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Princípios e Procedimentos Jurídicos

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Sujeito dos
Processos
Juiz
Exerce a Jurisdição. Deve decidir de forma imparcial
Princípios Relacionados
Princípio do Impulso Oficial: Juiz deve prover a regularidade do andamento do processo penal;
Princípio da Identidade Física do Juiz: O princípio da identidade física do juiz é responsável por garantir que o juiz que colhe as provas seja o mesmo a proferir a sentença
Impedimento
Causas
Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do MP,
autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Não importa se o juiz não se sente impedido de atuar – não poderá fazê-lo, nem se quiser
Obs: Os processos são julgados por TURMAS ou em plenário, que nada mais são que juízos coletivos. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes,
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
Suspeisão
A presunção de parcialidade é apenas relativa, de modo que o magistrado deve se declarar suspeito. Caso o magistrado não o faça, as partes poderão arguir a chamada exceção de suspeição para recusá-lo:
Causas
Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
Se tiver aconselhado qualquer das partes;
Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Ministério Público (MP)
O MP tem a função institucional de promover a ação penal. É o titular da ação penal pública. Deve atuar com imparcialidade, assim como o magistrado.
Oferecimento da Ação Penal
Via de regra, quando um indivíduo lesa um bem jurídico
penalmente protegido (ou seja, comete uma infração penal),
são necessárias três coisas para o início da persecução penal:
O Estado deve tomar conhecimento da situação delituosa;
Devem ser colhidos elementos suficientes de materialidade e autoria (justa causa);
Quem possui legitimidade para oferecer a ação penal, diante dos elementos, pode (ou deve) fazê-lo (solicitando ao Estado, que por meio
do poder Judiciário, realize a prestação jurisdicional).
MP entra nesse ponto. Ação penal pública é de titularidade do Estado, enquanto que a ação penal privada é de titularidade da vítima
(querelante) – restando a ela a legitimidade para prestar a queixa.
O MP, por sua responsabilidade constitucional de promover a ação penal pública ser concomitante à de defender o regime democrático e a ordem jurídica, tem característica de parte imparcial. Isso pois ao mesmo tempo que é uma parte
formal do processo, deve também zelar pela imparcialidade em sua atuação. O dever do MP não é acusar ou buscar condenações. Embora essencialmente o MP é que tenha a legitimidade acusatória (arquivamento do IP)
Os órgãos do MP não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
Princípio do Promotor
Natural
Princípio Implícito;
Trata de princípio que vela pela imparcialidade, ao determinar que o indivíduo seja acusado por um órgão imparcial, e não por um órgão escolhido especificamente para o seu caso
Acusado
Defensor
O indivíduo passa a ser considerado como acusado após o recebimento de uma denúncia ou
queixa contra ele. A condição de acusado surge no curso da ação penal, e não do IP ou de uma
investigação qualquer.
Não pode se atribuir nome falso ou omitir sua identidade.
Pode calar-se sobre os fatos e mentir sobre eles. Entretanto, esse direito não se estende à sua qualificação.
Atualmente só é aceita a Condução Coercitiva para outros fins previstos no CPP – mas nunca para apresentar o ACUSADO para seu INTERROGATÓRIO
O acusado, mesmo que ausente ou foragido, deve possuir um defensor para que possa ser processado e julgado.
Sua defesa técnica só pode ser realizada por profissional qualificado (advogado).
Responsável pela Defesa Técnica do Acusado.
Juiz deve nomear um defensor caso não exista defensoria pública na comarca e o acusado não possa custear sua própria defesa técnica
Defensor dativo (nomeado pelo juiz) é obrigado a defender o acusado, a não ser que apresente uma justificativa relevante, sob pena de multa
Defensor é o advogado nomeado pelo juiz. Procurador é o advogado constituído pela própria parte.
O defensor deve agir no interesse de beneficiar seu cliente, o que não o impede de pedir a condenação deste último, caso tal pedido o beneficie de alguma forma.
O acusado poderá proceder à troca de defensor, a qualquer tempo, se assim o desejar
Possibilidade de que o acusado faça sua própria defesa – se possuir habilitação
Assistente de acusacao
Serventuarios da justica
Perito e interprete
O perito é um especialista de um determinado campo, que auxilia o juiz em matérias que fogem à sua expertise.
O intérprete é um especialista em algum idioma ou linguagem, que auxilia nos casos em que tal conhecimento seja necessário para o andamento do processo.
O perito está classificado como oficial e não oficial.
O perito pode ser conduzido coercitivamente se necessário for, é multado (assim como o defensor dativo), se não cumprir injustificadamente com seus deveres no curso do processo.
Os casos de suspeição dos juízes, no que for aplicável, se estendem aos peritos, por conta de sua influência nas decisões que podem vir a ser tomadas pelo magistrado.
O CPP prevê a equiparação entre peritos e intérpretes.
São os demais servidores do poder judiciário;
Segundo o CPP, as prescrições de suspeição dos magistrados se estendem a eles, no que forem aplicáveis.
É o ofendido que atua em conjunto com o MP em determinados casos.
A ação penal, em regra, é pública incondicionada, ou seja, seu titular é o
MP, e não a vítima!
Se o MP pode dar andamento à ação penal
sem depender do ofendido, qual o
interesse deste em atuar como assistente
da acusação?
Nos casos em que a vítima tenha sofrido também algum dano digno de reparação cível (moral ou material), terá o interesse de
acompanhar o trâmite do processo para obter um título executivo judicial, que poderá ser executado em juízo cível;
O ofendido pode entender que a sentença condenatória foi insuficiente para apenar
o acusado, de modo que pode querer recorrer para agravar a pena do réu
o posicionamento majoritário da doutrina é no sentido de que o assistente de
acusação está autorizado a recorrer da sentença condenatória com o objetivo de
agravar a pena cominada ao acusado