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Relatorio 1 Final- PERFIL GLICEMICO LAB CLIN

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAM
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
AMANDA CRISTINE CASTRO SANTOS
DAVI ARAÚJO ALVES
MARIANA DE OLIVEIRA
NZUZI TERESA ANDRE
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO: PERFIL GLÊMICO
São Paulo
Fevereiro - 2024
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO:
1. IDENTIFICAÇÃO
Título: Perfil glicêmico
Discentes: Amanda Cristine, Davi Araújo, Mariana de Oliveira e Nzuzi Teresa.
Docente: Camila Accardo
Disciplina: Laboratório Clínico II
Período: Manhã 
Objetivo: Identificar o perfil glicêmico (em jejum) do paciente e Hemoglobina glicada verificar os níveis de glicose dos últimos 90 dias, ou seja, realizar técnicas para obter o perfil glicêmico do paciente e entender a importância. 
2. INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrentes da hiperglicemia, causada por falhas na ação da insulina, na sua secreção ou em ambos os processos. O DM é uma doença crônica que se destaca pelas complicações macrovasculares, como cardiopatia isquêmica, acidente vascular cerebral e doença arterial periférica, e microvasculares, como retinopatia, nefropatia e neuropatia (Malta et al., pág. 2, 2019). 
De acordo com a American Diabetes Association, 2019, definir o perfil glicêmico tem sua importância possibilitando o monitoramento da glicose e assim permite avaliar a resposta individual de cada paciente durante vários momentos do dia, além de medir a eficácia de terapias e medicamentos. Além disso, favorece parâmetros para diagnosticar e/ou prevenir a Diabetes Mellitus, identificar uma hipoglicemia e várias outras alterações relacionadas com assunto em questão e, ajustes em terapias efetivando um tratamento sem agravos e amenizando efeitos indesejados.
Com isso, a hemoglobina glicada (HbA1c) tem sido utilizada como uma ferramenta para o diagnóstico do diabetes mellitus. A HbA1c é uma forma da hemoglobina (Hb) produzida na presença de hiperglicemia, refletindo a média da concentração de glicose no sangue, nos últimos 60 a 90 dias, quanto mais elevadas forem as taxas de glicose livre no sangue, maior a proporção de HbA1c. O exame de HbA1C é vantajoso, pois consegue fornecer uma visão mais abrangente e representativa do controle glicêmico ao longo do tempo. (Sumita e Andriolo, 2006).
2.1 OBJETIVO
Praticar o procedimento e identificar o perfil glicêmico (em jejum) do paciente durante um intervalo de tempo definido e com a Hemoglobina glicada verificar os níveis de glicose nos últimos 90 dias. Além de compreender sobre a glicemia, Diabetes Mellitus, interpretar os resultados e comparando com a padronização e relatar um possível laudo. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Verificar os níveis de glicose no sangue ao longo do dia partindo do jejum;
· Apontar momentos de hipoglicemia e hiperglicemia;
· Avaliar eficácia de um tratamento.
· Auxiliar no diagnóstico da diabetes;
· Fornece medidas de controle a longo prazo medindo eficácia.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAL UTILIZADO
-Para medir a glicemia: aparelho medidor de glicose, tira/ fita glicemia; lancetas.
-Para coleta Hb. glicada: luvas; garrote; seringa; agulha; canhão; tubo com EDTA; algodão.
-Para o procedimento Hb. Glicada: Marcador (caneta); tubos de ensaio; 2ml +/- de sangue; pipetas 100ul e 200ul; 500ul de hemolisante; resina ligante; resina não ligante; 1 banho-maria; 1 centrífuga; 1 espectrofotômetro com cubetas e para glicemia, 2 ml de soro já coletado (medir glicemia) com 1 reagente 
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para iniciar o perfil glicêmico foi selecionado o aparelho medidor glicêmico e separado uma tira de glicemia, em seguida utilizou-se a lanceta para perfurar a ponta do dedo indicador. Logo após foi espremido a ponta do dedo para que saísse uma gota de sangue e em seguida encostado na fita no local indicado e assim foi observado o valor apontado na tela e anotado na lousa para posterior comparação e obtidos os seguintes valores: 
Quadro 1: Valores em lousa para posterior comparação
	-
	T1
	T2
	T3
	Camila 
	79
	114
	80
	Melissa
	71
	93
	-
	Yasmin
	162
	82
	-
	Nicolle
	143
	83
	-
	Giovanna
	96
	89
	-
	Thais
	73
	94
	-
	Davi
	91
	83
	-
	Amanda
	79
	-
	-
	Teresa
	89
	-
	-
	Jenison
	94
	-
	-
Para a hemoglobina glicada foi realizada a coleta de sangue em tubo de EDTA. Após a correta homogeneização adicionou-se 50 ul do sangue total a 500ul de hemolisante no tubo de ensaio e homogeneizados corretamente aguardando 5 minutos em temperatura ambiente. 
Foi acomodado resina ligante num outro tubo de ensaio de tampa vermelha e homogeneizado por inversão, em seguida combinou-se mais 100ul do hemolisado lavando a ponteira na resina 3x realizando a mistura. Rotulando o tubo de ensaio como A1. A seguir foi condicionado resina não ligante em outro tubo de ensaio e homogeneizando-a por inversão, em seguida inserido mais 20ul do hemolisado lavando a ponteira 3x na resina para misturar e rotulando como A2.
