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QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA A DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA? DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA E SÍNDROME METABÓLICA VINHETA DE ABERTURA VINHETA DE ABERTURA INTRODUÇÃO NAFLD (Non alcoholic fatty liver disease) = DHGNA doença hepática gordurosa não alcoólica ੦ acúmulo de ácido graxos no fígado ੦ presença de esteatose ≥ 5% dos hepatócitos na análise histológica ੦ presença de fração volumétrica de gordura no fígado ≥ 5,6% na RM Excluídas causas secundárias de doença hepática e consumo de álcool ≥ 30g para homens e ≥ 20g para mulheres INTRODUÇÃO #CAI NA PROVA NAFLD compreende todas as fases NAFL = non alcoholic fatty liver (“esteatose hepática”) ੦ ≥ 5% gordura hepática sem evidência de injúria hepatocelular: • Balonamento de hepatócitos • Fibrose NAFLD (ESTEATOSE) NASH (ESTEATO- HEPATITE) CIRROSE HEPÁTICA CHC DEFINIÇÕES DEFINIÇÕES NAFLD (ESTEATOSE) NASH (ESTEATO- HEPATITE) CIRROSE HEPÁTICA CHC Há inflamação e dano hepatocelular: ੦ Balonamento de hepatócitos ੦ Fibrose DEFINIÇÕES NAFLD (ESTEATOSE) NASH (ESTEATO- HEPATITE) CIRROSE HEPÁTICA CHC Corpúsculo de Mallory-Denk Infiltrado eosinofílico intracelular Antigamente achava-se que era específico de doença hepática alcoólica mas ocorre também na NASH DEFINIÇÕES NAFLD (ESTEATOSE) NASH (ESTEATO- HEPATITE) CIRROSE HEPÁTICA CHC Distorção da arquitetura hepática e formação de nódulos regenerativos DEFINIÇÕES NAFLD (ESTEATOSE) NASH (ESTEATO- HEPATITE) CIRROSE HEPÁTICA CHC Carcinoma Hepatocelular EPIDEMIOLOGIA ੦ NAFLD/DHGNA : • no mundo - prevalência de 6% a 35% (mediana 20%) • no Brasil: 18%-19% • causa mais comum de doença hepática e elevação de enzimas hepáticas em países industrializados • aumento da incidência em adolescentes e adultos jovens • proporção maior em obesos, com DM2 e hiperlipidemia ੦ NASH – prevalência 3%-5% nos EUA FATORES DE RISCO ੦ obesidade ੦ hipertensão ੦ dislipidemia ੦ resistência insulínica ੦ genética: PNPLA3, TM6SF2 ੦ hipotireoidismo ੦ SAHOS ੦ colecistectomia prévia ੦ hipopituitarismo e hipogonadismo ੦ cirurgia bariátrica FATORES DE RISCO COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA SEGUNDO O NCEP-ATP III Componentes Níveis Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal Homens >102 cm Mulheres >88 cm Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL HDL colesterol Homens <40 mg/dL Mulheres < 50 mg/dL Pressão arterial ≥ 130mmHg ou ≥85mmHg Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL A presença de Diabetes mellitus não exclui o diagnóstico de SM 90% dos pacientes tem pelo menos 1 característica da Sd. Metabólica NAFLD X OBESIDADE Associação forte entre as 2 condições NAFDL: 80% em obesos x 16% em indivíduos com IMC normal sem outros fatores de risco Prevalência de até 100% em indivíduos com Obesidade + DM2! Gordura visceral (inferida pela circunferência abdominal) é mais relevante na patogênese do que apenas o IMC FISIOPATOLOGIA TEORIA DOS MÚLTIPLOS HITS Resistência insulínica com papel fundamental ੦ obesidade – estado pró-inflamatório ੦ diabetes mellitus ੦ fatores genéticos Estresse oxidativo RESISTÊNCIA INSULÍNICA EXTRESSE OXIDATIVO INFLAMA- ÇÃO CRÔNICA FISIOPATOLOGIA - NORMAL Lipólise (60%) Gordura da dieta (10-15%) Quilomícrons Ácidos graxos Hiperinsulinemia Oxidação Esterificação Triglicérides VLDL FISIOPATOLOGIA - NORMAL JEJUM ੦ metabolização dos estoques de energia ੦ VLDL e TG são metabolizados para produção de energia PÓS-PRANDIAL: ੦ formação de estoque de energia ੦ TG no fígado são exportados como VLDL para ser estocado no tecido adiposo FISIOPATOLOGIA – FIRST HIT: RESISTÊNCIA À INSULINA Aumento da lipólise periférica e AGL circulantes ੦ maior aporte de AGL no fígado ੦ ativação da SREBP e aumento da produção de triglicerídeos ੦ aumento da lipogênese de novo ੦ diminuição da liberação de VLDL (alteração na síntese de apo-B) ੦ diminuição