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CPF: 860.542.154-18
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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Direito Processual Penal 
(Ponto 9) 
Das Citações e Intimações. 
 
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CURSO MEGE 
 
Site para cadastro: https://loja.mege.com.br/ 
Celular / Whatsapp: (99) 98262-2200 
Turma: Clube Delta 
Material: Direito Processual Penal – Ponto 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Processual Penal 
(Ponto 9) 
Das Citações e Intimações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA RODADA ...................................................................... 4 
1. DOUTRINA (RESUMO) ................................................................................................... 5 
1.1. DAS CITAÇÕES ............................................................................................................ 5 
1.2. DAS INTIMAÇÕES ..................................................................................................... 11 
2. LEGISLAÇÃO ANOTADA ............................................................................................... 14 
3. JURISPRUDÊNCIA ........................................................................................................ 21 
4. QUESTÕES ................................................................................................................... 26 
5. GABARITO COMENTADO ............................................................................................ 31 
 
 
 
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA RODADA 
(Conforme Edital Mege) 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Das Citações e Intimações. 
 
 
 
CPF: 860.542.154-18
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1. DOUTRINA (RESUMO) 
1.1. DAS CITAÇÕES 
1.1.1. CONCEITO 
 
É o ato processual por meio do qual é comunicado ao acusado que contra ele 
foi recebida uma denúncia ou queixa-crime, a fim de que defender-se. 
 
OBSERVAÇÃO: a citação completa a formação do processo (art. 363 do CPP), mas é o 
recebimento da inicial acusatória que constitui o primeiro marco interruptivo da 
prescrição (art. 117, I, do CP). 
Rememorando, rapidamente, que com as alterações trazidas pela Lei nº 13.964/2019 
ao Código de Processo Penal, conhecidas como Pacote Anticrime, o ato de recebimento 
da inicial acusatória é de competência do juiz das garantias, enquanto que a citação do 
acusado será determinada pelo juiz competente para a instrução e julgamento da ação 
penal (CPP, art. 3ºB, inciso XIV e Art. 3º-C, §§ 1 e 2º, os quais, nada obstante, encontram-
se, atualmente, com a eficácia suspensa por força de decisão proferida pelo Supremo 
Tribunal Federal no âmbito das ADIs 6.298, 6.299, 6.300 e 6305). 
 
1.1.2. REVELIA 
 
Se o réu é validamente citado, mas não atende ao comando judicial e deixa de 
comparecer a juízo, a consequência será a decretação de sua revelia. Neste caso, é 
preciso distinguir duas situações: 
 
a) O réu foi citado pessoalmente: neste caso, incide o art. 367 
do CPP, dispondo que o processo seguirá sem a presença do 
acusado. 
 
Isto quer dizer que apenas o advogado do réu será comunicado dos atos 
processuais, pois ele, réu, não será notificado ou intimado para qualquer outro termo 
da ação penal, salvo em relação à sentença condenatória (art. 392 do CPP). 
 
b) O réu foi citado por edital: neste caso, incide o art. 366 do 
CPP, estabelecendo que se o acusado, citado por edital, não 
comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o 
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz 
determinar a produção antecipada das provas consideradas 
urgentes e, se for o caso, decretar a prisão preventiva, nos 
termos do disposto no art. 312. 
 
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1.1.3. ESPÉCIES DE CITAÇÃO 
 
A citação é classificada como real ou ficta (ou presumida). 
A citação real é aquela realizada na pessoa do réu, sendo efetivada por meio 
de uma das seguintes formas: mandado, cumprido por oficial de justiça, no âmbito da 
jurisdição do juiz perante o qual responde o acusado ao processo criminal; carta 
precatória; carta rogatória; ofício requisitório; e, por fim, mediante carta de ordem. 
Por sua vez, a citação ficta é aquela efetivada por meio de edital publicado na 
imprensa, ou afixado no átrio ou na porta do Fórum e, também, nas hipóteses de citação 
por hora certa. 
 
A. Citação por mandado 
 
Encontrando-se o réu no território do juiz que preside o processo criminal e, 
nessa condição, ordenada a citação, deve o réu ser citado por mandado, cumprido por 
oficial de justiça, ressalvando-se desta regra apenas as seguintes situações: hipótese de 
se encontrar ele em legação estrangeira, caso em que deve ser citado mediante carta 
rogatória (art. 369 do CPP), ou se for militar, situação na qual deverá ser citado por 
intermédio do chefe do respectivo serviço (art. 358 do CPP). 
Os requisitos intrínsecos do mandado estão previstos no art. 352 do CPP. Já os 
requisitos extrínsecos são aqueles previstos no art. 357 do CPP. 
 
REQUISITOS INTRÍNSECOS REQUISITOS EXTRÍNSECOS 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações 
iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for 
desconhecido, os seus sinais 
característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que 
o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica 
do juiz. 
I - leitura do mandado ao citando pelo 
oficial e entrega da contrafé, na qual se 
mencionarão dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da 
entrega da contrafé, e sua aceitação ou 
recusa. 
 
 
OBSERVAÇÃO: a lei processual penal não faz restrições quanto a dia, hora e lugar da 
citação. Destarte, poderá o oficial de justiça cumprir o mandado em qualquer momento 
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e onde quer que encontre o acusado, muito embora deva ater-se às restrições quanto à 
inviolabilidade do domicílio na respectiva execução. 
 
ATENÇÃO! É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que 
sejam adotadas medidas suficientes para atestar a autenticidade do número 
telefônico, bem como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual. 
Assim, em um primeiro momento, vários óbices impediriam a citação via WhatsApp, 
seja de ordem formal, haja vista a competência privativa da União para legislar sobre 
processo (art. 22, I, da CF/88), ou de ordem material, em razão da ausência de 
previsão legal e possível malferimento de princípioscaros como o devido processo 
legal, o contraditório e a ampla defesa. A tecnologia em questão permite a troca de 
arquivos de texto e de imagens, o que possibilita ao oficial de justiça, com quase igual 
precisão da verificação pessoal, aferir a autenticidade do número telefônico, bem 
como da identidade do destinatário para o qual as mensagens são enviadas. 
De todo modo, para que seja admitida a citação por WhatsApp é indispensável que 
sejam tomados todos os cuidados possíveis para se comprovar a autenticidade não 
apenas do número telefônico com que o oficial de justiça realiza a conversa, mas 
também da identidade do destinatário das mensagens. STJ. 5ª Turma. HC 641.877/DF, 
Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021 (Info 688). 
 
B. Citação por meio de carta precatória 
 
Encontra-se prevista no art. 353 do CPP e destina-se a carta precatória citatória 
ao réu que se encontra em território nacional, mas fora da jurisdição do juiz que preside 
o processo criminal. 
 
C. Citação por meio de carta rogatória 
 
Duas são as hipóteses tratadas no CPP em que deve ser expedida carta 
rogatória citatória: 
 
a) acusado que se encontra no estrangeiro, em lugar conhecido 
(art. 368 do CPP). 
 
Nesta hipótese, o prazo prescricional é suspenso até que haja o efetivo 
cumprimento da carta. Retornando esta ao juízo rogante e constatado o efetivo 
cumprimento, a fluência do prazo prescricional do crime é automática, devendo-se 
considerar como dies a quo não a data em que os autos da carta aportaram em cartório, 
mas sim aquela em que houve seu cumprimento no juízo rogado. 
 
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b) citando que se encontra em legação estrangeira (art. 369 do 
CPP). 
 
Nesta hipótese, o prazo prescricional não será suspenso. 
 
D. Citação do militar 
 
Conforme estabelece o art. 358 do CPP, a citação do militar (somente o militar 
na ativa) é realizada por intermédio do chefe do respectivo serviço. Neste caso, é preciso 
diferenciar duas situações: 
 
a) Tratando-se de citação efetuada apenas com a finalidade de 
comunicar ao réu acerca do processo criminal contra si 
instaurado e de fixar-lhe o prazo inicial para o oferecimento da 
resposta à acusação. 
 
Nesta situação, o ofício expedido ao Chefe da Guarnição Militar não conterá 
requisição de comparecimento do réu a juízo, sendo suficiente o preenchimento dos 
requisitos do art. 352 do CPP. 
 
b) Tratando-se de citação realizada também com o objetivo de 
aprazar audiência a que deva estar presente o réu. 
 
Nesta situação, o ofício encaminhado ao Chefe da Guarnição Militar onde se 
encontre o réu, além de preencher os requisitos do art. 352 do CPP, deverá inserir a 
requisição de comparecimento do citando a juízo no dia e hora aprazados, sob pena de 
não estar o acusado obrigado a comparecer ao ato e não poder ser conduzido 
coercitivamente para tanto na hipótese de ausência injustificada. 
Era o que se fazia, por exemplo, no procedimento da Lei de Drogas (Lei nº 
11.343/2006), que estabelece no art. 56 que o acusado é citado para comparecer à 
audiência de interrogatório e instrução. Isto, porém, na atualidade, está superado, 
tendo em vista que o STF (Info 816), no que foi acompanhado pelo STJ, firmou o 
entendimento de que o art. 400 do CPP, ao contemplar a efetivação do interrogatório 
do réu apenas após a inquirição de todas as testemunhas arroladas, deve ser aplicado a 
todos os procedimentos regidos por leis especiais. 
 Logo, atualmente, a citação do réu cumpre, unicamente, a finalidade de 
cientificá-lo do teor da acusação e, em regra, abrir o prazo para apresentação de 
resposta preliminar, não havendo mais, na sua realização, o objetivo de chamar o réu 
para interrogatório. 
 
