Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO PROJETO DE FINAL DE CURSO BARRAMENTO DE SUBESTAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO COM CONDUTORES RÍGIDOS por SUELEN HOLDER DE MORAIS E SILVA Recife, Maio de 2010 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA BARRAMENTO DE SUBESTAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO COM CONDUTORES RÍGIDOS por SUELEN HOLDER DE MORAIS E SILVA Monografia apresentada ao curso de Engenharia Elétrica – modalidade Eletrotécnica da Universidade de Pernambuco, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Engenheira Eletricista. ORIENTADOR: METHODIO VAREJÃO DE GODOY, D.Sc. CO-ORIENTADOR: FABIO NEPOMUCENO FRAGA, M.Sc. Recife, Maio de 2010. © Suelen Holder de Morais e Silva, 2010. Dedico este trabalho aos meus pais, Sidney e Cristina; a minha irmã Soraya; e a meu namorado Kleber, que me incentivaram e ajudaram nos momentos difíceis, com paciência e conselhos que foram indispensáveis ao meu desenvolvimento profissional e pessoal. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Sidney e Cristina, pelo amor, compreensão, incentivo e exemplo dado por toda vida. A meu namorado, Kleber, por seu incentivo e apoio incondicional nos momentos difíceis. A minha irmã, Soraya, por me ajudar e apoiar durante minha caminhada. Ao Professor Methodio Varejão de Godoy pelo apoio e orientação para a realização deste trabalho, além da contribuição em minha formação acadêmica. Aos funcionários da Chesf - Divisão de Projeto de Subestações (DEPS) pela experiência profissional e conhecimento adquirido durante meu estágio na empresa, em especial ao meu supervisor do estágio, o engenheiro, Fabio Nepumoceno Fraga pela ajuda neste trabalho. “Há conhecimento de dois tipos: sabemos sobre um assunto, ou sabemos onde podemos buscar informações sobre ele.” (Samuel Johnson) Resumo da Monografia apresentada ao curso de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica de Pernambuco. BARRAMENTO DE SUBESTAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO COM CONDUTORES RÍGIDOS Suelen Holder de Morais e Silva 05/2010 Orientador: Methodio Varejão de Godoy, D.Sc. Co-orientador: Fabio Nepomuceno Fraga, M.Sc. Área de Concentração: Subestações Palavras-chave: Dimensionamento, Barramento, Condutor rígido. Número de Páginas: 111. O presente trabalho apresenta um roteiro para o dimensionamento de barramentos de subestações com o uso de condutor rígido (tubos de alumínio ou cobre), destacando as principais características deste material e as considerações que devem ser feitas durante o projeto para a seleção do condutor que melhor se adéqua as forças impostas ao barramento, tais como a força do vento e forças devido às correntes de curto-circuito. Por não existir na literatura brasileira um material que reúna as informações necessárias ao projeto, serão apresentadas neste trabalho as etapas para tal dimensionamento. Durante o projeto, será estudada a influência do peso do condutor, e das forças citadas acima nas separações entre fase e fase-terra, já que uma menor distância implica em redução nas dimensões da subestação. Outro item que será verificado são os esforços impostos aos isoladores e as estruturas de suporte, que podem ocasionar colapso do barramento se não forem dimensionados corretamente. Finalizando o trabalho, será realizado um estudo de caso a fim de exemplificar os procedimentos que devem ser seguidos para o cálculo, este estudo será realizado com a ajuda de uma ferramenta computacional para simplificação dos cálculos, já que estes são demorados e repetitivos. LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 – Esquema de Manobra Barra Simples. .................................................. 22 Figura 2.2 – Esquema de Manobra Barra Simples com by-pass. ............................ 23 Figura 2.3 – Esquema de Manobra Barra Principal e transferência. ........................ 23 Figura 2.4 – Esquema de Manobra Barra Dupla a Quatro Chaves. ......................... 24 Figura 2.5 – Esquema de Manobra Disjuntor e Meio. .............................................. 25 Figura 2.6 – Arranjo Físico elevado para uma Entrada de Linha no esquema de manobra barra principal e transferência. ................................................................... 26 Figura 2.7 – Bay de entrada de linha de uma subestação de 230 kV com esquema de manobra barra dupla a quatro chaves padrão Chesf. .......................... 27 Figura 2.8 – Altura da subestação de acordo com o tipo de condutor utilizado. ...... 28 Figura 2.9 – Arranjo físico do esquema de manobra disjuntor e meio. .................... 29 Figura 2.10 – Tubo de cobre e de alumínio.. ............................................................ 30 Figura 2.11 – Efeito corona.. ..................................................................................... 32 Figura 2.12 – Fluxo laminar do vento passando por um tubo. .................................. 33 Figura 2.13 – Amortecimento do condutor rígido com um cabo. .............................. 34 Figura 2.14 – Amortecimento do condutor rígido com dois cabos. ........................... 34 Figura 2.15 – Conector para fixação do cabo dentro do condutor rígido. ................. 34 Figura 2.16 – Condutor com as extremidades livremente apoiadas. ........................ 35 Figura 2.17 – Condutor com uma extremidade apoiada e a outra fixa. .................... 36 Figura 2.18 – Condutor com as extremidades fixas. ................................................ 36 Figura 2.19 – Dois vãos (apoiado – fixo – apoiado). ................................................ 37 Figura 2.20 – Três ou mais vãos (apoiado – fixo – fixo – apoiado). ......................... 37 Figura 2.21 – Dois ou mais vãos com suporte simples. ........................................... 38 Figura 2.22 – Forças aplicadas ao condutor. ............................................................ 39 Figura 2.23 – Isopletas dos ventos. .......................................................................... 40 Figura 2.24 – Forças impostas aos condutores pela passagem da corrente elétrica. ............................................................................................................... 43 Figura 2.25 – Comportamento de uma peça metálica. ............................................. 44 Figura 2.26 – Deformação elástica e plástica de um material. ................................. 44 Figura 2.27 – Conector de expansão. ....................................................................... 45 Figura 2.28 – Conector de sustentação/apoio. ......................................................... 45 Figura 3.1 – Etapas para o projeto de barramento rígido horizontal. ....................... 48 Figura 3.2 – Gradiente admissível de tensão de superfície sob condições padronizadas para mesma RI versus o diâmetro do condutor. ................................. 52 Figura 3.3 – Distâncias em um sistema monofásico e um sistema trifásico. ............ 53 Figura 3.4 – Ação do vento sobre o tubo do barramento. ........................................ 58 Figura 3.5 – Kf versus a altura do barramento. ........................................................ 61 Figura 3.6 – Fator Kappa. ......................................................................................... 62 Figura 3.7 – Forças durante um curto-circuito trifásico ............................................. 63 Figura 3.8 – Forças durante um curto-circuito bifásico .............................................63 Figura 3.9 – Representação dos vetores das forças exercida sobre o barramento . 64 Figura 3.10 – Fator de plasticidade (q). .................................................................... 68 Figura 3.11 – Deflexão vertical do tubo devido ao próprio peso. Fonte:[9] .............. 69 Figura 3.12 – Deflexão horizontal de um tubo devido a forças de curto-circuito ...... 71 Figura 3.13 – Aproximação de condutores durante curto-circuito. Fonte: [9]. .......... 