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Página 1 INSTITUTO DE CIÊNCIA DE SAÚDE TENHA ESPERANÇA CURSO DE ENFERMAGEM GERAL CADEIRA DE NUTRIÇÃO PERÍODO-LABORAL, TURMA: 10 TEMAS: Avaliação do estado nutricional, Desnutrição Conduta nutricional adequada de crianças doentes e reabilitação nutricional Nutrição e HIV Doenças degenerativas Discente: Eugenia Augusto Baltazar Docente: Maria Luzia Beira aos 17 de Março de 2021 Página 2 Índice Introdução.................................................................................................................................... 3 Avaliação do estado nutricional .................................................................................................. 4 Avaliação Antropométrica .......................................................................................................... 4 Desnutrição.................................................................................................................................. 5 Causa da desnutrição ................................................................................................................... 6 Tipos de desnutrição.................................................................................................................... 6 Marasmo ...................................................................................................................................... 6 Kwashiorkor ................................................................................................................................ 6 Marasmo-Kwashiorkor................................................................................................................ 6 Desnutrição primária ................................................................................................................... 6 Desnutrição secundária ............................................................................................................... 7 Causas da desnutrição ................................................................................................................. 7 Factores de risco .......................................................................................................................... 8 Sintomas ...................................................................................................................................... 9 Quadro clínico ............................................................................................................................. 9 Conduta e reabilitação ............................................................................................................... 10 Nutrição e HIV .......................................................................................................................... 11 A Dieta de um Paciente com HIV ............................................................................................. 11 Alimentos Inserir e Retirar da Dieta ......................................................................................... 11 Doença degenerativa ................................................................................................................. 12 Causas........................................................................................................................................ 13 Forma de Prevenção .................................................................................................................. 14 Conclusão .................................................................................................................................. 16 Referência Bibliográfica ........................................................................................................... 17 Página 3 Introdução No presente trabalho com variedade de tema, no qual envolveremos a avaliação do estado nutricional, desnutrição, condutas nutricionais adequada de crianças doentes e reabilitação nutricional, nutrição e HIV tanto como doenças degenerativas, onde no decorrer ver-se-á que a avaliação do estado nutricional é fundamental no estabelecimento do diagnóstico nutricional do indivíduo. Consiste da obtenção de dados alimentares, exames físicos, bioquímicos, antecedentes e composição corporal Sendo uma forma importante de determinar o bom e desejável estado nutricional, identificando os indivíduos com maior risco para o desenvolvimento de distúrbios relacionados ao estado nutricional. Entre outros aspectos relevantes aos mesmos conteúdos. Página 4 Avaliação do estado nutricional A avaliação do estado nutricional é fundamental no estabelecimento do diagnóstico nutricional do indivíduo. Consiste da obtenção de dados alimentares, exames físicos, bioquímicos, antecedentes e