E. Citação do funcionário público 
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Tratando-se o réu de funcionário público, incidem as regras gerais de citação 
pessoal, mas o art. 359 do CPP também exige que o chefe da repartição na qual está 
lotado o servidor seja notificado quanto à data e horário em que deve comparecer à 
Justiça. Tal notificação deve ocorrer mediante ofício, por meio do qual será requisitada 
a presença do funcionário público a Juízo. Sem que esse ofício seja expedido, a presença 
do servidor não é obrigatória, nem ele poderá ser conduzido perante a autoridade 
judiciária. 
 
F. Citação do réu preso 
 
Estabelece o art. 360 do CPP que se o réu estiver preso, será pessoalmente 
citado. 
Situação por vezes ocorrente é a de, não sendo localizado o réu para citação 
pessoal, ordenar o juiz a sua citação por edital por desconhecer que se encontra preso. 
Nesta hipótese, incide a Súmula 351 do STF dispondo que “é nula a citação por edital de 
réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição”. 
Perceba-se que a referida Súmula apenas tem incidência nos casos de réu segregado no 
mesmo Estado no qual o Juiz processante atua, não se estendendo às hipóteses em que 
o acusado se encontra custodiado em localidade diversa daquela em que tramita o 
processo no qual se deu a citação por edital. 
 
OBSERVAÇÃO: no caso de réu preso em Estado distinto daquele em que o juiz exerce 
a sua jurisdição, o entendimento no sentido da nulidade da citação editalícia apenas 
pode ser adotado quando a localização do acusado era conhecida pelo juízo ou 
quando tal informação era possível no caso concreto. 
 
 
A propósito da citação pessoal do réu preso, é preciso ainda distinguir se o 
citando encontra-se recluso em território pertencente à jurisdição do juiz processante 
ou não. Na primeira hipótese, a citação pessoal dar-se-á mediante expedição de 
mandado por ordem do próprio juiz que a ordenou. Na segunda, será necessária a 
expedição de carta precatória, sendo que o mandado de citação será expedido por 
determinação do juízo deprecado. 
 
G. Citação por meio de carta de ordem 
 
Trata-se da carta de ordem de expediente semelhante à carta precatória, dela 
se diferenciando pela circunstância de que, ao passo que esta última tramita entre 
autoridades judiciárias de idêntico grau e insere uma solicitação (por exemplo, de juiz 
de direito para juiz de direito), a primeira é expedida por Órgão Jurisdicional de grau 
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superior para outro de grau inferior, incorporando uma ordem, como o próprio nome 
sugere. 
 
H. Citação por edital 
 
Consiste o edital em similar do mandado de citação, apenas publicado na 
imprensa oficial ou afixado em locais específicos junto ao edifício do Fórum. 
Reserva-se a citação editalícia às seguintes hipóteses: 
 
a) Não localização do réu (arts. 361 e 363, § 1º, ambos do CPP): 
a validade da citação ficta aqui é condicionada ao fato de que as 
tentativas de localização do réu tenham sido esgotadas. 
b) Encontrar-se o citando no estrangeiro em lugar não 
conhecido: o art. 368 do CPP estabelece que, encontrando-se o 
réu no estrangeiro em lugar conhecido, será citado por meio de 
carta rogatória. Ora, a contrario sensu, se estiver em local não 
sabido, descabe a rogatória, restando, em consequência, a 
citação editalícia com base nos arts. 361 e 363, § 1º, do CPP. 
 
Na maioria dos casos, a citação por edital não produz qualquer resultado, 
deixando o réu de atender seu comando e de constituir defensor para patrocinar seus 
interesses. Nestes casos, incide o art. 366 do CPP, determinando queo processo criminal 
permaneça suspenso, e também suspenso o prazo prescricional, sem prejuízo da 
possibilidade de o juiz ordenar a produção de provas urgentes e, se for o caso, decretar 
a prisão preventiva do acusado. 
Quanto ao prazo de suspensão da prescrição determinada pelo mencionado 
dispositivo, importante destacar nos termos da jurisprudência do STJ (súmula 415) o 
período máximo de suspensão do prazo prescricional, na hipótese do art. 366 do CPP, 
corresponde ao que está fixado no art. 109 do CP (prazo da prescrição), observada a 
pena máxima cominada para a infração penal. O mesmo entendimento foi firmado pelo 
STF no âmbito do RE 600.851 RG/DF, o qual fixou a seguinte tese em sede de 
repercussão geral (Tema 438): 
 
“Em caso de inatividade processual decorrente de citação por 
edital, ressalvados os crimes previstos na Constituição Federal 
como imprescritíveis, é constitucional limitar o período de 
suspensão do prazo prescricional ao tempo de prescrição da 
pena máxima em abstrato cominada ao crime, a despeito de o 
processo permanecer suspenso”. 
 
O período máximo de suspensão do prazo prescricional, na hipótese do art. 366 
do CPP, corresponde ao que está fixado no art. 109 do CP (prazo da prescrição), 
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observada a pena máxima cominada para a infração penal. Trata-se da posição 
agasalhada pelo STJ por meio de sua Súmula 415, dispondo que o período de suspensão 
do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. 
 
OBSERVAÇÃO: o art. 366 do CPP não é aplicável nos processos por crimes relacionados 
à lavagem de dinheiro. Nestes casos, por força do que dispõe o art. 2º, § 2º, da Lei 
9.613/1998 (alterado pela Lei 12.683/2012), a ação penal terá prosseguimento normal, 
devendo o juiz proceder à nomeação de defensor dativo ao acusado. 
 
I. Citação por hora certa 
 
A citação por hora certa tem lugar na hipótese em que o réu, presumidamente, 
oculta-se para evitar a citação. Trata-se de modalidade citatória prevista no art. 362 do 
CPP. 
Nos termos dos arts. 252 a 254 do CPC/2015, se, por duas vezes, o oficial de 
justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, 
suspeitando de que ele está se ocultando, deverá intimar qualquer pessoa da família, 
ou, na falta, qualquer vizinho de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, 
em hora determinada. 
No dia e hora designados, retornando o oficial de justiça para realizar a 
diligência, se ainda assim o citando não estiver presente, após tentar informar-se das 
razões da ausência, o oficial dará por citado o réu, certificando essa ocorrência e 
deixando a contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, consignando-lhe o 
nome na certidão. 
Feita essa citação, o escrivão ou o chefe de secretaria enviará ao réu carta, 
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe ciência do ocorrido. 
 
1.2. DAS INTIMAÇÕES 
 
A diferença entre intimação e notificação não possui qualquer relevância em 
termos práticos, pois o legislador não estabeleceu essa distinção no âmbito do CPP. De 
qualquer modo, doutrinariamente, é possível estabelecer as seguintes definições: 
Intimação: comunicação realizada a alguém quanto a um ato já realizado. 
Exemplo: intimação das conclusões da perícia; intimação da degravação da audiência; 
intimação da sentença prolatada pelo juiz etc. 
Notificação: ciência a alguém quanto a um comando judicial determinando 
certa providência a ser cumprida. Exemplo: notificação da testemunha para que 
compareça em audiência para depor; notificação do réu a fim de que se faça presente 
em audiência de interrogatório; notificação do técnico em determinada área quanto à 
perícia para a qual foi nomeado etc. A notificação, ao contrário da intimação, traz, 
implícita ou explicitamente, uma cominação legal na hipótese de descumprimento. 
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1.2.1. INTIMAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO DEFENSOR PÚBLICO, DO ADVOGADO 
DO QUERELANTE E DO ADVOGADO DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO 
 
O art. 370 do CPP estabelece as regras para a ciência de atos ao Ministério 
Público, ao defensor do réu e ao advogado do querelante e do assistente de acusação. 
Em linhas gerais, consiste na seguinte normatização: 
 
- Ministério Público: ciência pessoal (art. 370, § 4º, do CPP); 
- Defensor nomeado pelo juiz: ciência pessoal (art. 370, § 4º, do 
CPP); 
- Defensor constituído pelo réu: ciência mediante publicação no 
órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais na comarca 
(art. 370, § 1º, do CPP); 
- Advogado do querelante e do assistente de acusação: ciência 
mediante publicação no órgão incumbido de publicidade dos 
atos judiciais na comarca (art. 370, § 1º, do CPP). 
 