72 Figura 3.14 – Deflexão máxima do condutor tubular devido à força dinâmica resultante. .................................................................................................................. 73 Figura 3.15 – Deflexão de um tubo sobre condições de falta. .................................. 74 Figura 3.16 – Momento fletor na base do isolador (a) e na base da estrutura (b) .... 78 Figura 3.17 – Deflexão da estrutura de suporte do isolador. .................................... 79 Figura A.1 – Fatores dinâmicos (�� e ��) versus ��� .............................................. 98 Figura A.2 – Fator dinâmico (�� ) versus ��� ......................................................... 100 Figura B.1 – ARRANJO FÍSICO – PLANTA SE 230/13,8 kV ................................. 102 Figura B.2 – ARRANJO FÍSICO – CORTES A, B E C ........................................... 103 Figura B.3 – ARRANJO FÍSICO – CORTES D, E, F E G ....................................... 104 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 – Cabos amortecedores recomendados. ................................................ 34 Tabela 2.2 – Valores de � ........................................................................................ 42 Tabela 3.1 – Características dos condutores tubulares de alumínio baseado na norma DIN. ................................................................................................................. 50 Tabela 3.2 – Propriedades mecânica e elétrica de várias ligas de alumino. ............ 51 Tabela 3.3 – Pressões atmosfericas padronizadas. ................................................. 53 Tabela 3.4 – Fatores da freqüência fundamental para várias condições de suporte do condutoro. ............................................................................................................. 55 Tabela 3.5 – Valores de Kp para determinadas alturas ............................................. 59 Tabela 3.6 – Limites de κ para vários sistemas elétricos. ......................................... 62 Tabela 3.7 – Máximo comprimento efetivo suportado pelos isoladores para diversos sistemas desuporte. .................................................................................... 76 LISTA DE ABREVIATURAS / SIGLAS Termo Descrição ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AIS Air Insulated Substation Subestação Isolada a Ar AT Alta tensão ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica ANSI American National Standards Institute Instituto Nacional Americano de Padronização BSI British Standards Institution Instituto de Padronização Britânico DIN Deutsches Institut für Normung Instituto Alemão para Normatização EAT Extra Alta Tensão IEC International Electrotechnical Commission Comitê Internacional de Eletrotécnica IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos GIS Gas Insulated Substation Subestação Isolada a gás HIS Hybrid Insulated Substation Subestações de Isolamento Híbrido NBR Norma Brasileira NEMA National Electrical Manufacturers Association Associação Nacional de Fabricantes Elétricos ONS Operador Nacional do Sistema RI Radio-influence Rádio Interferência SE Subestações SF6 Hexafluoreto de enxofre LISTA DE SÍMBOLOS Simbologia Descrição Área da seção circular do condutor � Área projetada ou efetiva � Coeficiente de curvatura � Coeficiente de arrasto � Constante de pressão para uma superfície. ��,� Distância entre os condutores durante curto-circuito ��� Distância mínima entre fases � Módulo de elasticidade �� Gradiente médio de tensão de superfície �� Gradiente máximo de tensão de superfície �� Gradiente admissível de tensão de superfície ��� Força devido à corrente de referência de curto-circuito ���� Força sobre os condutores externos durante curto-circuito ���� Força sobre o condutor central durante curto-circuito ����� Força transmitida ao isolador devido à corrente de curto-circuito ����� ����� � Força dinâmica transmitida ao isolador devido a curto-circuito com religamento automático ����� ��� Força dinâmica transmitida ao isolador devido a curto-circuito sem religamento automático �!" Força térmica (compressão ou tração) �# (��)��$ Força resultante máxima imposta ao isolador �# (��) Força resultante imposta ao isolador �# Força resultante �#��� Força dinâmica resultante sem religamento automático �#����� � Força dinâmica resultante com religamento automático �% Força do vento sobre o barramento &�� Corrente simétrica de curto-circuito &' Corrente nominal máxima ( Momento de inércia )� Fator de flexibilidade da estrutura de suporte *! Momento fletor na base da estrutura *�� Momento fletor na base do isolador PA Peso do cabo PC Peso do tubo condutor PT Peso total do tubo /�0,� Estresse resultando em alongamento permanente inferior a 0,2% S1 Fator de aspectos geográficos SFAl Fatores de segurança mínimo T Temperatura 5� Temperatura final 5� Temperatura inicial Vo Velocidade básica 8� Tensão de teste entre fase e terra 89� Volume por unidade de comprimento do tubo 8: Velocidade característica do vento 8� A componente do vento característico que é perpendicular ao tubo 8% Velocidade máxima de fluxo laminar do vento ; Momento resistente a deflexão <9� Diâmetro externo do condutor, cm. � Frequência nominal do sistema �� Máxima frequência natural da força do vento �� Freqüência natural do tubo ℎ Distância do centro do condutor ao solo, cm ℎ� Distância equivalente do centro do condutor ao solo para sistema trifásico ℎ� Altura da linha de centro do tubo até a base do isolador ℎ> Altura da estrutura que sustenta o isolador �� Constante que depende da altitude do terreno �: Fator que considera a influência da rugosidade do terreno, das dimensões da edificação ou parte da edificação em estudo, e de sua altura sobre o terreno ℓ Comprimento do vão ℓ� Comprimento permitido do vão devido à deflexão ℓ! Comprimento efetivo do vão ℓ@ Comprimento do vão considerando o estresse mecânico ℓ� Comprimento do vão na temperatura inicial A Massa do condutor por unidade de comprimento A� Massa por unidade de comprimento do cabo amortecedor AB Massa total do condutor p Pressão atmosférica DE Pressão sobre a superfície do condutor a uma altura z F Fator de plasticidade G� � Tempo para religamento G�� Tempo de atuação da proteção durante curto-circuito tw Espessura do tubo J� Deflexão vertical permitida J� Real deflexão vertical do tubo J��� Máxima deflexão dinâmica do tubo J����� � Máxima deflexão dinâmica do tubo J���K Posições relativas do condutor z Altura sobre o solo M Fator de condição de contorno para condutores rígidos N Fator de estresse estático M" Coeficiente de expansão térmica linear γ Fator da frequência fundamental (natural) baseado nos tipos de suportes para o barramento P0 Permissividade do vácuo �>B Máximo estresse estático σRST O estresse dinâmico máximo sem religamento automático σRST�UVW O estresse dinâmico máximo com religamento automático �� Relação entre as forças dinâmicas e estáticas sobre os isoladores de pedestal. � Relação entre os estresses com e sem religamento automático sem sucesso. �X Relação entre os estresses dinâmicos e estáticos sobre os condutores.∆ℓ Variação do comprimento do condutor δ Fator de densidade do ar κ Fator kappa \ Ângulo entre a incidência do vento e o tubo em graus SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ........................... ................................................................................ 17 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................................................. 18 1.1.1 Objetivo Pricipal ............................................................................................................ 18 1.1.2 Objetivo secundário ...................................................................................................... 18 1.2 METODOLOGIA UTILIZADA .................................................................................................. 