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- Presença de comorbidades; - Distúrbios psicossociais, baixa condição socioeconômica; - Asma lábil, grande variação de VEF1 com broncodilatador. 46 - A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, que afeta tanto crianças quanto adultos, sendo um problema mundial de saúde e acometendo cerca de 300 milhões de pessoas. Estima-se que no Brasil haja cerca de 20 milhões de asmáticos. A asma é uma causa importante de faltas escolares e no trabalho, e, com relação a ela, é correto afirmar que: I - É definida como patologia de acometimento das vias aéreas com reversibilidade após o uso de broncodilatador. II - A chave do tratamento é o beta-adrenérgico inalatório. III - Está relacionada principalmente com fatores ambientais e tabagismo e menos com genética. IV - O corticoide inalatório em altas doses está indicado a todos os asmáticos. Está(ão) correta(s): a) I, apenas 47 - Uma criança de 6 anos evoluiu para insuficiência respiratória aguda em virtude de asma aguda grave. A melhor droga para sedoanalgesia durante sua permanência na ventilação mecânica é: b) cetamina 48 - Um paciente chegou à Emergência com crise asmática grave, embora ainda esteja com níveis de consciência e hemodinâmica preservados. Qual das condutas a seguir não é adequada para o caso? b) agentes mucolíticos, como a acetilcisteína Correta. O uso de mucolíticos é interessante para ajudar o paciente secretivo, entretanto não há espaço para essa terapia na crise asmática, dado que este não contribuirá para a melhora aguda do quadro. 49 - Em uma 1ª consulta, George, de 13 anos, natural e procedente de Goiana, foi encaminhado após ter sido internado em enfermaria no interior, com crise de asma há 3 semanas. Na história, há referência de episódios prévios de sibilância desde os 2 anos, associados a dermatite atópica. Nos últimos 12 meses, o paciente apresentou, aproximadamente, 8 crises de asma com atendimentos de emergência. Fora dos períodos de exacerbação, tem tosse seca predominantemente noturna, 4 vezes por semana, que perturba seu sono. Que medicação(ões) preventiva(s) deveria(m) ser prescrita(s) para esse paciente? e) fluticasona 250µg associada a salmeterol 50µg, 2x/d, ou budesonida 400µg, associada a formoterol 12µg, 2x/d Analisando as alternativas: a) Incorreta. Como se trata de um paciente muito sintomático, não é a melhor escolha começar o tratamento pela etapa 2, como é o descrito na opção. b) e c) Incorretas. O montelucaste é um antileucotrieno e faz parte da etapa 4 do tratamento da asma. As demais etapas podem ser empregadas antes. A dose habitual para crianças de 6 a 14 anos é de 1 comprimido mastigável, 5 mg/d. d) Incorreta. O formoterol é um beta-2-agonista de ação prolongada, e os medicamentos dessa classe não devem ser utilizados isoladamente, mas em conjunto com corticoide inalatório. e) Correta. Corticoides inalatórios associados a beta-2-agonistas de ação prolongada são a melhor opção para tratamento nesse caso 50 - Em uma paciente asmática estável, com sintomas ocorrendo mais de 3 vezes/semana, com espirometria compatível, virgem de tratamento, a terapêutica deve basear-se em: c) corticoide inalatório, com ou sem associação a broncodilatadores inalatórios 51 - Uma menina de 9 anos está em tratamento profilático para asma, com corticoide inalatório. Na avaliação do controle clínico das últimas 4 semanas, tem apresentado sintomas diurnos 3x/sem. Vem à consulta por exacerbação da asma. Qual é o nível de controle do paciente, de acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia de 2012? b) asma não controlada Correta. O controle da asma, pelo GINA, é dividido em asma controlada, parcialmente controlada e não controlada. O não controle é caracterizado por sintomas diurnos, despertar noturno, medicação de resgate e liitação das atividades pelos menos três vezes ou mais por semana e exacerbação pelo menos um vez por semana. 