Oportuno, ainda, fazer referência ao Defensor Público, que também deve ser 
intimado pessoalmente dos despachos e das decisões judiciais, conforme estabelece o 
art. 128, I, da Lei Complementar 80/1994. 
 
OBSERVAÇÃO: muita atenção para as jurisprudências ao final que tratam sobre a 
intimação do MP e Defensoria Pública. 
 
1.2.2. INTIMAÇÃO DAS PARTES DA SENTENÇA 
 
A intimação das partes em relação à sentença deverá observar os seguintes 
critérios: 
 
- Ministério Público: a intimação deve ser sempre pessoal, nos 
termos dos arts. 370, § 4º, 390, 798, § 5º, e 800, § 2º, todos do 
CPP. 
- Defensor nomeado: deverá ser intimado pessoalmente (art. 
370, § 4º). 
- Defensor Público: a intimação também deve ser pessoal, de 
acordo com o art. 44, I, da Lei Complementar 80/1994. 
- Defensor constituído pelo acusado e advogado do querelante 
e do assistente de acusação: serão intimados mediante 
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publicação no órgão oficial, conforme referem os arts. 370, § 1º, 
e 391, ambos do CPP. 
- Acusado: devem ser observadas, em princípio, as regras 
inseridas no art. 392 do CPP, dispondo que sejam feitas: 
I – ao réu, pessoalmente, se estiver preso; 
II – ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, 
quando se livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver 
prestado fiança; 
III – ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, 
a infração, expedido o mandado de prisão, não tiver sido 
encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça; IV –mediante 
edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver 
constituído não forem encontrados, e assim o certificar o oficial 
de justiça; 
V – mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu 
houver constituído também não for encontrado, e assim o 
certificar o oficial de justiça; 
VI – mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, 
não for encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça. 
 
OBSERVAÇÃO: a jurisprudência majoritária inclina-se no sentido de que, em se 
tratando de decisão condenatória, é necessária tanto a intimação pessoal do réu 
como a de seu defensor, observando-se, quanto a este último, o disposto no art. 370 
do CPP. Já quanto ao réu solto, se assistido por advogado constituído, bastará a 
intimação do causídico. 
 
 
 
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2. LEGISLAÇÃO ANOTADA 
 
Livro I 
Do Processoem Geral 
Título I 
Disposições Preliminares 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação 
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à 
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
(…) 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste 
Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(…) 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto 
as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na 
forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da 
instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e 
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a 
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
*Alterações promovidas pelo Pacote Anticrime no Código de Processo Penal, as quais, 
embora atualmente suspensas, denotam que a citação do acusado passou a ser 
competência do juiz das garantias. 
Título X 
Das Citações e Intimações 
Capítulo I 
Das Citações 
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território 
sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado. 
*Quando estiver fora do território, a citação será feita por precatória. 
*Súmula 351 do STF. É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I – o nome do juiz; 
II – o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III – o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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IV – a residência do réu, se for conhecida; 
V – o fim para que é feita a citação; 
VI – o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII – a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será 
citado mediante precatória. 
*No processo penal, a carta precatória não suspende o processo nem a prescrição. Já 
no processo civil, ela suspende o processo, por no máximo 1 ano, quando o juiz entender 
que ela é imprescindível ao julgamento (art. 377 do CPC). 
*No processo penal, a carta rogatória suspende a prescrição (art. 368) e, quando para 
fins de citação, também suspende o processo (Avena). Já no processo civil, ela suspende 
o processo, por no máximo 1 ano, quando o juiz entender que ela é imprescindível ao 
julgamento (art. 377 do CPC). 
Art. 354. A precatória indicará: 
I – o juiz deprecado e o juiz deprecante; 
II – a sede da jurisdição de um e de outro; 
III – o fim para que é feita a citação, com todas as especificações; 
IV – o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer. 
Art. 355. A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de 
traslado, depois de lançado o “cumpra-se” e de feita a citação por mandado do juiz 
deprecado. 
§ 1º Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a 
este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja 
tempo para fazer-se a citação. 
§ 2º Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a 
precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362. 
Art. 356. Se houver urgência, a precatória, que conterá em resumo os requisitos 
enumerados no art. 354, poderá ser expedida por via telegráfica, depois de reconhecida 
a firma do juiz, o que a estação expedidora mencionará. 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I – leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se 
mencionarão dia e hora da citação; 
II – declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. 
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço. 
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, 
será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição. 
*A notificação para o funcionário público apresentar defesa prévia e a citação para o 
mesmo apresentar a defesa escrita não precisam ser comunicadas ao chefe da 
repartição. 
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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*Artigo com a redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º-12-2003. 
*Súmula 351 do STF. É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
*STF: Não há nulidade em face da ausência de citação do réu preso se este comparece 
em juízo e não resta demonstrado qualquer prejuízo a ele (RHC 106.461, 07/05/2013). 
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 dias. 
*Súmula 366 do STF. Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, 
embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia. 
*Súmula 351 do STF. É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da 
Federação em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça 
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos 
arts. 227 a 229 do CPC. 
*Enunciado 110 do FONAJE. No JECRIM é cabível a citação com hora certa. 
*Súmula 710 do STF. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, 
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
*Será este defensor dativo quem cumprirá a obrigação de, em 10 dias, apresentar a 
resposta à acusação. O mesmo acontecerá na hipótese em que, mesmo citado 
pessoalmente, o réu não apresenta resposta ou não constitui defensor. Já em se 
tratando de citação por edital, o processo será suspenso, bem como o prazo 
prescricional (art. 366). 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do 
acusado. 
*STF: O processo se inicia com o recebimento da inicial acusatória pelo magistrado, 
sendo este, inclusive, o primeiro marco interruptivo da prescrição. 
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. 
*O sistema processual penal brasileiro não presume a ciência da imputação pelo 
acusado citado por edital, tanto que, se o acusado não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional (art. 366). 
*O inciso I do § 2º iria prever que “ficará suspenso o curso do prazo prescricional pelo 
correspondente ao da prescrição em abstrato do crime objeto da ação”. Este 
entendimento, contudo, continua presente na Súmula 415 do STJ. 
§ 4º Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo 
observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código. 
*Se o réu citado por edital comparecer ao processo que se encontrava paralisado, a ação 
penal terá seguimento segundo o rito pertinente dentre aqueles previstos no § 1º do 
art. 394. 
Art. 364. No caso do artigo anterior, nº I, o prazo será fixado pelo juiz entre 15 e 90 dias, 
de acordo comas circunstâncias, e, no caso de nº II, o prazo será de 30 dias. 
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*Segundo Norberto Avena, o art. 364 encontra-se prejudicado, pois os incisos I e II do 
art. 363, a que ele remete, encontram-se revogados. 
Art. 365. O edital de citação indicará: 
I – o nome do juiz que a determinar; 
II – o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como 
sua residência e profissão, se constarem do processo; 
III – o fim para que é feita a citação; 
*Súmula 366 do STF. Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, 
embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia. 
IV – o juízo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deverá comparecer; 
V – o prazo (15 dias), que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se 
houver, ou da sua afixação. 
Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será 
publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial 
que a tiver feito e a publicação provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, 
da qual conste a página do jornal com a data da publicação. 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional podendo o juiz determinar 
a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar 
prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
*Se o réu é citado pessoalmente, mas não comparece, o processo e o prazo prescricional 
não são suspensos. Ao invés disso, lhe é nomeado um defensor dativo. 
*Se o réu é citado por edital, mas não comparece, nem constitui advogado, suspende-
se o processo e o prazo prescricional pelo tempo abstratamente fixado para o delito 
prescrever (S. 415/STJ). Transcorrido o prazo e mantida a ausência do imputado, o 
processo seguirá suspenso, mas o prazo prescricional voltará a correr, considerando-se 
o prazo transcorrido anteriormente, haja vista tratar-se de suspensão. 
*A decisão que autoriza ou denega a produção antecipada das provas comporta 
correição parcial, sem prejuízo do manejo de MS ou HC. 
*Súmula 455 do STJ. A decisão que determina a produção antecipada de provas com 
base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando 
unicamente o mero decurso do tempo. 
*STJ: A antiga redação do art. 366 do CPP permitia que o processo seguisse à revelia do 
acusado que, citado por edital, não comparecesse em juízo para defender-se. Com a 
nova redação conferida pela Lei 9.271/96, tanto o processo como a prescrição são 
suspensos. Sendo assim, deve-se interpretar os arts. 420, § único, e 457, ambos do CPP, 
em consonância com o art. 366, de forma a vedar a intimação por edital da decisão de 
pronúncia nos casos em que o processo prosseguiu sem que o réu tenha sido localizado 
na fase inaugural da acusação, época em que vigia a antiga redação do art. 366 (6ª T, HC 
226.285, em 20/02/2014). 
*STJ: Ainda que o réu tenha constituído advogado antes do oferecimento da denúncia 
(na data da prisão em flagrante) e o patrono tenha atuado, por determinação do Juiz, 
CPF: 860.542.154-18
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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durante toda a instrução criminal, é nula a ação penal que tenha condenado o réu sem 
a sua presença, o qual não foi citado nem compareceu pessoalmente a qualquer ato do 
processo, inexistindo prova inequívoca de que tomou conhecimento da denúncia (6ª T, 
REsp. 1.580.435, em 17/03/2016). 
*De acordo com o § 2º do art. 2º da Lei 9.613/98, o art. 366 do CPP não se aplica aos 
crimes de lavagem de capitais. Assim, nem o processo, nem o prazo prescricional dos 
crimes de lavagem de dinheiro serão suspensos caso o réu não atenda à citação por 
edital. Nucci, contudo, defende a inconstitucionalidade desse dispositivo. 
*STF: Para a 1ª Turma, o suposto efeito deletério que o tempo possa fazer na memória 
da testemunha não é fundamento para determinar a antecipação de provas urgentes 
com base no art. 366 do CPP (HC 108.064, 13.12.11). No mesmo sentido, a 5ª Turma do 
STJ (RHC 74.270/PR, 16/05/2017), embora essa mesma turma também possua julgados 
informando como inegável o concreto risco de perecimento da prova testemunhal, 
tendo em vista a alta probabilidade de esquecimento dos fatos distanciados do tempo 
de sua prática, entende como cabível a produção antecipada da prova (HC 339.460/SP, 
28/06/2017; RHC 83.672/MT, 14/06/2017). A 2ª Turma do STJ entende que a limitação 
da memória humana e o comprometimento da busca da verdade real são fundamentos 
a justificar a determinação da antecipação de prova testemunhal (HC 110.280, 
07.08.12). 
*Produção antecipada de prova – Policiais – Testemunhas: há vários precedentes do 
STJ no sentido de que se as testemunhas forem policiais, deverá ser autorizada a sua 
oitiva como prova antecipada, considerando que os policiais lidam diariamente com 
inúmeras ocorrências e, se houvesse o decurso do tempo, eles iriam esquecer os fatos 
(5ª T, RHC 51.232, em 02/10/14; 6ª T, RHC 48073, em 30/06/15; RHC 64.086/DF, 
09/12/2016; AgRg no HC 393.855/DF, 06/12/2018 ). Contudo, o STF entende que isso 
não serve como justificativa para deferir a oitiva antecipada (2ª T, HC 130.038, em 
03/11/2015). 
*STF: A antecipação da prova testemunhal prevista no art. 366 do CPP pode ser 
justificada como medida necessária pela gravidade do crime praticado e possibilidade 
concreta de perecimento, haja vista que as testemunhas poderiam se esquecer de 
detalhes importantes dos fatos em decorrência do decurso do tempo. Além disso, a 
antecipação da oitiva das testemunhas não traz nenhum prejuízo às garantias inerentes 
à defesa. Isso porque quando o processo retomar seu curso, caso haja algum ponto novo 
a ser esclarecido em favor do réu, basta que seja feita nova inquirição (2ª T, HC 135.386, 
em 13/12/2016). 
*Súmula 415 do STJ. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo 
máximo da pena cominada. 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado 
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no 
caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. 
*O processo seguirá e o acusado será intimado apenas da sentença final. 
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta 
rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
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*STJ: A Lei 9.271/96, por suspender o prazo prescricional, somente pode ser aplicada 
aos crimes cometidos depois de sua entrada em vigor, dado o evidente caráter mais 
gravoso da nova disciplina, com manifesto prejuízo para o acusado (RHC 15.002, 
17.03.08). 
*Se o réu estiver no estrangeiro em local não sabido, a citação será feita por edital. 
*Na suspensão, o prazo da prescrição é apenas paralisado, para em seguida continuar 
de onde parou. 
*Retornando a carta rogatória ao juízo rogante e constatando o seu efetivo 
cumprimento, o prazo prescricional volta a fluir automaticamente, devendo-se 
considerar como dies a quo o dia em que a carta rogatória foi efetivamente cumprida. 
Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras serão 
efetuadas mediante carta rogatória. 
*Esta carta rogatória, diferentementeda prevista no art. 368, não suspende a 
prescrição. 
Capítulo II 
Das Intimações 
*Súmula 710 do STF. No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam 
tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto 
no Capítulo anterior. 
§ 1º A intimação do defensor constituído, do advogado do querelante e do assistente 
far-se-á por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da 
comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. 
*STJ: A lei processual é expressa em exigir, sob pena de nulidade absoluta, que as 
intimações sejam feitas pela publicação nos órgãos oficiais dos nomes das partes e de 
seus advogados. 
§ 2º Caso não haja órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far-
se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de 
recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. 
§ 3º A intimação pessoal, feita pelo escrivão, dispensará a aplicação a que alude o § 1º. 
§ 4º A intimação do Ministério Público e do defensor nomeado será pessoal. 
*STF: A falta de intimação pessoal do defensor dativo, tanto da sessão de julgamento 
da apelação quanto do teor do acórdão proferido, qualifica-se como causa geradora de 
nulidade processual (Inf. 651 – dez/11). 
*STJ: A intimação do defensor dativo apenas pela imprensa oficial não implica 
reconhecimento de nulidade caso este tenha optado expressamente por esta 
modalidade de comunicação dos atos processuais, declinando da prerrogativa de ser 
intimado pessoalmente (5ª T, HC 311.676, em 16/04/2015; HC 359.305, em 
27/02/2018). 
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*A intimação do defensor público também é pessoal, conforme estabelece o art. 128, I, 
da LC 80/94. 
Art. 371. Será admissível a intimação por despacho na petição em que for requerida, 
observado o disposto no art. 357. 
Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, 
na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se 
lavrará termo nos autos. 
 
