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APOSTILA DE PADRÕES E SISTEMA DE POLICIAMENTOS

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APOSTILA 
DE 
 PADRÕES E SISTEMA DE 
POLICIAMENTOS
 
 
 
 
 
“Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez” (Jean Cocteau) 
 
"Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma você está certo." 
(Henry Ford) 
 
CONCEITO DE SISTEMA, PADRÃO E POLICIAMENTO. 
SISTEMA: 
É um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado. 
Vindo do grego o termo "sistema" significa "combinar", "ajustar", "formar um conjunto". 
PADRÃO: 
É um modelo ou norma a ser seguido, com o fim de se alcançar um objetivo de maneira 
mais eficaz. 
POLICIAMENTO: 
É o ato de policiar um determinado local ou sociedade, conjunto de normas reguladas 
para a prevenção de crimes dentro de uma sociedade. 
 
GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA 
É um Curso Superior Sequencial que tem como objetivo formar profissionais capazes 
de gerenciar, analisar e opinar sobre questões de políticas públicas e realizar planejamentos 
na área de Segurança Pública, com vista à modernização e controle das estruturas material, 
pessoal e sistemas organizacionais, com o emprego de novas tecnologias, a fim de controlar a 
criminalidade e proporcionar a sociedade melhor qualidade de vida. 
 
PADRÕES E SISTEMAS DE POLICIAMENTO 
Na sociedade atual, os desafios enfrentados no campo da Segurança Pública, são cada 
vez maiores e mais complexos. As diversas formas de violência presentes em nossa sociedade 
exigem do profissional da Segurança Pública uma capacitação aprimorada, de modo que ele 
possua uma visão crítica sobre os conflitos sociais e sobre o papel das instituições policiais no 
contexto sócio/político e cultural brasileiro. 
 
A DISCIPLINA PADRÕES E SISTEMAS DE POLICIAMENTO 
Objetivo especifico: proporcionar ao aluno uma visão sistêmica da Segurança Pública 
Nacional, suas instituições, seus profissionais, políticas e suas ações, através do estudo de seus 
antecedentes históricos e da análise de seus cenários atuais e suas perspectivas futuras, além de 
capacitá-lo a gerenciar recursos disponíveis a fim de detectar problemas de Segurança Pública e 
apontar a melhor maneira de resolvê-lo, respeitando os princípios democráticos e humanistas. 
 
SEGURANÇA PÚBLICA: 
É uma atividade pertinente aos órgãos estatais e à comunidade como um todo, realizada 
com o fito de proteger a cidadania, prevenindo e controlando manifestações da criminalidade e da 
violência, efetivas ou potenciais, garantindo o exercício pleno da cidadania nos limites da lei. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
 
 
 
 
 
 
 
A CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA POLICIAL NO BRASIL 
 
Conceito de Polícia 
 
A definição de Polícia é diretamente associada ao ato de policiar, com o realizar o 
policiamento. Policiar, por sua vez é vigiar de acordo com as leis vigentes, realizado por 
organizações policiais, que tem como objetivo o controle da ordem social e a proteção da 
integridade física e vidas das pessoas e da propriedade, seja privada ou estatal, além das funções de 
repressão como as de controle de uma manifestação. 
Deve-se considerar também que vários outros órgãos públicos e civis (não policiais), 
também exercem ações de policiamento em domínios específicos, como os agentes da Fazenda 
Estadual, atuando como fiscais de produtos e sua circulação dentro do Estado. 
 
Segundo David Bayley, polícia é: 
“... pessoas autorizadas por um grupo para regular as relações interpessoais dentro 
deste grupo através da aplicação da força física.” 
 
Esta definição possui três elementos essenciais: força física, uso interno e autorização 
para seu uso, sendo que a falta de um deles descaracteriza a o conceito apresentados. 
 
Força física: 
É a função precípua da polícia é o uso da força física, seja real ou presencial (por 
ameaça). Os policiais são os agentes executivos da força do Estado. 
 
Uso interno: 
É o uso da força física dentro dos limites do território nacional, parâmetro esse 
fundamental para excluir daí os exércitos. Porém, quando as forças militares forem usadas para a 
manutenção da ordem dentro da sociedade, estas devem ser vistas como forças policiais. 
 
Públicas: 
Refere-se à natureza da agência policial. Elas devem ser formadas, pagas e controladas 
pelo poder público. Para ser considerada como uma força policial, o poder desta deve advir do 
poder estatal e não de grupos privados. 
 
Especializados: 
É uma força policial concentrada no uso da força física. 
 
