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Instrução sobre Malha Protetora da PMMG

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Belo Horizonte
2005
8ª REGIÃO DA POLÍCIA MILITAR
INSTRUÇÃO NR 005/ 2005 – 8ª RPM
ORGANIZA E DISCIPLINA A NOVA MALHA PROTETORA DA PMMG SOBRE BELO HORIZONTE
INSTRUÇÃO Nr 005/2005-8a RPM
ORGANIZA E DISCIPLINA A NOVA MALHA PROTETORA DA PMMG SOBRE BELO HORIZONTE
Elaborada a partir:
Dos eixos essenciais da segurança pública brasileira, definidos pela Secretaria Nacional
de Segurança Pública (SENASP/MJ) em especial “o desenvolvimento de ações preventivas
planejadas e focalizadas”;
Do princípio constitucional da eficiência na Administração Pública, contido no art. 37, caput,
da Constituição Federal;
Das características essenciais (princípios), e dos conceitos e parâmetros da prevenção
à criminalidade, contidos nos arts. 2o e 3o do Regimento Interno dos Núcleos de Prevenção
Ativa da PMMG (Instrução nº 3001.7/04-CG), de 29 de dezembro de 2003;
Da Identidade Organizacional da PMMG, pela qual o Negócio é “a paz social”; a Missão é
“proporcionar um ambiente seguro em Minas Gerais, com a participação comunitária,
protegendo a vida, garantindo a lei e reduzindo o crime e o medo”; a Visão é “sermos
reconhecidos como referência na produção de serviços e orgulho do povo mineiro”, e os
Valores são “ética, respeito, humanização, crescimento e participação”.
Das políticas institucionais de operações da PMMG: “ênfase na prevenção à ocorrência
do delito”, de “acompanhamento da mutabilidade e mobilidade do crime, como instrumento
de percepção das demandas operacionais”, e de “apoio e incentivo à mobilização,
organização e participação comunitárias, nas questões locais afetas ao conceito de
operações das unidades operacionais”;
Dos objetivos estratégicos da Polícia Militar nº 25, “Consolidar a filosofia de [...]
prevenção do crime baseada na comunidade”; nº 26 (“Melhorar a qualidade da execução
das ações e operações de polícia ostensiva...”);
Do conceito operacional de “cartão-programa”, instituído na DPOC (Diretriz de
Policiamento Ostensivo da Capital) Nr 03-A/1981 e no Manual Básico de Policiamento
Ostensivo, de 1982;
Dos pressupostos organizacionais e operacionais que orientam a implementação da
Polícia Comunitária, de “prioridade da atuação preventiva da Polícia Militar, como
atenuante de seu emprego repressivo”, e de “parceria e cooperação entre a Polícia Militar e
a comunidade, na identificação dos problemas que a afetam, na sua discussão
compartilhada e na busca de soluções conjuntas”, contidos em 3, a) e c) das DPSSP nº
04/2002-CG, e
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência ...”
(art. 37, caput, CR/88 )
GOVERNADOR DO ESTADO Dr. Aécio Neves
SECRETÁRIO DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL Dr. Antônio Augusto Junho Anastasia
COMANDANTE-GERAL DA PMMG Cel PM Sócrates Edgard dos Anjos
SECRETÁRIO-ADJUNTO DE DEFESA SOCIAL Dr. Luís Flávio Sapori
CHEFE DO GABINETE MILITAR DO GOVERNADOR Cel PM James Ferreira Santos
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA PMMG Cel PM Hélio dos Santos Júnior
COMANDANTE DA 8a RPM Cel PM Renato Vieira de Souza
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA 8a RPM Ten-Cel PM Carlos Puttini Neto
CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA
Cel PM Renato Vieira de Souza
Mestre em Administração Pública/Políticas Sociais – FJP/MG
Especialista em Estudos de Criminalidade e Segurança Pública – UFMG
Especialista em Administração de Empresas e Micro-Empresas – UFLA/MG
Especialista em Segurança Pública – FJP
DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO
Maj PM Hebert Fernandes Souto Silva Chefe da Seção de Recursos Humanos
Maj PM Mac Dowel Campos Silva Chefe da Seção de Inteligência
Maj PM Márcio Antônio de Miranda Chefe da Seção de Operações
Maj PM Fernando Antônio Arantes Chefe da Seção de Apoio Logístico
Maj PM Luiz Rogério de Andrade Chefe da Seção de Comunicação Organizacional
ORGANIZAÇÃO E REDAÇÃO
Maj PM FERNANDO ANTÔNIO ARANTES
Chefe da Seção de Apoio Logístico
Especialista em Segurança Pública – FJP/APM
Especialista em Gestão Estratégica da Informação – FJP
Bacharelando de Direito pela FEAD/MG
REVISÃO
Cel PM RENATO VIEIRA DE SOUZA
Comandante da 8a RPM
Cap PM GILBERTO PROTÁSIO DOS REIS
Chefe do Núcleo de Estratégias e Pesquisas
Pesquisador Benemérito da PMMG
Direitos exclusivos da Polícia Militar de Minas Gerais.
Reprodução condicionada a autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
ADMINISTRAÇÃO
Núcleo de Estratégias e Pesquisas
Comando de Policiamento da Capital
Rua da Bahia, 2200 – Funcionários
CEP 30160-012
8rpm-nep@pmmg.mg.gov.br
(31) 3239-2600
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Oitava Região da Polícia Militar (Comando de
Policiamento da Capital). Instrução nº 05/2005-8a RPM. Organiza e
disciplina a Nova Malha Protetora da PMMG sobre Belo Horizonte. Belo
Horizonte: Núcleo de Estratégias e Pesquisas/Comando de Policiamento
da Capital, 2005.
51p.
1. Segurança pública. 2. Organização policial. I. Título
CDD 352.2
mailto:8rpm-nep@pmmg.mg.gov.br
SUMÁRIO
1 CAPÍTULO I – INFORMAÇÕES TÉCNICAS....................................................................... 8
1.1 RESUMO ........................................................................................................................ 8
1.2 OBJETO ......................................................................................................................... 8
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 8
1.3.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................... 8
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 8
1.4 RESULTADOS ESPERADOS .............................................................................................. 8
1.5 AVALIAÇÃO GERAL DOS RESULTADOS ............................................................................. 9
2 CAPÍTULO II – JUSTIFICATIVA À ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO OPERACIONAL ...10
2.1 ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO DE “MALHA PROTETORA” DA DÉCADA DE 1980...................10
2.2 A NOVA ARTICULAÇÃO DA PMMG EM BELO HORIZONTE .................................................10
2.3 EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE PREVENÇÃO CRIMINAL.....................................................11
2.3.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GESTÃO PÚBLICA ORIENTADA POR RESULTADOS ..................11
2.4 SETORIZAÇÃO ...............................................................................................................12
2.4.1 CONCEITO E MISSÃO DA SETORIZAÇÃO .......................................................................12
2.4.2 ESTRATÉGIAS GERAIS PARA IMPLANTAÇÃO ................................................................12
2.5 OS SERVIÇOS DESENVOLVIDOS PELA 8ª RPM .................................................................13
2.5.1 PATRULHA DE PREVENÇÃO ATIVA (PPA).....................................................................13
2.5.2 PATRULHA ESCOLAR ..................................................................................................13
2.5.3 POLICIAMENTO A PÉ NOS CENTROS COMERCIAIS ..........................................................14
2.5.4 PATRULHA DE ATENDIMENTO COMUNITÁRIO (PAC)......................................................15
2.5.5 PATRULHA DE OPERAÇÕES (POP)...............................................................................15
2.5.6 PATRULHA TÁTICO-MÓVEL (PTM)...............................................................................16
2.5.7 BIKE PATRULHA .........................................................................................................16
2.5.8 POSTOS DE OBSERVAÇÃO E VIGILÂNCIA (POV) E DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
(PPC) .................................................................................................................................17
2.5.9 GRUPO ESPECIALIZADO DE POLICIAMENTO EM ÁREAS DE RISCO (GEPAR) ..................17
2.5.10BASE COMUNITÁRIA MÓVEL (BCM)...........................................................................18
2.5.11 POLICIAMENTO VELADO............................................................................................182.5.12 POSTO FIXO DE REGISTRO DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS ..............................................18
2.5.13 GRUPO ESPECIALIZADO NO ATENDIMENTO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE DE RUA
(GEACAR)............................................................................................................................18
2.5.14 GRUPO TÁTICO DE AÇÃO PRESENÇA .........................................................................19
2.5.15 MOTO-PATRULHA COMUNITÁRIA (MPC), MOTO-PATRULHA DE ATENDIMENTO
COMUNITÁRIO (MPAC) E MOTO-PATRULHA TÁTICA (MPT) ......................................................19
2.5.16 ADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADES DA 8ª RPM..............................................................19
