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2 ano - anotações - Direito Processual Civil I

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Direit� Processua� Civi�
Conceitos de:
● Jurisdição:
○ Foco na jurisdição estatal
○ Poder judiciário: porque realiza a jurisdição? Antes não havia intervenção
estatal, conflitos resolvidos pelas próprias mãos → Injustiça e
descontentamento na sociedade
● Ação: meio de acesso ao Poder Judiciário e a jurisdição
○ A ação é um direito constitucional de natureza processual
○ Direito de quem? PESSOAS (TODAS ELAS! Físicas ou jurídicas)
○ Direito de que? Obter a prestação/tutela jurisdicional.
● Processo: Instrumento de ação jurisdicional. Meio de comunicação com o Poder
Judiciário para realizar a jurisdição e atender a solicitação do titular do direito de
ação.
○ 1º ato: petição inicial
01/03/2023
Açã�: evoluçã� � teoria�
→ Direito de todas as pessoas
→ Conceito: direito público de acionar a jurisdição.
● Público: se dirige contra o Estado-juízo
● Subjetivo: O. BNDES. Nnn. N. N. N. N. N. Nnn nnn nnnnnnnnn. N N N. N.
N nn N N nnnnnn N nn. Nbnn. N N N. N. N. N nn. N n nn nnn N N.
N. N. Nnn nn. Nn nnnnnnnnnn N. Nnnnnnnnnnn nn. jurídico faculta aquele lesado
em seu direito de pedir a manifestação do Estado → aspecto que não precisa
NECESSARIAMENTE estar presente.
● Ação: direito a um posicionamento estatal que solucione o litígio, fazendo
desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses, pouco
importando qual seja a solução a ser dada pelo juíz.
⇒ Direit� d� açã�: direito de acionar o Estado em busca da jurisdição (atuação do
Judiciário).
● No passado: teoria civilista que atrelava o direito de ação ao direito material. Nesta
hipótese, o direito de ação existia para servir o direito material.
● Passo importante para o direito de ação: autonomia. Nascimento de um Direito
Processual para regulamentar o direito e o processo. Não preciso do direito material
para ter o direito de ação (um não depende do outro para existir).
Conclusão: Teoria da ação como direito autônomo e abstrato, não dependendo do direito
material para existir.
15/03/2023
Requisit� processuai� necessári� à concret�açã� d� tutel� d� mérit�
→ Legitimidade ordinária → quando há alguém em nome próprio, defendendo direitos
próprios.
→ Legitimidade extraordinária→ nome próprio defendendo direitos alheios.
Interesse processual: se explica pela necessidade e pela adequação
● Necessidade: voluntária ou legal
○ Voluntária: simples direito de ação + lesão ou dano → em alguns segmentos
exigem que você passe pela esfera da administração primeiro.
○ Legal: em algumas coisas só se consegue resolver passando pelo judiciário
(não existe o sistema multiportas).
● Adequação: quanto ao pedido e ao procedimento.
○ Pedido:
■ concludente (conclusão da causa do seu pedido)
■ lícito
■ possível
■ não pode ser proibido de se pedir (nosso ordenamento é permissivo,
você pode pedir tudo que não for proibido de se pedir).
⇒ Não se pode dar uma sentença de mérito sem abrir para o contraditório, ouvir o réu!
→ Quando há uma sentença que foi julgada improcedente por mérito (sem lei anterior que
julgue o caso), mesmo que mude a legislação, a lei em si, não poderá o autor entrar
novamente na justiça pelo mesmo caso, pois já foi julgado por mérito.
Opinião da profº: O juiz não tem que desperdiçar a atividade jurisdicional julgando por
mérito acerca de temas ilícitos, impossíveis ou proibidos, pois eles podem não ser mais
caracterizados dessa forma (ex. divórcio).
Element� d� açã�
→ são pelos elementos que eu identifico a ação → é importante identificar a ação está no
fato de que com isso evitarei ações idênticas em andamento. O poder judiciário não pode
ser provocado para decidir 2x a mesma questão.
Toda ação (a regra) tem que ter 3 elementos:
● Partes:
○ Quando se trata de jurisdição voluntária, onde tenho um interesse de me
conduzir ao judiciário porque a própria lei me permite, não há partes em
sentido estrito (autor e réu → ação de conhecimento ou execução), mas há
em sentido amplo, as partes que estão interessadas.
○ Exequente e executado para a ação de execução
○ Não tem mais ação cautelar, o que posso fazer são pedidos cautelares
dentro da ação de conhecimento ou da ação de execução.
● Causa de pedir: fato + fundamentação jurídica. Quando você vai ao judiciário, você
tem que contar ao juiz o que aconteceu, o porquê você está ali. A fundamentação é
a valoração do seu fato pela norma → tem fatos que não são valorados no
ordenamento jurídico.
● Pedido: Pretensão da parte → conclusão da causa de pedir
→ Morto não pode ser parte porque deixa de ser pessoa.
→ Pode ter mais de um autor ou mais de um réu ao mesmo tempo numa ação? Sim, isso
se chama litisconsórcio.
22 d� març� d� 2023
● Coisa Julgada Art. 502 do CPC: Denomina-se coisa julgada material a autoridade
que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
1ªAção ⇢ Decisão
● Litispendência: ocorre quando duas ações que possuem as mesmas partes, as
mesmas causas e os mesmos pedidos são ajuizadas, fazendo com que existam
2 processos simultâneos.
→ Esses casos duplicados acontecem por desorganização dos próprios
autores da ação.
→ A diferença entre litispendência e coisa julgada é que, enquanto a primeira
ocorre quando um processo idêntico está em curso, quando não houve a
sentença ainda, a segunda já teve decisão em trânsito julgado.
→ Quando ocorre de o mesmo processo ser julgado em várias varas, o
último juiz remete os autos ao primeiro juiz.
● Conexão: é a relação de semelhança entre demandas, que é considerada pelo
direito positivo como apta para a produção de determinados efeitos processuais.
→ Em resumo, a diferença clara, a conexão reúne os processos com as
mesmas causas de pedir e o mesmo pedido, para ser proferida a decisão, e
na litispendência o processo tem as mesmas partes, mesma causa de pedir,
mesmo pedidos e dessa forma o processo é extinto. A preferência será pela
primeira ação da litispendência, onde ocorreu a primeira prevenção
(distribuição da ação).
→ Mudará em relação a litispendência em relação às partes, não serão as
mesmas.
→ Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum
o pedido ou a causa de pedir.
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um
deles já houver sido sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput :
I - a execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato
jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles.
● Continência: é uma forma de modificação da competência, existe ainda a relação
entre os casos, mas é diversa, configurando-se quando existir identidade de partes e
de causa de pedir, e o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
→ Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por
ser mais amplo, abrange o das demais.
→ O pedido continente é o maior e o contido (proferida a sentença sem a resolução do
mérito, art. 58) é o menor.
Classificação das ações
Classificação mais aceita:
● Ação de conhecimento - “Dar ao Juiz o conhecimento dos fatos” “Dar ao réu os
conhecimentos dos fatos”
→ Visa uma decisão, uma sentença, as provas são necessárias para o juiz ter o
convencimento da veracidade, por isso classifica-se em ação constitutiva.
→ o juiz dá 3 decisões: condenatória (pagar, fazer, entregar ou não fazer alguma
coisa), declaratória (o juiz declara a relação de existencia ou inexistencia de uma
relação jurídica, tendo tb o pedido de declarar ou não declarar a veracidade da
causa e por último o abuso do direito) e constitutiva (extinguem relações jurídicas,
modificam estado civil, político, etc e até criam)
Doutrin� ↠ Açã� d� conheciment� � d� �ecuçã�
A ação é o direito do particular de requerer tutela jurisdicional. Sua
classificação deve atender à espécie de tutelainvocada, na sua generalidade. Se
pretender a solução de uma lide, a ação será de conhecimento; se pretender a
efetivação de direito já acertado, será de cumprimento da sentença, se tal for o
acertamento; se o acertamento ocorrer entre os próprios particulares conforme
admitido em lei, para a efetivação da obrigação instaura-se o processo de
execução; se pretender acautelar outros processos, será de cautela. Ação de
conhecimento e ação de execução correspondentes, respectivamente, ao processo de
conhecimento e processo de execução.
Tem-se procurado dar outra ideia de tutela jurisdicional, de forma tal que a ação,
continuando como sendo direito a uma sentença de mérito, passa a ser
também forma de dar efetivação ao direito material, com resultados eficientes e
justos. Em outras palavras, para que o processo atinja sua finalidade, não basta
que o interessado logre alcançar uma sentença de mérito, mas também o resultado
adequado, na forma e momento também próprios. Vale a pena, embora não seja o
sistema do livro, citar a passagem de Cândido Dinamarco: “O direito moderno não
se satisfaz com a garantia da ação como tal e por isso é que procura extrair da
formal garantia desta algo de substancial e mais profundo. O que importa não é
oferecer ingresso em juízo, ou mesmo julgamentos de mérito. Indispensável é que,
além de reduzir os resíduos de conflitos não jurisdicionalizáveis, possa o
sistema processual oferecer aos litigantes resultados justos e efetivos, capazes de
reverter situações injustas e desfavoráveis. Tal é a ideia de efetividade da tutela
jurisdicional, coincidente com a da plenitude do acesso à justiça e a do processo civil
de resultados” (Tutela Jurisdicional, RF, 334:18).
