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CURSO MULTIPLICADORES DE DDHH 2015

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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CURSO NACIONAL DE MULTIPLICADOR DE DDHH 
 
Nome da Disciplina: TÉCNICA POLICIAL MILITAR 
Nome do Docentes: Klaudir Machado Neves Silva, 2º Ten PM
	Dimas Nascimento Lima, 1º Sgt PM
 
*
*
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
CURSO NACIONAL DE MULTIPLICADOR DE DDHH 
CADERNO DOUTRINÁRIO 01
Intervenção Policial, Processo de Comunicação e Uso da Força
Manual Técnico-Profissional nº 3.04.01/2013 – CG.
CADERNO DOUTRINÁRIO 02
Tática Policial
Abordagem a pessoas 
Tratamento às vítimas
Manual Técnico-Profissional nº 3.04.02/2013-CG.
VÍDEO
ABORDAGEM POLICIAL
Ocorrência policial na área do 22º BPM.
PENSAMENTO TÁTICO
			É o processo de análise do cenário da intervenção policial militar (LEITURA DO AMBIENTE). 
	Consiste em mapear as diferentes áreas do “teatro de operações” em função dos riscos avaliados, identificar perímetros de segurança para atuação, priorizar os pontos que exijam maior atenção e tentar interferir no processo mental do agressor.
Conceito
 Pensamento Tático 
Processo Dinâmico
	O Preparo Mental ocorre antes da intervenção e consiste numa análise de possibilidades.
	O Pensamento Tático consiste num diagnóstico que utiliza os dados e informações concretas obtidas por meio da avaliação de riscos de um “teatro de operações” específico. 
QUARTETO DO PENSAMENTO TÁTICO
	O pensamento tático é norteado pelo quarteto: 
	
					Área de Segurança, 
					Área de Risco, 
					Ponto de Foco, 
 					Ponto Quente.
QUARTETO DO PENSAMENTO TÁTICO
a) Área de Segurança
	É a área na qual a Polícia Militar têm o domínio da situação, não havendo, presumidamente, riscos à integridade física e à segurança dos envolvidos. 
	É o espaço onde o policial militar deve, primeiramente, se colocar durante a intervenção, evitando se expor a perigos desnecessários.
b) Área de Risco
	Consiste num espaço físico delimitado, no “teatro de operações”, onde podem existir ameaças, potenciais ou reais, que ponham em perigo a integridade física e a segurança dos envolvidos. 
	É a área na qual o policial militar não detém o domínio da situação, por ainda não ter realizado buscas, sendo portanto, uma fonte de perigo para ele ou terceiros, e por isso requer que os riscos envolvidos sejam rigorosamente avaliados.
c) Ponto de Foco
	Os pontos de foco são partes dentro da área de risco que requerem monitoramento específico e demandam imediata atenção do policial militar, uma vez que deles podem surgir ameaças que representem risco à segurança dos envolvidos.
	 Portas, janelas, escadas, corredores, veículos, obstáculos físicos, escavações, uma pessoa, ou qualquer outro elemento no local de atuação que possa oferecer ameaça, mesmo que não imediatamente visível ou conhecida, podem ser considerados como pontos de foco.
d) Ponto Quente
	Os pontos quentes são partes do ponto de foco que possuem um maior potencial de se tornarem fontes reais de agressão e que, por isso, devem ser cautelosamente monitorados para garantir a segurança de todos os envolvidos. 
	O policial militar direcionará sua atenção, energia e habilidade para essas fontes a fim de responder adequadamente, considerando os princípios e as regras para o uso de força.
Leitura do Ambiente
Leitura do Ambiente
Três questões chaves para uma correta leitura do ambiente.
Onde estão os riscos nestas situações? 
Esses riscos são controlados?
Se esses riscos não estão controlados como fazê-los ?
Alinhamento do Estado de Prontidão
	Alinhar o Pensamento Tático com o Estado de Prontidão. 
