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Aula 08
Direito Tributário p/ Receita Federal
(Analista Tributário) 2021 - Pré-Edital
Autor:
Fábio Dutra
Aula 08
1 de Março de 2021
85667350483 - Rafael Barbosa Lima
 
 
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AULA: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Sumário 
OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA ............................................................................................................................ 3 
1 - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA................................................................................................................... 4 
2 – RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO ...................................................................................................... 8 
2.1 – Substituição tributária regressiva .......................................................................................................... 8 
2.2 – Substituição tributária progressiva ........................................................................................................ 9 
3 – RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA ................................................................................................. 13 
3.1 – Transferência por Solidariedade .......................................................................................................... 13 
3.2 – Transferência por Sucessão ................................................................................................................. 14 
3.2.1– Sucessão na transmissão de bens imóveis ..................................................................................... 16 
3.2.2 – Sucessão na transmissão de bens móveis ..................................................................................... 18 
3.2.3 – Sucessão na transmissão causa mortis ......................................................................................... 19 
3.2.4 – Sucessão Empresarial .................................................................................................................... 21 
3.2.5 – Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento profissional .......... 24 
3.3 – Responsabilidade de Terceiros ............................................................................................................ 31 
3.3.1 – Responsabilidade de terceiros com atuação regular .................................................................... 31 
3.3.2 – Responsabilidade de terceiros com atuação irregular .................................................................. 34 
4 - RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES .......................................................................................................... 39 
4.1 – A responsabilidade pessoal do agente ................................................................................................. 40 
4.2 – Denúncia Espontânea .......................................................................................................................... 41 
4.2.1 - Aplicabilidade da Denúncia Espontânea aos Tributos Lançados por Homologação, por Declaração 
e de Ofício ................................................................................................................................................. 42 
4.3 – Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário .............................................................................. 43 
5 – QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS .......................................................................................... 47 
Responsabilidade Tributária ......................................................................................................................... 47 
Responsabilidade por Substituição ............................................................................................................... 48 
Responsabilidade por Transferência ............................................................................................................. 50 
Responsabilidade de Terceiros ..................................................................................................................... 62 
Responsabilidade por Infrações .................................................................................................................... 68 
6 – LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES ................................................................................................. 75 
Responsabilidade Tributária ......................................................................................................................... 75 
Responsabilidade por Substituição ............................................................................................................... 75 
Responsabilidade por Transferência ............................................................................................................. 76 
Responsabilidade de Terceiros ..................................................................................................................... 83 
Responsabilidade por Infrações .................................................................................................................... 87 
7 - GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES .......................................................................................... 92 
8 – RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES .......................................................................................... 93 
Responsabilidade Tributária ......................................................................................................................... 93 
Responsabilidade por Substituição ............................................................................................................... 94 
Responsabilidade por Transferência ............................................................................................................. 94 
Sucessão na Transmissão de Bens Imóveis ............................................................................................... 94 
Sucessão na Transmissão de Bens Móveis ................................................................................................ 94 
Sucessão na Transmissão Causa Mortis .................................................................................................... 94 
Sucessão Empresarial ............................................................................................................................... 95 
Fábio Dutra
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Responsabilidade de Terceiros ..................................................................................................................... 96 
Responsabilidade por Infrações .................................................................................................................... 97 
 
 
Fábio Dutra
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OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA 
Olá, pessoal! Vamos continuar nosso curso de Direito Tributário? 
Vocês já ouviram falar sobre responsabilidade tributária? Ao final da aula de hoje, estarão aptos a responder 
questões de prova de altíssimo nível sobre este tema! Abordaremos os arts. 128 a 138 do Código Tributário 
Nacional. 
 
 
"Todos os seus sonhos podem se tornar realidade se você tem coragem para persegui-los." 
Walt Disney 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fábio Dutra
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1 - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Retomando o que foi visto na aula anterior, acerca dos elementos subjetivos da relação jurídico-tributária, 
vimos que o sujeito passivo pode ser contribuinteou responsável, correto? 
É contribuinte, nos dizeres do art. 121 do CTN, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador. Por outro lado, é responsável, quando esteja obrigado por lei a pagar 
o tributo, mas não seja contribuinte, isto é, não possua uma relação pessoal e direta com o evento que fez 
acontecer o fato gerador. 
Costuma-se dizer que a responsabilidade do contribuinte pelo cumprimento da obrigação tributária é 
originária, pois decorre do próprio fato gerador. Já a responsabilidade do responsável é derivada, pois 
decorre da lei. 
A responsabilidade tributária, colega, é uma forma do Fisco otimizar a atividade de fiscalização e 
arrecadação tributária. Relembre o exemplo citado na aula anterior sobre o IR. O que seria mais fácil: 
fiscalizar o recolhimento do IR de todos os contribuintes pessoas físicas ou das empresas? Levando em 
consideração que as empresas podem contratar milhares de empregados, certamente o controle destas será 
mais efetivo. 
Nessa esteira, por não fazer acontecer o fato gerador, deve-se haver uma lei que preveja tal 
responsabilidade, afinal de contas, repita-se, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada, senão em 
virtude de lei (CF/88, art. 5º, II). Por consequência, as convenções particulares não podem modificar a 
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias (CTN, art. 123). 
Observação: Nunca se esqueça de que para ser contribuinte também se faz necessário 
haver previsão legal. Vamos reforçar: quando uma lei institui um tributo, deve haver 
previsão de fato gerador, base de cálculo, alíquotas e contribuintes. Caso contrário, não 
há elemento subjetivo na relação jurídico-tributária. 
Um detalhe, que não pode ser confundido pelo candidato, é a diferença entre sujeito passivo indireto com 
sujeito passivo de tributo indireto. 
O sujeito passivo indireto, como já estudamos, é o responsável pelo adimplemento da obrigação tributária. 
Já o sujeito passivo dos tributos indiretos pode ser tanto o contribuinte como o responsável, se houver. O 
contribuinte, neste caso, a quem nos referimos é o de direito, já que nesses tributos também há a figura do 
contribuinte de fato, o qual, como já foi estudado, não integra a relação jurídico-tributária. É o caso da pessoa 
que compra uma TV sobre a qual incide ICMS. Neste caso, o cliente acaba pagando pelo valor do imposto 
que está embutido no preço da mercadoria, mas não é ele quem irá recolher o imposto ao Fisco. 
 
 
 
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Nos tributos diretos, há identidade entre os contribuintes de direito e de fato. 
Nos tributos indiretos, o contribuinte de direito não é contribuinte de fato. 
O CTN, ao iniciar a abordagem do tema “Responsabilidade Tributária”, estabeleceu o seguinte: 
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a 
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da 
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a 
este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
Observação: Não se esqueça de que o crédito tributário, como será visto em outra aula, é 
a obrigação tributária exigível, com o lançamento. 
Há que se destacar também que a pessoa eleita pela lei como responsável pelo pagamento do tributo deve 
possuir uma vinculação, ainda que mínima, com o fato gerador da respectiva obrigação, conforme se 
destaca no artigo supracitado. 
O dispositivo ainda evidencia a possibilidade de o responsável ser o único obrigado ao cumprimento da 
obrigação, hipótese em que haverá exclusão da responsabilidade do contribuinte. 
Também, há possibilidade de o contribuinte ser colocado na posição subsidiária (supletiva), ou seja, caso 
o responsável não realize o pagamento da obrigação, chama-se o contribuinte para arcar com o ônus. 
De modo semelhante, também há permissão no CTN (art. 134) para que o responsável seja colocado na 
condição de subsidiário. Dessa forma, a obrigação deve ser cumprida pelo contribuinte, que, não o fazendo, 
torna-se exigível do responsável legal. 
Nesses dois últimos casos, fica evidente o benefício de ordem, isto é, cobra-se primeiro de uma pessoa, 
sendo a outra acionada apenas no caso de impossibilidade de recebimento da primeira. 
Mas tome muito cuidado, pois a responsabilidade tributária nem sempre comporta benefício de ordem. É o 
caso da responsabilidade solidária, prevista nos arts. 124 e 125 do Código Tributário Nacional. Na 
solidariedade não há devedor principal, isto é, não há benefício de ordem, podendo o Fisco exigir a dívida 
integralmente de um ou de outro. 
Resumindo, veja que o responsável surge na obrigação tributária de quatro modos distintos: 
• O responsável fica obrigado a pagar, excluindo qualquer responsabilidade do contribuinte (o 
contribuinte é excluído da relação jurídica); 
• O responsável é obrigado a cumprir a obrigação. Caso não cumpra, exige-se do contribuinte (o 
contribuinte é subsidiário); 
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• O contribuinte é obrigado a cumprir a obrigação. Caso não cumpra, exige-se do responsável (o 
responsável é subsidiário). 
• O(s) contribuinte(s) ou o(s) responsável(eis) podem ser exigidos conjunta ou isoladamente sem 
benefício de ordem. 
Além da questão da intensidade em relação ao cumprimento da obrigação tributária, outro aspecto 
importante é saber em que momento o responsável assunto o dever de pagar, antes ou depois do fato 
gerador. 
Quando o vínculo jurídico do responsável surge antes, ou mesmo no momento da ocorrência do fato gerador, 
diz-se que a modalidade de responsabilidade é por substituição. Por outro lado, se o responsável entra em 
cena em momento posterior à ocorrência do fato gerador, trata-se da responsabilidade por transferência. 
A doutrina ainda divide a responsabilidade por transferência em responsabilidade por solidariedade, por 
sucessão e de terceiros. 
Vamos ver cada uma dessas modalidades (transferência e substituição) separadamente. De antemão, vamos 
esquematizar da forma como o assunto tem sido cobrado em provas: 
 
 
R
e
sp
o
n
sa
b
ili
d
ad
e
 T
ri
b
u
tá
ri
a Por Substituição
Progressiva/
Regressiva
Resp. Terceiros c/ atuação 
irregular
Resp. por Infrações
Por Transferência
Resp. por Sucessão
Resp. por Solidariedade
Resp. Terceiros c/ atuação 
regular
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Observação: Recomendo que, após a leitura da aula por completo, você retorne a esse 
esquema e veja se o teu raciocínio está correto. Caso reste alguma dúvida, estamos no 
fórum para elucidá-la. 
 
 
(Pref. São Luis-Auditor de Controle Interno/2015) O Código Tributário Nacional criou um conjunto extenso 
de regras atinentes à responsabilidade tributária. De acordo com as regras do CTN, 
a) a atribuição de responsabilidade a terceira pessoa não impede a atribuição de responsabilidade em caráter 
supletivo ao contribuinte. 
b) a atribuição de responsabilidade a terceira pessoa exclui, em definitivo, a responsabilidade do 
contribuinte. 
c) o terceiro, a quem a responsabilidade pelo crédito tributário for atribuída, não pode ser pessoa vinculada 
ao fato gerador da respectiva obrigação. 
d) somente lei complementar federal pode atribuir, de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito 
tributário a terceira pessoa. 
e) a atribuição de responsabilidade a terceira pessoa pode ser feita de modo implícito, vedada essa 
possibilidade quandose tratar de responsabilidade por infrações. 
Comentário: 
Alternativa A: O art. 128, do CTN, estabeleceu a possibilidade de se atribuir a responsabilidade do 
contribuinte em caráter supletivo. Logo, a alternativa está correta. 
Alternativa B: Conforme já comentado, o art. 128, do CTN, estabeleceu a possibilidade de se atribuir a 
responsabilidade do contribuinte em caráter supletivo. Alternativa errada. 
Alternativa C: O art. 128, do CTN, esclarece que o terceiro responsável deve ser uma pessoa vinculada ao 
fato gerador da respectiva obrigação. Alternativa errada. 
Alternativa D: Não há necessidade de lei complementar federal para se estabelecer responsabilidade a 
terceira pessoa, bastando que seja uma lei do ente tributante. Alternativa errada. 
Alternativa E: A atribuição de responsabilidade deve sempre ocorrer de forma explícita, conforme prescreve 
o art. 128, do CTN. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra A 
(PGE-SP-Procurador do Estado/2012) Em se tratando de responsabilidade tributária, pessoa que não tenha 
praticado o fato gerador não pode ser sujeito passivo da relação tributária. 
Comentário: Sabemos que aquele que pratica o fato gerador é o contribuinte, mas também pode ser sujeito 
passivo da relação tributária a pessoa que não tenha praticado o fato gerador, caso a lei assim o determine, 
situação em que será considerado responsável tributário. 
Gabarito: Errada 
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(TCE-AL-Auditor/2008) ‘Contribuinte’ é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitui 
fato gerador. 
Comentário: Conforme previsto no art. 121, par. único, I, do CTN, contribuinte é o sujeito passivo da 
obrigação principal que possua relação pessoal e direta com o fato gerador. 
Gabarito: Correta 
(SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009) A respeito da sujeição passiva da obrigação tributária principal, é 
possível afirmar que o contribuinte é sujeito passivo indireto e o responsável tributário é sujeito passivo 
direto. 
Comentário: Na verdade, é exatamente o contrário: sujeito passivo direto é o contribuinte, e sujeito passivo 
indireto é o responsável. 
Gabarito: Errada 
 
 
2 – RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO 
Essa modalidade de responsabilidade tributária também é denominada responsabilidade originária, título 
que não vem por acaso, já que o responsável fica obrigado no momento da ocorrência do fato gerador ou 
até mesmo antes dele. 
Veja um exemplo, mais do que repetido no nosso curso: imposto de renda das pessoas físicas. Quando a lei 
atribui a responsabilidade das fontes pagadoras em reter o valor do imposto para posterior recolhimento, 
esta obrigação surge no momento da ocorrência do fato gerador, de forma que o contribuinte (aquele que 
auferiu os rendimentos) fica substituído. 
Observação: À pessoa que substitui o contribuinte, dá-se o nome de responsável por 
substituição, contribuinte substituto, substituto tributário, ou, o mais comum, 
simplesmente responsável. 
Há que se ressaltar dois casos em que ocorre responsabilidade por substituição: substituição tributária 
regressiva (para trás) e substituição tributária progressiva (para frente). 
2.1 – Substituição tributária regressiva 
A sistemática da substituição tributária regressiva consiste na substituição das pessoas que estão nas etapas 
anteriores da cadeia de produção ou circulação de mercadorias. 
Observação: A substituição tributária regressiva também é denominada “para trás” e 
antecedente. 
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Se quem está “atrás” é substituído, o que ocorre, na verdade, é o diferimento do pagamento dos tributos 
devidos. 
A princípio, parece confuso entender que na substituição regressiva ocorre diferimento do pagamento. Mas, 
veja que é bastante simples de entender: se a pessoa que faz acontecer o fato gerador é substituída por 
outra que se situa em momento posterior na cadeia de produção, há, por conseguinte, recolhimento a 
posteriori. 
Vamos exemplificar! 
Imagine que um grande frigorífico brasileiro tenha como fonte de insumos (carne bovina) diversos e 
pequenos criadores espalhados pelo Brasil afora. Como os criadores não possuem escritório, nem qualquer 
outro aparato fiscal ou contábil, ou seja, tudo é feito lá no meio do “mato”, a lei pode estipular que o 
adquirente dessas mercadorias (frigorífico) venha se tornar responsável por substituição. 
Novamente, o raciocínio é o de que o Fisco deve buscar o modo que otimize a sua atividade de fiscalização 
e arrecadação tributária. Como você já deve imaginar, é muito mais simples fiscalizar o escritório de uma 
grande empresa, do que ir no meio da “roça”, fiscalizar pequenos contribuintes. 
 
