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Direit� Processua� Civi� Conceitos de: ● Jurisdição: ○ Foco na jurisdição estatal ○ Poder judiciário: porque realiza a jurisdição? Antes não havia intervenção estatal, conflitos resolvidos pelas próprias mãos → Injustiça e descontentamento na sociedade ● Ação: meio de acesso ao Poder Judiciário e a jurisdição ○ A ação é um direito constitucional de natureza processual ○ Direito de quem? PESSOAS (TODAS ELAS! Físicas ou jurídicas) ○ Direito de que? Obter a prestação/tutela jurisdicional. ● Processo: Instrumento de ação jurisdicional. Meio de comunicação com o Poder Judiciário para realizar a jurisdição e atender a solicitação do titular do direito de ação. ○ 1º ato: petição inicial 01/03/2023 Açã�: evoluçã� � teoria� → Direito de todas as pessoas → Conceito: direito público de acionar a jurisdição. ● Público: se dirige contra o Estado-juízo ● Subjetivo: O. BNDES. Nnn. N. N. N. N. N. Nnn nnn nnnnnnnnn. N N N. N. N nn N N nnnnnn N nn. Nbnn. N N N. N. N. N nn. N n nn nnn N N. N. N. Nnn nn. Nn nnnnnnnnnn N. Nnnnnnnnnnn nn. jurídico faculta aquele lesado em seu direito de pedir a manifestação do Estado → aspecto que não precisa NECESSARIAMENTE estar presente. ● Ação: direito a um posicionamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses, pouco importando qual seja a solução a ser dada pelo juíz. ⇒ Direit� d� açã�: direito de acionar o Estado em busca da jurisdição (atuação do Judiciário). ● No passado: teoria civilista que atrelava o direito de ação ao direito material. Nesta hipótese, o direito de ação existia para servir o direito material. ● Passo importante para o direito de ação: autonomia. Nascimento de um Direito Processual para regulamentar o direito e o processo. Não preciso do direito material para ter o direito de ação (um não depende do outro para existir). Conclusão: Teoria da ação como direito autônomo e abstrato, não dependendo do direito material para existir. 15/03/2023 Requisit� processuai� necessári� à concret�açã� d� tutel� d� mérit� → Legitimidade ordinária → quando há alguém em nome próprio, defendendo direitos próprios. → Legitimidade extraordinária→ nome próprio defendendo direitos alheios. Interesse processual: se explica pela necessidade e pela adequação ● Necessidade: voluntária ou legal ○ Voluntária: simples direito de ação + lesão ou dano → em alguns segmentos exigem que você passe pela esfera da administração primeiro. ○ Legal: em algumas coisas só se consegue resolver passando pelo judiciário (não existe o sistema multiportas). ● Adequação: quanto ao pedido e ao procedimento. ○ Pedido: ■ concludente (conclusão da causa do seu pedido) ■ lícito ■ possível ■ não pode ser proibido de se pedir (nosso ordenamento é permissivo, você pode pedir tudo que não for proibido de se pedir). ⇒ Não se pode dar uma sentença de mérito sem abrir para o contraditório, ouvir o réu! → Quando há uma sentença que foi julgada improcedente por mérito (sem lei anterior que julgue o caso), mesmo que mude a legislação, a lei em si, não poderá o autor entrar novamente na justiça pelo mesmo caso, pois já foi julgado por mérito. Opinião da profº: O juiz não tem que desperdiçar a atividade jurisdicional julgando por mérito acerca de temas ilícitos, impossíveis ou proibidos, pois eles podem não ser mais caracterizados dessa forma (ex. divórcio). Element� d� açã� → são pelos elementos que eu identifico a ação → é importante identificar a ação está no fato de que com isso evitarei ações idênticas em andamento. O poder judiciário não pode ser provocado para decidir 2x a mesma questão. Toda ação (a regra) tem que ter 3 elementos: ● Partes: ○ Quando se trata de jurisdição voluntária, onde tenho um interesse de me conduzir ao judiciário porque a própria lei me permite, não há partes em sentido estrito (autor e réu → ação de conhecimento ou execução), mas há em sentido amplo, as partes que estão interessadas. ○ Exequente e executado para a ação de execução ○ Não tem mais ação cautelar, o que posso fazer são pedidos cautelares dentro da ação de conhecimento ou da ação de execução. ● Causa de pedir: fato + fundamentação jurídica. Quando você vai ao judiciário, você tem que contar ao juiz o que aconteceu, o porquê você está ali. A fundamentação é a valoração do seu fato pela norma → tem fatos que não são valorados no ordenamento jurídico. ● Pedido: Pretensão da parte → conclusão da causa de pedir → Morto não pode ser parte porque deixa de ser pessoa. → Pode ter mais de um autor ou mais de um réu ao mesmo tempo numa ação? Sim, isso se chama litisconsórcio. 22 d� març� d� 2023 ● Coisa Julgada Art. 502 do CPC: Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. 1ªAção ⇢ Decisão ● Litispendência: ocorre quando duas ações que possuem as mesmas partes, as mesmas causas e os mesmos pedidos são ajuizadas, fazendo com que existam 2 processos simultâneos. → Esses casos duplicados acontecem por desorganização dos próprios autores da ação. → A diferença entre litispendência e coisa julgada é que, enquanto a primeira ocorre quando um processo idêntico está em curso, quando não houve a sentença ainda, a segunda já teve decisão em trânsito julgado. → Quando ocorre de o mesmo processo ser julgado em várias varas, o último juiz remete os autos ao primeiro juiz. ● Conexão: é a relação de semelhança entre demandas, que é considerada pelo direito positivo como apta para a produção de determinados efeitos processuais. → Em resumo, a diferença clara, a conexão reúne os processos com as mesmas causas de pedir e o mesmo pedido, para ser proferida a decisão, e na litispendência o processo tem as mesmas partes, mesma causa de pedir, mesmo pedidos e dessa forma o processo é extinto. A preferência será pela primeira ação da litispendência, onde ocorreu a primeira prevenção (distribuição da ação). → Mudará em relação a litispendência em relação às partes, não serão as mesmas. → Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. § 2º Aplica-se o disposto no caput : I - a execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. ● Continência: é uma forma de modificação da competência, existe ainda a relação entre os casos, mas é diversa, configurando-se quando existir identidade de partes e de causa de pedir, e o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. → Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. → O pedido continente é o maior e o contido (proferida a sentença sem a resolução do mérito, art. 58) é o menor. Classificação das ações Classificação mais aceita: ● Ação de conhecimento - “Dar ao Juiz o conhecimento dos fatos” “Dar ao réu os conhecimentos dos fatos” → Visa uma decisão, uma sentença, as provas são necessárias para o juiz ter o convencimento da veracidade, por isso classifica-se em ação constitutiva. → o juiz dá 3 decisões: condenatória (pagar, fazer, entregar ou não fazer alguma coisa), declaratória (o juiz declara a relação de existencia ou inexistencia de uma relação jurídica, tendo tb o pedido de declarar ou não declarar a veracidade da causa e por último o abuso do direito) e constitutiva (extinguem relações jurídicas, modificam estado civil, político, etc e até criam) Doutrin� ↠ Açã� d� conheciment� � d� �ecuçã� A ação é o direito do particular de requerer tutela jurisdicional. Sua classificação deve atender à espécie de tutelainvocada, na sua generalidade. Se pretender a solução de uma lide, a ação será de conhecimento; se pretender a efetivação de direito já acertado, será de cumprimento da sentença, se tal for o acertamento; se o acertamento ocorrer entre os próprios particulares conforme admitido em lei, para a efetivação da obrigação instaura-se o processo de execução; se pretender acautelar outros processos, será de cautela. Ação de conhecimento e ação de execução correspondentes, respectivamente, ao processo de conhecimento e processo de execução. Tem-se procurado dar outra ideia de tutela jurisdicional, de forma tal que a ação, continuando como sendo direito a uma sentença de mérito, passa a ser também forma de dar efetivação ao direito material, com resultados eficientes e justos. Em outras palavras, para que o processo atinja sua finalidade, não basta que o interessado logre alcançar uma sentença de mérito, mas também o resultado adequado, na forma e momento também próprios. Vale a pena, embora não seja o sistema do livro, citar a passagem de Cândido Dinamarco: “O direito moderno não se satisfaz com a garantia da ação como tal e por isso é que procura extrair da formal garantia desta algo de substancial e mais profundo. O que importa não é oferecer ingresso em juízo, ou mesmo julgamentos de mérito. Indispensável é que, além de reduzir os resíduos de conflitos não jurisdicionalizáveis, possa o sistema processual oferecer aos litigantes resultados justos e efetivos, capazes de reverter situações injustas e desfavoráveis. Tal é a ideia de efetividade da tutela jurisdicional, coincidente com a da plenitude do acesso à justiça e a do processo civil de resultados” (Tutela Jurisdicional, RF, 334:18). 