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AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Adriana Berno 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Convidamos você a adentrar nesse universo amplo, porém provocador, que 
é a discussão/reflexão sobre contabilidade gerencial. A partir da leitura do material 
podemos juntos construir e articular a teoria com a prática. Vamos entender o 
conceito de contabilidade gerencial com vistas a mostrar a importância de 
informações agrupadas para ter uma projeção, resultado e/ou direcionamento 
acerca do caminho mais adequado a seguir, para um estudo, pesquisa ou 
atividades profissionais para uma tomada de decisão ou uma previsão de 
diagnóstico do passado, presente ou futuro, importante a administradores, 
contadores, economistas e áreas afins com os principais aspectos da 
contabilidade gerencial a obtenção de dados confiáveis. 
TEMA 1 – A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL 
Os temas abordados tratam da contabilidade gerencial, área utilizada por 
contadores, economistas, administradores e afins para atuarem de maneira 
colaborativa na gestão estratégica e empresarial. Para tanto, são utilizados dados 
financeiros e econômicos visando à produção de relatórios contábeis e gerenciais 
para auxiliar no processo de tomada de decisão. Nesse sentido, é necessário o 
conhecimento de teorias, conceitos e finalidade a fim de que a ferramenta seja 
empregada para fins empresariais e governamentais. 
1.1 Contabilidade 
Para seguir com o tema, precisamos apresentar conceito da contabilidade 
e a visão de alguns autores. Pode-se dizer que se trata de uma ciência que 
compila dados para análise cronológica das operações financeiras e econômicas 
a fim de serem utilizados como instrumento contínuo de informações para 
interpretação da situação patrimonial, financeira e econômica e favorecer as 
tomadas de decisões. 
Ribeiro (2003, p. 19) a define como “uma ciência que possibilita, por meio 
de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas”. Na 
percepção de Gouveia (2001, p. 1), a “contabilidade é um sistema muito bem 
idealizado que permite registrar as transações de uma entidade que possam ser 
expressas em termos monetários e informar os reflexos dessas transações na 
situação econômico-financeira dessa entidade em uma determinada data”. Marion 
 
 
(1998, p. 24), complementa que ela “é o instrumento que fornece o máximo de 
informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa”. 
É importante esclarecer que a definição de contabilidade é crucial ao 
entendimento da relação entre finanças, economia e entidade empresarial (seja 
privada, seja pública). Ela constitui um instrumento de informações úteis para 
verificar e validar relatórios gerenciais para tomada de decisões. 
Para Ávila (2012, p. 27), o conceito de contabilidade se resume na técnica 
para os registros monetários de uma entidade econômico-financeira. 
Contabilidade é a ciência que se ocupa do registro, por meio de técnicas 
próprias, dos atos e fatos da administração das entidades econômico-
financeiras, que possam ser expressos monetariamente, possibilitando 
o controle, o estudo e a interpretação das variações do patrimônio da 
empresa, bem como fornecendo informações a todos os usuários 
interessados. 
1.1.1 Função da contabilidade 
A função da contabilidade é gerar informações, registrar, organizar 
cronologicamente demonstrativo para análise e acompanhamento das transações 
financeiras e patrimônio, em virtude da atividade econômica e social em empresas 
e órgãos. 
1.1.2 Princípio contábil 
 Em primeiro momento vamos refletir que os princípios são um conjunto de 
normas e/ou padrões de conduta a serem seguidos por uma instituição. Nesse 
aspecto, estão relacionados ao início de um procedimento ou processo de 
determinada área. 
Os princípios fundamentais da contabilidade são normas básicas aplicadas 
para o registro contábil. Fipecafi (2007, p. 91-93), no livro citado, apresenta os 
tipos e define os princípios contábeis: 
• Princípio da entidade – patrimônio da entidade, a necessidade de separar 
patrimônio dos sócios como a empresa, ou seja, autonomia patrimonial. 
• Princípio da continuidade – vida/duração da entidade por tempo 
indeterminado, ou seja, ilimitado. 
• Princípio da oportunidade – tempestividade e integridade, ou seja, tempo 
certo e registros patrimoniais. 
• Princípio do registro pelo valor original – registro inicial da transação. 
 