DICA DE PROVA: Para facilitar a memorização, guarde que, na substituição “para trás”, 
quem fica para trás (no elo anterior da cadeia) é substituído. Simples, não? Como 
consequência lógica, paga o tributo quem vem depois, ou seja, o recolhimento é posterior. 
2.2 – Substituição tributária progressiva 
Na substituição tributária progressiva, ocorre exatamente o oposto do que acabamos de ver. Ou seja, as 
pessoas que estão nas etapas posteriores são substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia de 
produção e circulação de mercadorias. 
Observação: A substituição tributária progressiva também é denominada “para frente” e 
consequente. 
Assim, se quem está “na frente” é substituído, a decorrência lógica é haver a antecipação do pagamento 
dos tributos. O raciocínio é exatamente o contrário do que vimos no tópico anterior, ao tratar da substituição 
tributária regressiva. 
Vamos imaginar o caso da incidência do ICMS sobre as operações de venda de veículos novos. Quando o 
veículo é produzido na indústria e vendido às concessionárias, ocorre o fato gerador do ICMS. 
Posteriormente, quando você compra o seu carro “zero” na concessionária, uma nova incidência do ICMS 
ocorre. 
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Contudo, a concessionária (etapa posterior) pode ser substituída pela indústria automobilística (etapa 
anterior), ocorrendo antecipação do pagamento do ICMS, e surgimento da substituição tributária 
progressiva. 
A sistemática ocorre com base na presunção da base de cálculo e do fato gerador que ainda irão ocorrer. 
Ou seja, o valor pelo qual a mercadoria será revendida pela concessionária é presumido em momento 
anterior, com base no regime de valor agregado, estabelecido pelo art. 8º da Lei Kandir (LC 87/96). 
 
Na substituição tributária progressiva, o substituto surge antes mesmo da ocorrência do 
fato gerador. 
 
Por mais que se argumente que a sistemática agrida o princípio da tipicidade, por exemplo, por se cobrar 
algo sem que tenha havido a subsunção do fato à norma tributária, é de se ressaltar que há previsão 
constitucional para tal situação, conforme verificamos a seguir: 
Art. 150 - (...): 
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer 
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso 
não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
Observação: Lembre-se de que nós estudamos em outra aula que, em se tratando de ICMS, 
cabe à lei complementar dispor sobre substituição tributária. A Lei Kandir (LC 87/96) 
cumpriu com esse papel. 
Lembre-se também de que apenas a substituição progressiva foi prevista na CF/88. 
Ademais, o entendimento do STF (RE 213.396) e do STJ (REsp 89.630)é no sentido da constitucionalidade 
da substituição tributária progressiva. Aliás, esta Corte decidiu que: o pagamento antecipado não se 
confunde com o recolhimento do tributo. 
 
 
 
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Na substituição tributária progressiva, não há recolhimento antes da ocorrência do fato 
gerador, mas apenas antecipação do pagamento realizada por responsável definido em 
lei. Embora pareça confuso, o assunto já caiu em provas! 
Note também que o § 7º, do art. 150, da CF/88, restringiu a sistemática da substituição tributária 
progressiva apenas aos impostos e contribuições. A restrição faz total sentido, tendo em vista que não seria 
possível estendê-la aos tributos vinculados (taxas e contribuições de melhoria), a fim de ser feita a cobrança 
antes da prestação da atividade estatal. 
Cabe ainda destacar que o legislador constituinte assegurou a imediata e preferencial restituição do valor 
que foi pago ao Fisco, caso não se realize o fato gerador presumido. Em nosso exemplo, a restituição 
ocorreria se o veículo ficasse “encalhado” no pátio da concessionária, devendo este bem ser devolvido ao 
industrial. 
“Professor, e se a base de cálculo real for diferente (maior ou menor) da presumida? Nesse caso, deve-se 
restituir o que foi pago a maior ou realizar pagamento complementar?” Atualmente, sim!!! Vamos ver o 
porquê! 
Anteriormente, o STF (ADI 1.851/AL) entendia que o fato gerador presumido não seria provisório, mas, sim, 
definitivo. Portanto, o fato de a base de cálculo presumida ser diversa da base de cálculo definitiva não 
ensejaria restituição ou complementação do imposto pago pelo sujeito passivo, salvo quando não se realizar 
o fato gerador presumido, como já comentado acima. 
Ocorre que, em outubro de 2016, ao julgar o Recurso Extraordinário 593.849, com repercussão geral 
reconhecida, o STF fixou a seguinte tese (grifamos): “É devida a restituição da diferença do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago a mais no regime de substituição tributária para a frente 
se a base de cálculo efetiva da operação for inferior à presumida”. 
No voto proferido pelo relator Ministro Edson Fachin, foi dito que “a tributação não pode transformar uma 
ficção jurídica em uma verdade absoluta, tal como ocorreria se o fato gerador presumido tivesse caráter 
definitivo, logo, alheia à realidade extraída da realidade do processo econômico”. 
Ao fim do julgamento, o plenário modulou os efeitos da referida decisão, restringindo-os apenas às ações 
judiciais que estejam pendentes e aos casos futuros. Trata-se de uma forma de permitir o realinhamento 
das administrações tributárias à alteração jurisprudencial da Suprema Corte. 
Na mesma linha julgou o STF o RE 596832, em junho de 2020, em um caso que envolvia também a 
substituição tributária progressiva, mas desta vez referente à contribuição ao PIS/Pasep e à Cofins, tendo a 
Suprema Corte fixado a seguinte tese: “é devida a restituição da diferença das contribuições para o 
Programa de Integração Social – PIS e para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins recolhidas a 
mais, no regime de substituição tributária, se a base de cálculo efetiva das operações for inferior à 
presumida”. 
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Se o fato gerador presumido não ocorrer, é assegurada a devolução do que foi pago. 
Caso ocorra o fato gerador, e a base de cálculo seja efetiva seja inferior à presumida, 
haverá restituição da diferença! 
 
DICA DE PROVA: Para facilitar a memorização, guarde que, na substituição “para frente”, 
quem fica para frente (no elo posterior da cadeia) é substituído. Simples, não? Como 
consequência lógica, paga o tributo quem vem antes, ou seja, o pagamento é anterior. 
 
 
(PGE-MA-Procurador do Estado/2016) Quando a lei atribui a qualidade de responsável tributário sobre fato 
gerador que ainda não ocorreu, mas que deva ocorrer posteriormente, estar-se-á diante de 
a) retroatividade da lei tributária, permitida expressamente por lei. 
b) sucessão tributária, vedada expressamente pela CF/88. 
c) ultratividade da lei tributária, permitida expressamente por lei. 
d) substituição tributária para frente, permitida expressamente pela CF/88. (E) substituição tributária para 
trás, vedada expressamente pela CF/88. 
Comentário: A lei que atribui a terceira pessoa a qualidade de responsável tributário por tributo cujo fato 
gerador ainda não tenha ocorrido cria um caso de substituição tributária progressiva (ou para frente), 
permitida expressamente no art. 150, § 7º, para os impostos e contribuições. 
Gabarito: Letra D 
(TCE-SP-Auditor/2013) Ao prever a lei de determinado tributo que será atribuído ao sujeito passivo da 
obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto, cujo fato gerador deva ocorrer 
posteriormente, estar-se-á diante de 
a) fato gerador pendente. 
b) fato gerador futuro. 
c) substituição tributária para frente. 
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d) substituição tributária para trás. 
e) lançamento a certo período de tempo. 
Comentário: A questão trata do instituto da substituição tributária para frente, prevista no art. 150, §7º da 
CF/88. Alternativa C correta. 
Gabarito: Letra C 
 
 
3 – RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA 
Diferentemente do que ocorre na responsabilidade por substituição, neste caso o responsável tributário 
somente passa a ser devedor da obrigação tributária após a ocorrência do fato gerador. 
Pode-se dizer, portanto, que, ocorrido o fato gerador, tem-se o contribuinte como devedor da obrigação 
tributária. No entanto, diante da ocorrência de certos fatos, o responsável pode assumir a obrigação no lugar 
do contribuinte. 
Como foi visto, a doutrina divide a responsabilidade por transferência em responsabilidade “por 
solidariedade”, “por sucessão” e “de terceiros”. Vamos estudar, a partir de agora, cada um deles! 
Por questão de organização da nossa aula, os três tipos de responsabilidade por transferência serão 
classificados em tópicos autônomos, mas não deixam de pertencer a esse assunto. 
 
3.1 – Transferência por Solidariedade 
A transferência da responsabilidade do pagamento dos tributos, ocorrida por meio da solidariedade, foi 
tratada no art. 124 do CTN. 
Em relação ao art. 124, I, vimos que ficam solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum 
na situação que constitua o fato gerador da obrigação. 
Não se nega que o vínculo entre as pessoas que tenham o citado interesse comum e o fato gerador da 
obrigação é tão forte que elas são, na verdade, contribuintes. Vamos relembrar o nosso exemplo: 
Carlos, José e Bruno são proprietários de um imóvel urbano, localizado no Município de São Paulo. Carlos 
detém 5% do imóvel, José, 70% e Bruno, 25%. Vamos supor, ainda, que o valor do IPTU no ano de 2013 foi 
de R$ 1.000,00. 
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Naquele momento, vimos que o Fisco pode exigir a dívida integralmente de qualquer um dos devedores 
solidários, correto? Portanto, imagino que José, possuindo 70% da propriedade, seja compelido a pagar o 
valor total, isto é, R$ 1.000,00. Certamente, ele pagou uma parte (R$ 300,00) que não lhe cabia. 
Nesse caso, dizemos que José pagou como contribuinte R$ 700,00, e como responsável R$ 300,00. 
 
O contribuinte solidário que paga a dívida integralmente, paga a sua parte como 
contribuintee, a dos demais codevedores, como responsável. 
 
Ademais, cumpre destacar que o art. 124, II, permite que a lei nomeie como devedores solidários pessoas 
que não tenham relação pessoa e direta com o fato gerador, hipótese em que teríamos mais uma figura de 
responsabilidade por via do instituto da solidariedade. 
Observação: Não se esqueça de que a solidariedade foi tratada, pelo CTN, fora do capítulo 
referente à “responsabilidade tributária”. 
3.2 – Transferência por Sucessão 
O CTN inicia a abordagem da responsabilidade por sucessão, ou, nas palavras exatas do texto legal, 
responsabilidade dos sucessores, prevendo o seguinte dispositivo: 
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários 
definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, 
e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações 
tributárias surgidas até a referida data. 
Nós vimos que a responsabilidade por transferência se dá com a ocorrência de um ato ou fato, posterior à 
ocorrência do fato gerador, que transfere a obrigação do contribuinte para o responsável. Ok? 
O que o art. 129 quis dizer, ainda que por uma redação mais confusa, é que o sucessor assume todas as 
obrigações tributárias surgidas até a data do ato ou fato que demarcou a sucessão. Estamos falando, 
portanto, de datas de ocorrência dos fatos geradores. 
Desse modo, se um fato gerador ocorrer anteriormente à data do ato que gerou a sucessão tributária 
(falecimento de uma pessoa, por exemplo), o tributo correspondente a esse fato será transferido ao 
sucessor, mesmo que o crédito tributário seja regularmente constituído em momento posterior à data da 
sucessão. 
Para não restarem dúvidas, vejamos a linha do tempo abaixo: 
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Veja que, em relação aos fatos geradores anteriores à sucessão, o sucessor será responsável e, quanto aos 
fatos geradores surgidos após a sucessão, este figurará como contribuinte. Afinal, é bastante óbvio: após a 
sucessão, o sucessor terá relação pessoal e direta com o fato gerador da obrigação tributária, o que o torna 
contribuinte, nos termos do art. 121, par. único, I, do CTN. 
Observação: Em relação às obrigações tributárias surgidas após a data do evento que 
demarcou a sucessão, o responsável (sucessor) é, na verdade, contribuinte. Guarde isso! 
 
O que vai definir as obrigações que ficam sujeitas às regras da responsabilidade por 
sucessão é a data da ocorrência do fato gerador. 
(Não despreze, contudo, a literalidade do art. 129!) 
 
Acrescente-se, também, que a responsabilidade por sucessão é caracterizada pelo desaparecimento do 
devedor original (contribuinte). 
De acordo com o ilustre Eduardo Sabbag (2013): 
“Esse desaparecimento por ser, por exemplo, por morte do primeiro devedor, recaindo o ônus sobre os herdeiros, ou por 
venda do imóvel ou estabelecimento, incidindo o importe tribtário sobre o comprador.” (SABBAG, Eduardo. Manual de 
Direito Tributário. 2013. Pág. 727) 
Podemos dividir os assuntos a serem estudados sobre a responsabilidade por sucessão da seguinte maneira: 
1. Sucessão na transmissão de bens imóveis (CTN, art. 130); 
2. Sucessão na transmissão de bens móveis (CTN, art. 131, I); 
3. Sucessão na transmissão causa mortis (CTN, art. 131, II e III); 
4. Sucessão empresarial (CTN, art. 132 e 133). 
Responsável 
FG Anteriores 
Data da Sucessão 
FG Posteriores 
Contribuinte 
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3.2.1– Sucessão na transmissão de bens imóveis 
A sucessão na transmissão de bens imóveis tem como responsável o adquirente de tais bens. Esta pessoa 
assume a responsabilidade pelo pagamento dos impostos, taxas e contribuições de melhoria relativas ao 
imóvel objeto da transmissão. 
Vamos ver o que diz o art. 130 do CTN: 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, 
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação 
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa 
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o 
respectivo preço. 
Antes de interpretar o dispositivo citado, devemos entender a diferença entre os impactos da sub-rogação 
real e sub-rogação pessoal no Direito Tributário: 
Sub-rogação real → O imóvel responde pela dívida tributária. Logo, a responsabilidade é 
limitada ao valor do bem. 
Sub-rogação pessoal → O adquirente assume a responsabilidade sobre os tributos, 
respondendo por todo o crédito tributário relativo ao imóvel, mesmo que ultrapasse o 
valor deste. 
Vamos lá, então! 
Quando uma pessoa adquire um imóvel, assume a responsabilidade pelos tributos incidentes sobre o bem. 
Nesse caso, ocorre a sub-rogação pessoal, ficando o responsável (adquirente) com a obrigação de quitar os 
tributos, ainda que o montante seja superior ao valor do imóvel adquirido. Essa é a regra! 
Quanto a este ponto, é relevante salientarmos que o STJ (Recurso Repetitivo Tema n° 122) já firmou 
entendimento segundo o qual, na compra de um imóvel, tanto o promitente comprador (possuidor a 
qualquer título) do imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade 
registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. Veja que neste 
caso, mesmo não tendo sido efetivada a transferência da propriedade no registro de imóveis, já se admite a 
responsabilização do promitente comprador. 
 Contudo, devemos destacar que existem duas exceções previstas no citado artigo do CTN. São elas: 
• Quando constar do título de transferência de propriedade (escritura) a prova da quitação dos tributos 
(CTN, art. 130, caput); 
• Quando o imóvel for adquirido em hasta pública - leilão – (CTN, art. 130, par. único). 
Portanto, se no momento do registro da transferência do imóvel for apresentada a prova de quitação dos 
tributos, o adquirente recebe o bem livre de qualquer ônus tributário. 
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Observação: A comprovação da quitação dos tributos é feita pela emissão da Certidão 
Negativa de Débitos (CND) ou simplesmente certidão negativa. 
A que ônus eu estou me referindo se já foram apresentados os comprovantes de quitação dos tributos? Ora, 
entre o momento da ocorrência do fato gerador e o lançamento do tributo (procedimento com a finalidade 
de torná-lo exigível), há um prazo determinado no CTN, denominado decadência. Se este prazo não existisse, 
os fiscais nunca iriam poder lançar os tributos que não foram declarados espontaneamente pelos 
contribuintes. 
Tudo isso será detalhadamente estudado nas próximas aulas. Não se preocupe. 
 