da betaoxidação mitocondrial FISIOPATOLOGIA – FIRST HIT: RESISTÊNCIA À INSULINA ESTEATOSE HEPÁTICA FISIOPATOLOGIA – FIRST HIT: RESISTÊNCIA À INSULINA Hepatócito ↑ Insulina Resistência ↓ IRS-2 ↑ SREBP-1c ↓ Phospho Akt ↑ mRNAs Lipogênicos Aumento da via SREBP1c ↑ Lipogênese ↑ Gliconeogênese ↑ TG ↑ AGL TG FISIOPATOLOGIA – SECOND HIT: ESTRESSE OXIDATIVO EXTRESSE OXIDATIVO ੦ excesso de AGL intra-hepático causa lipotoxicidade: estresse de retículo endoplasmático, disfunção mitocondrial, aumento da formação de espécies reativas de oxigênio e apoptose celular ੦ aumento da produção de citocinas pró- inflamatórias (TNF-a, IL-6, NFkB) e redução de adiponectina ੦ indução do citocromo P450 2E1 ( CYP2E1) FISIOPATOLOGIA – SECOND HIT: ESTRESSE OXIDATIVO FISIOPATOLOGIA – TERCEIRO HIT ੦ estresse oxidativo permanente leva à fibrose/cirrose ੦ recrutamento de monócitos e neutrófilos para o fígado ੦ aumento de TGF-beta ੦ estímulo à ativação de células estreladas ੦ aumento da produção de colágeno intra- hepático ੦ apoptose celular FISIOPATOLOGIA – TERCEIRO HIT #IMPORTANTE DIAGNÓSTICO Demonstração de esteatose por método de imagem ou biópsia Exclusão de consumo significativo de álcool Exclusão de outras causas de esteatose Investigação e exclusão de HCV, HBV, HAV, hemocromatose, hepatite autoimune Ausência de doença hepática crônica coexistente QUADRO CLÍNICO SINTOMAS: A maioria é assintomático Fadiga, mal-estar e desconforto no hipocôndrio direito podem estar presentes na minoria dos pacientes O achado ocasional de aumento de transaminases em exames de rotina é o que geralmente motiva a busca por atendimento médico QUADRO CLÍNICO SINAIS: Hepatomegalia Estigmas de doença hepática crônica (circulação colateral, ginecomastia, ausência de pelos, telangectasia, eritema palmar) SCREENING EASL (European Association for the Study of Liver): ੦ rastreio de rotina em pacientes com obesidade ou síndrome metabólica: Transaminases ou USG ੦ rastreio em qualquer indivíduo com transaminases alteradas ੦ investigação de doença avançada (NASH com fibrose) em pacientes com Idade > 50 anos, DM2, síndrome metabólica ASLD (American Association for the Study of Liver Disease): Não recomenda MÉTODOS DE IMAGEM US DE ABDÔMEN: ੦ método barato e amplamente disponível ੦ - S: 85% ; E: 94% ੦ fígado hiperecoico, brilhante ੦ bom para avaliar esteatose moderada/grave; ੦ sensibilidade muito baixa se esteatose <30% dos hepatócitos e em obesos grau 3 TC: ੦ TC simples : S = 33% E = 100% ੦ TC com contraste : S = 50% E = 83% ੦ diminuição da densidade do parênquima hepático ੦ acurácia diminui com o aumento do IMC RNM: ੦ método padrão-ouro ੦ S: 95%; E: 98% ੦ diagnostica esteatose leve ੦ diminuição da densidade do sinal do hepático QUADRO LABORATORIAL ੦ elevação discreta das aminotransferases hepáticas (2-5x o LSN) (20% dos pacientes) ੦ AST/ALT < 1 ੦ o nível de elevação das aminotransferases não prediz grau de inflamação hepática e fibrose ੦ níveis normais de ASL e ATL não excluem NAFLD ੦ FA e GGT podem estar ligeiramente aumentadas ੦ elevação de Ferritina: pode predizer grau de atividade de doença e risco de fibrose ੦ autoanticorpos (FAN, antimúsculo liso) podem estar presentes na NAFLD (até 21% dos pacientes) sem significar doença autoimune DÁ PARA DIFERENCIAR NAFLD DE NASH COM OS EXAMES DE SANGUE? imagem, laboratório e escores não conseguem diferenciar com segurança NAFLD X NASH diagnóstico definitivo é apenas por biópsia hepática fragmento de citoqueratina-18 vem sendo estuado para diagnóstico de NASH (S:66% E: 82%) : porém ainda sem validação AVALIAÇÃO DE FIBROSE Fator prognóstico mais importante na NAFLD e maior correlação com mortalidade e morbidade Avaliação Não-Invasiva: ੦ escores de fibrose (FiB-4/NAFLD fibrosis score, APRI, BARD): alto VPN para excluir fibrose avançada ੦ elastografia(por vibração transitória ou RNM) Avaliação Invasiva: ੦ biópsia hepática (na maioria das vezes, o diagnóstico pode ser feito presuntivamente