 
• Princípio da competência – reconhecimento e/ou registro das despesas 
incorridas e/ou receitas realizadas. 
• Princípio da prudência – registro do menor valor para ativo, e maior valor 
para passivo. 
Vale esclarecer que alguns autores relatam a correção monetária como 
princípio, ao passo que outros entendem que já está em desuso, por isso não foi 
apontado nesta abordagem. O assunto pode ser aprofundado com leituras 
específicas. 
Os princípios são o início de pontos a ser considerado para conhecimentos 
contábeis, ponto de origem a razão de criar a metodologia e organização das 
transações e relatórios para a tomada de decisão. 
1.1.3 Tipo de contabilidade 
Neste tópico vamos averiguar as modalidades da contabilidade. Na visão 
de Salotti et al. (2019, p. 36-37) os tipos de contabilidade são: 
• Fiscal: atua na elaboração e/ou cálculo para recolhimento de tributos 
incidentes sobre a empresa mediante procedimentos, princípios e normas 
vigentes na legislação tributária federal, estadual, municipal e outras para 
os órgãos regulamentares, ou seja, o fisco. Também pode ser utilizada para 
fins de planejamento tributário, com aplicação de benefícios fiscais de 
acordo com a operação da empresa. 
• Gerencial: atua na administração das atividades operacionais e financeiras 
para os usuários internos na tomada de decisão. 
• Financeira: atua na elaboração e publicação das demonstrações contábeis 
e na disponibilização de informações financeiras, patrimoniais para os 
usuários externos. 
Alguns autores incluem também a perícia contábil e a auditoria contábil 
como tipos de contabilidade. Os interessados no assunto podem buscar 
aprofundá-lo. 
Vamos praticar? Agora é sua vez! 
Questões (Ávila, 2012, p. 40): 
1) Qual o conceito de contabilidade? 
 
 
2) Quais as áreas de atuação em que a contabilidade pode desenvolver 
suas atividades? 
3) Estudo de caso: Brealey, Myers e Allen (2019, p. 655). 
Com base no relatório de demonstração de resultado da rede de materiais 
de construção do ramo varejista da empresa Lowe's de determinado exercício, ou 
seja, do ano, que análises podem ser realizadas pelas informações e valores 
apresentados? Faça uma análise crítica e elabore considerações sobre a situação 
financeira mostrada na demonstração de resultado (Quadro 1). 
Quadro 1 – Demonstração de resultado 
Receitas $ 48.230 
(-) Custos 31.729 
(-) Despesas administrativas 11.158 
(-) Depreciações 1.539 
(=) LAJIR 3.804 
(-) Encargos de juros 298 
(=) Impostos sobre rendimentos 3.506 
(-) Impostos 1.311 
(=) Lucro líquido 2.195 
Dividendos 491 
Adição aos lucros retidos 1.704 
Fonte: elaborado com base em Brealey, Myers e Allen, 2019, p. 655. 
(As respostas estão disponíveis no final desta abordagem). 
TEMA 2 – DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E FINANCEIRA 
Os temas abordados estão relacionados à contabilidade gerencial na 
gestão e a contabilidade financeira nas normas e regras para atender aos 
acionistas e às demandas legais na visão monetária e econômica. 
2.1 Contabilidade gerencial 
Trata-se de uma ferramenta de gestão destinada à interpretação de dados 
financeiros e não financeiros para contribuir com gerenciamento nas atividades 
financeiras, fiscais e de custos e gerenciais, para a avaliação de desempenho das 
 