Por hora, grave apenas que o prazo decadencial é de 5 anos. 
 
Diante do exposto, no momento em que se comprova o pagamento dos tributos, pode haver outros a serem 
posteriormente descobertos e lançados pelo fisco. Nesse caso, o adquirente não assume tal 
responsabilidade, ou seja, serão cobrados do antigo proprietário. 
Existe uma situação interessante, digna de nota, por já ter sido objeto de decisão do Superior Tribunal de 
Justiça, que diz respeito à discussão se há, ou não, sucessão tributária quando há desapropriação de imóvel 
pertencente à empresa privada pela União Federal, visto que os débitos, objetos de cobrança em execução 
fiscal promovida por fazenda municipal, têm como fundamentofatos geradores ocorridos em momento 
pretérito à ocorrência da imissão na posse, relativos ao Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e Taxa de 
Limpeza Pública de Coleta de Resíduos Sólidos: 
DESAPROPRIAÇÃO. AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA DE PROPRIEDADE. EXIGIBILIDADE DE TRIBUTOS 
ANTERIORES AO ATO DESAPROPRIATÓRIO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO ENTE 
EXPROPRIANTE. 
O ente desapropriante não responde por tributos incidentes sobre o imóvel desapropriado nas 
hipóteses em que o período de ocorrência dos fatos geradores é anterior ao ato de aquisição 
originária da propriedade. 
 
(STJ, REsp 1.668.058-ES, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Julgamento em 08/06/2017) 
Nesta ocasião, o STJ, citando a doutrina, ressaltou que a desapropriação constitui “forma originária de 
aquisição de propriedade porque não provém de nenhum título anterior, e, por isso, o bem expropriado 
torna-se insuscetível de reivindicação e libera-se de quaisquer ônus que sobre ele incidissem 
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precedentemente, ficando os eventuais credores sub-rogados no preço". Logo, não há ligação entre o 
sucedido (antigo proprietário) e sucessor (ente expropriante). 
Por último, porém não menos importante, em relação ao imóvel adquirido em hasta pública, que é o leilão 
de bens penhorados, realizado pelo Poder Público, o CTN afirma que a sub-rogação ocorre sobre o respectivo 
preço. O que isso significa? 
Significa que o arrematante dos bens imóveis em hasta pública adquire tais bens livres de qualquer gravame 
tributário, já que se trata de sub-rogação real. Ou seja, os débitos tributários existentes sobre o imóvel são 
quitados pelo próprio valor da arrematação. Logo, se o valor dos tributos devidos superar o valor do imóvel, 
o Fisco não pode exigir a diferença do arrematante nem do alienante (antigo proprietário), pois a sub-
rogação é real. 
 
Grave isso: hasta pública → bens imóveis. 
As bancas tentam confundir o candidato, citando bens móveis. 
 
3.2.2 – Sucessão na transmissão de bens móveis 
A norma que rege a responsabilidade do sucessor na transmissão de bens móveis é o art. 131, I, do CTN, cuja 
redação é a seguinte: 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; 
Embora não o legislador não tenha mencionado expressamente que se trata de bens móveis, essa é a 
interpretação da maioria dos autores, tendo em vista que a responsabilidade dos bens imóveis já foi tratada 
no art. 130. 
Essa espécie de responsabilidade em muito se assemelha à dos bens imóveis, com a distinção de que, neste 
caso, não há exceções que eximem o adquirente dos bens móveis. Se houve a transmissão dos bens, há 
sucessão tributária, sem exceções. 
No que se refere aos responsáveis, a norma assevera que são eles o adquirente ou o remitente. Quando ao 
adquirente, não há observações a serem feitas. É a pessoa que compra o bem móvel de outra. 
No que concerne ao remitente, embora não deixe de ser um adquirente, é bom que conheçamos, ainda que 
superficialmente, a origem do termo. Remitente é aquele que realiza a remição, que pode ser traduzida no 
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resgate e aquisição de bens que foram penhorados ou objeto de leilão judicial, pelo cônjuge, ascendente 
ou descendente da pessoa executada. Tais pessoas (remitentes) possuíam preferência sobre o arrematante. 
Destaque-se que, atualmente, o instituto foi revogado. Contudo, para nossa prova, você pode responder 
normalmente: o remitente é pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens (móveis) remidos. 
Observação: Não confunda remição com remissão. Esta é um benefício fiscal, já citado em 
outra aula, mas que só será detalhadamente estudado na aula em que tratarmos das 
hipóteses de extinção do crédito tributário. 
3.2.3 – Sucessão na transmissão causa mortis 
A responsabilidade com base na transmissão causa mortis foi prevista no art. 131, II e III, do CTN, nos 
seguintes termos: 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
(...) 
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus 
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do 
quinhão do legado ou da meação; 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. 
Observação: Confira abaixo um mini-dicionário para que você possa entender o assunto com 
tranquilidade: 
De cujus: pessoa falecida 
Espólio: conjunto de bens, direitos, dívidas e responsabilidades do falecido 
Abertura da sucessão: momento capaz de gerar os efeitos da sucessão (morte) 
Quinhão: parcela do patrimônio deixado pelo de cujus 
Legado: patrimônio deixado pelo de cujus, por meio de testamento. 
Meação: é a metade do patrimônio do casal que pertence a cada cônjuge 
Nesse tipo de transmissão, a lógica é que, da mesma forma que os bens do de cujus são transferidos para 
seus herdeiros, as dívidas tributárias também o são. 
Assim, quando em vida, a pessoa é sujeito passivo, na condição de contribuinte, de vários tributos. Após a 
sua morte, alguém deve se responsabilizar por isso. 
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Portanto, os sucessores devem arcar com as dívidas, na condição de responsáveis. Afinal, não foram eles que 
praticaram o fato gerador (não houve relação pessoal e direta com o fato gerador), havendo, tão somente, 
a transferência da responsabilidade. 
Ocorre que, logo após a morte, há o procedimento de inventário, e até que seja feita a partilha aos herdeiros, 
o ente que fica responsável pelas dívidas do de cujus é o espólio, assim considerado o conjunto coisas e 
direitos que compunham o patrimônio do falecido. 
Dessa forma, o CTN estabeleceu que o espólio, embora não seja pessoa, fica pessoalmente responsável 
pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão (morte). Por outro lado, em relação 
aos fatos geradores ocorridos após a abertura da sucessão e antes da sentença da partilha, o espólio é 
considerado contribuinte. 
No que concerne aos sucessores, são pessoalmente responsáveis por todos os fatos geradores ocorridos 
antes da sentença de partilha, inclusive o que ocorreram antes da abertura da sucessão, caso o espólio não 
os tenha quitado. De maneira análoga, em relação aos fatos geradores ocorridos após a partilha, os 
sucessores são contribuintes, possuindo relação pessoa e direta com o fato gerador. 
Em síntese, o que você precisa saber é que há três marcos temporais para definirmos o contribuinte e o 
responsável perante a administração tributária: antes da morte (abertura da sucessão), entre esta e a 
partilha ou e após a partilha. 
Antes da abertura da sucessão → fatos geradores ocorridos até esse momento possuem 
como contribuinte o de cujus e como responsáveis o espólio ou os sucessores. 
Entre a abertura da sucessão e a partilha → fatos geradores ocorridos dentro desse 
período possuem como contribuinte o espólio e como responsáveis os sucessores. 
Após a partilha ou adjudicação → fatos geradores após essa data possuem como 
contribuintes os sucessores. 
 
Os sucessores (inclusive o cônjuge meeiro) somente são responsáveis até o limite do 
valor que lhes foi repassado. Observe que a responsabilidade vai sendo transferida para 
os demais envolvidos na relação jurídica. 
 
 
 
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Por fim, deve ser ressaltado que a responsabilidade na sucessão causa mortis engloba não só o valor dos 
tributos devidos, mas inclui as multas moratórias, que são aquelas impostas pelo não pagamento do tributo 
na data de vencimento. Esse é o entendimento do STJ: 
TRIBUTÁRIO. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 2º, § 8º, DA LEI 6.830, DE 1980, 
E DO ART. 131, III, DO CTN. 
(...) 3. A multa moratória é imposição decorrente do não pagamento do tributo na época do 
vencimento. 
4. Na expressão créditos tributários estão incluídas as multas moratórias. 
5. O espólio, quando chamado como sucessor tributário, é responsável pelo tributo declarado 
pelo "de cujus" e não pago no vencimento, incluindo-se o valor da multa moratória.(...)" 
(STJ, REsp 295.222/SP, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, Julgamento em 12/06/2001) 
 
3.2.4 – Sucessão Empresarial 
O CTN estabelece que a sucessão empresarial gera, nos termos do art. 132 do CTN, responsabilidade 
tributária às empresas resultantes das operações societárias. Vejamos a íntegra desse dispositivo: 
De Cujus
•É contribuinte pelos FGs antes da morte. 
•A resposabilidade é transferida ao espólio.
Espólio
•É responsável pelos FGs antes da abertura da sucessão;
•É contribuinte pelos FGs após a abertura da sucessão; 
Sucessores
•É responsável pelos FGs antes da partilha;
•É contribuinte pelos FGs após a partilha; 
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Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou 
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do 
ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
A sucessão empresarial consiste em operações societárias entre empresas, que são denominadas fusão, 
incorporação, transformação ou cisão. Vamos entender cada uma das operações: 
Fusão → Operação em que duas empresas se unem para formar uma só. As empresas 
fusionadas deixam de existir, surgindo uma nova, que será a sucessora. 
Incorporação → Operação em que uma (ou mais do que uma) sociedade é absorvida por 
outra. A empresa incorporada deixa de existir. 
Transformação → Operação em que a sociedade muda de forma (de Ltda. Para S.A., por 
exemplo). 
Cisão → A cisão pode ser total ou parcial. Na cisão total, uma empresa transfere todo o seu 
patrimônio para outra, deixando de existir. Na cisão parcial, a empresa transfere parcela 
do seu patrimônio para uma (ou mais de uma) empresa, continuando a existir. 
Cabe observar que o CTN não cita expressamente a “cisão”, pois a operação só foi regulada 10 anos após a 
publicação do CTN, conforme consta na Lei das S.A. (Lei 6.404/76): 
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio 
para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a 
companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu 
capital, se parcial a versão. 
Apesar disso, a doutrina e a jurisprudência têm aceitado a aplicação da regra da responsabilidade tributária 
na sucessão empresarial aos casos de cisão, como o trecho da ementa do acórdão abaixo transcrito: 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CISÃO DE EMPRESA. 
HIPÓTESE DE SUCESSÃO, NÃO PREVISTA NO ART. 132 DO CTN. REDIRECIONAMENTO A SÓCIO-
GERENTE. INDÍCIOS SUFICIENTES DE FRAUDE. 
(...) 2. Embora não conste expressamente do rol do art. 132 do CTN, a cisão da sociedade é 
modalidade de mutação empresarial sujeita, para efeito de responsabilidade tributária, ao 
mesmo tratamento jurídico conferido às demais espécies de sucessão (REsp 970.585/RS, 1ª 
Turma, Min. José Delgado, DJe de 07/04/2008). 
(STJ, REsp 852.972/PR, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Julgamento em 
25/05/2010) 
Dando continuidade ao nosso estudo, o marco temporal para se definir se a empresa sucessora será 
contribuinte ou responsável é a data do ato que gerou a operação societária. 
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As operações societárias não se confundem com operações comerciais. Logo, não ocorre 
fato gerador do ICMS. 
 
A responsabilidade por sucessão também é extensiva aos casos de extinção das pessoas jurídicas de direito 
privado, conforme preceitua o par. único do art. 132, do CTN: 
Art. 132 – (...): 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas 
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada 
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou 
sob firma individual. 
Veja que, para a responsabilidade tributária ficar caracterizada, é necessário que a atividade seja continuada 
por qualquer sócio remanescente ou seu espólio, podendo a atividade ser explorada sob a mesma ou outra 
razão social, ou sob firma individual. 
Observação: 
1) Firma individual, em termos atuais, significa “empresário individual”. 
2) O sócio que continuar a respectiva atividade pode ser responsabilizado, ainda que 
exerça a atividade sem regular constituição, já que o art. 126, III, do CTN, impõe a 
capacidade passiva, independentemente de a pessoa jurídica estar regularmente 
constituída. 
No que se refere à abrangência do crédito transferido na responsabilidade por sucessão empresarial, deve 
ficar claro que, neste caso, abrange tanto as multas moratórias como as punitivas. Vejamos o 
posicionamento do STJ a respeito do tema: 
"(...) A responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos devidos pelo sucedido, 
as multas moratórias ou punitivas, que, por representarem dívida de valor, acompanham o 
passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até a 
data da sucessão. (...)" 
(STJ, REsp 923.012, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, Julgamento em 09/06/2010) 
 
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Tal posicionamento encontra-se, hoje, cristalizado na Súmula 554: 
Súmula STJ 554 - Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange 
não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas 
referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão. 
3.2.5 – Responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou 
estabelecimento profissional 
Além da responsabilidade na sucessão empresarial, o legislador do CTN disciplinou também a 
responsabilidade tributária na alienação de fundo de comércio e estabelecimentos profissionais, conforme 
se vê abaixo: 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por 
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou 
sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro 
de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo 
de comércio, indústria ou profissão. 
Antes de partirmos para análise do art. 133, vamos entender o que vem a ser “fundo de comércio” e 
“estabelecimento comercial”. 
Fundo de comércio é caracterizado pelo conjunto de bens tanto materiais (máquinas, móveis, computadores 
etc.) como imateriais (marca, ponto comercial etc.), utilizadospara cumprir com a atividade empresarial. O 
fundo de comércio pode ser composto por um ou mais estabelecimentos. 
Portanto, os estabelecimentos são considerados parcelas do fundo de comércio, já que este pode conter 
vários estabelecimentos. 
Nesse contexto, repare que o CTN responsabiliza tanto o adquirente de todo o fundo de comércio, como o 
que adquire apenas um estabelecimento comercial. 
Assim, o adquirente que continua a respectiva exploração da atividade comercial, ainda que sob a mesma 
ou outra razão social ou sob firma individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido. 
 