 
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3. JURISPRUDÊNCIA 
 
JULGADOS 
 
STJ: O art. 366 do CPP estabelece que se o acusado for citado por edital e não 
comparecer ao processo nem constituir advogado o processo e o curso da prescrição 
ficarão suspensos. Enquanto o réu não for localizado, o curso processual não pode ser 
retomado. STJ. 6ª Turma. RHC 135.970/RS, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 
20/04/2021 (Info 693). 
 
STJ: O termo final da suspensão do prazo prescricional pela expedição de carta rogatória 
para citação do acusado no exterior é a data da efetivação da comunicação processual 
no estrangeiro, ainda que haja demora para a juntada da carta rogatória cumprida aos 
autos. STJ. 5ª Turma. REsp. 1.882.330/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 
06/04/2021 (Info 691). 
 
STJ: É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que sejam 
adotadas medidas suficientes para atestar a autenticidade do número telefônico, bem 
como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual. STJ. 5ª Turma. HC 
641.877/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021 (Info 688). 
 
STF: Em caso de inatividade processual decorrente de citação por edital, ressalvados os 
crimes previstos na Constituição Federal como imprescritíveis, é constitucional limitar o 
período de suspensão do prazo prescricional ao tempo de prescrição da pena máxima 
em abstrato cominada ao crime, a despeito de o processo permanecer suspenso. 
STF. Plenário. STF. Plenário. RE 600.851, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 04/12/2020 
(Repercussão Geral – Tema 438) (Info 1001). 
Súmula 415-STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo 
da pena cominada. 
 
STF: Não é necessária a intimação prévia da defesa técnica do investigado para a tomada 
de depoimentos orais na fase de inquérito policial. Não haverá nulidade dos atos 
processuais caso essa intimação não ocorra. O inquérito policial é um procedimento 
informativo, de natureza inquisitorial, destinado precipuamente à formação da opinio 
delicti do órgão acusatório. Logo, no inquérito há uma regular mitigação das garantias 
do contraditório e da ampla defesa. Esse entendimento justifica-se porque os elementos 
de informação colhidos no inquérito não se prestam, por si sós, a fundamentar uma 
condenação criminal. A Lei nº 13.245/2016 implicou um reforço das prerrogativas da 
defesa técnica, sem, contudo, conferir ao advogado o direito subjetivo de intimação 
prévia e tempestiva do calendário de inquirições a ser definido pela autoridade policial. 
STF. 2ª Turma. Pet 7.612/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/03/2019 (Info 933). 
 
CPF: 860.542.154-18
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STJ: A nomeação judicial de Núcleo de Prática Jurídica para patrocinar a defesa de réu 
dispensa a juntada de procuração. Isso porque, neste caso, não há uma atuação 
provocada pelo assistido, mas sim o exercício de um munus público por determinação 
judicial. STJ. 3ª Seção. EAREsp. 798.496-DF, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 
11/04/2018 (Info 624); AgRg no AREsp. 1.577.777 / DF, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado 
em 18/02/2020. 
 
STF: É constitucional a citação com hora certa no âmbito do processo penal. 
STF. Plenário. RE 635.145/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz 
Fux, julgado em 1º/8/2016 (repercussão geral) (Info 833). 
 