pelos métodos de imagem, laboratório e história clínica) QUEM BIOPSIAR? Diagnóstico incerto de NAFLD/NASH Maior risco de evolução para fibrose: ੦ > 45 anos, obesos e diabéticos; Escores preditivos de fibrose ou métodos não invasivos sugestivos de fibrose avançada Ferritina sérica > 1,5xLSN Estigmas de hepatopatia crônica Esplenomegalia NON ALCOHOLIC FATTY LIVER DISEASE ACTIVITY SCORE (NAS) Escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS) CARACTERÍSTICA PONTOS CRITÉRIO Esteatose 0 < 5% 1 5 a 33% 2 33 a 66% 3 > 66% Inflamação lobular 0 Nenhuma 1 < 2 focos por campo 2 2-4 focos por campo 3 > 4 focos por campo Balonamento 0 Nenhum 1 Pouco 2 Muito 5-8 pontos: sugere fortemente o diagnóstico de NASH MAPA MENTAL MANEJO DA NAFLD Presença de fatores de risco metabólicos USG e enzimas hepáticas Esteatose presente Esteatose ausente Enzimas hepáticas normais Enzimas hepáticas alteradas Enzimas hepáticas normais Repetir em 3-5 anos Encaminhar ao hepatologista Diagnóstico diferencial Avaliar biópsia Marcadores de fibrose ou escore de fibrose Baixo risco Médio/alto risco Acompanhamento clínico ESCORES DE RISCO? Escores FIB4 ou “NAFLD fibrosis score” FIB-4 ≤ 1,3 FIB-4 1,3 – 3,25 FIB-4 > 3,25 NFS ≤ -1,455 NFS -1,455 – 0,675 NFS -> 0,675 Baixo risco de fibrose avançada Manejo clínico das comorbidades e perda de peso Encaminhar ao hepatologista Alto risco de fibrose avançada Risco intermediário Fazer Fibroscan®/ elastografia ≤ 7,8 kPa > 7,8 kPa TRATAMENTO - GERAL ੦ evitar consumo de álcool (<14 doses/sem para homens e <7 doses/sem para mulheres) ੦ vacinação para hepatites virais, pneumococo, influenza ੦ controle de HAS, DM, DLP ੦ mudança do estilo de vida: perda de peso, dieta, exercício físico TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO ATIVIDADE FÍSICA ੦ pouca evidência de que o exercício físico isolado, sem perda de peso, leve a melhora histológica ੦ não há consenso sobre o melhor tipo de exercício, duração e frequência em pacientes com NAFLD (mas é razoável seguir outras diretrizes – 150 min/sem) TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO DIETA ੦ a restrição calórica com perda de peso parece ser mais relevante no tratamento do que a quantidade de macronutrientes em diferentes dietas ੦ estudos sugerem que diminuição calórica de 30% da ingesta diária (aprox. 750-1000 kcal/dia) resultam em diminuição da resistência insulínica e da esteatose hepática ੦ aparente benefício da dieta do mediterrâneo (rica em gorduras monoinsaturadas) em comparação à dieta low-carb/high fat -> diminuição maior de esteatose hepática mesmo sem perda de peso (ver com cuidado dado as limitações do PREDIMED) ੦ 293 pacientes com NASH ੦ biópsia na semana 0 e após 52s de MEV ੦ orientação de Dieta: CHO 64%; proteína 14%, gordura 22% (<10% de gordura saturada) ੦ calorias da dieta estimadas pelo GEB ੦ orientação de exercício: 200 min./caminhada por semana ੦ desfecho primário: resolução de NASH histologicamente ੦ desfecho secundário: redução do NAS (score) Resolução da esteato-hepatite Melhora do NAS Não Sim Não Sim P e rd a d e p e so ( % ) P e rd a d e p e so ( % ) Resolução da esteatose Melhora da inflamação Não Sim Não Sim Conclusões: Reduções modestas (7%-10%) a intensas (>10%) do peso são necessárias para induzir melhora histológica em pacientes com sobrepeso/obesidade. Quanto maior a perda de peso, mais significativa é a melhora histológica. CONCLUSÕES Fibrose (45%) Resolução da NASH (64-90%) Balonamento/inflamação (41%-100%) Esteatose (35%-100%) Perda de peso ≥ 10% Perda de peso ≥ 7% Perda de peso ≥ 5% Esteatose ≥ 10% TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ੦ em quem indicar? ੦ pacientes com NASH progressiva ou fibrose hepática comprovadas por biópsia hepática ੦ pacientes com NASH em estágio inicial porém alto risco de progressão (>50 anos, diabetes, ALT aumentada, alta atividade necroinflamatória) TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Tem