18 1.3 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ........................................................................................... 19 CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO .................... ..................................................................... 20 2.1 ESQUEMAS DE MANOBRA ..................................................................................................... 22 2.1.1 Barra simples ................................................................................................................ 22 2.1.2 Barra simples com by-pass ........................................................................................... 23 2.1.3 Barra principal e transferência ...................................................................................... 23 2.1.4 Barra dupla .................................................................................................................... 24 2.2 ARRANJO FÍSICO ..................................................................................................................... 25 2.3 BARRAMENTO ......................................................................................................................... 28 2.3.1 Condutor rígido: material e características .................................................................... 30 2.3.2 Ampacidade .................................................................................................................. 30 2.3.3 Efeito corona e rádio interferência ................................................................................ 31 2.3.4 Ressonância mecânica no barramento ......................................................................... 33 2.4 ISOLADORES, ESTRUTURAS DE SUPORTE E FERRAGENS. ............................................. 35 2.4.1 Condutor com as extremidades apoiadas. .................................................................... 35 2.4.2 Condutor com uma extremidade apoiada e a outra fixa ............................................... 36 2.4.3 Condutor com as extremidades fixas (biengastada). .................................................... 36 2.4.4 Barramento com condutor contínuo. ............................................................................. 37 2.4.5 Juntas soldadas e acabamento ..................................................................................... 38 2.5 FORÇAS APLICADAS AO BARRAMENTO .............................................................................. 38 2.5.1 Peso total do condutor .................................................................................................. 39 2.5.2 Ação do vento ............................................................................................................... 39 2.5.3 Curto-circuito ................................................................................................................. 42 CAPÍTULO 3 - DIMENSIONAMENTO DO BARRAMENTO ........... ................................................... 47 3.1 CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE (AMPACIDADE) – TABELAS ..................... 49 3.2 EFEITO CORONA – CÁLCULO DO GRADIENTE DE TENSÃO .............................................. 51 3.3 VERIFICANDO A NECESSIDADE DE AMORTECIMENTO ..................................................... 54 3.4 FORÇAS ESTÁTICAS: PESO DO TUBO E AÇÃO DO VENTO ............................................... 56 3.4.1 Peso do condutor .............................................................................................................. 56 3.4.2 Força do vento ................................................................................................................. 57 3.5 FORÇA ELÉTRICA .................................................................................................................... 59 3.5.1 Corrente de referência de curto circuito ............................................................................ 59 3.5.2 Flexibilidade das estruturas de suportes ........................................................................... 60 3.5.3 Fator kappa ....................................................................................................................... 62 3.5.4 Pico da corrente de curto-circuito ..................................................................................... 63 3.6 FORÇA RESULTANTE.............................................................................................................. 64 3.7 MÁXIMO ESTRESSE ESTÁTICO IMPOSTO AO CONDUTOR ................................................ 64 3.8 FATOR DINÂMICO .................................................................................................................... 65 3.8.1 Fatores dinâmicos para o sistema de suportes ................................................................ 66 3.8.2 A transição do estático para o dinâmico ........................................................................... 67 3.9 DIMENSIONANDO O BARRAMENTO PARA ATENDER A DEFLEXÃO DO CONDUTOR SOBRE DIFERENTES CRITÉRIOS ................................................................................................. 69 3.9.1 Deflexão vertical máxima devido ao próprio peso (repouso) ............................................ 69 3.9.2 Deflexão máxima devido à força dinâmica resultante (sem religamento automático). ..... 71 3.9.3 Deflexão máxima devido a força dinâmica resultante (com religamento automático sem sucesso). .................................................................................................................................... 74 3.10 FORÇAS IMPOSTAS AOS ISOLADORES DE PEDESTAL .................................................... 75 3.10.1 Força estática nos isoladores ......................................................................................... 75 3.10.2 Máxima força dinâmica resultante imposta aos isoladores ............................................. 77 3.11 MOMENTO FLETOR IMPOSTO AO SISTEMA DO BARRAMENTO ...................................... 78 3.12 EFEITO TÉRMICO .................................................................................................................. 80 CAPÍTULO 4 - ESTUDO DE CASO ........................... ........................................................................ 81 4.1 DADOS PARA O INÍCIO DE PROJETO. ................................................................................... 81 4.2 ESCOLHA DO TUBO PELA AMPACIDADE (SEM O EFEITO CORONA). ............................... 82 4.3 AMORTECIMENTO ................................................................................................................... 83 4.4 FORÇAS APLICADAS AO BARRAMENTO .............................................................................. 83 4.4.1 Peso do condutor sobre o vão: ......................................................................................... 84 4.4.2 Força do vento aplicada ao vão: ....................................................................................... 84 4.4.3 Força máxima de curto-circuitoaplicada ao vão: .............................................................. 84 4.4.4 Força resultante sobre o condutor: ................................................................................... 85 4.4.5 Fatores para o cálculo das forças dinâmicas: ................................................................... 85 4.4.6 Verificando o comprimento do vão em relação ao estresse na fibra do material: ............. 86 4.4.7 Verificando o comprimento do vão para a maior deflexão vertical permitida .................... 87 4.4.8 Recalculando os dados para o tubo de 6 in. ..................................................................... 88 4.4.9 Deflexão máxima sobre condições dinâmicas .................................................................. 91 4.4.10 Força resultante nos isoladores: ..................................................................................... 