	O policial militar se aproxima da área de risco e começa a analisá-la, o seu estado de prontidão deve ser o de Alerta (laranja).
	No local de intervenção, é necessário avaliar a área de risco, procedendo à identificação dos pontos de foco e seus pontos quentes. 
	Ao identificar um ponto de foco, deverá manter o controle visual da situação. 
	O estado de prontidão poderá subir para o Estado de Alarme (vermelho). 
	O policial militar deverá estar atento e preparado para fazer uso de força diante de uma possível agressão.
Localizado um ponto quente, o estado de prontidão deverá atingir, definitivamente, o Estado de Alarme (vermelho).
AMEAÇA REAL surge de um ponto de foco, a habilidade e o preparo mental para entender e controlar os seus pontos quentes serão os suportes para a resposta correta do policial militar. 
Duas considerações são importantes:
 - Não dispensar e não dividir a atenção.
 - Não confundir atenção concentrada com visão de túnel 
Processo Mental da Agressão
CONCEITO
	Consiste nas etapas percorridas por uma pessoa que intenciona agredir o policial militar.
	ETAPAS (I-D-A)
Identificar: captar o estímulo por meio da visão, dos sons ou de outra forma de perceber a presença do policial militar;
Decidir: definir o que fazer, isto é, preparar-se para o ataque ou ocultar-se;
  Agir:colocar em prática aquilo que decidiu.
IDENTIFICAR
 CERTIFICAR
 DECIDIR 
 AGIR
Enquanto o Agressor passa por TRÊS passos para executar o ataque, o Policial Militar terá, necessariamente, QUATRO fases, a fim de responder a ameaça.
Cinco fatores são úteis na tentativa de compensar as possíveis desvantagens entre os processos mentais do agressor e do policial militar:
	a) ocultação
	b) surpresa
	c) distância
	d) autocontrole
	e) proteção
	a) ocultação: se o agressor não sabe exatamente onde o policial militar está, ele terá dificuldades em IDENTIFICÁ-LO para um ataque.
	b) surpresa: Ação inesperada para o suspeito, surpreendendo-o e reduzindo seu tempo de reação.
	c) distância: O policial militar deverá manter se a uma distância que dificulte qualquer tipo de ação por parte do abordado. 
	d) autocontrole: Agir com controle, interferindo em todo o processo de pensamento do agressor, desarticulando, desse modo, suas ações.
	e) proteção: Princípio mais importante entre todos. 
ATENÇÃO!!!
INTERVENÇÃO POLICIAL
CONCEITO
Intervenção Policial
			Ação ou a operação que empregam técnicas e táticas policiais, em eventos de defesa social, tendo como objetivo prioritário a promoção e a defesa dos direitos fundamentais da pessoa. 
	A prevenção;
	A resolução de conflitos;
	O combate ao crime e à violência;
	A preservação da ordem.
	A garantia do cumprimento da lei.
OBJETIVO
EXEMPLOS
O esclarecimento de dúvidas;
O fornecimento de informações junto a um transeunte; 
A realização de uma busca pessoal, em um veículo ou em uma edificação; 
Uma ação de auxílio a uma pessoa acidentada ou perdida; 
O cumprimento de mandado de prisão; 
A imobilização, a algemação e a condução de pessoas; 
Disparar arma de fogo de acordo com os princípios do uso de força 
Outras formas de contato do policial militar com a sociedade.
ATENÇÃO !!!
	Ao iniciar uma intervenção, o policial militar deve observar os aspectos éticos, normativos e técnicos que regulam e orientam a sua execução. 
NÍVEIS DE INTERVENÇÃO
	São classificações em função da respectiva avaliação de risco que podem ser adotadas como referência para a atuação policial militar.
	
	Estão estruturados em três níveis:
	Intervenção Nível 1
	Intervenção Nível 2
	Intervenção Nível 3
	Intervenção Nível 1- adotada nas situações de caráter preventivo, educativo e assistencial. 