composição corporal. Segundo Christakis (1973), a Avaliação do Estado Nutricional é a “condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos”. A definição de Avaliação do Estado Nutricional pela “American Dietetic Council” é uma abordagem completa realizada pelo nutricionista para determinar o estado nutricional utilizando histórico médico, social, nutricional, exame físico, medidas antropométricas e dados bioquímicos. A avaliação do estado nutricional tem como objectivo identificar os distúrbios nutricionais possibilitando realizar uma intervenção de forma a auxiliar na recuperação e/ manutenção do estado de saúde do indivíduo por meio da colecta de dados clínicos, dietéticos, bioquímicos e da composição corpórea, com a finalidade de identificar e tratar as alterações do estado nutricional. Nomeadamente: Identificar indivíduos que necessitem de apoio nutricional intenso; Recuperar ou manter o estado nutricional do indivíduo; Identificar a terapia nutricional adequada; Monitorar a eficácia da terapia aplicada. Avaliação Antropométrica A avaliação antropométrica baseia-se na medição de dimensões físicas corporais, a fim de gerar informações sobre a massa corporal total, a composição corporal e a distribuição da gordura corporal bem como crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Assim, a partir de medidas como peso, altura, dobras e circunferências, portanto, é possível avaliar o estado nutricional de indivíduos das mais variadas faixas etárias e condições de saúde. A antropometria tem como vantagem ser de baixo custo, não invasiva e fidedigna. Página 5 Peso O peso refere-se à soma de todos os compartimentos corporais, aferidos directamente com auxílio de uma balança ou estimado por equações. Estatura A estatura do indivíduo pode ser aferida directamente no estadiômetro ou estimada, conforme métodos aplicados. Índice de Massa Corporal (IMC) Utilizado para classificação do estado nutricional, a partir do peso e estatura. Embora apresente alta correlação com a gordura corporal total, o IMC não discrimina a composição corporal, sendo esta sua maior limitação na prática clínica A Avaliação Nutricional é feita por meio de métodos directo e indirectos, que são complementares entre si e não há um único que possa ser considerado completo por si só, por isso devem ser interpretados conjuntamente. Os métodos utilizados para a realização da avaliação nutricional são os métodos directos e métodos indirectos. Os métodos directos são aqueles que exploram as manifestações biológicas do organismo humano, por meio de análises antropométricas, bioquímicas e clínicas. Os métodos indirectos são aqueles que poderão ser determinantes da situação de nutrição e alimentação dos indivíduos, por meio de dados de consumo alimentar, estatísticasvitais e socioeconómicas. Desnutrição Desnutrição é a falta de nutrientes no corpo. Esses nutrientes podem ser específicos, como ferro ou zinco, ou inespecíficos, como a falta de calorias. Esta doença é responsável por ⅓ das mortes infantis de cada ano. Entre as mais comuns faltas de nutrientes estão a glicose, proteínas, ferro, iodo e deficiência de vitamina A. Algumas dessas são comuns durante a gravidez. Página 6 Causa da desnutrição A desnutrição pode causar diversos problemas de crescimento, neurológicos, psicológicos e, até mesmo, levar à morte. É especialmente comum em países sub-desenvolvidos, mas qualquer um em qualquer lugar pode ficar desnutrido. Mesmo pessoas que parecem gordinhas podem sofrer com a falta de nutrientes em seu corpo. Tipos de desnutrição A desnutrição pode ser dividida em leve, moderada ou grave e possui três tipos diferentes, com a divisão sendo baseada no tipo de nutriente que falta no corpo. São eles: Marasmo Também conhecida como desnutrição seca, este tipo de desnutrição é caracterizada pela falta de fontes de energia. Sem glicose, o corpo não funciona corretamente. Se existe falta de carboidratos e lipídios — que são usados para a produção de glicose — na dieta e não há reserva de gordura, o corpo entra na desnutrição seca, sentindo graves faltas de energia, mesmo que outros tipos de alimentos sejam ingeridos. Quando o marasmo alcança seus extremos, diz-se que o paciente está em inanição. Kwashiorkor Conhecida como desnutrição molhada, esta doença acontece quando existe a falta de proteínas e vitaminas no corpo. Marasmo-Kwashiorkor Chamada também de desnutrição mista, este tipo de desnutrição é uma versão em que tanto proteínas e vitaminas quanto fontes de energia como carboidratos e lipídios estão em falta no organismo, deixando-o completamente sem nutrientes. Desnutrição primária Desnutrição primária é causada por dieta inadequada, sendo uma desnutrição cuja única causa é a falta de nutrientes na alimentação. Página 7 Desnutrição