 
empresas em suas áreas, para atuar nas melhores decisões a fim de se manter 
competitivas no mercado (Salotti et al., 2019, p. 40).A contabilidade geral tem o objetivo de viabilizar os recursos de cunho 
econômico das empresas privadas e públicas. 
2.2 Contabilidade financeira 
 A contabilidade financeira segue normas, princípio e legislação para 
atender aos acionistas quanto à sua saúde financeira e com base para as 
demandas legais do Brasil. Isso ocorre por meio de demonstrações contábeis 
como: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), 
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) e outros (Salotti et al., 2019, p. 40). 
A atividade relacionada à contabilidade segue padrões organizacionais dos 
dados financeiros e econômicos. 
2.2.1 Principais demonstrações financeiras 
Salotti et al. (2019 p. 63) definem as principais demonstrações financeiras: 
● Balanço Patrimonial (BP) – apresenta a posição patrimonial e financeira 
de uma empresa em determinada data. 
● Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) – apresenta o resultado 
operacional positivo ou negativo da empresa a fim de mostrar o 
desempenho dela em determinado período. 
● Demonstração do Patrimônio Líquido (DMPL) – a mutação do patrimônio 
líquido é possível pelo aumento ou redução do patrimônio líquido de origem 
do resultado, das distribuições de dividendos e do prejuízo acumulado. 
● Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) – registra a movimentação de 
saída de caixa derivada das atividades operacionais da empresa. 
● Demonstração do Valor Adicionado (DVA) empresas na bolsa de valores 
– identifica a origem das riquezas da entidade, geradas ou distribuídas. 
Os demonstrativos são ferramentas para visualizar a viabilidade financeira 
e econômica das entidades privadas e públicas. 
 
 
 
2.3 Pontos que diferenciam a contabilidade gerencial da financeira 
Neste momento vamos esclarecer a diferença entre a contabilidade 
gerencial e a financeira. Para tanto, vamos mencionar pontos para melhor 
entendimento desse contexto. 
Carraro, Prates, Araújo e Silva (2019, p. 18, citados por Atkinson, 2012) 
relatam os pontos divergentes entre a contabilidade financeira e a gerencial. A 
contabilidade financeira tem seus aspectos assim definidos: 
● Seu foco é fornecer informações financeiras e patrimoniais aos usuários 
externos, ou seja, investidores e fisco. 
● Registra as transações do passado. 
● É obrigada a publicar as demonstrações em órgãos competentes. 
● Segue normas, princípios e procedimentos legais. 
● As informações são monetárias. 
● Sua finalidade e/ou função é registrar, organizar cronologicamente as 
movimentações patrimoniais e financeiras da entidade apresentada nas 
demonstrações contábeis. 
Por sua vez, a contabilidade gerencial tem seus aspectos assim descritos: 
● Seu foco é fornecer informações para usuário interno, ou seja, os gestores. 
● Fornece informações para o futuro da organização. 
● É de uso exclusivo da entidade, internamente. 
● Não há procedimentos e normas a serem seguidos ou preestabelecidos. 
● As informações podem ser monetárias e não monetárias. 
● A sua função é apoiar a tomada de decisão. 
As diferenças alocadas predominantemente presentes na contabilidade 
financeira são a transação passada, e no caso da contabilidade gerencial, as 
operações futuras. Entretanto, mas ambas levam ao fator de tomada de decisão, 
sejam considerando o que aconteceu, seja para projetar. 
Vamos praticar! Agora é sua vez. 
A sugestão é você assistir ao filme “O contador” visando ao aprimoramento 
profissional acerca de uma visão da contabilidade gerencial. O filme trata de um 
profissional da área contábil que descobre uma fraude. Nesse momento, pode 
refletir o papel da gestão estratégica em verificar “fraude”, no caso da reprodução 
 