23-03-2023 ● Ação de execução → precisa-se de um título executivo extrajudicial para entrar com uma ação de execução, então tudo depende do título, sendo eles: contratos assinados pelo devedor e por 2 testemunhas, cheque, nota promissória, duplicata, etc. → os títulos executivos possuem o judicial e o extrajudicial, o primeiro é formado mediante atuação jurisdicional, já o segundo é formado por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material (ou somente de uma delas) ● Portanto, quando tem-se o título executivo, que é a prova, usa-se a ação de execução, quando não se tem esse título, precisará ingressar com a ação de conhecimento. ● Ação mandamental: o provimento judicial ordena que se cumpra alguma coisa. Doutrin� ↠ Açã� declaratóri�, condenatóri� � constitutiv� Toda ação de conhecimento é declaratória, pois, de qualquer forma, ela sempre objetiva a declaração da existência ou inexistência de relações jurídicas entre as partes. Chama-se, porém, simplesmente declaratória a ação que apenas declara a existência ou inexistência de relação jurídica (investigação de paternidade – declaração de filiação) ou autenticidade ou falsidade dedocumento (art. 19, I e II). Se à simples declaração se aderir a imposição de cumprimento de determinada prestação pelo réu, tem-se a ação condenatória (o credor pede o reconhecimento do crédito e a condenação do réu ao pagamento). Se, pela declaração, há a criação, modificação ou extinção de um estado ou relação jurídica, tem-se a ação constitutiva (rescisão de contrato, pedido de anulabilidade do negócio jurídico por fraude contra credores, separação judicial e o divórcio contencioso). O pedido simplesmente declaratório é admissível, ainda que haja violação de direito (art.20), ou seja, decisão que poderia gerar condenação. O art. 584 do Código de 1973 diz que “São títulos executivos judiciais: I) a sentença condenatória proferida no processo civil”. Ao disciplinar o “cumprimento da sentença”, a Lei n. 11.232/2005 rompeu a tradição de se considerarem apenas condenações expressas para se dar efetivação a direito reconhecido e adotou, no Código, no art. 475-N, a seguinte posição: “São títulos executivos judiciais: I) A sentença proferida no processo civil que reconheça a existência da obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia certa”. O art. 502, I, do novo Código registra o seguinte dispositivo:“São títulos executivos judiciais...: I. As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa”. Em razão, pois, da nova orientação, é de se entender que, se a sentença declaratória reconhece, ainda que seja a favor do autor, ou mesmo do réu, em ação declaratória negativa, ou em sentença de improcedência, obrigação de fazer, não fazer, entregar ou pagar, a declaração equivale à verdadeira sentença condenatória que enseja cumprimento de sentença, ressalvadas, certamente, as obrigações ainda não exigíveis e as sentenças que apenas declararam relação jurídica, sem estabelecer, em razão de sua própria natureza, qualquer obrigação a ser cumprida, como seria, por exemplo, a investigação de paternidade. Coisa julgada e questões prejudiciais A coisa julgada recebe sua limitação objetiva pela lide. A lide é o pedido com sua fundamentação. O proprietário do imóvel propõe ação contra o vizinho, objetivando reconhecimento de servidão. O réu contesta, negando o direito do autor, sob fundamento de que servidão não pode existir, porque ambos os imóveis são de sua propriedade, contrariando o pedido do autor o art. 1.378 do Código Civil de 2002, que exige prédios de donos diferentes. Julgando o pedido procedente ou improcedente, embora forçado a se pronunciar sobre a propriedade, entendia-se que o juiz sobre ela nada decidira, com força de definitividade, já que a limitação da lide estaria no pedido de servidão. A questão da propriedade seria mera prejudicial (art. 469, III, do Código de 1973). Se qualquer das partes pretendesse, poderia, no próprio processo, formular pedido declaratório incidente, para que o julgamento incidisse também sobre a questão prejudicial (arts. 5º, 325 e 470). Era a ação declaratória incidental que existia ao lado da declaratória comum. O Código atual, embora não ignorando a existência das questões prejudiciais, mudou a orientação, admitindo a ocorrência de coisa julgada sobre elas, se da resolução depender o julgamento de mérito; se tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; se o juízo for competente em razão da matéria e da pessoa (art. 503, § 3º, I a III). Ação executiva lato sensu e ação mandamental Recentemente, parte da doutrina pretende ainda a existência de mais duas espécies de ações: a executiva lato sensu e a mandamental. A primeira seria a correspondente à sentença a que se aderisse o elemento da auto- executividade, como ocorre nos pedidos de reintegração de posse. A segunda seria ação que objetivasse sentença ultrapassando a simples declaração, determinando ainda o cumprimento ou abstenção de fato. É o caso do mandado de segurança e do interdito proibitório. Próxima Aula : O process� Doutrin� ↠ Conceit� d� process�. Sentid� jurídic� Definiu-se a jurisdição como poder-dever do Estado de compor litígios e de dar efetivação ao direito já acertado. Ideal mesmo seria que o interessado, ao pretender tutela jurisdicional, do juiz a solicitasse, e este, imediatamente, lhe prestasse. Isto, porém, não é possível, pois, em se tratando de julgamento, apenas o Ser Onisciente tem condições de fazê-lo de imediato. 29/03/2023 Process� Conceito: é a relação jurídica que se estabelece entre autor, juiz e réu, com vistas ao acertamento, certificação, realização ou acautelamento do direito substancial subjacente (ponto de vista intrínseco); ou ainda, é o meio, o método ou instrumento para definição, realização ou acautelamento de direitos materiais (ponto de vista extrínseco). ● Instrumento para fazer uma comunicação ao Poder Judiciário; O Poder Judiciário também se utiliza do processo como meio de instrumento de resposta à comunicação → instrumento a serviço do direito material, do direito de ação e da jurisdição. Ponto de vistaintrínseco: → Relação jurídica processual → que se dá entre os sujeitos do processo, então cada parte tem o seu papel, se relacionando com os outros na relação processual, pessoas que participam do processo em constante relacionamento (ideologia da prof). Ponto de vista extrínseco: O processo foi criado pelo legislador para servir de instrumento, mas não há materialidade nesse processo até que os atos aconteçam (que é o que dá forma ao processo). O procedimento (atos). → O processo é regulamentado em que lei/normatização?⇒ Pelo Direito Processual. ● O Direito Processual regulamenta o processo e tudo que diz respeito a ele (Ex. Regulamenta o Poder Judiciário, a ação, o processo, os atos do processo, os sujeitos do processo). ● Onde está regulamentado o Direito Processual? ○ Constituição Federal: Poder judiciário, princípios processuais ○ Códigos de processos (para nós interessa o civil) ○ Leis que não fazem parte dos códigos de processo mas tem natureza processual (ex: lei de arbitragem). → Objetos do direito processual: tem como objeto a função jurisdicional exercida pelo estado (busca pela efetividade das leis materiais). → Os princípios do Direito Processual Civil são o devido processo legal (processo que se desenvolve desde o início até o fim cumprindo o devido processo, o andamento conforme a lei), dignidade da pessoa humana (determina o valor inerente da moralidade), legalidade (ninguém poderá ser obrigado a agir, fazer ou não fazer, sem que seja em virtude da lei), contraditório , ampla defesa, publicidade, duração razoável do processo, igualdade, eficiência, boa fé, efetividade, adequação, cooperação, respeito ao autorregramento da vontade no processo, primazia da decisão. → A LEI QUE REGULAMENTA A MAGISTRATURA É LEI PROCESSUAL Autos de um processo: ● representação, os registros dos atos processuais. Ex: documentação do processo, petição inicial, citação do réu, despacho do juiz, etc. Sujeitos do processo ● Partes ● Estado-juiz ● advogados ● Ministério Público → no processo civil não é tão comum a atuação do MP (mais focado na atuação penal, representando a sociedade no caso). ● Auxiliares da justiça ● Terceiros intervenientes Pressupostos processuais → São requisitos que devem estar presentes no processo, sob pena de esse processo ficar inapto, viciado, etc, podendo contaminar o acesso à justiça, porque o juiz não irá julgar o mérito se estiver com problema no pressuposto processual. ● Plano de existência (pressuposto): ○ Subjetivos: capacidade de ser parte. Quem pode ocupar o pólo ativo em uma ação? E o polo passivo? Quem pode ser autor e quem pode ser réu? → Todas as pessoas, sejam físicas ou jurídicas, têm capacidade de ser parte (personalidade judiciária - espólio, massa falida, condomínio, herança jacente, câmara municipal, etc. Mesmo não sendo consideradas como pessoas no ordenamento jurídico, a lei oferece personalidade jurídica para que possam ser parte). ■ Animais têm capacidade de ser parte? Sendo reclassificados no nosso ordenamento jurídico, sendo promovidos para seres sencientes. Por hora, ainda não tem capacidade de ser parte. ■ Morto (a junção dos bens dele se torna espólio) : não tem capacidade de ser parte. Quando morreu, deixou de ser uma pessoa. ○ Existência de um órgão investido de jurisdição: refere-se a autoridade jurisdicional para que seja julgado as querelas da população, pois se não houver essa autoridade, essa autonomia, qualquer um que se julgar em direito, pode se fazer passar por judiciário. ■ órgão investido de jurisdição: juiz. O processo instaurado perante um NÃO JUIZ é um não processo e a decisão nele prolatada é uma não decisão. ■ Uma