STF e STJ: A data da entrega dos autos na repartição administrativa da Defensoria 
Pública é o termo inicial da contagem do prazo para impugnação de decisão judicial pela 
instituição, independentemente de intimação do ato em audiência. STJ. 3ª Seção. HC 
296.759-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 23/8/2017 (Info 611). STF. 2ª 
Turma. HC 125270/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/6/2015 (Info 791). 
 
STJ: O termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o 
Ministério Público, a data da entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, 
sendo irrelevante que a intimação pessoal tenha se dado em audiência, em cartório ou 
por mandado. STJ. 3ª Seção. REsp. 1.349.935-SE, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado 
em 23/8/2017 (recurso repetitivo) (Info 611). 
 
STJ: Se ainda não houve a intimação da Defensoria Pública acerca do acórdão 
condenatório, mostra-se ilegal a imediata expedição de mandado de prisão em desfavor 
do condenado. Como a Defensoria Pública ainda não foi intimada, não se encerrou a 
jurisdição em 2ª instância, considerando que é possível que interponha embargos de 
declaração, por exemplo. STJ. 5ª Turma. HC 371.870-SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado 
em 13/12/2016 (Info 597). 
 
STF: A intimação pessoal da Defensoria Pública quanto à data de julgamento de habeas 
corpus só é necessária se houver pedido expresso para a realização de sustentação oral. 
STF. 2ª Turma. HC 134.904/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/9/2016 (Info 839). 
 
STF: A antecipação da prova testemunhal prevista no art. 366 do CPP pode ser justificada 
como medida necessária pela gravidade do crime praticado e possibilidade concreta de 
perecimento, haja vista que as testemunhas poderiam se esquecerde detalhes 
importantes dos fatos em decorrência do decurso do tempo. Além disso, a antecipação 
da oitiva das testemunhas não traz nenhum prejuízo às garantias inerentes à defesa. 
Isso porque quando o processo retomar seu curso, caso haja algum ponto novo a ser 
esclarecido em favor do réu, basta que seja feita nova inquirição (2ª T, HC 135.386, em 
13/12/2016). 
 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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STJ: Ainda que o réu tenha constituído advogado antes do oferecimento da denúncia 
(na data da prisão em flagrante) e o patrono tenha atuado, por determinação do Juiz, 
durante toda a instrução criminal, é nula a ação penal que tenha condenado o réu sem 
a sua presença, o qual não foi citado nem compareceu pessoalmente a qualquer ato do 
processo, inexistindo prova inequívoca de que tomou conhecimento da denúncia (6ª T, 
REsp. 1.580.435, em 17/03/2016). 
 
STJ: A intimação do defensor dativo apenas pela imprensa oficial não implica 
reconhecimento de nulidade caso este tenha optado expressamente por esta 
modalidade de comunicação dos atos processuais, declinando da prerrogativa de ser 
intimado pessoalmente (5ª T, HC 311.676, em 16/04/2015, Info 0560). 
 
STJ: A antiga redação do art. 366 do CPP permitia que o processo seguisse à revelia do 
acusado que, citado por edital, não comparecesse em juízo para defender-se. Com a 
nova redação conferida pela Lei 9.271/96, tanto o processo como a prescrição são 
suspensos. Sendo assim, deve-se interpretar os arts. 420, § único, e 457, ambos do CPP, 
em consonância com o art. 366, de forma a vedar a intimação por edital da decisão de 
pronúncia nos casos em que o processo prosseguiu sem que o réu tenha sido localizado 
na fase inaugural da acusação, época em que vigia a antiga redação do art. 366 (6ª T, HC 
226.285, em 20/02/2014). 
 
STF: Não há nulidade em face da ausência de citação do réu preso se este comparece 
em juízo e não resta demonstrado qualquer prejuízo a ele (RHC 106.461, 07/05/2013). 
 
STJ: Quando o réu for representado por mais de um advogado de sua livre escolha, 
basta, para a validade do ato judicial, que a intimação por meio da imprensa oficial seja 
feita em nome de qualquer um deles, salvo quando houver requerimento expresso para 
que as publicações sejam feitas de forma diversa. AgRg. no Ag. em REsp. 791.019, Rel. 
Min. Rogerio Schietti Cruz, 6ª Turma, j. 23.06.2020. 
 
STF: A intimação pessoal do defensor dativo é expressão do direito à ampla defesa. A 
imprescindibilidade da intimação pessoal do defensor dativo (§ 4º do art. 370 do CPP) 
não tem outra consequência lógica senão a de atrair a regra que se lê na alínea a do §5º 
do art. 798 do CPP. HC 110. 656, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, j. 13.03.2012. 
 
STF: Não se desconhece a orientação prevalecente na jurisprudência do STF no sentido 
de que a regra processual prevista no art. 392 do CPP – concernente à intimação pessoal 
do réu (e/ou do defensor por ele constituído) quanto à sentença penal, ainda mais 
quando se cuidar de condenação criminal – não se aplica aos acórdãos proferidos em 
sede de apelação e na via recursal extraordinária, bastando que se dê, em relação a tais 
atos decisórios, a respectiva publicação no órgão oficial. O presente caso, no entanto, 
reveste-se de certas particularidades que o tornam singular, o que permite afastar as 
premissas fáticas em que se apoia a diretriz jurisprudencial ora referida, merecendo, 
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portanto, solução jurídica distinta. O paciente, assistido pela Defensoria Pública durante 
todo o processo penal de conhecimento, veio a ser absolvido no primeiro grau de 
jurisdição, inexistindo, porém, quaisquer elementos nos autos indicativos de que, em 
segunda instância, teria sido dada ciência a esse mesmo réu, ora paciente, da 
condenação penal contra ele proferida no julgamento da apelação interposta pelo 
Ministério Público. Essas circunstâncias permitem reconhecer que o exercício das 
prerrogativas inerentes ao direito de recorrer, por parte do paciente, restou 
aparentemente prejudicado, revelando-se acolhível a alegada ofensa ao postulado do 
devido processo legal. É tão delicada a questão concernente ao alegado desrespeito ao 
postulado do devido processo legal que a inobservância de qualquer de suas cláusulas 
pode infirmar a própria validade do processo penal, eis que a nulidade resultante desse 
comportamento do Estado evidencia clara ocorrência de prejuízo aos direitos de quem 
sofre persecução penal. Há a considerar, finalmente, um outro aspecto de extremo 
relevo jurídico, consistente no controle de convencionalidade referentemente à 
situação processual exposta nestes autos, pois, com a falta de intimação pessoal do réu, 
ora paciente, negou-se-lhe um direito fundamental contemplado e reconhecido pela 
CADH, cujo art. 8.2.h assegura a qualquer pessoa acusada “o direito de recorrer da 
sentença a juiz ou tribunal superior”, garantindo-se-lhe, em consequência, a 
prerrogativa básica de acesso aos Tribunais Superiores. Vê-se, portanto, que a não 
intimação pessoal do próprio acusado para efeito de interposição recursal (não obstante 
efetivada a cientificação da Defensoria Pública), com o consequente e lesivo trânsito em 
julgado do acórdão condenatório, frustrando-se, desse modo, o acesso do réu aos 
órgãos judiciários de superposição, põe em perspectiva a grave questão concernente a 
um direito fundamental que os pactos internacionais reconhecem àqueles que sofrem 
persecução penal instaurada pelo Poder Público. ED no HC 185.051, Rel. Min. Celso de 
Mello, decisão monocrática de 21.07.2020. 
 
STJ: O defensor dativo que declinar expressamente da prerrogativa referente à 
intimação pessoal dos atos processuais não pode arguir nulidade quando a comunicação 
ocorrer por meio da imprensa oficial. HC 341.445, Rel. Min. Joel Ilan Paciornick, 5ª 
Turma, j. 19.05.2016. 
 
STJ: Não há como nos autos deste habeas corpus coletivo verificar a ocorrência de 
efetivo prejuízo à Defesa, causado pela intimação da Defensoria Pública por e-mail e 
com exíguo prazo entre a sua realização e a audiência de apresentação, a qual, como se 
sabe, deve ser realizada com a devida celeridade. Conforme reiterada jurisprudência dos 
Tribunais Superiores, o reconhecimento de vício que possibilite a anulação de ato 
processual exige a efetiva demonstração de prejuízo ao acusado. É o que se prevê no 
art. 563 do Código de Processo Penal, no qual está positivado o dogma fundamental da 
disciplina das nulidades (pas de nullité sans grief). HC 588.902, Rel. Min. Laurita Vaz, 6ª 
Turma, j. 17.11.2020. 
 
STJ: A notificação ao chefe da repartição pública, prevista no art. 359 do CPP, busca 
evitar que a ausência do funcionário resulte em danos aos serviços desempenhados por 
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ele, sendo que a não realização de tal ato não é capaz de causar nulidade no âmbito do 
processo criminal. RHC 11.235, Rel. Min. Gilson Dipp, 5ª Turma, j. 02.08.2001. 
 