	Finalidade: Promover um ambiente seguro por meio de patrulhamento ordinário e contatos com a comunidade, para prevenir, educar e assistir (risco nível 1). 
	O Estado de Prontidão deverá ser o Estado de Atenção (Amarelo). 
	Intervenção nível 2- adotada nas situações em que haja a necessidade de verificação preventiva. 
	(Risco Nível II, Estado de Prontidão: Estado de Alerta - Laranja). 
	Exemplo: abordagem a pessoa ou veículo com características semelhantes às de envolvidos em delitos; execução de patrulhamento e verificações em locais com histórico de violência.
	Intervenção nível 3: adotada nas situações em que há certeza do cometimento da infração, caracterizando ações repressivas.(Risco Nível III, Estado de Prontidão: Estado de Alarme - Vermelho). 
	Exemplo: um infrator avistado no momento de uma ameaça direta à vítima ou que, logo após, empreende fuga e é acompanhado pela polícia; um agente de crimes procurado pela Justiça e que é identificado pelo policial militar.
ETAPAS DA INTERVENÇÃO
Uma intervenção policial militar deve ser dividida em etapas para garantir o seu sucesso.
4 Etapas
a) Etapa 1 - DIAGNÓSTICO: elaborado a partir das informações sobre o motivo, o abordado e o ambiente, obtidas por meio da avaliação de risco e da análise do cenário feitas a partir do pensamento tático.
b) Etapa 2 - PLANO DE AÇÃO: consiste na decisão, acerca das atribuições de cada policial militar , dos métodos e procedimentos para alcançar objetivos da intervenção.
c) Etapa 3 - EXECUÇÃO: é a ação propriamente dita, resultante das fases anteriores. Consiste na aplicação prática do plano de ação, bem como da adoção de medidas decorrentes da própria intervenção.
 (prestação de auxílio ou orientação, busca pessoal, prisão e/ou condução do agente e o registro do fato em BO/REDS).
d) Etapa 4 - AVALIAÇÃO: as condutas individuais e do grupo, os resultados alcançados e as falhas notadas em cada intervenção devem ser, posteriormente, discutidas e analisadas, e possíveis correções devem ser apresentadas, visando aperfeiçoar as competências profissionais.
Abordagem Policial
Na relação cotidiana entre a Polícia Militar e a comunidade, a abordagem policial é a forma de intervenção policial mais comum, sendo executada em todos os níveis.
Conceito
Abordagem Policial 
Conjunto de ações policiais militares ordenadas e qualificadas para que o policial militar possa se aproximar de pessoas, veículos ou edificações com o intuito de orientar, identificar, advertir, realizar buscas e efetuar detenções.
Utiliza-se de técnicas, táticas e meios apropriados que irão variar de acordo com as circunstâncias e com a avaliação de risco.
EXEMPLOS
Qualquer contato do policial militar com as pessoas, decorrente da atividade profissional, é considerada abordagem.
orientações diversas, 
coleta de informações, 
contatos comunitários, 
medidas assistenciais, 
buscas pessoais, 
imobilizações físicas, 
prisão e condução.
ATENÇÃO!!!
	Ao realizar a Abordagem Policial deve-se atuar respeitando a dignidade e os direitos fundamentais, sem descuidar-se das medidas de segurança.
Fundamentos da abordagem policial à pessoa em atitude suspeita
Objetivo: Potencializar as ações e assegurar que o objetivo proposto seja alcançado.
a) Segurança: Medidas adotadas pelo policial militar para controlar, reduzir ou, se possível, eliminar os riscos da intervenção policial. 
b) Surpresa: Medidas que dificultam a percepção do abordado em relação ao policial militar , ou seja, é uma ação inesperada para o suspeito, surpreendendo-o e reduzindo seu tempo de reação.
c) Rapidez: é a velocidade com que a ação policial militar é processada, o que contribui substancialmente para a efetivação da “surpresa”. 
d) Ação Vigorosa: é a atitude firme e resoluta do policial militar na ação, por meio de uma postura imperativa, com ordens claras e precisas. Não se confunde com truculência. 
e) Unidade de Comando: é a coordenação centralizada da intervenção policial militar que garante o melhor planejamento, fiscalização e controle. 