92 4.4.11 Momento fletor ................................................................................................................ 93 4.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO ................................................................................ 93 CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO ............................. ............................................................................... 94 5.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................................... 95 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................... .............................................................................. 96 ANEXO A – CÁLCULO DOS FATORES DINÂMICOS ( ]^, ]_E ]`) .................................................. 98 ANEXO B – SUBESTAÇÃO DE 230KV ......................... ................................................................... 101 ANEXO C – CARACTERÍSTICAS DO TUBO CONDUTOR (ALUMÍNO) .. ....................................... 105 ANEXO D – RELATÓRIOS DOS TESTES DOS TUBOS ............... .................................................. 107 17 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO O desenvolvimento de um país vem acompanhado do aumento no consumo de energia elétrica. Este aumento de carga tem grande repercussão no sistema elétrico, pois é responsável pelas elevadas correntes nominais e de curto circuito presentes no sistema. Outra consequência deste aumento de carga é o aumento da malha do sistema elétrico, onde novas usinas, linhas de transmissão e subestações (SE) são necessárias para atender esta nova demanda no consumo. Nas subestações, os barramentos devem estar projetados para suportar uma determinada corrente nominal e de curto-circuito com valores cada vez mais elevados, tornando-se necessário, então, o emprego de novas soluções. Dentre as soluções que não são tão exploradas no país está a de utilizar o condutor rígido no barramento da SE. Estes condutores apresentam como uma de suas vantagens possibilitarem a redução das dimensões da SE, já que apresentam menores deflexões que o condutor flexível, permitindo uma redução na altura do barramento e uma menor poluição visual (ambiental). Apesar de o condutor rígido ser muito utilizado em boa parte do mundo, tendo ampla aplicação na indústria e nas subestações de transmissão e subtransmissão, no Brasil não existe uma ampla literatura sobre o assunto, nem normas que auxiliem em tal tarefa, descrevendo os procedimentos e condições mínimas de projeto para um dimensionamento otimizado, visando um menor custo e alto desempenho. Levando em consideração este crescente aumento na carga e a necessidade de buscar novas soluções para o problema do dimensionamento do barramento de subestações, buscou-se apresentar neste trabalho um roteiro em português que auxilie no emprego do condutor rígido. 18 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO 1.1.1 Objetivo principal Apresentar um roteiro para o projeto de dimensionamento do barramento de uma subestação utilizando o condutor rígido. 1.1.2 Objetivo secundário • Realizar uma revisão bibliográfica sobre o conteúdo necessário ao desenvolvimento do trabalho; • Debater as vantagens e desvantagens sobre o uso do condutor rígido; e • Realizar um estudo de caso para validação do roteiro apresentado, utilizando uma subestação de 230 kV real. 1.2 METODOLOGIA UTILIZADA Para o desenvolvimento do trabalho foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica sobre os itens pertencentes ao assunto em apostilas, livros, normas, artigos e monografias, a fim de reunir informações relevantes ao tema. Depois de selecionado os conteúdos relevantes, foram apresentadas as descrições das principais características que influenciam o dimensionamento, bem como das principais forças que atuam sobre o barramento. Após estas descrições procurou-se mostrar as equações necessárias a realização do projeto e as considerações que devem ser feitas para não provocar o colapso da estrutura do barramento. Procurando simplificar o entendimento, apresentou-se, através de um estudo de caso, o dimensionamento do barramento 19 principal de uma subestação de 230 kV. Para a realização dos cálculos foi utilizada uma rotina desenvolvida no Matlab. 1.3 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA Este trabalho está organizado em 5 capítulos: No capítulo 2 estão reunidos todos os conceitos necessários ao entendimento do trabalho, apresentando informações sobre o condutor rígido e as forças impostas ao barramento. O capítulo 3 descreve o roteiro para o dimensionamento do barramento rígido, mostrando as equações e considerações que devem ser feitas para o projeto. Já no capítulo 4 demonstra-se e analisa-se o dimensionamento do barramento de uma subestação, exemplificando a teoria do capítulo 3, através de um estudo de caso, utilizando dados de uma Subestação de 230 kV real. No capítulo 5 são apresentadas as conclusões do trabalho. 20 CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO O sistema elétrico de potência, que é composto basicamente pela produção, transmissão e distribuição de energia, tem como objetivo fornecer energia elétrica às varias cargas existentes com qualidade e confiabilidade. Para que este fornecimento seja garantido é necessário que haja continuidade no serviço da transmissão. O sistema de transmissão é formado por dois principais elementos, o circuito (linhas, cabos, etc.) que permite a passagem da potência e as subestações que fazem as interconexões destes circuitos (transformando o nível de tensão se necessário) [1]. A transmissão tem três principais funções que são realizadas através de diferentes tipos de subestações [1]: • A transmissão de energia elétrica dos geradores ou outros sistemas para o centro de carga; • A interconexão que aumenta a segurança do fornecimento e permite a redução dos custos da geração; e • Fornecimento de energia elétrica para o sistema de distribuição e em alguns casos diretamente ao cliente que está conectado ao sistema. Mas o que é uma subestação? O comitê Internacional de Eletrotécnica (IEC - International Electrotechnical Commission) [2] define a subestação como sendo a parte do sistema de potência, concentrada em um determinado ponto, incluindo os terminais de linha de transmissão, distribuição, os módulos de manobra, encapsulamentos, podendo inclusive incluir os transformadores. Pode-se definir [3] então a subestação como sendo um conjunto de equipamentos usados para controlar, modificar, comandar, distribuir e direcionar o fluxo de energia elétrica de um sistema elétrico. Existem diferentes formas de classificar uma subestação. A primeira delas é com relação à função que ela desempenha, podendo ser uma SE de manobra, de transformação, de seccionamento, de distribuição de conversão ou de conversão de freqüência. Uma mesma SE pode apresentar uma ou mais das funções listadas. 