. Bem como deverá possuir uma janela de observação e por uma porta bem encorpada para seu fechamento¹. 
Para que o resultado possa ser fidedigno, faz-se necessário entender os princípios de calibração dos equipamentos. A calibração é então um estabelecimento de uma relação entre a resposta do equipamento com o estímulo rastreado, ou seja, na audiologia visa analisar as características de frequência, intensidade e tempo. É preciso além disso que o certificado de calibração esteja em conformidade com a norma estabelecida 5,1.
Pela Resolução CFFa nº 553, de 2 de outubro de 2019, dita algumas disposições centradas a calibração de equipamentos da avaliação audiológica. Nesta resolução, assume-se então que todos os equipamentos devem ser calibrados anualmente e, se necessário, ajustados, mas caso perceba alguma diferença no equipamento deve ser feito isto antes do prazo. É dito também, no artigo 3, que a integridade dos acessórios é de responsabilidade do fonoaudiólogo para não comprometer os exames. E a emissão do certificado de calibração deve estar disponível quando solicitado e conter informações que vão de nome e endereço do laboratório que realizou os procedimentos até a norma de referência utilizada, seus valores por frequência e a conformidade ou não dos resultados com a norma. Quem deverá realizar a calibração são locais apropriados para tal e são acreditados pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou que tenham seus equipamentos padrões, utilizados na calibração, calibrados anualmente no INMETRO ou por laboratórios acreditados (RBC) 6 .
Já pela Resolução CFFa nº 554, de 21 de outubro de 2019, dita as disposições para o nível de pressão sonora do ambiente acústico na realização dos testes. Como dito acima, o som do ambiente interfere no resultado, por isso, deve ser enquadrado nas normas estabelecidas pela ISO 8253-1. As diretrizes essenciais se repetem da Resolução de nº 553 – como, por exemplo, de calibrar anualmente –, diferindo em alguns pontos específicos7. 
REFERÊNCIAS
¹ RUSSO, I.C.AP., SANTOS, T.M.M. A prática da audiologia clínica. São Paulo: Cortez, 2011.
² LOPES FILHO, Otacílio. Novo tratado de fonoaudiologia. Editora Manole, 2013.
³ LEE, K. J. Princípios de Otorrinolaringologia: cirurgia de cabeça e pescoço. 9. ed. São Paulo: AMGH, 2009.
4 BENTO, Ricardo Ferreira. Tratado de Otologia. São Paulo: EdUSP, 1998.
5 PEDROSO, Marcos Aurélio et al. Aspectos metrológicos da calibração de audiômetros. 2002.
6 DE FONOAUDIOLOGIA, Conselho Federal. Resolução CFFa nº 553, de 2 de outubro de 2019. Dispõe sobre a calibração e ajuste de equipamentos de avaliação audiológica e dá outras providências. 2019
 7 DE FONOAUDIOLOGIA, Conselho Federal. Resolução CFFa nº 554, de 21 de outubro de 2019. Dispõe sobre o nível de pressão sonora do ambiente acústico de testes audiológicos e dá outras providências. 2019

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