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Direit� Civi� II 28/02/2023 Função Social do Contrato. Autonomia privada Função social Lei e cumprimento de função social ⇢ Contrato não pode trazer onerosidade excessiva, desproporção e injustiça social. Obrigação - Sujeito Ativo - Sujeito Passivo - Pessoa Fisica ou juridica - Individual ou coletivo ( vários credores / devedores) - Dar, fazer (positivas) ou não fazer (negativa) - Contratos Formais e verbais (difícil solução) Validade do Negócio Jurídico (art 104 cc) -Agente Capaz - Objeto ilícito, possível, determinado ou determinável - Forma prescrita ou defesa (que não é proibida) em lei. - Manifestação da vontade 01/03/23 Continuação Elementos do negócio Jurídico Objetivo: Conteúdo patrimonial Patrimonialidade: essência da prestação Sujeito ativo: Credor Sujeito Passivo: Devedor Nascem de Diversas fontes (origem) : Contratos, declarações unilaterais de vontade, atos ilícitos. Atos Unilaterais: - Promessas de recompensa: Art 854 cc - Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido. ↳Eticidade e boa fé objetiva. - Gestão de negócios ↳ Atuação individual na vida alheia , agindo de boa fé, mesmo sem autorização. O outro que recebeu a ajuda, mesmo sem ter pedido, deve indenizar. - Pagamento Indevido - Art 876 cc Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição. - Enriquecimento sem causa - Art 854 a 886 Obrigaçã� � Responsabilidad� Contraída a obrigação, 2 opções: - O devedor cumpre e a obrigação se extingue. - Devedor se torna inadimplente. Exceção Bem de família. - Cumprida a obrigação se Extingue. Não cumprida a obrigação, nasce a responsabilidade, que tem como garantia o patrimônio geral do devedor. Pensão alimentícia: O valor a ser pago é negociável, mas não pode ser direcionado a outra finalidade. 07/03/2023 Da� obrigaçõe� pecuniária� Obrigação de entregar dinheiro (obrigação de dar dinheiro). O objeto da prestação é o dinheiro e não exatamente uma coisa. As obrigações em dinheiro seguem o princípio do nominalismo (valor da moeda é o valor nominal, que o Estado atribui ao dinheiro). Temos a cláusula da escala móvel (contratos onde o objeto é o dinheiro - Ex. empréstimo no banco → contrato de mútuo). Isso pode acontecer com pessoa física? Hoje é permitido que algumas pessoas que tem firma aberta possam emprestar, mas com determinado valor de juros a ser cobrado para não caracterizar agiotagem. Correção monetária: O valor da prestação varia segundo os índices do custo de vida. A escala móvel decorre de estipulação, previsão contratual ou até mesmo a lei, não confundir com a teoria da IMPREVISÃO. Ex. de juros. Quando o juiz dá uma sentença procedente, qual é a forma de reajuste que ele dá? Ele mandou pagar o valor de 10 mil reais com correção monetária dos índices do TJ de são paulo, e o % ao mês. Dívida em dinheiro, o objeto da prestação é o próprio dinheiro. Dívida de valor é aquela que tem um valor mas não é necessariamente o dinheiro que é o objeto da obrigação. Obrigação de solver a dívida (pagar) → abrange também além das dívidas pecuniárias as de valor, as remuneratórias e as representadas pela prestação de juros. Juros → remuneração pelo uso do capital alheio Obrigações de dar coisa incerta: Coisa incerta (art 243 do CC), será indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade (não pode ser indeterminada totalmente). Ex dado pela prof: a empresa X pediu 30 quilos de café a uma outra empresa, mas não disse qual a marca. Tenho gênero e quantidade, mas não a qualidade. No silêncio deste contrato, quem irá decidir a marca? O devedor, a empresa que irá dar o café (a parte mais fraca da obrigação). Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. A determinação da qualidade se traduz com a escolha, então se torna coisa certa, sendo necessário que se exteriorize pela entrega. → CONCENTRAÇÃO (TERMO IMPORTANTE!!!). Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. TERMO IMPORTANTE: ENTREGA = TRADIÇÃO Direito de escolha → só competirá ao credor se o contrato dispuser, sendo omisso, a escolha será do devedor. O devedor não pode dar algo muito inferior ao mediano mas não é obrigado a dar o melhor entre as marcas, deve dar aquilo que é mediano. → Isso pode ser consultado a partir de perícia. Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. E no caso da coisa incerta, antes da escolha? Ex: Estou indo ao banco pagar algo em dinheiro em espécie e fui assaltada, caso fortuito. Posso falar pro credor que fui assaltada e por isso não posso pagar? Não posso, é um outro tipo de prestação, e o mesmo acontece na coisa incerta. Antes da concentração (escolha), tenho uma coisa incerta. A empresa não pode alegar que foi assaltada porque é coisa incerta, pode adquirir de outra forma. (O gênero nunca perece). Obrigaçõe� d� f�er - Abrange o serviço humano em geral, material ou imaterial. Duas espécies: Infungível (imaterial ou personalíssima) → obrigação de fazer algo especificamente por uma determinada pessoa. Ex: Anitta foi convidada a fazer um show na faculdade, mas quebrou o pé. Precisa ser ela, não pode ser outra pessoa. 17/03/2023 Obrigaçõe� divisívei� � indivisívei� → Composto por multiplicidade de sujeitos e divisibilidade do objeto → Divisível: possível ao devedor executá-la → Indivisível: quando é impossível pagar por partes (automóveis), art. 258 do CC. ● Espécies: natureza (natureza do objeto, ex: pensão alimentícia), decorrente de lei (interesse público e social, ex: penhor) e decorrente da vontade humana (quando no contrato de comum acordo entre as partes eles definem essa indivisibilidade). ● Art. 87 e 88 conceituam os objetos indivisíveis e divisíveis → Obrigação de dar coisa certa: dependendo da natureza do objeto ele pode ser divisível (ex: entregas 10 relógios para 2 credores) ou indivisível (art 257 DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS) → Obrigação negativa: em geral são indivisíveis, podendo ser divisível só se o devedor obrigou-se a não pratica determinados atos → Obrigações alternativas (ou dar coisa incerta): inclui as obrigações indivisíveis, já que até a escolha do objeto não se sabe qual será a prestação, ficando assim suspenso a divisibilidade ou não da obrigação. → Efeito: no caso de obrigações divisíveis, se elas forem divididas em parte iguais cada devedor deverá pagar só sua quota - parte (caso 1 não pague os outros não precisarão pagar por ele). ● Já no caso de haver vários credores e 1 devedor, cada credor receberá somente sua parte. → Pluralidade de credores: Art. 260, CC. ● Vários credores, qualquer um deles pode me cobrar se o objeto é indivisível, e se cobra a dívida toda (por inteiro). ● Art. 261, CC: vários credores → se um só receber, os outros tem o direito de exigir o dinheiro ● Art. 262, CC: remitir da dívida = perdoar a dívida. → somente a quota que é perdoada fica fora do pagamento da dívida. → Obrigações solidárias, Art. 265, CC ● Não presume e resulta da lei ou da vontade das partes. ● Natureza jurídica: constitui uma forma de assegurar o cumprimento da obrigação. A solidariedade é uma cláusula que se insere no contrato para proteger o credor, não é presumida. ● Ex. tem 3 pessoas devendo 100 mil reais para um credor. A regra é: eu pago minha parte e as demais devem pagar as suas respectivas. Se fulano não pagou a dele e não tem solidariedade no contrato, não tenho nada a ver com isso. Se existe solidariedade, o credor pode me cobrar e devo pagar. ● Ex: Os pais são solidariamente responsáveis civilmente pelos danos causados por seus filhos. ● O credorpoderá exigir de qualquer codevedor o cumprimento por inteiro da obrigação (diferente da parte dos efeitos das obrigações divisíveis e indivisíveis). Se algum dos devedores for à falência, o credor não ficará no prejuízo, poderá ele cobrar do sócio de maior poder aquisitivo. ● Características: pluralidade, multiplicidade de vínculos, unidade de prestação e corresponsabilidade dos interessados ● Espécies: ativa (multiplicidade de credores) e passiva (multiplicidade de devedores) → Solidariedade em conta conjunta de banco: são credores solidários do banco, porém essa regra não existe para gerar cheques. Ex: se um gera um cheque sem fundo da conta, o outro não tem a responsabilidade de pagar. → Obrigação solidária passiva: pluralidade de devedores → cada um com o dever de prestar a dívida por inteiro, como se a tivesse contraído sozinho. O devedor escolhido não pode invocar divisão. Os outros devedores vão se acertar com aquele que pagou. → Falecimento de um dos credores. Art. 270: Faleceu 1 dos credores. Os herdeiros daquele falecido somente podem cobrar a sua parte do quinhão hereditário (não podem exigir a totalidade do cŕedito). → Art. 271: perdas e danos: se for convertido em perdas e danos, a unidade da prestação não é comprometida, a solidariedade continua existindo. → Art. 272: direito regresso: um dos credores recebeu a prestação sozinho, deve pagar aos demais. Assim também serve para a remissão. → Art. 282: renúncia da solidariedade: o credor pode abrir mão pois constitui benefício em favor do próprio credor. A renúncia pode ser expressa (declarada verbalmente ou por escrito) ou tácita (quando a pessoa começa a ter condutas que revelam sua intenção em renunciar a solidariedade). Anderson, vendeu um imóvel para Lúcia e João que eram casados, pelo valor de R$ 500.000,00. Neste caso, responda: a) quem é o credor e o devedor? Devedor Anderson, credor é o casal. Temos que pensar que o devedor é quem tem que dar/fazer ou não fazer alguma coisa. Credor vai pagar o preço. (art. 481 do CC) → Não se trata de um contrato sinalagmático, só será sinalagmático quando os dois tiverem a dupla obrigação (em tese quando é dinheiro é sempre possível, mas já quando é objeto, já não é sempre assim). b) a obrigação é divisível ou solidária? Explique A obrigação não é divisível, uma vez que o objeto da prestação (imóvel) é indivisível. Vai ser solidária se constar no contrato, porque esta não pode ser presumida. (solidariedade não se presume, precisa expressa no contrato, art. 265 do CC) c) Se ocorrer o inadimplemento por culpa do devedor, como fica a obrigação? 