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corpo sem órgãos - Bruna

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Deleuze e Guattari - Corpo sem Órgãos
O Corpo sem Órgãos (ou apenas CsO) é um conceito formado por Deleuze e Guattari,
usado em Anti-Édipo e Mil-Platôs.
O corpo é o local no qual o desejo se move, é uma superfície para as intensidades
circularem, é uma forma pré-individual para que qualquer individualidade venha a aparecer.
O órgão é parte ou estrutura de um organismo vivo. Sendo assim, o órgão é uma
ferramenta para além dele mesmo, é parte de um todo, é um instrumento.
Com a ideia de um Corpo Sem Órgãos, Deleuze e Guattari buscam fugir de toda e qualquer
teleologia. Se busca um corpo pleno, que não seja de nenhum modo relacionado com uma
determinação ou função direcionada.
Desta forma, deixando para trás o dever e procurando cair de cabeça no ser. A imanência é
mais relevante que a transcendência. Buscar entender o que é o desejo e não como ele
deveria ser. Um corpo sem órgãos é a noção de expressão do desejo.
É possível denomina- lo de o antiprodutivo naquilo que se toma como produção. Ou de
produtivo naquilo que se faz sem um objetivo final.
Essa linha de desejo que tangencia novos caminhos. Porém também pode existir uma
confluência do desejo onde essas novas configurações são produtivas de novas
intensidades.
É o corpo pleno que se mantém aberto às intensidades, é onde devemos habitar para o
surgimento de um corpo sem órgãos. É o local para o indeterminado, é o que desvia de sua
produção mecânica e previsível.
O Corpo sem Órgãos é um conceito fundamental, que está aí para não esquecermos de
que toda tentativa de transcendência ainda está assentada no caos.
TRINDADE, Rafael. Deleuze e Guattari - Corpo Sem Órgãos. Razão Inadequada. 2013.
Disponível em :<https://razaoinadequada.com/2013/04/14/deleuze-corpo-sem-orgaos/>.
Acesso em 10 Jun. 2021.
https://razaoinadequada.com/2013/04/14/deleuze-corpo-sem-orgaos/

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