 
em questão, e realizar um crítica colocando em evidência a importância da 
contabilidade gerencial em detectar irregularidade antes que aconteça o ato ilícito 
ou desvio, e em caso de erro, propor ajustes necessários para regularizar a 
situação. 
Com uma nova visão, profissionais da área de contabilidade, 
administração, finanças e economia vão assistir ao filme com uma perspectiva 
sistêmica dos pontos a serem questionados para tomada de decisões 
empresariais, visando descobrir a fraude, demonstrativos que despertaram a 
atenção para a busca de novos registros a fim de apurar desvio e fraude na 
empresa. 
TEMA 3 – CONTABILIDADE GERENCIAL E GESTÃO ESTRATÉGICA 
A contabilidade gerencial é uma ferramenta que coleta dados e 
informações visando contribuir no processo da gestão estratégica dentro da 
organização para possíveis decisões de novos investimentos, transformações de 
processos estratégicos. 
3.1 Gestão estratégica 
Gestão estratégica é a implementação de ações voltadas à geração de 
resultados com foco em melhoria de processo para se manter à frente no mercado 
competitivo. De acordo com Cerqueira Neto (1993, p. 18), é “o processo de buscar 
a compatibilização da empresa com seu meio ambiente externo, através de 
atividades de planejamento, implementação e controle, consideradas as variáveis 
técnicas, econômicas, informativas, sociais, psicológicas e políticas”. Por sua vez, 
Rocha (1999, p. 46) a define como “o processo de tomada de decisões e a 
implementação de ações que visa a conceber, desenvolver, implementar e 
sustentar estratégias que garantam vantagens competitivas a uma organização”. 
A gestão estratégica é importante à implementação de ações para a 
gestão organizacional por ser um ferramenta para melhorias contínuas e para 
manter-se no mercado competitivo. 
 
 
 
 
3.2 Vantagens 
A gestão estratégica garante algumas vantagens para organização se 
manter no mercado competitivo. É uma ferramenta que contribui nas tomadas de 
decisão mais assertivas, com a implementação de melhorias na redução de 
desperdício no processo de custo, no aumento de produtividade dos processos, 
melhor precificação de produtos e/ou serviços e eficiência na gestão econômica e 
financeira da organização. 
3.3 Avaliação de desempenho na visão de controle de gestão 
Para um controle de gestão eficiente, há um caminho a ser seguido no 
sentido de avaliar e analisar a empresa e suas áreas. Carraro et al. (2018, p. 45) 
apresentam quatro etapas a serem aplicadas para a contabilidade gerencial: 
• Elaboração das estratégias: o objetivo de longo prazo e o caminho a ser 
percorrido para alcançar. 
• Planejamento: preparar informações, organizá-las para priorizar metas e 
prever e/ou medir a execução dos planos preestabelecidos. 
• Execução: realização das ações para atingir o objetivo estabelecido. 
• Revisão: dados coletados do plano iniciado com o executado para análise 
de melhoria no processo. 
Nascimento e Reginato (2007, p. 174) apresentam a avaliação de 
desempenho a ser praticada pelos gestores a traçar um objetivo de ser atingido 
pela organização e um particular de cada área, com apresentação de indicadores 
para direcionar a desempenho e melhorias nos processos no prisma operacional 
e gerencial. Para tanto algumas premissas são consideradas: 
● Fixar objetivo; 
● Implementação de recursos para melhoria dos resultados; 
● Estar em linha com a expectativa esperada pelos gestores; 
● Sistema de informação e o registro das informações para a avaliação de 
desempenho. 
Os indicadores podem ser econômicos – financeiros e não financeiros. 
Para os financeiros há quatro categorias: 
 
 
● Indicadores de liquidez – avalia o nível de endividamento e rentabilidade 
da organização. 
● Indicadores de atividade – mensura as etapas do ciclo da organização, 
como o tempo médio do estoque até o prazo dado para receber do cliente 
a venda. 
● Indicadores de endividamento – apresenta o quanto a organização deve a 
terceiros; 
● Indicadores de lucratividade – apresenta o lucro da organização. 
A avaliação de desempenho é uma ferramenta que mede as atividades em 
diversas áreas da empresa e serve para melhoria no ciclo organizacional, pois 
coleta e traduz os dadosdas diversas áreas que necessitam de alguma melhoria 
operacional, financeira, tributária e não financeira. 
As informações não financeiras podem ser citadas com alguns exemplos 
como a pesquisa satisfação do cliente, a fidelização do cliente ,a motivação de 
seus colaboradores entre outros. 
TEMA 4 – CONTABILIDADE GERENCIAL E SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
O sistema de informação é um conjunto de elementos fundamentais 
voltados à consolidação de informações operacionais e gerenciais aos gestores 
para a gestão organizacional na tomada de decisão. Entre os exemplos, podemos 
citar os relatórios de vendas, custo do produto, movimentação do estoque etc. 
4.1 Sistema de informação 
Para Nascimento e Reginato (2007, p. 7), “compreende o registro das 
operações ocorridas na atividade da empresa nos segmentos contábil, fiscal e de 
ativos entre outros”. 
 4.1.1 Finalidade do sistema de informação 
Nascimento e Reginato (2007, p. 66) explicam que o objetivo do sistema 
de informação “é fornecer informações para apoio às operações e gerenciamento 
da organização na tomada de decisão através de disponibilização de dados 
relevantes e confiáveis para os gestores através de ferramentas tecnológicas da 
informação”. 
 