23-03-2023
● Ação de execução
→ precisa-se de um título executivo extrajudicial para entrar com uma ação de
execução, então tudo depende do título, sendo eles: contratos assinados pelo
devedor e por 2 testemunhas, cheque, nota promissória, duplicata, etc.
→ os títulos executivos possuem o judicial e o extrajudicial, o primeiro é formado
mediante atuação jurisdicional, já o segundo é formado por ato de vontade das
partes envolvidas na relação jurídica de direito material (ou somente de uma delas)
● Portanto, quando tem-se o título executivo, que é a prova, usa-se a ação de
execução, quando não se tem esse título, precisará ingressar com a ação de
conhecimento.
● Ação mandamental: o provimento judicial ordena que se cumpra alguma coisa.
Doutrin� ↠ Açã� declaratóri�, condenatóri� � constitutiv�
Toda ação de conhecimento é declaratória, pois, de qualquer forma, ela sempre objetiva a
declaração da existência ou inexistência de relações jurídicas entre as partes.
Chama-se, porém, simplesmente declaratória a ação que apenas declara a existência ou
inexistência de relação jurídica (investigação de paternidade – declaração de filiação) ou
autenticidade ou falsidade dedocumento (art. 19, I e II).
Se à simples declaração se aderir a imposição de cumprimento de determinada prestação
pelo réu, tem-se a ação condenatória (o credor pede o reconhecimento do crédito e a
condenação do réu ao pagamento).
Se, pela declaração, há a criação, modificação ou extinção de um estado ou relação
jurídica, tem-se a ação constitutiva (rescisão de contrato, pedido de anulabilidade do
negócio jurídico por fraude contra credores, separação judicial e o divórcio contencioso).
O pedido simplesmente declaratório é admissível, ainda que haja violação de direito
(art.20), ou seja, decisão que poderia gerar condenação.
O art. 584 do Código de 1973 diz que “São títulos executivos judiciais: I) a sentença
condenatória proferida no processo civil”.
Ao disciplinar o “cumprimento da sentença”, a Lei n. 11.232/2005 rompeu a tradição de se
considerarem apenas condenações expressas para se dar efetivação a direito reconhecido e
adotou, no Código, no art. 475-N, a seguinte posição:
“São títulos executivos judiciais:
I) A sentença proferida no processo civil que reconheça a existência da obrigação de fazer,
não fazer, entregar coisa ou pagar quantia certa”. O art. 502, I, do novo Código registra o
seguinte dispositivo:“São títulos executivos judiciais...: I. As decisões proferidas no
processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de
não fazer ou de entregar coisa”. Em razão, pois, da nova orientação, é de se entender que,
se a sentença declaratória reconhece, ainda que seja a favor do autor, ou mesmo do réu, em
ação declaratória negativa, ou em sentença de improcedência, obrigação de fazer, não
fazer, entregar ou pagar, a declaração equivale à verdadeira sentença condenatória que
enseja cumprimento de sentença, ressalvadas, certamente, as obrigações ainda não
exigíveis e as sentenças que apenas declararam relação jurídica, sem estabelecer, em razão
de sua própria natureza, qualquer obrigação a ser cumprida, como seria, por exemplo, a
investigação de paternidade.
Coisa julgada e questões prejudiciais
A coisa julgada recebe sua limitação objetiva pela lide. A lide é o pedido com sua
fundamentação. O proprietário do imóvel propõe ação contra o vizinho, objetivando
reconhecimento de servidão. O réu contesta, negando o direito do autor, sob fundamento
de que servidão não pode existir, porque ambos os imóveis são de sua propriedade,
contrariando o pedido do autor o art. 1.378 do Código Civil de 2002, que exige prédios de
donos diferentes. Julgando o pedido procedente ou improcedente, embora forçado a se
pronunciar sobre a propriedade, entendia-se que o juiz sobre ela nada decidira, com força
de definitividade, já que a limitação da lide estaria no pedido de servidão. A questão da
propriedade seria mera prejudicial (art. 469, III, do Código de 1973).
Se qualquer das partes pretendesse, poderia, no próprio processo, formular pedido
declaratório incidente, para que o julgamento incidisse também sobre a questão prejudicial
(arts. 5º, 325 e 470). Era a ação declaratória incidental que existia ao lado da declaratória
comum.
O Código atual, embora não ignorando a existência das questões prejudiciais, mudou a
orientação, admitindo a ocorrência de coisa julgada sobre elas, se da resolução depender o
julgamento de mérito; se tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no
caso de revelia; se o juízo for competente em razão da matéria e da pessoa (art. 503, § 3º, I
a III).
Ação executiva lato sensu e ação mandamental
Recentemente, parte da doutrina pretende ainda a existência de mais duas espécies de
ações: a executiva lato sensu e a mandamental. A primeira seria a correspondente à
sentença a que se aderisse o elemento da auto- executividade, como ocorre nos pedidos de
reintegração de posse. A segunda seria ação que objetivasse sentença ultrapassando a
simples declaração, determinando ainda o cumprimento ou abstenção de fato. É o caso do
mandado de segurança e do interdito proibitório.
Próxima Aula : O process�
Doutrin� ↠ Conceit� d� process�. Sentid� jurídic�
Definiu-se a jurisdição como poder-dever do Estado de compor litígios e de dar efetivação
ao direito já acertado.
Ideal mesmo seria que o interessado, ao pretender tutela jurisdicional, do juiz a solicitasse,
e este, imediatamente, lhe prestasse. Isto, porém, não é possível, pois, em se tratando de
julgamento, apenas o Ser Onisciente tem condições de fazê-lo de imediato.
29/03/2023
Process�
Conceito: é a relação jurídica que se estabelece entre autor, juiz e réu, com vistas ao
acertamento, certificação, realização ou acautelamento do direito substancial subjacente
(ponto de vista intrínseco); ou ainda, é o meio, o método ou instrumento para definição,
realização ou acautelamento de direitos materiais (ponto de vista extrínseco).
● Instrumento para fazer uma comunicação ao Poder Judiciário; O Poder Judiciário
também se utiliza do processo como meio de instrumento de resposta à
comunicação → instrumento a serviço do direito material, do direito de ação e da
jurisdição.
Ponto de vistaintrínseco:
→ Relação jurídica processual → que se dá entre os sujeitos do processo, então cada
parte tem o seu papel, se relacionando com os outros na relação processual, pessoas
que participam do processo em constante relacionamento (ideologia da prof).
Ponto de vista extrínseco:
O processo foi criado pelo legislador para servir de instrumento, mas não há materialidade
nesse processo até que os atos aconteçam (que é o que dá forma ao processo). O
procedimento (atos).
→ O processo é regulamentado em que lei/normatização?⇒ Pelo Direito Processual.
● O Direito Processual regulamenta o processo e tudo que diz respeito a ele (Ex.
Regulamenta o Poder Judiciário, a ação, o processo, os atos do processo, os
sujeitos do processo).
● Onde está regulamentado o Direito Processual?
○ Constituição Federal: Poder judiciário, princípios processuais
○ Códigos de processos (para nós interessa o civil)
○ Leis que não fazem parte dos códigos de processo mas tem natureza
processual (ex: lei de arbitragem).
→ Objetos do direito processual: tem como objeto a função jurisdicional exercida pelo
estado (busca pela efetividade das leis materiais).
→ Os princípios do Direito Processual Civil são o devido processo legal (processo que se
desenvolve desde o início até o fim cumprindo o devido processo, o andamento conforme a
lei), dignidade da pessoa humana (determina o valor inerente da moralidade), legalidade
(ninguém poderá ser obrigado a agir, fazer ou não fazer, sem que seja em virtude da lei),
contraditório , ampla defesa, publicidade, duração razoável do processo, igualdade,
eficiência, boa fé, efetividade, adequação, cooperação, respeito ao autorregramento da
vontade no processo, primazia da decisão.
→ A LEI QUE REGULAMENTA A MAGISTRATURA É LEI PROCESSUAL
Autos de um processo:
● representação, os registros dos atos processuais. Ex: documentação do processo,
petição inicial, citação do réu, despacho do juiz, etc.
Sujeitos do processo
● Partes
● Estado-juiz
● advogados
● Ministério Público → no processo civil não é tão comum a atuação do MP (mais
focado na atuação penal, representando a sociedade no caso).
● Auxiliares da justiça
● Terceiros intervenientes
Pressupostos processuais
→ São requisitos que devem estar presentes no processo, sob pena de esse processo ficar
inapto, viciado, etc, podendo contaminar o acesso à justiça, porque o juiz não irá julgar o
mérito se estiver com problema no pressuposto processual.
● Plano de existência (pressuposto):
○ Subjetivos: capacidade de ser parte. Quem pode ocupar o pólo ativo em
uma ação? E o polo passivo? Quem pode ser autor e quem pode ser réu? →
Todas as pessoas, sejam físicas ou jurídicas, têm capacidade de ser parte
(personalidade judiciária - espólio, massa falida, condomínio, herança
jacente, câmara municipal, etc. Mesmo não sendo consideradas como
pessoas no ordenamento jurídico, a lei oferece personalidade jurídica para
que possam ser parte).
■ Animais têm capacidade de ser parte? Sendo reclassificados no
nosso ordenamento jurídico, sendo promovidos para seres
sencientes. Por hora, ainda não tem capacidade de ser parte.