Profissionais: 
Refere-se a uma preparação explicita para realizar atividades exclusivas de policia. A 
profissionalização envolve: recrutamento por mérito, treinamento formal, evolução na carreira 
estruturada, disciplina sistemática e trabalho em tempo integral. 
As forças policiais variam de acordo com a cultura de cada sociedade e acompanha o 
grau de desenvolvimento da mesma. Variam também em outros aspectos como: estrutura, 
treinamento, formas de emprego da força, reputação, poder e composição social. 
Desta maneira podemos, através da ótica de Bayley, formular o nosso conceito de 
polícia: 
Instituição pública, profissional e especializada, autorizada por um grupo social 
para regular as relações interpessoais dentro dessa sociedade, através do uso da força física. 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS QUE COMPÕEM A SEGURANÇA PÚBLICA E SUAS MISSÕES 
 
Nossa Constituição Federal (CF), no Capítulo que trata da Segurança Pública, mais 
precisamente no artigo 144, traz em seu bojo, os órgãos que compõem a Segurança Pública no país, 
bem como suas funções e missões. Vejamos a seguir: 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, 
através dos seguintes órgãos: 
 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
 
POLÍCIA FEDERAL: 
Órgão subordinado ao Ministério da Justiça, cuja função é, exercer a segurança pública 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, sobretudo 
exercendo atividades de Polícia Judiciária da União. Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de 
outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; exercer as funções de polícia 
marítima, aeroportuária e de fronteiras. 
 
 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 
É uma polícia federal ostensiva, subordinada ao Ministério da Justiça, cuja principal 
função é combater os crimes nas rodovias e estradas federais do Brasil, assim como monitorar e 
fiscalizar o tráfego de veiculos. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Justi%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_f%C3%ADsica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_Judici%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_drogas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_drogas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contrabando
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_mar%C3%ADtima
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_mar%C3%ADtima
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_aeroportu%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_de_fronteiras
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Justi%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monitor
 
 
 
 
 
A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL: 
É uma polícia federal, subordinada ao Ministério da Justiça, responsável pelo 
policiamento ostensivo das ferrovias federais do Brasil. 
 
 
 
POLÍCIAS MILITARES: 
São os órgãos do sistema de segurança pública, subordinadas ao Estado, aos quais 
competem as atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. Caracterizadas pelo 
seu uniforme, armamento,equipamento e viaturas ostensivos é responsável pelo policiamento nas 
ruas, agindo de maneira repressiva em situações de conflitos e de assistência emergencial. Sendo 
força auxiliar do Exército. 
 
 
POLÍCIAS CIVIS: 
São órgãos do sistema de segurança pública aos quais competem, ressalvada 
competência específica do Estado, as atividades de polícia judiciária e de apuração das infrações 
penais, exceto as de natureza militar, auxiliando o Ministério Público (MP), no processo de 
construção da culpa legal. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Justi%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Policiamento_ostensivo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrovia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
 
 
 
 
 
CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES: 
São órgãos do sistema de segurança pública aos quais compete a execução das 
atividades de defesa civil (calamidades e desastres da natureza), além de atuar em casos de 
emergências, prevenção e combate a incêndios, afogamentos, resgate. 
 
 
 
GUARDA MUNICIPAL 
A Guarda Municipal é a denominação utilizada no Brasil para designar as instituições 
que podem ser criadas pelos municípios para colaborar na segurança pública utilizando-se do poder 
de polícia delegado pelo município através de leis complementares. Algumas administrações locais 
têm utilizado a denominação Guarda Civil Municipal para designar o órgão em cidades do interior e 
Guarda Civil Metropolitana para as grandes capitais do Brasil. A denominação "Guarda Civil" é 
oriunda das garbosas Guardas Civis dos Estados, extinta durante a ditadura militar. 
 
 
 
 
 
CONSELHOS COMUNITÁRIOS DE SEGURANÇA (CONSEG): 
São entidades comunitárias privadas de cooperação voluntária com a política de 
segurança pública e defesa social de uma localidade, formadas por pessoas de uma mesma 
comunidade que se reúnem com autoridades públicas (PM, PC, BM, etc.) com objetivo de discutir, 
analisar, planejar, sugerir, avaliar e acompanhar a solução de seus problemas de proteção social e de 
segurança pública, assim como para estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias 
lideranças locais. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_p%C3%BAblica
 
 
 
 
 
TIPOS DE POLICIAMENTOS: 
 
PATRULHAMENTO 
Rádio patrulha, é a atividade de policiamento ostensivo realizada por um conjunto de 
homens e materiais, empregados de forma técnica, tática e operacional, em permanente contato com 
uma central de operações. 
Assim, verificamos que radiopatrulha é considerada atividade de policiamento ostensivo 
aonde o patrulheiro Policial Militar - está em permanente contato com uma central de operações que 
exerce a sua coordenação e controle, fazendo policiamento ostensivo preventivo e ou atuando de 
forma repressiva no combate ao crime e contravenções. 
 