248 do CC, perdas e danos. Se ocorrer o inadimplemento, Anderson deve devolver o dinheiro e responder por perdas e danos. Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. Teoria Geral das obrigações civis e natural ● Obrigação civil: tudo aquilo que tem respaldo no direito positivo, que está no CC, na lei ● Obrigação Natural: é formado por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material (ou somente de uma delas). Não se cumpre por bondade ou liberdade. → Usos e costumes, a pessoa paga por uma questão moral e não pode pedir o dinheiro de volta, como pagar uma crime que já prescreveu. → Cuja execução não pode ser constrangido a pagar por estar relacionado à moral, Trata-se de uma Obrigação Moral. EX: Pagar Dívida de Jogo > Gorjeta do garçom, todos pagam por ser um costume, e após o pagamento não há como pedir reembolso deste valor. Efeito: “Soluti Retentio” - não tem direito à devolução, credor pode retê-lo. Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. §1º Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé. §2º O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos. §3º Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares. → Obrigação natural não se confunde com Doação>>> Efeitos do inadimplemento ● Obrigação de meio: não pode garantir a certeza do resultado, mas sim que você fará o possível para chegar ao resultado esperado. Falar aquilo que realmente pode acontecer. ● Obrigação de resultado: eu tenho um compromisso com o resultado, como o devedor tem a obrigação de pagar a dívida até que se extingue. Art. 951. O disposto nos Arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. ● Obrigação de garantia: É a que visa eliminar um risco que pesa sobre o credor , ou as suas consequências. Ex: Obrigação do Segurador e do Fiador Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Parágrafo único - É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. → as coisas são muito subjetivas nesses tipos de processos 28/03/2023 Obrigaçã� d� mei�, d� resultad� � d� garanti� Qual a diferença em relação ao inadimplemento na relação de meio e de resultado? ● Meio (reparador): não precisa ter o resultado necessariamente, avalia se o profissional agir com negligência ou imperícia ● Resultado (estética): aqui tenho que ter um resultado. Ex: se vou construir uma casa para o cliente aos moldes do arquiteto mas não entreguei o resultado, pode haver uma indenização. Obrigações de garantia: que visa eliminar um risco (que risco? qualquer risco que puder acontecer com o cliente) ● Ex: Seguro de um carro, para eliminar o risco. Fiador, obrigação de garantia para eliminar risco. O devedor não se libera da prestação mesmo por força maior, uma vez que o conteúdo da obrigação é a eliminação do risco. O juiz pode entender que isso pode ser algo abusivo, caso o devedor se recuse a pagar. Tribunal de Justiça de SP: ● Responsabilidade (objetiva) do estabelecimento bancário por roubo de valores guardados em cofres-fortes → tribunal entende que o trabalho do banco é proteção. Trabalham com dinheiro e devem suportar o risco da atividade. → Se o estabelecimento armazena/guarda algum objeto seu, ele é responsável por possíveis danos. Ex: se alguém guarda seus bens no armário de uma academia, tranca com cadeado e alguém arromba e furta os pertences, quem deve se responsabilizar será a academia. → MESMO SEM CADEADO O ESTABELECIMENTO E RESPONSABILIZADO. ⇒ Quando você oferece um serviço, tem que ser responsável pelo que acontece no local. Momento em que devem ser cumpridas as obrigações ● Instantânea: no mesmo momento ● Diferida: entregue o objeto em momento futuro, não é na hora ● Periódica: quando há prestações periódicas ○ Ex: conta de água, luz, etc ● Puras e simples: aquelas que não estão sujeitas a nenhuma condição, termo ou encargo. Podem ter efeitos imediatos porque é obrigação pura e simples, sem condições para realizar. Pode ser inter-vivos ou causa mortis. ● Condicionais: quando se tem uma condição para que a obrigação seja cumprida, o Efeito está atrelado a um futuro incerto (não pode ser presente nem passado). ○ Ex: vou doar um apto parameu sobrinho se ele passar no vestibular. Não tenho certeza do cumprimento dessa obrigação. ○ Evento incerto: pode acontecer ou não ○ Condições: ■ Condições lícitas→ estão de acordo com a lei e aos bons costumes ■ Condições ilícitas → ilícita → contrário a lei, fere os bons costumes (ex: mudar de religião) ● Possibilidade ○ Fisicamente impossíveis (não podem ser cumpridas por nenhum ser humano) ○ Juridicamente impossível (contra a lei ou aos bons costumes) ● Obrigação a termo (ou a prazo) → tem dia para começar e dia para terminar (vide anotações Mari do Estevan 1º ano) → incerto e certo → final ou resolutivo - estipulada uma data final → inicial ou suspensivo - estipulada uma data inicial ● Obrigação modal ou com encargo - obrigação onerosa, onerosa por uma cláusula acessória, um pacto acessório às deliberações. Ônus ao beneficiário. → comum em doações feitas aos municípios, a pessoa doa o terreno para que seja feito um hospital, doa com essa condição, sendo fiscalizado pelos herdeiros, podendo eles pedir indenização se caso não seja cumprida a obrigação. *************************************************************************************************** 2º Bimestre 02-05-2023 Teoria geral das obrigações - líquidas e ilíquidas → Obrigação líquida: obrigação certa, precisa, eu sei o valor exato na data de hoje (nada impede que seja um objeto → o que importa é dar um valor para a obrigação). → Obrigação ilíquida: não sei o valor exato, não pode ser expressa em cifra Para eu executar um valor, preciso do trânsito em julgado. A partir deste momento, vou para a etapa do recebimento (muitas vezes a gente se frustra e não recebe, no caso de falência por exemplo, não recebemos). → Se for uma pessoa jurídica melhor ainda, porque é mais “garantido” que iremos receber. → Quando apresento o cálculo, apresento a liquidez da sentença, onde sei o valor exato em dinheiro a ser pago. A outra parte pode contestar e repugnar o cálculo, neste caso, o perito fará o cálculo, para sanar as possíveis dúvidas→ dar liquidez a uma obrigação. ● Importância da distinção: caso a dívida não seja paga no vencimento, ela se transforma em dívida de responsabilidade patrimonial. Já no caso do devedor não quitar a dívida, seus bens serão tomados pelo juiz. Portanto, a importância é justamente calcular o valor exato caso haja a necessidade de penhora de bens. → Em qualquer momento é possível ter um acordo para o cálculo do valor (não sendo contrário a lei, o juiz homologa). Espécies de liquidação ● Liquidação convencional: decorre da transação, chegam a um acordo quanto ao valor pecuniário da obrigação que será executada. ● Legal: a lei traz parâmetros para a liquidação da obrigação (948 do CC). ● Judicial: feita pelo juiz sempre que as partes não chegam a um acordo e sempre que a lei não traz soluções. O juiz pode pedir auxílio aos peritos técnicos da área do conflito a ser julgado. ● Por arbitramento: feita por perito nomeado pelo próprio juiz; irá calcular o valor exato para determinar liquidez. ● Liquidação pelo procedimento comum: quando há a necessidade de se provar fato novo. Ex:. Cálculo de pensão vitalícia indenizatória no caso de acidente automobilístico. → a lei determina parâmetros, mas não afirma percentuais, quem faz isso é o juiz Cessão de crédito (art. 286, CC) → Cessão é o ato que determina a transmissibilidade das obrigações. Um terceiro está adquirindo uma obrigação porque está sendo passado a ele. →Transmissão das obrigações, sendo por transferência negocial, a título gratuito ou oneroso → Considerado negócio jurídico bilateral, essa transferência é fazer uma cessão obrigacional, não precisando da anuência do devedor, mas no que concerne ao credor, é imprescindível que precisa da anuência do credor. → sempre será consensual (ninguém é obrigado a fazer). → Requisitos: objeto, capacidade e legitimação. ● Todos os créditos podem ser objeto de cessão, salvo se a lei disser que não pode. (Ex:. Pensão alimentícia) → O que é ideal fazer na cessão de débito: transferir para o nome da pessoa que irá assumir a dívida. → Convenção entre as partes: ● Legitimidade da cessão - deve ser capaz e titular do crédito ● Ilegitimidade - pais administrando bens dos filhos (sem autorização judicial) e no caso de hipoteca (o cônjuge precisa consentir). 