 
 
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Daí, podemos tirar duas conclusões: 
• O adquirente deve continuar a exploração da respectiva atividade comercial. Dessa forma, se compra 
um estabelecimento onde há a exploração de uma farmácia, e decide abrir um lava-jato, não há que se 
falar em responsabilidade do adquirente. 
• Havendo o prosseguimento na exploração da respectiva atividade, o adquirente somente responde 
pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido. Nesse sentido, seria responsável pelo 
ICMS ou IPI, por exemplo, mas não sobre o Imposto de Renda devido pela pessoa jurídica alienante. 
Vamos esquematizar para deixar tudo mais simples: 
 
 
 
É importante destacar que o STJ (REsp 108.873/SP) já decidiu que, se uma empresa aluga 
um imóvel que já foi anteriormente locado a outra pessoa jurídica devedora, não há que 
se falar em responsabilidade tributária. 
 
 
Adquirente de Fundo de Comércio ou Estabelecimento
Se continuar a exploração
Torna-se Responsável
Subsidiariamente
Se o alienante continuar atividade comercial; ou
Iniciar nova atividade dentro dos próximos 6 meses.
Integralmente
Se o alienante cessar exploração comercial
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Entendido tudo até aqui, correto? Então, vamos prosseguir no assunto, explicando a intensidade da 
responsabilidade assumida pelo adquirente, que pode ocorrer de duas maneiras. Vamos lá! 
Imagine, a título de exemplo, que um japonês, inconformado com o elevado índice de inadimplência na sua 
loja de roupas, decide vendê-la a outra pessoa, com a finalidade de regressar ao seu país de sua origem. 
Outro exemplo seria o de um italiano, que possui duas pizzarias. Decepcionado com o baixo volume de 
vendas de uma das pizzarias, decide aliená-la e continuar com a exploração da outra, que já se encontra 
estruturada. 
A primeira hipótese ocorre quando o alienante, após realizar a venda do fundo de comércio ou do 
estabelecimento, cessa completamente a exploração do comércio, indústria ou atividade. Perceba que, para 
o fisco, fica difícil localizar o japonês, para cobrar-lhe os tributos porventura devidos. Por esse motivo, se o 
alienante cessa a exploração comercial ou industrial, o adquirente responde integralmente pelos tributos 
(art. 133, I). 
A segunda hipótese refere-se ao caso de o alienante prosseguir na exploração da atividade comercial ou 
industrial, ou iniciar, dentro dos próximos seis meses, contados da data da alienação, nova atividade, no 
mesmo ou até mesmo em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
Como o alienante pode ser encontrado com maior facilidade, o adquirente somente responderá pelos 
tributos devidos se a Fazenda não lograr êxito na cobrança do alienante. Ou seja, a responsabilidade é 
subsidiária do adquirente. 
 
Percebe-se que há benefício de ordem, ou seja, o adquirente só irá cumprir com a 
obrigação, caso o alienante não possa fazê-lo. 
 
Um detalhe a ser notado é que, para o adquirente se responsabilizar pelo fundo de comércio ou 
estabelecimento adquirido, deve continuar a exploração da respectiva atividade. Por outro lado, a 
responsabilidade do alienante continua, ainda que venha a iniciar atividade distinta dentro dos próximos 
seis meses. 
Observação: O que foi dito sobre a transferência da responsabilidade das multas 
moratórias e punitivas também se aplica na aquisição de fundo de comércio ou 
estabelecimento. 
Impende destacar que o advento da LC 118/2005 trouxe importantes alterações no art. 133 do CTN, 
acrescentando 3 parágrafos a ele. Como tais alterações envolvem o processo de recuperação judicial e de 
falência, é muito importante que você entenda a relação desses conceitos com o assunto que estamos 
estudando. 
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Na sistemática da recuperação judicial (antiga concordata), o objetivo é fazer com que a empresa supere a 
crise econômico-financeira pela qual está passando. Para que isso ocorra, pode ser necessário alienar um 
dos estabelecimentos da empresa. 
Da mesma forma que na recuperação judicial, em que está presente o princípio da preservação da empresa, 
na falência pode haver alienação dos estabelecimentos. 
Em ambos os casos, o alienante está repleto de dívidas tributárias. Aplicando-se a regra da responsabilidade 
por sucessão, o adquirente seria responsável por tais dívidas. 
A LC 118/05 alterou justamente esse ponto, ou seja, criou uma hipótese de exclusão da responsabilidade 
do adquirente dos fundos de comércio e dos estabelecimentos. 
Art. 133 – (...): 
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: 
I – em processo de falência; 
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. 
A princípio, poderíamos pensar que foi aberta a possibilidade de os sócios da sociedade falida, ou em 
recuperação judicial, utilizarem terceiros para adquirir os estabelecimentos livres do ônus tributário. 
Contudo, de modo a prevenir que tal exceção seja utilizada com fins fraudulentos, o legislador estabeleceu 
no § 2º o seguinte: 
Art. 133 – (...): 
§ 2o Não se aplica o disposto no § 1º (que estabelece a exclusão da responsabilidade) 
deste artigo quando o adquirente for: 
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo 
devedor falido ou em recuperação judicial; 
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do 
devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou 
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o 
objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
 
 
 
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O objetivo de tais restrições é evitar fraude contra o benefício estabelecido no CTN. 
 
Por último, a LC 118/05 acrescentou o § 3º ao art. 133, asseverando que o dinheiro arrecadado com a 
alienação de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá à disposição do juízo de falência pelo 
prazo de 1 ano, só podendo ser utilizado para pagar dívidas contraídas ao longo da falência (créditos 
extraconcursais), ou para pagar créditos que, na falência, possuem privilégio em relação ao crédito 
tributário. 
Não se preocupe, amigo(a) concurseiro(a) com tais conceitos, pois tudo isso será muito bem detalhado em 
momento oportuno. Não vamos complicar nosso curso sem necessidade. Tudo deve fluir naturalmente! 
 
(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) A sociedade empresária que tenha sócio remanescente de sociedade extinta 
e que explore a mesma atividade não responde pelos débitos tributários desta. 
Comentário: O art. 132, par. único, do CTN, prevê que há responsabilidade em caso de extinção de pessoas 
jurídicas de direitoprivado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio 
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. 
Gabarito: Errada 
(MPE-CE-Promotor de Justiça/2020) João arrematou um imóvel em hasta pública, tendo descoberto 
posteriormente que havia dívidas de IPTU relativas ao imóvel, constituídas antes da data da arrematação e 
que não haviam sido informadas no leilão. Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Tributário 
Nacional (CTN), a sub-rogação do crédito tributário ocorrerá sobre 
a) o patrimônio do arrematante, o qual passa a ser pessoalmente responsável pela dívida. 
b) o patrimônio do proprietário anterior, o qual deverá responder sozinho pela dívida tributária. 
c) o preço pago pelo arrematante, não devendo ser gerado qualquer gravame no imóvel. 
d) o imóvel, sobre o qual incidirá o gravame, até o limite do seu valor. 
e) o patrimônio tanto do proprietário anterior quanto do arrematante, sendo hipótese de responsabilidade 
solidária. 
Comentário: O art. 130, par. único, do CTN, prevê que, no caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço. Isso significa que o arrematante não responde pela dívida tributária 
anterior à arrematação, como é o caso de João. Por isso, a alternativa correta é a Letra C. 
Gabarito: Letra C 
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(SEFAZ-SC-Auditor Fiscal/2018) Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), no que tange à 
responsabilidade tributária, a pessoa de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, 
estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração 
a) não responde pelos tributos devidos pelo alienante ou pelo estabelecimento alienado até a data da 
compra, se o alienante continuar exercendo a atividade econômica no mesmo ramo ou for declarado falido. 
b) não responde pelos tributos devidos até a data da compra, se a alienação for judicial, no âmbito de 
processo de falência, exceto se for sócio da sociedade falida, sociedade controlada pelo devedor falido, 
parente em linha reta ou colateral até o 4º grau do devedor falido ou de seus sócios, ou agente do falido. 
c) não responde pelos tributos devidos após a compra do estabelecimento adquirido, por até 3 anos, se o 
alienante estava falido ou em recuperação judicial. 
d) responde integralmente pelos tributos devidos até 12 meses da data da aquisição, se o alienante, por 
qualquer motivo, cessar a atividade econômica ou, estando em recuperação judicial, falir. 
e) responde subsidiariamente pelos tributos devidos até a data da compra, se o alienante, por qualquer 
motivo, cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. 
Comentário: A responsabilidade tributária nos casos de aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, industrial ou profissional foi disciplinada no art. 133, do CTN, estabelecendo-se que, caso o 
adquirente continue a exploração da respectiva atividade sujeita-se à responsabilidade integral, se o 
alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. 
A responsabilidade, por outro lado, é subsidiária com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar 
dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de 
comércio, indústria ou profissão. 
Fica, ainda, isento da responsabilidade, o adquirente nos casos de alienação judicial em processo de falência 
ou de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial, exceto se for sócio da 
sociedade falida, sociedade controlada pelo devedor falido, parente em linha reta ou colateral até o 4º grau 
do devedor falido ou de seus sócios, ou agente do falido. Desse modo, só nos resta a alternativa B como 
resposta. 
Gabarito: Letra B 
(CLDF-Consultor Legislativo/2018) A condição de responsável tributário é uma das formas de sujeição 
passiva em relação à obrigação tributária principal. O Código Tributário Nacional contempla várias regras 
atinentes à responsabilidade. Relativamente à responsabilidade dos sucessores, prevista no CTN, o 
a) cônjuge meeiro, que não se qualifique como herdeiro, é pessoalmente responsável, por sucessão, pelos 
tributos devidos pelo de cujus, até a data da partilha, limitada esta responsabilidade ao montante da meação. 
b) adquirente, que compra um bem por meio de contrato de venda e compra, é responsável pelos tributos 
devidos pelo vendedor, embora essa responsabilidade não seja pessoal, por não se tratar de uma situação 
de sucessão. 
c) herdeiro, parente em linha colateral, até o quarto grau, é responsável, ilimitadamente, pelos tributos 
devidos pelo de cujus, até a data da abertura da sucessão. 
d) legatário que tiver aceitado o legado, desde que não tenha tido relação de parentesco com o autor da 
herança, não é pessoal nem limitadamente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus, até a data da 
abertura da sucessão. 
e) espólio é excluído de qualquer forma de responsabilização, por não ter personalidade jurídica. 
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Comentário: 
Alternativa A: O art. 131, II, do CTN, estabelece que é pessoalmente responsável o sucessor a qualquer título 
e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação. Alternativa correta. 
Alternativa B: O art. 131, I, do CTN, estabelece que é pessoalmente responsável o adquirente ou remitente, 
pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos. Alternativa errada. 
Alternativa C: A responsabilidade dos sucessores é limitada ao montante do quinhão do legado ou da 
meação. Alternativa errada. 
Alternativa D: O legatário é responsável pessoal pelos tributos devidos pelo de cujus, até a data da partilha, 
limitada sua responsabilidade ao do quinhão do legado. Alternativa errada. 
Alternativa E: O art. 131, I, do CTN, estabelece que é pessoalmente responsável o espólio, pelos tributos 
devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra A 
(PGE-MA-Procurador do Estado/2016) A responsabilidade tributária por sucessão 
a) é pessoal do espólio pelos tributos devidos pelo de cujus, desde a data da abertura da sucessão até a data 
da partilha ou adjudicação; também é pessoal a responsabilidade do cônjuge meeiro e sucessores a qualquer 
título, nos limites da meação, do quinhão ou legado, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da 
partilha ou adjudicação. 
b) abrange o tributo e as penalidades por infração à legislação tributária porventura cometidas pelo 
contribuinte e que não foram pagas, desde que tenha havido transmissão de bens imóveis por ato oneroso 
sem prova da quitação. 
c) é absoluta no caso de aquisição de imóvel em hasta pública para o adquirente, ora arrematante, desde 
que não se trate de processo de falência, pois, neste caso, a responsabilidade é afastada se o adquirente for 
parente do falido na linha reta ou colateral até terceiro grau. 
d) é solidária com o contribuinte nas hipóteses de fusão, cisão e incorporação de empresa, salvo se havia 
prova de quitação dos tributos no ato e não entraram como passivo no negócio jurídico. 
e) pode ser atribuída por ato normativo e decorrer de analogia, pois existe supremacia do interesse público 
sobre o particular na arrecadação tributária. 
Comentário: 
Alternativa A: A responsabilidade pelos tributos devidos pelo de cujus, entre a data da abertura da sucessão 
até a data da partilha ou adjudicação é pessoal do espólio, conforme determina o art. 131, III, do CTN. Além 
disso, a responsabilidade pelostributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação é pessoal 
do sucessor a qualquer título e do cônjuge meeiro, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão 
do legado ou da meação. Alternativa correta. 
Alternativa B: Em se tratando de aquisição de bem imóvel, o adquirente responde apenas por tributos 
incidentes sobre o imóvel, se não constar do título a prova de sua quitação. Como a questão não especificou 
a que tributos se refere a dívida do alienante, está errada. 
Alternativa C: Em caso de arrematação de bem imóvel em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o 
respectivo preço, não havendo que se falar em responsabilidade para o adquirente. Alternativa errada. 
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Alternativa D: Não há que se falar em responsabilidade solidária com o contribuinte neste caso. De acordo 
com o art. 132, do CTN, a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou 
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas 
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Alternativa errada. 
Alternativa E: A responsabilidade tributária é sempre definida em lei. De acordo com o art. 128, do CTN, 
cabe a lei atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa. Alternativa 
errada. 
Gabarito: Letra A 
(TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015) Os tutores e curadores respondem solidariamente pelos 
tributos devidos por seus tutelados ou curatelados, nos atos em que intervierem ou não, ou pelas omissões 
de que forem responsáveis, independentemente da possibilidade de exigência do cumprimento da obrigação 
principal pelo contribuinte (“responsabilidade por sucessão"). 
Comentário: A responsabilidade solidária dos tutores e curadores pelos tributos devidos por seus tutelados 
ou curatelados, nos atos em que intervierem ou não, ou pelas omissões de que forem responsáveis, somente 
haverá nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte. 
Gabarito: Errada 
 
3.3 – Responsabilidade de Terceiros 
Diferentemente do que vimos nos tópicos anteriores, em que há sucessão patrimonial e consequente 
responsabilidade, o que vamos estudar aqui é a responsabilização de pessoas (denominadas “terceiros”), 
que possuem o dever de administrar os bens dos contribuintes, de representá-los. 
Caso tais pessoas se omitam do seu dever, ainda que não atuem contrariamente à lei, devem ser 
responsabilizadas, já que a elas foi confiada a gestão patrimonial. 
Nesse rumo, a responsabilidade de terceiros foi dividida, no CTN, em duas partes: o art. 134 trata da 
responsabilização por atuação regular, e o art. 135 se refere à responsabilidade de terceiros que agiram de 
forma irregular, infringindo a lei, por exemplo. 
Vamos estudá-los separadamente a partir deste momento. 
3.3.1 – Responsabilidade de terceiros com atuação regular 
Vamos começar o estudo desse tipo de responsabilidade, analisando o caput do art. 134: 
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação 
principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que 
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
(...) 
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De início, cumpre ressaltar uma imprecisão terminológica do CTN. A Lei diz que, não sendo possível exigir o 
cumprimento da obrigação principal do contribuinte, o terceiro passa a ser responsável “solidário” com 
aquele. 
Nós estudamos que a solidariedade não comporta benefício de ordem, podendo ser exigida de um ou de 
outro. No caso, o comando é claro que a exigência deve ser feita ao contribuinte e, não sendo possível 
adimplir a obrigação, cobra-se do responsável. 
Embora o CTN tenha sido impreciso na terminologia utilizada, devemos guardar que a responsabilidade é 
solidária, mas que deve seguir a ordem estipulada no caput. Esse conselho deve ser seguido, pois é assim 
que as bancas costumam cobrar. 
Observe que a responsabilidade é considerada por transferência, pois, ao ocorrer o fato gerador, o 
contribuinte é o sujeito passivo da obrigação. Em caso de impossibilidade do cumprimento pelo sujeito 
passivo direto, transfere-se a responsabilidade ao terceiro. 
Repare que no final do caput do art. 134, uma informação adicional também nos foi dada: o terceiro deve 
intervir no ato que culminou no inadimplemento da obrigação ou se omitir de um dever que lhe cabe. Ou 
seja, a atuação do terceiro possui relação com o nascimento da obrigação tributária e, se o contribuinte não 
pagar, o terceiro se torna responsável. 
Logo, podemos esquematizar os dois requisitos para que a dívida venha a ser exigida do responsável: 
 
 
Deve ficar claro, quanto ao artigo em análise, que os responsáveis somente assumem o tributo devido e as 
multas de caráter moratória, isto é, por mero atraso de pagamento. Isso porque o seu par. único estabelece 
que a responsabilidade decorrente do art. 134 só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter 
moratório. 
 
