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BENEFICIAMENTO DO MEL COLHEITA DO MEL A colheita de mel para comercialização deve ser feita após o período de chuvas, quando ocorrem as floradas de diversas plantas. O apicultor deve evitar a colheita em dias chuvosos ou com umidade elevada. Quantidades elevadas de umidade no mel favorecem a proliferação de leveduras, promovendo a fermentação, inutilizando ao consumo humano. A colheita deve ser realizada durante um dia ensolarado, com baixa umidade, ideal de 09:00 as 16:00 hs por ser o horário em que as abelhas estão fazendo a coleta do néctar. Para a colheita do mel, devem ser usados os equipamentos de proteção individual (EPI) próprios para a atividade, devem ser de cor branca e limpo. Para diminuir o risco de ataque pelas abelhas, é feita a aplicação da fumaça por meio de um fumigado. As abelhas enchem as vesículas melíferas com o mel dos favos e, dessa forma, não conseguem contrair o abdome e dar a ferroada. A fumaça também vai diminuir o odor exalado pelo apicultor e o odor do feromônio de alerta das abelhas. A colheita do mel deve ocorrer de forma seletiva, ou seja, ao efetuarmos a abertura das melgueiras, o apicultor deve inspecionar cada quadro, priorizando a retirada apenas dos quadros que apresentarem no mínimo 90% de seus alvéolos operculados, sendo indicativo da maturidade do mel em relação ao porcentual de umidade, sem a presença de crias e/ou pólens. Os quadros selecionados devem ser colocados em uma melgueira vazia, fora do chão, e depois transportados para o local do beneficiamento. O transporte das melgueiras deve ser feito em veículo devidamente limpo e que não apresente qualquer tipo de resíduo (de produtos químicos, adubos, esterco etc.) que possa contaminar o mel , é importante ressaltar o horário para o transporte, evitar a exposição dos quadros ao sol, pois o aumento da temperatura do mel eleva o teor de hidroximetilfurfural (HMF), cuja presença acima do limite estabelecido pela legislação é indicativa de deterioração do mel. Fontes primárias de contaminação microbiana no mel (antes da colheita) são muito difíceis de controlar, como por exemplo, o pólen, aparelho digestivo das abelhas, pó, ar, solo e néctar. As fontes secundárias (depois da colheita), que influenciam qualquer produto alimentício também são fontes de contaminação do mel. Para reduzir ou evitar a contaminação, é necessário que, em todas as etapas do beneficiamento do mel, da colheita até a comercialização, sejam adotadas as normas higiênicas recomendadas pelas Boas Práticas Apícolas.