secundária A versão secundária é causada por alguma coisa externa à alimentação, como parasitas e doenças que deixam o corpo com dificuldade de absorção dos nutrientes. Causas da desnutrição As causas da desnutrição podem apresentar caráter primário ou secundário: Causas primárias: Alimentação inadequada. A pessoa tem uma alimentação quantitativa ou qualitativamente insuficiente em calorias e nutrientes. Causas secundárias: Alguma condição faz com a ingestão de alimentos não seja suficiente para atender as necessidades energéticas do organismo. Ocorre associada a presença de verminoses, câncer, anorexia, infecções, intolerância alimentar, digestão e absorção deficiente de nutrientes. Distúrbios alimentares Anorexia nervosa, bulimia nervosa e ortorexia são alguns dos distúrbios alimentares que podem causar desnutrição. Elas levam a pessoa a reduzir sua alimentação e às vezes até parar com ela por completo, causando falta grave de nutrientes. Dieta sem nutrientes Não são apenas pessoas que comem pouco que podem ficar desnutridas. Uma alimentação completamente voltada para carboidratos como pães, massas, refrigerantes, salgadinhos, pode deixar uma pessoa gorda e desnutrida ao mesmo tempo. Parasitas Vermes como a Taenia solium, a solitária, podem causar anemia e desnutrição. Outro verme que tem essa capacidade é a Ascaris lumbricoides, conhecida como lombriga. Estes parasitas diminuem a absorção nutricional do hospedeiro e podem fazer com que eles fiquem desnutridos dependendo do tamanho da infecção e da nutrição da pessoa. Página 8 Gastroenterite Gastroenterite é uma inflamação e infecção do trato gastrointestinal. A doença pode dificultar absorção de nutrientes e causar desnutrição secundária, mesmo que haja alimentação por parte do paciente. É necessário que haja tratamento para que os problemas nutricionais sejam resolvidos. Alergias Alergias a certos alimentos podem causar problemas gastrointestinais e impedir a absorção de nutrientes. Diarreia A diarreia faz com que o corpo não possa absorver nutrientes. Se sua causa não for tratada, ela pode levar o paciente a perder nutrientes demais e entrar em desnutrição. Factores de risco Alguns factores podem facilitar o desenvolvimento da desnutrição e pessoas que se encaixam nele devem se cuidar. São eles: Dificuldades socioeconómicas Países com grandes diferenças socioeconómicas ou extremamente pobres têm grandes populações desnutridas. A República Democrática do Congo, por exemplo, sofre com esse problema. Atualmente, 400 mil crianças com desnutrição grave sofrem o risco de morte pela doença. Ao todo, 750 mil crianças menores de 5 anos do país estão sub-nutridas de acordo com comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Má alimentação Uma dieta desequilibrada pode causar desnutrição de qualquer um dos tipos. Mesmo com acesso à comida, os hábitos alimentares abrem espaço para dietas pobres tanto em quantidade quanto em qualidade nutricional. Página 9 Sintomas Os diversos sintomas de desnutrição são os seguintes: Fraqueza Irritabilidade Falta de concentração Desmaios Emagrecimento acelerado Anemia Em Crianças - podem apresentar alguns sintomas extras como: Crescimento abaixo do esperado para a idade -A falta de nutrientes para crianças dificulta seu crescimento e ela pode não se desenvolver adequadamente. Uma criança magra demais e baixinha demais pode sofrer de desnutrição. Mudanças de comportamento -Assim como em adultos, o comportamento de crianças são afectado pela fome e pela falta nutritiva. Ela pode ficar apática ou irritada. Mudanças na cor da pele, cabelo e olhos - Os nutrientes em falta podem causar mudanças físicas na criança. Seus olhos podem ficar acinzentados, assim como os cabelos, que podem ganhar um tom de cinza, avermelhado ou loiro. Quadro clínico Fase I – inicial/estabilização Tratar os problemas que ocasionem risco de morte; Corrigir as deficiências nutricionais específicas; Reverter as anormalidades metabólicas; e Iniciar a alimentação. Página 10 Fase II – Reabilitação • Dar a alimentação intensiva para assegurar o crescimento rápido visando recuperar grande parte do peso perdido, ainda quando a criança estiver hospitalizada; Fazer estimulação emocional e física; Fase III – Acompanhamento • Após a alta, encaminhar para acompanhamento ambulatorial/centro de recuperação nutricional/atenção básica/comunidade/família para prevenir a recaída e assegurar a continuidade do tratamento. O Ministério da Saúde está desenvolvendo protocolos de atenção à saúde da criança com desnutrição nesses níveis de atenção. Conduta e reabilitação Crianças severamente desnutridas têm emagrecimento severo e/ou edemas (pernas inchadas) Tais crianças usualmente estão muito doentes e frequentemente apresentam muitas complicações. Desnutrição afecta o funcionamento dos órgãos do corpo, e assim cuidado especial é necessário durante o tratamento. 