STJ: O consectário natural da decretação da revelia é a não intimação dos réus dos atos 
subsequentes a tal decreto, ressalvada a intimação da sentença de pronúncia, 
obrigatoriamente feita pessoalmente (arts. 367 e 414 do CPP). RHC 17.458, Rel. Min. 
Arnaldo Esteves Lima, 5ª Turma, j. 21.06.2005. 
 
STJ: O termo inicial de contagem dos prazos processuais, em caso de duplicidade de 
intimações eletrônicas,dá-se com a realizada pelo portal eletrônico, que prevalece 
sobre a publicação no Diário da Justiça (DJe). EAREsp. 1.663.952, Rel. Min. Raul Araújo, 
Corte Especial, j. 19.05.2021. 
 
STF: O art. 392, II, do CPP preceitua que, tratando-se de réu que responde a ação penal 
em liberdade, basta sua intimação ou a de seu defensor constituído para que se 
considere válida a cientificação da sentença condenatória, assim não há como reputar 
inválida ou nula intimação mediante a qual, respeitando-se a respectiva lei de regência, 
é dada ciência da sentença apenas ao patrono do réu. HC 192.612, Rel. Min. Dias Toffoli, 
1ª Turma, j. 30.04.2021. 
 
STF: O art. 392 do CPP dispõe sobre a necessidade de intimação pessoal do réu apenas 
na hipótese de sentença condenatória e não do acórdão proferido no julgamento da 
apelação. AgRg no HC 200.833, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, j. 16.08.2021. 
STJ: Apresenta-se como mera irregularidade o não atendimento da formalidade do 
chamamento ficto relativa à não afixação do edital à porta do Fórum, não ensejando, 
portanto, a nulidade da citação, especialmente diante da publicação do edital no Diário 
Oficial. HC 423.750, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6ª Turma, j. 07.08.2018. 
STJ: A falta de assinatura do magistrado no mandado de citação, que fora efetivamente 
cumprido, sem a demonstração do prejuízo resultante de tal vício de formalidade, 
constitui mera irregularidade, insuficiente à anulação do processo (art. 563 do Código 
de Processo Penal). HC 59.138, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 5ª Turma, j. 28.05.2008. 
STJ: O simples fato de se omitir no mandado de citação, a capitulação de um dos delitos 
imputados ao réu, constitui mera irregularidade quando é entregue ao citando cópia da 
denúncia com inteiro teor da acusação. HC 37.063, Rel. Min. Paulo Medina, 6ª Turma, j. 
06.10.2005. 
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4. QUESTÕES 
 
1. Em matéria de citações e intimações, é correto afirmar que: 
a) os prazos são contados da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado 
ou da carta precatória ou de ordem. 
b) nula a citação por edital que apenas indica o dispositivo da lei penal, sem transcrever 
a denúncia ou queixa, ou resumir os fatos em que se baseia. 
c) a citação do acusado por edital, se ele não comparecer ou constituir advogado, 
permite a produção antecipada de provas, sob o fundamento de decurso do tempo, e 
autoriza o decreto de prisão preventiva, se for o caso. 
d) nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instância, sem prévia intimação 
ou publicação da pauta, inclusive em habeas corpus. 
 
2. Com relação à citação, é correto afirmar que: 
a) se o réu não for localizado para ser citado pessoalmente em processo que tramite 
pela Vara dos Juizados Especiais Criminais, o juiz de direito deverá suspender o processo 
e o prazo prescricional nos termos do artigo 366 do Código de Processo Penal. 
b) será feita, a do funcionário público, por intermédio de seu superior hierárquico. 
c) se o réu estiver preso, sua requisição por ofício dirigido ao diretor do estabelecimento 
suprirá a citação pessoal. 
d) se o réu citado por edital não comparecer e nem constituir advogado, o processo e o 
curso do prazo prescricional ficarão suspensos, salvo nos casos de crimes de lavagem de 
ativos. 
e) se o réu não for encontrado para citação pessoal, será citado por edital, com prazo 
de 30 dias. 
 
3. A, nascido em 07/02/1963, foi denunciado pelo Ministério Público em 08/01/1993 
como incurso no art. 121, § 2º, IV, do Código Penal, por fato ocorrido em 02/07/1992. 
A denúncia foi recebida em 02/02/1994. O réu foi citado por edital e não compareceu 
ao ato designado para o interrogatório. O processo prosseguiu. O réu foi pronunciado 
nos termos da denúncia em 15/12/1998. O processo foi suspenso, porque o réu não 
foi encontrado para ser intimado pessoalmente da pronúncia. Entrou em vigor a Lei 
nº 11.689, de 9 de junho de 2008, que criou a possibilidade da intimação da pronúncia 
por edital. Com referência a essa situação hipotética, de acordo com a Jurisprudência 
do Superior Tribunal de Justiça, assinale a opção correta. 
a) O Juiz não deverá determinar a intimação do réu por edital sobre a decisão de 
pronúncia. O processo deverá permanecer suspenso até a captura do réu, se houver 
decreto de prisão preventiva, ou até o advento da prescrição da pretensão punitiva 
estatal, previsto para dezembro de 2018. 
b) O Juiz deverá determinar a intimação do réu, nos termos do art. 420, parágrafo único, 
do CPP, alterado pela Lei nº 11.689/2008, em observância ao princípio “tempus regit 
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actum”, não tendo se operado a prescrição da pretensão punitiva estatal, pelo fato de 
o processo ter sido suspenso após a decisão de pronúncia. 
c) O Juiz deverá extinguir a punibilidade do réu, com fundamento no art. 107, IV, do 
Código Penal, porque transcorrido lapso temporal superior a 20 (vinte) anos entre a data 
do recebimento da denúncia e a presente data (02/09/2018), operando-se a prescrição 
da pretensão punitiva estatal pela pena máxima abstrata cominada ao crime de 
homicídio. 
d) O Juiz deverá determinar a intimação do réu, nos termos do art. 420, parágrafo único, 
do CPP, alterado pela Lei nº 11.689/2008 – que permite a intimação por edital do réu 
solto que não for encontrado –, e, uma vez preclusa a decisão de pronúncia, também 
deverá aplicar o art. 457, do CPP, alterado pela Lei nº 11.689/2008 – que deixou de exigir 
a presença do acusado na sessão plenária para que esta se realize – por se tratarem de 
normas de natureza processual, incidindo de forma imediata sobre os atos processuais 
pendentes. 
 
4. Em processo no juizado especial criminal, superada a fase preliminar em razão da 
ausência do autor do fato, o MP ofereceu denúncia oral pela prática de crime de 
ameaça. Não tendo o oficial de justiça encontrado o autor para citá-lo nos endereços 
constantes dos autos, o juiz determinou a sua citação por hora certa. Concluída a 
citação por hora certa sem que o autor do fato tivesse sido encontrado ou tivesse 
comparecido à audiência designada, foi-lhe nomeado DP, e sobreveio condenação. 
Nessa situação hipotética, conforme a legislação penal processual e a jurisprudência 
dos tribunais superiores, é correto afirmar que a citação realizada foi: 
a) válida, e não precisará ser refeita, pois a citação por hora certa é possível quando o 
acusado não é encontrado nos endereços constantes nos autos. 
b) nula, e deverá ser refeita pelo juízo comum, com o devido encaminhamento dos 
autos pelo juizado especial criminal. 
c) válida, e não precisará ser refeita, pois a citação por hora certa sempre precede a 
citação por edital. 
d) válida, e não precisará ser refeita, pois o processo perante os juizados especiais 
criminais orienta-se pelos princípios da oralidade, simplicidade, economia processual e 
celeridade 
e) nula, e deverá ser refeita pelo próprio juizado especial criminal, por meio de edital, 
em atenção aos princípios da celeridade e da economia processual. 
 
5. Davi, servidor público comissionado municipal sem vínculo efetivo com a prefeitura 
do respectivo município, foi denunciado pelo suposto cometimento do delito de 
peculato — art. 312 do CP. Durante o IP, Davi foi interrogado na presença de seu 
advogado. Na fase judicial da persecução penal, ao chefe de sua repartição foi 
encaminhada notificação, que não foi considerada cumprida em razão da exoneração 
do servidor; no local, noticiaram que ele continuava residindo no endereço 
mencionadono inquérito. Após o recebimento da denúncia, considerando-se que o 
servidor estava em local incerto, foi determinada sua citação por edital. O advogado 
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constituído pelo réu, após tomar conhecimento da tramitação da ação penal, 
apresentou resposta à acusação, nos termos do art. 396 do CPP. Posteriormente, ainda 
que não intimado pessoalmente, Davi compareceu à audiência designada. Com 
referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Por se tratar de crime funcional, a desobediência ao procedimento especial — não 
oportunizar a defesa preliminar, nos termos do art. 514 do CPP — gerou a nulidade do 
processo. 
b) A apresentação de resposta à acusação por advogado constituído por Davi durante o 
IP supre eventual nulidade da citação. 
c) No caso de o réu continuar atuando como servidor público, a notificação 
encaminhada ao chefe da repartição, nos termos do art. 359 do CPP, dispensaria o 
mandado de citação. 
d) A obrigação de esgotamento dos meios de localização para a validade da citação por 
edital não alcança as diligências em todos os endereços constantes no IP. 
e) Citado por edital, o réu poderá, a qualquer tempo, integrar a relação processual, e o 
prazo para resposta à acusação começará a fluir a partir do referido ato de ingresso no 
processo. 
 
6. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, o: 
a) Juiz deve decretar a prisão preventiva. 
b) curso do prazo prescricional ficará suspenso indeterminadamente. 
c) processo ficará suspenso pelo prazo correspondente à pena mínima cominada para a 
infração. 
d) Juiz deverá decretar a revelia e, após a nomeação de advogado dativo, determinar o 
prosseguimento do feito. 
e) Juiz pode determinar a produção das provas concretamente consideradas urgentes. 
 
7. Tício foi denunciado pelo Ministério Público pela prática de crime tributário 
(apenado com reclusão de 2 a 5 anos), em vista de sonegação de imposto, no 
montante de 1 milhão de reais. Citado, apresentou resposta à acusação, tendo 
arrolado 8 testemunhas de defesa, duas delas residentes fora da jurisdição, tendo sido 
expedidas cartas precatórias, com prazo de cumprimento de 90 dias. Ouvidas as 
testemunhas de acusação e defesa, com exceção das duas residentes fora da 
jurisdição, tendo esgotado o prazo de cumprimento da precatória, Tício foi 
interrogado, abrindo-se vista às partes para apresentação de alegações finais. O órgão 
de acusação manifestou-se pela absolvição de Tício, por não restar comprovada a 
autoria. Já a defesa, alegou cerceamento de defesa, por não se aguardar o retorno das 
cartas precatórias. Conclusos os autos ao Juiz, foi proferida sentença condenatória. Na 
sentença, a despeito da não imputação pelo órgão da acusação, o Juiz reconheceu a 
causa de aumento prevista na legislação de crimes tributários, consistente na 
ocorrência de grave dano à coletividade, pelo valor sonegado, incidindo aumento da 
pena de 1/3. Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
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a) Haja vista que o órgão de acusação, titular da ação penal, manifestou-se pela 
absolvição de Mévio, não poderia o Juiz ter proferido sentença condenatória. 
b) Haja vista que a denúncia ofertada pelo órgão de acusação não imputou a Tício 
qualquer causa que implicasse agravamento da pena, não poderia o Juiz ter reconhecido 
a causa de aumento consistente na ocorrência de grave dano à coletividade. 
c) A sentença condenatória não violou os princípios do contraditório e devido processo 
legal, pois pode o juiz condenar o réu, contrariamente à posição do órgão de acusação, 
não sendo obrigado aguardar o retorno de cartas precatórias, expedidas com prazo. 
d) Haja vista que o crime imputado a Tício processa-se sob o procedimento comum 
sumário, o número de testemunhas arroladas deveria ser de, no máximo, 5 (cinco). 
e) Haja vista a expedição de carta precatória para oitiva de testemunhas de defesa 
residentes fora da jurisdição, o Juiz não poderia ter sentenciado o feito, devendo, ao 
contrário, ter suspendido o processo, até o retorno. 
 
8. A intimação de réu solto assistido pela Defensoria Pública ou patrocinado por 
advogado dativo, quanto à sentença penal condenatória, deve ocorrer: 
a) por publicação no órgão da imprensa oficial; 
b) por meio eletrônico; 
c) pessoalmente; 
d) na pessoa do seu patrono; 
e) em audiência. 
 
9. Pablo e Juan foram denunciados pelo Ministério Público pela prática do crime de 
integrar organização criminosa (Art. 28 da Lei n° 12.850/2013). O juiz recebeu a 
denúncia e determinou a citação dos acusados. Pablo foi localizado no Paraguai, em 
local sabido, e expedida carta rogatória para a sua citação, e Juan foi citado por edital, 
não compareceu, mas constituiu advogado nos autos. Relativamente ao curso do 
processo e do prazo prescricional dos referidos acusados, é correto afirmar que: 
a) serão o curso do processo e da prescrição suspensos em relação a Pablo, até o 
cumprimento da rogatória/e não será suspenso o curso da prescrição em relação a Juan; 
b) será o curso da prescrição suspenso em relação a Pablo, até o cumprimento da 
rogatória, e não serão suspensos o curso do
processo e da prescrição em relação a 
Juan; 
c) serão o curso do processo e da prescrição suspensos em relação a Pablo, até o 
cumprimento da rogatória, e não será interrompido o curso da prescrição em relação a 
Juan; 
d) será o curso da prescrição interrompido em relação a Pablo, independentemente do 
cumprimento da rogatória, e serão o curso do processo e da prescrição suspensos em 
relação a Juan; 
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e) serão o curso da prescrição e do processo interrompidos em relação a Pablo 
independentemente do cumprimento da rogatória, e não será suspenso o curso da 
prescrição em relação a Juan. 
 
10. Luigi e Mário foram denunciados pelo crime de furto qualificado pelo concurso de 
agentes. Recebida a denúncia, foi determinada pelo juiz a citação dos acusados, tendo 
Luigi sido localizado na Itália, em lugar sabido, e expedida carta rogatória para a sua 
citação, e Mário citado por edital, não tendo este comparecido nem constituído 
advogado. 
Quanto à situação dos cursos do processo e do prazo prescricional em relação aos 
acusados, é CORRETO afirmar que: 
a) os cursos do processo e do prazo prescricional serão suspensos em relação a Mário e 
o curso da prescrição será suspenso em relação a Luigi até o cumprimento da rogatória; 
b) os cursos do processo e do prazo prescricional serão suspensos em relação a Mário e 
Luigi; 
c) o curso da prescrição será suspenso em relação a Mário e o curso do processo será 
suspenso em relação a Luigi até o cumprimento da rogatória; 
d) o curso do processo será suspenso em relação a Mário e Luigi, mas o curso do prazo 
prescricional será interrompido somente em relação a Mário; 
e) o curso do processo será suspenso em relação a Luigi até o cumprimento da rogatória 
e o curso da prescrição será interrompido em relação a Mário. 
 
11. (MPSP 2022) Em matéria de citações e intimações no processo penal, é correto 
afirmar que 
(A) o processo será suspenso se o réu é citado por edital, mesmo que constitua 
advogado. 
(B) a citação por hora certa no processo penal caberá quando, por 3 (três) vezes, o oficial 
de justiça houverprocurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar. 
Nesse caso, deverá o oficial de justiça, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer 
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará 
a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
(C) no processo penal, os prazos são contados da data da intimação, e não da juntada 
aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
(D) é nula a citação por edital que apenas indica o dispositivo da lei penal, sem 
transcrever a denúncia ou queixa, ou resumir os fatos em que se baseia. 
(E) estando o réu no estrangeiro, mesmo que em lugar incerto e não sabido, será citado 
mediante carta rogatória. 
 
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31 
 
5. GABARITO COMENTADO 
 
1. A. 
ALTERNATIVA A: CORRETA. 
De acordo com a Súmula 710 do STF. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA. 
De acordo com a Súmula 366 do STF. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA. 
De acordo com a Súmula 455 do STJ. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA. 
De acordo com a Súmula 431 do STF. 
 
2. D. 
ALTERNATIVA A: INCORRETA. 
De acordo com o art. 66, parágrafo único, da Lei 9.099/95. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA. 
De acordo com o art. 359 do CPP. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA. 
De acordo com o art. 360 do CPP. 
ALTERNATIVA D: CORRETA. 
De acordo com o art. 366 do CPP c/c art. 2º, § 2º, da Lei 9.613/98. 
ALTERNATIVA E: INCORRETA. 
De acordo com o art. 361 do CPP. 
 
3. A. 
ALTERNATIVA A: CORRETA. 
Precedentes do STJ (HC 253.263, REsp. 1.251.526, HC 357.696). 
Conforme o entendimento do STJ, a intimação por edital prevista no art. 420 do CPP só 
é cabível para o réu que foi citado pessoalmente, mas não para o réu citado por edital, 
que não sabe da existência da ação penal. O crime prescreve em 20 anos, tendo-se como 
termo inicial a decisão de pronúncia (marco interruptivo da prescrição). 
ALTERNATIVA B: INCORRETA. 
O STJ não admite intimação por edital para réu que foi citado somente por edital. 
ALTERNATIVA C: INCORRETA. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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Tal assertiva não considerou os marcos interruptivos para efeito de contagem da 
prescrição. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA. 
O STJ não admite intimação por edital para réu que foi citado somente por edital. 
 