 
Nascimento e Reginato (2007, p. 66, citados por Davis; Olson, 1985) 
entendem que o sistema de informação é um facilitador para orientar a empresa 
na gestão em todas as suas fases por meio de relatório para análise de dados 
com vistas à tomada de decisão. 
4.1.2 Tipos de sistemas de informação 
De acordo com Nascimento e Reginato (2007, p. 66-69), os sistemas de 
informação podem ser assim classificados: 
● Sistema de Informação Gerencial (SIG): são informações disponibilizadas 
de dados para contribuir na melhoria dos processos organizacionais e na 
qualidade na tomada de decisões (Oliveira, 1997, p. 39). 
● Sistema de Apoio à Decisão (SAD): Nascimento e Reginato (2007, p. 68, 
citados por Sprague, 1991) definem como um sistema computacional que 
serve de apoio para a tomada de decisão por meio de dados confiáveis, 
claros e a flexibilidade da informação. 
● Sistema de Informações Executivas (SIE): projetado para executivos, tem 
como foco o desenvolvimento do planejamento estratégico e processos 
decisórios da organização. Os dados são fornecidos na forma de gráficos 
e imagens de acesso rápido e fácil para a análise de desempenho da 
empresa. Nascimento e Reginato (2007, p. 69, citados por Pechuán, 1997) 
ressaltam a aplicação para realinhar as prioridades e criação de novas 
iniciativas. 
A finalidade da contabilidade gerencial do sistema de informação é registrar 
e organizar dados para medir indicadores visando projetar projetos de melhorias 
em diversas áreas da organização. 
TEMA 5 – ESTUDO PRÁTICO 1: CONTABILIDADE GERENCIAL COMO 
FERRAMENTA DE DECISÃO 
Neste tópico serão apresentados alguns casos aplicados à prática da 
contabilidade gerencial dentro de uma organização privada e pública. 
5.1 Contabilidade gerencial para empresas privadas 
Trata-se de um estudo de caso da empresa ACR Fashion, do segmento de 
confecção no setor têxtil, com foco em identificar o ciclo de vida dela em uma visão 
 
