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RESUMO NP2 FENO
-principais diferenças entre Boss e Binswanger
MEDARD BOSS 
Medard Boss foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que desempenhou um papel significativo no desenvolvimento da psicoterapia fenomenológica-existencial. Ele é conhecido principalmente por sua obra "Psicopatologia Fenomenológica", na qual ele explora a compreensão da experiência subjetiva na psicopatologia. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a obra de Medard Boss:
Psicopatologia fenomenológica: Boss defendeu uma abordagem fenomenológica na compreensão da psicopatologia. Ele argumentou que a compreensão dos fenômenos psicopatológicos deve se basear na experiência subjetiva dos indivíduos, buscando entender a estrutura e o significado dessas experiências.
Mundo do paciente: Boss enfatizou a importância de compreender o mundo subjetivo do paciente e sua vivência particular. Ele explorou como a pessoa constrói seu mundo e atribui significado a ele, destacando a necessidade de considerar o contexto existencial na compreensão da psicopatologia.
Estrutura e dinâmica da existência: A obra de Boss aborda a estrutura e a dinâmica da existência humana, incluindo a temporalidade, a corporeidade, a liberdade e a responsabilidade. Ele explorou como esses aspectos da existência influenciam a experiência psicopatológica. 
Relação terapêutica: Boss enfatizou a importância da relação terapêutica na psicoterapia. Ele argumentou que a atitude do terapeuta, sua escuta empática e autêntica, são fundamentais para a compreensão e a transformação da experiência do paciente. 
Sentido e autenticidade: Boss discutiu a busca de sentido e a importância da autenticidade na vida humana. Ele explorou como a falta de sentido e a alienação podem levar a perturbações psicopatológicas, enquanto a busca por autenticidade e sentido pode ser uma fonte de cura.
De acordo com Medard Boss, as dimensões da temporalidade, corporeidade e liberdade desempenham papéis significativos na experiência psicopatológica. Aqui estão algumas influências desses aspectos na psicopatologia, conforme a perspectiva de Boss:
Temporalidade: A temporalidade se refere à maneira como os seres humanos experimentam o tempo. Na psicopatologia, Boss argumentou que distorções na experiência temporal podem estar presentes. Isso pode se manifestar em uma percepção alterada do tempo, como aceleração ou desaceleração do ritmo temporal, dificuldade em manter a continuidade temporal ou uma sensação de estar preso no passado ou no futuro. Essas distorções podem afetar a maneira como a pessoa se relaciona com a realidade e a compreensão de sua própria vida. 
Corporeidade: A corporeidade se refere à experiência do corpo e da materialidade do ser humano. Na psicopatologia, Boss destacou que as perturbações na experiência corpórea podem estar presentes. Isso pode incluir sensações físicas alteradas, desconexão entre a pessoa e seu corpo, experiências somáticas intensas ou a perda da consciência corporal. Essas perturbações podem influenciar a maneira como a pessoa se percebe, se relaciona consigo mesma e com o mundo. 
Liberdade: A liberdade é um aspecto central da existência humana e também desempenha um papel na psicopatologia. Boss argumentou que a falta de liberdade ou restrições à liberdade podem contribuir para a experiência psicopatológica. Isso pode incluir a sensação de estar aprisionado em determinadas circunstâncias ou padrões de comportamento, a perda de autenticidade e a dificuldade em fazer escolhas significativas. A busca pela liberdade e pela capacidade de tomar decisões autênticas é vista como importante para o processo de cura. 
Medard Boss abordou a questão da culpa em sua obra, destacando sua relevância na experiência humana e na psicopatologia. Segundo Boss, a culpa é uma emoção fundamental que surge quando uma pessoa se percebe como responsável por algo que considera errado, inadequado ou prejudicial. 
Boss descreveu a culpa como uma resposta natural à percepção de transgressão de valores, normas ou expectativas pessoais e sociais. Essa percepção pode levar a um sentimento de responsabilidade e remorso, acompanhado muitas vezes de autorrecriminação.
Boss enfatizou que a culpa pode desempenhar um papel significativo na psicopatologia. Em algumas situações, a culpa pode ser excessiva, irracional ou desproporcional, o que pode levara distúrbios como a depressão, ansiedade e transtornos obsessivo-compulsivos. 
Boss também observou que a culpa pode estar relacionada a uma busca por significado e à tentativa de restaurar a integridade pessoal e moral. A vivência da culpa pode ser interpretada como um apelo para mudança, para que a pessoa se torne mais consciente e responsável por suas ações.
Na prática clínica, Boss enfatizou a importância de explorar a experiência da culpa com sensibilidade e compreensão. Ele argumentou que ajudar os pacientes a reer sobre a natureza de sua culpa, examinar suas crenças e valores subjacentes, e buscar maneiras de lidar construtivamente com essa emoção pode ser um caminho para a cura e o crescimento pessoal. 