05-05-2023 Transmissão das Obrigações - Cessão de créditos → Notificação do devedor é expressamente exigida, para justamente preservar ele do cumprimento da obrigação. Ou seja, ele não precisa concordar com a venda do crédito, mas ele precisa ser notificado para que ele possa pagar. DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA → Assunção da dívida é a transferência de um débito, então é um negócio jurídico no qual o devedor transfere a sua obrigação de pagar, logicamente com a anuência do credor. Um ótimo exemplo disso é a cessão de financiamento para aquisição da casa própria. ● Art. 299 do CC ● assunção cumulativa: quando eu vendo um coisa para 2 pessoas, exemplo um casal ● Um único caso que aceita o acordo tácito, está dissertado no art. 303 do CC, adquirente de imovel hipotecado, caso o banco não fale nada em 30 dias pode-se entender que ele consentiu com o acordo. ● Validade: capacidade dos contratantes, manifestação de vontade, objeto lícito e que assuma a mesma posição do devedor originário. ● Efeitos: mudança de devedor ● Anulação: anulação por coação ou por invalidade, renascendo a obrigação para o devedor originário. → Cessão de contrato: transferindo o crédito e o débito, as duas coisas ao mesmo tempo, posição passiva e ativa, isso deriva-se de contratos bilaterais de execuções não concluídas, então as partes transferem direitos e deveres. ● Ex: venda de um bar com clientela, produtos, estabelecimento e etc. ○ Contrato de locação ● Tem que ter autorização do credor ● obrigações recíprocas. ● Possuem 3 personagens: cedente, cessionário e o cedido. ● Não contendo artigos específicos, são utilizados os mesmo artigos das cessão de crédito. “a cessão de contrato, ou melhor, a cessão de posições contratuais, consiste na transferência da inteira posição ativa e passiva do conjunto de direitos e obrigações de que é titular uma pessoa, derivados de um contrato bilateral já ultimado, mas de execução ainda não concluída” O contrato, como bem jurídico, possui valor material e integra o patrimônio dos contratantes, podendo por isso ser objeto de negócio. Adimplemento e extinção das obrigações → O principal efeito é gerar para o credor o direito de exigir do devedor o cumprimento da prestação e para o devedor o dever de prestar. → Então para que se extingue é preciso que o legislador o faça. ● Se libera da dívida aquela que a quitar ● Se libera da dívida aquele que mesmo pagamento atrasado faça em tempo proveitoso para o credor, podendo ser considerado igualmente como cumprimento, neste caso só caberá a pretensão de indenização por danos causados pela mora, se houver. ● Porém , algumas não podem esperar para sua quitação. ● Pagamento: satisfazer a obrigação. Possuindo o princípio da boa fé e da pontualidade, no qual o devedor obriga-se as suas obrigações e suas consequências. ○ Principal modo de extinção. ○ Direto e indireto ○ Ex:. caso faça o pagamento para terceiro sem ser representante do credor, terá que pagar novamente, "quem paga mal, paga 2 vezes" ○ Credor putativo: é aquele que parece o credor, mas não é (pagar dívida a herdeiro do credor, no qual o testamento acaba sendo nulo, dizendo a lei que se o devedor estava de boa fé, pode ser considerado válido o pagamento). ○ Comprovação de pagamento: recibo. No caso de não haver o recibo, pode ser retido o pagamento. ○ Ônus da prova: quem deve provar é o devedor, na obrigação positiva. No caso de obrigação negativa é o credor o dever de provas. ○ Pagamento de pessoa interessada: terceiro interessado juridicamente para sua extinção, sendo por solidariedade ou etc. ○ Quando a obrigação é personalíssima cabe somente ao devedor cumprir com a obrigação, não podendo ele delegar para outrem. ○ Há também aquestão de o credor não ser obrigado a receber de outrem o pagamento que deveria ser de um devedor específico. ○ Pagamento efetuado por terceiro não interessado: sendo válido quando o interessado seja jurídico ou que esteja representando o devedor. 09-05-2023 → Ação de consignação de pagamento permite que a realização do direito material se procedente a ação seja extinta. → Pagamento efetuado mediante transmissão de propriedade ● Entrega do bem do móvel ou imovel para efetuar a quitação do bem. → Pagamento efetuado diretamente ao credor ● Fazer a quitação da obrigação direto ao credor ou seu representante, mas podem estar encaixados os herdeiros, o cessionário e o sub-rogado nos direitos creditórios. → Pagamento efetuado ao representante do credor ● O representante é equiparado ao próprio credor, sendo também válido. ● existem 3 espécies: ○ Legal: decorre de lei ○ Judicial: nomeado pelo juiz ○ Convencional: outorga do credor (mandato) → Pagamento efetuado ao credor putativo: ● Se apresenta aos olhos de todo mundo como verdadeiro credor. ● Exemplo: herdeiro aparente → Pagamento ao credor incapaz ele é automaticamente nulo → Pagamento efetuado ao credor cujo crédito foi penhorado ● Quando a penhora recai sobre um crédito, o devedor é notificado a não pagar ao credor, mas a depositar em juízo o valor devido. ● Ex:. Caso pessoa x morra e fique devendo pessoa y, a pessoa y pode entrar com a ação de inventário para que a família faça o inventário e acabe quitando a dívida desse credor, ou seja, a pessoa y acaba tendo uma garantia de pagamento. → Objeto do pagamento: ● prestação de serviço ● pagamento em dinheiro no princípio do nominalismo (valor nominal que lhe atribui o Estado) ● OBS: o devedor não estará obrigado a dar qualquer coisa distinta da que constitui o conteúdo da prestação. → A cláusula de escalada móvel ● O valor da prestação deve variar segundo os índices de custo de vida. 10-05-2023 Atividade Com base no acórdão anexo, responda às seguintes questões: a) Qual é o litígio? R:. Divórcio litigioso no qual consta cessão de débitos com terceiros, transferência da obrigação sem a anuência do credor. b) O juiz de primeiro grau homologou a cessão de débito? R:. Sim, deixando o apartamento para a requerida com custas e tudo. c) Qual é a obrigação das partes? R:. Segundo a homologação da sentença de primeira instância, a obrigação da requerida é de assunção da dívida e do réu é de transmissão da obrigação. → Obrigação de fazer d) Qual foi o resultado em primeira instância e no recurso? R:. Na primeira instância foi homologado a transferência das dívidas e do imóvel para a requerida, já no recurso o réu pede execução do acordo, mas este foi negado provimento, pois não anuência do Credor. 12-05-2023 Ð� Adimplement� � �tinçã� da� Obrigaçõe� Objeto do pagamento - é a prestação, o credor não é obrigado a receber aquilo que não está acordado. Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. → quando é mudada a forma de pagamento acontece o princípio do nominalismo, se o objeto da prestação for em dinheiro. → Valor nominal é o valor que o Estado atribui ao nosso dinheiro → deve ser entregue a mesma quantidade de valor que foi acordado, analisando a questão da inflação fazendo as correções de taxas e juros (cláusula de escala móvel). Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes. Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Prov� d� pagament� → cumprimento da obrigação, precisando apresentar a comprovação desse pagamento. →Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. A quitaçã� → é a declaração unilateral escrita → Requisitos da quitação: nome das partes, valor, o que está sendo pago, a data. → O recibo sempre poderá ser dado por instrumento particular, mesmo que esteja falando de um contrato que tenha sido feito por escritura pública. Presunçõe� d� pagament�: → Presume-se que foi feito o pagamento Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento. → Art 324 CC, entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Ex: de título: nota promissória (título executivo extrajudicial) → presunção relativa, porque o credor pode provar no prazo legal que o título estava indevidamente com aquela pessoa (prazo de 60 dias). → Declaração de que o título foi extraviado caso ele o perca, inutilizando o título desaparecido. → Art. 322 CC → Se paguei a última parcela, presume-se que paguei a penúltima também. Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. D� lugar d� pagament� → Art. 327, CC Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. → Importa saber o local de cumprimento da obrigação → em via de regra é no domicílio do devedor (dívidas quesíveis). Se quiser fazer no domicílio do credor (dívida portável), é possível que seja acordado. Se nada estiver estipulado, admite-se o art. 327. → Art. 329: ocorrendo motivo grave (que deverá ser provado) para que não se efetue o pagamento no lugar determinado, poderá fazer o devedor em outro lugar, sem prejuízo ao credor. A solução é a critério do juíz. Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. → Exceção: decorrente da natureza da obrigação: Ex. viagem de cruzeiro, espetáculo de teatro ou de futebol. → Se o contrato estabelecer mais de um lugar de pagamento, cabe ao CREDOR escolher. O devedor deve tomar ciência pelo credor. Exercício - questões Com base no acórdão anexo, responda às seguintes questões: a) Qual é o litígio? R:. Falta de recibo do pagamento da dívida. B) Qual é a obrigação das partes? R:. O réu tinha a obrigação de devedor, ou seja, de assunção da dívida e o autor a obrigação de credor. "Art. 319 - O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento enquanto não lhe seja dada". C) Qual foi o resultado em primeira instância e no recurso? R:. Em primeira instância foi mantida a sentença de execução da dívida e o recurso foi negado provimento, por conta de o advogado ter copiado e colado a argumentação da primeira instância. → Além disso, o réu não mostrou a quitação do cheque, nem qualquer outro comprovante de pagamento, por isso perdeu a causa e o recurso, fazendo com que fosse sentenciado o pagamento da dívida e mais 20%. 17/05/2023 Pagamentos especiais: ● Pagamentos indiretos: pagamento em consignação, com sub-rogação, a imputação do pagamento e a dação do pagamento. ○ Consignação: quando quero pagar, preciso da concordância do credor. Muitas vezes o credor pode discordar do pagamento, e o pagamento não é realizado por falta de concordância e cooperação. O devedor precisa fazer o pagamento por consignação → consiste no depósito, feito pelo devedor da coisa devida, com o objetivo de liberar-se da obrigação. ■ Ex:. locatário que aumenta o aluguel acima da porcentagem devida e não aceita o valor justo, tendo que fazer o pagamento judicialmente. ■ Não posso consignar um pagamento sem motivo justificável. Só posso consignar se houver recusa do credor em receber, ou, caso ele receba, recuse-se a fornecer recibo de quitação. ■ Objeto: Depósito de coisa (bens móveis ou imóveis), não precisa ser só dinheiro. ■ Fatos que autorizam a consignação: Art. 335, CC → cabe a consignação se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber opagamento, ou dar quitação na devida forma. Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. ○ Sub-rogação: ocorre em situações onde uma coisa substitui a outra coisa ou uma pessoa a outra pessoa. ■ Quando a obrigação é indivisível e há pluralidade de devedores, “cada um será obrigado pela dívida toda”, preceitua o art. 259 do Código Civil. Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. ■ Ex:. vc pagar e subjugar se no direito de receber, ou seja, um fiador que paga a dívida do devedor, esse pagará e depois pedirá reembolso do devedor. ■ Na questão da hipoteca pode ser vendida, mas se financiada o novo comprador deve ser aprovado pelo banco e transferir a dívida para o seu nome, caso pague a vista este quitará ao banco o saldo e a diferença acordada ao antigo dono. ■ Ex: Artigo 831, CC → o fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado (FIGA NO LUGAR) nos direitos do credor Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota. Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros. Espécies de sub-rogação ● Real: substituo coisa por coisa ● Sub-rogação pessoal: substituo pessoa por pessoa ● Legal: sub-rogação automática → É vantajoso para o credor, porque um terceiro vai lá e paga, então ele está liberado. → é vantajosa para o devedor porque uma vez que pago a dívida do locatário, tiro seu nome de possíveis problemas. Natureza jurídica: → Tem afinidade com a cessão de crédito → Diferenças: Cessão de crédito: ● Convenção entre as partes ● Credor é substituído antes do pagamento ● Pode visar lucro ● Autonomia privada ● Não existe extinção da dívida nesta negociação Pagamento com sub-rogação: ● Trata-se de pagamento com extinção da dívida para o credor primitivo ● Na sub-rogação legal não visa lucro ● Somente após o pagamento o credor é substituído A sub-rogação legal ou convencional tem dois efeitos: ● O Liberatório, por exonerar o devedor ante o credor originário ● O translativo, por transmitir ao terceiro, que satisfez o credor originário, os direitos de cŕedito que este desfrutava, com todos os seus acessórios Da imputação do pagamento → O normal é entre duas pessoas haver apenas uma obrigação, mas pode acontecer de alguém ter mais de uma dívida com o mesmo credor. Imputar o pagamento: existe quando o devedor não pode quitar todas as dívidas e ele imputa o pagamento a uma delas. Ex: O banco não pode escolher qual das dívidas o devedor irá pagar. ● A pessoa obrigada por muitas prestações da mesma espécie tem a faculdade de declarar, ao tempo de cumpri-la, qual delas quer solver → somente aplicada a dívidas líquidas e vencidas, não aquelas que estão para vencer. Artigo 353 CC → Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. Requisitos: ● Pluralidade de débitos (mais de uma dívida) ● Identidade de partes (preciso ter diversas relações obrigação com as mesmas partes) ● Igual natureza das dívidas (os débitos devem ser da mesma natureza, objetos de idêntica espécie e qualidade) ● Possibilidade de o pagamento regatar mais de um débito. 24/05/2023 DA DAÇÃO EM PAGAMENTO Dação: forma de pagamento. Acordo de vontade entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonerá-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida. Situação em que é mudada a forma de pagamento, por exemplo. Muda o contrato, mas por acordo entre as partes. Modalidades: - Pode haver dação em pagamento mediante acordo, com substituição de dinheiro por bem móvel ou imóvel - De coisa por outra - De dinheiro por título de crédito - De coisa por obrigação de fazer 26-05-2023 Da novação → uma dívida nova, uma dívida só → substituição de uma dívida por outra extinguindo a primeira → produz o mesmo efeito do pagamento → precisa ter anuência de ambos, nunca pode ser colocado por força de lei → pressupostos: ● Existência da obrigação anterior ● Constituição de nova obrigação ● Animus novandi → espécies ● Subjetivo ocorre a substituição dos sujeitos ○ Há possibilidade de substituição do credor ● Objetiva é quando o objeto da prestação é alterado ● Na mista é quando simultaneamente há mudança do objeto e substituição das partes Da compensação → Meio de extinção das obrigações de pessoas que são credor e devedor ao mesmo tempo. ● Isso acontece muito quando ocorre processo de divórcio, o que um paga o outro compensa. ● EX: Te emprestei 10 mil, e eu bati seu carro e o prejuízo foi avaliado em 10 mil, portanto uma acaba sendo credora e devedora da outra. Se o prejuízo do veículo batido tivesse sido em 5 mil, a compensação seria parcial, pois ainda restaria 5 mil para extinguir a obrigação. Art 368 do CC → presume o pagamento por produzir o mesmo efeito deste. → modo indireto de extinção da obrigação → visa evitar a circulação inútil de moeda, evitando duplo pagamento → Espécies: ● Total e parcial, no qual a primeira se dá sobre valores iguais as duas obrigações e a segunda quando valores forem parciais. ● Legal: Ocorre quando decorre da lei. Art 369 Líquidas( = valor certo), vencidas e homogêneas → Requisitos da compensação ● Reciprocidade de crédito - compensação extingue a obrigação pelo encontro dos direitos opostos ● Liquidez das dívidas → valor precisa ser certo e determinado, expresso em cifra. ● Exigibilidade das prestações→Dívidas devem estar vencidas. ● Fungibilidade dos débitos→ Compensação Judicial → Quando um juiz toma uma decisão, ele mesmo faz o cálculo e faz a divisão e caracteriza a extinção das obrigações por economia processual ou praticidades, desde que fundamentada. → Na sentença o próprio juiz pode fazer a compensação. → Pensão alimentícia não pode ser objeto de compensação. → Reconvenção - A parte requerida, além de manifestar sua contestação quando acionado judicialmente, entra com uma reconvenção (que é como uma mover também uma ação, no mesmo processo, e também há sucumbência) Compensação convencional. → compensação convencional é quando as Partes podem dispor de seus bens em ampla liberdade, sendo chamada de autonomia privada. → Vedações: ● Pensão alimentícia ● Caráter tributário, como exemplo de não pagar imposto de renda por buracos na rua. ● Tudo que é de interesse público é maior que de particular Confusão → A obrigação pressupõe o credor e o devedor, mas acontece que eles acabam se confundindo na mesma pessoa. → Pessoas diferentes, ocorre quando credor e devedor se concentram na mesma pessoa. Ex: Mãe e filha, a filha paga aluguel para sua mãe, que vem a