Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Transtornos Alimentares
Perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.
Excludentes
Pica
Transtorno de ruminação
Transtorno alimentar restritivo/evitativo
Anorexia nervosa
Bulimia nervosa
Transtorno de compulsão alimentar
Alguns indivíduos com transtornos alimentares relatam sintomas semelhantes aos relatados por indivíduos com transtornos por uso de substâncias, como fissura e padrões de uso compulsivo. Possível envolvimento dos mesmos sistemas neurais (autocontrole regulatório e de recompensa)
3
 
“
Pica
Critérios Diagnósticos
A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, durante um período mínimo de um mês.
Não se aplica à ingestão de produtos alimentares com conteúdo nutricional mínimo. Nesse caso, gelo, apesar de parecer mais palatável, é incluído
B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao estágio de desenvolvimento do indivíduo.
Sugere-se uma idade mínima de 2 anos para o diagnóstico de pica, de modo a excluir a exploração de objetos com a boca que acabam por ser ingeridos, normal no desenvolvimento das crianças pequenas
Pica
Critérios Diagnósticos
C. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente aceita.
D. Se o comportamento alimentar ocorrer no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual transtorno do espectro autista, esquizofrenia) ou condição médica (incluindo gestação), é suficientemente grave a ponto de necessitar de atenção clínica adicional.
Especificar se: 
Em remissão: Depois de terem sido preenchidos os critérios para pica, esses critérios não foram mais preenchidos por um período de tempo sustentado
Busca de atendimento geralmente vem das pessoas próximas
Em algumas ocasiões, a pica chega à atenção clínica somente acompanhando complicações médicas gerais (p. ex., problemas intestinais mecânicos, obstrução intestinal, perfuração intestinal, infecções como toxoplasmose em decorrência da ingestão de fezes ou sujeira; intoxicação, como pela ingestão de tinta à base de chumbo)
Quando um indivíduo sabidamente tem pica, a avaliação deverá considerar a possibilidade de complicações gastrintestinais, intoxicação, infecção e deficiência nutricional
Diagnóstico Diferencial
ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, como lenços de papel
ANOREXIA
tentativa de controlar o apetite
Comorbidades mais comuns com transtorno do espectro autista e deficiência intelectual e, em um grau menor, esquizofrenia e transtorno obsessivo-compulsivo
Transtorno de Ruminação
307.53 (F98.21)
A. Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um mês. O alimento regurgitado pode ser remastigado, novamente deglutido ou cuspido.
O alimento previamente deglutido que já pode estar parcialmente digerido é trazido de volta à boca sem náusea aparente, ânsia de vômito ou repugnância.
A regurgitação no transtorno de ruminação deverá ser freqüente, ocorrendo pelo menos várias vezes por semana, em geral todos os dias
Transtorno de Ruminação
307.53 (F98.21)
B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou a outra condição médica (p. ex., refluxo gastroesofágico, estenose do piloro).
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar ou transtorno alimentar restritivo/evitativo.
Transtorno de Ruminação
307.53 (F98.21)
D. Se os sintomas ocorrerem no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual [transtorno do desenvolvimento intelectual] ou outro transtorno do neurodesenvolvimento), eles são suficientemente graves para justificar atenção clínica adicional.
Especificar se:
Em remissão: Depois de terem sido preenchidos os critérios para transtorno de ruminação, esses critérios não foram mais preenchidos por um período de tempo sustentado.
 Manifestação inicial: qualquer faixa etária, mas geralmente fica entre 3 e 12 meses.
Nos lactentes, bem como em indivíduos mais velhos com deficiência intelectual ou outros transtornos do neurodesenvolvimento, o comportamento de regurgitação e ruminação parece ter uma função calmante e estimulante semelhante à de outros comportamentos motores repetitivos, como balançar a cabeça ritmicamente.
Lactentes podem ficar irritados e famintos entre episódios de regurgitação. Podem ter desnutrição, apesar da aparente fome e ingestão de quantidades grandes de alimento, sobretudo em casos graves, quando a regurgitação segue imediatamente após a alimentação
Adolescentes e adultos talvez tentem disfarçar o comportamento de regurgitação cobrindo a boca com a mão ou tossindo. 
Eles podem ampliar esse comportamento evitando alimentar-se antes de situações sociais, como o trabalho ou a escola (p. ex., evitando o desjejum porque pode ser seguido por regurgitação), ou seja, restringem deliberadamente a ingestão de alimentos em virtude do aspecto socialmente indesejável da regurgitação. 