 
gerencial. Com a leitura do artigo, vamos refletir sobre a contabilidade gerencial 
de uma organização privada. O relato descreve o uso de artefatos de 
contabilidade gerencial ao longo do ciclo de vida de uma pequena empresa do 
ramo de confecção do setor têxtil, analisa o desenvolvimento dela, a dimensão 
dos dirigentes e os sócios que exerceram papel protagonista nas estratégias. 
Contudo, vale observar que não havia artefatos gerenciais formais, mas a 
intenção em determinados comportamentos. Também podem ser analisados o 
ciclo de vida e os modelos de gestão simplificados e enxutos que contribuíram 
para nortear as decisões corporativas. A gestão demonstra informalmente que 
existe a contabilidade gerencial que influencia a tomada de decisão da empresa. 
O artigo de Alessandro Souza de Paulo e Yara Consuelo Cintra, intitulado 
“O uso de artefatos de contabilidade gerencial no ciclo de vida de empresa do 
setor têxtil: O caso ACR Fashion”, foi publicado na Revista de Contabilidade do 
Mestrado de Ciências Contábeis da UERJ (v. 23, n. 1, 2018) e está disponível no 
seguinte link: <https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/39297>. 
5.2 Contabilidade gerencial para empresas públicas 
A contabilidade gerencial veio para ser utilizada na estratégia empresarial, 
e aqui relataremos uma prática adotada pelo Banco do Brasil. Carraro et al. (2018, 
p. 20) apresentam um caso em um órgão público na visão gerencial da mudança 
realizada na década de 1990. 
 Segundo os autores, “na década de 1990, o Banco do Brasil não possuía 
um modelo de gestão claramente definido, mas tinha noção da necessidade de 
reduzir custos para evitar novos resultados negativos”. Sua diretoria promoveu um 
conjunto de ações visando melhorar os resultados, entre elas: reestruturação de 
pessoal, reavaliação de clientes, levantamento da necessidade de investimentos 
para atualização tecnológica; e estruturação do capital necessário para suportar 
os ativos e seus respectivos riscos. 
Os principais fatores que motivaram a mudança na contabilidade gerencial 
do banco foram: 
• ambiente empresarial mais competitivo a partir da década de 1990; 
• redução do processo inflacionário da economia brasileira a partir da 
instalação do Plano Real; 
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/39297
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/39297
 
 
• significativos prejuízos do Banco do Brasil nos anos 1995 e 1996. Diante 
do novo cenário apresentado à época, sua administração implementou um 
profundo processo de mudança organizacional. 
 Os instrumentos de gestão – e em particular a contabilidade gerencial – 
demonstraram estar completamente desalinhados em relação ao novo modelo de 
gestão adotado pelo banco. Após a implantação da contabilidade gerencial, 
ocorreram mudanças significativas decorrentes das seguintes ações: 
• adoção de custeio direto e margem de contribuição em substituição ao 
custeio por absorção; 
• ênfase na gestão baseada em resultados econômicos em substituição 
àquela baseada em custos e volumes; 
• implementação de centros de resultados em substituição a centros de 
custos; 
• implementação do conceito de preços de transferência. 
A significativa intensidade dessas mudanças foi tanta que colocava em 
risco a eficácia do processo de institucionalização dos novos conceitos. Estes 
foram traduzidos em regras e rotinas da organização, materializadas na forma de 
manuais de procedimentos e sistemas de informações corporativos. Já pelo foco 
da teoria institucional, as mudanças nos processos ocorreram quando: 
• os novos conceitos introduzidos começaram a fazer parte dos hábitos das 
pessoas, das rotinas e regras da organização; 
• as novas instituições deram significado ao grupo social em termos de 
avaliação de desempenho ou na forma de comunicação; 
• os novos conceitos foram aceitos sem questionamento (taken for granted); 
• “as instituições são materializadas na forma de artefatos concretos na 
organização”. 
Fonte: elaborado com base em Pereira e Guerreiro, 2005. 
Taken for granted: dar como certo; realizar corretamente. 
5.2.1 Contabilidade gerencial mundial 
O cenário nacional contemporâneo apresenta evolução nas últimas 
décadas, com destaque para a avaliação de desempenho e a estratégia. 
Propomos aqui a reflexão sobre a contabilidade gerencial mundial, e a sugestão 
 
 
é a leitura do artigo de Elizangelo Tomachevski e Alessandro Lepchak, intitulado 
"O estado da arte da contabilidade gerencial no Brasil: um comparativo com 
resultados internacionais contemporâneos", publicado na revista Enfoque: 
Reflexão Contábil (v. 38, n. 1, 2019). Ele está disponível no seguinte link: 
<https://www.redalyc.org/journal/3071/307160600004/html/>.https://www.redalyc.org/journal/3071/307160600004/html/
 