 
 
Responsabilidade “Solidária” de 
Terceiros com Atuação REGULAR 
(art. 134)
Impossibilidade de exigir a dívida do 
contribuinte
Colaborou, de algum modo, com o não 
pagamento do tributo
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As multas por descumprimento de obrigações acessórias (que, como vimos, “convertem-
se” em obrigação principal) não são transferidas nesse tipo de responsabilidade. 
 
Nesse momento, você de estar se perguntando: quem são esses terceiros responsáveis? Nos incisos do art. 
134, o legislador elenca os terceiros que podem ser tornar responsáveis em relação à obrigação tributária. 
São eles: 
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre 
os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; 
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
Observação: Lembre-se de que os menores, tutelados e curatelas, embora sejam 
incapazes, possuem capacidade tributária passiva, em decorrência do disposto no art. 126 
do CTN. 
Em todos os casos, observe que o responsável exerce uma função de representação do contribuinte. 
Os pais, os tutores e os curadores, por exemplo, representam aqueles que são incapazes para praticar os 
atos da vida civil (filhos menores, tutelados e curatelados). 
O inventariante, por seu turno, exerce a função de gerir o patrimônio do espólio, podendo, por isso mesmo, 
se tornar responsável quando colaborar para o inadimplemento da obrigação tributária principal (tributos 
ou multas moratórias). 
No que se refere aos síndicos e comissários, na legislação falimentar atual, são denominados Administrador 
Judicial. Na falência, o administrador assume a administração dos bens da massa. Na recuperação judicial, o 
administrador judicial atua como auxiliar. 
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Os tabeliães, também conhecidos por notários,podem ficar responsáveis, por exemplo, quando não 
exigirem (omissão) a comprovação de quitação dos tributos relativos a determinado imóvel, no momento da 
transferência de sua propriedade. 
Por fim, quando o CTN se referiu aos sócios de sociedade de pessoas, quis se referir àquelas sociedades em 
que a responsabilidade dos sócios é ilimitada em relação à sociedade, ou seja, respondem pelas dívidas das 
sociedades com o próprio patrimônio. 
3.3.2 – Responsabilidade de terceiros com atuação irregular 
Acabamos de estudar a responsabilidade “solidária” (que, na verdade, é subsidiária) dos terceiros que atuam 
ou se omitem, acarretando o não pagamento dos tributos devidos. Não houve, portanto, qualquer infração 
dolosa à lei ou excesso de poderes, por exemplo. 
A partir desse momento, veremos a responsabilidade pelos terceiros que agem com excesso de poderes ou 
infração de lei, contrato social ou estatutos. 
Dessa forma, o art. 135 do CTN estabelece o seguinte: 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações 
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, 
contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior (art. 134, estudado no tópico anterior); 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
 
 
Repare que as pessoas mencionadas nos incisos II e III desse artigo não foram previstas na 
responsabilidade “solidária” do art. 134. Isso cai em prova. Cuidado! 
 
Vamos imaginar que o diretor de uma empresa, embora não tenha poderes para adquirir imóveis sem 
anuência dos sócios da pessoa jurídica, compra uma fazenda a fim de que os funcionários da organização 
tenham um local para o lazer. Como houve excesso de poder por parte do referido diretor, ele será 
pessoalmente responsável pela obrigação tributária relativa ao ITBI, por conta da transmissão onerosa de 
bens imóveis. 
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Observe que não é difícil ilustrar uma situação em que ocorre a prática de um ato com excesso de poderes. 
Porém, quanto à prática de infrações à legislação tributária, que também ensejam a responsabilidade pessoal 
do agente, é importante tecermos alguns comentários. 
Primeiramente, deve-se destacar que o mero descumprimento da obrigação tributária principal, ou seja, o 
não pagamento do tributo, caso não haja dolo ou fraude, não caracteriza infração legal, de modo que a 
mora é da empresa, e o gestor não passa a ser pessoalmente responsabilizado. A jurisprudência atual do 
STJ é pacificada quanto a isso: 
Súmula STJ 430 - O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a 
responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
Agora, imaginemos o caso de uma empresa que simplesmente deixa de funcionar no seu endereço, ou seja, 
encerra suas atividades, deixando débitos tributários em aberto sem qualquer respaldo patrimonial como 
garantia do pagamento da dívida. Neste caso, isso seria uma infração à lei? 
Esta situação retrata a famigerada dissolução irregular de uma pessoa jurídica que, para o STJ, configura 
infração passível de responsabilização do sócio-gerente: 
Súmula STJ 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu 
domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da 
execução fiscal para o sócio-gerente. 
Em relação à dissolução irregular, em 2015, embora seja divergente do entendimento da 1ª Turma, a 2ª 
Turma do STJ decidiu, por votação unânime, no REsp 1.520.257/SP, para caracterizar a responsabilidade do 
sócio-gerente não é necessário que ele já estivesse no comando da entidade no momento do fato gerador 
das obrigações tributárias ou nas datas dos vencimentos dos respectivos débitos tributários, mas sim no 
momento da prática da infração, isto é, ao tempo da dissolução irregular da sociedade. 
Observação: Pelo exposto, fica claro que não se pode responsabilizar toda e qualquer 
pessoa que já tenha figurado como administrador de uma empresa em momentos 
anteriores ou posteriores, nada tendo a ver com a prática dos ilícitos. 
Talvez, em decorrência da leitura da Súmula 435 do STJ, você esteja se perguntando se o redirecionamento 
da execução fiscal para o sócio-gerente implicaria exclusão da pessoa jurídica do polo passivo. Não obstante 
a redação do art. 135 mencione o termo “pessoalmente”, a jurisprudência do STJ indica que a pessoa 
jurídica persiste no polo passivo da execução fiscal: 
(...) 
12. Não há sentido em concluir que a prática, pelo sócio-gerente, de ato ilícito (dissolução 
irregular) constitui causa de exclusão da responsabilidade tributária da pessoa jurídica, fundada 
em circunstância independente. 
13. Em primeiro lugar, porque a legislação de Direito Material (Código Tributário Nacional e 
legislação esparsa) não contém previsão legal nesse sentido. 
Fábio Dutra
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14. Ademais, a prática de ato ilícito imputável a um terceiro, posterior à ocorrência do fato 
gerador, não afasta a inadimplência (que é imputável à pessoa jurídica, e não ao respectivo 
sócio-gerente) nem anula ou invalida o surgimento da obrigação tributária e a constituição do 
respectivo crédito, o qual, portanto, subsiste normalmente. 
(...) 
(STJ, Segunda Turma, REsp 1.455.490/PR, rel. Min. Herman Benjamin, Julgamento em 
26/08/2014) 
Ambas as súmulas acima citam o sócio-gerente. A propósito, nós vimos quem são os terceiros responsáveis 
do art. 134, mas ainda não comentamos quem pode ser pessoalmente responsabilizado nos termos do art. 
135. 
Saiba que todas as figuras citadas no art. 134 podem sofrer a responsabilização, caso ajam com excesso de 
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. Além disso, também podem ser responsabilizados 
os mandatários, prepostos e empregados, bem com os diretores (citado no nosso exemplo), gerentes ou 
representantes de pessoas jurídicas de direito privado. 
 
Os mandatários podem vir em provas como “procuradores”! 
 
Em relação aos sócios de uma empresa, é importante ter em mente que são as atividades desenvolvidas na 
gestão da empresa que podem acarretar responsabilização pessoal, e não o simples fato de ser sócio. Por 
conseguinte, o sócio-gerente pode ser responsabilizado, ao passo que o sócio-quotista não pode. 
Destaque-se que a responsabilidade pessoal, prevista no art. 135, objeto de nosso estudo, abrange os 
tributos, os juros e as multas, sejam elas de caráter moratório ou punitivo. Trata-se, na definição da doutrina 
em geral, de uma modalidade de responsabilidade por substituição. 
Observação: As multas punitivas também podem ser denominadas multas de ofício, 
multas formais, multas fiscais ou até mesmo multas pessoais. 
 
 
 
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(SEFAZ-DF-Auditor Fiscal/2020) A atribuição de responsabilidade tributária solidária ao administrador da 
massa falida pelas penalidades tributárias por ela devidas se restringe às de caráter moratório. 
Comentário: Trata-se da responsabilidade prevista no art. 134, V, do CTN, que abrange os tributos e 
penalidades tributárias de caráter moratório. Quando a banca fala em responsabilidade solidária, indica 
claramente que deseja como resposta o art. 134, do CTN. 
Gabarito: Correta 
(SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) A responsabilidade tributária corresponde à imposição do pagamento do 
tributo a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação:é originária quando o 
responsável é colocado diretamente na posição de sujeito passivo, como ocorre, por exemplo, no caso da 
responsabilidade dos pais pelos tributos devidos pelos filhos menores. 
Comentário: A banca fez uma associação incorreta ao dizer que a responsabilidade dos pais pelos tributos 
devidos pelos filhos menores é originária, quando na realidade, é conhecida como responsabilidade por 
transferência, isto é, não surge diretamente com a ocorrência do fato gerador, mas depende de fato 
posterior para transferir ao responsável a obrigação de pagar o tributo. 
Gabarito: Errada 
(PGE-MT-Procurador/2016) A pessoa jurídica DAMALINDA, dedicada ao varejo de vestuários, é composta 
por dois sócios, um dos quais assumiu a administração da empresa conforme previsto em seus atos 
constitutivos. Em razão de dificuldades financeiras, essa empresa passou a interromper os recolhimentos do 
ICMS, visando a obter recursos para o pagamento de seus empregados e fornecedores. Não obstante a 
inadimplência, a empresa continuou a declarar o valor mensalmente devido. Após certo período de tempo, 
a atividade se revelou efetivamente inviável, e o administrador optou por encerrar suas atividades e fechou 
todas as lojas, leiloando em um site de internet todo o saldo de estoques. A decisão deste administrador 
I. foi acertada, pois se a empresa estava em dificuldades não haveria motivo para continuar com as atividades 
e incrementar ainda mais seu passivo tributário. 
II. foi incorreta, pois ao simplesmente fechar as portas das lojas ficou caracterizada a dissolução irregular, o 
que poderá justificar o futuro redirecionamento de execuções fiscais à pessoa física dos sócios. 
III. foi incorreta, pois o administrador poderia ter recorrido a remédios legais para a proteção de empresas 
em dificuldade, tais como a recuperação de empresas e a falência, ao invés de simplesmente encerrar suas 
atividades sem a comunicação aos órgãos administrativos competentes. 
IV. não alterou a situação legal do outro sócio no tocante à respectiva responsabilidade pelo crédito 
tributário, uma vez que todos os sócios respondem pelos débitos fiscais da sociedade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) II. 
d) III. 
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e) IV. 
Comentário: 
Item I: A decisão foi incorreta, pois o o administrador poderia ter recorrido a remédios legais para a proteção 
de empresas em dificuldade, tais como a recuperação de empresas e a falência, ao invés de simplesmente 
encerrar suas atividades sem a comunicação aos órgãos administrativos competentes. Item errado. 
Item II: A decisão foi incorreta, mas o redirecionamento de execução fiscal só alcança o sócio-gerente. Da 
forma como foi redigida a assertiva, fica subentendido erroneamente que a execução fiscal pode recair sobre 
qualquer sócio. Item errado. 
Item III: É exatamente a justificativa da primeira assertiva. Item correto. 
Item IV: Somente os sócios que exercem a administração na sociedade podem ser pessoalmente 
responsabilizados pelas dívidas da empresa. Item errado. 
Gabarito: Letra D 
(TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014) Sobre responsabilidade tributária, o representante legal de 
pessoa jurídica de direito privado, ainda que não seja sócio da empresa, é pessoalmente responsável pelos 
créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes, 
infração de lei, contrato social ou estatuto. 
Comentário: Realmente, ainda que não seja sócio da empresa, o representante legal é pessoalmente 
responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com 
excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou estatuto. 
Gabarito: Correta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 - RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES 
O CTN trata das responsabilidades por infrações nos arts. 136 e 137. 
Normalmente, quando uma pessoa pratica infrações tributárias, fica sujeita às penalidades pecuniárias. Ser 
punido com multas é o mais corriqueiro. Contudo, há que se destacar que, no âmbito da legislação dos 
tributos incidentes sobre o comércio exterior, há infrações puníveis com penas de perdimento de 
mercadorias ou veículos, e até outras que não possuem conteúdo pecuniário. 
Nessa esteira, é importante entender que aquele que pratica infrações possui relação pessoal e direta com 
o fato, o que o tornaria impreciso dizer que é “responsável”. Contudo, é assim que o CTN estabelece, e é o 
que vamos levar para a nossa prova, não é mesmo? 
Pode-se dizer também que, como a pessoa é responsável pela infração desde o momento de sua prática, é 
uma forma de responsabilidade por substituição. 
Pois bem, vamos ver então o que o CTN diz acerca dessa “responsabilidade”: 
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da 
legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, 
natureza e extensão dos efeitos do ato. 
Pode-se inferir do dispositivo que a responsabilidade por infrações tributárias é, via de regra, objetiva, ou 
seja, não se leva em consideração as características pessoais (subjetivas) do infrator e os efeitos que o ato 
pode causar. Tudo isso, salvo disposição de lei em contrário, havendo, portanto, exceções, se forem 
previstas em leis. 
Observação: O entendimento desse assunto tornar-se-á mais compreensível quando 
estudarmos a distinção entre Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário. 
Deve ficar muito claro que não estamos tratando de tributo, mas de infrações e penalidades. Aí vai um 
exemplo para ficar claro: o cidadão que recolhe imposto de renda durante o ano, em conformidade com a 
legislação que rege tal imposto, mas que não presta a declaração ao Fisco na data correta, está sujeito à 
penalidade pela infração à legislação tributária. 
Nunca é tarde para se lembrar de que a lei mais benéfica sobre penalidades é aplicada retroativamente, 
desde que o ato não esteja definitivamente julgado (art. 106, II, do CTN). 
Além disso, a lei tributária que define infrações ou lhe comina penalidades deve ser interpretada em 
benefício do infrator (acusado), quando houver dúvida sobre (art. 112, do CTN): 
• a capitulação legal do fato; 
• a natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; 
• a autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
• a natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação 
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De qualquer modo, deve sempre ser conferido ao acusado o direito de defesa. 
 