21 Outra forma de classificá-lasé quanto ao sistema do qual a subestação faz parte, transmissão, distribuição ou de consumidor. Quanto ao nível de tensão classificamos em baixa (até 1 kV), média (entre 1 kV e 66 kV), alta (entre 69 kV e 230 kV), extra alta (entre 231 kV e 800 kV) ou ultra alta tensão (acima de 800 kV). Esta classificação é realizada pelo maior nível de tensão encontrado na SE. As subestações podem estar ao tempo ou abrigadas, classificação quanto à instalação. E por fim, ela é classificada quanto ao tipo de isolamento [3]: • Subestações Isoladas a Ar (AIS – Air Insulated Substation): são subestações onde o meio isolante que separa as partes energizadas entre si e da terra é o ar. Está é a subestação de menor custo, porém o espaço utilizado é maior. • Subestações Isoladas a Gás (GIS – Gas Insulated Sub station): são subestações que apresentam um dielétrico gasoso como meio isolante, no caso o hexafluoreto de enxofre (SF6). São denominadas de subestações blindadas, pois, os barramentos e equipamentos possuem envoltório de alumínio e um gás preenchendo os espaços entre a tubulação e os componentes energizados. É indicada para instalações em regiões com elevados custos de terreno ou onde a questão espaço é determinante, por suas características particulares de encapsulamento e reduzidas dimensões. São também indicadas onde às condições ambientais são severas (salinidade, poluição, alto índice de interferência eletromagnética, etc.). No entanto, possui um elevado custo. • Subestações com Isolamento Híbrido – HIS (Hybrid In sulated Substation): são subestações que tem o ar e o gás como meio isolante em pontos específicos, a fim de reduzir a área ocupada. Apresentam um menor custo que as blindadas. No projeto de uma subestação é necessário definir o tipo de isolação que será usada, pois esta escolha está relacionada com o espaço físico necessário e custo da construção. Outro fator importante para o projeto é o arranjo físico da subestação, o seu layout, ou seja, as formas de se conectarem entre si, linhas, transformadores e cargas de uma subestação. Antes de mostrar os tipos de arranjo físico e suas considerações é necessário apresentar os esquemas de manobra mais utilizados. 22 2.1 ESQUEMAS DE MANOBRA O esquema de manobra de uma subestação apresenta o arranjo elétrico e físico dos equipamentos de manobra e do barramento. Denomina-se arranjo [3] a configuração dos equipamentos eletromecânicos que constituem um pátio pertencente a um mesmo nível de tensão, de tal forma que sua operação permita dar à subestação diferentes graus de confiabilidade, segurança ou flexibilidade de manobra, transformação e distribuição de energia. Os esquemas de manobras mais utilizados em Alta Tensão (AT) e Extra Alta Tensão (EAT) são: 2.1.1 Barra simples O esquema de barra simples, representado na figura 2.1, possui apenas um barramento ao qual se conectam os circuitos por meio de um disjuntor. É econômico, simples e fácil de proteger, ocupa pouco espaço e não apresenta muitas possibilidades de operação incorreta. No entanto, quando há necessidade de manutenção ou reparo na barra, ou de manutenção no disjuntor é preciso interromper o fornecimento de energia. Logo, este esquema não apresenta confiabilidade, segurança e flexibilidade. Figura 2.1 – Esquema de Manobra Barra Simples. Fonte: [3] 23 2.1.2 Barra simples com by-pass O arranjo barra simples com by-pass difere do esquema anterior por possuir uma chave seccionadora (by-pass) que permite a manutenção no disjuntor sem interromper o fornecimento de energia. Este esquema está representado na figura 2.2. Figura 2.2 – Esquema de Manobra Barra Simples com by-pass. Fonte: [3] 2.1.3 Barra principal e transferência Neste esquema, representado na figura 2.3, utilizam-se duas barras e um disjuntor reserva. As linhas são normalmente ligadas à barra de operação (principal) e, em caso de manutenção no disjuntor, à barra de transferência. A efetividade do arranjo requer a instalação de um disjuntor especial, o disjuntor de transferência, que é utilizado como reserva para qualquer disjuntor que esteja fora de operação. Com esta configuração não teremos a interrupção de energia em nenhum bay em caso de manutenção no disjuntor. Entende-se por bay [3] o conjunto de equipamentos e o espaço ocupado por eles. Figura 2.3 – Esquema de Manobra Barra Principal e transferência. Fonte: [3] 24 2.1.4 Barra dupla O arranjo de barra dupla é uma evolução do arranjo barra principal e transferência, onde os circuitos são divididos entre as duas barras. Possui uma maior flexibilidade e maior segurança quanto às falhas nas barras que o arranjo anterior, pois como a carga está dividida, mesmo que ocorra uma falha em uma das barras, parte da subestação continuará operando. No projeto é necessário considerar que as barras devem ter a mesma capacidade e, por sua vez, a capacidade total da subestação [3]. Os esquemas apresentados a seguir são os arranjos recomendados pelos Procedimentos de Rede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a rede básica (acima de 230 kV). 2.1.4.1 Barra dupla a quatro chaves Este é o arranjo utilizado para os barramentos de 230 KV. O esquema de barra dupla a quatro chaves está ilustrado na figura 2.4. Figura 2.4 – Esquema de Manobra Barra Dupla a Quatro Chaves. Fonte: [3] 25 2.1.4.2 Disjuntor e meio Neste arranjo (figura 2.5), para cada entrada e saída temos um disjuntor e meio. Este arranjo é mais utilizado no Brasil, nos sistemas de 500 e 765KV, por apresentar alta confiabilidade. Figura 2.5 – Esquema de Manobra Disjuntor e Meio. Fonte: [3] 2.2 ARRANJO FÍSICO O arranjo físico [3] é a disposição física dos equipamentos em uma instalação, segundo esquema de manobra pré-determinado e respeitando as distâncias elétricas e de projeto definidas anteriormente. A diferença presente nos arranjos se dá, principalmente, ao uso de diversos tipos de chaves seccionadoras, aos barramentos, à disponibilidade de área a ser construída e às facilidades de manutenção. Para a seleção do arranjo físico é necessária avaliação de alguns aspectos, tais como: • Definição do arranjo elétrico (esquema de manobra) • Escolha dos equipamentos: os equipamentos de alta tensão, em especial, as seccionadoras, são quem definem as disposições físicas da subestação; • Distâncias mínimas de segurança: são determinadas de acordo com o nível de tensão e nível de isolamento, assim como as condições atmosféricas da área 26 onde será construída a subestação. Quanto maior o nível de tensão e o isolamento, maior será a distância entre fases e entre fase e terra; • Área disponível para construção • Custos: é necessário fazer comparação de custo de diferentes arranjos físicos para o mesmo arranjo elétrico, assim como deve ser levado em consideração o custo do terreno que será utilizado para a construção da subestação. • Facilidade para a manutenção: os arranjos físicos mais altos apresentam maior dificuldade para manutenção por trabalharem com dois níveis de barras (figura 2.6). Para executar a manutenção em uma das barras é necessário desligar a outra, perdendo a flexibilidade da barra dupla. Figura 2.6 – Arranjo Físico elevado para uma Entrada de Linha no esquema de manobra barra principal e transferência. Fonte: [3] • Facilidade para expansão • Padrões da concessionária: o padrão utilizado pelas concessionárias na maioria de suas subestações, também é um fator importante para a escolha do tipo de arranjo que será utilizado em cada uma. • Impacto Ambiental: a estética de um arranjo físico é considerada impacto ambiental. Quanto menos níveis de conexão são projetados e mais baixos são os níveis das barras, melhor é a aparência de umasubestação. Realizada a análise dos aspectos citados, é necessário fazer a distribuição dos equipamentos pertencentes ao bay. A figura 2.7 ilustra um bay de uma subestação de 230 kV com o esquema de manobra de barra dupla a quatro chaves. 