 
REFERÊNCIAS 
ÁVILA, C. A. Gestão contábil para contadores e não contadores. 2. ed. 
Curitiba: InterSaberes, 2012. 
BREALEY, R.; MYERS, S.; ALLEN, F. Princípios de finanças corporativas. 10. 
ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
CARRARO, W. B. W. H. et al. Destaques da contabilidade gerencial. Porto 
Alegre: Editora da UFRGS, 2018. (Série Ensino, Aprendizagem e Tecnologias). 
CERQUEIRA NETO, E. P. Gestão da qualidade: Princípios e métodos. 3. ed. 
São Paulo: Pioneira, 1993. 
FERRARI, E. L. Contabilidade geral. 12. ed. Niterói: Impetus, 2012. 
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Introdução à teoria da contabilidade. 4. ed. São 
Paulo: Atlas, 2007. 
NASCIMENTO, A. M.; REGINATO, L. Controladoria – um enfoque na eficácia 
organizacional. São Paulo: Atlas, 2007. 
PAULO, A. S.; CINTRA, Y. C. O uso de artefatos de contabilidade gerencial no 
ciclo de vida de empresa do setor têxtil: O caso ACR Fashion. Revista de 
Contabilidade do Mestrado de Ciências Contábeis da UERJ, Rio de Janeiro, 
v. 23, n. 1, p. 3-17, jan./abr. 2018. Disponível em: <https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/39297/pdf>. Acesso em: 10 
fev. 2023. 
ROCHA, W. Contribuição ao estudo de um modelo conceitual de sistema de 
informação de gestão estratégica. 148 f. Tese (Doutorado em Ciências 
Contábeis) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. 
SALOTTI, B. M. et al. Contabilidade financeira. São Paulo: Atlas, 2019. 
TOMACHEVSKI, E.; LEPCHAK, A. O estado da arte da contabilidade gerencial no 
Brasil: um comparativo com resultados internacionais contemporâneos. Enfoque: 
Reflexão Contábil, v. 38, n. 1, p. 15-31, 2019. Disponível em: <https://rnp-
primo.hosted.exlibrisgroup.com/permalink/f/vsvpiv/TN_cdi_doaj_primary_oai_doa
j_org_article_f60111d025f7459f8c519eae2160ce7e>. Acesso em: 10 fev. 2023. 
 
 
 
RESPOSTAS 
1. Contabilidade é a ciência que se ocupa do registro, por meio de técnicas 
próprias, dos atos e fatos da administração das entidades econômico-financeiras, 
que possam ser expressos monetariamente, possibilitando o controle, o estudo e 
a interpretação das variações do patrimônio da empresa, bem como fornecendo 
informações a todos os usuários interessados. 
2. Fiscal: auxilia na elaboração de informações para os órgãos fiscalizadores. É 
imprescindível para um bom planejamento tributário da entidade. 
Gerencial: tem por objetivo auxiliar a administração na otimização dos recursos 
disponíveis na entidade por meio de um controle adequado do patrimônio. 
Financeira: elabora e consolida as demonstrações contábeis para disponibilizar 
informações aos usuários externos. 
3. Estudo de caso (Brealey; Myers; Allen, 2019, p. 655). “Veja o demonstrativo de 
resultados resumido apresentado”. A Lowe’s vendeu produtos no valor de $48.230 
milhões; o custo total de compra e de venda desses produtos foi de $31.729 + 
$11.158 = $42.887 milhões. Além desses custos, a empresa também fez uma 
dedução para fins de depreciação de $1.539 milhão no valor do imobilizado 
utilizado para a produção dos bens. Portanto, os ganhos dela, antes de pagar 
juros e impostos sobre rendimentos (LAJIR), foram: LAJIR = total das receitas − 
custos − depreciação = 48.230 − 42.887 − 1.539 = $3.804 milhões. Desse total, 
foram utilizados $298 milhões para pagamento de juros da dívida de curto e de 
longo prazos (lembre-se de que os juros da dívida são pagos do rendimento antes 
dos impostos) e $1.311 milhões foram para o governo sob a forma de impostos. 
Os $2.195 milhões que sobraram pertencem aos acionistas. A Lowe’s pagou $491 
milhões com dividendos e reinvestiu o restante no negócio.

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