■ Morto (a junção dos bens dele se torna espólio) : não tem capacidade
de ser parte. Quando morreu, deixou de ser uma pessoa.
○ Existência de um órgão investido de jurisdição: refere-se a autoridade
jurisdicional para que seja julgado as querelas da população, pois se não
houver essa autoridade, essa autonomia, qualquer um que se julgar em
direito, pode se fazer passar por judiciário.
■ órgão investido de jurisdição: juiz. O processo instaurado perante um
NÃO JUIZ é um não processo e a decisão nele prolatada é uma não
decisão.
■ Uma decisão julgada por alguma sociedade não judicial, essa decisão
configura-se em vício e poderá ser desconstituída via impugnação ao
cumprimento de sentença, então caso alguém se passe por um juiz,
todos os atos e sentenças por ele demandadas serão inexistentes.
○ Objetivos: existência de uma demanda → como uma demanda passa
efetivamente a existir?
■ Petição inicial protocolada no sistema do Poder Judiciário.
■ Preciso que a parte interessada tenha a iniciativa de ajuizar uma
demanda e faça isso. Se não protocolar, a demanda não existe
(competência absoluta é requisito de validade, passível de ação
rescisória).
○ A consequência é mais grave.
○ Querela nullitatis (ação de nulidade absoluta).
● Plano de validade (requisito):
○ Vícios que podem ser corrigidos.
○ Subjetivos
■ Imparcialidade - para manter a integridade e justiça do processo,
caso o juiz seja primo de quarto grau do autor ou réu, poderá ele
ainda julgar o caso.
■ Competência do órgão jurisdicional.
■ Capacidade processual: o bebê tem capacidade processual, podendo
estar por ele mesmo em juízo? não. As pessoas absolutamente
capazes que tem capacidade de representar a si mesmo em juízo,
tendo capacidade processual
● Relativamente incapazes e absolutamente incapazes: têm que
estarem sendo assistidos ou representados.
● Pessoa jurídica: só preenche capacidade processual se for
representada.
● Se o réu da ação está preso ou foi citado por edital ou hora
certa, tem que nomear a ele um curador especial se ele não
comparecer.
● Pessoas casadas: para ajuizar ação envolvendo direitos reais
ou possessórios imobiliários, precisam da autorização do
cônjuge.
○ Objetivos
○ Ação rescisória, para anular aquilo que estava defeituoso, refazer do jeito
certo e prosseguir. O prazo é de dois anos contados da coisa julgada. Se
percebi o problema depois de 2 anos, não há mais nada a ser feito.
● Requisitos processuais necessários à admissibilidade do processo
→ Qual a finalidade do poder judiciário está dividido em órgãos? Distribuir o trabalho
jurisdicional entre eles.
→ transitado em julgado e coisa julgada são a mesma coisa.
05/04/2023
Prova vale 8
Atividades valem 2
continuou a explicação de pressupostos processuais.
Doutrin�
Por outro lado, e sem entrar na discussão sobre a forma processual adequada para o
litisconsorte necessário que não participou do processo atacar a decisão transitada em
julgado – ação rescisória ou querela nullitatis –, entendo que o dispositivo também não
tenha sido criado para ele. Trata-se indubitavelmente de terceiro prejudicado e assim
sempre teve legitimidade ativa para a ação rescisória.
Conclusivamente, o legislador parece ter pretendido ampliar a legitimidade ativa da ação
rescisória, mas criou dispositivo inócuo e incapaz de atingir tal objetivo.
12/04/2023
Requisitos processuais objetivos positivos
→ Refere-se aos atos do processo. Todo processo se desenvolve por uma sequência de
atos: petição inicial, até chegar na sentença, então o legislador vê e interfere na forma do
ato, os requisitos que precisam estar presentes.
→ Série de requisitos formais, eles compõem o formalismo processual (requisitos objetivos
intrínseco de validade do processo).
Citação
→ Ato indispensável do processo, é com a citação que a relação processual é válida, é
completa, constituindo então outra das exigências formais da validade.
→ Se os atos do processo não observarem a forma, mas atingirem a finalidade essencial,
ele é válido, pois o mais importante não é a forma, mas sim o resultado.
Requisitos processuais objetivos negativos
→ Um vício extrínseco, referindo-se aos fatos que não podem ocorrer para que o processo
se instaure validamente.
→ Ex:. litispendência, perempção, convenção de arbitragem e a coisa julgada.
Li - pe- conv - coisa
Requisitos processuais necessários à admissibilidade do processo
→ terceira categoria de “pressupostos processuais” .
→ Interesse processual:
● necessidade ou utilidade da providência jurisdicional, precisando de adequação para
entrar com a ação.
→ Legitimidade para a causa:
● titulares da relação deduzida - legitimidade ordinária
● Terceiros propondo ações para outrem - legitimidade extraordinária, ocorre em casos
excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que
admite-se que alguém vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses
alheios.
● Legitimidadeextraordinária:
○ Subordinada - depende da presença do legitimado ordinário (assistência, são
relações em que terceiros intervenientes entram em assistência no processo
para defender direito alheio, no qual a sentença vá atingi-lo, sublocação).
○ Autônoma - legitimado extraordinário, independe do legitimado ordinário,
podendo ser exclusiva e concorrente, no qual a primeira a ação só pode
ser movida pelo legitimado extraordinário, já a segunda é aquela que a ação
pode ser proposta tanto pelo ordinário, quanto pelo extraordinário
Conclusão sobre os requisitos processuais
→ São matérias de ordem pública, então o juiz pode apreciar a questão de ofício, salvo na
convenção de arbitragem, pois nela precisa do acordo de vontade das partes, portanto, o
juiz não pode interferir.
→ A falta de legitimidade e interesse conduz a uma sentença sem resolução do mérito;
porém, antes, será possível alterar o polo passivo (art. 338)
→ No caso de litispendência, perempção e coisa julgada, haverá sentença sem resolução
do mérito, porém não será possível repropor a ação.
2º Bim���r�
03/05/2023
A �nçã� jurisdiciona�
→ Artigos 16 a 41
→ Limites da jurisdição nacional e cooperação Internacional
Doutrin� - Função jurisdicional
A função jurisdicional é aquela que, por força da tripartição dos Poderes,
coube ao Poder Judiciário. Compreende, como se verá, não apenas a tarefa de dizer o
direito aplicável ao caso concreto, mas de realizá-lo coativamente (o que se faz através da
execução ou da fase de cumprimento de sentença). Tem em vista, antes de mais nada, a
preservação da ordem jurídica e da paz social.
Daí por que o direito processual civil é ramo do direito público, embora,
Imediatamente, sirva de instrumento para a solução do conflito de interesses que lhe é
apresentado, que pode ser, a seu turno, de índole privada ou pública.
O que efetivamente distingue a atividade jurisdicional é que as decisões do
Judiciário se revestem da autoridade de coisa julgada. Ou seja, esgotados os recursos
cabíveis no processo em que são proferidas, desde que tenha havido resolução do mérito,
tornam-se imutáveis, não podendo, em linha de princípio, ser rediscutidas, nem naquele,
nem em outros processos.
Jurisdição civil
Aquilo que não cabe na esfera de atuação, ou, em linguagem estritamente técnica, que não
seja da competência das jurisdições especializadas (trabalhista, eleitoral e militar), será
da atribuição da jurisdição ordinária ou comum. Dentro desta, aquilo que não couber na
jurisdição penal, por exclusão, caberá na jurisdição civil. Estamos, é claro, falando da
jurisdição contenciosa, ou seja, a que resolve os conflitos de interesses (rectius, lides).
Ao seu lado existe, como já foi observado, a (impropriamente) chamada
jurisdição voluntária ou graciosa, que, sem embargo de caber ao Poder Judiciário, não
se constitui em atividade jurisdicional propriamente dita, senão que na realidade
compreende uma atividade tipicamente administrativa, daí por que alguns a conceituam
como administração pública dos interesses privados. Da jurisdição voluntária tratar-se-á
mais adiante.
A jurisdição civil é regulada pelo art. 16 do CPC:
“A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional,
conforme as disposições deste Código”.
Natureza da função jurisdicional do Estado
Vem expresso no art. 5º, XXXV, do texto constitucional: “A lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, que consubstancia o princípio constitucional da
inafastabilidade do Poder Judiciário. Assim, também, o art. 3º, caput, do CPC, que estatui
que “não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito”. Já dissemos
que as decisões dos assim ditos “tribunais administrativos” (que, por exemplo, examinam
matérias fiscais) não se revestem do atributo da imutabilidade e poderão ser, sempre,
revistas perante o Poder Judiciário.
Desse modo, a existência de mencionados tribunais administrativos não atrita
Competência internacional
→ precisamos lembrar que temos um Poder Judiciário brasileiro, e este exerce a função
chamada jurisdição. Qual é o limite para o poder judiciário brasileiro exercer sua função (em
questão territorial?) → Brasil.
● O Poder Judiciário brasileiro exerce a jurisdição nos limites do território brasileiro (princípio da
efetividade).→ principio jurisdicional está elencado nos arts. 21 a 25 do NCPC
Isso também tem uma lógica que envolve uma série de espectros, inclusive o respeito à
soberania dos outros países. O poder judiciário brasileiro não pode interferir nos processos
fora do Brasil, em outros países.
