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Propriedades Mecânicas dos Materiais Poliméricos Parte I Propriedades Mecânicas ▪ Determinam a maior ou menor capacidade que o material tem para transmitir ou resistir aos esforços que lhe são aplicados; ▪ Das propriedades mecânicas, a mais importante é a resistência mecânica; ▪ A resistência mecânica permite que o material seja capaz de resistir à ação de tipos de esforços como tração e compressão. Propriedades Mecânicas ▪ A resistência mecânica relaciona-se às forças internas de atração existentes entre as partículas que compõem o material ▪ Elasticidade é a capacidade que o material deve ter de se deformar quando submetido a um esforço, e de voltar à forma original quando o esforço termina; ▪ Plasticidade é a capacidade que o material deve ter de se deformar quando submetido a um esforço, e de manter essa forma original quando o esforço desaparece; Propriedades Mecânicas Elasticidade Propriedades Mecânicas Plasticidade A Resistência Mecânica dos Polímeros ▪ A resistência mecânica dos polímeros é bastante inferior a dos metais e cerâmicas; ▪ Polímeros apresentam ligações primárias covalentes entre os átomos da cadeia principal e ligações secundárias fracas entre as cadeias poliméricas como forças de van der Walls, interações entre dipolos e ligações de hidrogênio. A Resistência Mecânica dos Polímeros ▪ Nos metais e nas cerâmicas, os átomos e moléculas são unidos por ligações primárias fortes como a ligação metálica para os metais e as ligações iônicas e covalentes para as cerâmicas. Propriedades Mecânicas As propriedades mecânicas dos materiais compreendem a as propriedades que determinam a resposta dos materiais às influências mecânicas externas. São manifestadas pela capacidade desses materiais desenvolverem deformações reversíveis e irreversíveis, e resistirem a fratura. a) Módulo de elasticidade b) Resistência à tração c) Resistência à flexão d) Resistência à compressão e) Alongamento na ruptura f) Resistência ao impacto g) Resistência à fadiga h) Dureza i) Resistência à fricção j) Resistência à abrasão Como determinar as propriedades mecânicas? ▪ Através de ensaios mecânicos; ▪ Utilizam-se normalmente corpos de prova padronizados; ▪ Utilização de normas técnicas para o procedimento das medidas, confecção dos corpos de prova e ensaios. Principais tipos de tensões Comportamento dos polímeros FRÁGIL: A fratura ocorre quando o polímero se deforma apenas elasticamente. PLÁSTICO: Semelhante aos materiais metálicos. ELASTÔMERO: Alta deformação com baixa tensão. 12 Alongamento no ponto de escoamento Alongamento na ruptura Tensão de ruptura Tensão no ponto de escoamento Ponto de ruptura Curva de Tensão x Deformação Curva de Tensão x Deformação Curva de Tensão x Deformação Região elástica do material Curva de Tensão x Deformação Região plástica do material Curva de Tensão x Deformação ▪ Polímeros com comportamento frágil – Não apresentam ponto de escoamento, portanto, não se deformam plasticamente; ▪ Polímeros com comportamento ductíl – Apresentam ponto de escoamento nítido e deformam-se plasticamente; Curva de Tensão x Deformação FRÁGIL: A fratura ocorre quando o polímero se deforma apenas elasticamente. PLÁSTICO: Semelhante aos materiais metálicos. ELASTÔMERO: Alta deformação com baixa tensão. Curva de Tensão x Deformação Curva de Tensão x Deformação do PE Curva de Tensão x Deformação Curvas características de diferentes polímeros Curva de Tensão x Deformação • Curva a – Típica de materiais termofixos que são materiais rígidos e frágeis. Pouco sensíveis a variações de temperatura e taxa de deformação. • Curva b – Típica de materiais cristalinos e semi cristalinos. São muito sensíveis a variações de temperatura e taxa de deformação. • Curva c – Típica de elastômeros e termoplásticos muito dúcteis que não fazem pescoço. Módulo de Elasticidade • Também conhecido como Módulo Elástico ou Módulo de Young. • É medido pela razão entre a tensão e a deformação, dentro do limite elástico, em que a deformação é totalmente reversível e proporcional à tensão. E = Tensão Deformação Módulo de Elasticidade Tenacidade é uma medida de quantidade de energia que um material pode absorver antes de fraturar. Os materiais cerâmicos, por exemplo, têm uma baixa tenacidade e as borrachas possuem alta tenacidade. Tenacidade Pode ser definida pela área total abaixo da curva tensão-deformação num teste de tensão até o Limite de Ruptura; A tenacidade está bastante associada com a resistência ao impacto, ou seja, a capacidade de o material absorver energia antes de fraturar; Tenacidade Resistência à Tração A resistência à tração, ou resistência à tração na ruptura, é avaliada pela carga por unidade de área, no momento da ruptura. Testes de tração indicam, por exemplo, a força requerida para quebrar um corpo de prova ou quanto este pode ser esticado ou alongado antes da ruptura ocorrer. Os polímeros em geral apresentam baixos valores de resistência a tração. É expressa em MPa, Pa, N/m2 ou Kgf/mm2 Máquina Universal de Ensaios 27 ASTM D 412 ASTM D 638 ASTM D 882 •Borracha •Plástico •Filmes Normas Técnicas para Ensaio de Tração 28 Corpo de Prova O ensaio de tração é feito em corpos de prova com características especificadas de acordo com normas técnicas. Suas dimensões devem ser adequadas à capacidade da máquina de ensaio. Resistência à Tração A partir da curva de tensão-deformação pode-se obter os seguintes resultados: •Módulo de elasticidade em tração ou de Young; •Tensão e deformação no ponto de escoamento; •Tensão e deformação na ruptura; •Alongamento na ruptura Exemplo de Resistência à Tração Polipropileno + Negro de fumo: É a redução localizada na área da seção transversal que pode ocorrer em um material sob tensão de tração. Empescoçamento Exemplo de aplicação do ensaio de tração Ensaio de tração do PEBD e PEAD •PEBD – Apresenta ramificações em suas cadeias moleculares. •PEAD – Apresenta predominantemente cadeias lineares