27 Nela estão indicadas as distâncias de projeto, assim como todos os equipamentos pertencentes a ele. Figura 2.7 – Bay de entrada de linha de uma subestação de 230 kV com esquema de manobra barra dupla a quatro chaves padrão Chesf. Fonte: [3] 28 2.3 BARRAMENTO O barramento é um componente importante da subestação, pois ele é responsável por fazer a interligação dos circuitos que entram na subestação (barramento principal), assim como a interligação dos equipamentos pertencentes a este circuito. Sua estrutura deve ser cuidadosamente projeta para suportar os máximos esforços que podem ser impostos ao condutor e aos seus suportes devido às correntes de curto-circuito e aos ventos fortes. Os condutores do barramento podem ser rígidos (tubos de alumínio) ou flexíveis (cabos). Os condutores rígidos apresentam como vantagens a simplicidade, fácil visualização das configurações de operação, disposição do arranjo com apenas dois níveis (figura 2.8), facilidade no acesso para o transformador ou pátio dos equipamentos para manutenção, facilidade no uso de chaves pantográficas ou semi- pantográficas, facilidade de ampliação da subestação, facilidade na verificação dos efeitos das forças eletrodinâmicas, rápida construção e pouca área de aterramento para a instalação. Figura 2.8 – Altura da subestação de acordo com o tipo de condutor utilizado. Fonte [1] 29 Algumas desvantagens são encontradas na dificuldade temporária para by- pass dos disjuntores em ambos os lados da subestação, na possibilidade de ressonância mecânica entre a estrutura de tubo e a frequência de rajada de vento (que pode ser evitada utilizando cabos amortecedores) e a dificuldade para viabilidade dos tubos e dos suportes dos materiais em alguns países. Para níveis de tensão inferior a 500 kV a aplicação de condutores rígidos nos dá uma solução simples e econômica, contudo pra tensão superior a essa, o uso de condutores rígidos se torna uma solução de difícil montagem. Os condutores flexíveis, por sua vez, apresentam como vantagens o uso dos mesmos materiais empregados em linhas aéreas e o uso de condutores múltiplos com diâmetro apropriado para reduzir o efeito corona nas extremidades em subestações de EAT. No entanto, apresentam arranjos complexos pra esquemas simples, dificuldade de verificação da resistência das forças eletrodinâmicas, utilização de barramentos superpostos, considerável impacto ambiental devido aos três níveis de condutores na subestação, custo de construção considerável, dificuldade de empregar chaves pantográficas e semi-pantográficas e dificuldade na ampliação da subestação. A escolha da melhor solução é influenciada pela viabilidade de materiais no país e pela experiência de diferentes companhias. No Brasil, há uma preferência no uso do condutor flexível, mas encontramos em algumas subestações o condutor rígido sendo utilizado. É comum em um projeto o uso dos dois tipos de condutores, onde várias combinações podem ser realizadas. Uma delas é o uso do condutor rígido no barramento principal e na interligação dos equipamentos, e o flexível nas conexões entre os equipamentos e a linha que entra na SE. A figura 2.9 ilustra esta situação. Figura 2.9 – Arranjo físico do esquema de manobra disjuntor e meio. Fonte: [4] 30 2.3.1 Condutor rígido: material e características Na fabricação do condutor rígido utiliza-se o cobre ou as ligas de alumínio. Dentre estes dois materiais o alumínio é o material mais empregado, em AT e EAT, por apresentar menor peso que o cobre e necessitar de pouca manutenção. Apresenta ainda, uma maior resistência à corrosão e uma maior temperatura de operação. O formato utilizado nas subestações está apresentado na figura 2.10. A preferência por um tubo oco de seção circular deve-se ao efeito pelicular (skin) e ao efeito corona. Figura 2.10 – Tubo de cobre e de alumínio. Fonte: Informativo da ALCOMET. Em comparação a outros formatos, o tubular apresenta uma melhor distribuição da corrente, porém possui uma área de superfície menor para dissipação de calor. No projeto do barramento tubular estas duas características devem ser balanceadas. 2.3.2 Ampacidade A ampacidade é a capacidade de condução de corrente do condutor. Esta capacidade é normalmente determinada pela máxima temperatura em que o condutor é permitido operar. A resistividade dos metais condutores varia com a temperatura, assim, a elevação de temperatura provoca um aumento na resistência dos condutores e provoca o aumento das perdas por efeito Joule. Num barramento a 31 capacidade de condução de corrente será dada pelo equilíbrio entre o calor gerado pelas perdas e o calor dissipado por irradiação. A temperatura máxima de operação contínua [5] em barras de cobre e de ligas de alumino é de 90°C sem perda considerada da resistência mecânica. Em condições de emergência podem ser operadas a 100°C. No entanto, o tubo de cobre pode sofrer excessiva oxidação se operado acima de 80°C. A seção reta do condutor tem uma grande importância na ampacidade do barramento, principalmente no caso de corrente alternada. Devido ao efeito pelicular (skin) a densidade de corrente não é uniforme ao longo do condutor, mas se concentra principalmente na periferia. Dessa forma o material condutor na parte central não é tão efetivo quanto o material da periferia. Daí a vantagem de utilizar condutores ocos ou tubulares e perfis, posto que esses tenham o material condutor colocado na região onde a sua utilização é mais efetiva. A preferência está no uso dos tubulares de seção circular, já que os perfis apresentam pontas que intensificam o efeito corona no condutor. 2.3.3 Efeito corona e rádio interferência O efeito corona aparece na superfície das ferragens, dos isoladores e dos condutores, quando o valor do gradiente de potencial aí existente excede o valor do gradiente crítico disruptivo do ar. Quando dois eletrodos, imersos no ar, possuem uma diferença de tensão e esta diferença é aumentada progressivamente, verifica- se a ionização do ar, ou seja, quando o campo é forte o suficiente é iniciada a formação de partículas carregadas, através de choques entre os elétrons livres que existem na atmosfera. Aumentando-se mais a tensão aplicada, ocorre o efeito corona, ou seja, quando o campo em torno do eletrodo de menor raio de curvatura se torna maior que um determinado valor crítico, tem inicio as descargas nas primeiras camadas de ar próximas do eletrodo [6]. O efeito corona é observado melhor no escuro, quando nota-se a formação de um eflúvio luminoso (figura 2.11), acompanhado de um ruído sibilante e de desprendimento de ozônio. forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele denomina kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro respons te apresente efeito corona durante tempo bom em operação em do condutor determinar o gradiente fatore • • • • forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele denomina kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro respons tensão. apresente efeito corona durante tempo bom em operação em condições de do condutor determinar o gradiente fatore Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; Dist Voltagem aplicada. forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibraçõesemitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele denomina kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro respons nsão. O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em operação condições de Para uma operação sem corona, o gradiente do condutor determinar o gradiente fatores básicos: Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; Distâ Voltagem aplicada. Tubo com forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele denomina kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro responsável pelo projeto saiba que a rá nsão. O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em operação condições de Para uma operação sem corona, o gradiente do condutor determinar o gradiente s básicos: Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ância entre fase; Voltagem aplicada. Tubo com forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele denomina-se Rádio I kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em operação, m condições de Para uma operação sem corona, o gradiente do condutor determinar o gradiente s básicos: Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ncia entre fase; Voltagem aplicada. Tubo com forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele se Rádio I kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em mas condições de Para uma operação sem corona, o gradiente do condutor d determinar o gradiente s básicos: Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ncia entre fase; Voltagem aplicada. Tubo com forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele se Rádio I kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em as possa ocorrer condições de Para uma operação sem corona, o gradiente do barramento (E determinar o gradiente s básicos: Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ncia entre fase; Voltagem