evidência de melhora de inflamação e redução de fibrose Perda de > 10% peso Cirurgia Bariátrica Tem evidência de melhora de inflamação mas não de fibrose Vitamina E Pioglitazona Liraglutida Semaglutida iSGLT2 Não têm evidência de ambos Metformina METFORMINA Embora muitos estudos mostrem diminuição das aminotransferases e da resistência insulínica, nenhum foi capaz de evidenciar melhora histológica da esteatose hepática Sendo assim, METFORMINA NÃO É RECOMENDADA COMO TRATAMENTO DE NAFLD. METFORMINA Esteatose Inflamação Balonização hepatocelular Fibrose VITAMINA E ੦ alguns estudos sugerem melhora da esteatose e da inflamação em pacientes com NASH comprovada por biópsia, fibrose estágio ≥2 e sem diabetes; sem melhora de fibrose. ੦ diminuição de aminotransferases em pacientes com NASH ੦ divergência de resultados entre diversos estudos, com metanálises evidenciando ausência de benefício histológico ੦ associação questionável com CA de próstata e AVCh PIOGLITAZONA ੦ melhora a resistência à insulina por ativação do PPAR-gama ੦ evidência de melhora de esteatose, inflamação e balonização hepática e diminuição de aminotrasferases em pacientes com ou sem DM2. ੦ efeitos adversos: ganho de peso, aumento do risco de fraturas LIRAGLUTIDA ESTUDO LEAN 52 pacientes com NASH 26: Liraglutida 1,8mg /dia 26: Placebo Biópsia hepática antes e após 48 semanas Incluiu DM2 – A1C < 9%, excluídos pacientes em uso de Vitamina E ou Pioglitazona Desfecho primário: resolução histológica de NASH sem piora de fibrose LIRAGLUTIDA ESTUDO LEAN Resultados: Resolução de NASH: 39% liraglutida X 9% placebo; RR 4.3 Progressão para fibrose: 36% placebo X 9% liraglutida; RR 0.2 Conclusões: ੦ Resolução do NASH – MULTIFATORIAL: perda de peso + controle glicêmico ੦ Resolução do NASH não parece ser somente devido a melhora metabólica - Efeito hepático direto?? INIBIDORES DE SGLT2 (ISGLT2) Dapagliflozina: diminuição de gordura visceral, esteatose hepática e parâmetros na elastografia em pacientes com NAFLD + DM2 Canagliflozina: diminuição dos níveis de ALT e AST e do escore FIB-4 em pacientes com DM2 + NAFLD Empagliflozina: diminuição de peso, ALT e esteatose hepática (vista por RNM) em DM2 + NAFLD Efeitos colaterais: infecção genitourinária, cetoacidose euglicêmica, desidratação UPDATE ੦ trial de fase 2: 320 pacientes com NASH com fibrose confirmada por biópsia ੦ redução de NASH 59 % semaglutida 0,4 mg/dia vs 17% placebo (p <0,001) ੦ não houve redução de fibrose SEMAGLUTIDA (NEJM NOVEMBRO) CIRURGIA BARIÁTRICA ੦ em pacientes sem resposta a MEV e terapia farmacológica, cirurgia bariátrica pode ser uma opção para redução de peso e complicações metabólicas ੦ potencial de melhora histológica (84% melhora de NASH e 34% melhora de fibrose) ੦ em pacientes com cirrose estabelecida, há aumento do risco perioperatório QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA A DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA? REFERÊNCIAS E CITAÇÕES ੦ DYSON, J. K., ANSTEE, Q. M., MCPHERSON, S. Non-alcoholic fatty liver disease: a practical approach to diagnosis and staging. Frontline gastroenterology, v. 5, n. 3, 2014 ੦ PAUL, S., DAVIS, A. M. Diagnosis and management of nonalcoholic fatty liver disease. Jama, v. 320, n. 23, 2018 ੦ MILIC, S., LULIC D., ŠTIMAC D. Non-alcoholic fatty liver disease and obesity: biochemical, metabolic and clinical presentations. World J Gastroenterol. v. 20, n.28, 2014 ੦ LEONI, S. et al. Current guidelines for the management of non-alcoholic fatty liver disease: A systematic review with comparative analysis. World journal of gastroenterology, v. 24, n. 30, 2018 ੦ EUROPEAN ASSOCIATION FOR THE STUDY OF THE LIVER et al. European Association for the Study of the Liver(EASL); European Association for the Study of Diabetes (EASD); European Association for the Study of Obesity (EASO) Clinic al Practice Guidelines for the management of non- alcoholic fatty liver disease. Obesity facts, v. 9, n. 2, 2016