→ Nesses casos que não podem ser julgados por conta da jurisdição, eles não são
enquadrados em resolução sem mérito e sim em ausência de competência.
→ Juiz brasileiro não põe o pezinho pra fora do território brasileiro.
→ Aplico somente lei processual brasileira dentro do Brasil (princípio da territorialidade). →
lembrar que a lei processual NÃO se confunde com lei material. São regras que cuidam do
processo (petição, citação, defesa).
PROBLEMA: Tem algumas situações que misturam países e pessoas de países diferentes →
compete ao poder judiciário brasileiro?
Que ações de natureza civil que podem e tem que tramitar aqui e quais não podem ou
não tem que tramitar aqui.
● Ex. 1: um ônibus cheio de argentinos vêm para o Brasil para um jogo de futebol com
o Corinthians, e o ônibus é apedrejado. A ação de reparação de danos que a
empresa de transporte irá promover pode ser proposta aqui? Se os argentinos
dentro do ônibus machucaram, podem solicitar reparação de danos por ação daqui?
● Ex. 2: fui para a espanha e conheci um espanhol e casamos na espanha, fiquei
morando lá. Quero me divorciar, posso realizá-lo aqui?
● Ex. 3: Um avião americano veio sobrevoar o território brasileiro, e colidiu com um
avião da Gol e o derrubou, morrendo todos. A família da vítima que estava no avião
da Gol pode propor uma ação contra o avião americano aqui no Brasil?
Artigos 21 - 25
Limites da jurisdição nacional = Competência internacional
→ Competência concorrente: não exclui a soberania dos outros países, então o
interessado . Ou seja, quer dizer que a justiça brasileira tem competência, mas ela não
toma para si essa responsabilidade.
● Precisa passar pelo STJ e homologar essa decisão (juízo de delibação), ou
seja, ele irá verificar se já não teve uma ação como essa, se não teve uma
ação parecida, para depois dar seu veredito. → NÃO É CONSIDERADO
LITISPENDÊNCIA, só é considerado se a ação for trazida para o Brasil.
● Hipóteses de competência concorrente:
○ Quando o réu estiver morando no Brasil, ações que precisam ser
cumpridas a obrigação no Brasil e quando o ato foi praticado no Brasil.
propõe → tem competência mas não toma para si com exclusividade. Pode
ser proposta aqui, mas não impede que seja resolvida para fora do Brasil
desde que a legislação do outro país permita.
○ Ações de alimentos quando o credor tiver domicílio ou residência no
Brasil ou o réu mantiver vínculos no Brasil → se EU que estou pedindo
alimentos tenho residência no Brasil, posso pedir aqui. Se EU que estou
pedindo não tenho domicílio mas a pessoa em face a qual peço os alimentos
também não tenha: posso propor a ação se a pessoa tem algum tipo de bem
ou renda aqui.
○ Quando o consumidor tiver residência no Brasil (não importa se trouxe
pra cá, comprei de site internacional, o que importa é que tenho residência
no Brasil e realizei uma relação de consumo).
○ As ações em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à
jurisdição nacional → quando se tem um negócio com alguém e escolhe o
foro brasileiro para resolver qualquer problema decorrente desse negócio →
foro de eleição (submissão jurisdicional nacional)
→ Competência exclusiva: O legislador brasileiro não autoriza que seja resolvida essa
questão em outro país. Ou seja, só pode fazer aqui, nacionalmente.
● Hipóteses de competência exclusiva:
○ Conhecer ações relativas a imóveis situados no Brasil.
○ Sucessão: procedero inventário dos bens situados no Brasil (bem móveis ou
imóveis), ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira.
○ Divórcio, separação ou dissolução de união estável: proceder à partilha de
bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira
ou tenha domicílio fora do território nacional.
→ Cláusula de eleição de foro
Cooperação internacional
● Consequência da intensificação das relações internacionais
● O juiz brasileiro jamais sairá daqui para praticar o ato fora daqui (somente aqui no
território nacional)
● Para que haja a cooperação internacional, deverá haver um acordo, tratado,
convenção. Se não houver, não há como ter cooperação.
● Carta rogatória
Qual a principal legislação do Brasil que trata da cooperação internacional?
○ Acordos, convenções, tratados, acordos bilaterais de reciprocidade
○ Resoluções do STJ
○ Portarias do MInistério da Justiça
○ Regimento interno do STF
○ LINDB
○ Constituição Federal
○ Novo Código de Processo Civil
A cooperação vai ser regida por tratados internacionais ou por meio de reciprocidade por via
diplomática. Qualquer acordo que o Brasil faça parte, não poderá passar por cima dos
princípios e garantias constitucionais brasileiros. Tem que respeitar as bases da
nossa democracia.
→ Objeto da cooperação internacional? Os países irão cooperar para fazer o que?
- Citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial
- Colheita de provas e obtenção de informações
- Homologação e cumprimento de decisões
- Concessão de medida judicial de emergência
- Assistência jurídica internacional
- Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não é proibida pela lei brasileira.
→ Passiva: O pedido de cooperação jurídica é apresentado ao Brasil por outro Estado
(Brasil recebe o pedido de cooperação)
→ Ativa: Hipóteses em que o Brasil formula um pedido de cooperação jurídica a um estado
estrangeiro (quando o Brasil faz um pedido de cooperação de outro país)
Como os países cooperam entre si? 3 caminhos:
→ Figura do auxílio direto. Art. 30: (caminho menos burocrático que a carta rogatória) →
a autoridade central de um país se comunica diretamente com a autoridade central de outro
país.
● Instrumento de colaboração internacional, seja judicial ou extrajudicial.
● Finalidade: agilizar a cooperação entre os países
● Precisa ver se a legislação autoriza a realização do auxílio direito e não precisa
passar pelo juízo de delibação do STJ.
● Ativo: quando o Brasil solicita
● Passivo: quando recebe o pedido de outro país (sempre quem cumpre é a justiça
federal).
→ Carta rogatória: instrumento jurídico de cooperação entre os países, âmbito
internacional, parecido com a carta precatória, só que a rogatória é internacionalmente.
Nele a autoridade judicial solicita ao Estado que execute o ato jurisdicional já proferido, não
cabendo ao outro Estado exercer qualquer cognição de mérito sobre a questão processual.
● Exequatur: é a autorização prévia concedida pelo STJ para que as diligências
eventualmente requisitadas pela autoridade estrangeira possam ser executadas no
Brasil.
● Art. 109, inciso X, diz que a carta rogatória é executada pelo juiz federal, após
concessão do STJ (exequatur).
● A única coisa que pode ser questionada é o cumprimento, mas não o mérito, sendo
o devido processo legal situado no art. 36 do CPC (caso a sentença venha de juiz
estrangeiro).
→ Homologação por sentença estrangeira:
Quando tenho ações iguais tramitando em países diferentes, não posso falar em
litispendência (a litispendência só é aplicada em território nacional, quando trago a decisão
de fora do Brasil para ser executada aqui).
→ Nos processos brasileiros só aplico a lei processual brasileira. Quando a lei ratifica
tratado ou convenção, passa a ser uma lei nossa também.
→ Art. 105, I, i da CF verifica a formalidade do procedimento pelo STJ, passando para o juiz
federal executar.
→ Alguns juízes adotam a carta rogatória para fins de citação.
04/05/2023
Competência INTERNA e cooperação NACIONAL
→ Artigos 42 a 69
→ Primeiro requisito da petição inicial é o juízo para qual o pedido será dirigido.
→ Limitar a jurisdição e atribuir a competência a cada órgão: O legislador irá definir a
relativização da divisão do trabalho jurisdicional (critérios determinativos da competência),
dando o nome de competência do órgão, sendo assim a competência é a demarcação dos
limites que cada juízo pode atuar. A única competência que irá em todas será a
competência territorial, que refere-se a territorialidade que os entes podem exercer sua
atuação.
Enquadramento da competência
→ É o requisito processual de validade
→ Caso verifique-se que não há competência para o ato expedido por certo órgão,
automaticamente ela será considerada uma relação processual viciada.
10-05-2023
continuação…
→ Critério em razão da pessoa para a cooperação nacional, então em relação a essa
cooperação a Constituição fez a divisão das espécies do Judiciário, mas mesmo nessas
divisões é possível fazer mais divisões para conseguir dar conta de toda demanda.
Normas que norteiam a competência:
→ constituição federal
→ código de processo civil
→ constituição estadual
→ regimento interno dos tribunais
→ leis de organização judiciária
→ leis extravagantes
Princípios norteadores da competência jurisdicional
→ princípio do juízo natural
● juízo competente de certo órgão para resolução de conflitos
● objetiva: consagra a garantia básica de proibição do juízo e respeito absoluto às
regra
● subjetivo: encerra a garantia da imparcialidade do juízo, se o juízo por parente da
parte e tals.
→ princípio da competência sobre a competência
● Por mais incopetente que o juízo seja, ele possui competência para julgar sua
própria incompetência.
● Ex:. Caso vá para a vara do direito do trabalho uma ação de direito civil, ele é
competente para falar que não possui competência para julgar aquele mérito.
→ princípio da perpetuação da competência
● fixada no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações, o que aconteceu depois não importa, só valerá aquilo
que foi feito até o momento da distribuição, para definir o juízo competente.