falecer, e a filha passa a ser herdeira do bem, então ela passa a ser credora e devedora, então extingue-se a obrigação com a confusão. → Não exige manifestação de vontade, extinguindo o vínculo pela simples verificação. → pressupostos: ● Reunião na mesma pessoa das qualidade de credor e devedor Cessação da confusão → precisa da declaração de ausência, mas a pessoa que morreu aparece → Total → Parcial: o credor não recebe a totalidade da dívida, por não ser o único herdeiro do devedor. Remissão de dívida art 385 do CC → Perdão da dívida, então a remissão é a liberalidade efetuada pelo credorpara exonerar o devedor do cumprimento da dívida → Se assemelha a uma doação caso aceita pelo devedor → É imprescindível que o devedor aceita expressa ou tacitamente → O pressuposto do: Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. → espécies: ● Total ● Parcial ● Expressa ● Tácita ● Gratuita ● Onerosa → presunções legais: ● Entrega voluntária do título da obrigação ● Entrega do objeto empenhado (direito real, vc deixa empenhado na caixa por exemplo jóias para pegar um empréstimo) Remissão de Dívidas Caso de Solidariedade passiva → em caso de solidariedade passiva é concedida A um dos co-devedores extingue a dívida na parte A ele correspondente, de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida 31/05/2023 Correção exercícios dia 30/05 EXERCÍCIOS SOBRE DIREITO OBRIGAÇÕES 1) Adriano devia R $5.000,00 (cinco mil reais) a Leandro, porém, Leandro faleceu e Adriano não conhecia qualquer familiar de Leandro para fazer o pagamento. Após um mês da morte de Leandro, apareceu Silvio se apresentando como herdeiro de Leandro apresentando uma certidão de nascimento falsa. Adriano caiu no golpe e pagou o dinheiro que devia a Leandro para o suposto filho. Após 6 meses, Adriano foi procurado por Cristiano e Felipe que se apresentam como herdeiros verdadeiros de Leandro solicitando o crédito a ser depositado em conta judicial vinculada ao processo de inventário. Adriano procurou seu escritório para uma solução jurídica, qual será sua orientação ? Explique com fundamentação jurídica. R:. Deve ser pago ao credor, ou a seu representante, sob pena do pagamento ser feito outra vez, “pois quem paga mal paga duas vezes” (art.308-CC). “ O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.” → Realizar pagamento em consignação. O mais seguro seria fazer este pagamento caso ele não tivesse pagado ainda. Considerando que ele achou que a certidão era verdadeira, caiu no golpe e pagou, devemos, como advogados, alegar que ele pagou de boa fé. ● O correto também é pegar uma cópia da certidão para que se considere credor putativo conforme o art. 309 do CC. 2) Solange resolveu passar dois anos na França e por isso resolveu transferir a locação de seu imóvel para sua amiga Gislaine. Solange conversou com a proprietária do imóvel que não se opôs à transferência. Assim, foram as 3 (Solange, Gislaine e a proprietária do imóvel) em seu escritório para realizar o contrato. Explique qual seria a orientação jurídica neste caso, como você explicaria para as clientes qual seria a forma, e qual figura jurídica seria descrita neste contrato. Explique R:. Neste caso, mesmo tendo a anuência do proprietário do imóvel é necessário averiguar se a Gislaine cumpre os requisitos para a locação. A cessão de contrato consiste no qual um dos outorgantes do contrato bilateral (gerando obrigações recíprocas) transmite a terceiro não somente o direito de usar e fruir, mas também a obrigação referente ao aluguel, fato este como citado no enunciado há concordância do credor. Prova Sub Rogação ● real ● diferença entre sub rogação real com dação em pagamento A sub-rogação real → “supõe a ocorrência de um fato por virtude do qual um valor sai de um patrimônio e entra outro, que nele fica ocupando posição igual à do primeiro. O valor que se adquire é tratado como se fora o que se perde: passa a estar sujeito à mesma condição ou regime jurídico” Assim, por exemplo, no regime da comunhão parcial de bens entram na comunhão os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso (CC, art. 1.660, I). Todavia, se a aquisição foi feita à custa de bens particulares de um dos cônjuges, os bens adquiridos tornam-se também próprios desse cônjuge, porque ficam sub-rogados no lugar dos alienados (CC, art. 1.659, II). Dação em pagamento Em regra, o credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa (CC, art. 313). Já no direito romano se dizia: aliud proalio, invito creditore, solvi non potest (uma coisa por outra, contra a vontade do credor, não pode ser solvida). No entanto, se aceitar a oferta de uma coisa por outra, caracterizada estará a dação em pagamento. Tal não ocorrerá se as prestações forem da mesma espécie. Diferenças → sub rogação são formas de pagamento (pessoal) ● real não é necessariamente um pagamento, que acontece em outras situações, por exemplo o art. 1659 do CC ○ fala das pessoas que vão se separar e terão que dividir os bens particulares ■ Então se você vai separar precisa ser provado que o bem é de sub rogação real, então o juiz irá excluir esse bem na hora da separação. ● “Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros.”→ trocar um bem de valor maior por um de valor menor em sub rogação para custear tratamento de saúde. → Na dação vc está fazendo uma troca de prestação para conseguir pagar, na sub rogação está substituindo um objeto por outro em situações diferentes, é mais complexo na segunda parte. 3° Bimestre 08/08/2023 Inadimplemento 913398020 Obrigatoriedade dos contratos → Os contratos devem ser cumpridos a partir do momento que foimanifestada a vontade das partes, então a partir do momento que as partes acordarem o contrato é considerado lei entre elas, não podendo incidir em terceiros. Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. → Caso confirme abuso de onerosidade, cabe recurso ao judiciário. → Inexecução da obrigação por culpa do devedor, o credor pode acionar o mecanismo sancionatório do direito privado. ● Porém, caso seja comprovado que o inadimplemento seja por caso fortuito ou força maior o devedor não responde pelos danos causados, se expressamente não estiver na cláusula contratual. → Inadimplemento absoluto - não foi cumprido a obrigação e nem poderá ser cumprido de forma útil, terminando em perdas e danos ou no ressarcimento do valor cobrado. ● art. 389 do CC - pressupõe o não cumprimento voluntário da obrigação, sendo culposo. Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. → Inadimplemento contratual tem o dever de indenizar perdas e danos. ● Perdas e danos: indenizar o prejuízo causado ao credor. Se ocorrer apenas a mora, mas o cumprimento ainda será proveitoso, responde pelos prejuízos causados. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. ○ Envolvem o dano material, moral, dano emergente e o lucros cessante (compreende tudo que deixei de lucrar) → Tem como responsabilidade a patrimonial, exceto a pensão alimentícia. → Inadimplemento fortuito (dano causado pela mão do homem) - são excludentes da responsabilidade civil, pois rompem o nexo de causalidade contratual. Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafoúnico. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. →Mora: retardamento ou o imperfeito cumprimento da obrigação. ● Inadimplemento relativo Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. → Dos juros legais: se estou em mora tenho que pagar juros, ou seja, são os rendimentos do capital, juros civis da coisa. Então pagamos por estarmos usando o capital alheio. ● Compensatórios: são aqueles devidos como compensação de capital alheio. Ex: empréstimo de banco. ● Moratório: retardamento da restituição ou de descumprimento de obrigação. Ex: atrasar parcela de dívida. ● Convencionais: ajustado entre as partes ● Legais: previsto ou imposto por lei (súmula 164 do STF). → Cláusula penal: obrigação acessória, sendo ela uma ferramenta que tenta impedir o inadimplemento, estipulando uma pena ou uma multa no retardamento do cumprimento. ● Pena convencional ou multa contratual, sendo um pacto secundário e acessório, pois depende da obrigação principal. O limite dessa multa é do valor do próprio contrato. ● Função: atua como meio de coerção (intimidação) e como prefixação das perdas e danos (ressarcimento) 11/08/2023 Página 24 Teoria geral dos contratos → É a forma mais comum e mais importante de obrigação no mundo dos negócios. Espécie de negócio jurídico que depende de 2 pessoas (bilateral) ou mais (plurilaterais). Mas é sempre bilateral por essência, por ter polo ativo e passivo. → Tem como finalidade adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos. Função social do contrato → É um dos princípios basilares dos direitos das obrigações. → A concepção social é muito mais importante do que a concepção individual, então o princípio da socialidade reflete a prevalência dos valores coletivos em detrimento dos individuais, sem ferir os direitos humanos. → A