 
 
 
POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ 
 
O policiamento ostensivo é a atividade de 
manutenção da Ordem pública, em cujo 
emprego o homem ou fração de tropa é 
identificado pela farda, equipamento ou 
viatura. 
POLICIAMENTO MOTORIZADO DE 
MOTOCICLETA 
Interligadas ao Centro de Operações através 
de radiocomunicação, as patrulhas 
motorizadas respondem pelo atendimento da 
maior parte das ocorrências policiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO 
O policiamento ostensivo de trânsito abrange também ações de orientação do tráfego, 
atendimento e socorro em acidentes, remoção, retenção e apreensão de veículos em situação 
irregular, fiscalização de documentos de porte obrigatório, autuação por infração de trânsito e 
participação em campanhas educativas. 
 
 
 
 
 
vantagens: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pé em: 
POLICIAMENTO COM CÃES 
O emprego de cães em suplementação ao policiamento a pé oferece as seguintes 
 
 Redução do efetivo empregado; 
 Maior eficiência da tropa; 
 Influência Psicológica; 
 Segurança do Policial, principalmente na execução de abordagens e buscas pessoais. 
 
 
POLICIAMENTO MONTADO 
O emprego de Policiamento Montado é utilizado em suplementação ao policiamento a 
 
 Policiamento em Estádios de Futebol, 
 Operação Veraneio, 
 Shows Carnaval (Operação Alegria). 
 
 
 
 
 
 
 
OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS 
São as atividades desempenhadas pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais 
(BPMChoque), (BPMRotam) e pelos Grupo de Patrulhamento Tático (GPT). Essas unidades e 
frações de tropa têm como missão de desenvolver ações e operações táticas para o recobrimento nas 
situações emergentes no campo da segurança pública. É força de manobra do Comando Geral para 
emprego em todo Estado. Está permanentemente em condições de atuar preventivamente e/ou 
repressivamente. Atua após ter esgotado todos os meios disponíveis para solução do fato delituoso, 
obedecendo a escalada de força, em ocorrências que exijam homem e equipamento técnico 
especializado. 
 
 
 
 
 
 
 
POLICIAMENTO AÉREO 
Desempenhadas pelo Grupo de Radio patrulhamento Aéreo (Graer) - consistem em 
missões de apoio às operações típicas de polícia ostensiva, bem como em operações de extinção de 
fogo florestal com equipamento de lançamento de água e socorros de urgência. 
 
 
 
Dentre todos os processos de policiamento, o 
aéreo é o que confere maior raio de ação e maior 
ostensividade, princípios básicos do 
patrulhamento, modalidade de policiamento que 
melhor se presta à missão constitucional da 
Polícia Militar, o de preservação da ordem 
pública. 
 
 
 
 
POLICIAMENTO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 
Neste terreno, a Polícia Militar também se faz presente através de suas unidades de 
proteção ambiental 
 
 
 
 
 
 
POLICIAMENTO RODOVIÁRIO 
O Policiamento Rodoviário tem como missão fiscalizar, orientar e coordenar o trânsito 
em todos os sentidos, prevenindo e reprimindo os atos relacionados à segurança pública, 
proporcionando conforto e comodidade ao usuário da rodovia. É desenvolvido pelo Batalhão de 
Polícia Militar Rodoviária. 
POLICIAMENTO EM PRAIAS 
A cada início de temporada, nos meses de dezembro, a Polícia Militar da Bahia deflagra 
a "Operação Veraneio", que mobiliza em todo o Estado enormes contingentes de policiais, visando 
intensificar as ações de segurança pública nas cidades e nas praias. 
 
POLICIAMENTO COMUNITÁRIO 
É uma filosofia de policiamento personalizado de serviço completo, onde o mesmo 
policial patrulha e trabalha na mesma área numa base permanente, a partir de um local 
descentralizado, trabalhando numa parceria preventiva com o cidadão para identificar e resolver os 
problemas. 
 
 
 
 
 
 
USO DA FORÇA COMO MEIO DE CONTROLE SOCIAL 
 
Controle social é “a capacidade de uma sociedade de se auto-regular de acordo com 
princípios e valores desejados” (COSTA, 2004:38) 
 
A polícia é o único órgão autorizado a fazer uso da força, seja presencial ou real, com o 
fim de manter a ordem pública e os interesses da coletividade. 
 
No âmbito interno as polícias são o braço forte do Estado e estas são sempre usadas 
quando o Estado necessita se impor pelo uso da força. 
 