● Exceções:
○ Quando o órgão é suprimido, passando a competência para o juízo da
comarca que incorporou a circunscrição.
○ Quando houver alteração na competência absoluta em razão da matéria.
→ Critérios determinativos da competência
● Critério objetivo
○ Valor da causa: não constando no CC, fala que uma vez fixada a
competência de foro, em razão de território, podem normas de organização
judiciária utilizar-se do valor da causa ou de outro critério para critério para
criação de juízos privativos.
■ Juizado especial cível: compete aos juizados especiais cíveis apreciar
causa cujo o valor não passe de 40 salários mínimos.
■ 10259/2001 - Juizado especial federal
■ Lei 12.153/2009 - Juizado especial da fazenda pública (julgar as
causas cíveis quando tenha interessado os estados, DF, territórios e
municípios com valor de até 60 salários mínimos)
■ Devido a demanda foi criado os fóruns regionais nas comarcas, isso
se deu por conta da distância que tinha que ser percorrida até chegar
nos fóruns, as vezes dando 30km.
■ Para a lei 9099 de 95 o critério de valor é subjetivo (juizados
especiais cíveis) → aqui encontro pela competência do valor, da
matéria e envolvendo pessoas.
■ A distribuição da competência se dá com base nos elementos da
ação (partes, pedido e causa de pedir). Ademais, leva em
consideração a organização das comarcas, sendo a divisão da
organização judiciária do estado.
○ Matéria: refere-se ao tema, assunto que você está discutindo naquela causa
(critério presente em todas as fatias - órgãos do judiciário), ademais, de que
a qualidade das pessoas envolvidas no litígio não são utilizadas no código
para definir a competência → são critérios sempre absolutos, sem exceção.
■ Ex: STF: compete ao STF dizer se uma lei é constitucional ou
inconstitucional
■ STJ: art. 105 CF, fala que compete ao STJ julgaras causas que
envolvam direitos humanos.
■ Justiças especializadas: criadas para julgar determinados assuntos
(quem julga ações envolvendo o direito do trabalho, é a justiça do
trabalho, por exemplo).
○ Pessoa: define-se a competência do órgão em vista da pessoa que está na
causa.
■ Ex:. Caso eu esteja em uma ação com a União, terei que ir à Justiça
Federal, por exemplo.
■ Ex:. Compete ao STF julgar o presidente da república se ele cometer
um crime comum. Se um governador cometer um crime, será julgado
no STJ.
■ art. 8, seção II - Das Partes (CC)
● Critério funcional: critério básico para determinação da competência relacionar-se
com o conjunto de atribuições que as leis conferem aos diversos órgãos judiciários
que vão atuar no processo.
○ Vertical: quando falo das competências recursais (atribuída a determinado
órgão do Poder Judiciário para conhecer e julgar recurso formulado contra
decisão proferida no processo) e das competências originárias (define o
órgão competente para processar e julgar, originariamente, questão
levantada em juízo → ação que começa acima do primeiro grau), estou me
referindo ao critério funcional vertical. A lei atribui aos órgãos do judiciário
(não a todos) competências recursais.
○ Horizontal: temos que pensar se é possível, num mesmo processo, ter a
atuação de mais de um juízo (órgão), no mesmo grau de jurisdição? Sim, por
carta precatória, por exemplo. // Existe a possibilidade de ser encaminhada
uma causa diretamente para um determinado juízo sem passar por um
sorteio? Sim, quando essa causa tem relação de dependência, de conexão,
acessoriedade e oposição (ex: decidi uma ação de paternidade e vou
decidir uma ação de alimentos → mando para o mesmo juízo da paternidade
para resolver a segunda questão).
■ Trata-se de uma rígida determinação do que cada Ente é competente,
havendo a enumeração da competência da União e reserva de
competência aos Estados e Municípios, havendo um fortalecimento
da autonomia dos entes federativos.
■ Dependência, conexão e acessoriedade.
● Critério territorial: critério que leva em conta a divisão do poder jurisdicional em
razão de foros ou circunscrições judiciárias em que está dividido o país. Todo órgão
do judiciário tem seu limite territorial de atuação. Como chegar no local de
propositura da ação? Pela competência territorial.
- Critério territorial → via de regra ele é RELATIVO, mas há exceções em que
ele se torna absoluto.
- Art. 46, CPC →
- Regra geral: parágrafos 1º ao 4º (aplicada quando não tiver uma lei
especial ou lei extravagante, portanto, aplicada em último caso)
→ domicílio do réu.
- § 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de
qualquer deles.
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser
demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação
será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir
fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão
demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
○ foro geral: a ação deve ser proposta no domicílio do réu. → A regra geral do
critério territorial. As regras estão caracterizadas acima no Art. 46, parágrafos
1, 2, 3 e 4 CPC.
○ foros especiais: fixados em razão da situação da coisa demandada.
- Direito real sobre bens imóveis: você tem que propor onde fica o bem.
Quando tenho ação envolvendo direito real sobre bem imóvel e ele é
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e
de nunciação, não posso ESCOLHER onde vou propor, TEM QUE
SER NO LOCAL DO BEM → critério absoluto.
- Outro critério absoluto: ação possessória imobiliária, onde a ação
deve ser proposta no foro da coisa.
- Se for um outro direito real sobre bens imóveis que não sejam os
citados acima, posso escolher o domicílio do réu ou foro de eleição →
critério relativo
- Art. 48 → onde deixo o inventario do autor da herança no Brasil (o
morto) é no último domicílio a qual se encontrava quando estava viva.
■ Se o autor da herança não possuir domicílio certo a competência
vai para o foro de competência dos bens imóveis.
■ Havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes
■ Não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do
espólio.
- Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu
último domicílio.
- Art. 50. A ação em que o incapaz for réu, será proposta no foro do
domicílio de seu representante.
- Art. 51. Para as causas em que a autora seja a união, a ação será
proposta no domicílio do réu. Quando eu sou autor e a União é ré,
posso propor tanto no meu domicílio como no ato do fato.
- Art. 52. Mesma regra do artigo 51 aplicado para Estados.
- Art. 53. Quando a ação é de divórcio, onde será proposta?
■ De domicílio do guardião de filho incapaz.
■ Do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz.
■ De domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo
domicílio do casal
■ De domicílio da vítima de violência doméstica e familiar.
■ De domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se
pedem alimentos.
III. Do lugar:
a) Onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica
b) Onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que
a pessoa jurídica contraiu
c) Onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré
sociedade ou associação sem personalidade
d) Onde a obrigação deve ser satisfeita
e) De residência do idoso, para a causa que verse sobre direito
previsto no respectivo estatuto → IMPORTANTE,
COMPETÊNCIA ABSOLUTA (direito real imobiliário,
possessório imobiliário e de residência do idoso →
competências absolutas).
→ Se a competência não é eleitoral, trabalhista, penal ou militar, será de cunho civil.
17/05/2023
Doutrin�
Competência – uma primeira noção
Diz-se que certo órgão do Poder Judiciário é competente quando a convergência de uma
série de normas aponta para que este deva exercer,naquele momento e naquelas
circunstâncias, a jurisdição (plena). A competência está ligada à matéria a ser decidida, ao
território e a outros
fatores.
Oportuno mencionar, contudo, que a recente Lei n. 12.153/2009 passou a instituir os
Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios. Aludidos Juizados são competentes para processar, conciliar e
julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, até o valor de 60 salários mínimos, nos termos do caput do art. 2º da Lei
n.12.153/2009.
Normalmente, cabe às leis de organização judiciária locais regular a competência em razão
da matéria. Quanto maior o movimento, isto é, a quantidade de processos, maior a
especialização, que deverá ser disciplinada pelas leis de organização judiciária local.
18/05/2023
Também ocorrerá a distribuição por dependência nos casos de ações acessórias, tal como
disposto no art. 61 do CPC/2015. A título de exemplo, ainda sob a égide do CPC/73, o
Supremo Tribunal Federal chegou a decidir pela existência de conexão entre ação cautelar
e principal, dada a acessoriedade das demandas 1056. Assim, verificada a propositura de
outras ações acessórias – tal qual a declaratória incidental –, justifica-se a incidência do art.
286, I.
*****
1.1 Distribuição originária e por dependência (conexão e continência)
Os processos estão sujeitos a registro (art. 284), devendo ser distribuídos sempre que
houver mais de um juízo. A distribuição deve, sempre, obedecer ao critério de igualdade
(art. 285).
“Sucessivamente ao registro e à distribuição, a petição inicial será encaminhada ao cartório
respectivo, para autuação, e, depois, deverá ser objeto de apreciação por parte do juiz. Se
não tiver havido distribuição, por desnecessária (em face da existência de apenas uma
Vara), depois do registro da atuação irá ao magistrado”
“A distribuição existe para dividir os processos entre juízos da mesma competência,
evitandoa sobrecarga de um deles relativamente aos demais.
Na verdade, é manifestação de divisão de competência de juízo e não de foro.
Essa divisão deve ser o mais equânime possível, propiciando o mesmo número de feitos
aos juízos da respectiva comarca ou justiça."
.
Direito processual civil / Eduardo Arruda Alvim, Daniel Willian Granado e Eduardo
Aranha Ferreira. – 6. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019.