TÉCNICA DE APROXIMAÇÃO TRIANGULAR (TAT)
Nesta técnica, dois policiais e o abordado dispostos de maneira que formem
um TRIÂNGULO. 
É considerada a forma mais segura e eficiente de aproximação policial.
A distância recomendada entre os policiais será de aproximadamente 4 metros, o que dificulta o controle visual simultâneo de ação dos dois policiais por parte do abordado.
A distância dos policiais em relação ao suspeito será de aproximadamente 3 metros, para proporcionar segurança à guarnição em caso de repentina agressão.
A postura ou posição de emprego de arma a ser utilizada pelos policiais na realização da TAT deverá ser definida pelo policial de acordo com o nível de risco e a evolução dos fatos durante a intervenção.
A área de contenção corresponderá ao espaço de abrangência da ocorrência, em que os policiais manterão monitoramento mais constante, com objetivo de conter os abordados e isolar o local de interferência de terceiros.
O setor de busca corresponde ao local onde se realizará a busca pessoal e será definido pelos policiais após análise da área e da avaliação de risco.
Se possível, possuirá características que privilegiem a segurança tanto dos
policiais quanto dos abordados. Tais características são o relevo adequado e
se situar fora da área de tráfego de veículos e de locais onde os policiais não
tenham pleno controle no que se refere à segurança.
O setor de custódia corresponderá a um local dentro da área de contenção, com as mesmas características do setor de busca, definido pela guarnição, onde os demais suspeitos aguardam a busca pessoal e outros procedimentos necessários (consulta de dados, checagem de objetos, outros). Recomenda-se que estes locais não possuam pontos de escape, que permitam uma possível evasão dos abordados.
A TAT poderá ser empregada em esquemas táticos variados, em função da quantidade e comportamento dos abordados e do número de policiais.
Técnica de Aproximação Triangular e Área de Contenção
FUNÇÕES DOS POLICIAIS NUMA ABORDAGEM A PESSOA.
• PM Verbalizador: aquele que verbaliza com o abordado;
• PM Segurança: responsável pela segurança da equipe;
• PM Revistador: encarregado de revistar o abordado e seus pertences (busca).
Um único policial poderá exercer mais de uma função.
Esquema tático de aproximação com 2 policiais e 1 abordado
Esquema tático de aproximação com 2 policiais e 2 abordados
Esquema tático de aproximação com 2 policiais e 3 abordados
Esquema tático de aproximação com 3 policiais e 1 abordado
Esquema tático de aproximação com 3 policiais e 4 abordados
Esquema tático de aproximação com 4 policiais e 4 abordados
ABORDAGEM A PESSOAS
A abordagem policial é o conjunto ordenado de ações policiais para aproximar-se de uma ou mais pessoas, veículos ou edificações. 
Tem por objetivo resolver demandas do policiamento ostensivo, como orientações, assistências, identificações, advertências de pessoas, verificações, realização de buscas e detenções.
A ABORDAGEM A PESSOAS se refere apenas às ações policiais para se aproximar de um ou mais indivíduos.
Em cada abordagem realizada, o policial deverá utilizar técnicas, táticas e recursos apropriados ao público-alvo desta intervenção policial, ESTEJA A PESSOA EM ATITUDE SUSPEITA OU NÃO.
O PODER DE POLÍCIA, (art 78 CTN), intrínseco nas abordagens, deve ser entendido como um conjunto de ações que limitam e sancionam o direito individual e autorizam a intervenção do Estado, executada por intermédio de seus agentes, em qualquer matéria de interesse da coletividade.
A ação de ABORDAR uma pessoa é um ato administrativo, discricionário, autoexecutório e coercitivo. 