decisão julgada por alguma sociedade não judicial, essa decisão configura-se em vício e poderá ser desconstituída via impugnação ao cumprimento de sentença, então caso alguém se passe por um juiz, todos os atos e sentenças por ele demandadas serão inexistentes. ○ Objetivos: existência de uma demanda → como uma demanda passa efetivamente a existir? ■ Petição inicial protocolada no sistema do Poder Judiciário. ■ Preciso que a parte interessada tenha a iniciativa de ajuizar uma demanda e faça isso. Se não protocolar, a demanda não existe (competência absoluta é requisito de validade, passível de ação rescisória). ○ A consequência é mais grave. ○ Querela nullitatis (ação de nulidade absoluta). ● Plano de validade (requisito): ○ Vícios que podem ser corrigidos. ○ Subjetivos ■ Imparcialidade - para manter a integridade e justiça do processo, caso o juiz seja primo de quarto grau do autor ou réu, poderá ele ainda julgar o caso. ■ Competência do órgão jurisdicional. ■ Capacidade processual: o bebê tem capacidade processual, podendo estar por ele mesmo em juízo? não. As pessoas absolutamente capazes que tem capacidade de representar a si mesmo em juízo, tendo capacidade processual ● Relativamente incapazes e absolutamente incapazes: têm que estarem sendo assistidos ou representados. ● Pessoa jurídica: só preenche capacidade processual se for representada. ● Se o réu da ação está preso ou foi citado por edital ou hora certa, tem que nomear a ele um curador especial se ele não comparecer. ● Pessoas casadas: para ajuizar ação envolvendo direitos reais ou possessórios imobiliários, precisam da autorização do cônjuge. ○ Objetivos ○ Ação rescisória, para anular aquilo que estava defeituoso, refazer do jeito certo e prosseguir. O prazo é de dois anos contados da coisa julgada. Se percebi o problema depois de 2 anos, não há mais nada a ser feito. ● Requisitos processuais necessários à admissibilidade do processo → Qual a finalidade do poder judiciário está dividido em órgãos? Distribuir o trabalho jurisdicional entre eles. → transitado em julgado e coisa julgada são a mesma coisa. 05/04/2023 Prova vale 8 Atividades valem 2 continuou a explicação de pressupostos processuais. Doutrin� Por outro lado, e sem entrar na discussão sobre a forma processual adequada para o litisconsorte necessário que não participou do processo atacar a decisão transitada em julgado – ação rescisória ou querela nullitatis –, entendo que o dispositivo também não tenha sido criado para ele. Trata-se indubitavelmente de terceiro prejudicado e assim sempre teve legitimidade ativa para a ação rescisória. Conclusivamente, o legislador parece ter pretendido ampliar a legitimidade ativa da ação rescisória, mas criou dispositivo inócuo e incapaz de atingir tal objetivo. 12/04/2023 Requisitos processuais objetivos positivos → Refere-se aos atos do processo. Todo processo se desenvolve por uma sequência de atos: petição inicial, até chegar na sentença, então o legislador vê e interfere na forma do ato, os requisitos que precisam estar presentes. → Série de requisitos formais, eles compõem o formalismo processual (requisitos objetivos intrínseco de validade do processo). Citação → Ato indispensável do processo, é com a citação que a relação processual é válida, é completa, constituindo então outra das exigências formais da validade. → Se os atos do processo não observarem a forma, mas atingirem a finalidade essencial, ele é válido, pois o mais importante não é a forma, mas sim o resultado. Requisitos processuais objetivos negativos → Um vício extrínseco, referindo-se aos fatos que não podem ocorrer para que o processo se instaure validamente. → Ex:. litispendência, perempção, convenção de arbitragem e a coisa julgada. Li - pe- conv - coisa Requisitos processuais necessários à admissibilidade do processo → terceira categoria de “pressupostos processuais” . → Interesse processual: ● necessidade ou utilidade da providência jurisdicional, precisando de adequação para entrar com a ação. → Legitimidade para a causa: ● titulares da relação deduzida - legitimidade ordinária ● Terceiros propondo ações para outrem - legitimidade extraordinária, ocorre em casos excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que admite-se que alguém vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses alheios. ● Legitimidadeextraordinária: ○ Subordinada - depende da presença do legitimado ordinário (assistência, são relações em que terceiros intervenientes entram em assistência no processo para defender direito alheio, no qual a sentença vá atingi-lo, sublocação). ○ Autônoma - legitimado extraordinário, independe do legitimado ordinário, podendo ser exclusiva e concorrente, no qual a primeira a ação só pode ser movida pelo legitimado extraordinário, já a segunda é aquela que a ação pode ser proposta tanto pelo ordinário, quanto pelo extraordinário Conclusão sobre os requisitos processuais → São matérias de ordem pública, então o juiz pode apreciar a questão de ofício, salvo na convenção de arbitragem, pois nela precisa do acordo de vontade das partes, portanto, o juiz não pode interferir. → A falta de legitimidade e interesse conduz a uma sentença sem resolução do mérito; porém, antes, será possível alterar o polo passivo (art. 338) → No caso de litispendência, perempção e coisa julgada, haverá sentença sem resolução do mérito, porém não será possível repropor a ação. 2º Bim���r� 03/05/2023 A �nçã� jurisdiciona� → Artigos 16 a 41 → Limites da jurisdição nacional e cooperação Internacional Doutrin� - Função jurisdicional A função jurisdicional é aquela que, por força da tripartição dos Poderes, coube ao Poder Judiciário. Compreende, como se verá, não apenas a tarefa de dizer o direito aplicável ao caso concreto, mas de realizá-lo coativamente (o que se faz através da execução ou da fase de cumprimento de sentença). Tem em vista, antes de mais nada, a preservação da ordem jurídica e da paz social. Daí por que o direito processual civil é ramo do direito público, embora, Imediatamente, sirva de instrumento para a solução do conflito de interesses que lhe é apresentado, que pode ser, a seu turno, de índole privada ou pública. O que efetivamente distingue a atividade jurisdicional é que as decisões do Judiciário se revestem da autoridade de coisa julgada. Ou seja, esgotados os recursos cabíveis no processo em que são proferidas, desde que tenha havido resolução do mérito, tornam-se imutáveis, não podendo, em linha de princípio, ser rediscutidas, nem naquele, nem em outros processos. Jurisdição civil Aquilo que não cabe na esfera de atuação, ou, em linguagem estritamente técnica, que não seja da competência das jurisdições especializadas (trabalhista, eleitoral e militar), será da atribuição da jurisdição ordinária ou comum. Dentro desta, aquilo que não couber na jurisdição penal, por exclusão, caberá na jurisdição civil. Estamos, é claro, falando da jurisdição contenciosa, ou seja, a que resolve os conflitos de interesses (rectius, lides). Ao seu lado existe, como já foi observado, a (impropriamente) chamada jurisdição voluntária ou graciosa, que, sem embargo de caber ao Poder Judiciário, não se constitui em atividade jurisdicional propriamente dita, senão que na realidade compreende uma atividade tipicamente administrativa, daí por que alguns a conceituam como administração pública dos interesses privados. Da jurisdição voluntária tratar-se-á mais adiante. A jurisdição civil é regulada pelo art. 16 do CPC: “A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código”. Natureza da função jurisdicional do Estado Vem expresso no art. 5º, XXXV, do texto constitucional: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, que consubstancia o princípio constitucional da inafastabilidade do Poder Judiciário. Assim, também, o art. 3º, caput, do CPC, que estatui que “não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito”. Já dissemos que as decisões dos assim ditos “tribunais administrativos” (que, por exemplo, examinam matérias fiscais) não se revestem do atributo da imutabilidade e poderão ser, sempre, revistas perante o Poder Judiciário. Desse modo, a existência de mencionados tribunais administrativos não atrita Competência internacional → precisamos lembrar que temos um Poder Judiciário brasileiro, e este exerce a função chamada jurisdição. Qual é o limite para o poder judiciário brasileiro exercer sua função (em questão territorial?) → Brasil. ● O Poder Judiciário brasileiro exerce a jurisdição nos limites do território brasileiro (princípio da efetividade).