função social se apresenta através de “cláusulas gerais”, independente do pedido do interessado, são cláusulas em que em qualquer ação judicial o juiz pode agir ex officio (Ex: reavaliação de cláusula abusiva, na qual o juiz identifica outra até no contrato, podendo ele mesmo regularizar mesmo que não fosse pedido). → Princípio da autonomia privada: liberdade dos contratantes → Princípio da supremacia da ordem pública (o coletivo prevalece em detrimento individual) → Princípio do consensualismo: todos os contratos devem ser consensuais, as partes precisam estar de acordo com todas as normas. → Princípio da relatividade dos efeitos do contrato: pautado na ideia dos efeitos do contrato estarem atrelados às partes, não afetando terceiros e nem patrimônio destes, com exceções podendo ser um exemplo delas o contrato de seguro, o qual afirma que caso o veículo esteja sendo dirigido por um terceiro que não conste no contato inicial, ele será responsável pelos danos → Princípio da boa e da probidade: as partes se comportam de forma correta durante toda a tratação do contrato. Art 422 do CC Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. → Princípio da função social: equilíbrio entre as partes, coíbe cláusulas abusivas, prevê a revisão por onerosidade excessiva. Segundo Caio Mário, a função social do contrato serve precipuamente para limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia esteja em confronto com o interesse social e este deva prevalecer, ainda que essa limitação possa atingir a própria liberdade de não contratar, como ocorre nas hipóteses de contrato obrigatório. Tal princípio desafia a concepção clássica de que os contratantes tudo podem fazer, porque estão no exercício da autonomia da vontade. Essa constatação tem como consequência, por exemplo, possibilitar que terceiros, que não são propriamente partes do contrato, possam nele influir, em razão de serem direta ou indiretamente por ele atingidos. Nessa mesma linha, anota J M-C 9 que a função social é, evidentemente, e na literal dicção do art. 421, uma condicionante posta ao princípio da liberdade contratual. Nesse sentido, a cláusula poderá desempenhar, no campo contratual que escapa à regulação específica do Código de Defesa do Consumidor, funções análogas às que são desempenhadas pelo art. 51 daquela lei especial, para impedir que a liberdade contratual se manifeste sem peias. Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) Formação dos contratos → O contrato se forma primeiro da manifestação de vontade, sendo o mais importante dos requisitos. Posterior inicia-se as negociações preliminares, sendo proposta e aceitação. → Força vinculantes da oferta: a proposta vincula o proponente, então o preço proposto, mesmo que errado, é esse que terá que ser vendido. → Aceitação ou oblação: concordância com os termos da proposta. → Celebração: entre presentes (momento da aceitação da proposta) ou entre ausentes (aceitação expedida). → Local de celebração: regra - lugar em foi proposto, admitindo-se disposição em contrário. Classificação dos contratos: → Unilaterais: obrigações para unicamente uma das partes ● ex: doação pura → Bilateral: gera obrigações para ambos (sinalagmático = reciprocidade) ● sujeito ativo e passivo, há sempre uma troca. → Plurilaterais: Com mais de duas partes, tendo uma rotatividade de seus membros. Cota, é uma figura negocial. ● Sua diferença está inserida como por exemplo aqueles contratos de consórcio de carros, são contratos onde não há sujeito ativo ou passivo. → Gratuitos e benéficos: são contratos em que somente uma das partes terá benefícios (ex:. doação) → Onerosos: ambos contratantes têm proveito, o qual corresponde um sacrifício. ● Comutativos: são aqueles de prestações certas e determinadas, as partes podem antever os sacrifícios e os proveitos daquele contrato anteriormente (prevê as vantagens e os prejuízos que poderia ter). Não há nenhum fator surpresa. ● Aleatórios: pelo menos um dos contraentes não conseguem prever as vantagens ou prejuízos que podem ocorrer. ○ Ex:. contrato de seguradora. ○ Natureza: há contratempos comutativo, como compra e venda, que em certas razões podem se tornarem aleatórios. ○ Acidentalmente: venda de coisas futuras e venda de coisas existentes, mas expostas a risco. Ex: suco de laranjas, compra de sacas antes da colheita, mas por condições climáticas, interferir na quantidade, o vendedor não vai ter que indenizar, por se tratar de um negócio de risco. Contratos paritários e de adesão → Paritário: contratos em que se discute par a par, são do tipo tradicional. Discute livremente as condições. Há uma fase de negociação preliminar, as partes estão em pé de igualdade. → Adesão: uma apenas elaborou o contrato e não permite a liberdade de discutir suas cláusulas (já vem pronto, ou adere ou não adere, exemplo disso é contrato de seguro, de transporte, de consórcio). Afasta qualquer possibilidade de discussão de cláusulas, é oposto ao paritário. Há uma restrição mais extensa ao tradicional princípio da autonomia da vontade. → Contrato - tipo: tem uma afinidade com o de adesão, sendo ele um contrato massa, em série ou formulário. Contratos de execução instantânea, diferida e de trato sucessivo. →Instantânea ou Imediata, ou ainda de execução única, que se consumam em um só um ato, sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração, como a compra e venda à vista. Cumprida a obrigação, exaure-se. → Diferida ou retardada. Executada em um só ato, mas em um momento futuro. A termo, tem uma data de início e uma data de término. Paramos aqui no dia 08/08 →De trato sucessivo ou execução continuada são os que cumpre, por meio de atos reiterados, por exemplo, venda a prazo, prestação permanente de serviços, fornecimento permanente de mercadorias, dentre outros. Caso típico é a locação. 15/08 Questão 1 Pro soluto e pro solvendo O pagamento“pro soluto” é quando o título equivale a dinheiro. No pagamento “pro solvendo”, primeiramente se recebe o título dado em pagamento e somente após dá-se a quitação. A nota pro soluto significa que o pagamento está “resolvido”: a quantia que está ali é considerada quitada e a compra não pode ser desfeita pelo vendedor, ainda que a promissória não seja paga. Já a nota pro solvendo não significa quitação dos valores. Ela não extingue uma dívida: é uma promessa de pagamento. Questão 2 artigo 335 do CC Questão 5 alternativa B Questão 6 alternativa C Questão 7 alternativa E Aula esse sábado das 8:30 16/08 Classificação → execução instantânea: contratos que se iniciam cumprem seu propósito e automaticamente são extintos, sendo feito por prestação única. → diferida: devem ser cumpridos no ato posterior, exemplo compra online, o pagamento ocorre instantâneo, mas a entrega é posterior. → trato sucessivos: contratos que se perpetuam, prestações periódicas. →contratos pessoais: são celebrados em ateFnção às qualidades pessoais de um dos contratantes, sendo geralmente uma obrigação de fazer. → contrato impessoais: são aqueles cuja prestação pode ser cumprido, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro. → contatos individuais e coletivos: as vontades das partes serão individualmente consideradas, mesmo que ainda envolvam várias pessoas. Já o coletivo são contratos politivos, que são feito por várias pessoa por meio do sindicato por exemplo ● 2 pessoas jurídicas que fazem um acordo de vontade própria de direito privado, representativas de categorias profissionais, sendo denominados convençẽos coletivas. → contratos principais: são os que tem existência propria. Ex: contrato de aluguel → contrato acessório: depende da existência de outros sendo chamados de acessórios. → contratos solenes e não solenes: dependem de uma forma ditada pela lei, então a lei determina como deve ser feita sua realização. Ex: pacto nupcial, escritura pública, testamento público. → contratos não solenes: são os que podem ser feitos livremente, não exige forma específica. → contratos típicos: aqueles que estão no ordenamento jurídico, ou seja, aqueles que estão na lei → contrato atípico: não estão na lei –. contratos consensuais: que se formam unicamente pelo acordo de vontade das partes, sendo considerados não solenes. → contratos reais: tradição da coisa, exige a transferência da propriedade da coisa. Ex: mutuo, penhora, etc. → contratos preliminares: é aquele que tem por objeto a celebração do contrato definitivo. Ex: sinal, arras, contrato de compra e venda de um carro, no qual faz um contrato inicial e acorda entregar o bem a partir da segunda parcela. Interpretação dos contratos → precisa para que saiba o significa e o alcance daquele contrato → às vezes um contrato não traduz exatamente a vontade das partes, a redação pode ser muitas vezes ambígua. → as regras do CC se dirigem às partes para que elas entendam o que elas quiseram dizer e para o juiz para que ele consiga gerir o processo. → interpretação construtiva ou integrativa: preencher lacunas para melhor