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Orientação sexual e identidade de gênero na determinação social de saúde do público LGBT. ● O processo saúde-doença está intrinsecamente conectado com as condições concretas de vida e com as diversas realidades sociais, acarretando o forte vínculo entre a situação de saúde e os fatores históricos, sociais, econômicos, culturais e biológicos. ● A determinação social de sofrimento e de doença está atrelada as formas de discriminação, como a homofobia, que compreende a lesbofobia, gayfobia, travestifobia e transfobia. ● O rastreamento das condições de saúde da população em pauta não é efetivo, em razão do medo de violência institucional e pela dificuldade do grupo LGBT encontrar um serviço de saúde acolhedor, que ofereça cuidados adequados à sua realidade, fato que ocasiona a invisibilização social dos principais adoecimentos dessa população, principalmente em mulheres lésbicas e bisexuais. ● Travestis e transexuais configuram-se como uma parcela da população discutida, que apresenta intenso sofrimento psíquico, provocado pelo não pertencimento ao corpo biológico, o que acarreta nessa parcela da comunidade o desenvolvimento de distúrbios de ordem psicológica e tendência à automutilação. ● A saúde pública brasileira é marcada pela dificuldade no tratamento de readequação corporal seguro, por conseguinte tem-se o uso indiscriminado e sem orientação profissional, de hormônios femininos e masculinos, por travestis e transexuais. ● Desse modo, múltiplas causas podem estar atreladas na determinação do adoecimento da população LGBT, o que enfatiza a necessidade de políticas públicas de saúde para essa população, por meio da reflexão e reconhecimento da vulnerabilidade, em relação aos direitos humanos.