 
4.1 – A responsabilidade pessoal do agente 
Em matéria tributária, a responsabilidade pelas infrações cabe a quem praticou o ato ilícito. Logo, se foi a 
pessoa jurídica, ela será responsabilizada, ainda que, na prática, seja uma pessoa natural que atue em nome 
da empresa. A punição é aplicada ao sujeito passivo da obrigação tributária principal ou acessória, que não 
foi cumprida. Essa é a regra! 
O art. 137 do CTN traz justamente a exceção à referida regra. São situações em que a responsabilidade é 
pessoal do agente quanto à punição, permanecendo a pessoa jurídica na condição de sujeito passivo do 
tributo. 
As três hipóteses de responsabilização pessoal do agente são as seguintes: 
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente: 
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando 
praticadas no exercício regular de administração,mandato, função, cargo ou emprego, 
ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; 
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; 
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: 
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; 
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou 
empregadores; 
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, 
contra estas. 
A primeira se refere às infrações que foram definidas na lei penal como crimes ou contravenções. As penas 
previstas para os crimes e contravenções penais aplicam-se às pessoas naturais. O CTN, seguindo essa lógica, 
também estabeleceu que a responsabilidade caberá ao agente. 
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Destaque-se que há duas exceções, que acabam por afastar o agente da responsabilidade pelas infrações 
à legislação tributária: se forem praticadas no exercício regular da administração ou se for por cumprimento 
de ordem expressa emitida por quem de direito. 
A segunda hipótese se refere à infração em que o agente possui dolo específico, ou seja, age com uma 
finalidade específica. O dolo específico é um elemento subjetivo que, como regra, não está presente nas 
infrações à legislação tributária, já que estas têm natureza objetiva (CTN, art. 136). 
No entanto, lembre-se de que há possibilidade de as infrações à legislação tributária serem subjetivas (o art. 
136 prevê a exceção). Portanto, sempre quando o elemento subjetivo (dolo específico) estiver presente na 
legislação que preveja a infração, dizemos que o dolo específico é elementar, e a responsabilidade será 
pessoal ao agente. 
Por último, a terceira hipótese se faz presente quando a infração decorra de dolo específico do 
representante contra seu representado. Portanto, se o tutor age com a finalidade especial de lesar o 
tutelado, aquele responde, ainda que este seja o sujeito passivo direto da obrigação. 
Do mesmo modo, se o diretor comete uma infração à legislação tributária, com o fim específico de prejudicar 
a empresa na qual trabalha, responderá pessoalmente pela infração. 
Observação: As pessoas referidas no art. 137 são as mesmas que foram previstas no art. 
135. 
4.2 – Denúncia Espontânea 
A denúncia espontânea é o instituto criado pelo CTN para que o contribuinte se redima das infrações 
tributárias, confessando os ilícitos. Como consequência, a responsabilidade pela multa é afastada. Na 
verdade, conforme entendimento do STJ (REsp 774.058/PR), a denúncia espontânea afasta tanto as multas 
moratórias como as punitivas. 
 
Denúncia espontânea = afastamento de todas as multas (moratórias e punitivas) 
 
 
Há que se ressaltar que, para configurar a espontaneidade, o sujeito passivo deve se antecipar ao fisco, ou 
seja, a denúncia espontânea deve ser feita antes de qualquer procedimento fiscalizatório. 
Obviamente, o infrator não é obrigado a “adivinhar” quando a sua espontaneidade fica afastada, sendo 
necessário que a administração tributária comunique o sujeito passivo formalmente. 
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Com o início da fiscalização sobre certo contribuinte, lavra-se o Termo de Início de Fiscalização (CTN, art. 
196), com data e hora, ficando claro a partir de que momento a espontaneidade fica excluída. 
Observação: A denúncia espontânea deve ser feita antes do início de qualquer 
procedimento fiscalizatório. Portanto, é errado afirmar que basta que seja formulada antes 
da notificação de lançamento, tendo em vista que este é o resultado final da fiscalização, 
e não o seu início. 
Outro ponto digno de nota é que, com o início do procedimento de fiscalização, o sujeito passivo somente 
perde o direito à denúncia espontânea em relação ao tributo objeto de apuração, bem como aos períodos 
aos quais se refere. Logo, se o objeto da fiscalização é o IPI relativo ao ano de 2010, o sujeito passivo pode 
utilizar da denúncia espontânea em relação ao IPI relativo ao ano de 2011, ou mesmo em relação a outros 
tributos. 
Destaque-se que o art. 138 assevera que a denúncia espontânea deve ser feita acompanhada do pagamento 
do tributo e dos juros de mora. Caso o valor do tributo dependa de apuração, cabe ao sujeito passivo 
depositar o valor arbitrado pela autoridade administrativa, como condição de ser beneficiado pela 
denúncia espontânea. 
Nessa linha, o STJ (REsp 426.964/SC) já decidiu que o parcelamento não equivale ao pagamento do tributo, 
não sendo suficiente para configurar a denúncia espontânea. 
Vamos nos atentar, ainda, para o entendimento do STJ, segundo o qual as disposições do CTN sobre a 
denúncia espontânea não se aplicam ao cumprimento das obrigações acessórias. Faz todo o sentido, já que 
se isso fosse permitido, a regra seria descumprir o prazo de entrega de declarações, por exemplo, fazendo a 
denúncia poucos dias depois. Ou seja, a regra se tornaria o descumprimento dos prazos. 
4.2.1 - Aplicabilidade da Denúncia Espontânea aos Tributos Lançados por 
Homologação, por Declaração e de Ofício 
A denúncia espontânea é majoritariamente aplicável aos tributos lançados por homologação, tendo em vista 
a obrigação, neste caso, do sujeito passivo em declarar e pagar o tributo antecipadamente, sem prévio 
exame da autoridade administrativa. Logo, a denúncia espontânea pode ser apresentada quando não 
houver previamente a declaração por parte do sujeito passivo. 
Por outro lado, o benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por 
homologação, quando, embora declarados, sejam pagos a destempo: 
Súmula STJ 360 - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a 
lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. 
Ora, se fosse possível a denúncia espontânea nesses casos, o sujeito passivo declararia o débito 
regularmente (após a ocorrência do fato gerador), sendo que esta declaração por si só já configuraria 
espontaneidade. Assim, ele ficaria livre para recolher o tributo algum tempo depois, sem arcar com a multa 
moratória (por atraso de pagamento). Muito injusto com quem paga tempestivamente seus tributos, não é 
mesmo? 
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Em relação aos tributos sujeitos a lançamento por declaração, vislumbra-se a possibilidade de utilização da 
denúncia espontânea em duas situações distintas: quando o fato gerador não tenha sido declarado pelo 
contribuinte ou quando, após declaração, o contribuinte proceda à sua retificação, antes da atuação do 
Fisco. Neste último caso, percebe-se que houve omissão parcial do montante a pagar. 
Por último, deve ser demonstrada a incompatibilidade da denúncia espontânea com os tributos lançados 
de ofício. Neste caso, o sujeito passivo não participa do lançamento tributário. Não são necessárias 
informações prestadas pelo sujeito passivo para providenciar a constituição do crédito tributário, nem 
mesmo a antecipação do pagamento do tributo. Portanto, qualquer infração relativa a esses tributos 
(lançados de ofício), sempre ocorrerá após o lançamento. 
4.3 – Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário 
Antes de finalizarmos o estudo da responsabilidade por infrações, você, meu aluno, minha aluna, não pode 
ficar sem saber a distinção entre os conceitos de Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário. 
Primeiramente, cumpre-nos salientar que o Direito Tributário Penal está relacionado às infrações 
administrativas,passíveis de punição por penalidades pecuniárias (multas), as quais não deixam de ser 
obrigações tributárias, conforme preceitua o § 1°, do art. 113, do CTN, cuja redação é a seguinte: 
Art. 113: 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente. 
Diferentemente do que foi acima exposto, o Direito Penal Tributário constitui instituto do Direito Penal, 
disciplinando crimes contra a ordem tributária. 
A distinção relevante entre o Direito Tributário Penal e o Direito Penal Tributário é que, como já foi estudado 
por nós, naquele a responsabilidade do agente é objetiva e, neste, subjetiva. 
Explique-se melhor: no Direito Tributário, se a infração foi cometida, haverá a respectiva responsabilização, 
independentemente da intenção do agente, conforme prevê o art. 136 do CTN. Por outro lado, no Direito 
Penal, vigora o princípio da responsabilidade penal subjetiva, tomando relevância a intenção do agente. É 
por esse motivo que a doutrina incansavelmente discute os elementos dolo e culpa, quando da prática de 
determinado delito. 
 
 
 
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Diferentemente do que ocorre no Direito Penal, a responsabilidade pelas infrações à 
legislação tributária independe do elemento volitivo. 
 
 
(SEFAZ-AL-Auditor Fiscal/2020) A denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do 
pagamento do tributo devido com juros de mora correspondentes, realizada até a conclusão do 
procedimento administrativo ou da medida de fiscalização relacionada com a infração resulta na exclusão 
da responsabilidade do contribuinte pela infração. 
Comentário: Na realidade, a denúncia espontânea somente se aplica antes de iniciado qualquer 
procedimento administrativo referente à infração praticada pelo sujeito passivo, conforme estabelece o art. 
138, par. único, do CTN. 
Gabarito: Errada 
(TRF4-Analista Judiciário/2019) No capítulo que trata de responsabilidade tributária, o Código Tributário 
Nacional (CTN) estabelece que 
(A) a pessoa jurídica de direito privado que resultar de cisão, fusão ou incorporação de outra é responsável 
apenas pelos tributos devidos após a data do ato, sendo que os débitos anteriores ao ato são de 
responsabilidade integral das pessoas jurídicas cindidas, fundidas ou incorporadas, e seus respectivos sócios, 
titulares, controladores e gestores. 
(B) a responsabilidade dos sucessores ocorre quando pessoa natural ou jurídica, de direito público ou 
privado, adquire, em leilão judicial, fundo de comércio ou estabelecimento, comercial, industrial ou 
profissional, em processo de falência, e continua a exploração da respectiva atividade. 
(C) em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada 
permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de um ano, contado da data 
de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos 
que preferem ao tributário. 
(D) a responsabilidade relativa às infrações à legislação tributária é excluída na hipótese de denúncia 
espontânea, desde que acompanhada de recolhimento, ou de parcelamento, do valor integral do tributo, 
acrescido dos juros de mora e multa moratória devidos. 
(E) em regra, o crédito tributário não pode ser exigido de terceiro, que não seja o contribuinte ou o 
responsável, mas admite tal cobrança, com caráter solidário e sem beneficio de ordem, em relação aos pais 
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e avós pelos tributos devidos por seus filhos e netos menores e em relação aos sócios, pelos tributos devidos 
pela sociedade simples ou empresarial. 
Comentário: 
Alternativa A: O art. 132, do CTN, estabelece que a responsabilidade transferida na sucessão empresarial 
abrange os tributos devidos até a data da sucessão, e não após essa data. Alternativa errada. 
Alternativa B: Na aquisição em leilão judicial de fundo de comércio ou estabelecimento, em relação à pessoa 
jurídica em processo de falência ou em recuperação judicial, como regra não existe responsabilidade do 
adquirente. Alternativa errada. 
Alternativa C: Trata-se do disposto no art. 133, § 3º, do CTN: Em processo da falência, o produto da alienação 
judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do 
juízo de falência pelo prazo de 1 ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o 
pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. Alternativa correta. 
Alternativa D: Para exclusão da responsabilidade por infrações, a denúncia espontânea deve ser 
acompanhada do pagamento integral, não se admitindo o parcelamento, acrescido dos juros de mora 
apenas. Alternativa errada. 
Alternativa E: O que o art. 134, I, do CTN, prevê é que, nos casos de impossibilidade de exigência do 
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que 
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis os pais, pelos tributos devidos por seus filhos 
menores. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra C 
(SEFAZ-SC-Auditor Fiscal/2018) Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), a responsabilidade por 
infrações à legislação tributária 
a) independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do 
ato, exceto se houver lei em sentido contrário. 
b) e comercial, depende da existência de dolo ou culpa, e do resultado econômico resultante, ainda que a lei 
ordinária disponha de forma diversa. 
c) e penal depende da intenção do agente e do resultado produzido. 
d) depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do 
ato, ainda que a lei específica disponha de forma diversa. 
e) e civil depende da ocorrência de culpa ou dolo, e do resultado ocorrido, exceto se houver lei em sentido 
contrário. 
Comentário: A responsabilidade por infrações à legislação tributária independe da intenção do agente ou do 
responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato, exceto se houver lei em sentido 
contrário. É o que estabelece o art. 136, do CTN. 
Gabarito: Letra A 
(TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações 
em cuja definição o dolo genérico do agente seja elementar (“responsabilidade por sucessão"). 
Comentário: O art. 137, II, do CTN, estabelece que a responsabilidade é pessoal ao agente quanto às 
infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar. 
Gabarito: Errada 
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5 – QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS 
Responsabilidade Tributária 
1.FCC/Pref. Caruaru-Procurador/2018 
Sobre a responsabilidade tributária, é correto afirmar: 
a) decorre de previsão legal ou de ato particularem que terceiro assuma, por instrumento público, a 
condição de contribuinte. 
b) deve ser livremente aferida em cada caso por ato administrativo plenamente vinculado, de cuja motivação 
constem os elementos de fato que a justifiquem. 
c) decorre de lei que atribua, de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário a terceiro, não 
contribuinte, mas relacionado com a ocorrência do fato gerador. 
d) decorre de lei ou contrato que impute a obrigação tributária acessória a terceiro não contribuinte, mas a 
ele relacionado ou ao fato gerador, conforme reconhecido pela Administração Tributária. 
e) só pode ser aferida em cada caso conforme previsão geral de lei complementar, previsto que se expresse 
em ato administrativo discricionário, de cuja motivação conste a fundamentação jurídica. 
Comentário: De acordo com o art. 128 do CTN, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo 
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou 
parcial da referida obrigação. 
Alternativa A: Não há responsabilidade tributária prevista em ato particular, somente por lei. Alternativa 
errada. 
Alternativa B: Não há responsabilidade tributária aferida em cada caso por ato administrativo, somente por 
lei. Alternativa errada. 
Alternativa C: Em conformidade com o artigo citado. Alternativa correta. 
Alternativa D: Não há responsabilidade tributária prevista em contrato, somente por lei. Alternativa errada. 
Alternativa E: Não é caso de previsão geral em lei complementar. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra C 
2.FCC/TJ-GO-Juiz Substituto/2015 
A responsabilidade tributária 
a) é atribuída expressamente por lei à terceira pessoa, que não praticou o fato gerador, mas que está a ele 
vinculado, podendo ser exclusiva ou supletiva à obrigação do contribuinte. 
b) é atribuída ao sujeito passivo da obrigação tributária que pratica o fato gerador. 
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c) é do contribuinte quando a lei lhe impõe esta obrigação, mesmo que não pratique o fato gerador. 
d) pode ser atribuída a terceiro estranho ao fato gerador através de contrato particular firmado entre o 
contribuinte e terceiro. 
e) independe de qualquer vínculo jurídico entre o terceiro e o contribuinte, bastando que haja expressa 
disposição legal ou convenção entre as partes. 
Comentário: 
Alternativa A: A responsabilidade é realmente atribuída expressamente por lei à terceira pessoa, que não 
praticou o fato gerador, mas que está a ele vinculado, podendo ser exclusiva ou supletiva à obrigação do 
contribuinte, conforme se observa na redação do art. 128, do CTN. Alternativa correta. 
Alternativa B: Na verdade, aquele que pratica o fato gerador é contribuinte, e não responsável. Alternativa 
errada. 
Alternativa C: Contribuinte é o sujeito passivo que possui relação pessoal e direta com o fato gerador da 
obrigação tributária. Alternativa errada. 
Alternativa D: A terceira pessoal responsável por expressa disposição legal deve estar vinculada ao fato 
gerador. Alternativa errada. 
Alternativa E: A terceira pessoal responsável por expressa disposição legal deve estar vinculada ao fato 
gerador. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra A 
Responsabilidade por Substituição 
3.FCC/TJ-GO-Juiz/2015 
A atribuição ao sujeito passivo de obrigação tributária da condição de responsável pelo pagamento de 
imposto cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente 
a) é inadmissível, uma vez que a obrigação tributária surge apenas após a ocorrência do fato gerador. 
b) pode acontecer, nos termos da lei, na hipótese de recolhimento antecipado de ICMS pelo fabricante de 
veículos automotores relativamente à futura revenda dos mesmos pelas concessionárias. 
c) trata-se da substituição tributária para trás, cujo fundamento é previsto expressamente na Constituição 
da República. 
d) pode acontecer, nos termos da lei, quando o tomador do serviço faz a retenção na fonte do ISSQN devido 
pelo prestador do serviço por ocasião do pagamento pelo serviço prestado. 
e) pode acontecer, nos termos da lei, na hipótese em que o empregador faz a retenção na fonte do IRPF de 
seu empregado. 
Comentário: 
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Alternativa A: Conforme preceitua art. 150, §7º da CF/88, a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva 
ocorrer posteriormente. Alternativa errada. 
Alternativa B: Em conformidade com o art. 150, §7º. Trata-se da substituição tributária para frente. 
Alternativa correta. 
Alternativa C: O enunciado da questão trata da substituição tributária para frente, prevista no art. 150, §7º 
da CF/88 . Alternativa errada. 
Alternativa D: Na situação narrada, o fato gerador ocorre no momento da retenção, portanto, não é 
substituição tributária para frente. Alternativa errada. 
Alternativa E: Errado conforme comentário da alternativa D. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra B 
4.FCC/PGE-RN-Procurador/2014 
A antecipação dos efeitos do fato gerador 
a) está expressamente autorizada na Constituição Federal. 
b) trata-se de substituição tributária para trás. 
c) acontece nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando ocorre o pagamento antecipado. 
d) não é reconhecida pelo direito pátrio, pois só existirá crédito tributário a partir do momento em que 
ocorrer o fato gerador. 
e) tem cabimento nas hipóteses de fato gerador pretérito. 
Comentário: 
Alternativa A: O art. 150, §7º da CF/88 dispõe que a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva 
ocorrer posteriormente. Alternativa correta. 
Alternativa B: Trata-se da substituição tributária para frente. Alternativa errada. 
Alternativa C: Não há fato gerador antecipado neste caso. Alternativa errada. 
Alternativa D: É reconhecida pela própria CF/88. Alternativa errada. 
Alternativa E: Se refere a fato gerador futuro. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra A 
 