O ESTADO POSSUI O “MONOPÓLIO DO USO LEGÍTIMO DA FORÇA DENTRO DE 
UM TERRITÓRIO.” - Max Weber 
 
 
“TODO ESTADO É FUNDADO NA FORÇA.” – Leon Trotski 
 
 
 
RETROSPECTO HISTÓRICO DO POLICIAMENTO 
 
FUNDAMENTOS DO POLICIAMENTO MODERNO 
 
Como costuma agir a polícia em nossa sociedade, de maneira reativa ou proativa? De 
que forma podemos pensar os mecanismos de segurança pública voltados para a resolução dos 
problemas que lhe competem de maneira EFETIVA? Como se dividem os períodos do 
policiamento moderno, estes são questionamentos extremamente pertinentes e que a frente serão 
trabalhados. 
 
Eras do Policiamento Moderno 
 
É inegável a influência das experiências de segurança pública dos países desenvolvidos 
sobre os países latino-americanos. Seguindo esta premissa vamos utilizar uma classificação do 
policiamento moderno feita pelo estudiosoamericano, Trojanowicz Moore, que divide o 
policiamento Nos Estados Unidos das Américas em três: 
 
- Era Política; 
- Era da Reforma; 
- Era da Resolução de Problemas Com a Sociedade. 
 
A Era Política (1º período: 1830 - 1930), era caracterizada principalmente, por um 
policiamento que desempenhava diversas funções sociais, muita corrupção policial e sem 
profissionalização. 
 
A Era da Reforma (2º período: 1930 – 1980), foi marcada pelo surgimento das 
Academias de Polícias, com o objetivo de formar os profissionais de polícia, tendo como foco 
combater o infrator e como tática prioritária o rádio-patrulhamento. 
 
A Era da resolução de problemas com a comunidade (3º período: 1980 - 2000) por 
 
 
 
 
 
sua vez, orientou-se na construção de um relacionamento de cooperação entre a polícia e a 
sociedade, tendo como base a participação das lideranças comunitárias e foco na solução dos 
problemas locais. 
 
 
Teremos a frente um quadro com as principais características de cada período e 
como ocorreram as transformações que influenciaram as principais estratégias de policiamento, que 
surgiram na Era da Reforma e na Era de Solução de Problemas com a Comunidade. 
 
 
 
 
Características gerais 
 
Era Política 
1830 – 1930 
 
Era da Reforma 
1930 - 1980 
Era de resoluções de 
Problemas com a 
Comunidade 
1980 – 2000 
 
Autorização e 
legitimidade 
 
Políticos locais 
e lei 
 
Lei e 
profissionalismo 
 
Lei, profissionalismo e 
comunidade 
 
Função 
 
Serviço social 
amplo 
 
Controle do crime 
Serviço policial amplo e 
personalizado 
 
Relacionamento com 
a comunidade 
 
 
Íntimo 
 
 
Distante e remoto 
 
 
Íntimo 
 
 
 
Táticas e tecnologia 
 
 
Patrulhamento a pé 
 
Patrulhamento 
motorizado e 
acionamento 
por telefone 
 
Patrulhamento a pé, 
envolvimento da 
comunidade para solução 
de problemas 
 
 
Resultados esperados 
 
Satisfação dos 
cidadãos e dos 
políticos locais 
 
Respostas rápidas 
para 
controlar os crimes 
 
Qualidade de vida e 
satisfação da comunidade 
 
 
 
 
 
 
Ciclo De Polícia 
 
A atividade de polícia de segurança pública do Estado brasileiro se opera pela dicotomia 
existente entre a polícia administrativa e a polícia judiciária, tendo como seus representantes a 
Polícia Militar e a Polícia Civil. Essa dicotomia não deveria interferir na operação do poder de 
polícia que controla o ciclo de polícia. 
O modelo brasileiro contempla a polícia em órgãos distintos, uma destinada à prevenção 
e outra à repressão criminal, mas o que nunca se esperou foi à falta de integração que veio 
prejudicar o ciclo policial. 
CICLO DE POLÍCIA 
 
 
Polícia Administrativa 
de segurança pública 
executa atividades 
preventivas para evitar 
que o crime ocorra. 
Polícia Administrativa 
de segurança pública 
executa atividades 
repressivas para 
restaurar a ordem 
violada. 
 
Polícia Judiciária 
executa atividades 
repressivas com o fim 
de processar e prender 
o autor. 
Polícia Judiciária 
executa atividades 
auxiliares à Justiça. 
 
PODER DE POLÍCIA 
 
A polícia tem o poder de representar o Estado e em nome deste usar a força, conclui-se 
que o seu poder de agir é concedido pelo próprio Estado. 
 