52 - Um escolar de 9 anos, em acompanhamento ambulatorial para asma, em uso de salbutamol spray 100µg/jato, 1 jato de 6 em 6 horas e, nas crises, 2 jatos de hora em hora até a melhora dos sintomas. Como o paciente está obeso, o clínico geral que o acompanha no PSF optou por não usar corticoide inalatório. Asmático desde os 2 anos, com visitas de 2 a 3 vezes por mês por exacerbações, nos últimos 2 anos teve 2 internações em UTI por crise asmática. Não existem tabagistas no domicílio, mas o paciente faz uso regular de narguilé, que a família afirma que é de ervas naturais preparadas e cultivadas por eles mesmos. Considerando o quadro descrito, assinale a alternativa que apresenta corretamente a conduta adequada para esse paciente: e) proibir o uso de narguilé e iniciar corticoide inalatório e dose adequada de salbutamol nas crises Trata-se de uma criança com sintomas frequentes e orientação apenas de uso de broncodilatador para alívio de sintomas. Inexiste justificativa para evitar o uso de corticoide inalado em asmáticos. Dessa escolha, de evitar o fármaco, podem resultar desfechos extremamente indesejáveis, incluindo o óbito. Assim, a obesidade não deveria ter inibido o início de corticoide inalado nessa criança com indícios claros de doença descontrolada – nem há necessidade de consultar os critérios de controle da doença. Ademais, é importante lembrar que qualquer material particulado inalado pode interferir no controle da asma, motivo pelo qual o narguilé deve ser evitado. 53 - Um escolar de 8 anos é atendido na Emergência com história de tosse e coriza há 24 horas, que evoluiu para dispneia nas últimas 6 horas. A mãe relata que a criança tem asma controlada, não usa corticosteroide inalatório ou oral e nunca necessitou de internação. Ao exame físico, observam-se dispneia, tiragem subcostal, FR = 40irpm, FC = 144bpm, SatO2 = 89% e PFE <30%, comunicando-se somente com frases curtas. Segundo as Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, essa crise pode ser classificada como: d) muito grave 54 - Você recebe uma mãe com um lactente de 2 meses com triagem neonatal apresentando pesquisa da imunotripsina reativa (ITR) positiva. Qual é a sua conduta? e) solicitar teste do suor para confirmação diagnóstica 55 - Um paciente portador de leucemia recebe um ciclo de quimioterapia antineoplásica, apresentando, após esse tratamento, número de neutrófilos igual a 100 células/mm3. Apesar de estar recebendo profilaxia com antibiótico de amplo espectro e fluconazol, apresenta, no 7º dia de evolução, um quadro respiratório caracterizado por tosse, dor torácica, febre e pouca expectoração. Uma TAC de tórax evidencia imagem compatível com sinal do halo. Qual é o diagnóstico mais provável? d) aspergilose pulmonar invasiva 56 - Qual dos exames a seguir melhor permite avaliar as complicações da asma aguda grave? c) radiografia do tórax Correto. A radiografia de tórax permite avaliar uma grande parte das complicações, que são infecção respiratória, desidratação, atelectasias por tampões de muco, síncope por tosse, pneumotórax, cor pulmonale agudo, fadiga respiratória e insuficiência respiratória com hipercapnia, hipoxemia e suas consequências, como agitação psicomotora, coma, parada cardiorrespiratória e óbito. 57 - Quanto ao lavado bronquioloalveolar na asma, assinale a alternativa correta: d) tem, como principal indicação, a retirada de rolhas de muco de brônquios distais Correto. O lavado broncoalveolar (LBA) consiste na instilação seguida de aspiração de soro fisiológico no pulmão doente para recuperação do agente causador da afecção. Esses métodos são úteis para retirada de rolha de muco de brônquios distais ou em em várias doenças pulmonares, destacando-se: sarcoidose, câncer, pneumonia eosinofílica, pneumonia de hipersensibilidade, proteinose alveolar e no diagnóstico do agente causador de infecções pulmonares (bactérias, vírus, fungos etc.) nos casos graves ou de falha terapêuticae em pneumonias hospitalares. O lavado broncoalveolar pode ser realizado facilmente, associado ou não a biópsias endobrônquica e transbrônquica com grande valor diagnóstico em pacientes com diminuição das defesas do corpo (imunocomprometidos) com acometimento pulmonar. 58 - Um paciente de 38 anos queixa-se de prurido intenso em dobras cutâneas nos membros superiores e inferiores, sobretudo nas regiões dos antebraços (Figura a seguir). O quadro já