25/05/23
Competência - critérios determinativos (esquema)
31/05/2023
Incompetência absoluta e relativa
→ dependendo da natureza da norma ela pode se classificar em 2 competências: a relativa
e a absoluta.
● Critério territorial é relativo por exemplo, então o critério que determina se será
relativo ou absoluto.
→ Se a norma que regula a distribuição da competência é cogente e de interesse
exclusivamente público, estaremos diante de uma situação de incompetência absoluta,
caso haja infringência à norma.
→ Por outro lado, nas hipóteses em que a norma seja dispositiva e pensada de forma a
atender prioritariamente o interesse privado, teremos a incompetência relativa, caso
inobservada.
→ Como se vê, o que é relativo ou absoluto, a rigor, não é a competência, mas sim a
incompetência.
Porque o legislador disse que alguns critérios são absolutos e outros são relativos?
● Porque quando ele criou os absolutos o fez pensando num interesse de realização
de justiça, no resultado do processo, portanto, pensando no interesse público. Ferir
um critério desse é mais grave, uma vez que os critérios relativos (território e valor)
foram feitos no interesse da parte.
Incompetênci� a�olut�
→ Pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício
pelo magistrado (art. 64,parágrafo 1)
→ Pode ser objeto de ação rescisória (art. 966, III)
→ Não se altera pela vontade das partes (art. 62), tampouco por conexão ou continência.
→ Não se prorroga
→ Caberá ação rescisória caso seja feita coisa julgada dada por juiz incompetente.
→ Qualquer um que está no processo pode pronunciar a incompetência absoluta (partes,
juiz, ministério público, etc).
Incompetênci� relativ�
→ O juiz não pode conhecer de ofício (súmula 33 STJ, art. 337, § 5º, CPC) → juiz não pode
de ofício se declarar relativamente incompetênte.
→ A parte (réu) pode falar que existe uma incompetência relativa, pois as regras são feitas
em benefício das partes. Já o juiz não pode falar.
- Se o réu não concordar, deve deixar isso expresso. O juiz poderá analisar, o que não
será mais de ofício uma vez que este foi provocado. Se o réu silenciar, significa que
concordou. O silêncio do réu ou sua concordância tornou o juízo competente,
portanto, o processo não será mais julgado relativamente incompetente.
● As regras de incompetência relativa podem ser alteradas pelas partes (art. 63), bem
como em razão da conexão/continência (art. 54)
● Se não for alegada em tempo oportuno, o juiz relativamente incompetente passará a
ser competente (art. 65); o juiz prorroga a sua competência
○
● Pode ser alegada pelo MP (art. 65, parágrafo único), tanto quando atuar como fiscal
da lei.
Características comuns da incompetência absoluta e relativa
→ Ambas devem ser alegadas como questão preliminar na peça
contestatória (art. 64)
● O órgão jurisdicional deve decidir imediatamente a alegação de incompetência (art.
64, § 3º). Reconhecidas, os autos serão remetidos ao juiz competente.
● Os efeitos da decisão proferida por juiz absoluta ou relativamente incompetente
serão conservadas até que outra seja proferida (art. 64, § 2º). A regra, no entanto,
não é absoluta. O próprio CPC ressalva a possibilidade de ser proferida decisão
judicial em sentido contrário, afastando os efeitos decorrentes das decisões
proferidas pelo juiz incompetente.
● Ao alegar a incompetência absoluta ou relativa, deve o réu fundamentar e instruir a
contestação com as provas disponíveis (se o caso), podendo, inclusive, protocolizar
a sua defesa no foro do seu domicílio (art. 340). Nesse caso, deve o juiz que
recebeu a contestação comunicar o fato ao juiz da causa.
Modificaçã� d� competênci� relativ�
→ Dá-se o nome ‘modificação da competência’ ao fenômeno processual que consiste em
atribuir competência a um juízo que originariamente não a possuía.
→ A distribuição do serviço judiciário entre os diversos órgãos, ou seja, a fixação da
competência, é feita tendo em vista o interesse público ou privado. Quando a atribuição da
competência é determinada pelo interesse privado, em geral, pode ser modificada.
3 caminhos:
● Prorrogação
○ O silêncio do réu prorroga a competência do juízo. Não pode ser reconhecida
de ofício pelo juiz, apenas reconhecida e provocada pelo réu.
● Conexão e continência
○ As ações conexas permitem que ações, quando não são da competência de
uma comarca, possam ser propostas em um juízo que possua uma conexão.
○ A diferença entre a conexão e a continência reside no fato de que, enquanto
na conexão as causas veiculam segmentos diversos de uma mesma relação
jurídica de direito material, na continência a causa contida veicula apenas
uma parte da relação jurídica de direito material veiculada na causa
continente.
○ Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais
amplo, abrange o das demais.
○ Ex: vários passageiros, em ações distintas, acionam a empresa de ônibus
com fundamento no mesmo acidente.
● Eleição de foro (derrogação da competência)
○ Se eu escolho o foro que vou litigar junto a outra parte, estamos escolhendo
um foro diferente do que seria o natural pelas regras de competência
territorial.
● Prevenção:
○ Importante definir o momento da prevenção e o juízo prevento.
○ Só com a distribuição (feito por sorteio) será definido o órgão que será feito
aquela causa → esse é o juízo prevento (cheguei primeiro, como uma corrida
e aquele que recebeu o sorteio ganhou).
■ Tem comarcas que têm vara única, então nesse caso não precisa
distribuir, nesse caso o momento da prevenção é o de registro, não o
da distribuição.
■ Quando eu defino o juízo prevento eu excluo os outros juízos
competentes.
○ Significa definição prévia de competência de determinado órgão jurisdicional
(vara ou tribunal) em razão de circunstâncias relativas à demanda ou recurso
anteriormente a ele distribuído.
■ A prevenção tem duas consequências práticas:
● a) define o juízo para o qual serão distribuídas, por
dependência, novas ações, unidas à demanda anteriormente
ajuizada por um dos vínculos previstos no art. 286;
○ ex: Houve investigação de paternidade, e
posteriormente de pedido de alimentos, o Juízo que
investigou a paternidade se torna preventivo na ação
de alimentos.
■ Pessoa pede inclusão no inventário devido
união estável, então a ação que investiga união
estável corre primeiro, enquanto a de inventário
fica paralisada, mas ambas podem ocorrer na
mesma vara.
● b) determina o juízo que terá sua competência prorrogada em
razão da conexão ou continência.
○ Define o juízo para que se possa mandar ações
conexas.
○ Separa os juízes que antes eram competentes e os
tornam incompetentes, define qual juízo prevento para
cada causa, então primeiro precisa ver qual a
competência para aquela causa.
○ Toda vez que se fizer um pedido acessório antes da
causa, fará a tutela antecedente e depois entrará com
a ação.
○
07/06/2023
Prevenção - Continuidade complementada nas observações anteriores.
→ Imovel em mais de uma comarca
● Normalmente tem que ser proposta no local do bem.
● Se eu tenho que propor ação no local do imovel, sendo critério absoluto, mas caso o
imovel esteja em divisa, você mesmo escolhe onde será proposto a ação.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Art. 66: há conflito de competência quando:
I – dois ou mais juízes se declaram competentes;
II – dois ou mais juízes se declaram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III – entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de
processos.
→ Quando um caso vai para uma varatrabalhista, as o juiz se julga incopetente e envia
para a vara civel, só que esse juiz também se avalia incopetente e manda para a trabalhista
de volta.
→ O conflito será positivo quando os juízes se declaram competentes; e negativo na
hipótese contrária.
→ O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes (exceto por aquela que, no
processo, arguiu a incompetência relativa), bem como pelo MP ou pelo juiz.
→ O pedido será dirigido ao tribunal hierarquicamente superior aos juízes envolvidos na
divergência (arts. 951 e 953 CPC)
→ Nos conflitos que envolvam órgãos fracionários dos tribunais, desembargadores e juízes
em exercício no tribunal, o conflito de competência será suscitado segundo as regras
constantes do regimento interno no respectivo tribunal (art. 958).
→ Em regra, o conflito será distribuído a um relator, que poderá de ofício ou a requerimento
das partes, determinar, no caso de conflito positivo, que o feito seja sobrestado e, nesse
caso, e também no de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter
provisório, as medidas de urgência (art. 955).
14/06/2023
Cooperação Nacional - matéria do 3 Bim.
→ Não existe limite, não há restrição nos órgãos do poder judiciário. Ex quando juízo de
uma comarca precisa de cooperação de um juízo de outra comarca. Por exemplo, por sua
incompetência territorial, preciso praticar um ato que não está no meu limite territorial,
através da carta precatória, quando da mesma instância. Nada impede que um juízo peça
auxílio para outro através de um auxílio direto, por um mecanismo mais informal, um email,
um ofício e etc… A carta precatória para fins de citação, de penhora e etc.
→ Rapidez tem haver não tem haver somente com o tempo, mas com a eficácia do
resultado, por cada ato praticado ao longo do processo.
→ Pedido de órgão superior para órgão inferior é a carta de ordem.
→ Penhora no rosto dos autos -quando devedor tem uma penhora de seus bens, e por
exemplo tem dívidas também no âmbito trabalhista, o juiz pode pedir penhora no rosto dos
autos, informando a outra dívida. Assim resolve-se as obrigações em juízos distintos.
→ Art 67,68 e 69 do CPC. Trata da Cooperação Nacional.