 
 
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5.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, na substituição tributária para frente, há uma postergação do 
pagamento do tributo, transferindo-se a obrigação de reter e recolher o montante devido, que seria do 
vendedor, ao adquirente dos produtos e serviços. 
Comentário: Na substituição tributária progressiva, ou para frente, ocorre exatamente o contrário, ou seja, 
há a antecipação do pagamento do tributo. Assim sendo, as pessoas que estão nas etapas posteriores são 
substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia de produção e circulação de mercadorias. 
Gabarito: Errada 
6.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, na substituição tributária para frente, há uma postergação do 
pagamento do tributo, transferindo-se a obrigação de reter e recolher o montante devido, que seria do 
vendedor, ao adquirente dos produtos e serviços. 
Comentário: Na substituição tributária progressiva, ou para frente, ocorre exatamente o contrário, ou seja, 
há a antecipação do pagamento do tributo. Assim sendo, as pessoas que estão nas etapas posteriores são 
substituídas pelas ocupam posição anterior na cadeia de produção e circulação de mercadorias 
Gabarito: Errada 
Responsabilidade por Transferência 
7.FCC/PGE-AM-Procurador/2018A “Indústria de Balanças Peso Pesado”, cujos sócios são Carlos e Danilo, tem 5 estabelecimentos no Estado, 
sendo uma matriz e quatro filiais. A empresa está em processo de recuperação judicial há três meses. 
Quando foi divulgada a notícia de que será promovida a alienação judicial de um de seus estabelecimentos, 
várias pessoas, naturais e jurídicas, se interessaram por adquiri-lo: 
1. Marcos, marido da prima de Carlos; 
2. a “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, sociedade empresarial concorrente; 
3. “Empresa de Ferragens Brasil”, que é controlada pela “Indústria de Balanças Peso Pesado”; 
4. Sebastião, rico empresário e marido da tia de Carlos. 
Considerando que a “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai continuar explorando sua atividade industrial 
por tempo indeterminado, mesmo depois da venda do referido estabelecimento, de acordo com o Código 
Tributário Nacional, caso a referida filial venha a ser adquirida 
a) por Marcos, ele responderá integralmente pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos 
até a data do ato de aquisição. 
b) pela “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, esta não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos 
tributos, relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
c) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta responderá integralmente pelos tributos relativos ao 
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
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d) por Sebastião, ele não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos tributos relativos ao 
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
e) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos 
tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
Comentário: O art. 133 do CTN estabelece a responsabilidade por sucessão de estabelecimento comercial 
ou integral a depender da continuidade de exploração da atividade pelo alienante. O §1º excepciona a 
responsabilidade nos casos de a alienação judicial em falência ou recuperação judicial. Já o §2º, com vistas a 
evitar fraudes dos alienantes, exclui a aplicação do §1º quando o adquirente for sócio da sociedade falida ou 
em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; parente, 
em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em 
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou identificado como agente do falido ou do devedor 
em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. À luz deste artigo, veja as 
alternativas: 
Alternativa A: Marcos, por afinidade, tem parentesco de 4º grau com um dos sócios. Dessa forma, ele se 
enquadra na situação do art. 133, §2º, II, de forma que a alienação judicial em recuperação judicial não exclui 
a responsabilidade por sucessão. Tendo em vista que a empresa “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai 
continuar explorando sua atividade industrial, a compra do estabelecimento por Marcos enseja 
responsabilidade subsidiária (art. 133, II). Alternativa errada. 
Alternativa B: A “Fábrica de Balanças Equilíbrio” não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos 
tributos, relativos ao estabelecimento adquirido. A fábrica não tem nenhuma relação com a alienante e seus 
sócios, portanto, a ela se aplica o art. 133, §1º. Alternativa correta. 
Alternativa C: A “Empresa de Ferragens Brasil” é controlada pela indústria alienante, se enquadrando na 
situação do art. 133, §2º, I. Sendo assim, a alienação judicial em recuperação judicial não exclui a 
responsabilidade por sucessão. Tendo em vista que a empresa “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai 
continuar explorando sua atividade industrial, a compra do estabelecimento pela “Empresa de Ferragens 
Brasil” enseja responsabilidade subsidiária (art. 133, II). Alternativa errada. 
Alternativa D: Sebastião, por afinidade, tem parentesco de 3º grau com um dos sócios. Dessa forma, ele se 
enquadra na situação do art. 133, §2º, II, de forma que a alienação judicial em recuperação judicial não exclui 
a responsabilidade por sucessão. Tendo em vista que a empresa “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai 
continuar explorando sua atividade industrial, a compra do estabelecimento por Sebastião enseja 
responsabilidade subsidiária (art. 133, II). Alternativa errada. 
Alternativa E: Errado conforme comentário da alternativa C. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra B 
8.FCC/SEF-SC-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018 
Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), no que tange à responsabilidade tributária, a pessoa de direito 
privado que adquirir de outra, por qualquer título, estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e 
continuar a respectiva exploração 
a) não responde pelos tributos devidos após a compra do estabelecimento adquirido, por até 3 anos, se o 
alienante estava falido ou em recuperação judicial. 
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b) responde integralmente pelos tributos devidos até 12 meses da data da aquisição, se o alienante, por 
qualquer motivo, cessar a atividade econômica ou, estando em recuperação judicial, falir. 
c) responde subsidiariamente pelos tributos devidos até a data da compra, se o alienante, por qualquer 
motivo, cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. 
d) não responde pelos tributos devidos pelo alienante ou pelo estabelecimento alienado até a data da 
compra, se o alienante continuar exercendo a atividade econômica no mesmo ramo ou for declarado falido. 
e) não responde pelos tributos devidos até a data da compra, se a alienação for judicial, no âmbito de 
processo de falência, exceto se for sócio da sociedade falida, sociedade controlada pelo devedor falido, 
parente em linha reta ou colateral até o 4º grau do devedor falido ou de seus sócios, ou agente do falido. 
Comentário: Esta questão cobra o conhecimento do art. 133, do CTN. Vamos lá! 
Alternativa A: De acordo com o art. 133, §1º, não existe o prazo de 3 anos trazido pela assertiva. Alternativa 
errada. 
Alternativa B: De acordo com o art. 133, I, não existe o prazo de 12 meses trazido pela assertiva. Alternativa 
errada. 
Alternativa C: De acordo com o art. 133, I, a responsabilidade será integral se o alienante cessar a exploração. 
Alternativa errada. 
Alternativa D: De acordo com o art. 133, II e §1º, a responsabilidade será subsidiária se o alienante continuar 
a exploração ou for falido. Alternativa errada. 
Alternativa E: Em conformidade com o art. 133, §§1º e 2º. Alternativa correta. 
Gabarito: Letra E 
9.FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016 
Dispõe o Código Tributário Nacional que a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar 
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido. Dispõe o referido CTN que a responsabilidade do 
sucessor adquirente será 
a) integral para o adquirente parente, em linha reta ou colateral até o quarto grau, consanguíneo ou afim, 
do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios, desde que o alienante cesse a 
exploração do comércio, indústria ou atividade. 
b) integral e abrangerá os débitos até a data do ato, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 
seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria 
ou profissão. 
c) subsidiária e abrangerá os débitosaté a data do ato se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade. 
d) integral pelos tributos devidos pela pessoa jurídica de direito privado que adquirir estabelecimento 
comercial, no caso de alienação judicial em processo de falência. 
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e) relativa se o adquirente for sócio de sociedade falida ou em recuperação judicial, porque inexistem regras 
sobre a responsabilidade por sucessão para o sócio adquirente no Código Tributário Nacional. 
Comentário: Trata-se do art. 133, do CTN, que dispõe sobre a responsabilidade do sucessor, em caso de 
aquisição de fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional. 
Neste caso, além das regras específicas previstas nos parágrafos do art. 133, para dizer se a responsabilidade 
do adquirente será integral ou subsidiária, é necessário analisar o que ocorrerá com o alienante. Assim, 
temos o seguinte: 
I – O adquirente responderá integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou 
atividade; 
II – O adquirente responderá subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar 
dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de 
comércio, indústria ou profissão. 
Analisemos, pois, cada uma das alternativas: 
Alternativa A: Embora haja inaplicabilidade da regra de responsabilidade prevista no caput do art. 133, do 
CTN para os casos de alienação judicial em processo de falência ou alienação de filial ou unidade produtiva 
isolada, em processo de recuperação judicial, se o adquirente for parente, em linha reta ou colateral até o 
quarto grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus 
sócios, responderá pelo crédito tributário integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade. Alternativa correta. 
Alternativa B: A alternativa condiciona a responsabilidade ao fato de o adquirente (“este” se refere ao 
adquirente) prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova 
atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Na realidade, tais condições se 
aplicam ao alienante, e não ao adquirente. Alternativa errada. 
Alternativa C: Se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade, a responsabilidade do 
adquirente será integral, e não subsidiária, tornando a assertiva incorreta. No que se refere aos débitos 
abrangidos (até a data do ato), não há erro. Alternativa errada. 
Alternativa D: No caso de alienação judicial em processo de falência, não há que se falar em responsabilidade 
do adquirente, conforme estabelece o art. 133, § 1º, I, do CTN. Alternativa errada. 
Alternativa E: O CTN dispôs claramente as regras sobre a responsabilidade por sucessão para o sócio 
adquirente no Código Tributário Nacional. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra A 
10.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em 
outra é responsável pelos impostos devidos a partir da data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionadas, transformadas ou incorporadas (“responsabilidade a posteriori"). 
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Comentário: Na realidade, a responsabilidade da pessoa jurídica sucessora alcança os tributos (e não apenas 
os impostos) devidos até a data do ato, e não a partir deste momento. 
Gabarito: Errada 
11.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
O adquirente ou remitente é pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou 
remidos (“responsabilidade por sucessão"). 
Comentário: É o que define o art. 131, I, do CTN: são pessoalmente responsáveis o adquirente ou remitente, 
pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos. 
Gabarito: Correta 
12.FCC/TCE-AM-Auditor/2015 
Orlando adquiriu dois imóveis, ambos com débito de IPTU referentes a vários exercícios. O primeiro deles, 
uma casa no centro da cidade, foi adquirido diretamente do vendedor, por meio de escritura pública, 
enquanto que o segundo, um terreno em local afastado do centro da cidade, foi adquirido em hasta pública. 
Não constaram dos respectivos títulos aquisitivos quaisquer provas de quitação do IPTU até então devido. 
De acordo com a disciplina do Código Tributário Nacional acerca da responsabilidade dos sucessores, 
Orlando 
a) será responsável total e ilimitadamente pelo crédito tributário existente até a data de aquisição da casa. 
b) será responsável total e ilimitadamente apenas pelo débito de imposto existente até a data de ambas as 
aquisições. 
c) será responsável total e ilimitadamente pelo crédito tributário existente até a data de aquisição do 
terreno. 
d) não será responsável pelos créditos tributários existentes até a data da aquisição. 
e) será responsável apenas pelo débito de imposto existente até a data de ambas as aquisições, sendo que, 
no caso do terreno, essa responsabilidade se limita ao preço de aquisição. 
Comentário: Nesta questão, precisamos ficar atentos ao fato de que, na aquisição do primeiro imóvel, isto 
é ,da casa, não há qualquer ressalva no sentido de constar a prova da quitação dos tributos. Por conseguinte, 
o adquirente torna-se responsável pelos tributos incidentes sobre o imóvel. 
Por outro lado, na aquisição do terreno, em hasta pública, não há que se falar na responsabilidade do 
adquirente, pois neste caso a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço. 
Gabarito: Letra A 
13.FCC/TJ-SC-Juiz Substituto/2015 
Lukas, domiciliado em cidade do interior catarinense, é proprietário de imóvel residencial, que valia, em 
2012, R$ 200.000,00. 
Em 2013, esse imóvel passou a valer R$ 240.000,00, em razão da obra pública realizada pela Prefeitura 
Municipal, e que resultou na referida valorização. A Prefeitura Municipal instituiu, lançou e cobrou 
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contribuição de melhoria dos contribuintes que, como Lukas, tiveram suas propriedades valorizadas. O 
mesmo Município catarinense, a seu turno, com base em lei municipal, lançou e cobrou, em 2013, a taxa 
decorrente da prestação de serviço público de recolhimento de lixo domiciliar, tendo como fato gerador o 
recolhimento do lixo produzido individualmente, nos imóveis residenciais localizados naquele Município. O 
Município catarinense lançou e cobrou essa taxa de Lukas, em relação ao mesmo imóvel acima referido. 
Neste ano de 2015, Lukas recebeu uma excelente oferta pelo seu imóvel e está pensando em vendê-lo. 
Ocorre, porém, que não pagou a contribuição de melhoria lançada pela municipalidade, nem a taxa lançada 
pelo Município. Em razão disso, com base nas regras de responsabilidade por sucessão estabelecidas no CTN, 