Significa dizer que a abordagem policial é realizada DE OFÍCIO.
O ato de abordar é discricionário, e jamais poderá ser ilegal, sob pena de não atingir sua finalidade precípua, que é o bem comum.
É imprescindível também que, durante as abordagens, a pessoa receba um tratamento respeitoso.
Técnicas e táticas de abordagem a pessoas
Ao iniciar uma abordagem:
1- Realizar com segurança;
2- Supremacia de força;
3- Uso da técnica policial;
4- (se a guarnição entender) solicitará apoio policial (humanos ou logísticos).
O policial deverá adotar os seguintes procedimentos:
a) autoidentificação:
Demonstrar clareza, falando nome e posto ou graduação. Atitude que reforça os valores institucionais da ética, transparência, representatividade institucional e disciplina. 
O policial deve saber que sua identidade deve ser pública diante da função revestida pelo Estado;
b) tratamento respeitoso para com as pessoas: 
tratar os abordados com respeito,cordialidade, urbanidade, solicitude e dignidade.
c) esclarecimentos sobre o motivo de uma abordagem: 
Esclarecer às partes interessadas sobre a motivação e o desdobramento da ação policial, a qual se submete o abordado. Com essa medida, fortalecerá o
respeito, a cortesia e a credibilidade no trabalho da Polícia Militar.
d) relacionamento adequado com a imprensa: 
é responsabilidade do policial preservar a pessoa quanto à veiculação de sua imagem, quando estiver sob sua custódia.
Modelos de abordagem
Intervenção nível 1 (assistência e orientação)
Intervenção nível 2 (verificação preventiva)
Intervenção nível 3 (verificação repressiva)
BUSCA PESSOAL
Técnica policial utilizada para fins preventivos ou repressivos, que visa a procura de produtos de crime, objetos ilícitos ou lícitos que possam ser utilizados para a prática de delitos que estejam de posse da pessoa abordada em situação de suspeição. 
Será realizada no corpo, nas vestimentas e pertences do abordado, observando-se todos os aspectos legais, técnicos e éticos necessários. 
A busca poderá ser realizada independente de mandado judicial, desde que haja fundada suspeita. 
A situação de suspeição verificada através da atitude do cidadão, ou seja, da conjugação entre comportamento e ambiente.
- estado de flagrante delito; 
- mesma característica física e de vestimenta utilizada por autor de crime/ contravenção; 
- comportamento estranho do suspeito (tensão, nervosismo, aceleração do passo ou mudança brusca de direção ao avistar a presença policial); 
- volumes observáveis na cintura ou em outras partes do corpo;
- pessoa parada em local ermo ou de grande incidência de criminalidade;
 -pessoa monitorando residências; 
- pessoa portando objeto duvidoso; 
-condutor que tenta evadir de bloqueio policial; dentre outros. 
Aspectos legais da busca pessoal 
O poder discricionário está condicionado à existência de elementos que configurem fundada suspeita.
Código de Processo Penal (CPP) 
Art. 244 – A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar .
E a fundada RAZÃO...
Artigo 292 do CPP que caberá ao abordado cumprir as ordens emanadas pelo policial, sob pena de incorrer em crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal (CP).
Quando o abordado se opuser, mediante violência ou ameaça, à submissão da busca pessoal, estará incurso no crime de resistência, previsto no artigo 329 do CP. 
Neste caso, o policial usará a força adequada para vencer a resistência ou se defender, conforme previsão legal. 
É importante não confundir relutâncias naturais por parte do abordado que se sente constrangido, com o crime de resistência. 
Na verbalização o policial deve esclarecer os motivos da ação policial. 
Código de Processo Penal Militar (CPPM)
Art. 180. A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes, pastas, malas e outros objetos que estejam com a pessoa revistada e, quando necessário, no próprio corpo. 