Exemplos de atos de cooperação
→ incidentes de resolução de demandas repetitivas
→ realização de penhora no rosto dos autos, quando urgente a sua realização
15/06/2023
Revisão para a prova
→ precisa saber cada regra de territorialidade, saber quais são para responder questões
teste
→ regras das competências internacionais
→ explicar de forma completa as questões
→ princípio do juízo natural
→ Foro geral
● a regras supletivas só servem para hipótese de aplicará a regra geral, em todas vc
irá aplicar o domicílio do réu, pq não tem nenhuma regra específica para isso.
○ art. 46 parágrafo do 1° ao 4°
→ quando eu tenho uma incompetência relativa esse juízo que inicialmente era incopetente
se torna competente
● o réu que tem que provoca-lo sobre isso, caso contrário ele ficará competente
● continência e conexão
→ saber todos os foros especiais
09/08
3° Bim���r�
→ sujeitos do processo e atos do processo
Sujeitos do processo
→ Os sujeitos de direitos referem-se as partes que são sujeitos parciais da relação
processual.
→ As pessoas que irão participar desse processo
Partes
→ sujeitos parciais (parcial pois temos o juiz como sujeito imparcial) do processo, por isso
elas possuem direito ao contraditório.
● Sujeitos principais do processo: autor, réu e juiz. Mas também conta com outros
órgãos como o MP, os advogados, terceiros intervenientes (os quais também
participam do contraditório também, ele entra no processo quando ele já está
instaurado), entre outros que serão vistos posteriormente.
● O polo ativo é o autor e o passivo é o réu, mas existe a jurisdição voluntária, que é
uma situação que envolve o judiciário, só que não tem propriamente um conflito e
sim interessados (Ex: separação consensual).
● A expressão de autor e réu é mais comumente usada para o processo de
conhecimento (terá decisão, que poderá ser declaratória, condenatória ou de…). Já
no processo de execução são chamados de exequentes e executados.
● Quando o juiz dá uma decisão que não cabe mais recurso, ela é chamada de coisa
julgada, tornando-se imutável, não podendo ser alterada. Sendo assim, quem será
atingidos pela decisão processual, serão justamente as partes envolvidas.
→ Parte material e processual
● Aquele que afirma ser titular do direito material (autor), sendo ele o sujeito da lide.
● A parte processual engloba aqueles que ocupam um dos pólos da relação jurídica,
ou seja, a pessoa que participa do processo.
→ Deveres das partes e de seus procuradores
● As partes possuem algumas faculdades e ônus, que são diferentes dos deveres. O
primeiro é aquilo que pode ser feito pela parte e não haverá consequências para o
processo (EX: troca de advogado durante o processo), já o segundo a parte não é
obrigada a fazer aquilo também, se fizer ou não nessa questão terá consequências
(Ex: parte que não apresenta defesa).
● Os deveres processuais são de natureza pública, o descumprimento dele pode gerar
graves consequências, por isso ele é de caráter obrigatório. Os deveres que iremos
verificar são aqueles que visam assegurar o respeito mútuo e a lealdade processual
(princípio que se preocupa com a boa fé e a moralidade) (art. 77).
16/08
Do ônus de adiantar as despesas processuais
→ Art. 82 - as partes têm o ônus de prover as despesas dos atos que realizam ou
requerem, antecipando-lhes o pagamento.
→ As consequências do não recolhimento variaram conforme a natureza do ato
(cancelamento da distribuição da inicial, deserção do recurso, não realização da diligência,
extinção do processo, etc).
Os honorários advocatícios
→ Os honorários do advogado possuem natureza alimentar, por esse motivo eles são
privilegiados oriundos da legislação do trabalho.
→ É vedada a possibilidade de compensação em casos de sucumbencia parcial, porque a
verba honorária é alimentar. Então na hipótese de sucumbencia reciproca, o juiz fixará o
percentual de honorários sobre o valor do proveito econômico ou da condenação, sendo
esse percentual variável de 10% a 20% - isso em sentenças condenatórias ou de proveito
econômico (não incluso fazenda pública, pois tem regras específicas).
→ Os honorários são devidos na ação principal, na reconvenção, no cumprimento de
sentença, execução e nos recursos.
→ Nas decisões de natureza constitutiva ou declaratória, bem como nas causas de
pequeno valor, de valor inestimável ou de valor irrisório proveito econômico, os honorários
serão fixados equitativamente.
● Art. 85, só será fixado em valor quando não tiver proveito econômico ou valor
condenatório.
● Ex:. investigação de paternidade, então será analisada equitativamente.
→ Tratando-se de ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual dos
honorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas com mais doze vincendas.
PARAMOS AQUI
→ Caso o processo esteja em grau de recurso, o tribunal poderá majorar os honorários
levando em consideração o trabalho adicional realizado na fase recursal, a majoração
também vale para as ações envolvendo a Fazenda Pública.
→ Podem ser cumuláveis
CORREÇÃO DA PROVA
→ Questão 1 dissertativa: via de regra ele é relativo, porque em algumas exceções ele é
absoluto, sendo eles três….
Alternativas
2) D
4) E
5) D
17/08
Honorário advocatícios
→ Natureza condenatório:
● percentual de 10 a 20 ( valor da condenação)
● percentual de 10 a 20 (proveito econômico)
● não tem proveito econômico (percentual de 10 a 20 do valor da causa)
→ Natureza declaratória ou constitutiva:
● serão estimados equitativamente em valor pecuniário
○ pequeno valor (natureza condenatória)
○ valor inestimável (está falando do valor da causa)
○ irrisório proveito econômico (natureza condenatória)
○ Portanto, as 3 situações acima são de natureza condenatória, seus valores
são pequenos, então o legislador incluiu elas na natureza declaratória e
constitutiva, assim os honorários advocatíciossão pagos equitativamente.
→ Ação de indenização por ato ilícito contra pessoa: quando alguém morre ou se
acidenta de uma maneira que deixe sequelas, a família da vítima e a vítima podem pedir
além da indenização, uma pensão sobre a vida que foi perdida ou acidentada. Portanto,
para que seja calculado os honorários do advogado nessa questão que tem pensão, será
calculado o valor das prestações vencidas, ou seja, desde o momento do acidente, mais 12
prestações vincendas.
Honorário nas ações em que for parte a fazenda pública: regras especiais
→ Como a fazendo mexe com o dinheiro público, tem regras especiais, possuindo um
tabelamento para os honorários.
Os percentuais (mínimo e máximo) estão fixados nos incs. I a V do § 3º do artigo 85, e devem ser
aplicados independentemente do conteúdo da decisão (§ 6º)
• VIDE INCISOS
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos
honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e
os seguintes percentuais:
 I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos)
salários-mínimos;
 II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200
(duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
 III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois
mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
 IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte
mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
 V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da
condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem
mil) salários-mínimos.
Atenção aos §5°, que trata da fixação dos honorários estipulados nos casos que
ação corre na Fazenda Pública
→ Obviamente a sentença tem que ser líquida, só será ilíquida quando no processo
não tem como presumir o valor por conta de por exemplo a vítima ainda estiver em
estado de recuperação ou tiver que passar em cirurgia.
→ Parou no slide 38
30/08
Tit����id��� e co���nça do� ho���ári��
→ Art. 23
● Honorários incluídos na condenação por arbitragem ou sucumbência (eles
são direito do advogado que representa a parte vencedora), pertencem ao
advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte,
podendo requerer precatório, quando necessário, seja expedido em seu
favor. Portanto, pertencem ao advogado os honorários advocatícios de
sucumbência.
● Às vezes o advogado pertence a uma sociedade de advogados, então ele
poderá escolher se a verba sucumbencial será paga para ele pessoa física
ou para a sociedade de advogados. Portanto, para que seja paga para a
sociedade ele terá que colocar essa sociedade na procuração, outorgando
poderes para ele e a sociedade.
→O novo CPC reconheceu o direito dos advogados públicos ao recebimento de
honorários sucumbenciais, nas causas em que a Fazenda Pública consagrar-se
vencedora.
Advogado público recebe verba de honorários advocatícios, defensores públicos não
recebem, pois há uma discussão sobre a função de defensor que não se encaixa como
advogado.
● Honorários sucumbenciais - Percentual no mínimo 10% ou no máximo 20%,
ou por equidade. Dr Calc planilha de Cálculo para honorários
Se os honorários forem fixados em quantia certa, os juros de mora incidirão a partir
do trânsito em julgado (art. 85, §16)
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado
do vencedor.
§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros
moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da decisão.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA: CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS, PROCEDIMENTO, IMPUGNAÇÃO
E RECURSOS
Instrumento de promoção acesso à justiça, seguindo o artigo 5°, LXXIV da CF:
→Assistência Judiciária (advogado gratuito) - Direciona-se ao estado, por meio das
defensorias públicas ou de advogados especialmente nomeados para esse fim, patrocinar
causas daqueles que não podem arcar com os honorários contratuais de um advogado.
● Existem critérios objetivos para que você possa ter a assistência judiciária gratuita.
→Gratuidade judiciária (justiça gratuita, não antecipação das despesas do processo) -
suspensão da exigibilidade do valor das custas processuais e honorários. Art 98 do CPC -
pessoas físicas e jurídicas.
● Já esse são critérios subjetivos, no qual o juiz poderá usar os mesmo critérios acima
para dar a gratuidade judiciária.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos
para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou
consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no
curso do procedimento.