2.5.17 MONITORAMENTO COM CÂMERAS (PROJETO OLHO VIVO) ..........................................20
2.5.18 NÚCLEO DE ESTRATÉGIAS E PESQUISAS, E SEÇÃO DE ESTATÍSTICA E
GEOPROCESSAMENTO DA 8ª RPM ..........................................................................................20
3 CAPÍTULO III – ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO OPERACIONAL .................................21
3.1 ESFORÇOS OPERACIONAIS ............................................................................................21
3.1.1 PRIMEIRO ESFORÇO – PREVENTIVO DE APOIO AO REPRESSIVO...............................22
3.1.2 SEGUNDO ESFORÇO – REPRESSIVO DE APOIO AO PREVENTIVO...............................23
3.1.3 TERCEIRO ESFORÇO – RECOBRIMENTO TÁTICO DA UEOP......................................24
3.1.4 QUARTO ESFORÇO – RECOBRIMENTO TÁTICO PELA RPM.......................................24
3.1.5 QUINTO ESFORÇO – RECOBRIMENTO ESPECIALIZADO, DE ENSINO E ADMINISTRATIVO.
..................................................................................................................................26
3.2 ESTADO DE ATUAÇÃO ....................................................................................................26
3.2.1 ESTADO PREVENTIVO .................................................................................................26
3.2.2 ESTADO REPRESSIVO .................................................................................................27
3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS FACE O ESFORÇO OPERACIONAL E OS ESTADOS DE
ATUAÇÃO ...............................................................................................................................28
4 CAPITULO IV – GESTÃO INTEGRADA DA PRODUÇÃO DE SERVIÇOS DE
SEGURANÇA PÚBLICA. .....................................................................................................31
4.1 EIXOS NORTEADORES DA INTEGRAÇÃO POLICIAL ENTRE A POLÍCIA MILITAR E CIVIL .........31
4.1.1 EIXOS NORTEADORES DA SEGURANÇA PÚBLICA BRASILEIRA ........................................31
4.1.2 ATUAÇÃO INTEGRADA DAS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL COMO ESTRATÉGIA DE GOVERNO.31
4.1.3 METODOLOGIA BÁSICA DE INTEGRAÇÃO EM BELO HORIZONTE......................................32
4.2 ESTRATÉGIAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO E REPRESSÃO .............................................33
5 ..CAPÍTULO V – COORDENAÇÃO E CONTROLE FACE AO CONCEITO OPERACIONAL
.............................................................................................................................................35
5.1 COMANDANTE DA CIA PM ESP.......................................................................................35
5.2 SUBCOMANDANTE DA CIA PM ESP.................................................................................36
5.3 O CPCIA/CMT DO GRUPO TÁTICO (PELOTÃO PRESENÇA) OU DA ATIVIDADE ESPECIAL (OPERAÇÕES,EVENTOS E AFINS) .......................................................................................................................38
5.3.1 PREPARAÇÃO PARA O SERVIÇO...................................................................................38
5.3.2 COORDENAÇÃO DO TURNO .........................................................................................40
5.3.3 ENCERRAMENTO DO TURNO ........................................................................................42
5.4 OFICIAL COMANDANTE DE SETOR ..................................................................................42
6 CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES FINAIS ..........................................................................44
ANEXO I (RELATÓRIO DE FINAL DE SERVIÇO DO CPCIA) À INSTRUÇÃO 02/2005-8A
RPM .....................................................................................................................................45
ANEXO II (MAPA DE CORRESPONDÊNCIAS DELEGACIAS SECCIONAIS –
BATALHÕES DE POLÍCIA MILITAR ) À INSTRUÇÃO 02/2005-8A RPM ...........................48
.ANEXO III (MAPA DE CORRESPONDÊNCIAS. DELEG. DISTRITAIS – CIA PM ESP) À
INSTRUÇÃO 02/2005-8A RPM ............................................................................................49
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................50
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 8
1 CAPÍTULO I – INFORMAÇÕES TÉCNICAS
1.1 Resumo
Define aspectos referentes à atualização do conceito operacional da 8ª RPM – mediante
a organização e doutrina da “Nova Malha Protetora”, no Município de Belo Horizonte.
1.2 Objeto
Atualização do Conceito Operacional da 8ª RPM (Malha Protetora).
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Estabelecer o Conceito Operacional da 8ª RPM, face às atribuições de polícia ostensiva
de preservação e restauração da ordem pública no Município de Belo Horizonte.
1.3.2 Objetivos específicos
1.3.2.1 Redefinir os esforços de policiamento a serem lançados pela 8ª RPM, perante a nova
articulação operacional;
1.3.2.2 focalizar o conceito de operações da 8ª RPM sobre a eficiência no atendimento às
demandas da comunidade;
1.3.2.3 definir linhas gerais para o exercício dos Esforços da Nova Malha Protetora;
1.3.2.4 especificar critérios para coordenação e controle, sob o novo conceito operacional.
1.4 Resultados esperados
a) Aumento da sensação de segurança na população belorizontina, com atendimento
eficiente das demandas formuladas;
b) mensuração da viabilidade de implantação, em toda a RPM, do conceito de
Policiamento Setorizado;
c) Intervenção positiva, quanto aos crimes registrados pelo CICop, mediante o
acionamento da população, via 190;
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 9
d) continuidade do processo de tendência de queda do Índice de Criminalidade Violenta
em Belo Horizonte, observado a partir do ano de 2004.
1.5 Avaliação geral dos resultados
1.5.1 Quanto ao item 1.4, alínea a) (“Aumento da sensação de segurança na população
belorizontina, com atendimento eficiente”), mediante pesquisa de opinião pública, coordenada
pela Assessoria de Comunicação da 8a RPM, em setembro de 2005 e setembro de 2006,
comparando-se as respostas;
1.5.2 Quanto ao item 1.4, alínea b) (“Mensuração da viabilidade de implantação, em toda a
RPM, do conceito de Policiamento Setorizado”), será procedida por meio de reuniões de
avaliação trimestrais, coordenadas pela Seção de Operações da 8a RPM e integrada pelo P3
da UEOp já definidas no item 1.5.2 da Instrução Nr 02/2005;
1.5.3 Quanto ao item 1.4, alínea c) (“Intervenção positiva, quanto aos crimes registrados pelo
CiCOp mediante acionamento da população) e alínea d) (“Assegurar a manutenção do
processo de tendência de queda do Índice de Criminalidade Violenta em Belo Horizonte,
observado a partir do ano de 2004”), divulgação, pela Seção de Estatística e
Geoprocessamento da 8a RPM, em janeiro de 2006, dentro da avaliação geral sobre o ano
findo, de análise comparativa dos mapas do geoprocessamento, no tocante ao comportamento
da criminalidade em toda a cidade de Belo Horizonte, especialmente nas áreas comerciais, do
período do lançamento do conceito até dezembro de 2005.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM10
2 CAPÍTULO II – JUSTIFICATIVA À ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO
OPERACIONAL
2.1 Atualização do conceito de “Malha Protetora” da década de 1980
Na busca do aprimoramento dos serviços de segurança prestados à comunidade
belorizontina, no início da década de 80 foi implementado na Capital do Estado o conceito
operacional definido como “Malha Protetora”1 .
O conceito previa a adoção de ações preventivas e repressivas por meio do seguinte
escalonamento gradativo de esforços operacionais para preservação da ordem:
a) Primeiro Esforço – ocupação preventiva dos espaços de responsabilidade territorial
pelo efetivo da Subunidade (Cias), por meio de seu efetivo a pé e motorizado, com vistas a
criar um clima de segurança objetiva e subjetiva nas comunidades;
b) Segundo Esforço – verificando-se as vulnerabilidades após o 1o Esforço, a Unidade de
Área (BPM) emprega a respectiva Subunidade Tática (Cia TM) como forma de recobrir o
policiamento lançado, realizando operações setorizadas (Pelotão Presença), além de empregar
viaturas “Tático-Móvel”;
c) Terceiro Esforço – persistindo as vulnerabilidades a 8ª RPM passa a contar com o
apoio das Unidades Especializadas (atualmente pertencentes ao CPE);
d) Quarto Esforço – recobrimento final da “Malha” por meio das ROTAM (atualmente do
CPE/BTL ROTAM), especializada no combate à criminalidade organizada.
2.2 A nova articulação da PMMG em Belo Horizonte
Por meio da Resolução Nº 3764, de 21 de Junho de 2.004 , o Comando da PMMG
redefiniu a articulação operacional da PMMG em Belo Horizonte, com a criação do Comando
de Policiamento Especializado (CPE). Com essa medida, todas as Unidades Especializadas
(Cia PTran, BPE, RCAT, Cia PGd, Btl ROTAM, 4ª Cia MEsp, BPE e BPAer) , que antes eram
subordinadas à 8ª RPM, passaram a subordinar-se ao CPE.
1 MINAS GERAIS, 1987 – Trabalho publicado na Revista O Alferes Nr 13, (A Evolução do Policiamento Ostensivo- Sua execução
na Capital) de autoria do Maj PM Marco Antônio Gomide Reis.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 11
Com a nova articulação, somente as Unidades com responsabilidade territorial (1º BPM,
5º BPM, 13º BPM, 16º BPM, 22º BPM, 34º BPM, além do CICOp) permanecem subordinadas
ao Comando de Policiamento da Capital (CPC).
Figura 1- Organograma atual da estrutura operacional das UEOp/CPC
2.3 Evolução das Políticas de Prevenção Criminal
Com a elevação dos índices de violência e criminalidade, a PMMG tem adotado uma
série de medidas com vistas a conter esse fenômeno. Para tanto, foi editada a Diretriz para a
Produção de Serviços de Segurança Pública nº 01/2002 (DPSSP nº01/2002), que, dentre
muitos pressupostos básicos, prevê a adoção da Gestão Pública Orientada por Resultados.
Com esse pressuposto o CPC, atualizando o seu processo de gestão voltado ao
desenvolvimento científico de ações preventivas, passou a definir como organizar, dispor no
espaço urbano os recursos e gerenciar os seus esforços de policiamento, com o objetivo de
produzir serviços de qualidade e que atendam aos anseios da comunidade.
2.3.1 Princípios Básicos da Gestão Pública Orientada por Resultados
Dentro da política de Gestão Pública Orientada por Resultados, o CPC, objetivando a
atualização do conceito operacional, baseou-se especificamente, além da concepção da
necessidade ampla de integração entre a comunidade e demais órgãos públicos, nos seguintes
princípios:
a) Regionalização das Atividades de Polícia Ostensiva e Valorização das Unidades
Básicas de Policiamento (Cias);
b) Uso do geoprocessamento e indicadores estatísticos de segurança pública;
c) Avaliação de resultados e estabelecimento de metas a serem atingidas;
d) Ênfase preventiva e rapidez no atendimento (esforço preventivo inteligente);
e) Policiamento orientado para a solução de problemas;
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 12
f) Produção de ações/operações de polícia ostensiva preventiva, de acordo com
características e tipologia criminais predominantes nos espaços de responsabilidade territorial
específicos de cada Cia;
g) Esforços específicos, procurando agir sobre as causas, fatores, locais, horários,
condições e circunstâncias vinculadas ao cometimento de crimes e desordens.
2.4 Setorização
2.4.1 Conceito e Missão da Setorização
Conforme descrito no Projeto Segurança Integrada, o policiamento por setores apresenta-
se com uma evolução do Projeto Polícia Orientada por Resultados, no qual o setor de
policiamento passa a ser a célula de referência na produção dos serviços de segurança pública.