No Código Tributário Nacional, encontramos um dos mais, se não o mais completo 
conceito de Poder de Polícia de nosso ordenamento jurídico. Como vemos a seguir: 
 
Art. 78. Código Tributário - Considera-se poder de polícia atividade da administração 
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito 
à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
As polícias trabalham diretamente com os principais bens tutelados pelo Estado; vida, 
liberdade e propriedade, nesta sequência de importância. Ela é o órgão com poderes para impedir 
o indivíduo de se locomover como bem lhe convém. É a instituição que possui por obrigação 
funcional o dever de proteger a vida de terceiros, mesmo que para isso tenha que usar os meios 
necessários para tal, ou seja, mesmo que tenha que tirar a vida do agressor. Ela esta autorizada a 
desapropriar o morador que se recusa a cumprir a ordem judicial para deixar um determinado local, 
mesmo que para isso tenha que se valer da força física. 
ORDEM PÚBLICA 
PRESERVADA CRIME 
REPRESSÃO 
IMEDIATA 
REPRESSÃO 
MEDIATA 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA BRASILEIRO DE POLICIAMENTO 
 
O Estado Nacional Brasileiro apresenta um sistema de policiamento moderadamente 
descentralizado e multiplamente descoordenado. 
 
SISTEM DESCENTRALIZADO 
Podemos perceber que o comando das forças policiais é descentralizado, vez que a 
Constituição colocou o comando das policiais civis e militares e do corpo de bombeiros 
subordinados ao Governo dos Estados e do Distrito Federal. Sendo que no Distrito Federal as 
polícias militares e corpos de bombeiros foram mantidos como forças auxiliares e de reserva do 
Exército, no caso de ameaça à segurança nacional. 
 
Polícia Ostensiva Preventiva e Polícia Judiciária 
Para fins didáticos, podemos dividir as forças policiais em Polícia Ostensiva 
Preventiva e Polícia Judiciária: 
 
Policiamento Ostensivo Preventivo 
Distinguido pelo seu uniforme, armamento, equipamento ostensivo, por suas viaturas 
caracterizadas e identificadas e pelo seu treinamento diferenciado e tem por finalidade agir 
preventivamente a fim de evitar que o crime aconteça e no caso de ocorrência do delito realizar a 
prisão em flagrante do autor, além de preservar a ordem pública. Exemplo a Polícia Militar e a 
Polícia Rodoviária Federal (PRF). 
 
Policiamento Judiciário 
É a Polícia investigativa, age após a ocorrência do crime de modo velado com o 
objetivo de apurar os crimes, apontar sua autoria e coletar provas que ajudem a confirmação desta 
autoria. Exemplo o Departamento de Polícia Federal (DPF) e a Polícia Civil. 
 
Podemos então entender que as polícias agem da seguinte forma: 
 
Linha do Crime 
 
DELITO 
 I 
 
POLÍCIA MILITAR POLÍCIA CIVIL 
 
SISTEMA MULTIFACETADO E DESCOORDENADO 
 
O sistema brasileiro de policiamento caracteriza-se pela existência de forças múltiplas 
e descoordenadas entre si. 
 
Como exemplo do Caráter Descoordenado das forças policiais brasileiras citamos 
situação do enfrentamento e apuração dos crimes de tráfico de drogas no território nacional, que 
embora seja da competência da Polícia Federal, é apurado de forma contumaz pelas polícias 
estaduais, através de convênios firmados entre Estados e a União. 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA NACIONAL: 
 
Cabe ao Estado, como titular de substancial parcela do Poder Nacional, prover 
segurança à nação. 
A CF em seu artigo 5º, caput, refere-se à segurança como um direito inviolável e no 
artigo 6º diz que a segurança é dos direitos sociais de todo cidadão. 
Quando falamos em segurança devemos observá-la primeiramente de um modo mais 
abrangente e aos poucos ir pormenorizando seus elementos. 
No enfoque mais abrangente de Segurança, temos Segurança Nacional¸ que se 
constitui em um conjunto de dispositivos e medidas que visam manter a ordem estabelecida e 
preservar a integridade nacional, tanto interna quanto externamente, bem como garantir a nação a 
conquista e a manutenção dos seus objetivos nos campos políticos, econômico, social, militar e 
tecnológico. 
Se o Estado em sua tarefa de promover a consolidação desses objetivos, vier a defrontar 
com pressões de origem externa situadas no domínio das relações internacionais, ou ameaças a sua 
soberania dentro de seu território, o problema é de Segurança Externa. No entanto, se os 
antagonismos forem de qualquer origem,forma e natureza, mas que venham a produzir seus efeitos 
no âmbito interno do país, assunto se configurará como problema de Segurança Interna. 
 
A Segurança Interna por sua vez, divide-se em duas partes distintas: a Defesa Interna, 
que se ocupa das pressões vinculadas ao processo ideológico que atentam contra as instituições 
nacionais e a democracia, e a parte da Segurança Pública, que se preocupa com o cumprimento da 
lei, e manutenção da ordem pública e os exercícios dos poderes constituídos. 
 