entendimento do que se quer do contrato. → No CDC temos o contrato de adesão, isso nos traz um exemplo que tem uma cláusula que as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. ● o contrato que regulam as relações de consumo deixam de ser obrigatórios se ao consumidor não for dada a oportunidade de conhecer previamente o conteúdo 18/08 Formação dos contratos Pactos sucessórios → Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva → Proibido os pactos sucessórios → Herança tem que ser deixado em testamento ou em a legítima Manifestação de vontade → Primeiro e mais importante requisito da existência do negócio jurídico → Parte subjetiva: o querer → Parte objetiva: exteriorização - só no momento objetivo quando essa manifestação é exteriorizada que irá surtir efeitos jurídicos → Expressa ou tácita, sendo na primeira só quando exigido em lei ● O silêncio pode ser interpretado como manifestação de vontade, uma manifestação de vontade expressa. (art.111 do C.C.) ● O silêncio é autorizado em casos expressos: o donatário dá prazo para o doador manifestar se aceita ou não a doação, o silêncio entende-se como aceite (art. 539) Negociação preliminares → Proposta (também chamada de oferta, policitação ou oblação) ● traduz uma vontade definitiva, não estando mais sujeito a nenhum estudo, sendo também um elemento da formação contratual. ● tendo como princípio a boa fé das partes. Pode ser responsabilizado por dano causado durante a negociação, mesmo que não tenha um contrato finalizado. ● Força vinculante: após feita a proposta, ela deve ser cumprida, deve conter o negócio, preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento etc. → Aceitação ● É imprescindível para que se concretize o contrato, sendo formalmente iniciado. ● Oblato (quem aceitou) ● Podendo ser expressa ou tácita ○ Exemplo de aceitação tácita: quando o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação ou quando o proponente o tiver dispensado. ● hipóteses de inexistência de força vinculante da aceitação: ○ Chegou tarde ao conhecimento do proponente ○ antes da aceitação ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante → Não vinculante, só a oferta que vincula. Momento da conclusão dos contratos → Contrato entre presentes ● A proposta poderá estipular ou não prazo para a aceitação → Contrato entre ausentes ● Por correspondência → O contrato é concluído a partir do momento que a pessoa enviou Teoria geral dos contratos Estipulação em favor de terceiro → Questões 1) Evandro resolveu comprar a motocicleta de João, deixando como sinal o valor de R$ 2.000,00, ou seja, valor correspondente a 10% do valor total do contrato. Neste caso, as arras eram penitenciais e João resolveu desistir da negociação. Dessa forma, explique como ficará a questão das arras dadas por Evandro. Ele poderá solicitar indenização complementar? Explique R:. Como o próprio pagamento da arras é uma ação vinculante do contrato, Evandro terá de pedir o valor do sinal pago e poderá exigir uma indenização complementar, caso consiga comprovar que houve certo dano a ele causado devido a quebra do contrato. 2) Explique a diferença entre inadimplemento relativo e absoluto com a fundamentação legal. R:. Inadimplemento absoluto é quando a obrigação não foi cumprida e nem poderá sê-lo de forma útil ao credor. Mesmo que seja possível, também será absoluta se tornou inútil ao credor. Inadimplemento relativo é em caso de mora do devedor, ou seja, quando cumpri de forma imperfeita com inobservância do tempo, lugar e forma convencionados. 3) José agiu de má-fé nas negociações preliminares no contrato de compra e venda de uma fazenda no interior de SP, sua conduta dolosa de ganhar tempo ocasionou a perda de outra negociação envolvendo a fazenda trazendo prejuízo ao proprietário. Neste caso, sobre a formação dos contratos, as negociações preliminares vinculam o proponente? Cabe indenização ? Explique com a fundamentação legal R:. Não vinculam pois as negociações preliminares não são categorizados como vinculantes pela legislação, porém, como José agiu de má fé, gerando prejuízos ao proprietário da fazenda, este poderá exigir perdas e danos. Aula Online dia 19/08/2023 - A partir do Slide 100 DA FORMAÇÃO DOS CONTRATOS Estipulação em favor de terceiro Relatividade dos efeitos do contrato - Conforme os princípios fundamentais direito se funda na ideia de que os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio, no entanto no direito sempre tem exceções.... A estipulação em favor de terceiro, é esta exceção, pois atinge o interesse de terceiro, que é o beneficiário da situação. Exemplo: Seguro de vida, contrato é firmado entre estipulante (contratante) e o promitente (seguradora), sendo o beneficiário a 3ª pessoa do negócio jurídico,então esse último é estranho a convenção pois não é necessária sua concordância para realização do contrato, somente no ato do benefício ele pode ou não aceitar o valor que será pago pela seguradora. Ressaltando que para a realização do contrato é necessário que as partes estejam em plena capacidade jurídica, com exceção do beneficiário. Os interesses envolvem as 3 partes, no entanto, a relação obrigacional do contrato está vinculada apenas às 2 primeiras pessoas. Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; Trata-se de ato imprevisível e futuro, então eles acabam se torna contratante então no instante da formação o vínculo obrigacional, ele decorre da manifestação de vontade. O beneficiário possui a faculdade de recusar a estipulação em seu favor. Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor. Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. Estipulação em favor de terceiro - alguns entendem que não é um contrato porque atinge terceiros, a teoria mais aceita considera sim a estipulação em favor de terceiro é o contrato. A teoria da maioria dos doutrinadores entende que é se encontrar em benefício de outro né que não participa dessa avença (contrato) Seguradora - Devedora (Obrigação de Dar). Contratante - Credora (obrigação de garantia, garantir o risco) Beneficiário - ele é o credor A concepção contratualista da estipulação em favor de terceiro não sofre contestação, uma vez que é consagrada no Código Civil. Com efeito, os arts. 436, parágrafo único, 437 e 438 do novo diploma referem-se a ela utilizando o vocábulo contrato. Promessa de fato de terceiro. Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens. Uma pessoa promete algo que um terceiro vai fazer, caso terceiro não cumpra a promessa, aquele que prometeu responde por perdas e danos Exemplo: Banda que ia abrir show do Zé Ramalho, onde o artista não concordou com a abertura, então quem deve responder pelas perdas e danos dessa banda é a produtora do evento. DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS ● Vícios redibitórios→ (cai muito na OAB) - defeito oculto em objeto de contrato comutativo (oneroso, exemplo compra e venda sem risco, as partes conseguem antever os riscos e os benefícios) Exemplo: Carro usado, depois de comprado, a loja ainda tem que garantir a qualidade, ou pode ser enjeitado (devolver / rejeitado). Opções : 1. Devolver e pedir o dinheiro de volta a) rejeitar a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do preço pago, mediante a ação redibitória; ou 2. Ou ficar com o bem e pedir redução no preço (abatimento do preço) b) conservá-la, independentemente do defeito, reclamando, porém, abatimento no preço, pela ação estimatória. Essa regra só se aplica aos bens de contrato bilaterais comutativos. Não vale para contratos aleatórios, muito menos contratos de doação. Esse Defeito tem que diminuir o valor ou inviabilizar o uso. A regra de reclamação se aplica na compra direta de pessoa jurídica ou de pessoa física, nos casos de estabelecimentos comerciais há previsão no código de defesa do consumidor. Código de Defesa do Consumidor → Este diploma considera vícios redibitórios tanto os defeitos ocultos como também os aparentes ou de fácil constatação. Dispõe o art. 441 do Código Civil: “A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor”. o vício redibitório, imperceptível à primeira vista, inviabiliza a manutenção do negócio Em resumo: vícios redibitórios são defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de contrato comutativo, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses defeitos fossem conhecidos, dando ao adquirente ação para redibir o contrato ou para obter abatimento no preço. Ex.: compra e venda de veículo com motor fundido. TJSP - Apelação APL 992080209903 SP (TJ-SP) Data de publicação: 04/11/2010 Ementa: VEÍCULO - DEFEITO - MOTOR FUNDIDO DIAS APÓS A AQUISIÇÃO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - O fornecedor de bens duráveis responde pelo defeito, oculto ou aparente, que este apresentar, nos termos do art. 18 do C.D.C. Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. § 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. A teoria mais aceita e acertada é a do inadimplemento contratual, que aponta o fundamento da responsabilidade pelos vícios redibitórios no princípio de garantia, segundo o qual todo alienante deve assegurar, ao adquirente a título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para os fins a que é destinada. Prazo de prescrição começa a contar a partir do conhecimento do vício. Inadimplemento - está ligado ao fato de ter vendido algo que não pode ser usado, está compatível com que prometi sobre a função do objeto, ou valor. Defeito oculto e que seja grave para que seja válida a garantia sobre o vício redibitório, não se fala em menos importância ou que possam ser removidos são insuficientes para justificar a invocação da garantia. Não permite a imediata percepção, ou coisas que sejam pequenas que não alteram a funcionalidade. Os vícios devem ser provados que já existiam no momento que comprei, caso contrário não será de responsabilidade do vendedor. A ignorância de tais vícios pelo alienante não o exime da responsabilidade, devendo restituir “o valor recebido, mais as despesas do contrato” (CC, art. 443). Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. Ainda que o adquirente não possa restituir a coisa portadora de defeito, por ter ocorrido o seu perecimento (morte do animal adquirido, p. ex.), a “responsabilidade do alienante subsiste”, se o fato decorrer de “vício oculto, já existente ao tempo da tradição” (CC, art. 444). No exemplo citado, o adquirente terá de provar que o vírus da doença que vitimou o animal, por exemplo, já se encontrava incubado, quando de sua entrega. Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. Prazos Decadenciais 1. trinta dias, se relativas a bem móvel.2. Um ano, se relativas a imóvel, contados, nos dois casos, da tradição. Podem os contraentes, no entanto, ampliar convencionalmente o referido prazo. É comum a oferta de veículos, por exemplo, com prazo de garantia de um, dois ou mais anos (art.446-CC) § 1º do art. 445 do Código Civil tratando de vício que “só puder ser conhecido mais tarde”, contagem se inicia no momento em que o adquirente “dele tiver ciência”, com “prazo máximo de cento e oitenta dias em se tratando de bens móveis, e de um ano, para os imóveis” Código de Defesa do Consumidor Quando uma pessoa adquire um veículo, com defeitos, de um particular, a reclamação rege-se pelas normas do Código Civil. DA EVICÇÃO A evicção é outro instituto dos contratos comutativos, é a perda da coisa em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. A razão de um motivo jurídico anterior à sua aquisição do bem, é que fez que o dono atual perca seu bem, tendo ele que reclamar judicialmente de quem comprou. Todo alienante é obrigado não só a entregar ao adquirente a coisa alienada, como também a garantir-lhe o uso e gozo. Adquirente vem a perder, total ou parcialmente, a coisa por sentença fundada em motivo jurídico anterior. Essa perda denomina-se evicção. Os artigos 447 a 457 trata do instituto da evicção Art. 447-CC. “Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública”. Art. 448-CC “Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar , diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção”. Quando a pessoa vende o bem, e este que está sendo objeto de julgamento em ação, então avisa o adquirente e adiciona a cláusula que o exclui da responsabilidade de devolução do direito, caso judicialmente este seja declarado de propriedade de outra pessoa. Exemplo: Quando 'A' adquire de 'B' a propriedade de um imóvel, mas, posteriormente, vem a perder essa propriedade, por força de sentença, proferida em ação que lhe foi movida por 'C', declarando que a compra e venda feita de 'B' para 'A' seria inválida, pois 'C' seria o verdadeiro proprietário original do imóvel – e não 'B', quem, portanto, não o poderia ter vendido para 'A'. A vítima de evicção dispõe de direito regresso contra aquele que lhe transferiu o bem perdido, direito de cobrar a devolução do preço acrescida de indenização por eventuais perdas e danos. Há, na evicção, três personagens: 1. O alienante: responde pelos riscos da evicção; 2. o evicto: é o adquirente vencido na demanda movida por terceiro; (comprador) 3. o evictor: é o terceiro reivindicante e vencedor da ação. Requisitos da Evicção: a) Perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada b) Onerosidade da aquisição - somente em contratos onerosos c) Ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa - Dispõe o art. 457 do Código Civil que “não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa”. Se a conhecia, presume-se ter assumido o risco de a decisão ser desfavorável ao alienante. d) Anterioridade do direito do evictor - É o caso da desapropriação efetuada pelo Poder Público. O alienante só responde pela coisa, quando a ação já estava correndo no tempo da venda do bem. e) Denunciação da lide ao alienante - após a ação do terceiro contra o adquirente é que este poderá agir contra o alienante. art. 456 do Código Civil que “para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo”. A partir do momento que o terceiro foi citado vai notificar pra quem vendeu. Verbas devidas ao Evicto – artigo 450-CC “Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou”: I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; ( ex aluguéis) II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção; III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. Parágrafo único. No tocante às benfeitorias realizadas na coisa, dispõe o art. 453 do Código Civil que as “necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante”. Ex alienante fez melhorias no bem, a pessoa que vendeu tem que ressarcir. O evicto, como qualquer possuidor, tem direito de ser indenizado das necessárias e úteis, pelo reivindicante (CC, art. 1.219) Da evicção parcial Dá-se a evicção parcial quando o evicto perde apenas parte, ou fração, da coisa adquirida em virtude de contrato oneroso. Exemplo: o evicto adquiriu cem alqueires de terra e perdeu sessenta. Dispõe o art. 455 do Código Civil: “Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização”. DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS O Código Civil de 2002 disciplina 23 (vinte e três contratos típicos) e nominados, em vinte capítulos. O art. 425 preceitua que “é lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”. ao menos regular os que existem de longa data e são do conhecimento geral. Compra e venda - após a prática de troca surgiu essa modalidade, é um contrato bilateral, se obriga a transferir o domínio,mediante a contraprestação de certo preço em dinheiro, não transfere a propriedade. Somente a tradição no casos de bens móveis, imóveis com o registro no cartório de imóveis. “Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. Natureza jurídica da compra e venda a ) Sinalagmático ou bilateral perfeito, uma vez que gera obrigações recíprocas: para o comprador a de pagar o preço em dinheiro; para o vendedor, a de transferir o domínio de certa coisa. Se não existisse a reciprocidade de obrigações haveria uma doação ou uma dação em pagamento. b) Em regra, consensual, em certos casos, todavia, tem caráter solene quando, além do consentimento, a lei exige uma forma para a sua celebração, como sucede na compra e venda de imóveis, em que a lei reclama a escritura pública (CC, art. 108) e registro. c) Oneroso, pois ambos os contratantes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício (para um, pagamento do preço e recebimento da coisa; para outro, entrega do bem e recebimento do pagamento). Faz-se, destarte, por interesse e utilidade recíproca de ambas as partes. conteúdo das prestações recíprocas. As prestações são certas e as partes podem antever as vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem. O contrato de compra e venda, pela sua própria natureza, exige, como elementos integrantes, a coisa, o preço e o consentimento (res, pretium et consensus). Por se tratar da espécie de contrato mais utilizada no comércio jurídico e na convivência social, a lei procura facilitar a sua celebração, simplificando-a. O consentimento Será anulável a venda, também, se houver erro sobre o objeto principal da declaração ou sobre as suas qualidades essenciais (CC, art. 139). Não existe venda se o vendedor julga estar alienando uma coisa e o comprador acredita estar adquirindo objeto diferente. No erro sobre o objeto principal, o consentimento recai sobre objeto diverso daquele que o agente tinha em mente. Exemplo: o do indivíduo que se propõe a alugar a sua casa da cidade e o outro contratante entende tratar-se de sua casa de campo. Assim, por exemplo, é anulável a venda de ascendente a descendente, sem que os demais descendentes e o cônjuge expressamente o consintam (CC, art. 496). A partir de 496, eu posso vender a quem eu quiser, mas tem limitações em algumas situações O art. 497 do Código Civil, por sua vez, impõe restrições à aquisição de bens por tutores, curadores, testamenteiros e outras