Os setores serão delimitados pelos Comandantes de Companhia, juntamente com os
respectivos integrantes, de acordo com as características sócio-econômicas e culturais e
também pela especificidade local dos problemas de criminalidade e violência.
Os setores receberão alocação de recursos humanos e logísticos, isto é, cada setor terá
Comandante, Auxiliar do Comandante, efetivo definido e meios logísticos adequados (viatura,
rádios, armamento e tudo o que for necessário), respeitadas as diretrizes de planejamento,
estruturação, coordenação e controle emanados pelo Cmt da Cia.
Compete ao Comandante de setor, juntamente com sua equipe, elaborar seu
planejamento mensal estabelecendo metas, estratégias e táticas operacionais, que deverão ser
avaliadas e discutidas com o Comando da Cia.
2.4.2 Estratégias Gerais para implantação
a) Atribuição de responsabilidade territorial a policiais-militares, para aumento do
envolvimento individual com o conceito de responsabilidade territorial de Unidades e
Subunidades;
b) Profissionalização dos integrantes dos setores para atuar sob o Programa de Polícia
Comunitária;
c) Preservação da estrutura de gestão logística nas P4 e SAT, como aprimoramento ao
modelo tentado (e frustrado) anteriormente no CPC, o chamado Policiamento Distrital;
d) Avaliação periódica dos integrantes dos setores, quanto à capacidade técnica (CTec),
à capacidade tática (CTat) e à qualidade do atendimento (QAt), mediante convênio com a
Fundação Guimarães Rosa (FGR);
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 13
e) Avaliação periódica do desempenho operacional das Subunidades (ADO), sob o
modelo da Instrução n° 01/2005-8ª RPM;
f) Utilização de Bases Comunitárias Móveis (BCM).
g) Emprego concentrado no policiamento a pé em áreas comerciais pré-estabelecidas,
em função dos indicadores de segurança pública, como forma de aplicação prática de
conhecimentos em Polícia Comunitária.
2.5 Os serviços desenvolvidos pela 8ª RPM
Priorizando a atuação preventiva, como atenuante do emprego repressivo, buscando,
ainda, agilidade nas respostas às necessidade de proteção e socorro da comunidade, além de
oferecer respostas ao maior número possível de acionamentos, o CPC implementou os
serviços especializados, para atendimento às demandas sociais, conforme descrição que se
segue:
2.5.1 Patrulha de Prevenção Ativa (PPA)
Criada e regulamentada por meio da Instrução Nº 01/2004 – 8ª RPM, a PPA destina-se a
atuar de forma preventiva, como missão principal, e de forma repressiva, como missão
secundária, com a competência para:
a) Executar o policiamento preventivo nas respectivas subáreas, mantendo contato
estreito com a comunidade, principalmente comerciantes, no sentido de estabelecer vínculos
confiança e proteção nos referidos locais;
b)Identificar pessoas estranhas aos locais de atuação, de forma a prevenir delitos,
efetuando prisões/apreensões, quando necessário, nos casos previstos em lei;
c) Adotar medidas repressivas imediatas nos casos de rompimento da ordem pública;
d) Ter sob controle cadastramento de delinqüentes atuantes na respectiva subárea
(espaço territorial de responsabilidade de uma Companhia de Polícia Militar), de modo a
proceder ações com vistas à imediata identificação como medida preventiva, e a coibir a
incidência de delitos nos comércios e em residências ou outros bens públicos ou particulares.
2.5.2 Patrulha Escolar
Regulamentada por meio da Ordem de Serviço Nr 3.007.1/04-8ª RPM, a Patrulha Escolar
tem as seguintes missões particulares:
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 14
a) Mantercontato estreito com a direção das escolas da rede pública estadual, municipal
e particular, no sentido de estabelecer vínculos de trabalho e proteção nos referidos locais;
b) Identificar pessoas estranhas nos estabelecimentos de ensino, para prevenir delitos;
c) Efetuar prisões/apreensões, quando necessário, nos casos previstos em lei;
d) Impedir a prática de atos ofensivos à moral e aos bons costumes;
e) Reprimir práticas delituosas, principalmente o porte ilegal de armas e uso de drogas;
f) Adotar medidas repressivas imediatas diante da iminência de rompimento da ordem
pública;
g) Cadastrar os vendedores ambulantes que tenham pontos de venda nas imediações
das escolas, sendo tal medida preventiva, para coibir o comércio de produtos ilegais e a venda
proibida a menores;
h) Auxiliar nas campanhas e programas de prevenção ao uso e tráfico de drogas e
desarmamento, por meio de palestras e outras formas de conscientização comunitária, dentro
das especificações didáticas e limitações metodológicas estabelecidas pela Coordenação
Estadual do PROERD;
i) Servir como consulta de medidas de autoproteção para discentes do estabelecimento
de ensino;
j) Avaliar as condições de segurança patrimonial da escola, propondo e coordenando
ações integradas com a direção do educandário, visando incluir e/ ou coibir a vontade de
delinqüir dos infratores da lei;
l) Informar e orientar os funcionários e usuários das escolas, por meio de visitas
tranqüilizadoras, quanto sobre as questões inerentes à segurança pública, bem como acerca de
comportamentos ideais para a melhoria da qualidade de vida local;
m) Promover reuniões periódicas (mensais sob a coordenação dos respectivos Cmt de
Cia) com a direção das escolas, para a busca de solução dos diversos problemas ligados à
segurança pública.
2.5.3 Policiamento a Pé nos centros comerciais
Regulamentado por meio da Instrução Nº 02/2005 – 8ª RPM, e do Indicador de Eficiência
do Emprego do Policiamento a Pé em Áreas Comerciais, contido na Instrução 01/2005-8a RPM,
destina-se ao alcance dos seguintes resultados:
a) Aumento da sensação de segurança na população belorizontina, nas áreas
caracterizadas pelo grande fluxo de população e de incidência de criminalidade violenta;
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 15
b) Preparação inicial para a implantação, em toda a RPM, do conceito de Policiamento
Setorizado;
c) Inserção, na cultura organizacional, do conceito operacional de Bases Comunitárias
Móveis (BCM);
d) Intervenção positiva, quanto aos crimes contra a pessoa e o patrimônio, no processo
de tendência de queda do Índice de Criminalidade Violenta em Belo Horizonte, observado ao
final de 2004;
e) Adaptação às demandas de intervenção de rotina: efetuar prisões, fazer advertências
diretas ou indiretas, reduzir o medo do crime e elevar o moral do policial-militar.
2.5.4 Patrulha de Atendimento Comunitário (PAC)
Estruturada para realizar o atendimento a pedidos formulados pela comunidade,
principalmente aqueles oriundos do sistema CICOp. A Patrulha de Atendimento Comunitário foi
estruturada tendo como estratégia básica atuar de forma efetiva quando acionada, via 190, com
vistas a responder ao maior número possível de acionamentos, tendentes à sua totalidade;
Neste contexto, a rapidez na resposta é fator primordial para a eficiência e eficácia das
ações de atendimento à comunidade.
A responsabilidade central das PAC é proporcionar uma série de serviços diretos aos
cidadãos que os requeiram: resolução de conflitos, assistência emergencial e proteção. Ao
atender com presteza os cidadãos, as PAC buscam gerar, como subproduto, o controle do
crime para a comunidade em geral.
As ações das PAC cumprirão, em ordem de prioridade, os objetivos seguintes:
a) Controle do crime: atendimento de solicitações relacionadas ao crime;
b) Manutenção da ordem: atendimento de solicitações de resolução de conflitos;
c) Serviço de emergência: atendimento de solicitações não relacionadas a crimes
(assistência de um modo em geral);
d) Regulamentação do trânsito: atendimento de solicitações relacionadas ao trânsito.
2.5.5 Patrulha de Operações (POp)
As Patrulhas de Operações são formadas por guarnições especializadas para atuar
diretamente no desenvolvimento das diversas operações policiais nas áreas integradas de
segurança pública. A atuação destas patrulhas deve consistir na presença constante de
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 16
policiamento ostensivo motorizado em locais estrategicamente definidos e apontados pelo
geoprocessamento.
Para tanto, serão destinadas viaturas específicas, com um efetivo treinado para realizar
as diversas abordagens, principalmente nas principais vias da cidade, liberando as demais
viaturas para o atendimento comunitário. A ostensividade, visibilidade e a segurança, nos
corredores ostensivos, tornam-se fatores determinantes para a efetiva atuação das patrulhas no
processo de redução da criminalidade e melhoria da sensação de segurança em Belo
Horizonte.
As POp integram também o conceito das Bases Comunitárias Móveis.
2.5.6 Patrulha Tático-Móvel (PTM)
Estruturada para realizar o recobrimento do policiamento lançado pelas subunidades com
responsabilidade territorial, a viatura Tático-Móvel constitui uma força de manobra das
Unidades de Área, conforme preconizado na DPSSP nº 01/2002.
As “Tático-Móvel” têm como missão básica atuar na repressão à criminalidade violenta na
área da respectiva Unidade, em apoio às Cias Esp.
As patrulhas Tático-Móvel destinam-se ao atendimento das ocorrências caracterizadas
como crimes violentos, onde a possibilidade de êxito na respectiva solução seja iminente, bem
como na cobertura a outras guarnições, quando no emprego em locais de risco e averiguação
de pessoas em atitudes suspeitas.
Portanto, são os crimes violentos alvo da ação das patrulhas Tático-Móvel: homicídios,
assaltos, estupros, seqüestros e congêneres.
2.5.7 Bike Patrulha
Dentre as peculiaridades do emprego do policiamento ostensivo, o policiamento com
bicicletas vem se destacando com uma evolução do policiamento preventivo, principalmente
nos centros comerciais, onde o aumento da capacidade operacional do policial-militar torna-se
fator preponderante para uma maior interação comunitária.
Atualmente esse processo de policiamento e regulado por meio da Instrução nº 02/2000
do Comando-Geral. O policiamento com bicicleta deverá ser utilizado, preferencialmente,
buscando o aspecto preventivo, cobrindo as deficiências apresentadas pelos demais
processos.