Desta maneira, didaticamente podemos fazer a seguinte visualização: 
 
SEGURANÇA NACIONAL = 
Segurança Externa + Segurança Interna 
 
 
SEGURANÇA INTERNA = 
Defesa Interna + Segurança Pública 
 
 
POLICIAMENTO COMUNITÁRIO 
 
A Polícia comunitária é um conceito mais amplo, que abrange todas as atividades 
voltadas para a solução dos problemas que afetam a segurança de uma determinada comunidade, 
que devam ser praticadas por órgãos governamentais ou não. No complexo da Policia Comunitária 
se compreende vários segmentos e forças da sociedade, frequentemente chamados de “os seis 
grandes”, são eles: a polícia, a comunidade, autoridades civis eleitas, a comunidade de negócios, 
outras instituições e a mídia, a respeito do qual discorremos a seguir: 
 
CONCEITOS UTILIZADOS NO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO: 
 
- POLÍCIA COMUNITÁRIA: É a corporação policial que é embasada na Filosofia de 
Polícia Comunitária. 
 
 
 
 
 
É a Filosofia de Polícia Comunitária aplicada na gestão da corporação. 
- POLICIAMENTO COMUNITÁRIO: É a aplicação prática da Filosofia de Polícia 
Comunitária nas atividades policiais. 
É a Estratégia de Polícia Comunitária aplicada na execução de policiamento. 
- PROJETO COMUNITÁRIO: É um esforço empreendido para interferir na 
qualidade de vida da comunidade. 
- SEGURANÇA COMUNITÁRIA: É a segurança resultante dos esforços da 
comunidade, da polícia e de todas as forças vivas atuantes na localidade. 
- QUADRANTE: É o espaço geográfico de responsabilidade de uma guarnição policial 
militar setorizada. 
- MONITORAMENTO: É a atividade pela qual os policiais militares executam o 
patrulhamento de acordo com o Procedimento Operacional Padrão, desenvolvendo esta atividade 
com saturação de uma área, com o objetivo de verificar locais e pessoas de forma a acompanhar a 
rotina das atividades da localidade, buscando aumentar a segurança da comunidade e propiciar o 
convívio social harmônico. 
- VISITA COMUNITÁRIA: É o ato do policial militar se deslocar a uma residência, 
escola, igreja, estabelecimento comercial ou qualquer outro local de interesse da segurança pública, 
para repassar as orientações necessárias ao incremento da segurança, além de integrar-se de maneira 
proativa na vida social da comunidade. 
- VISITA SOLIDÁRIA: É o atendimento policial militar à pessoa vítima de ação 
delituosa. 
- SATURAÇÃO: É o policiamento repetitivo e recorrente em uma determinada 
localidade durante todo o período de serviço da guarnição. 
- AGRESSOR DA SOCIEDADE: É o indivíduo que cause prejuízo indevido à 
qualidade de vida da comunidade, através de conduta tipificada penalmente ou não. 
- ZONA QUENTE DE CRIMINALIDADE (ZQC): É a localidade que possui 
histórico de atendimentos policiais anteriores recorrentes, dos quais geram suspeição de atividades 
criminosas. 
- ATENDIMENTO POLICIAL MILITAR: É a prestação de qualquer serviço policial 
militar de atendimento proativo ou reativo. 
- COMPORTAMENTO PROATIVO DO CIDADÃO: É a conduta na qual o cidadão 
passa a ser agente direto na promoção da segurança individual e coletiva, adotando um 
comportamento que dificulte a ação de um agressor da sociedade. 
- VÍTIMA FÁCIL: É o ato de o cidadão conduzir-se ou comportar-se, de maneira tal, a 
que facilite a ação do agressor da sociedade sobre a sua integridade física e o seu patrimônio. 
- FISCAL DE SEGURANÇA: É postura a ser desenvolvida pelo cidadão, pela qual, o 
mesmo assume uma conduta fiscalizadora frente às possíveis causas de criminalidade, passando a 
acionar os setores competentes do poder público, ou da sociedade civil, para solucionar estas não 
conformidades. 
- EMPATIA: É a condição de poder colocar-se no lugar do outro. 
- FORÇAS VIVAS: São as pessoas ou instituições que tem o poder de influenciar a 
qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no quadrante, a saber: Poder Judiciário, 
Autoridades Políticas, Ministério Público, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Escolas 
Públicas e Particulares, Conselho Tutelar, Conselhos Comunitários, Associações de Moradores e 
outras representatividades, Igrejas, Empresas, Imprensa e, principalmente, o máximo possível de 
moradores. 
- CULTURA DE SEGURANÇA: É o complexo de informações e costumes que 
capacitem o cidadão a ser um agente promotor de sua segurança particular e pública. 
- REUNIÃO MENSAL DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA: É o agrupamento das 
 
 
 
 
 
forças vivas atuantes na localidade para discutir e estabelecer parcerias em prol da melhoria da 
qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no quadrante com interesse direcionado para 
a segurança pública, com periodicidade mínima mensal. 
- ATENDIMENTO PROATIVO: É o trabalho que tem início de ofício pela própria 
PM, com o propósito preventivo. Excetuando-se as solicitações de atendimentos não decorrentes de 
ação delituosa. 
- ATENDIMENTO REATIVO: É o trabalho realizado pela PM no atendimento 
policial militar empenhado através do COPOM, telefone móvel funcional ou de forma ocasional, 
resultante da notícia de ação delituosa, infracional ou de trânsito. 
 