1. Tratar/prevenir hipoglicemia (ba(...)o açúcar no sangue); 2 Tratar/prevenir hipotermia (baixa temperatura corporal); 3. Tratar/prevenir desidratação (perda de líquidos corporais); 4. Corrigir os desequilíbrios de eletrólitos (sais minerais) no sangue e nas células; 5. Tratar infeção; 6. Corrigir a deficiência de micronutrientes (vitaminas e minerais), 7. Começar a alimentação cautelosamente, então: 8 Reconstruir os tecidos perdidos(recuperação do crescimento rápido); 9. Prover estimulação sensorial e suporte emocional. 10. Preparar para acompanhamento após a alta hospitalar: Página 11 Nutrição e HIV Pessoas que vivem com o vírus no organismo tendem a apresentar diversos problemas secundários ocasionados pela doença, além de afectar o apetite, outros factores também podem ser observados. Entreeles estão a redução da absorção de alimentos, perda de peso, mais rápida do que se comparada a uma pessoa sem a infecção, desnutrição, diarreia frequente, entre outros. O organismo de uma pessoa seropositiva sente mais necessidade de energia e nutrientes, uma vez que precisa combater a infecção. Quando o paciente não se alimenta adequadamente ou de forma suficiente, os alimentos não são absorvidos e consequentemente a energia é puxada das reservas acumuladas de gordura e proteínas corpóreas. Essa condição pode levar a sérios quadros de perda de peso e massa muscular. A Dieta de um Paciente com HIV Para melhorar a absorção nutricional, o paciente deve seguir uma dieta equilibrada e rica em vitaminas, nutrientes e proteínas. Com isso, alguns alimentos deverão fazer parte do seu cardápio diariamente, enquanto outros devem ser evitados ou consumidos apenas ocasionalmente. Alguns factores podem influenciar na decisão sobre a sua alimentação, entre eles estão: Idade; Género; Estado da saúde; e Condicionamento e actividades físicas. Essas características específicas servirão para seu médico avaliar quais alimentos, porções e frequência de alimentação serão necessárias para você se manter saudável. Alimentos Inserir e Retirar da Dieta Após conversar com o médico sobre como seguir uma dieta benéfica ao seu quadro, deve manter uma lista de alimentos que devem ser ingeridos e outra com aqueles que devem ser evitados. Além disso, é interessante manter um controle sobre o que come para levar ao o médico responsável caso solicitado. Alguns alimentos que devem fazer parte da dieta: Página 12 Arroz, Cereais e grãos diariamente; Frutas e legumes variados ao menos cinco vezes por dia; Azeite no preparo das refeições; Pães pelo menos uma vez ao dia; Carne branca, especialmente peixes; Ovos; Consumo de batatas cozidas ou assadas divididas em 4 ou 6 porções diariamente. Alguns alimentos que NÃO devem fazer parte da dieta: Produtos lácteos gordurosos como leite, iogurte, manteiga, margarina e queijos; Carnes gordurosas; Embutidos; Açúcar branco; Refrigerantes; Café e chás durante as refeições; Bebidas alcoólicas; Comer a menos, ou mais, das quantidades sugeridas pelo seu médico pode não ser o ideal no auxílio ao tratamento do HIV. Doença degenerativa A Doença degenerativa é uma doença que consiste na alteração do funcionamento de uma célula, um tecido ou um órgão, excluindo-se nesse caso as alterações devidas a inflamações, infecções e tumores. As doenças degenerativas são assim chamadas porque elas provocam a degeneração de todo o organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Página 13 Normalmente, as doenças degenerativas são adquiridas por erros alimentares (ou uso excessivo de gorduras de origem animal), uma vida sedentária ou um erro genético Causas As causas do surgimento de doenças degenerativas são relacionadas com aspectos genéticos, factores ambientais, má alimentação e sedentarismo. Actualmente, não há cura e nem tratamento específico para essas doenças. O uso de medicamentos alivia os sintomas da doença e proporciona melhores condições de vida aos doentes. Com o crescimento da idade média da população, as doenças degenerativas – mais comuns nos idosos – têm aumentado na sociedade. As doenças degenerativas são classificadas como: Doenças degenerativas do sistema nervoso ou doenças generativas do sistema muscular e as principais são: Alzheimer A doença ou mau de Alzheimer afecta o cérebro e causa a morte de neurónios. As áreas afectadas no cérebro comprometem a memória, a capacidade de linguagem e o comportamento. Em Moçambique, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas sofram com a doença de Alzheimer. Essa doença afecta, principalmente, as pessoas a partir dos 60 anos de idade. Parkinson A doença ou mau de Parkinson é causada pela destruição de neurónios, na área conhecida como substância negra. Essa