Deve ser utilizada em zonas residenciais, de elevada densidade demográfica ou de
maciça concentração vertical, locais de entretenimento público e de eventos especiais
(passeios ciclísticos ou corridas rústicas), próximo de estabelecimentos de ensino e áreas
comerciais, desde que conciliável com as peculiaridades relacionadas ao relevo do local.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 17
2.5.8 Postos de Observação e Vigilância (POV) e de Policiamento Comunitário
(PPC)
Conforme a DPSSP 01/2002, tanto o POV quanto o PPC, são indicados para serem
instalados em áreas críticas das ações de presença policial, na qual deva ser analisada a
situação de disponibilidade mínima de efetivo policial para tornar essa presença uma alternativa
viável de execução durante os horários considerados críticos.
A instalação de postos, em locais de comprovada necessidade, pode constituir-se em
resposta concreta aos anseios da população por mais segurança. A concepção operacional
que deve ser idealizada para os postos não é aquela de privilegiar uns poucos em detrimento
da maioria, mas a daquela fração que atua mais como um componente subjetivo, percebido e
sentido por todos e que supre deficiência de infra-estrutura de determinados locais (DPSSP
01/2002 p.46).
Tais postos deverão estar permanentemente ocupados, servindo como referência policial
militar para os cidadãos em situação de risco e, ao mesmo tempo, como base fixa para o
registro de ocorrências policiais.
2.5.9 Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR)
A PMMG,sabendo que a estratégia de atuação nos aglomerados e vilas precisa ser
diferenciada e de forma permanente, com ênfase na prevenção, respeito aos direitos humanos
e envolvimento comunitário, buscando combater a criminalidade nas causas e não somente
nos efeitos, criou o GEPAR, que hoje integra a intervenção secundária de prevenção do
Estado, no contexto do programa de redução de homicídios em áreas críticas, denominado
“Fica Vivo”.
O GEPAR destina-se ao atendimento exclusivo a essas comunidades, promovendo a
prevenção e repressão qualificada aos crimes violentos, com o objetivo de tentar reduzir os
altos índices de homicídios desses locais e traçar estratégias para impedir a tentativa de
controle desses locais pelo crime organizado.
Significa, acima de tudo, a presença constante, qualificada e comunitária da polícia junto
às populações carentes, quebrando o ciclo vicioso da chamada “criminalização da
marginalidade”.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 18
2.5.10 Base Comunitária Móvel (BCM)
Por meio do Projeto Segurança Integrada, o CPC vem implantar em Belo Horizonte as
Bases Comunitárias Móveis que tendem a representar um modelo capaz de aproximar as
demandas observadas pela PMMG que sejam objeto de preocupação e de sensação de
insegurança, devido a ações de criminosos.
A Base Comunitária Móvel tem com estratégia básica a ampliação da ostensividade e
visibilidade do policiamento ostensivo lançado, bem como das operações preventivas e
repressivas realizadas no Município de Belo Horizonte, além de aumentar a capacidade
individual dos policiais militares, de produção de serviços de segurança pública, tendo em vista
a ampliação do processo de setorização do policiamento no Município de Belo Horizonte.
2.5.11 Policiamento Velado
O policiamento velado, conforme a DPSSP nº 01/02, é uma atividade de preservação da
Ordem Pública, em apoio ao policiamento ostensivo, e emprega militares em trajes civis,
possuindo características, princípios e variáveis próprias.
O lançamento desse serviço deverá estar em consonância com o prescrito na referida
diretriz, sendo avaliado conforme o Indicador de Eficiência do Policiamento Velado, contido na
Instrução nº01/2005-8ª RPM.
2.5.12 Posto Fixo de Registro de Ocorrências Policiais
Cada fração operacional, instalada na respectiva subárea da Cia com responsabilidade
territorial, deverá ser cadastrada com um posto fixo de registro de ocorrências policiais. Tal
procedimento visa ampliar a rede de atendimento às demandas formuladas pela comunidade,
principalmente àquelas que se classificam como de “registro posterior”.
Cada posto fixo deverá ser cadastrado junto ao CICop que terá mais esse apoio para o
registro das ocorrências surgidas, principalmente aquelas de menor poder ofensivo e que
possam ser classificadas como de “ registro posterior” .
As sedes das Cias deverão funcionar durante as 24 horas do dia como um posto de
registro de ocorrências policiais por excelência.
2.5.13 Grupo Especializado no Atendimento de Criança e Adolescente de Rua
(GEACAR)
O GEACAR tem a missão de efetuar o encaminhamento a locais próprios, da criança e
do adolescente de rua, em situação de risco ou abandono, visando à respectiva
assistência e amparo junto ao Juizado Especializado, Conselhos Tutelares,
Entidades Governamentais e não-Governamentais.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 19
Dentre as atribuições do GEACAR destacam-se:
a) Identificar e mapear os principais pontos de concentração e atuação
infracional de crianças e adolescentes;
b) Manter estreito relacionamento com órgãos envolvidos com a solução dos
problemas inerentes à criança e o adolescente de rua;
c) Desarticular grupos de crianças e adolescentes, cujas características
suscitem suspeita policial da iminência da prática de atos infracionais.
2.5.14 Grupo Tático de Ação Presença
Trata-se de um grupamento especializado, vinculado às Companhias Tático-Mõvel, para
fazer face às demandas inerentes à necessidade de presença preventiva e repressiva da
Unidade com responsabilidade territorial, mediante o desencadeamento de operações-
presença, batida policial, incursão em favelas e afins. Além das operações descritas, esse
grupo deverá receber um treinamento especializado para emprego inicial em missões de
distúrbios civis e rebeliões em delegacias, cadeias e presídios, atuação subsidiária em eventos,
tendo em vista suprir eventual indissponibilidade da tropa do CPE.
2.5.15 Moto-Patrulha Comunitária (MPC), Moto-Patrulha de Atendimento
Comunitário (MPAC) e Moto-Patrulha Tática (MPT)
A Moto Patrulha é uma modalidade de policiamento que representa rapidez e
abrangência no atendimento à população. Sua utilização poderá ser realizada tanto como
presença efetiva junto à comunidade, por meio de um policiamento comunitário, que será
efetuado pela Moto Patrulha Comunitária (MPC); bem como no atendimento e registro de
ocorrências, que será efetuado pela Moto Patrulha de Atendimento Comunitário (MPAC).
Assim, a moto-patrulha, pela versatilidade de emprego, poderá ser utilizada mediante a
adoção de estratégias inerentes aos serviços de PPA e PAC, além daquelas referentes aos
grupamentos táticos, que será efetuada pela Moto-Patrulha Tática (MPT).
Para cada emprego deverão ser resguardadas as limitações de cada tipo de motocicleta
(125cc, 200cc, 250cc, 400cc, 500cc etc.), que melhor se adapte ao conceito operacional.
2.5.16 Administração das Unidades da 8ª RPM
A administração das Unidades da 8ª RPM comporá a reserva operacional do CPC para
lançamento em circunstâncias especiais e extraordinárias, conforme planejamento específico
da RPM.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 20
2.5.17 Monitoramento com Câmeras (Projeto Olho Vivo)
O monitoramento com câmera destina-se a aumentar a capacidade operacional do
efetivo lançado e prevenir a criminalidade, identificando o infrator no cometimento de crime, de
modo a acionar de imediato o policiamento destinado à prisão/apreensão do agente.
Além da região central de Belo Horizonte, planeja-se a instalação de câmeras para outros
grandes centros comerciais (Barreiro, Venda Nova, Floresta e Cidade Nova, etc).
2.5.18 Núcleo de Estratégias e Pesquisas, e Seção de Estatística e
Geoprocessamento da 8ª RPM
O Núcleo de Estratégias e Pesquisas e a Seção de Estatística e Geoprocessamento são
as seções responsáveis pela a coordenação e controle do desempenho das UEOp face ao
novo conceito instituído pela Instrução 01/2005-8a RPM: Controle Científico.
Especificamente o Núcleo de Pesquisas é a seção responsável pela avaliação da
eficiência de Unidades, setores, produtos e serviços, bem como do clima organizacional para a
formulação de ações, com o objetivo de fornecer subsídios para implementação de políticas
operacionais para atendimento à demanda da população. Compete ao Núcleo de Pesquisas
propor inovações metodológicas ao conceito operacional, com base nas pesquisas referente ao
desempenho das Unidades.
À Seção de Estatística e Geoprocessamento compete o acompanhamento e o
monitoramento da criminalidade na 8ª RPM, por meio dados estatísticos, planilhas eletrônicas e
mapas georreferenciados.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 21
3 CAPÍTULO III – ATUALIZAÇÃO DO CONCEITO OPERACIONAL
3.1 Esforços Operacionais
Atuando dentro de um conceito de “Malha Protetora”, com base na nova articulação
operacional e nos pressupostos básicos da Gestão Orientada por Resultados (e seus
princípios) e nos serviços disponibilizados para a comunidade, o Comando de Policiamento da
Capital passa a atuar, em Belo Horizonte, com os seguintes esforços operacionais:
a) PRIMEIRO ESFORÇO – Preventivo com apoio ao repressivo;
b) SEGUNDO ESFORÇO – Repressivo com apoio ao preventivo;
c) TERCEIRO ESFORÇO – Recobrimento Tático pela UEop;
d) QUARTO ESFORÇO – Recobrimento Tático pela RPM;
e) QUINTO ESFORÇO - Recobrimento Especializado, de Ensino e Administrativo.