Os indivíduos podem descrever o comportamento como habitual ou fora de seu controle.
Condições gastrintestinais deverão ser excluídas por exames físicos e testes laboratoriais apropriados.
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo
307.59 (F50.8)
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo
307.59 (F50.8)
A. Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na alimentação ou em alimentos; esquiva baseada nas características sensoriais do alimento; preocupação acerca de conseqüências aversivas alimentares) manifestada por fracasso persistente em satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas apropriadas associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos:
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo
307.59 (F50.8)
1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de peso esperado ou atraso de crescimento em crianças).
2. Deficiência nutricional significativa.
3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais.
4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial.
Importante diferenciar de comportamentos normais para o desenvolvimento (p. ex., crianças pequenas exigentes para comer)
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo
307.59 (F50.8)
Critérios Diagnósticos
B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de alimento ou por uma prática culturalmente aceita.
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa, e não há evidência de perturbação na maneira como o peso ou a forma corporal é vivenciada.
D. A perturbação alimentar não é atribuível a uma condição médica concomitante. Quando a perturbação alimentar ocorre no contexto de uma outra condição ou transtorno, sua gravidade excede a habitualmente associada à condição ou ao transtorno e justifica atenção clínica adicional
O transtorno alimentar restritivo/evitativo substitui e amplia o diagnóstico do DSM-IV de transtorno da alimentação da primeira infância.
Crianças com transtorno podem ser irritadiças e difíceis de consolar durante a amamentação ou parecer apáticas e retraídas. 
A interação parental com o filho pode contribuir para o problema de alimentação do bebê (p. ex., apresentando o alimento de maneira inapropriada ou interpretando o comportamento do bebê como um ato de agressão ou rejeição).
 A ingesta nutricional inadequada pode exacerbar as características associadas (p. ex., irritabilidade, atrasos no desenvolvimento) e contribuir ainda mais para dificuldades de alimentação.
Em alguns indivíduos, a evitação ou restrição podem se basear em características de qualidade do alimento, como sensibilidade extrema a aparência, cor, odor, textura, temperatura ou paladar. Pode se manifestar comorecusa em comer determinadas marcas de alimentos ou intolerância ao cheiro do alimento que está sendo consumido por outros. Indivíduos com sensibilidades sensoriais mais pronunciadas associadas ao autismo podem exibir comportamentos semelhantes.
Também podem representar uma resposta negativa condicionada associada à ingestão alimentar seguindo, ou antecipando, uma experiência aversiva, como engasgo/sufocamento; uma investigação traumática, geralmente envolvendo o trato gastrintestinal (p. ex., esofagoscopia); ou vômitos repetidos. 
A evitação e a restrição alimentar associadas a ingestão insuficiente ou falta de interesse em alimentar-se e evitação baseada em características sensoriais dos alimentos desenvolvem-se mais comumente na fase de lactente ou na primeira infância e podem persistir na idade adulta. 
A evitação relacionada a conseqüências aversivas pode surgir em qualquer idade.
Existe pouca evidência associando diretamente o transtorno alimentar restritivo/evitativo e a manifestação subsequente de um transtorno alimentar.
Diagnóstico Diferencial
Anorexia
Não tem medo de ganhar peso ou alterações da percepção
Difícil distinguir em Crianças e adolescentes que negam o medo de engordar ou com baixo insight- diagnóstico “anorexia nervosa sem fobia de peso”
Pode preceder anorexia
Comorbidades
Fobia específica Outro Especificado 
(Medo de situações que possam levar a asfixia ou vômitos)
Outras condições médicas (p. ex., doença gastrintestinal, alergias e intolerâncias alimentares, quimioterapia, Transtorno do espectro autista) - (foco primário de intervenção). 
Compulsão, Anorexia e Bulemia
Transtorno de Compulsão Alimentar
307.51 (F50.8)
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:
1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes.
Transtorno de Compulsão Alimentar
Critérios Diagnósticos
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo).
(...) pode haver uma qualidade dissociativa durante, ou em seguida a, episódios de compulsão alimentar.
(...) episódios de compulsão alimentar não são predominantemente caracterizados por um sentimento agudo de perda de controle, e sim por um padrão mais generalizado de ingestão descontrolada.
 Se relatarem que desistiram de tentar controlar a ingestão, a perda de controle deverá ser considerada presente. A compulsão alimentar também pode ser planejada, em alguns casos.
Transtorno de Compulsão Alimentar
Critérios Diagnósticos
B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos:
 Comer mais rapidamente do que o normal.
 Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
 Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.
 Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.
Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.
C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar.
Transtorno de Compulsão Alimentar
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três meses.
E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de comportamento compensatório inapropriado como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia nervosa.
Especificar se:
Em remissão parcial:, a hiperfagia ocorre a uma frequência média inferior a um episódio por semana por um período de tempo sustentado.
Em remissão completa: nenhum dos critérios é mais satisfeito por um período de tempo sustentado.
Transtorno de Compulsão Alimentar
Especificar a gravidade atual:
O nível mínimo de gravidade baseia-se na frequência de episódios de compulsão alimentar. O nível de gravidade pode ser ampliado de maneira a refletir outros sintomas e o grau de incapacidade funcional.
Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana.
Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana.
Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana.
Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana.
O transtorno de compulsão alimentar ocorre em indivíduos de peso normal ou com sobrepeso e obesos. No entanto, a maioria dos indivíduos obesos não se envolve em compulsão alimentar recorrente. Além disso, comparados a indivíduos obesos de peso equivalente sem transtorno de compulsão alimentar, aqueles com o transtorno consomem mais calorias em estudos laboratoriais do comportamento alimentar e têm mais prejuízo funcional, qualidade de vida inferior, mais sofrimento subjetivo e maior comorbidade psiquiátrica.
A ingestão fora de controle ou a compulsão alimentar episódica podem representar uma fase prodrômica dos transtornos alimentares para alguns indivíduos.
1,6 e 0,8%, respectivamente (bem menos assimétrica do que na bulimia. Também é tão prevalente entre mulheres de minorias raciais e étnicas quanto em mulheres brancas.
A prática de fazer dieta segue o desenvolvimento de compulsão alimentar em muitos indivíduos com o transtorno (em contraste com a bulimia nervosa, na qual o hábito disfuncional de fazer dieta geralmente precede o início da compulsão alimentar)
As taxas de remissão (estudos do curso natural e de tratamento) são maiores para o transtorno de compulsão alimentar do que para bulimia ou anorexia. A compulsão alimentar parece ser relativamente persistente, e seu curso é comparável ao da bulimia em termos de gravidade e duração. A mudança diagnóstica de transtorno de compulsão alimentar para outros transtornos alimentares é incomum.
29
Bulimia Nervosa
Bulimia Nervosa
307.51 (F50.2)
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes.
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo).
Bulimia Nervosa
307.51 (F50.2)
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso.
O exercício pode ser considerado excessivo quando interfere de maneira significativa em atividades importantes, quando ocorre em horas inapropriadas ou em contextos inapropriados ou quando o indivíduo continua a se exercitar a despeito de uma lesão ou outras complicações médicas.
Bulimia Nervosa
307.51 (F50.2)
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses.
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais.
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.
Bulimia Nervosa
307.51 (F50.2)
Especificar a gravidade atual:
O nível mínimo de gravidade baseia-se na frequência dos comportamentos compensatórios inapropriados. 
Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana.
Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana.
Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana.
Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios inapropriados por semana.
Existem três aspectos essenciais na Bulímia NervosaCompulsão Alimentar
Critério A
Compensação
Critério B
Autoavaliação Peso/Forma
Critério D
Em geral sentem vergonha de seus problemas alimentares e tentam esconder os sintomas. A compulsão alimentar normalmente ocorre em segredo ou da maneira mais discreta possível.
O antecedente mais comum da compulsão alimentar é o afeto negativo. Outros gatilhos incluem fatores de estresse interpessoais; restrições dietéticas; sentimentos negativos relacionados ao peso corporal, à forma do corpo; e tédio.
Estão geralmente dentro da faixa normal de peso ou com sobrepeso. Ocorre, mas é incomum, entre indivíduos obesos. Entre os episódios de compulsão alimentar, indivíduos com bulimia nervosa costumam restringir seu consumo calórico total e optam, de preferência, por alimentos hipocalóricos ("dietéticos"), ao mesmo tempo que evitam alimentos que percebem como engordantes ou com potencial para desencadear compulsão alimentar.
O risco de suicídio é alto na bulimia nervosa. A avaliação completa de indivíduos com esse transtorno deverá incluir determinação de ideação e comportamentos suicidas, bem como outros fatores de risco para suicídio, incluindo história de tentativas de suicídio.
A perturbação do comportamento alimentar persiste por no mínimo muitos anos em uma porcentagem elevada de amostras clínicas. O curso pode ser crônico ou intermitente, com períodos de remissão alternando com recorrências de compulsão alimentar. Entretanto, durante o seguimento, os sintomas de muitos indivíduos parecem diminuir com ou sem tratamento, embora o tratamento nitidamente tenha impacto na evolução.