aplicada. Tubo com forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele se Rádio I kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em possa ocorrer condições de contaminação Para uma operação sem corona, o gradiente o barramento (E determinar o gradiente Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ncia entre fase; Voltagem aplicada. Tubo com seção forma arredondada superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele se Rádio Interferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em possa ocorrer contaminação Para uma operação sem corona, o gradiente o barramento (E determinar o gradiente Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ncia entre fase; Voltagem aplicada. seção forma arredondada, isenta superfície (kV/cm) [7] gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Figura 2.1 Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em possa ocorrer contaminação Para uma operação sem corona, o gradiente o barramento (E determinar o gradiente máximo Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; ncia entre fase; Voltagem aplicada. seção circular geralmente apresenta melhor desempenho isenta superfície (kV/cm) [7]. Uma superfície lisa é importante se operar próximo do gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Figura 2.1 Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em possa ocorrer contaminação Para uma operação sem corona, o gradiente o barramento (E máximo Diâmetro do condutor ou forma; Distância para a terra; circular geralmente apresenta melhor desempenho isenta . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Figura 2.1 Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em possa ocorrer contaminação Para uma operação sem corona, o gradiente o barramento (E máximo Diâmetro do condutor ou forma; circular geralmente apresenta melhor desempenho isenta de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Figura 2.1 Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzir de MHz produzirão o chamado tele nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durantetempo bom em possa ocorrer, de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou contaminação Para uma operação sem corona, o gradiente o barramento (Em máximo Diâmetro do condutor ou forma; circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície Figura 2.1 1 – Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio forem da ordem de MHz produzirão rá de MHz produzirão o chamado tele nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou [5] Para uma operação sem corona, o gradiente m) deve ser menor que de tensão d Diâmetro do condutor ou forma; circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do gradiente de tensão admissível d também reduz o gradiente de superfície – Ef Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio ão rá de MHz produzirão o chamado tele nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou [5]. Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que de tensão d circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do gradiente de tensão admissível de também reduz o gradiente de superfície Efeito corona Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio ão rádio de MHz produzirão o chamado tele- nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rá O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que de tensão d circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do superfície também reduz o gradiente de superfície eito corona Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio dio -ruído nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro ável pelo projeto saiba que a rádio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que de tensão d circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do superfície também reduz o gradiente de superfície. eito corona Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio dio-ru ruído nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que de tensão da circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do superfície eito corona. Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio ruído; ruído [6] nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que a superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do superfície . Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio do; [6]. A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do superfície, já que . Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio do; e, se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não apresente efeito corona durante tempo bom em tensão, , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou Para uma operação sem corona, o gradiente ) deve ser menor que superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do , já que . Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não tensão, , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou máximo ) deve ser menor que superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do , já que . Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não tensão, , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou máximo ) deve ser menor que o superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do , já que . Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI).Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não tensão, altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou máximo o admissível (E superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do , já que a ausência de rugosidade . Fonte: Brasitest. Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou máximo de tensão d admissível (E superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho de pontos aguçados e protusões, . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou de tensão d admissível (E superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho , reduz o gradie . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou de tensão d admissível (E superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho reduz o gradie . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou de tensão d admissível (E superfície do condutor (E circular geralmente apresenta melhor desempenho reduz o gradie . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou de tensão d admissível (E superfície do condutor (Em circular geralmente apresenta melhor desempenho reduz o gradie . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou de tensão da admissível (Eo). Podemos m) por quatro circular geralmente apresenta melhor desempenho reduz o gradie . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade Se as vibrações emitidas forem da ordem de kHz, produzirão áudio-ruí , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou superfície ). Podemos ) por quatro circular geralmente apresenta melhor desempenho, pois sua reduz o gradie . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade ruído; se , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferên nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou superfície ). Podemos ) por quatro , pois sua reduz o gradiente de . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade do; se , se forem da ordem de centenas . A medida dessas interferências nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou superfície ). Podemos ) por quatro , pois sua nte de . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade 32 do; se , se forem da ordem de centenas cias nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou superfície ). Podemos ) por quatro , pois sua nte de . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade 32 do; se , se forem da ordem de centenas cias nterferência (RI). Para projetos de barramento rígido de ate 115 kV o efeito corona não é considerado. No entanto, é necessário que o engenheiro dio interferência existe em qualquer nível de O problema de projeto encontrado é o de selecionar um condutor que não altitude e temperatura de , de forma minimizada, em tempo úmido, chuvoso ou superfície ). Podemos ) por quatro , pois sua nte de . Uma superfície lisa é importante se operar próximo do a ausência de rugosidade 33 2.3.4 Ressonância mecânica Ressonância mecânica ou simplesmente ressonância é o fenômeno físico em que se registra a transferência de energia de um sistema oscilante para outro, quando a frequência do primeiro coincide com a frequência natural do segundo. No projeto devem ser considerados dois agentes que podem causar vibrações: acorrente alternada passando pelo tubo e o vento (figura 2.12). Para o barramento esta vibração não é desejável, pois pode causar estresse dinâmico e tensões na estrutura que podem vir a ocasionar fadiga no material e sua destruição. Figura 2.12 – Fluxo laminar do vento passando por um tubo. Segundo [8], para reduzir essas vibrações na estrutura do barramento, devemos diminuir as respostas à excitação aplicada ao barramento através do aumento de sua massa, de sua rigidez, ou de seu amortecimento. No dimensionamento adotamos o amortecimento como a opção mais viável. Existem duas formas para amortecer o tubo, a primeira é através do uso de conectores amortecedores (aumento dos suportes, que implica na redução do vão) e a segunda através de um cabo condutor. Recomenda-se o uso do mesmo material do condutor para evitar corrosão, no caso um cabo de Alumínio com Alma de Aço (CAA). Normalmente, utiliza-se apenas um cabo por tubo (figura 2.13) em tubos com diâmetro externo entre 80mm e 120mm. Para diâmetro maior que 120mm recomenda-se o uso de um cabo em cada extremidade do condutor (figura 2.14), com o comprimento de 2/3 do tubo [9]. O guia do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineer) [5] recomenda que o cabo tenha de 10% a 33% do peso do tubo. 34 Figura 2.13 – Amortecimento do condutor rígido com um cabo. Fonte [9] Figura 2.14 – Amortecimento do condutor rígido com dois cabos. Fonte: [9] A tabela 2.1 apresenta alguns valores para o cabo de amortecimento, relacionando o diâmetro do tubo e o vão máximo. Tabela 2.1 – Cabos amortecedores recomendados. Diâmetro do tubo (mm) Vão máximo sem amortecimento (m) Cabo de alumínio (mm2) 100 4,5 240 120 5,5 300 160 7,5 500 200 9,5 625 250 12,0 625 Fonte: [10] A figura 2.15 apresenta um tipo de conector (tampão) usado na extremidade do tubo para fixar o cabo. Seu formato ajuda a redução do efeito corona. Figura 2.15 – Conector para fixação do cabo dentro do condutor rígido. Fonte: catálogo Yonggu. ℓ ℓ - 100 mm ℓ 2 3c ℓ 2 3c ℓ 35 2.4 ISOLADORES, ESTRUTURAS DE SUPORTE E FERRAGENS . Na construção do barramento é necessário o uso de componentes que permitam a isolação do condutor a terra e que suportem os esforços mecânicos impostos devido às correntes de curto circuito, ventos e intempéries. Tais componentes são denominados isoladores, que junto às estruturas de suporte sustentam os condutores do barramento. Estas estruturas podem ser construídas em concreto ou metal (aço galvanizado) e são utilizadas para dar altura aos condutores, aumentando a separação entre a fase e a terra. Por fim, os acessórios e as ferragens compõem um conjunto de dispositivos metálicos utilizados para a fixação dos condutores aos suportes. A escolha do sistema de suporte que será utilizado tem um grande impacto na seleção do próprio condutor, na escolha do tipo de amortecimento e na força que será imposta sobre os isoladores de pedestal. As três principais condições utilizadas (modelos fundamentais) serão definidas a seguir. 2.4.1 Condutor com as extremidades apoiadas. O sistema de suporte ilustrado na figura 2.16 é usado na maioria dos casos onde os extremos são livremente suportados. Esta condição permite movimentos laterais nas pontas do tubo que, caso contrário, resultaria em um torque sobre o topo dos isoladores de pedestal se eles estivessem fixados. Os conectores são normalmente projetados de forma que permitam o movimento vertical, usualmente na região de ±5°, para acompanhar os pequenos desvi os nos níveis da fundação e pesos das estruturas de suporte. Figura 2.16 – Condutor com as extremidades livremente apoiadas. Fonte: [9] ℓ 36 2.4.2 Condutor com uma extremidade apoiada e a outr a fixa O sistema de suporte ilustrado na figura 2.17 só deve ser usado nos casos em que o comprimento do vão (ℓ), distância de um suporte a outro, é tão curta que o valor do torque e da força resultante por unidade de comprimento não excedam os valores nominais do isolador. Neste sistema um lado do tubo é fixo (engastado) enquanto o outro está livre para mover-se permitindo a expansão linear. Os conectores de fixação não permitem o movimento vertical. Figura 2.17 – Condutor com uma extremidade apoiada e a outra fixa. Fonte: [9] 2.4.3 Condutor com as extremidades fixas (biengasta da). O apoio apresentado na figura 2.18 também só deve ser usado quando o vão (ℓ) for de tamanho reduzido. Esta configuração geralmente não deve ser aplicada em subestações de AT e EAT, onde longos tubos são normalmente utilizados devido às distâncias de projeto. No entanto, devem existir algumas aplicações nas quais pequenos tubos são necessários para fazer interconexões, e as forças impostas ao isolador de pedestal, como resultado da expansão linear, é pequena. Figura 2.18 – Condutor com as extremidades fixas. Fonte: [9] OU ℓ F F ℓ ℓ ℓ F S OU 37 2.4.4 Barramento com condutor contínuo. Na prática, o barramento das subestações não é formado por um único vão, mas sim por uma série deles, lado a lado. Este barramento pode conter seções formadas por vários tubos de tamanho (ℓ) unidos por um conector de expansão, ou por um condutor contínuo suportado ou fixado no isolador de pedestal. A figura 2.19 apresenta um condutor tubular contínuo com a extensão de dois vãos, simplesmente suportado nas extremidades e fixo no centro. Este arranjo é bastante aceitável, pois a força de torção no ponto fixo F se cancela. Qualquer expansão linear é permitida pelas extremidades apoiada em S. Figura 2.19 – Dois vãos (apoiado – fixo – apoiado). Fonte: [9] A figura 2.20 mostra um condutor contínuo com a extensão de três ou mais vãos. Este arranjo deve ser empregado apenas em casos onde os dois suportes fixos (F) são próximos o suficiente para que as forças no tubo contínuo impostas aos suportes, como resultado da expansão linear, sejam baixas. Figura 2.20 – Três ou mais vãos (apoiado – fixo – fixo – apoiado). Fonte: [9] O arranjo apresentado na figura 2.21 é provavelmente o mais seguro dos três arranjos ilustrados nesta seção. Não há restrições, desde que à expansão linear e a força de torção estejam envolvidas. F SS ℓ ℓ F SS ℓ ℓ ℓ F 38 Figura 2.21 – Dois ou mais vãos com suporte simples. Fonte: [9] 2.4.5 Juntas soldadas e acabamento Os maiores tubos de alumínio disponíveis no mercado, às vezes, não são suficientes para atender a determinado vão do barramento. Neste caso, é aceitável a união de dois ou mais condutores rígidos através de soldas, para que cheguem ao tamanho desejado. A solda do alumínio é muito usada no caso de barramentos tubulares. O alumínio é cortado de modo a produzir um chanfro com ângulo de 45° e as duas peças são limpas para remover óxido de alumínio e resíduos de óleo. A remoção do óxido de alumínio se faz necessária, pois o alumínio funde a uma temperatura mais baixa do que o óxido de alumínio, e assim, qualquer resíduo de óxido impedirá a penetração adequada do material fundido no processo de solda. Depois da limpeza, a região de solda é protegida com um jato de gás argônio e a solda elétrica é feita usando-se fios de liga de alumínio especiais, oferecendo um conjunto que é mecânica e eletricamente aceitável [11]. É muito importante, seguir as recomendações do fabricante do tubo com relação à haste de enchimento e as etapas meticulosas de soldagem. Um acúmulo do material utilizado na solda da ordem de 1,0 – 2,0mm melhoram significativamente a força mecânica na junção e não cria efeito corona, considerando que todas as pontas sejam removidas. 2.5 FORÇAS APLICADAS AO BARRAMENTO