A representação geoprocessada da Malha Protetora dar-se-á pela sobreposição
escalonada dos Mapas da Segurança (Mapa da Prevenção, Mapa do Atendimento Comunitário,
Mapa daRepressão):
a) O Mapa da Segurança é a representação geoprocessada da “Malha Protetora” que se
constitui pela sobreposição escalonada do Mapa da Prevenção (1º Esforço), Mapa do
Atendimento Comunitário (2º Esforço), Mapa da Repressão (3º Esforço) e definido com base na
articulação operacional e estratégias de segurança do Comando de Policiamento da Capital. O
4º Esforço da “Malha Protetora” sobrepõe o Mapa da Segurança em recobrimento especial ou
extraordinário aos esforços de policiamento.
b) O Mapa da Prevenção é a representação cartográfica das 24 áreas de segurança em
Belo Horizonte, com a respectiva articulação operacional e identificação mapeada das bases de
segurança da Polícia Militar (sedes de Batalhões, Companhias, Pelotões e Postos de
policiamento), e dos Pontos Sensíveis, constituindo-se como referência de proteção ao cidadão
e de seu patrimônio e fundamento para a definição dos alvos e da lógica do patrulhamento
preventivo.
c) O Mapa do Atendimento Comunitário é a representação cartográfica das 24 áreas
de segurança em Belo Horizonte, com a identificação mapeada dos pontos-base estratégicos,
dos corredores de segurança, e da articulação operacional da Polícia Civil, contendo as
delegacias e cadeias públicas, constituindo-se como referência geográfica de atendimento à
comunidade e fundamento para a definição dos alvos e da lógica de atendimento às
ocorrências.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 22
d) O Mapa da Repressão é a representação cartográfica das 24 áreas de segurança em
Belo Horizonte, com a identificação mapeada dos locais de risco, das zonas quentes de
criminalidade, das principais vias de acesso e dos pontos de bloqueio e interceptação,
constituindo-se como referências de repressão aos agentes do crime e fundamento para
definição dos alvos e da lógica para o desencadeamento de ações e operações de restauração
da ordem pública.
3.1.1 PRIMEIRO ESFORÇO – Preventivo de apoio ao Repressivo
3.1.1.1 Metodologia Básica de Emprego
As atividades de policiamento direcionadas à prevenção criminal, através do
patrulhamento comunitário, deverão ter como alvo de atuação o cidadão de bem, garantindo-
lhe a existência de uma estratégia de policiamento voltada para a proteção sua e de seu
patrimônio, no lugar de seu interesse, nas 24 horas do dia, com base nos seguintes
parâmetros:
a) Definição de um mapa de segurança, subdividido em Postos de Patrulhamento, com
atuação do policiamento em toda a área de responsabilidade territorial da Companhia, por meio
de cartões-programa que contemplem todas as vias de acesso e quadras do bairro, tendo como
referência os respectivos setores e subsetores da articulação operacional;
b) Toda a área deve ser alvo de policiamento preventivo - A patrulha à pé, de bicicleta
ou motorizada, deverá realizar o Patrulhamento Programado em seu Posto de serviço, de forma
que haja uma incidência mínima, de presença real, em cada quadra de sua área de trabalho,
com destaque para os Pontos Sensíveis elencados, tendo nos pontos-bases estabelecidos a
referência de coordenação e controle do policiamento lançado;
c) Durante o patrulhamento programado, as patrulhas deverão realizar, o mínimo de 06
(seis) “Ações de Presença Real” por alvo definido, por meio de contato com o cidadão, seja em
sua residência, estabelecimento ou nas vias de patrulhamento da quadra definida, registrando-
se o respectivo empenho. O relacionamento com o cidadão é imprescindível para a efetivação
dos princípios da Polícia Comunitária, devendo os militares assumirem o papel de consultores e
promotores de Segurança Pública;
d) Não poderá haver superposição de esforços no lançamento dos recursos
operacionais. As áreas comerciais deverão ter como prioridade o patrulhamento na modalidade
à pé ou bicicleta, as principais vias de trânsito deverão ser alvo de patrulhamento por viaturas
de 02 e 04 rodas, com pontos-base definidos em locais de maior visibilidade e ocupação dos
pontos sensíveis. As áreas residenciais deverão ser atendidas por bike-patrulhas apoiadas por
moto-patrulhas. As escolas e bancos serão alvos de atuação das patrulhas especiais (patrulha
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 23
escolar, e patrulhas de repressão a assalto a bancos, quando houver), contando ainda com o
apoio de patrulhas especializadas em recobrimento;
e) Como atividade secundária, o policiamento, que tem como atividade principal o
desenvolvimento de ações preventivas, deverá atuar no estágio repressivo conforme
especificado em “3.2.2”.
3.1.1.2 Composição
- Policiamento à Pé, Bike Patrulha, Moto-Patrulha Comunitária (MPC), Patrulha de
Prevenção Ativa (PPA), Patrulha Escolar, Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de
Risco (GEPAR), GEACAR, Posto de Observação e Vigilância (POV)/Posto de Policiamento
Comunitário (PPC), Posto Fixo de Registro de Ocorrências Policiais e Base Comunitária Móvel
(BCM).
3.1.2 SEGUNDO ESFORÇO – Repressivo de apoio ao preventivo
3.1.2.1 Metodologia Básica de Emprego
As atividades de policiamento direcionadas ao atendimento comunitário deverão ter como
alvo principal a resposta aos acionamentos do cidadão, garantido-lhe a existência de uma
estratégia de atendimento de suas demandas, através do acionamento do CICOp e/ou
SOU/SOF ou por iniciativa, nas 24 horas do dia, com base nos seguintes parâmetros:
a) Deverá ser definido um “Mapa de Atendimento Comunitário” com base na
setorização da Companhia, devendo ocorrer a ocupação dos pontos estratégicos de maior
visibilidade como referência de segurança para o cidadão e ponto de partida para os
acionamentos via 190, de forma a abranger toda a subárea de responsabilidade da Companhia;
b) O atendimento aos chamados decorrentes de denúncias de crime, contravenções e
de pessoas em atitudes suspeitas será direcionado à patrulha, por raio de proximidade do seu
posto de ocupação, com base na responsabilidade territorial definida em cartão programa;
c) A qualidade no atendimento deverá contemplar uma pronta resposta que atenda
aos anseios do cidadão com rapidez e eficiência na solução de sua demanda;
d) Como atividade secundária, nos intervalos entre os atendimentos às ocorrências,
esse policiamento, que tem como atividade principal o desenvolvimento de ações repressivas,
deverá atuar no estágio preventivo, conforme especificado em “3.2.1”.
3.1.2.2 Composição
- Patrulha de Atendimento Comunitário (PAC), Moto Patrulha de Atendimento
Comunitário (MPAC) e Policiamento Velado das Cias.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 24
3.1.3 TERCEIRO ESFORÇO – Recobrimento Tático da UEOp.
3.1.3.1 Metodologia Básica de Emprego
As atividades de policiamento direcionadas à repressão criminal deverão ter como alvo
de atuação o agente do crime, garantindo à comunidade a existência de uma estratégia de
policiamento voltada para a realização de abordagens e prisões, nas 24 horas do dia, com base
nos seguintes parâmetros:
a) A Ocupação dos postos deverá acontecer orientada pela análise geoprocessada do
crime – “Mapa do Crime”, definido pelos estudos estatísticos das incidências criminais, que
deverão especificar onde e quando serão lançadas as patrulhas em ações e operações
repressivas;
b) A gestão de empenho deverá ser coordenada pelo Comandante de Operação
Tático-Móvel ou Comando Tático do turno de serviço, devendo ser priorizados os atendimentos
às ocorrências relacionadas a crimes violentos, onde a ação de resposta efetiva é mais
imediata e a supremacia de força se faz necessária, observando inclusive as denúncias
anônimas, previamente selecionadas do sistema “Disque-Denúncia”;
c) O emprego das patrulhas e dos grupos de operações deverá ser setorizado, por
Companhia e antecedido por estudos que definam onde, quando e como devam atuar com
base nos dados fornecidos pelo geoprocessamento, que identifique a prioridade de repressão
aos crimes e por meio das informações correntes sobre “modus operandi” do criminoso;
d) Como atividade secundária, nos intervalos entre os atendimentos às ocorrências e
no desenvolvimento de operações especializadas, o policiamento quetem como atividade
principal o desenvolvimento de ações repressivas, deverá atuar no estágio preventivo,
conforme especificado em “3.2.1”.
3.1.3.2 Composição
- Patrulha Tático-Móvel, Patrulha de Operações (Pop), Moto-Patrulha Tática (MPT) Grupo
Tático (GrTM/Pelotão Presença) e Administração das UEOp/CPC.
3.1.4 QUARTO ESFORÇO – Recobrimento Tático pela RPM
3.1.4.1 Metodologia Básica de Emprego
Trata-se de um esforço com abrangência operacional em toda área de responsabilidade
da RPM. A atuação desse esforço será em ações e operações que extrapolem o atendimento
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 25
rotineiro do policiamento ordinário, em apoio as UEOp com responsabilidade territorial, criando
assim uma “FORÇA TAREFA”.
Esse esforço atuará com base nos seguintes pressupostos:
a) Articulação fundamentada num objetivo pontual;
b) Coordenação direta ao CPC;
c) Estrutura organizacional provisória;
d) Período de duração determinada;
e) Desarticulação condicionada ao cumprimento da missão.
A “força tarefa” deverá ser articulada para fazer face a uma demanda operacional que
requeira ações coordenadas em toda a área de responsabilidade da 8ª RPM, adequando-se
aos princípios do policiamento ostensivo da universalidade, responsabilidade territorial da RPM,
continuidade, emprego lógico, profundidade, unidade de comando e objetivo.
O emprego básico será articulado com base nos serviços já existentes podendo atuar
tanto coordenadamente em toda RPM, quanto em áreas específicas, onde a demanda indicar.
Para isso a “força tarefa” deverá ser devidamente capacitada dentro dos objetivos que
motivaram sua efetivação.
Dentre as possibilidades de emprego a “força tarefa” poderá ser utilizada, dentre outras
missões, como meio efetivo para viabilizar uma estrutura de cerco e bloqueio, uma força tática
para combate a modalidades criminosas específicas, além de atuar em eventos que necessitem
da presença maciça de uma força policial habilitada para tal.
3.1.4.2 Metodologia de Implantação
a) Identificação da demanda pela P/3 – CPC, de ofício ou mediante sugestão da
comunidade operacional;
b) Expedição da Ordem de Serviço específica, contendo o conceito operacional de
emprego da “força tarefa”, sendo deliberado o seguinte:
1) Conceito da Operação;
2) Duração da atividade;
3) Comando da equipe que prestará o serviço;
4) Forma de treinamento e capacitação;
5) Metodologia de acompanhamento do serviço;
6) Metodologia de avaliação e divulgação dos resultados.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 26
3.1.5 QUINTO ESFORÇO – Recobrimento Especializado, de Ensino e
Administrativo
3.1.5.1 Metodologia Básica de Emprego
Após haver utilizado todos os esforços iniciais o CPC ainda conta com um esforço de
policiamento eventual disponibilizado pela própria estrutura administrativa e de suas UEOp
subordinadas, das Diretorias e do Estado-Maior da PMMG, além da estrutura operacional das
Unidades subordinadas ao Comando de Policiamento Especializado (CPE).