→ principio jurisdicional está elencado nos arts. 21 a 25 do NCPC Isso também tem uma lógica que envolve uma série de espectros, inclusive o respeito à soberania dos outros países. O poder judiciário brasileiro não pode interferir nos processos fora do Brasil, em outros países. → Nesses casos que não podem ser julgados por conta da jurisdição, eles não são enquadrados em resolução sem mérito e sim em ausência de competência. → Juiz brasileiro não põe o pezinho pra fora do território brasileiro. → Aplico somente lei processual brasileira dentro do Brasil (princípio da territorialidade). → lembrar que a lei processual NÃO se confunde com lei material. São regras que cuidam do processo (petição, citação, defesa). PROBLEMA: Tem algumas situações que misturam países e pessoas de países diferentes → compete ao poder judiciário brasileiro? Que ações de natureza civil que podem e tem que tramitar aqui e quais não podem ou não tem que tramitar aqui. ● Ex. 1: um ônibus cheio de argentinos vêm para o Brasil para um jogo de futebol com o Corinthians, e o ônibus é apedrejado. A ação de reparação de danos que a empresa de transporte irá promover pode ser proposta aqui? Se os argentinos dentro do ônibus machucaram, podem solicitar reparação de danos por ação daqui? ● Ex. 2: fui para a espanha e conheci um espanhol e casamos na espanha, fiquei morando lá. Quero me divorciar, posso realizá-lo aqui? ● Ex. 3: Um avião americano veio sobrevoar o território brasileiro, e colidiu com um avião da Gol e o derrubou, morrendo todos. A família da vítima que estava no avião da Gol pode propor uma ação contra o avião americano aqui no Brasil? Artigos 21 - 25 Limites da jurisdição nacional = Competência internacional → Competência concorrente: não exclui a soberania dos outros países, então o interessado . Ou seja, quer dizer que a justiça brasileira tem competência, mas ela não toma para si essa responsabilidade. ● Precisa passar pelo STJ e homologar essa decisão (juízo de delibação), ou seja, ele irá verificar se já não teve uma ação como essa, se não teve uma ação parecida, para depois dar seu veredito. → NÃO É CONSIDERADO LITISPENDÊNCIA, só é considerado se a ação for trazida para o Brasil. ● Hipóteses de competência concorrente: ○ Quando o réu estiver morando no Brasil, ações que precisam ser cumpridas a obrigação no Brasil e quando o ato foi praticado no Brasil. propõe → tem competência mas não toma para si com exclusividade. Pode ser proposta aqui, mas não impede que seja resolvida para fora do Brasil desde que a legislação do outro país permita. ○ Ações de alimentos quando o credor tiver domicílio ou residência no Brasil ou o réu mantiver vínculos no Brasil → se EU que estou pedindo alimentos tenho residência no Brasil, posso pedir aqui. Se EU que estou pedindo não tenho domicílio mas a pessoa em face a qual peço os alimentos também não tenha: posso propor a ação se a pessoa tem algum tipo de bem ou renda aqui. ○ Quando o consumidor tiver residência no Brasil (não importa se trouxe pra cá, comprei de site internacional, o que importa é que tenho residência no Brasil e realizei uma relação de consumo). ○ As ações em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional → quando se tem um negócio com alguém e escolhe o foro brasileiro para resolver qualquer problema decorrente desse negócio → foro de eleição (submissão jurisdicional nacional) → Competência exclusiva: O legislador brasileiro não autoriza que seja resolvida essa questão em outro país. Ou seja, só pode fazer aqui, nacionalmente. ● Hipóteses de competência exclusiva: ○ Conhecer ações relativas a imóveis situados no Brasil. ○ Sucessão: procedero inventário dos bens situados no Brasil (bem móveis ou imóveis), ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira. ○ Divórcio, separação ou dissolução de união estável: proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. → Cláusula de eleição de foro Cooperação internacional ● Consequência da intensificação das relações internacionais ● O juiz brasileiro jamais sairá daqui para praticar o ato fora daqui (somente aqui no território nacional) ● Para que haja a cooperação internacional, deverá haver um acordo, tratado, convenção. Se não houver, não há como ter cooperação. ● Carta rogatória Qual a principal legislação do Brasil que trata da cooperação internacional? ○ Acordos, convenções, tratados, acordos bilaterais de reciprocidade ○ Resoluções do STJ ○ Portarias do MInistério da Justiça ○ Regimento interno do STF ○ LINDB ○ Constituição Federal ○ Novo Código de Processo Civil A cooperação vai ser regida por tratados internacionais ou por meio de reciprocidade por via diplomática. Qualquer acordo que o Brasil faça parte, não poderá passar por cima dos princípios e garantias constitucionais brasileiros. Tem que respeitar as bases da nossa democracia. → Objeto da cooperação internacional? Os países irão cooperar para fazer o que? - Citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial - Colheita de provas e obtenção de informações - Homologação e cumprimento de decisões - Concessão de medida judicial de emergência - Assistência jurídica internacional - Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não é proibida pela lei brasileira. → Passiva: O pedido de cooperação jurídica é apresentado ao Brasil por outro Estado (Brasil recebe o pedido de cooperação) → Ativa: Hipóteses em que o Brasil formula um pedido de cooperação jurídica a um estado estrangeiro (quando o Brasil faz um pedido de cooperação de outro país) Como os países cooperam entre si? 3 caminhos: → Figura do auxílio direto. Art. 30: (caminho menos burocrático que a carta rogatória) → a autoridade central de um país se comunica diretamente com a autoridade central de outro país. ● Instrumento de colaboração internacional, seja judicial ou extrajudicial. ● Finalidade: agilizar a cooperação entre os países ● Precisa ver se a legislação autoriza a realização do auxílio direito e não precisa passar pelo juízo de delibação do STJ. ● Ativo: quando o Brasil solicita ● Passivo: quando recebe o pedido de outro país (sempre quem cumpre é a justiça federal). → Carta rogatória: instrumento jurídico de cooperação entre os países, âmbito internacional, parecido com a carta precatória, só que a rogatória é internacionalmente. Nele a autoridade judicial solicita ao Estado que execute o ato jurisdicional já proferido, não cabendo ao outro Estado exercer qualquer cognição de mérito sobre a questão processual. ● Exequatur: é a autorização prévia concedida pelo STJ para que as diligências eventualmente requisitadas pela autoridade estrangeira possam ser executadas no Brasil. ● Art. 109, inciso X, diz que a carta rogatória é executada pelo juiz federal, após concessão do STJ (exequatur). ● A única coisa que pode ser questionada é o cumprimento, mas não o mérito, sendo o devido processo legal situado no art. 36 do CPC (caso a sentença venha de juiz estrangeiro). → Homologação por sentença estrangeira: Quando tenho ações iguais tramitando em países diferentes, não posso falar em litispendência (a litispendência só é aplicada em território nacional, quando trago a decisão de fora do Brasil para ser executada aqui). → Nos processos brasileiros só aplico a lei processual brasileira. Quando a lei ratifica tratado ou convenção, passa a ser uma lei nossa também. → Art. 105, I, i da CF verifica a formalidade do procedimento pelo STJ, passando para o juiz federal executar. → Alguns juízes adotam a carta rogatória para fins de citação. 04/05/2023 Competência INTERNA e cooperação NACIONAL → Artigos 42 a 69 → Primeiro requisito da petição inicial é o juízo para qual o pedido será dirigido. → Limitar a jurisdição e atribuir a competência a cada órgão: O legislador irá definir a relativização da divisão do trabalho jurisdicional (critérios determinativos da competência), dando o nome de competência do órgão, sendo assim a competência é a demarcação dos limites que cada juízo pode atuar. A única competência que irá em todas será a competência territorial, que refere-se a territorialidade que os entes podem exercer sua atuação. Enquadramento da competência → É o requisito processual de validade → Caso verifique-se que não há competência para o ato expedido por certo órgão, automaticamente ela será considerada uma relação processual viciada. 10-05-2023 continuação… → Critério em razão da pessoa para a cooperação nacional, então em relação a essa cooperação a Constituição fez a divisão das espécies do Judiciário, mas mesmo nessas divisões é possível fazer mais divisões para conseguir dar conta de toda demanda. Normas que norteiam a competência: → constituição federal → código de processo civil → constituição estadual → regimento interno dos tribunais → leis de organização judiciária → leis extravagantes Princípios norteadores da competência jurisdicional → princípio do juízo natural ● juízo competente de certo órgão para resolução de conflitos ● objetiva: consagra a garantia básica de proibição do juízo e respeito absoluto às regra ● subjetivo: encerra a garantia da imparcialidade do juízo, se o juízo por parente da parte e tals. → princípio da competência sobre a competência ● Por mais incopetente que o juízo seja, ele possui competência para julgar sua própria incompetência. ● Ex:. Caso vá para a vara do direito do trabalho uma ação de direito civil, ele é competente para falar que não possui competência para julgar aquele mérito. → princípio da perpetuação da competência ● fixada no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações, o que aconteceu depois não importa, só valerá aquilo que foi feito até o momento da distribuição, para definir o juízo competente. ● Exceções: ○ Quando o órgão é suprimido, passando a competência para o juízo da comarca que incorporou a circunscrição. ○ Quando houver alteração na competência absoluta em razão da matéria. → Critérios determinativos da competência ● Critério objetivo ○ Valor da causa: não constando no CC, fala que uma vez fixada a competência de foro, em razão de território, podem normas de organização judiciária utilizar-se do valor da causa ou de outro critério para critério para criação de juízos privativos. ■ Juizado especial cível: compete aos juizados especiais