Art. 181. Proceder-se-á à revista, quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo: 
a) instrumento ou produto do crime; 
b) elementos de prova. 
Art. 182. A revista independe de mandado: 
• quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser presa; 
• quando determinada no curso da busca domiciliar; 
• quando ocorrer o caso previsto na alínea "a" do artigo anterior; 
• quando houver fundada suspeita de que o revistando traz consigo objetos ou papéis que constituam corpo de delito; ·
• quando feita na presença da autoridade judiciária ou do presidente do inquérito. 
Nos casos em que a suspeição não se confirmar e nada de irregular for encontrado, caberá ao policial: 
• esclarecer ao abordado os motivos pelos quais ele foi submetido a busca pessoal; 
• demonstrar que esta abordagem é um ato discricionário e legal, com foco na segurança preventiva; 
• prestar outras informações que possam minimizar possíveis embaraçamentos causados; 
• agradecer a colaboração com a segurança coletiva. 
Ao final do procedimento, recomenda-se que a equipe: 
•	avalie o desempenho individual e do grupo; 
•	avalie os resultados obtidos; 
•	avalie as falhas no procedimento;
•	colha sugestões de correção; 
•	confeccione relatório ao escalão superior, se necessário. 
IMPORTANTE
Não existe pessoa suspeita, mas pessoa em situação suspeita. Ninguém se torna suspeito por suas características pessoais (classe social, raça, opção sexual, forma de se vestir, traços físicos ou outras características). 
Não existem rótulos ou estereótipos que motivem uma abordagem, pois os infratores podem apresentar todo tipo de característica. 
Cabe ao policial a avaliação da suspeição, levando-se em conta as variáveis da situação (horário, local da abordagem, clima, características da região, comportamento do cidadão, fatos ocorridos, dentre outros).
 Tipos de Busca Pessoal 
Busca Ligeira 
É uma revista rápida procedida nos abordados, comumente realizada nas entradas de casas de espetáculos, shows, estádios e estabelecimentos afins, para verificar a posse de armas ou objetos perigosos, comuns na prática de delitos. 
Será iniciada, preferencialmente, pelas costas da pessoa abordada, que ficará, normalmente, na posição de pé.
Busca Minuciosa 
Será realizada sempre que o policial suspeitar que o abordado porte objetos ilícitos, dificilmente detectados na inspeção visual ou na busca ligeira. 
Preferencialmente será feita pelas costas da pessoa abordada. 
Enquanto o PM Revistador realizar a busca, o PM Verbalizador fará a cobertura policial. 
A busca minuciosa pode variar conforme as Posições de contenção, que são posturas que deverão ser adotadas pelo abordado na busca pessoal minuciosa, e objetivam a garantia de segurança aos policiais e a eficiência da revista, variando de acordo com o nível de risco e o ambiente. 
Quatro (04) posições básicas de contenção: 
Posição de contenção 1
Abordado em pé sem apoio 
Será empregada quando não houver apoio para o abordado encostar as mãos. Dedos entrelaçados na testa.
Posição de contenção 2 
Abordado em pé com apoio 
Será empregada quando houver apoio para o abordado encostar as mãos. 
joelho direito atrás da perna esquerda do abordado e fazer a revista com a mão esquerda;
Posição de contenção 3
Abordado de joelhos 
É indicada para os seguintes casos: 
- quando o número de abordados for maior do que o número de policiais; 
- abordado de alta periculosidade ou que tenha antecedentes de reação; 
coloque as mãos na testa e olhe para cima
 Posição de contenção 4
- coloque as mãos na testa e olhe para cima; - entrelace os dedos; - vire-se de costas; - ajoelhe-se; - deite-se com o peito encostado no chão (decúbito ventral); - abra os braços em forma de crucifixo; - vire as palmas das mãos para cima; - mantenha as pernas estendidas; 
Busca Completa 
É a verificação detalhada do corpo do abordado, que se despirá e entregará seu vestuário ao policial. 