região é responsável pela produção do neurotransmissor dopamina. Dentre as várias funções da dopamina está o controle dos movimentos corporais. Esclerose Múltipla A esclerose múltipla é uma doença autoimune, na qual as células de defesa do organismo atacam os neurônios e destroem a sua bainha de mielina. Essa condição provoca lesões no cérebro que levam à atrofia ou perda de massa cerebral. Assim, as funções do sistema nervoso central ficam comprometidas. Página 14 Osteoporose: Ocorre quando as células ósseas não estão sendo renovadas de maneira satisfatória, ocasionando maior fragilidade e menor espessura óssea. Esta doença acomete principalmente mulheres, porque seus ossos já são naturalmente mais finos. Sintomas: fraturas, dor ou sensibilidade óssea, postura encurvada. Distrofia Muscular A distrofia muscular caracteriza um grupo de mais de 30 doenças que causam a degeneração progressiva dos músculos. Não há cura para qualquer uma das formas de distrofia muscular. Na maioria dos casos, não há como prevenir as doenças degenerativas. Algumas poucas podem resultar da exposição a certos agentes nocivos, como metais pesados; nesses casos, deve-se evitar o contacto com esses agentes. Forma de Prevenção Actividade física regular A prática de actividade física regular pode diminuir pela metade o risco de desenvolver doenças degenerativas. Recomenda-se cerca de 150 minutos semanais de actividade física. O melhor benefício é atingido aliando actividades aeróbicas e treino de força muscular. Para quem é sedentário, basta adicionar movimento ao cotidiano, como subir escadas, descer um ponto antes do seu destino, carregar as próprias compras, entre outros. Dieta saudável Os hábitos alimentares que reduzem inflamação e promovem produção normal de energia contribuem para um cérebro mais saudável. Diversos estudos mostram que a dieta mediterrânea reduz o risco de Alzheimer. Uma dieta rica em legumes, cereais integrais, azeite de oliva e peixes, e consumo reduzido de carne vermelha já ajuda. Deve-se evitar alimentos processados, especialmente os ricos em carboidratos, como açúcar e farinha branca. Actividades mentais Manter o cérebro activo, executando actividades que utilizam múltiplas tarefas ou requerem interação e organização, diminui o risco de Alzheimer e outras doenças degenerativas do cérebro. Página 15 A sugestão é sempre aprender algo novo, como um idioma ou tocar um instrumento musical. Praticar memorização, resolver jogos de lógica e estratégia e seguir rotas diferentes para destinos habituais ativam os neurônios. Sono adequado Estudos recentes sugerem que sono irregular é fator de risco para desenvolver doenças degenerativas. Hábitos que melhoram a qualidade do sono são encorajados, como estabelecer um ritmo de sono-vigília regular (ou seja, procurar ir dormir sempre no mesmo horário e acordar sempre no mesmo horário). A ‘soneca ao longo do dia’ (siesta) também regenera a mente. Evite TVs e outros aparelhos eletrônicos no quarto. Administrando o estresse Estresse grave e crônico pode causar redução de volume do hipocampo, estrutura cerebral chave para o funcionamento da memória. Algumas medidas já se mostraram eficazes para combater o estresse: respiração abdominal por alguns minutos, diariamente, além de atividades diárias relaxantes e prazerosas. Meditação e práticas religiosas também entram na lista. Página 16 Conclusão Os achados do estudo revelaram que as alterações no padrão alimentar de crianças em quimioterapia antineoplásica impõe desafios aos familiares e aos profissionais de saúde, incluindo os da enfermagem. Diante de tais alterações, os cuidados de enfermagem versam sobre cuidados quotidianos e habituais e cuidados de reparação, ambos com a finalidade de garantir a manutenção da alimentação,conforme distingue Collière. Nessa perspectiva, na compreensão dos cuidados de enfermagem frente às alterações no padrão alimentar de crianças em quimioterapia antineoplásica à luz de Collière emergiram orientação dos familiares, participação junto à equipe multiprofissional, administração de medicamentos para alívio dos efeitos colaterais, avaliação do nível de dor e conferência da dieta. As estratégias para a realização desses cuidados incluem táticas para minimizar a mucosite, incen-tivo da criança através da conversa e do lúdico, oferta de alimentos gelados, atrativos e do gosto da criança e respeito ao seu espaço. Página 17 Referência Bibliográfica Kastin DA, Buchman AL (2002). «Malnutrition and gastrointestinal disease.». Curr Opin Clin Nutr Metab Care (Review). 5 (6): 699–706. PMID 12394647. doi:10.1097/01.mco.0000038815.16540.bc «The State of Food Insecurity in the World 2015». Food and Agricultural Organization of the United Nations. 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