Trata-se de um esforço que será utilizado mediante aquiescência e planejamento
conjunto entre o EMPM, CPE e APM, conforme a necessidade de emprego. O estado
preventivo será sua condição básica. Contudo, além do estado preventivo, o 4o Esforço, no seu
estado repressivo, contará com o apoio da ROTAM, do GATE e demais grupamentos táticos
especializados na repressão à criminalidade organizada e violenta.
3.1.5.2 Composição
- CPE (Btl ROTAM, BPE, RCAT , Btl RPAer, ,Cia Mamb, Cia PTran, Cia PRv, 4ª Cia
MEsp), APM, EMPM (Btl Metrópole).
3.2 Estado de atuação
O Estado representa uma situação em que o esforço pode apresentar-se em um
determinado momento do turno de serviço. Os esforços operacionais atuarão dentro de dois
estados2 básicos: Preventivo e Repressivo.
3.2.1 Estado Preventivo
É o estado em que o esforço operacional deve executar um patrulhamento preventivo,
decorrente de um planejamento cuidadoso, com escolha de itinerário e locais de pontos-base
estabelecidos com critérios científicos, através da análise das informações espaciais e
temporais, conforme regulamentado na DPSSP nº 01/2002.
As atividades deverão ser executadas visando à preservação da ordem pública, com a
finalidade de prevenir as práticas de atos delituosos.
2 Estado - É o conjunto de qualidades ou características com que as coisas se apresentam ou o conjunto de condições em que se
encontram em determinado momento. (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, disponível em
http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=estado)
http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=estado)
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 27
3.2.1.1 Estratégias Básicas:
a) Cumprimento de Ponto-Base com Cartão-Programa;
b) Realização de contatos comunitários;
c) Desencadeamento de Operações;
d) Atendimento de ocorrência por iniciativa;
e) Desenvolvimento de estratégias de setorização;
f) Agilidade nos registros de ocorrências policiais nas Delegacias.
3.2.2 Estado Repressivo
É o estado em que o esforço operacional deverá primar em efetuar uma resposta rápida
ao acionamento do cidadão, de forma a prestar um atendimento ao público com excelência.
Após a eclosão dos delitos, deverão ser desenvolvidas ações/operações de rastreamento
(repressão imediata) nos limites das respectivas competências e capacidades operativas,
quando da perseguição ao infrator3.
3.2.2.1 Estratégias Básicas:
a) Atendimento com o menor tempo de espera para o cidadão;
b) Alcance da nulidade de demanda reprimida;
c) Eficiência no atendimento ao público;
d) Correto preenchimento de BO;
e) Valorização das técnicas de abordagens e de prisão dos agentes.
3 DPSSP nº 01/2002 .p38
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 28
3.3 Classificação dos Serviços face o esforço operacional e os estados de atuação
Todos os esforços de policiamento tendem a atuar nos dois estágios, contudo cada um deles tem a sua prioridade de ação.ESCALA DE EMPREGO OPERACIONALESFORÇOOPERACIONAL SERVIÇOS COMPOSIÇÃOMÍNIMA DAGUARNIÇÃO Ciclo DuraçãoTurno (3)
EMPENHOVIA 190 ESTADOPRINCIPAL ESTADOSECUNDÁRIO
1º Turno 3x1
Pol. Pé 2(1) 2º, 3º e 4º Turnos
6x1; 6x2; 5x1
06 h
1º Turno 3x1
Bike Patrulha 2 2º, 3º e 4º Turno
6x1; 6x2; 5x1
06h
1º e 2º Turno
3x1; 3x2 08hMoto-Patrulha
Comunitária
(MPC)
1 3º Turno geminado com
dobras aos finais de semana 08h(2)
Patrulha de
Prevenção Ativa
(PPA)
2 5x1; 6x2 06h
Patrulha Escolar 2 5x2 08h
GEPAR 3
GEACAR 3
Turnos geminados com
dobras aos finais de semana 10 h
1º Turno 3x1
Primeiro -Preventivo comapoio ao repressivo
POV/PPC 2 2º, 3º e 4º Turnos
6x1; 6x2; 5x1
06 h
Com restrição Preventivo
Repressivo por
iniciativa ou
mediante
acionamento do
CPCia
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 29
Continuação...
ESCALA DE EMPREGO OPERACIONALESFORÇOOPERACIONAL SERVIÇOS COMPOSIÇÃOMÍNIMA DAGUARNIÇÃO Ciclo DuraçãoTurno (3)
EMPENHOVIA 190 ESTADOPRINCIPAL ESTADOSECUNDÁRIO
1º e 2º Turno
3x1; 3x2 08hPosto de Registro
de Ocorrências
nas Cia
1 3º Turno geminado com
dobras aos finais de semana 10h
Primeiro -Preventivo comapoio ao repressivo
Base Comunitária
Móvel (BCM)
Mediante planejamento específico, contando, ainda, com o
apoio do policiamento a Pé, MPC, PPA e Bike Patrulha.
Com restrição Preventivo
Repressivo por
iniciativa ou
mediante
acionamento do
CPCia
1º e 2º Turno
3x1; 3x2 08hPatrulha de
Atendimento
Comunitário
(PAC)
2
3º Turno geminado com
dobras aos finais de semana 08h(2)
1º e 2º Turno
3x1; 3x2 08hMoto-Patrulha de
Atendimento
Comunitário
(MPAC)
1 3º Turno geminado com
dobras aos finais de semana 08h(2)
Sem
Restrição Repressivo
Preventivo por
ausência de
acionamento via
190 ou CPCia
Segundo -Repressivo comapoio ao preventivo
Policiamento
Velado Mediante planejamento e acionamento CPCia ou Cmt de Operações
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 30
Continuação...
ESCALA DE EMPREGO OPERACIONALESFORÇOOPERACIONAL SERVIÇOS COMPOSIÇÃOMÍNIMA DAGUARNIÇÃO Ciclo DuraçãoTurno (3)
EMPENHOVIA 190 ESTADOPRINCIPAL ESTADOSECUNDÁRIO
Patrulha de
Operações (POp) 4 Sem restrição Preventivo
Repressivo por
iniciativa ou
mediante
acionamento do
CPCia
Patrulha Tático
Móvel (PTM)4
Moto-Patrulha
Tática (MPT) 1
Turnos geminados com
dobras aos finais de semana 10h
Grupo Tático (Pel
Presença) Mediante planejamento específico da UEOp e CIA TM
Sem restrição Repressivo
Preventivo por
ausência de
acionamento via
190 ou Cmt de
Operações
Terceiro -RecobrimentoTático da UEOp
Adm das UEOp Mediante planejamento e acionamento específico do CPC e UEOp
Quarto -RecobrimentoTático do CPC Mediante planejamento e acionamento específico do CPC
CPE e Unidades
APM
Quinto -RecobrimentoEspecializado, deEnsino eAdministrativo Btl Metrópole
Mediante planejamento e acionamento específico conjunto entre EMPM, CPC, CPE e APM
Nota: (1) – Exceção feita aos grandes centros comerciais, onde o lançamento unitário poderá ser realizado, caso seja possível o contato visual entre os policiais.
(2) – Tão logo as condições logísticas permitam o adequado trespasse do 2º para o 3º turno, a duração do turno geminado será de 10 horas.
(3) A chamada para todos os turnos se dará 30 minutos antes do lançamento, sendo destinada à instrução extensiva diária e demais providências.
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4 CAPITULO IV – GESTÃO INTEGRADA DA PRODUÇÃO DE SERVIÇOS
DE SEGURANÇA PÚBLICA.
4.1 Eixos Norteadores da integração entre a Polícia Militar e Civil
4.1.1 Eixos norteadores da Segurança Pública brasileira
A segurança pública é “dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”. A eficiência
dos órgãos estatais incumbidos de sua concretização depende da qualidade dos métodos e dos
recursos, em especial o humano, utilizados.
Constitui missão constitucional comum das Polícias Militar e Civil de Minas Gerais,
conforme se observa no art. 144, IV e V, respectivamente, da Constituição Federal, a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Por
competências particulares e exclusivas, descritas na Magna Carta, à PMMG e à PC incumbe “a
polícia ostensiva e a preservação da ordem pública” e “ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais”.
A SENASP/MJ editou, em 2003, sob as “Orientações para elaboração dos planos
estaduais de segurança pública”, linhas gerais de norteadoras, para o planejamento da
prevenção e repressão à criminalidade no País. Dentre as que se aplicam às ações e
operações policiais empreendidas na Capital mineira, para os fins de atuação conjunta e
integrada da PMMG e PC, estão a “reorganização institucional dos órgãos (...) e sua integração
sistêmica” e “o “desenvolvimento de políticas de redução da violência especificamente voltadas
para o enfrentamento de problemas e situações estratégicos”.
4.1.2 Atuação integrada das Polícias Militar e Civil como estratégia de
Governo
Constitui missão da PMMG, definida na Constituição do Estado:
“Art. 142 (...) – I. À Polícia Militar, a polícia ostensiva de prevenção criminal, de
segurança, de trânsito urbano e rodoviário, de florestas e de mananciais e as
atividades relacionadas com a preservação e a restauração da ordem pública, além
da garantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e entidades públicos,
especialmente das áreas fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso e
ocupação do solo e de patrimônio cultural”.
A Polícia Civil tem, de acordo com o referido diploma legal, as seguintes competências:
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Art. 139 - À Polícia Civil, órgão permanente do Poder Público, dirigido por Delegado
de Polícia de carreira e organizado de acordo com os princípios da hierarquia e da
disciplina, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração, do território do Estado, das infrações penais, exceto as
militares, e lhe são privativas as atividades pertinentes a: I - Polícia técnico-científica;
II - processamento e arquivo de identificação civil e criminal; III - registro e
licenciamento de veículo automotor e habilitação de condutor.”