4. B. 
A possibilidade de citação por hora certa nos Juizados é assunto polêmico. Uma primeira 
corrente, com fundamento na literalidade deste dispositivo, entende pela 
impossibilidade. Noutro giro, outra corrente entende que é sim possível, havendo 
inclusive o Enunciado 110 do FONAJE neste sentido: No JECRIM é cabível a citação com 
hora certa. O STF chegou a iniciar esta discussão no RE 635.145, que entendeu 
constitucional a citação por hora certa. No entanto, em virtude de o recurso 
extraordinário tratar apenas da constitucionalidade da citação por hora certa, não foi 
possível avançar na análise do tema, já que não era objeto do recurso. 
A despeito dessa polêmica, infelizmente, é comum que bancas examinadoras firmem 
posições sobre certos temas. Assim, em sendo questões CEBRASPE, entenda que é 
incabível a citação por hora certa no âmbito do JECRIM. 
 
5. E. 
(A) INCORRETA. Súmula 330 do STJ. 
(B) INCORRETA. A citação é ato essencial à autodefesa e a apresentação de resposta à 
acusação por advogado garante apenas a defesa técnica. Assim, eventual resposta à 
acusação por advogado constituído não supre a necessidade de citação pessoal. 
(C) INCORRETA. O art. 359 do CPP não dispensa a notificação ao próprio acusado. 
(D) INCORRETA. O esgotamento deve abranger todos os endereços constantes dos 
autos, inclusive os constantes do IP. STJ – RHC 93.509/MG. 
(E) CORRETA. Informativo 736 do STF. HC 116.653. 
 
6. E. 
ALTERNATIVA A: INCORRETA. 
Art. 366 do CPP. 
O juiz não deve decretar a prisão preventiva. PODERÁ conforme assevera o art. 366 do 
CPP, se for o caso e estiverem presentes por óbvio os requisitos autorizadores previstos 
nos artigos 311 e 312 do CPP. 
ALTERNATIVAS B e C: INCORRETAS. 
Súmula 415 do STJ. 
A um, o processo não fica suspenso indefinidamente, e a dois, caso haja suspensão não 
se leva em consideração a pena mínima, senão a pena máxima cominada. Vejamos. 
Súmula 415-STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo 
da pena cominada. 
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O STF, porém, discorda: para a Corte Maior o processo deverá ficar suspenso 
indefinidamente. Na prática forense e em provas de concurso, contudo, tem prevalecido 
a Súmula 415 do STJ. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA. 
Não há revelia nem há prosseguimento. O art. 366 nos informa que se o acusado, citado 
por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o 
curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das 
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos 
do disposto no art. 312. 
Outrossim, não é demais recordar que não se aplica o art. 366 ao procedimento dos 
crimes de Lavagem de Capitais (Lei 9.613/98). Conforme art. 2º, § 2º deve o acusado 
que não comparecer nem constituir advogado ser citado por edital, prosseguindo o feito 
até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo. 
ALTERNATIVA E: CORRETA. 
Súmula 455 do STJ e art. 366 do CPP. 
A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no artigo 366 do 
CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero 
decurso do tempo. 
Conforme art. 366 do CPP se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, 
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes. 
 
7. C. 
ALTERNATIVA A: INCORRETA. 
Vide art. 385 do CPP: 
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda 
que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer 
agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada. 
ALTERNATIVA B: INCORRETA. 
O juiz, neste caso, aplicou o instituto da emendatio libelli, nos termos do art. 383 do CPP, 
sendo plenamente viável sentenciar reconhecendo referida situação jurídica mais grave, 
uma vez que foi relatada na inicial: 
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá 
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar 
pena mais grave. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
ALTERNATIVA C: CORRETA. 
A expedição da carta precatória não suspende a instrução criminal, nos termos do art. 
222, § 1º, do CPP: 
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do 
lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo 
razoável, intimadas as partes. 
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§ 1º A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal. 
ALTERNATIVA D: INCORRETA. 
Trata-se do procedimento comum ordinário, nos termos do art. 394, §1º, I, do CPP: 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
§ 1º O procedimento comumserá ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei 
nº 11.719, de 2008). 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
ALTERNATIVA E: INCORRETA. 
Vide explicação do item C. 
 
8. C. 
PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM 
RECURSO ESPECIAL. TESE DE INAPLICABILIDADE DO ART. 392, INCISO II, DO CPP AOS 
RÉUS ASSISTIDOS PELA DEFENSORIA PÚBLICA. INOVAÇÃO RECURSAL. PRECLUSÃO 
CONSUMATIVA. SENTENÇA CONDENATÓRIA. APELAÇÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL DA 
DEFENSORIA PÚBLICA. TRANSCURSO DO PRAZO RECURSAL IN ALBIS. PRINCÍPIO DA 
VOLUNTARIEDADE RECURSAL. INTEMPESTIVIDADE. INTIMAÇÃO PESSOAL DE RÉU 
SOLTO. DESNECESSIDADE. IRRELEVÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. A 
alegada inaplicabilidade do disposto no art. 392, inciso II, do CPP aos réus assistidos pela 
Defensoria Pública configura inovação recursal, o que impede a sua apreciação em sede 
de agravo regimental, porquanto a tese não foi objeto de insurgência no momento 
processual oportuno, ocorrendo assim a preclusão consumativa. 2. É firme a 
jurisprudência desta Corte Superior no sentido de que, "nos termos do art. 392, inciso 
II, do Código de Processo Penal, tratando-se de réu solto, é suficiente a intimação do seu 
causídico da sentença condenatória proferida em primeiro grau, não se exigindo a 
intimação pessoal do acusado quando o advogado já teve ciência da prolação do édito" 
(HC n. 417.633/ES, relatora Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Sexta Turma, 
julgado em 8/2/2018, DJe 26/2/2018). 3. Na espécie, o réu estava respondendo ao 
processo em liberdade, e a Defensoria Pública foi pessoalmente intimada da sentença 
condenatória, com entrega dos autos, em 7/12/2018 (e-STJ fl. 170) - com observância, 
portanto, das prerrogativas previstas no art. 44, inciso I, da LC n. 80/1994 -, deixando 
transcorrer in albis o prazo recursal para a interposição de recurso de apelação (e-STJ fl. 
224). Nesse contexto, inafastável a intempestividade apontada pela Corte local, ante a 
incidência do princípio da voluntariedade recursal (art. 574, do CPP), mostrando-se 
irrelevante o fato de o recorrente ter sido intimado pessoalmente em 31/1/2019, 
porquanto prescindível a intimação pessoal dele, na hipótese retratada nos autos. 4. 
Agravo regimental não provido. 
(STJ - AgRg no AgRg no AREsp: 1.686.136 RO 2020/0076009-2, Relator: Ministro 
REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento: 20/10/2020, T5 - QUINTA 
TURMA, Data de Publicação: DJe 26/10/2020). 
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9. B. 
Inicialmente, cumpre destacar que os crimes previstos na Lei 12.850/2013 e as infrações 
penais conexas serão apurados mediante procedimento ordinário previsto no Código de 
Processo Penal. 
No tocante a Pablo, aplica-se o disposto no art. 368 do CPP, porquanto localizado no 
Paraguai. Uma vez citado mediante carta rogatória, será suspenso o prazo prescricional 
até que a carta seja cumprida. Vejamos: 
Art. 368 do CPP - Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado 
mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu 
cumprimento. 
Com relação a Juan, como não foi encontrado, houve citação por edital. Não obstante, 
não aplicaremos o art. 366 do CPP, uma vez que ele constituiu advogado. Vejamos: 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz 
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, 
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
Portanto, para ele, o curso do processo seguirá normalmente, bem como o prazo 
prescricional fluirá. 
 
10. A. 
CPP, Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante 
carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. 
STJ: O art. 368, do CPP, embora seja claro ao estabelecer a suspensão do prazo 
prescricional pela expedição de carta rogatória para citação do acusado no exterior, não 
é preciso quanto ao termo final da referida suspensão, devendo ser interpretado de 
forma sistemática, com o art. 798, § 5º, “a”, do CPP, bem como com a Súmula 710, do 
STF, voltando a correr o lapso prescricional da data da efetivação da comunicação 
processual no estrangeiro, ainda que haja demora para a juntada da carta rogatória 
cumprida aos autos. STJ. 5ª Turma. RECURSO ESPECIAL Nº 1.882.330 - PR 
(2020/0161752-4). RELATOR: MINISTRO RIBEIRO DANTAS. Julgado em 6 de abril de 
2021. 
CPP, Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz 
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, 
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. 
 
11. C 
(A) INCORRETA. O processo ficará suspenso caso o acusado não compareça e nem 
constitua advogado, conforme art. 366 do CPP. 
CPF: 860.542.154-18
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(B) INCORRETA. A assertiva encontra-se incorreta tendo em vista que a citação por hora 
certa se dá quando por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando 
em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, 
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil 
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
Vide art. 252 do CPC. 
(C) CORRETA. O STF consolidou o entendimento na súmula 710: "No processo penal, 
contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou 
da carta precatória ou de ordem." 
(D) INCORRETA. De acordo com a súmula 366 – STF: Não é nula a citação por edital que 
indica o dispositivo da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não 
resuma os fatos em que se baseia. 
(E) INCORRETA. Consoante ao art.368 do CPP, o acusado no estrangeiro, deve estar em 
lugar sabido, e não em lugar incerto e não sabido.

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