Cada peça de roupa deverá ser examinada. 
O policial, além de atentar para todos os procedimentos previstos na busca minuciosa, verificará o interior das cavidades do corpo. Detectar objetos escondidos em orifício anal ou vaginal. 
Por questões de biossegurança, recomenda-se o uso de luvas para o caso de manusear peças de vestuário e objetos do abordado.
 Uso de algemas 
Algemas são equipamentos policiais utilizados com os objetivos primários de controlar uma pessoa, prover segurança aos policiais, ao preso ou a terceiros e reduzir a possibilidade de fuga ou agravamento da ocorrência. 
Artigo 234 CPPM
§1º - O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga ou de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que se refere o art. 242.
• os ministrosde Estado;
• os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, o
prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes
de Polícia;
• os membros do Congresso Nacional, dos Conselhos da União e da Assembleias Legislativas dos Estados;
• os cidadãos inscritos no Livro de Mérito das ordens militares ou
civis reconhecidas em lei;
• os magistrados;
• os oficiais das Forças Armadas, das Polícias e dos Corpos de
Bombeiros, Militares, inclusive os da reserva, remunerada ou não,
e os reformados;
• os oficiais da Marinha Mercante Nacional;
• os diplomados por faculdade ou instituto superior de ensino
nacional;
• os ministros do Tribunal de Contas;
• os ministros de confissão religiosa.
A Súmula Vinculante nº 11, publicada em 22 de agosto de 2008.
Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Porém, é entendimento do Superior Tribunal Federal que, se houver necessidade, o uso de algemas poderá ser feito, mesmo nas autoridades elencadas anteriormente, e independente do cargo/função/posição social do preso.
Recomendações Gerais do Uso de Algemas
Não se estenda por períodos longos, pois esta atitude poderá resultar em lesões, como pulsos arranhados e até fraturas e ruptura de ligamentos. A utilização da trava de segurança também contribuirá com a integridade física do algemado.
Algemar uma pessoa a um ponto fixo, como um poste, ou a partes fixas de veículos, como as barras presentes no xadrez de algumas viaturas, pode colocar em risco o preso.
Algemar uma pessoa a um ponto móvel, como uma cadeira, uma mesa, ou até a um policial ou outro preso, é uma conduta que não fornece segurança à guarnição.
Obesos, grávidas, pessoas adoentadas e de constituição mais fraca poderão ser algemados pela frente sem expor a guarnição a perigo.
PROCEDIMENTOS POLICIAIS ESPECÍFICOS
- autoridades;
- grupos vulneráveis;
- minorias;
- pessoas com surto de drogas.
Autoridades
Executivo
a) Presidente da República: enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão.
b) Ministros de Estado: não possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante no cometimento de delitos.
c) Diplomatas: a pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser preso ou detido (art. 29, da Convenção de Viena).
d) Governadores de Estado: enquanto não sobrevier sentença condenatória, nos crimes comuns, o Governador não estará sujeito à prisão.
e) Secretários de Estado: não possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante no cometimento de delitos.
f) Prefeitos: não possuem prerrogativas em relação à prisão em flagrante
Deputados Federais e Senadores: o policial deverá, no caso de flagrante de crime inafiançável, prendê-lo e registrar o Boletim de Ocorrência.
Deputados Estaduais: serão adotadas as mesmas providências dos deputados federais e senadores.
Os Vereadores gozam de prerrogativa em relação à prisão no cometimento de delitos somente nos casos relacionados com sua função, sendo invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município
Autoridades
Legislativo
Grupos Vulneráveis
	as mulheres, 
	as crianças e adolescentes, 
	os idosos, 
	a população em situação de rua, 
	as pessoas com necessidades especiais 
	população de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
	Transexuais e Travestis (LGBTT).
	Qual a regra para buscas em mulheres e no transexual.
	Qual a regra para buscas em gay e travesti.
	Qual o nome usar no registro do BO e no tratamento verbal.

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