Complementarmente, o Decreto nº 43.852, de 11 de agosto de 2004, veio aprimorar o
texto da Lei Maior estadual, especificando que:
“Art. 3º - A investigação policial, além da finalidade processual penal e técnico-
jurídica, tem caráter estratégico e tático sendo quem, devidamente consolidada,
produz ainda, em articulação com o sistema de defesa social, subsidiariamente,
indicadores concernentes aos aspectos socio-políticos, econômicos e culturais que
se revelam no fenômeno criminal.”
A atuação integrada das polícias em Minas Gerais é aspiração materializada nos
objetivos estratégicos do Governo do Estado, mediante o Plano de Gestão Estratégica dos
Recursos e Ações do Estado, que contém o Plano Estruturador de Redução da Criminalidade
em Minas Gerais. Nas diretrizes deste, encontra-se a “Integração dos diversos órgãos de
segurança pública”.
De acordo com o Governo do Estado4, o Projeto Estruturador de Redução da
Criminalidade em Minas Gerais consolida a articulação de ações operacionais de prevenção e
repressão ao crime, a partir de uma estratégia de planejamento traçada pela Secretaria de
Defesa Social. O propósito é “promover um salto qualitativo em relação às intervenções
públicas realizadas até então em Minas”.
No que concerne à integração operacional das polícias, objetiva o Governo: “integrar os
sistemas de informações e base de dados dos órgãos pertencentes ao sistema de defesa
social”, “integrar os processos de formação de treinamento de policiais” e “integrar o
planejamento operacional das organizações policiais”5.
4.1.3 Metodologia básica de integração em Belo Horizonte
4.1.3.1 Desenvolver um modelo próprio de planejamento operacional integrado, nas Áreas
Integradas de Segurança Pública (AISP) e Áreas de Coordenação Integrada de Segurança Pública
4Cf. Minas On-Line, em ww.mg.gov.br/portalmg/do/acoesGoverno?op=viewForm&coConteudo=12002.
5 Idem.
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(ACISP), observando as correspondências territoriais previstas nos mapas constantes dos
Anexos II e III;
4.1.3.2 Promover a integração das informações gerenciais de segurança pública entre as
Polícias Militar e Civil;
4.1.3.3 Identificar, monitorar e incapacitar os principais delinqüentes (líderes de gangues em
aglomerados urbanos, homicidas e assaltantes) que atuam no Município de Belo Horizonte, de
modo a controlar os índices de criminalidade violenta registrados na Capital;
4.1.3.4 Identificar, monitorar e incapacitar, mediante prisão, com apoio da Subsecretaria de
Administração Penitenciária/SEDS, foragidos de penitenciárias, cadeias públicas e delegacias
localizadas no âmbito de cada AISP, especialmente pelo levantamento de dados sobre aqueles
residentes nas circunscrições de atuação de cada Cia PM Esp e Delegacia Distrital;
4.1.3.5 Especializar equipes para a busca de dados concernentes à formação e atuação de
organizações criminosas e também para a execução das prisões;
4.1.3.6 Aperfeiçoar as formas de captação das informações;
4.1.3.7 Focalizar a atividade de inteligência na prevenção e enfrentamento da criminalidade
organizada;
4.1.3.8 Utilizar policiais de ponta para a realização dos levantamentos, envolvendo o manancial
de informações das Unidades Especializadas, tanto da PMMG quanto da PC.
4.2 Estratégias Integradas de Prevenção e Repressão
Para o desenvolvimento das estratégias deverão ser realizadas reuniões quinzenais, no
âmbito das AISP, e mensais, no âmbito das ACISP, sem prejuízo para a agenda do IGESP.
Para tanto, seguem-se as etapas descritas:
4.2.1 – 1ª Etapa
a) Levantamento, em separado, dos dados, por instituição, pelos Comandantes de Cia
PM Esp e Delegados Distritais;
b) Busca, em separado, de informações nas Unidades Especializadas, pelos
Comandantes de BPM e Delegados Seccionais.
4.2.2 - .2ª Etapa
a) Organização de banco de dados único, mediante envolvimento dos responsáveis pelas
AISP, mediante reuniões setorizadas de Comandantes de Unidades e Delegados Seccionais;
b) Utilização de análoga metodologia para as ACISP.
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4.2.3 - 3ª Etapa
Apresentações dos bancos de dados, por AISP e ACISP.
4.2.4- 4a Etapa
a) Busca de apoio para expedição de mandados de prisão;
b) Execução de prisões;
c) Avaliação de resultados.
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5 CAPÍTULO V – COORDENAÇÃO E CONTROLE FACE AO CONCEITO
OPERACIONAL
5.1 Comandante da Cia PM Esp
Cabe ao Comandante da Companhia planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar o
emprego de suas forças, em razão de seu posto ou função, ou em decorrência de lei ou
regulamento e, como tal, é o único responsável pelas decisões, realizando, de forma efetiva, o
controle direto (imediato) através do acompanhamento concomitante com a execução das
atividades operacionais e administrativas da subunidade.
Como atribuições gerais destacam-se as seguintes:
a) promover contatos lineares visando a integração com a Polícia Civil na AISP de sua
responsabilidade;
b) manter contatos comunitários visando reforçar a interação com a população e o
processo de setorização da respectiva Cia;
c) coordenar as das atividades do CONSEP;
d) participar ativamente das reuniões com representantes da comunidade;
e) dar resposta à documentação oriunda da Unidade, do escalão superior ou da
comunidade;
f) acompanhar a confecção do PLEMOP, expedindo diretrizes para sua elaboração;
g) analisar as escalas de serviço;
h) planejar ações/operações localizadas para redução dos índices de criminalidade na
subárea de responsabilidade;
i) participar do planejamento de operações provenientes do EMU;
j) conhecer estatísticas e dados geoprocessados, avaliando o lançamento de POG nas
ZQC da subárea;
k) determinar a implementação de recursos materiais e humanos conforme o
geoprocessamento;
l) articular o emprego de policiamento nas diversas atividades de policiamento, de acordo
com o efetivo disponível;
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m) conhecer as ocorrências de destaque dos turnos anteriores que não tenham sido
acompanhadas, determinando providências pertinentes, com coordenação do
Subcomandante, procurando, dentro do possível, buscar uma solução exeqüível para
sanar ou atenuar o(s) problema(s) identificado(s);
n) acompanhar a produtividade e pontuação dos sargentos para fins de avaliação na
promoção;
o) interagir com os demais comandantes de Companhia, principalmente da 8ª Região,
visando buscar soluções para os problemas comuns, de forma a integrar esforços para
o atingimento dos objetivos;
p) conscientizar os militares sob seu comando a participar dos eventos sociais
promovidos pela Unidade e pela sociedade, desenvolvendo o espírito de agregação e
participação entre os militares e a comunidade local;
q) manter e inovar mecanismos de coordenação e controle do policiamento lançado;
r) buscar o estabelecimento de parcerias que facilitem a execução do serviço;
s) ministrar palestras para a comunidade a respeito da evolução criminal;
t) manter contato com as autoridades da subárea respectiva;
u) estreitar contatos com os oficiais integrantes do Núcleo de Prevenção Ativa de sua
Unidade, otimizando as ações do NPA.
v) assegurar o recebimento, a compreensão e o cumprimento das ordens emanadas dos
escalões superiores.
5.2 Subcomandante da Cia PM Esp
Cabe ao Subcomandante da Companhia assessorar o respectivo Comandante na tomada
de decisões e nas execuções das atividades operacionais e administrativas no âmbito da sua
subunidade, realizando o controle indireto (mediato)6 através da análise de relatórios, mapas,
estatísticas de incidência criminal, rotinas dos sistemas informatizados, planos, ordens e outros
documentos.
Como atribuições gerais destacam-se as seguintes:
a) Apoiar administrativa e operacionalmente o Comandante de Companhia, substituindo-o
nos seus impedimentos eventuais;
6 Controle Indireto - - Diretriz de Produção de Serviços de Segurança Pública nº 01/;2002 .p90.
NOVA MALHA PROTETORA DA 8a RPM 37
b) Confeccionar o PLEMOP da Cia;
c) Desempenhar a função de Oficial de Inteligência da Cia, por meio da análise estatística
operacional – geoprocessamento –, mediante sugestão de soluções para os problemas
e repassando aos Coordenadores de Policiamento da Companhia (CPCia) as zonas
quentes de criminalidade, e acompanhamento das medidas para sua redução;
d) Coordenar e conferir a confecção de escalas mensais e planos de férias da
Companhia;
e) Acompanhar o efetivo da Cia, aferindo os níveis de conhecimento profissionais obtidos
através dos treinamentos diários e quinzenais realizados pela Unidade;
f) Supervisionar o lançamento dos turnos;
g) Encarregar-se de ministrar instruções específicas aos CPCia;
h) Fiscalizar o cumprimento das ordens emanadas do Comandante de Companhia;
i) Coordenar a instrução da Cia, conforme o Plano Anual de Treinamento da Unidade;
j) Coordenar e acompanhar os Oficiais e Graduados que atuam como CPCia,
fiscalizando a execução dos serviços e relatórios produzidos, principalmente o de final
de turno;
k) Coordenar e controlar o Policiamento Velado, PPA, Ptr Escolar, GEPAR e acompanhar
os militares que atuam no PROERD;
l) Acompanhar os casos de desvios de conduta e a situação disciplinar da tropa,
mantendo atualizado os registros relativos aos fatos detectados;
m) Gerenciar o controle, por parte da sargenteção da subunidade, dos militares portadores
de armamento fixo, exigindo que eles se apresentem na Companhia nas datas pré-
estabelecidas para a manutenção e devolução da arma durante o período de gozo de
férias ou em casos de licença médica, ou outros afastamentos superiores a cinco dias;
n) Controlar a carga horária das escalas operacionais e administrativas da Cia;
o) Anunciar, de imediato, ao Cmt de Cia, durante o serviço administrativo ou operacional,
quaisquer situações de relevância, para que este possa se inteirar dos fatos, a fim de
assessorar o Comando da Unidade oportunamente;
p) Acompanhar os policiais dispensados e licenciados, determinando que sejam
realizadas visitas tranqüilizadoras;
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q) Acompanhar da situação da frota, adotando providências imediatas perante a
Administração da UEOp para a constante disponibilidade das viaturas;
r) Coordenar a elaboração e a manutenção do cartão-programa para todas as
modalidades de policiamento desenvolvidas no âmbito da fração;
s) Responsabilizar-se pela manutenção da disciplina da tropa;
t) Acompanhar o desenvolvimento de todos os projetos sociais implementados;
u) Fiscalizar periodicamente o mapa carga, e
v) Manter atualizados todos os planos, cartas de situações e informações da fração.