 
O que é planejamento 
 
 
Planejamento é um processo desenvolvido para alcançar uma situação futura desejada 
de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços humanos e 
recursos pela empresa. 
 
Toda empresa (pública ou privada) precisa desenvolver estratégias almejando os 
seguintes aspectos: 
 
 
 
 
Eficiência 
 
“Fazer certo a “coisa””, pois em se fazendo o contrário – fazer 
errado a “coisa”, estaremos provocando perdas de tempo e 
recursos (retrabalho, desperdício), contrariando os princípios da 
eficiência; um segundo clichê muito utilizado para definir 
eficiência é "fazer mais com menos" 
 
 
 
Eficácia 
 
"Fazer a “coisa” certa"”, pois em se fazendo o contrário, 
estaríamos „fazendo a “coisa” errada", a “coisa” que não deveria 
ter sido feita, “coisa” fora de lugar e hora, “coisa” a ser 
empreendida de forma diferente, em outras palavras: deveríamos 
fazer outra “coisa” que não esta. 
 
 
 
Efetividade 
 
"Fazer a “coisa” que tem que ser feita"; sendo dos três, o conceito 
mais difícil de se entender, pois somente é percebida por 
pesquisas de opinião sobre ações que causam efeitos, impacto ou 
transformação de uma realidade que se modificou ou de metas 
previamente estabelecidas. 
 
 
Para fins de analogia e exemplificação, podemos dizer que a eficiência é cavar, com 
perfeição técnica, um poço artesiano. Eficácia é encontrar a água e efetividade diz respeito aos 
efeitos da perfuração do poço artesiano. 
 
 
 
 
 
Na verdade, esses aspectos se interagem. Desta forma, a fórmula administrativa para 
conseguir ao sucesso da estratégia é: 
 
O objetivo do planejamento é desenvolver processos, técnicas e atitudes 
administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de 
decisões presentes. Isto é definido em função do objetivo empresarial, que facilitará a decisão no 
futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. 
O exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no 
processo de tomar a decisão e aumenta a chance de alcançar os objetivos e desafios enfrentados. 
 
Níveis de Planejamento 
 
Considerando os níveis hierárquicos de uma empresa ou organização de segurança 
pública ou privada, o planejamento pode ser dividido em três níveis, observe:Planejamento Estratégico 
 
É o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para estabelecer 
a melhor direção a ser tomada para uma empresa. Busca otimizar o grau de interação entre os atores 
externos – que não são controláveis – e internos para formular objetivos e cursos de ação. 
 
Planejamento Tático 
 
É o processo administrativo que tem por objetivo otimizar uma determinada área da 
empresa, setor de finanças, setor operacional, setor logístico, dentre outros. Portanto, trabalha com a 
decomposição dos objetivos do planejamento estratégico. 
 
Planejamento Operacional 
 
 
 
 
 
 
É o processo de formalizar, através de documentos, das metodologias e implantações 
estabelecidas. Basicamente, são os planos de ação ou plano operacional. O foco são as tarefas 
cotidianas. 
 
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Com as novas filosofias de policiamento surgidas na atualidade, a formas de se resolver 
os problemas que envolvem a Segurança Pública também evoluíram de maneira que o policiamento 
desenvolvido pelos órgãos de segurança se volta para o problema e tenta resolvê-lo em sua origem. 
Veremos agora como o Policiamento Voltado Para o Problema apresenta soluções 
para os problemas repetitivos da Segurança Pública e de controle da criminalidade através de um 
método chamado IARA (Identificação, Analise, Resposta e Avaliação), como veremos a seguir: 
 
 
Identificação: 
 
O primeiro passo para traçarmos o caminho da solução de um problema e identificá-lo. 
A solução de problemas pode ser parte da rotina do trabalho policial e seu emprego 
regular pode contribuir para a redução ou solução dos crimes, melhorar a sensação de segurança e, 
até mesmo, diminuir a desordem física e moral vivenciada nos bairros. 
O primeiro passo é reconhecer que as ocorrências (que possuem um mesmo padrão de 
repetição) são “incidentes” de um problema maior, que precisam ter suas origens (causas) bem 
compreendidas para ser solucionado. 
 