10:1
Diagnóstico diferencial
Transtorno da personalidade borderline
O comportamento de compulsão alimentar está incluso no critério de comportamento impulsivo que faz parte do transtorno da personalidade borderline. Se os critérios para transtorno da personalidade borderline e bulimia nervosa forem satisfeitos, então ambos os diagnósticos devem ser dados.
A prevalência ao longo da vida de uso de substâncias, particularmente álcool ou estimulantes, é de pelo menos 30% entre indivíduos com bulimia nervosa. O uso de estimulantes começa com frequência como uma tentativa de controlar o apetite e o peso. Uma porcentagem substancial de indivíduos com bulimia nervosa também apresenta aspectos da personalidade que satisfazem os critérios de um ou mais transtornos da personalidade, com mais frequência transtorno da personalidade borderline.
Anorexia Nervosa
Critérios Diagnósticos
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado.
pode haver insucesso em obter o ganho de peso esperado ou em manter uma trajetória de desenvolvimento normal (i.e., enquanto cresce em altura) em vez de perda de peso.
Anorexia Nervosa
Critérios Diagnósticos
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo.
Esse sentimento não é aliviado pela perda de peso
Indivíduos mais jovens com anorexia nervosa, bem como alguns adultos, podem não reconhecer ou perceber medo de ganhar peso
Anorexia Nervosa
Critérios Diagnósticos
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual.
Algumas pessoas sentem-se completamente acima do peso. Outras percebem que estão magras, mas ainda assim se preocupam com determinadas partes do corpo, em particular que o abdome, os glúteos e o quadril estão "gordos demais".
Podem empregar uma variedade de técnicas para avaliar o tamanho ou o peso de seus corpos.
A estima de indivíduos com anorexia nervosa é altamente dependente de suas percepções da forma e do peso corporal. A perda de peso é, com frequência, vista como uma conquista marcante e um sinal de autodisciplina extraordinária, enquanto o ganho ponderai é percebido como falha de autocontrole inaceitável.
Embora alguns indivíduos com esse transtorno talvez reconheçam que estão magros, frequentemente não assumem as graves implicações médicas de seu estado de desnutrição.
Anorexia Nervosa
Critérios Diagnósticos
F50.01) Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar ou comportamento purgativo (vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo.
(F50.02) Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa (vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas).
Anorexia Nervosa
Critérios Diagnósticos
A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa do tipo compulsão alimentar purgativa se envolvem em comportamentos periódicos de hiperfagia também purga por meio de vômitos autoinduzidos ou faz uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas.
 Alguns indivíduos com esse subtipo de anorexia nervosa não apresentam episódios de hiperfagia, mas purgam regularmente depois do consumo de pequenas quantidades de alimento.
A alternância entre os subtipos ao longo do curso do transtorno não é incomum; portanto, a descrição do subtipo deverá ser usada para indicar os sintomas atuais, e não o curso longitudinal.
Anorexia Nervosa
Critérios Diagnósticos
Especificar a gravidade atual:
O nível mínimo de gravidade baseia-se, em adultos, no índice de massa corporal (IMC) atual ou, para crianças e adolescentes, no percentil do IMC (valores OMS). O nível de gravidade também pode ser aumentado de maneira a refletir sintomas clínicos, o grau de incapacidade funcional e a necessidade de supervisão.
Leve: IMC < 17 kg/m2
Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2
Grave: IMC 15-15,99 kg/m2
Extrema: IMC <15 kg/m2
Começa geralmente durante a adolescência ou na idade adulta jovem. Raramente se inicia antes da puberdade ou depois dos 40 anos. O início costuma estar associado a um evento de vida estressante. O curso e o desfecho são altamente variáveis. 
Pouco se sabe a respeito da prevalência entre indivíduos do sexo masculino, populações clínicas 10:1.
Indivíduos mais jovens podem manifestar aspectos atípicos, incluindo a negação do "medo de gordura". Indivíduos mais velhos tendem a ter duração mais prolongada da doença, e sua apresentação clínica pode incluir mais sinais e sintomas.
Geralmente, o indivíduo é levado à atenção profissional por familiares depois de perda de peso marcante (ou insucesso em obter o ganho de peso esperado) ter ocorrido. 
Se buscam ajuda por si mesmos, costuma ser devido à angústia causada por seqüelas somáticas e psicológicas da inanição. 