cíveis apreciar causa cujo o valor não passe de 40 salários mínimos. ■ 10259/2001 - Juizado especial federal ■ Lei 12.153/2009 - Juizado especial da fazenda pública (julgar as causas cíveis quando tenha interessado os estados, DF, territórios e municípios com valor de até 60 salários mínimos) ■ Devido a demanda foi criado os fóruns regionais nas comarcas, isso se deu por conta da distância que tinha que ser percorrida até chegar nos fóruns, as vezes dando 30km. ■ Para a lei 9099 de 95 o critério de valor é subjetivo (juizados especiais cíveis) → aqui encontro pela competência do valor, da matéria e envolvendo pessoas. ■ A distribuição da competência se dá com base nos elementos da ação (partes, pedido e causa de pedir). Ademais, leva em consideração a organização das comarcas, sendo a divisão da organização judiciária do estado. ○ Matéria: refere-se ao tema, assunto que você está discutindo naquela causa (critério presente em todas as fatias - órgãos do judiciário), ademais, de que a qualidade das pessoas envolvidas no litígio não são utilizadas no código para definir a competência → são critérios sempre absolutos, sem exceção. ■ Ex: STF: compete ao STF dizer se uma lei é constitucional ou inconstitucional ■ STJ: art. 105 CF, fala que compete ao STJ julgaras causas que envolvam direitos humanos. ■ Justiças especializadas: criadas para julgar determinados assuntos (quem julga ações envolvendo o direito do trabalho, é a justiça do trabalho, por exemplo). ○ Pessoa: define-se a competência do órgão em vista da pessoa que está na causa. ■ Ex:. Caso eu esteja em uma ação com a União, terei que ir à Justiça Federal, por exemplo. ■ Ex:. Compete ao STF julgar o presidente da república se ele cometer um crime comum. Se um governador cometer um crime, será julgado no STJ. ■ art. 8, seção II - Das Partes (CC) ● Critério funcional: critério básico para determinação da competência relacionar-se com o conjunto de atribuições que as leis conferem aos diversos órgãos judiciários que vão atuar no processo. ○ Vertical: quando falo das competências recursais (atribuída a determinado órgão do Poder Judiciário para conhecer e julgar recurso formulado contra decisão proferida no processo) e das competências originárias (define o órgão competente para processar e julgar, originariamente, questão levantada em juízo → ação que começa acima do primeiro grau), estou me referindo ao critério funcional vertical. A lei atribui aos órgãos do judiciário (não a todos) competências recursais. ○ Horizontal: temos que pensar se é possível, num mesmo processo, ter a atuação de mais de um juízo (órgão), no mesmo grau de jurisdição? Sim, por carta precatória, por exemplo. // Existe a possibilidade de ser encaminhada uma causa diretamente para um determinado juízo sem passar por um sorteio? Sim, quando essa causa tem relação de dependência, de conexão, acessoriedade e oposição (ex: decidi uma ação de paternidade e vou decidir uma ação de alimentos → mando para o mesmo juízo da paternidade para resolver a segunda questão). ■ Trata-se de uma rígida determinação do que cada Ente é competente, havendo a enumeração da competência da União e reserva de competência aos Estados e Municípios, havendo um fortalecimento da autonomia dos entes federativos. ■ Dependência, conexão e acessoriedade. ● Critério territorial: critério que leva em conta a divisão do poder jurisdicional em razão de foros ou circunscrições judiciárias em que está dividido o país. Todo órgão do judiciário tem seu limite territorial de atuação. Como chegar no local de propositura da ação? Pela competência territorial. - Critério territorial → via de regra ele é RELATIVO, mas há exceções em que ele se torna absoluto. - Art. 46, CPC → - Regra geral: parágrafos 1º ao 4º (aplicada quando não tiver uma lei especial ou lei extravagante, portanto, aplicada em último caso) → domicílio do réu. - § 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. § 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. § 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. ○ foro geral: a ação deve ser proposta no domicílio do réu. → A regra geral do critério territorial. As regras estão caracterizadas acima no Art. 46, parágrafos 1, 2, 3 e 4 CPC. ○ foros especiais: fixados em razão da situação da coisa demandada. - Direito real sobre bens imóveis: você tem que propor onde fica o bem. Quando tenho ação envolvendo direito real sobre bem imóvel e ele é propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação, não posso ESCOLHER onde vou propor, TEM QUE SER NO LOCAL DO BEM → critério absoluto. - Outro critério absoluto: ação possessória imobiliária, onde a ação deve ser proposta no foro da coisa. - Se for um outro direito real sobre bens imóveis que não sejam os citados acima, posso escolher o domicílio do réu ou foro de eleição → critério relativo - Art. 48 → onde deixo o inventario do autor da herança no Brasil (o morto) é no último domicílio a qual se encontrava quando estava viva. ■ Se o autor da herança não possuir domicílio certo a competência vai para o foro de competência dos bens imóveis. ■ Havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes ■ Não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. - Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio. - Art. 50. A ação em que o incapaz for réu, será proposta no foro do domicílio de seu representante. - Art. 51. Para as causas em que a autora seja a união, a ação será proposta no domicílio do réu. Quando eu sou autor e a União é ré, posso propor tanto no meu domicílio como no ato do fato. - Art. 52. Mesma regra do artigo 51 aplicado para Estados. - Art. 53. Quando a ação é de divórcio, onde será proposta? ■ De domicílio do guardião de filho incapaz. ■ Do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz. ■ De domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal ■ De domicílio da vítima de violência doméstica e familiar. ■ De domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos. III. Do lugar: a) Onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica b) Onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu c) Onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade d) Onde a obrigação deve ser satisfeita e) De residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto → IMPORTANTE, COMPETÊNCIA ABSOLUTA (direito real imobiliário, possessório imobiliário e de residência do idoso → competências absolutas). → Se a competência não é eleitoral, trabalhista, penal ou militar, será de cunho civil. 17/05/2023 Doutrin� Competência – uma primeira noção Diz-se que certo órgão do Poder Judiciário é competente quando a convergência de uma série de normas aponta para que este deva exercer,naquele momento e naquelas circunstâncias, a jurisdição (plena). A competência está ligada à matéria a ser decidida, ao território e a outros fatores. Oportuno mencionar, contudo, que a recente Lei n. 12.153/2009 passou a instituir os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. Aludidos Juizados são competentes para processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 salários mínimos, nos termos do caput do art. 2º da Lei n.12.153/2009. Normalmente, cabe às leis de organização judiciária locais regular a competência em razão da matéria. Quanto maior o movimento, isto é, a quantidade de processos, maior a especialização, que deverá ser disciplinada pelas leis de organização judiciária local. 18/05/2023 Também ocorrerá a distribuição por dependência nos casos de ações acessórias, tal como disposto no art. 61 do CPC/2015. A título de exemplo, ainda sob a égide do CPC/73, o Supremo Tribunal Federal chegou a decidir pela existência de conexão entre ação cautelar e principal, dada a acessoriedade das demandas 1056. Assim, verificada a propositura de outras ações acessórias – tal qual a declaratória incidental –, justifica-se a incidência do art. 286, I. ***** 1.1 Distribuição originária e por dependência (conexão e continência) Os processos estão sujeitos a registro (art. 284), devendo ser distribuídos sempre que houver mais de um juízo. A distribuição deve, sempre, obedecer ao critério de igualdade (art. 285). “Sucessivamente ao registro e à distribuição, a petição inicial será encaminhada ao cartório respectivo, para autuação, e, depois, deverá ser objeto de apreciação por parte do juiz. Se não tiver havido distribuição, por desnecessária (em face da existência de apenas uma Vara), depois do registro da atuação irá ao magistrado” “A distribuição existe para dividir os processos entre juízos da mesma competência, evitandoa sobrecarga de um deles relativamente aos demais. Na verdade, é manifestação de divisão de competência de juízo e não de foro. Essa divisão deve ser o mais equânime possível, propiciando o mesmo número de feitos aos juízos da respectiva comarca ou justiça." . Direito processual civil / Eduardo Arruda Alvim, Daniel Willian Granado e Eduardo Aranha Ferreira. – 6. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 25/05/23 Competência - critérios determinativos (esquema) 31/05/2023 Incompetência absoluta e relativa → dependendo da natureza da norma ela pode se classificar em 2 competências: a relativa e a absoluta. ● Critério territorial é relativo por exemplo, então o critério que determina se será relativo ou absoluto. → Se a norma que regula a distribuição da competência é cogente e de interesse exclusivamente público, estaremos diante de uma situação de incompetência absoluta, caso haja infringência à norma. → Por outro lado, nas hipóteses em que a norma seja dispositiva e pensada de forma a atender prioritariamente o interesse privado, teremos a incompetência relativa, caso inobservada. → Como se vê, o que é relativo ou absoluto, a rigor, não é a competência, mas sim a incompetência. Porque o legislador disse que alguns critérios são absolutos e outros são relativos? ● Porque quando ele criou os absolutos o fez pensando num interesse de realização de justiça, no resultado do processo, portanto, pensando no interesse público. Ferir um critério desse é mais grave, uma vez que os critérios relativos (território e valor) foram feitos no interesse da parte. Incompetênci� a�olut� → Pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício pelo magistrado (art. 64,parágrafo 1) → Pode ser objeto de ação rescisória (art. 966, III) → Não se altera pela vontade das partes (art. 62), tampouco por conexão ou continência. → Não se prorroga → Caberá ação rescisória caso seja feita coisa julgada dada por juiz incompetente. → Qualquer um que está no processo pode pronunciar a incompetência absoluta (partes, juiz, ministério público, etc). Incompetênci� relativ� → O juiz não pode conhecer de ofício (súmula 33 STJ, art. 337, § 5º, CPC) → juiz não pode de ofício se declarar relativamente incompetênte. → A parte (réu) pode falar que existe uma incompetência relativa, pois as regras são feitas em benefício das partes. Já o juiz não pode falar. - Se o réu não concordar, deve deixar isso expresso. O juiz poderá analisar, o que não será mais de ofício uma vez que este foi provocado. Se o réu silenciar, significa que concordou. O silêncio do réu ou sua concordância tornou o juízo competente, portanto, o processo não será mais julgado relativamente incompetente. ● As regras de incompetência relativa podem ser alteradas pelas partes (art. 63), bem como em razão da conexão/continência (art. 54) ● Se não for alegada em tempo oportuno, o juiz relativamente incompetente passará a ser competente (art. 65); o juiz prorroga a sua competência ○ ● Pode ser alegada pelo MP (art. 65, parágrafo único), tanto quando atuar como fiscal da lei. Características comuns da incompetência absoluta e relativa → Ambas devem ser alegadas como questão preliminar na peça contestatória (art. 64) ● O órgão jurisdicional deve decidir imediatamente a alegação de incompetência (art. 64, § 3º). Reconhecidas, os autos serão remetidos ao juiz competente. ● Os efeitos da decisão proferida por juiz absoluta ou relativamente incompetente serão conservadas até que outra seja proferida (art. 64, § 2º). A regra, no entanto, não é absoluta. O próprio CPC ressalva a possibilidade de ser proferida decisão judicial em sentido contrário, afastando os efeitos decorrentes das decisões proferidas pelo juiz incompetente. ● Ao alegar a incompetência absoluta ou relativa, deve o réu fundamentar e instruir a contestação com as provas disponíveis (se o caso), podendo, inclusive, protocolizar a sua defesa no foro do seu domicílio (art. 340). Nesse caso, deve o juiz que recebeu a contestação comunicar o fato ao juiz da causa. Modificaçã� d� competênci� relativ� → Dá-se o nome ‘modificação da competência’ ao fenômeno processual que consiste em atribuir competência a um juízo que originariamente não a possuía. → A distribuição do serviço judiciário entre os diversos órgãos, ou seja, a fixação da competência, é feita tendo em vista o interesse público ou privado. Quando a atribuição da competência é determinada pelo interesse privado, em geral, pode ser modificada. 3 caminhos: ● Prorrogação ○ O silêncio do réu prorroga a competência do juízo. Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, apenas reconhecida e provocada pelo réu. ● Conexão e continência ○ As ações conexas permitem que ações, quando não são da competência de uma comarca, possam ser propostas em um juízo que possua uma conexão. ○ A diferença entre a conexão e a continência reside no fato de que, enquanto na conexão as causas veiculam segmentos diversos de uma mesma relação jurídica de direito material, na continência a causa contida veicula apenas uma parte da relação jurídica de direito material veiculada na causa continente. ○ Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. ○ Ex: vários passageiros, em ações distintas, acionam a empresa de ônibus com fundamento no mesmo acidente. ● Eleição de foro (derrogação da competência) ○ Se eu escolho o foro que vou litigar junto a outra parte, estamos escolhendo um foro diferente do que seria o natural pelas regras de competência territorial. ● Prevenção: ○ Importante definir o momento da prevenção e o juízo prevento. ○ Só com a distribuição (feito por sorteio) será definido o órgão que será feito aquela causa → esse é o juízo prevento (cheguei primeiro, como uma corrida e aquele que recebeu o sorteio ganhou). ■ Tem comarcas que têm vara única, então nesse caso não precisa distribuir, nesse caso o momento da prevenção é o de registro, não o da distribuição. ■ Quando eu defino o juízo prevento eu excluo os outros juízos competentes. ○ Significa definição prévia de competência de determinado órgão jurisdicional (vara ou tribunal) em razão de circunstâncias relativas à demanda ou recurso anteriormente a ele distribuído. ■ A prevenção tem duas consequências práticas: ● a) define o juízo para o qual serão distribuídas, por dependência, novas ações, unidas à demanda anteriormente ajuizada por um dos vínculos previstos no art. 286; ○ ex: Houve investigação de paternidade, e posteriormente de pedido de alimentos, o Juízo que investigou a paternidade se torna preventivo na ação de alimentos. ■ Pessoa pede inclusão no inventário devido união estável, então a ação que investiga união estável corre primeiro, enquanto a de inventário fica paralisada, mas ambas podem ocorrer na mesma vara. ● b) determina o juízo que terá sua competência prorrogada em razão da conexão ou continência. ○ Define o juízo para que se possa mandar ações conexas. ○ Separa os juízes que antes eram competentes e os tornam incompetentes, define qual juízo prevento para cada causa, então primeiro precisa ver qual a competência para aquela causa. ○ Toda vez que se fizer um pedido acessório antes da causa, fará a tutela antecedente e depois entrará com a ação. ○ 07/06/2023 Prevenção - Continuidade complementada nas observações anteriores. → Imovel em mais de uma comarca ● Normalmente tem que ser proposta no local do bem. ● Se eu tenho que propor ação no local do imovel, sendo critério absoluto, mas caso o imovel esteja em divisa, você mesmo escolhe onde será proposto a ação. CONFLITO DE COMPETÊNCIA Art. 66: há conflito de competência quando: I – dois ou mais juízes se declaram competentes; II – dois ou mais juízes se declaram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência; III – entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. → Quando um caso vai para uma varatrabalhista, as o juiz se julga incopetente e envia para a vara civel, só que esse juiz também se avalia incopetente e manda para a trabalhista de volta. → O conflito será positivo quando os juízes se declaram competentes; e negativo na hipótese contrária. → O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes (exceto por aquela que, no processo, arguiu a incompetência relativa), bem como pelo MP ou pelo juiz. → O pedido será dirigido ao tribunal hierarquicamente superior aos juízes envolvidos na divergência (arts. 951 e 953 CPC) → Nos conflitos que envolvam órgãos fracionários dos tribunais, desembargadores e juízes em exercício no tribunal, o conflito de competência será suscitado segundo as regras constantes do regimento interno no respectivo tribunal (art. 958). → Em regra, o conflito será distribuído a um relator, que poderá de ofício ou a requerimento das partes, determinar, no caso de conflito positivo, que o feito seja sobrestado e, nesse caso, e também no de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas de urgência (art. 955). 