Medard Boss compreende a doença a partir de uma perspectiva fenomenológica, buscando compreender sua natureza e significado na experiência humana. Aqui estão algumas das principais características da compreensão da doença por parte de Boss:
Vivência existencial: Boss enfatiza que a doença não pode ser compreendida apenas como um fenômeno físico ou biológico, mas como uma vivência existencial que afeta a totalidade do ser humano. Ele destaca a importância de compreender a experiência subjetiva do indivíduo com a doença, incluindo suas emoções, percepções e significados atribuídos.
Contexto existencial: Boss argumenta que a doença não pode ser separada do contexto existencial em que ocorre. Ele considera o contexto histórico, cultural, social e pessoal como fatores que influenciam a experiência da doença. Compreender a situação existencial do paciente é fundamental para uma compreensão mais abrangente da doença. 
Relação pessoa-mundo: Boss enfatiza a relação entre a pessoa e o mundo como parte integrante da vivência da doença. Ele explora como a doença afeta a maneira como o indivíduo se relaciona consigo mesmo, com os outros e com o ambiente ao seu redor. A doença pode gerar mudanças na percepção, no sentido de identidade e nas relações interpessoais.
Significado e sentido: Boss argumenta que a doença pode desafiar o sentido e o significado da vida do indivíduo. Ela pode levar a questionamentos existenciais, como a busca por sentido, a confrontação com a finitude e a reavaliação dos valores pessoais. Compreender o significado atribuído à doença pelo paciente é fundamental para apoiar seu processo de adaptação e transformação.
Cuidado e cura: Boss enfatiza a importância do cuidado e da cura no enfrentamento da doença. Ele considera que a cura vai além da mera remissão dos sintomas físicos, envolvendo a restauração do equilíbrio existencial, a busca por uma vida plena e a integração da doença na história de vida do indivíduo. 
Um exemplo da forma como Medard Boss abordaria uma perna quebrada seria através de uma compreensão fenomenológica da experiência do indivíduo que sofreu a lesão. Boss iria além da simples descrição dos aspectos físicos da fratura e buscaria compreender como a quebra da perna afeta a totalidade do ser humano e sua relação com o mundo. 
Boss exploraria a vivência subjetiva do paciente com a perna quebrada, levando em consideração os aspectos emocionais, perceptivos e significativos envolvidos. Ele investigaria as experiências e sentimentos relacionados à dor, à limitação de mobilidade, ao impacto nas atividades diárias e aos desafios emocionais que podem surgir. 
Além disso, Boss consideraria o contexto existencial do paciente, como suas circunstâncias devida, suas relações interpessoais e suas expectativas em relação à recuperação. Ele também exploraria o significado atribuído à lesão, tanto no sentido imediato da quebra da perna como também em relação a questões mais amplas, como a vulnerabilidade, a dependência e a perdade autonomia. 
Ao trabalhar com o paciente, Boss buscaria compreender suas experiências, emoções e percepções relacionadas à perna quebrada. Ele iria incentivar o paciente a expressar suas preocupações, medos e aspirações, fornecendo um ambiente terapêutico seguro e de escuta atenta. 
Boss também estaria interessado em ajudar o paciente a encontrar maneiras de lidar com a situação, tanto física quanto emocionalmente. Ele poderia explorar estratégias de adaptação, apoio emocional, ajustes na rotina diária e abordagens terapêuticas complementares para auxiliar na recuperação física e emocional do paciente.
BINSWANGER: 
Ludwig Binswanger foi um psiquiatra suíço e importante figura na história da psicologia e psicopatologia. Ele é conhecido por seu trabalho pioneiro na área da psicoterapia fenomenológica-existencial, tendo sido influenciado por filósofos como Martin Heidegger e Edmund Husserl. Aqui estão alguns dos principais tópicos relacionados a Ludwig Binswanger: 
Daseinsanalyse: Binswanger desenvolveu a abordagem da Daseinsanalyse, que se baseia nos princípios da fenomenologia e visa compreender a experiência humana em seu contexto existencial. Ele enfatizou a importância de considerar a totalidade da pessoa (Dasein) e seu mundo de significados subjetivos. 
Mundo do paciente: Binswanger enfatizou a importância de compreender o mundo subjetivo do paciente, levando em consideração sua perspectiva única, valores, crenças e experiências pessoais. Ele explorou como os indivíduos constroem e interpretam sua realidade, destacando a importância de uma compreensão holística. 
Existência e liberdade: Binswanger discutiu a relação entre existência e liberdade, enfatizando a importância da liberdade humana na criação de significado e na busca de autenticidade. Ele considerava a liberdade como uma característica essencial da existência humana, permitindo escolhas e responsabilidade. 
Psicopatologia: Binswanger investigou diferentes formas de psicopatologia, enfatizando a importância de compreender as experiências subjetivas por trás dos sintomas. Ele argumentou que a psicopatologia deve ser entendida dentro do contexto existencial e que o objetivo da terapia é ajudar o paciente a encontrar novos significados e possibilidades de existência. 
Caso de Ellen West: Um dos casos mais conhecidos de Binswanger é o de Ellen West, uma paciente que sofria de anorexia nervosa. Binswanger documentou sua análise detalhada do caso de Ellen West, explorando as complexidades psicopatológicas e as questões existenciais envolvidas.

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