É raro uma pessoa com anorexia nervosa queixar-se da perda de peso por si só. 
Na verdade, indivíduos com anorexia nervosa com frequência carecem de insight ou negam o problema. É importante obter informações de outras fontes para avaliar a história da perda de peso e outros aspectos da doença.
Quando gravemente abaixo do peso, indivíduos com anorexia nervosa apresentam sinais e sintomas depressivos, como humor deprimido, isolamento social, irritabilidade, insônia e diminuição da libido.
Outros aspectos por vezes associados à anorexia nervosa incluem angústia de alimentar-se publicamente, sentimentos de fracasso, forte desejo por controlar o próprio ambiente, pensamentos inflexíveis, espontaneidade social limitada e expressão emocional excessivamente contida.
Muitos indivíduos apresentam um períodode mudança no comportamento alimentar antes de preencherem todos os critérios para o transtorno. Alguns se recuperam inteiramente depois de um único episódio, alguns exibem um padrão flutuante de ganho de peso seguido por recaída, e outros experienciam um curso crônico ao longo de muitos anos.
A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa sofre remissão dentro de cinco anos depois da manifestação inicial do transtorno
Anormalidades laboratoriais podem ser observadas na anorexia nervosa. Sua presença pode servir para aumentar a confiabilidade diagnóstica.
Perturbações fisiológicas, incluindo amenorreia e anormalidades nos sinais vitais, são comuns. Grande dessas perturbações associadas à desnutrição é reversível com reabilitação nutricional, algumas, incluindo a perda de densidade óssea mineral, com frequência não são completamente reversíveis.
O risco de suicídio é elevado na anorexia nervosa. A avaliação deve considerar esse aspecto.
Bulemia
Quando o comportamento alimentar compulsivo ocorre apenas durante episódios de anorexia nervosa o diagnóstico de anorexia nervosa tipo compulsão alimentar purgativa é dado e não deve haver diagnóstico adicional de bulimia nervosa. Para aqueles com diagnóstico inicial de anorexia nervosa com compulsão alimentar purgativa, mas cuja apresentação não satisfaz mais os critérios plenos para anorexia nervosa tipo compulsão alimentar purgativa (p. ex., quando o peso é normal), um diagnóstico de bulimia nervosa só deverá ser dado quando todos os critérios tiverem sido preenchidos por no mínimo três meses.
Diagnóstico diferencial
A mudança diagnóstica de bulimia nervosa inicial para anorexia nervosa ocorre em uma minoria dos casos (10 a 15%). 
Indivíduos que evoluem para anorexia nervosa comumente reverterão para bulimia nervosa ou terão múltiplas ocorrências de alternâncias entre esses dois transtornos. Um subgrupo de indivíduos com bulimia nervosa continua a manifestar compulsão alimentar, porém não se engaja mais em comportamentos compensatórios indevidos, e, portanto, seus sintomas satisfazem os critérios de transtorno de compulsão alimentar ou outro transtorno alimentar especificado. 
O diagnóstico sempre deverá se basear na apresentação clínica atual (i.e., últimos três meses).
Diagnóstico diferencial
Características obsessivo-compulsivas, relacionadas ou não à alimentação, são com frequência proeminentes. A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa é centrada na preocupação com os alimentos. Alguns colecionam receitas e estocam comida.
Comparados a indivíduos com anorexia nervosa do tipo restritiva, os que têm anorexia nervosa do tipo compulsão alimentar purgativa apresentam taxas maiores de impulsividade e tendem a abusar mais de álcool e outras drogas.
Um subgrupo de indivíduos com anorexia exibe níveis excessivos de atividade física. Aumentos na atividade física com frequência precedem a manifestação inicial do transtorno, e, durante o curso da doença, a atividade física mais intensa acelera a perda de peso. Durante o tratamento, talvez seja difícil controlar o excesso de atividade física, prejudicando, assim, a recuperação do peso.
Diagnóstico diferencial
http://www.div12.org/psychological-treatments/disorders/eating-disorders-and-obesity/
image1.jpeg
image2.jpeg
image3.jpeg
image4.jpeg
image5.jpeg
image6.jpeg
image7.jpeg
image8.gif
image9.gif
image10.jpeg
image11.png
image12.jpeg
image13.png
image14.jpeg
image15.jpeg
image16.jpeg
image17.jpeg
image18.png
image19.jpg
image20.png
image21.png
image22.png
image23.png
image24.gif
image25.jpeg

Mais conteúdos dessa disciplina