Com os dois tubos A1 e A2 prontos, foi efetuado a homogeneização das soluções em movimentos de inversão por 10 minutos no total e realizando uma pausa a cada 5 minutos, depois acondicionados os tubos na centrífuga, centrifugando de 3 a 5 minutos em 1000 rpm. Por fim, aspirado o sobrenadante, passando o líquido para a cubeta do espectrofotômetro e determinar as ABS em 415 nm. Enfim realizar os cálculos: (mg/dL) = ABS teste / ABS padrão x 100.
Para a Glicemia foi utilizado o soro já coletado pela faculdade na qual transferido 20 ul para um tubo de ensaio homogeneizando com 2ml do reagente, em seguida misturado vigorosamente, seguindo para incubação por 10 minutos em banho-maria a 37°c. na qual permite a estabilização de cor por 30 minutos. Após o tempo incubado, transferir a mistura para cubeta realizando leitura no espectrofotômetro em 405 nm.
Quadro 2: Quantificação de amostra e reagentes para medição de glicemia
	-
	Branco
	Teste
	Padrão
	Amostra
	-
	20 ul
	-
	Padrão
	-
	-
	20 ul
	Reagente
	2 ml
	2 ml
	2 ml
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os procedimentos realizados para o perfil glicêmico foram feitos aleatoriamente em quase todos os alunos da sala sendo medido a glicemia no aparelho e anotado em lousa a cada 1 hora mais ou menos possibilitando a visualização na diferença de valores. 
	Para a hemoglobina glicada é feito o procedimento avaliando as hemácias com insulina grudadas e utilizando-se de um gráfico, é possível observar que, conforme vai se deslocando para a direita (aumentando) mais aumenta o risco de patologias microvasculares e sistemas (macrovasculares). 
 No exame de hemoglobina glicada foi coletado sangue do aluno Davi Araújo, com os devidos cálculos realizados, foi possível observar valores acima dos parâmetros normais para um adulto encaixando-se em um quadro de diabetes, mas vale ressaltar que os preparativos para os exames não foram realizados seguindo os padrões e normas, ou seja, não houve o devido tempo de jejum. 
A1: 1,393
A2: 1,471
A1 / A2 x 14 = % Hb
Então: 1.393 / 1,471 x 14 = 13,16% Hb
É importante informar que também é mensurada a tolerância alterada à glicose e seguindo alguns requisitos, onde em jejum, glicemia deve apresentar-se em 70 a 99mg/dL, após 2 horas os valores devem se manter menor que 140 mg/dL e dependo dos valores apresentados podemos definir se o paciente é pré-diabético ou não. Já para diagnosticar a DM podemos dosar a glicemia, a hemoglobina glicada e TOTG (Teste de Tolerância à glicose para Gestante), além de considerar outros sintomas como: proteinúria, microalbuminúria, cetonuria, verificar frutosamina e peptídeo c. 
E utilizado o cálculo para a Glicose (mg/dL) = ABS teste / ABS padrão x 100 
Então: 0,066 / 0,340 x 100 = 19,4 mg/dL
	Considerando o resultado acima de 19,4 mg/dL é possível concluir um quadro de hipoglicemia severa com paciente entrando em coma. 
	É importante salientar que, o valor adquirido acima está muito baixo em comparação aos valores de referência (69 mg/dL – 99mg/dL) sendo necessário uma segunda avaliação e repetindo todo procedimento para confirmação. Podemos também verificar possíveiserros na coleta, como a quantidade de amostra coletada, se foi o tubo correto para o exame e/ou consultar se é soro de recém-nascido, tendo assim um laudo com 100% de certeza para a gravidade apresentada. 
5. CONCLUSÃO
Durante a aula foi possível verificar ao longo do tempo as diferenças de glicemia de cada aluno tendo uma noção básica do comportamento do perfil glicêmico de forma individual e sendo possível comparar uns aos outros classificando em hipoglicêmico, normoglicêmico ou hiperglicêmico. Já a Hemoglobina glicada foi verificado apenas o sangue de um aluno na qual foi obtido valores um pouco acima dos parâmetros ideais, permitindo simular um possível laudo como pré-diabético. 
Vale ressaltar que, toda a técnica realizada para obtermos um perfil glicêmico pode ter ocorrido erros humanos, como na manipulação dos reagendas e amostras, durante pipetagem etc. Mas que foi possível atingir os objetivos, sendo possível simular as técnicas incluindo as normas de biossegurança e entender o que é o perfil glicêmico, o que é a glicemia, o que é diabetes mellitus e correlacionar todos os pontos anteriores citados. 
Foi possível entender o quanto o perfil glicêmico é importante, permitindo compreender como o corpo reage diante da insulina em diversos momentos e situações variadas ao longo do dia, assim viabilizando determinar um diagnóstico ao paciente e definindo o melhor tratamento, quando entendido o tipo da diabetes (American Diabetes Association, 2019).
6. REFERÊNCIAS
Associação Americana de Diabetes; Padrões de cuidados médicos em diabetes – 2019 resumidos para falar de cuidados primários. Clínica Diabetes 1º de janeiro de 2019; 37 (1): 11–34. https://doi.org/10.2337/cd18-0105
Malta, Débora Carvalho, et al. «Prevalência de diabetes mellitus determinada pela hemoglobina glicada na população adulta brasileira, Pesquisa Nacional de Saúde». Revista Brasileira de Epidemiologia, vol. 22, n. o supl 2, 2019, p. E190006. SUPL.2. DOI.org (Crossref), https://doi.org/10.1590/1980-549720190006.supl.2.
SUMITA, N. M.; ANDRIOLO, A. Importância da determinação da hemoglobina glicada no monitoramento do paciente portador de diabetes mellitus. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 42, n. 3, jun. 2006. DOI.org (Crossref), https://doi.org/10.1590/S1676-24442006000300002
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