14/06/2023 Cooperação Nacional - matéria do 3 Bim. → Não existe limite, não há restrição nos órgãos do poder judiciário. Ex quando juízo de uma comarca precisa de cooperação de um juízo de outra comarca. Por exemplo, por sua incompetência territorial, preciso praticar um ato que não está no meu limite territorial, através da carta precatória, quando da mesma instância. Nada impede que um juízo peça auxílio para outro através de um auxílio direto, por um mecanismo mais informal, um email, um ofício e etc… A carta precatória para fins de citação, de penhora e etc. → Rapidez tem haver não tem haver somente com o tempo, mas com a eficácia do resultado, por cada ato praticado ao longo do processo. → Pedido de órgão superior para órgão inferior é a carta de ordem. → Penhora no rosto dos autos -quando devedor tem uma penhora de seus bens, e por exemplo tem dívidas também no âmbito trabalhista, o juiz pode pedir penhora no rosto dos autos, informando a outra dívida. Assim resolve-se as obrigações em juízos distintos. → Art 67,68 e 69 do CPC. Trata da Cooperação Nacional. Exemplos de atos de cooperação → incidentes de resolução de demandas repetitivas → realização de penhora no rosto dos autos, quando urgente a sua realização 15/06/2023 Revisão para a prova → precisa saber cada regra de territorialidade, saber quais são para responder questões teste → regras das competências internacionais → explicar de forma completa as questões → princípio do juízo natural → Foro geral ● a regras supletivas só servem para hipótese de aplicará a regra geral, em todas vc irá aplicar o domicílio do réu, pq não tem nenhuma regra específica para isso. ○ art. 46 parágrafo do 1° ao 4° → quando eu tenho uma incompetência relativa esse juízo que inicialmente era incopetente se torna competente ● o réu que tem que provoca-lo sobre isso, caso contrário ele ficará competente ● continência e conexão → saber todos os foros especiais 09/08 3° Bim���r� → sujeitos do processo e atos do processo Sujeitos do processo → Os sujeitos de direitos referem-se as partes que são sujeitos parciais da relação processual. → As pessoas que irão participar desse processo Partes → sujeitos parciais (parcial pois temos o juiz como sujeito imparcial) do processo, por isso elas possuem direito ao contraditório. ● Sujeitos principais do processo: autor, réu e juiz. Mas também conta com outros órgãos como o MP, os advogados, terceiros intervenientes (os quais também participam do contraditório também, ele entra no processo quando ele já está instaurado), entre outros que serão vistos posteriormente. ● O polo ativo é o autor e o passivo é o réu, mas existe a jurisdição voluntária, que é uma situação que envolve o judiciário, só que não tem propriamente um conflito e sim interessados (Ex: separação consensual). ● A expressão de autor e réu é mais comumente usada para o processo de conhecimento (terá decisão, que poderá ser declaratória, condenatória ou de…). Já no processo de execução são chamados de exequentes e executados. ● Quando o juiz dá uma decisão que não cabe mais recurso, ela é chamada de coisa julgada, tornando-se imutável, não podendo ser alterada. Sendo assim, quem será atingidos pela decisão processual, serão justamente as partes envolvidas. → Parte material e processual ● Aquele que afirma ser titular do direito material (autor), sendo ele o sujeito da lide. ● A parte processual engloba aqueles que ocupam um dos pólos da relação jurídica, ou seja, a pessoa que participa do processo. → Deveres das partes e de seus procuradores ● As partes possuem algumas faculdades e ônus, que são diferentes dos deveres. O primeiro é aquilo que pode ser feito pela parte e não haverá consequências para o processo (EX: troca de advogado durante o processo), já o segundo a parte não é obrigada a fazer aquilo também, se fizer ou não nessa questão terá consequências (Ex: parte que não apresenta defesa). ● Os deveres processuais são de natureza pública, o descumprimento dele pode gerar graves consequências, por isso ele é de caráter obrigatório. Os deveres que iremos verificar são aqueles que visam assegurar o respeito mútuo e a lealdade processual (princípio que se preocupa com a boa fé e a moralidade) (art. 77). 16/08 Do ônus de adiantar as despesas processuais → Art. 82 - as partes têm o ônus de prover as despesas dos atos que realizam ou requerem, antecipando-lhes o pagamento. → As consequências do não recolhimento variaram conforme a natureza do ato (cancelamento da distribuição da inicial, deserção do recurso, não realização da diligência, extinção do processo, etc). Os honorários advocatícios → Os honorários do advogado possuem natureza alimentar, por esse motivo eles são privilegiados oriundos da legislação do trabalho. → É vedada a possibilidade de compensação em casos de sucumbencia parcial, porque a verba honorária é alimentar. Então na hipótese de sucumbencia reciproca, o juiz fixará o percentual de honorários sobre o valor do proveito econômico ou da condenação, sendo esse percentual variável de 10% a 20% - isso em sentenças condenatórias ou de proveito econômico (não incluso fazenda pública, pois tem regras específicas). → Os honorários são devidos na ação principal, na reconvenção, no cumprimento de sentença, execução e nos recursos. → Nas decisões de natureza constitutiva ou declaratória, bem como nas causas de pequeno valor, de valor inestimável ou de valor irrisório proveito econômico, os honorários serão fixados equitativamente. ● Art. 85, só será fixado em valor quando não tiver proveito econômico ou valor condenatório. ● Ex:. investigação de paternidade, então será analisada equitativamente. → Tratando-se de ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual dos honorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas com mais doze vincendas. PARAMOS AQUI → Caso o processo esteja em grau de recurso, o tribunal poderá majorar os honorários levando em consideração o trabalho adicional realizado na fase recursal, a majoração também vale para as ações envolvendo a Fazenda Pública. → Podem ser cumuláveis CORREÇÃO DA PROVA → Questão 1 dissertativa: via de regra ele é relativo, porque em algumas exceções ele é absoluto, sendo eles três…. Alternativas 2) D 4) E 5) D 17/08 Honorário advocatícios → Natureza condenatório: ● percentual de 10 a 20 ( valor da condenação) ● percentual de 10 a 20 (proveito econômico) ● não tem proveito econômico (percentual de 10 a 20 do valor da causa) → Natureza declaratória ou constitutiva: ● serão estimados equitativamente em valor pecuniário ○ pequeno valor (natureza condenatória) ○ valor inestimável (está falando do valor da causa) ○ irrisório proveito econômico (natureza condenatória) ○ Portanto, as 3 situações acima são de natureza condenatória, seus valores são pequenos, então o legislador incluiu elas na natureza declaratória e constitutiva, assim os honorários advocatíciossão pagos equitativamente. → Ação de indenização por ato ilícito contra pessoa: quando alguém morre ou se acidenta de uma maneira que deixe sequelas, a família da vítima e a vítima podem pedir além da indenização, uma pensão sobre a vida que foi perdida ou acidentada. Portanto, para que seja calculado os honorários do advogado nessa questão que tem pensão, será calculado o valor das prestações vencidas, ou seja, desde o momento do acidente, mais 12 prestações vincendas. Honorário nas ações em que for parte a fazenda pública: regras especiais → Como a fazendo mexe com o dinheiro público, tem regras especiais, possuindo um tabelamento para os honorários. Os percentuais (mínimo e máximo) estão fixados nos incs. I a V do § 3º do artigo 85, e devem ser aplicados independentemente do conteúdo da decisão (§ 6º) • VIDE INCISOS § 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais: I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos; II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos; III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos; IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos; V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos. Atenção aos §5°, que trata da fixação dos honorários estipulados nos casos que ação corre na Fazenda Pública → Obviamente a sentença tem que ser líquida, só será ilíquida quando no processo não tem como presumir o valor por conta de por exemplo a vítima ainda estiver em estado de recuperação ou tiver que passar em cirurgia. → Parou no slide 38 30/08 Tit����id��� e co���nça do� ho���ári�� → Art. 23 ● Honorários incluídos na condenação por arbitragem ou sucumbência (eles são direito do advogado que representa a parte vencedora), pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. Portanto, pertencem ao advogado os honorários advocatícios de sucumbência. ● Às vezes o advogado pertence a uma sociedade de advogados, então ele poderá escolher se a verba sucumbencial será paga para ele pessoa física ou para a sociedade de advogados. Portanto, para que seja paga para a sociedade ele terá que colocar essa sociedade na procuração, outorgando poderes para ele e a sociedade. →O novo CPC reconheceu o direito dos advogados públicos ao recebimento de honorários sucumbenciais, nas causas em que a Fazenda Pública consagrar-se vencedora. Advogado público recebe verba de honorários advocatícios, defensores públicos não recebem, pois há uma discussão sobre a função de defensor que não se encaixa como advogado. ● Honorários sucumbenciais - Percentual no mínimo 10% ou no máximo 20%, ou por equidade. Dr Calc planilha de Cálculo para honorários Se os honorários forem fixados em quantia certa, os juros de mora incidirão a partir do trânsito em julgado (art. 85, §16) Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da decisão. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA: CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS, PROCEDIMENTO, IMPUGNAÇÃO E RECURSOS Instrumento de promoção acesso à justiça, seguindo o artigo 5°, LXXIV da CF: →Assistência Judiciária (advogado gratuito) - Direciona-se ao estado, por meio das defensorias públicas ou de advogados especialmente nomeados para esse fim, patrocinar causas daqueles que não podem arcar com os honorários contratuais de um advogado. ● Existem critérios objetivos para que você possa ter a assistência judiciária gratuita. →Gratuidade judiciária (justiça gratuita, não antecipação das despesas do processo) - suspensão da exigibilidade do valor das custas processuais e honorários. Art 98 do CPC - pessoas físicas e jurídicas. ● Já esse são critérios subjetivos, no qual o juiz poderá usar os mesmo critérios acima para dar a gratuidade judiciária. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. § 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. ● possibilidade de parcelamento do pagamento ou mudança pela gratuidade mesmo que o processo já tenha sido iniciado. ● Nos casos de perícia quando a pessoa possui gratuidade, terá a perícia financiada pela verba dos cofres judiciários. → No caso de pessoa jurídica ela pode pedir a gratuidade de justiça, mas terá que comprovar a situação negativa de sua renda, ou seja, terá que comprovar que a empresa está no vermelho. → Conforme dissertado anteriormente, a gratuidade de justiça pode ser requerida em qualquer parte do processo, visando que imprevistos e mudanças de remuneração podem acontecer durante o processo, então pode ser concedida a gratuidade judiciária no meio do processo. → A gratuidade é pessoal e intransferível, caso o autor da ação peça a gratuidade e ele morra antes do processo ser concluído, o herdeiro terá que requerer para ele também, pois ela é pessoal, tendo a ver com as condições da própria pessoa. → No caso de impugnação do benefício, a pessoa que pediu a gratuidade terá que pagar tudo que lhe foi concedido como gratuito. ● Sendo diferente nos casos de quando você pede a gratuidade, mas no decorrer do processo você possa pagar, nesse caso há uma melhor condição de vida do indivíduo, então nessa questão o indivíduo só pagará a partir desse momento que ela tem condições em diante, não pagará o que antecedeu. Procuradores → Para que o advogado possa agir e falar em nome da parte, ele precisará de um instrumento jurídico que lhe dê poderes para tal, sendo ele a procuração. ● Caso o advogado faça algo sem o consentimento do cliente ou a procuração, os atos não serão ratificados, sendo considerados eles ineficazes, então neste caso o juiz até dá um período para que faça a procuração, mas caso ele não o faça em tempo hábil, serão considerados ineficazes todos os atos propostos. Procuração ● Art. 105: a procuração geral para o foro (cláusula ad judicia) habilita o advogado a praticar todos os atos do processo. Colocar poder geral para o foro, cláusula ad judicia , que dá quase todos poderes para os advogados, excetos os especiais que devem ser especificados um a um Exceto art 105 do CPC: - receber citação - confessar - reconhecer a procedência do pedido - transigir - desistir - renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação - receber, dar quitação - firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. Dados necessários da Procuração Outorgante: Cliente (nome + qualificação completa) Outorgado : advogado + sociedade de advogados (OAB+endereço) Poderes: - Geral para o foro - Especiais (um por um) Finalidade: Causa Data, local, assinatura (outorgante) A assinatura do advogado não é necessária. Quanto a necessidade de Procuração: Defensor público, também não é necessárioa procuração. Quando o Juiz nomeia o advogado, também não é necessário procuração. A procuração não tem perda de validade, exceto quando há revogação ou renúncia, morte ou interdição de uma das partes. Em caso de morte do advogado, sendo o único, extingue o mandato, no entanto se estiver na sociedade dos advogados, esta continuará válida. Renúncia - Advogado renuncia o caso, pode ser em qualquer tempo, não é necessário motivo. Mas é necessário avisar primeiro o cliente, e continuar em 10 dias posteriores à renúncia para se retirar dos autos. Revogação - Cliente não tem mais interesse que o advogado continue, e deve constituir advogado, a revogação pode ser em qualquer tempo, não é necessário motivo. Direitos dos advogados - Art. 107 Art. 107. O advogado tem direito a: I – examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos; (eletrônicos) II – requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias; III – retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. § 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio. § 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos. § 3º Na hipótese do § 2º, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. § 4º O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3º se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz. § 5º O disposto no inciso I do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos eletrônicos. Sucessão das Partes e dos Procuradores Morte: Suspende processo, constitui novo advogado, segue o processo. Caso tenha outro advogado na procuração, o andamento não é suspenso, continuará normalmente. Morte da parte: Ato intervivos: O condomínio cobra a cota condominial da unidade 11, que está devendo 3 cotas condominiais, que neste caso está em nome da construtora, depois de citada a construtora avisa que o bem já foi tomado posse pelo comprador. Então quem comprou tem que pagar os 3 cotas condominiais. Neste caso é autorizado a sucessão por ato inter vivos. A e B discutem a propriedade do bem X, enquanto estava em andamento o B vendeu o bem para C, nesse caso C, substitui o B no processo? Esse objeto alienado A regra é que as partes que começaram, vai até o fim do processo, conforme artigo abaixo: Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei. Somente C poderá suceder o B, caso o A concorde, dentro das limitações da Lei. No máximo, o C poderá ingressar como assistente de C. B+C como parte, pois o bem em discussão agora se tornou de C. 06/09 Matéria de prova: → Litisconsórcio (4 vídeos) + resumo no Classroom - entregar até a data da prova → intervenção de terceiros + resumo no Classroom → Pastas 4, 5 e 6. - Matéria da Prova. Litisconsórcio CONCEITO → Ats 113 a 118 → É quando tem em um mesmo processo, mais de um réu. CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO → Quanto à posição das partes: ativo (mais de 1 autor), passivo (mais de 1 réu) ou misto; → Quanto ao momento de sua formação: inicial ou incidental (ulterior); → Quanto à obrigatoriedade da formação: necessário (obrigatório) e facultativo; →Quanto à uniformidade da decisão: simples e unitário. → Admite-se o litisconsórcio em qualquer procedimento, inclusive nos juizados especiais. Quanto à posição das partes → Ativo: pluralidade de autores. Mais de um autor → Passivo: pluralidade de réus. Mais de um réu → Misto: pluralidade de autores e réus, ao mesmo tempo Quanto ao momento de sua formação Inicial: quando sua formação é pleiteada na petição inicial. Ex. várias pessoas envolvidas em um acidente de veículos, em conjunto, ingressam com ação de reparação de danos contra o ofensor (litisconsórcio ativo inicial) Incidental (ulterior): quando o litisconsorte não é indicado na petição inicial e poderá se formar das seguintes maneiras: Litisconsórcio incidental (ulterior) A) em razão de uma intervenção de terceiro (denunciação da lide; chamamento ao processo); B) pela sucessão processual, quando os herdeiros ingressam no feito sucedendo a parte falecida; C) pela conexão, se determinar a reunião das demandas para processamento conjunto; D) por determinação do juiz (intervenção iussu iudicis), nas hipóteses de litisconsórcio passivo necessário não indicado na inicial. Art. 115, parágrafo único. Ex. ação de usucapião. Quanto à obrigatoriedade da formação Necessário (obrigatório): decorre de imposição legal ou da natureza da relação jurídica. Facultativo fica a critério do autor a formação. Litisconsórcio necessário Exemplos: ações que versem sobre direito real imobiliário devem ser propostas contra marido e mulher; na ação de usucapião, a lei exige não só a citação daquele em nome de quem estiver registrado o imóvel usucapiendo, mas também a citação dos confinantes e terceiros interessados, exceto quando a demanda tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio. Litisconsórcio facultativo A formação do litisconsórcio facultativo fica, a princípio, a critério do autor, desde que preenchidos os requisitos legais, isto é, quando entre os litisconsortes houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; quando entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; ou quando ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. Litisconsórcio facultativo: irrecusável ou recusável Art 113 do CPC Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. § 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. Via de regra, preenchidos os requisitos legais, o juiz não pode recusar o litisconsórcio pretendido pelo autor. Entretanto, pode ocorrer de o número de autores ou de réus alcançar nível extremamente elevado (multitudinário), comprometendo a rápida solução do litígio, dificultando a defesa ou o cumprimento da sentença. O desmembramento poderá ser decretado pelo juiz ou a pedido da parte ré (interrompendo, nessa última hipótese, o prazo de resposta, que recomeçará a correr da intimação da decisão). Quanto à uniformidade da decisão Litisconsórcio simples: quando a decisão puder ser diferente para cada um dos litisconsortes. Ex. da ação de reparação de danos em decorrência do acidente de veículos, com várias vítimas. Litisconsórcio unitário: quando a demanda tiver se ser decidida de forma idêntica para todos os litisconsortes. Ex. dois ou mais condôminos atuam em juízo na defesa da coisa comum. LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO E NECESSÁRIO. SIMPLES E FACULTATIVO Não necessariamente o litisconsórcio necessário será unitário (ex. usucapião); Não necessariamente o litisconsórcio facultativo será simples (ex. acidente, quanto à responsabilidade) AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES “Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como