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais
que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
● possibilidade de parcelamento do pagamento ou mudança pela gratuidade mesmo que o
processo já tenha sido iniciado.
● Nos casos de perícia quando a pessoa possui gratuidade, terá a perícia financiada pela
verba dos cofres judiciários.
→ No caso de pessoa jurídica ela pode pedir a gratuidade de justiça, mas terá que
comprovar a situação negativa de sua renda, ou seja, terá que comprovar que a
empresa está no vermelho.
→ Conforme dissertado anteriormente, a gratuidade de justiça pode ser requerida
em qualquer parte do processo, visando que imprevistos e mudanças de
remuneração podem acontecer durante o processo, então pode ser concedida a
gratuidade judiciária no meio do processo.
→ A gratuidade é pessoal e intransferível, caso o autor da ação peça a gratuidade e
ele morra antes do processo ser concluído, o herdeiro terá que requerer para ele
também, pois ela é pessoal, tendo a ver com as condições da própria pessoa.
→ No caso de impugnação do benefício, a pessoa que pediu a gratuidade terá que
pagar tudo que lhe foi concedido como gratuito.
● Sendo diferente nos casos de quando você pede a gratuidade, mas no
decorrer do processo você possa pagar, nesse caso há uma melhor condição
de vida do indivíduo, então nessa questão o indivíduo só pagará a partir
desse momento que ela tem condições em diante, não pagará o que
antecedeu.
Procuradores
→ Para que o advogado possa agir e falar em nome da parte, ele precisará de um
instrumento jurídico que lhe dê poderes para tal, sendo ele a procuração.
● Caso o advogado faça algo sem o consentimento do cliente ou a procuração,
os atos não serão ratificados, sendo considerados eles ineficazes, então
neste caso o juiz até dá um período para que faça a procuração, mas caso
ele não o faça em tempo hábil, serão considerados ineficazes todos os atos
propostos.
Procuração
● Art. 105: a procuração geral para o foro (cláusula ad judicia) habilita o
advogado a praticar todos os atos do processo.
Colocar poder geral para o foro, cláusula ad judicia , que dá quase todos poderes
para os advogados, excetos os especiais que devem ser especificados um a um
Exceto art 105 do CPC:
- receber citação
- confessar
- reconhecer a procedência do pedido
- transigir
- desistir
- renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação
- receber, dar quitação
- firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
Dados necessários da Procuração
Outorgante: Cliente (nome + qualificação completa)
Outorgado : advogado + sociedade de advogados (OAB+endereço)
Poderes:
- Geral para o foro
- Especiais (um por um)
Finalidade: Causa
Data, local, assinatura (outorgante)
A assinatura do advogado não é necessária.
Quanto a necessidade de Procuração:
Defensor público, também não é necessárioa procuração. Quando o
Juiz nomeia o advogado, também não é necessário procuração.
A procuração não tem perda de validade, exceto quando há revogação
ou renúncia, morte ou interdição de uma das partes.
Em caso de morte do advogado, sendo o único, extingue o mandato,
no entanto se estiver na sociedade dos advogados, esta continuará
válida.
Renúncia - Advogado renuncia o caso, pode ser em qualquer tempo,
não é necessário motivo. Mas é necessário avisar primeiro o cliente, e
continuar em 10 dias posteriores à renúncia para se retirar dos autos.
Revogação - Cliente não tem mais interesse que o advogado
continue, e deve constituir advogado, a revogação pode ser em
qualquer tempo, não é necessário motivo.
Direitos dos advogados - Art. 107
Art. 107. O advogado tem direito a:
I – examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração,
autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a
obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça,
nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos; (eletrônicos)
II – requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III – retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber
falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio.
§ 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto
ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos.
§ 3º Na hipótese do § 2º, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo
de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo.
§ 4º O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3º se não devolver os
autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.
§ 5º O disposto no inciso I do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos eletrônicos.
Sucessão das Partes e dos Procuradores
Morte: Suspende processo, constitui novo advogado, segue o
processo.
Caso tenha outro advogado na procuração, o andamento não é
suspenso, continuará normalmente.
Morte da parte:
Ato intervivos: O condomínio cobra a cota condominial da unidade
11, que está devendo 3 cotas condominiais, que neste caso está em
nome da construtora, depois de citada a construtora avisa que o bem
já foi tomado posse pelo comprador. Então quem comprou tem que
pagar os 3 cotas condominiais. Neste caso é autorizado a sucessão
por ato inter vivos.
A e B discutem a propriedade do bem X, enquanto estava em
andamento o B vendeu o bem para C, nesse caso C, substitui o B
no processo? Esse objeto alienado
A regra é que as partes que começaram, vai até o fim do
processo, conforme artigo abaixo:
Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das
partes nos casos expressos em lei.
Somente C poderá suceder o B, caso o A concorde, dentro das limitações da Lei.
No máximo, o C poderá ingressar como assistente de C. B+C como parte, pois o
bem em discussão agora se tornou de C.
06/09
Matéria de prova:
→ Litisconsórcio (4 vídeos) + resumo no Classroom - entregar até a data da prova
→ intervenção de terceiros + resumo no Classroom
→ Pastas 4, 5 e 6. - Matéria da Prova.
Litisconsórcio
CONCEITO
→ Ats 113 a 118
→ É quando tem em um mesmo processo, mais de um réu.
CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
→ Quanto à posição das partes: ativo (mais de 1 autor), passivo (mais de 1 réu) ou misto;
→ Quanto ao momento de sua formação: inicial ou incidental (ulterior);
→ Quanto à obrigatoriedade da formação: necessário (obrigatório) e facultativo;
→Quanto à uniformidade da decisão: simples e unitário.
→ Admite-se o litisconsórcio em qualquer procedimento, inclusive nos juizados especiais.
Quanto à posição das partes
→ Ativo: pluralidade de autores. Mais de um autor
→ Passivo: pluralidade de réus. Mais de um réu
→ Misto: pluralidade de autores e réus, ao mesmo tempo
Quanto ao momento de sua formação
Inicial: quando sua formação é pleiteada na petição inicial. Ex. várias pessoas envolvidas
em um acidente de veículos, em conjunto, ingressam com ação de reparação de danos
contra o ofensor (litisconsórcio ativo inicial)
Incidental (ulterior): quando o litisconsorte não é indicado na petição inicial e poderá se
formar das seguintes maneiras:
Litisconsórcio incidental (ulterior)
A) em razão de uma intervenção de terceiro (denunciação da lide; chamamento ao processo);
B) pela sucessão processual, quando os herdeiros ingressam no feito sucedendo a parte
falecida;
C) pela conexão, se determinar a reunião das demandas para processamento conjunto;
D) por determinação do juiz (intervenção iussu iudicis), nas hipóteses de litisconsórcio passivo
necessário não indicado na inicial. Art. 115, parágrafo único. Ex. ação de usucapião.
Quanto à obrigatoriedade da formação
Necessário (obrigatório): decorre de imposição legal ou da natureza da relação jurídica.
Facultativo fica a critério do autor a formação.
Litisconsórcio necessário
Exemplos: ações que versem sobre direito real imobiliário devem ser propostas contra marido e
mulher; na ação de usucapião, a lei exige não só a citação daquele em nome de quem estiver
registrado o imóvel usucapiendo, mas também a citação dos confinantes e terceiros
interessados, exceto quando a demanda tiver por objeto unidade autônoma de prédio em
condomínio.
Litisconsórcio facultativo
A formação do litisconsórcio facultativo fica, a princípio, a critério do autor, desde que
preenchidos os requisitos legais, isto é, quando entre os litisconsortes houver comunhão de
direitos ou de obrigações relativamente à lide; quando entre as causas houver conexão pelo
objeto ou pela causa de pedir; ou quando ocorrer afinidade de questões por ponto comum de
fato ou de direito.
Litisconsórcio facultativo: irrecusável ou recusável Art 113 do CPC
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase
de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida
solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que
recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
Via de regra, preenchidos os requisitos legais, o juiz não pode recusar o litisconsórcio pretendido
pelo autor.
Entretanto, pode ocorrer de o número de autores ou de réus alcançar nível extremamente
elevado (multitudinário), comprometendo a rápida solução do litígio, dificultando a defesa ou o
cumprimento da sentença.
O desmembramento poderá ser decretado pelo juiz ou a pedido da parte ré (interrompendo,
nessa última hipótese, o prazo de resposta, que recomeçará a correr da intimação da decisão).
Quanto à uniformidade da decisão
Litisconsórcio simples: quando a decisão puder ser diferente para cada um dos litisconsortes.
Ex. da ação de reparação de danos em decorrência do acidente de veículos, com várias vítimas.
Litisconsórcio unitário: quando a demanda tiver se ser decidida de forma idêntica para todos os
litisconsortes. Ex. dois ou mais condôminos atuam em juízo na defesa da coisa comum.
LITISCONSÓRCIO UNITÁRIO E NECESSÁRIO. SIMPLES E FACULTATIVO
Não necessariamente o litisconsórcio necessário será unitário (ex. usucapião);
Não necessariamente o litisconsórcio facultativo será simples (ex. acidente, quanto à
responsabilidade)
AUTONOMIA DOS LITISCONSORTES
“Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como

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