Na verdade, o problema no contexto de policiamento orientado é classificado em três 
categorias para facilitar a sua identificação: 
 
 
1 – Crime / Contravenção: São fatos típicos antijurídicos, definidos em lei. Geralmente 
estão tipificados no Código Penal ou outra legislação específica como a Lei de Crimes Ambientais, 
Estatuto da Cidade, entre outros. 
Exemplos: Furto, roubo a mão armada, manter em cativeiro animal silvestre sem 
licença, iniciar um loteamento urbano sem o licenciamento ambiental, fazer doação de alimentos 
em período eleitoral, dentre outros. 
2 - Medo do crime: São os atos referentes à sensação de insegurança. Exemplos: Medo 
de sair de casa, a desconfiança de denunciar um delito à instituição policial, medo de ir para a 
escola, medo de ficar sozinho em casa, dentre outros. 
3 – Desordem física ou moral: São fatos que se referem à aparência das coisas ou dos 
comportamentos das pessoas, que não constituem um crime / contravenção (propriamente dito); 
mas facilita sua ocorrência. 
Exemplos: Praticar a prostituição na porta de um condomínio, grafitar (com autorização 
do proprietário do imóvel) o muro numa rua deserta, manter um lote vago com a vegetação elevada 
e sem o devido cercamento, etc. 
 
Triângulo para Análise de Problema (TAP): 
Você sabe quais são os elementos essenciais para ocorrer um crime? Basicamente são 
necessários três elementos para que um problema policial possa ocorrer. Observe a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TAP ajuda os policiais na análise do problema, sugere onde são necessárias mais 
informações e auxilia no controle e, principalmente, na prevenção criminal. 
O relacionamento entre esses três elementos (vítima, agressor e ambiente) pode ser 
explicado da seguinte forma: 
As prisões, entretanto, nem sempre são as respostas mais efetivas, existem meios 
intermediários que auxiliam na mediação dos conflitos apontados e que podem conduzir com maior 
efetividade ao objetivo esperado. Veja a frente algumas formas de lidar com os problemas: 
 
Formas de lidar com o problema: 
 
1ª - Eliminar totalmente o problema: A proposta é a ausência total das ocorrências. É 
improvável que a maior parte dos problemas possa ser totalmente eliminada, principalmente os 
crimes. 
 
2ª - Reduzir o número de ocorrências geradas pelo problema: Aqui, o objetivo é a 
redução de ocorrências proveniente do problema, geralmente é o mais alcançado no contexto 
policial. 
 
3º - Reduzir a gravidade dos danos: A efetividade para esse tipo de solução é 
demonstrada constatando-se que as ocorrências são menos danosas, depois da intervenção do 
método IARA. 
 
4º - Lidar melhor com velhos problemas: Tratar o maior número de participantes de 
modo mais humano, reduzir os custos, melhorar a capacidade de lidar com a ocorrência, ou seja, 
promover satisfação para as vítimas, reduzindo custos e outro tipo de medida que faça com que esse 
tipo de solução seja efetiva. 
 
Policiais solucionadores de problema, frequentemente, buscam ajuda da comunidade, de 
outras frações policiais da mesma cidade, comerciantes, agências de serviço social, dentre outros 
colaboradores na comunidade envolvida. 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
BAYLEY, David H. Criando uma teoria de policiamento: padrões de policiamento. Coleção 
Polícia e Sociedade 1. São Paulo: EDUSP, 2001. 
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EDUSP, 2001. 
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BRASIL, CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, Decreto Lei N.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940. 
FERRO JUNIOR, Celso Moreira. Segurança Pública Inteligente (Sistematização da Doutrina e 
das Técnicas de Atividade – 1ª ed. – Goiânia – GO: Kelps, 2008. 
SECRETÁRIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA - www.mj.gov.br/Senasp - Acesso: em 
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DURKHEIM, Émile. Ética e sociologia da moral. São Paulo: Landy, 2003.122 p. 
MOORE, Mark Harrison. Policiamento Comunitário e Policiamento Para a Solução do 
Problema. In: TONRY, Michael e MORRIS, Norbal (orgs) Policiamento Moderno. Trad. Jacy 
Tardia. São Paulo. Editora Universidade de São Paulo, 2003. Série Polícia e Sociedade, n. 7 
(Tradução de Modern Policing). 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 13.ed. São Paulo: Atlas, 2001 
LAZZARINI, Álvaro. Temas de Direito Administrativo. 2. ed. Ver. E ampl. São Paulo: Editora 
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TROJANOWICZ, Robert; BUCQUEROUX. Policiamento Comunitário: como começar. Tradução 
de Mina Seinfeld de Carakushansky. Rio de Janeiro: Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, 
1994. 
SENASP. Curso Internacional de Polícia Comunitária, 2010. 
http://www.mj.gov.br/Senasp

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