5.3 O CPCia/Cmt do Grupo Tático (Pelotão Presença) ou da Atividade Especial(Operações, eventos e afins)
As atribuições do CPCia/Cmt do Grupo Tático ou da Atividade Especial serão
desencadeadas em 03 (três) momentos durante o desenrolar do turno de policiamento; são
eles:
a) Preparação para o Serviço;
b) Coordenação do turno;
c) Encerramento do turno.
5.3.1 Preparação para o serviço
É o momento que antecede o lançamento do turno de serviço, ou emprego em atividade
especial na qual o CPCia/Cmt do Grupo Tático ou da Atividade Especial; deverá estar atento à
instrução, à tropa e às viaturas. Para cada item o CPCia/Cmt do Grupo Tático ou da Atividade
Especial deve adotar os procedimentos a seguir.
5.3.1.1 Instrução:
a) Instruir a tropa de serviço para que tome conhecimento da relação de veículos
furtados/roubados
b) Verificar as ocorrências de destaque;
c) Orientar a tropa com relação às informações disponíveis no DISP;
d) Ministrar a instrução programada pela Seção de Ensino e Treinamento da Unidade;
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e) Tomar ciência e verificar o conhecimento das Ordens de Serviço pela tropa da
Subunidade;
f) Conferir faltas e dispensa, confeccionando as comunicações disciplinares e efetuando
os devidos remanejamentos;
g) Transmitir as orientações expedidas pelo Comando;
h) Distribuir a relação de Pontos-Base ao efetivo lançado no policiamento motorizado e a
pé;
i) Discutir com os militares todos os aspectos relacionados ao serviço;
j) Zelar pelo respeito às ordens contidas nas escalas de serviço, alterando-as somentequando absolutamente necessário;
k) Instruir detalhadamente a tropa, quanto ao emprego em atividade especial (Operação
PM/ eventos esportivos, religiosos e culturais).
5.3.1.2 Policiais Militares empenhados na atividade operacional:
a) Verificar a apresentação pessoal;
b) Fiscalizar se o PM está portando todo o equipamento de uso obrigatório para execução
de suas funções, tais como o armamento e o equipamento operacional, verificando os
respectivos estados de conservação e funcionamento;
c) Verificar as condições físicas e psicológicas dos policiais-militares empregados;
d) Fiscalizar o lançamento da tropa, agilizando o seu deslocamento;
e) Cuidar para que não haja dispensas do serviço de forma indiscriminada, motivadas por
questões particulares que, normalmente, cingem-se a problemas de cunho familiar,
ensejando prejuízos à capacidade operacional da Unidade;
f) Verificar se há dúvidas ou dificuldades para o emprego na atividade a ela atribuída, de
acordo com a instrução administrada pelo encarregado ou comandante da atividade.
5.3.1.3 Viaturas:
a) Orientar o Cmt e motorista da guarnição para que façam a conferência e manutenção
de 1º Escalão na viatura ,verificando a existência dos equipamentos de uso obrigatório;
b) Conferir se foi realizada a manutenção de primeiro escalão da frota por parte das
guarnições respectivas, atentando para a conservação e limpeza das viaturas;
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c) Comunicar as alterações encontradas nas viaturas, registrando em livro próprio a ser
disponibilizado na subunidade.
5.3.2 Coordenação do Turno
É o momento destinado à coordenação das atividades operacionais durante o exercício
do policiamento lançado no turno, na qual o CPCia/Cmt do Grupo Tático ou da Atividade
Especial deverá estar atento para as atividades dos policiais-militares a pé e motorizada e as
informações repassadas pela a rede rádio.
O CPCia/Cmt do Grupo Tático ou da Atividade Especial deve ser o responsável pela a
manutenção da DISCIPLINA TATICA das forças lançadas, ou seja é o responsável em manter
o emprego da tropa nas ações e operações, primando pelo melhor desempenho operacional.
Para tanto o CPCia deve, a princípio, estar disponível para coordenar as ações do turno,
evitando empenhar-se no atendimento de ocorrência comuns, adotando com isto os
procedimentos a seguir.
Nesse sentido, o CPCia/Cmt do Grupo Tático ou da Atividade Especial será o
responsável pela designação de viaturas que atenderão as demandas geradas pelo cidadão via
190.
5.3.2.1 Policiamento a pé:
a) Verificar o posicionamento nos postos, especialmente face às instruções lançadas pelo
escalão superior;
b) Verificar o conhecimento da missão no local de atuação;
c) Cobrar postura e compostura do policial-militar escalado;
d) Verificar as condições de segurança do policial-militar no local escalado;
e) Fiscalizar os contatos comunitários efetuados.
5.3.2.2 Policiamento motorizado:
a) Verificar as ocorrências em esperado, gerenciando para diminuição da demanda
reprimida, solicitando que o CiCOp comunique, de imediato, a existência de tais
ocorrências;
b) Acompanhar os empenhos de iniciativa;
c) Fiscalizar os deslocamentos das viaturas em coberturas a outras que necessitam de
apoio, observando o cumprimento da “disciplina tática” que deve existir num turno de
policiamento;
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d) Acompanhar o tempo de empenho das guarnições durante o atendimento à ocorrência;
e) Acompanhar as ocorrências de natureza “W02.000” (nada constatado) e “W04.000
(dispensada pelo solicitante). W08000 (ocorrência encerrada sem a presença viatura)
e A04000 (assistência a militares);
- Nas ocorrências em que houver necessidade de finalizar com a natureza W04000 e W02000,
os militares empenhados, deverão confeccionar BOS ao comandante de Cia com pelo menos
duas testemunhas. No caso da dispensa das providências, deverá ainda ser citado o motivo da
dispensa. No caso de solicitante não encontrado, basta apenas citar a situação (Numeração
inexistente, Solicitante não aguardou no local).
- Para o W08000, o CPCia é quem fará o BOS com a justificativa. Ao final do turno o CPCia
deverá constar no seu relatório o nº de W02000, W04000 e W08000 ocorridos.
- Para os casos de Assistência à militares (A04000) a solicitação deverá ser feita diretamente
ao Comandante da Cia, com responsabilidade sobre a Subárea onde se der o socorro, durante
o horário de expediente. Fora deste horário, caberá ao CPCia avaliar a real necessidade de
assistência (se é de urgência e não consulta, incapacidade de locomoção por outro meios, etc.)
e a sua capacidade operacional (quantidade de viaturas, número de empenhos, possibilidade
de ter uma viatura indisponibilizada por longo período, etc.).
f) Acompanhar a execução das operações previstas, para o turno, verificando o efetivo
empregado e a sua produtividade;
g) Verificar o cumprimento dos PB;
h) Estar presente nas ocorrências de destaque, acompanhando o desenrolar das mesmas
e assumindo aquelas que se fizerem necessárias;
i) Exercer o estreito controle sobre a realização de alimentação dos policiais-militares
durante o turno de serviço, adotando todas as providências para que isso seja realizado
de forma equilibrada e ponderada, inibindo as diversas formas de abuso;
5.3.2.3 Rede-Rádio:
a) Exigir o acompanhamento das mensagens, pelo CICOp, por meio do rastreador;
b) Coibir a utilização de gírias e transmissão de mensagens de cunho administrativo no
canal;
c) Exigir, constantemente, disciplina na rede;
d) Questionar os pedidos de contato pessoal feito via rádio, sem exposição de motivos;
e) Exigir objetividade na transmissão das mensagens;
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f) Harmonizar as comunicações com o CICOp e com a SOU.
5.3.3 Encerramento do Turno
É o momento destinado ao recolhimento dos policiais-militares no serviço e passagem
das orientações àqueles que assumem o próximo turno, na qual CPCia/Cmt do Grupo Tático ou
da Atividade Especial, caso não esteja empenhado em ocorrência de destaque ou que
necessite de sua presença, deverá estar atento para:
a) Mandar recolher as viaturas do turno, observando a continuidade do atendimento de
ocorrências, isto é, evitar um vácuo de atendimento em horários críticos de demanda;
b) Conferir a chegada na Cia, dos policiais-militares escalados em postos distantes;
c) Comparar o desempenho das guarnições, através da verificação de ocorrências
atendidas e a quilometragem rodada;
d) Conferir os relatórios diversos;
e) Acompanhar, de imediato, os policiais-militares empenhados em ocorrências de grande
vulto, bem sucedidas, à presença do Comando da Unidade, para a devida premiação;
f) Fazer contato com o sucessor para a passagem de todas as informações acerca do
serviço;
g) Reunir-se com as guarnições ao final do turno para, em conjunto, avaliar o desempenho
e a qualidade do serviço executado, estendendo-se tal procedimento aos demais
processos de policiamento em casos de necessidade, contudo quando não for
necessário, os assuntos de destaque deverão ser alvo de comentários no próximo
serviço/encontro;
h) Proceder à imediata lavratura e encaminhamento do Relatório do Turno de Serviço,
conforme Anexo I.
5.4 Oficial Comandante de Setor
Face o contido na Instrução Nº 02/2005, cada Comandante de Subunidade deverá
providenciar a divisão de sua respectiva cia em setores, atribuindo-se o comando a um oficial.
Conforme o Anexo III da referida Inst. Nr 02/2005 , entre as atribuições do Oficial
comandante de setor estão:
a) Conhecer as características de cada setor, dos moradores, negócios, empresas,
escolas e postos de saúde, entre outros;
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b) Conhecer os líderes do setor (comunitários, religiosos etc);
c) Ser aberto e acessível à comunidade;
d) Lidar com problemas utilizando a metodologia da solução de problemas e com a
participação da comunidade;
e) Auxiliar e instruir a comunidade sob medidas de auto-proteção para redução de
vulnerabilidades;
f) Conhecer e mapear os infratores

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