a) tanto o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, como o relativo à taxa, se sub-rogarão na 
pessoa do adquirente, na proporção de 50% do valor lançado. 
b) o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria não se sub-rogará na pessoa do adquirente, mas o 
relativo à taxa sim, salvo se constar do título aquisitivo a sua quitação. 
c) tanto o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, como o relativo à taxa, se sub-rogarão na 
pessoa do adquirente, salvo se constar do título aquisitivo a sua quitação. 
d) nem o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, nem o relativo à taxa, se sub-rogará na pessoa 
do adquirente. 
e) o crédito tributáriorelativo à contribuição de melhoria se sub-rogará na pessoa do adquirente, salvo se 
constar do título aquisitivo a sua quitação, mas o relativo à taxa não. 
Comentário: Nesta questão, precisamos saber que a taxa se refere à prestação de serviço público (coleta de 
lixo) referente ao bem imóvel, e que a contribuição de melhoria também está relacionada ao bem imóvel 
(sua valorização após a realização da obra pública). 
Assim sendo, aplica-se o art. 130, do CTN, que prevê que os créditos tributários relativos a impostos cujo 
fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas 
pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa 
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
Por esse motivo, caso Lukas venda seu bem imóvel, tanto o crédito tributário relativo à contribuição de 
melhoria, como o relativo à taxa, se sub-rogarão na pessoa do adquirente, salvo se constar do título 
aquisitivo a sua quitação. 
Gabarito: Letra C 
14.FCC/Pref. Recife-Procurador/2014 
Manoel Finório, falecido aos 80 anos por causas ainda desconhecidas, deixa para Ana Faceira, jovem viúva 
de 21 anos, e para seus 11 filhos considerável soma em dinheiro e vários imóveis residenciais e comerciais 
na cidade do Recife. Ocorre que na data da partilha, verificou-se que o Sr. Manoel era devedor de ISSQN 
perante o Fisco recifense devidamente constituído e inscrito em dívida ativa. Evidente discussão ocorreu 
entre a viúva e os herdeiros e entre estes para saber quem deveria saldar o débito tributário municipal em 
haver e quanto seria a parte de cada um. Consultado a respeito, o Procurador Judicial orientou que a 
a) responsabilidade pessoal deve ser atribuída somente aos 11 filhos herdeiros, de forma que o débito 
tributário a ser resolvido seja limitado ao montante recebido por cada um deles. 
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b) responsabilidade deve ser pessoalmente aplicada tanto ao cônjuge meeiro, como aos sucessores 
herdeiros de Manoel Finório, de forma que o débito tributário a ser resolvido seja limitado ao montante 
recebido por cada um deles. 
c) responsabilidade deve ser solidariamente aplicada tanto ao cônjuge meeiro, como aos sucessores 
herdeiros de Manoel Finório, de forma que todo o débito tributário seja resolvido, independentemente do 
montante recebido por cada um deles. 
d) discussão fora inócua entre os envolvidos pois, pela lei, o espólio deve ser responsável pelos tributos 
devidos pelo de cujus até a data da partilha. 
e) responsabilidade deve ser pessoalmente aplicada tanto ao cônjuge meeiro, como aos sucessores 
herdeiros de Manoel Finório, de forma que todo o débito tributário seja resolvido, independentemente do 
montante recebido por cada um deles. 
Comentário: De acordo com o art. 131 do CTN, são pessoalmente responsáveis o sucessor a qualquer título 
e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; o espólio, pelos tributos devidos pelo 
de cujus até a data da abertura da sucessão . À luz deste artigo, veja as alternativas: 
Alternativa A: A responsabilidade também é atribuída ao cônjuge meeiro. Alternativa errada. 
Alternativa B: Em conformidade com o art. 131, II. Alternativa correta. 
Alternativa C: Não há solidariedade neste caso. Alternativa errada. 
Alternativa D: O espólio é responsável até a data da sucessão. Alternativa errada. 
Alternativa E: A responsabilidade fica limitada ao montante recebido. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra B 
15.FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014 
Na responsabilidade por sucessão, é correto afirmar que: 
a) a incorporação de uma empresa por outra implica em responsabilidade tributária para a empresa 
incorporadora, relativamente aos débitos tributários da empresa incorporada, por fatos geradores 
anteriores à incorporação. 
b) se na arrematação de bem imóvel em hasta pública o respectivo preço pago não for utilizado para quitar 
os tributos devidos, incidentes sobre o imóvel, o arrematante é considerado responsável tributário. 
c) em processo de falência, o adquirente de estabelecimento comercial será responsável tributário pelos 
tributos devidos pela empresa falida, abatendo-se do preço da aquisição o valor dos débitos tributários. 
d) o espólio nunca é sucessor tributário, mas sim os herdeiros a qualquer título são quem respondem pelos 
tributos devidos pelo de cujus até a abertura da sucessão. 
e) os pais, tutores e curadores são responsáveis por sucessão, pelos tributos devidos pelos filhos, tutelados 
e curatelados, respectivamente 
Comentário: 
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Alternativa A: De acordo com o art. 132, do CTN, a incorporação de uma empresa por outra implica em 
responsabilidade tributária para a empresa incorporadora. Tal responsabilidade abrange os débitos 
tributários da empresa incorporada, por fatos geradores anteriores à incorporação. Alternativa correta. 
Alternativa B: No caso de arrematação de bem imóvel em hasta pública, o art. 130, par. único, do CTN, 
estabelece que a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço, de forma que o adquirente recebe o imóvel 
livre das obrigações tributárias anteriores à aquisição. Alternativa errada. 
Alternativa C: Em regra, em se tratando de aquisição de estabelecimento comercial em processo de falência, 
o adquirente não responde pelos tributos devidos pela empresa falida, conforme estabelece o art. 133, § 1º, 
I, do CTN. Alternativa errada. 
Alternativa D: De acordo com o art. 131, III, do CTN, o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos 
devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. Alternativa errada. 
Alternativa E: Neste caso, não há que se falar em responsabilidade por sucessão, mas sim em 
responsabilidade de terceiros (pais, tutores e curadores), que pode ocorrer em decorrência de atuação 
regular ou irregular. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra A 
16.FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
De acordo com o CTN, a responsabilidade tributária do sucessor abrange os tributos devidos pelo sucedido 
cujos fatos geradores tenham ocorrido até o dia da sucessão, mas não as multas moratórias ou punitivas. 
Comentário: Embora a questão se refira ao CTN, deseja-se, na verdade, que o candidato conheça a 
jurisprudência do STJ, que entende que a responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributos 
devidos pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, por representarem dívida de valor, 
acompanham o passivo do patrimônio adquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido 
até a data da sucessão. 
Gabarito: Errada 
17.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014 
Sobre responsabilidade tributária, o arrematante é responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam 
anteriores à arrematação, do mesmo modo que o adquirente de bem móvel. 
Comentário: O arrematante de bem imóvel em hasta pública não se torna responsável pelos tributos cujos 
fatos geradores sejam anteriores à arrematação, o que não ocorre com o adquirente de bem móvel. 
Gabarito: Errada 
18.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014 
Sobre responsabilidade tributária, o adquirente de estabelecimento comercial é responsável pelos tributos 
cujos fatos geradores sejam anteriores à aquisição quando a aquisição se dá em processo de falência, já que 
os créditos tributários têm preferência sobre créditos extra concursais. 
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Comentário: Em regra, vimos que o adquirente de estabelecimento comercial é responsável pelos tributos 
cujos fatos geradores sejam anteriores à aquisição. Contudo, tal responsabilidade não se aplica aos casos de 
aquisição em processo de falência. 
Gabarito: Errada 
19.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014 
Sobre responsabilidade tributária, a pessoa jurídica de direito privado que resultar da incorporação, fusão 
ou transformação é responsável pelos tributos relativos aos fatos geradores anteriores à incorporação, fusão 
ou transformação de forma subsidiária, caso o patrimônio da incorporada, fundida ou transformada seja 
insuficiente para quitar os créditos tributários devidos. 
Comentário: Não há que se falar em responsabilidade subsidiária da pessoa jurídica de direito privado que 
resultar da incorporação, fusão ou transformação. Esta será responsável pelos tributos relativos aos fatos 
geradores anteriores à incorporação, fusão ou transformação. 
Gabarito: Errada 
20.FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013 
Com fundamento nas previsões do CTN, considere: 
I. Supondo que Aglaope é terceira pessoa vinculada ao fato gerador de determinada obrigação tributária e 
Leucosia é o contribuinte desta obrigação tributária, a atribuição de responsabilidade pelo crédito tributário 
a Aglaope deve ser expressamente estipulada por meio de lei, excluindo a responsabilidade de Leucosia ou 
atribuindo-a a esta em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
II. Perséfone é proprietária de bem imóvel e deseja vendê-lo. Logo, a responsabilidade pelo pagamento do 
crédito tributário relativo a imposto cujo fato gerador seja a propriedade imobiliária sub-roga-se na pessoa 
dos eventuais adquirentes do imóvel de Perséfone, mesmo quando conste do título a prova de sua quitação. 
III. Sabázio morre, e deixa como herança três imóveis. Selene e Sarpédon são os únicos herdeiros, em 
igualdade de condições. Após ser realizada a partilha dos bens de Sabázio, ficam Selene e Sarpédon 
pessoalmente responsáveis, limitado ao montante do respectivo quinhão, pelos tributos devidos até este 
momento. 
IV. A empresa Jardim das Hespérides S.A. adquire da empresa Hamadríade Industrial Ltda. uma fábrica 
instalada no Estado de São Paulo. Aproveitando todo o maquinário existente, a adquirente continua a 
exploração da mesma atividade. Com respeito aos tributos devidos por esta fábrica até o momento da 
transação empresarial, a empresa Jardim das Hespérides S.A. responde subsidiariamente com o alienante se 
este cessar a exploração da indústria, e responde a adquirente pessoalmente se o alienante iniciar dentro de 
seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de indústria. 
V. Na hipótese de alienação judicial em processo de falência, a pessoa jurídica de direito privado que adquirir 
fundo de comércio nesta situação e continuar a respectiva exploração responde, em qualquer hipótese, 
pelos tributos relativos ao fundo de comércio adquirido, devidos até a data da operação. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
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c) II e V. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
Comentário: 
Item I: Em conformidade com o art. 128 do CTN. Item correto. 
Item II: Se constar do titula a prova de quitação do tributo, o crédito tributário não sub-roga-se na pessoa 
do adquirente (art. 130 do CTN). Item errado. 
 Item III: Em conformidade com o art. 131, II do CTN. Item correto. 
Item IV: A adquirente responde integralmente pelos tributos devidos se o alienante cessar a exploração da 
indústria, e responde subsidiariamente com o alienante se este iniciar dentro de seis meses, a contar da data 
da alienação, nova atividade no mesmo ramo de indústria (art. 133 do CTN). Item errado. 
Item V: Não haverá responsabilidade por sucessão no caso de alienação judicial em processo falência (art. 
133, §1º do CTN). Item errado. 
Gabarito: Letra B 
21.FCC/TJ-PE-Juiz/2013 
Na sucessão causa mortis haverá responsabilidade tributária do espólio e dos sucessores, solidariamente, 
por todos os tributos cujos fatos geradores surgirem durante o inventário ou partilha. 
Comentário: Os tributos cujos fatos geradores surgirem durante o inventário ou partilha terão o espólio 
como contribuinte, e não responsável. A responsabilidade pessoal ocorre por transferência, e, no caso do 
espólio, diz respeito aos fatos geradores ocorridos antes da abertura da sucessão. 
Gabarito: Errada 
22.FCC/TRF - 2ª REGIÃO-Analista Judiciário/2012 
Samuel vendeu, por escritura pública, um imóvel para Sueli. Haviam débitos referentes ao imposto predial e 
territorial urbano. O contrato de venda e compra estipulou a transferência dessa responsabilidade (quitação 
dos débitos) para Rafael (então devedor de Samuel), mas que deixou de cumpri-la. Nesse caso, a 
responsabilidade da quitação do débito perante à Fazenda Pública do Município será 
a) de Rafael, ou seja, o terceiro integrante no contrato. 
b) de Samuel, ou seja, o vendedor do imóvel. 
c) de Sueli, ou seja, a compradora e atual proprietária do imóvel. 
d) do vendedor Samuel e da compradora Sueli. 
e) da compradora Sueli e do terceiro Rafael. 
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Comentário: A responsabilidade tributária pelos tributos relativos ao bem imóvel é de Sueli, haja vista não 
ter sido provada a quitação dos débitos tributários. Deve ser ressaltado que a responsabilidade tributária 
não pode ser transferida a Rafael, haja vista que as convenções particulares não podem modificar a definição 
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias. 
Gabarito: Letra C 
23.FCC/PGM-João Pessoa-PB-Procurador Municipal/2012 
Sobre a responsabilidade dos sucessores, analise os itens abaixo. 
I. O arrematante de imóvel em hasta pública não é responsável pelos tributos incidentes sobre o bem cujos 
fatos geradores sejam anteriores à arrematação. 
II. O espólio não é responsável tributário pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à abertura da 
sucessão, assim como pelos tributos cujos fatos geradores tenham ocorrido durante o inventário. 
III. O adquirente de estabelecimento comercial é sempre responsável integralmente pelos tributos cujos 
fatos geradores sejam anteriores à aquisição, ainda que a mesma se dê judicialmente em processo de 
falência. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
Comentário: 
Item I: Na arrematação de imóvel em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço, de forma 
que o arrematante não é responsável pelos tributos incidentes sobre o bem cujos fatos geradores sejam 
anteriores à arrematação. Item correto. 
Item II: Na realidade, o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até a data 
da abertura da sucessão. Item errado. 
Item III: A responsabilidade do adquirente de estabelecimento comercial pode ser integral ou subsidiária 
com o alienante. Contudo, não há que se falar em responsabilidade do adquirente se a aquisição se deu 
judicialmente em processo de falência. Esta é a regra. Item errado. 
Gabarito: Letra A 
24.FCC/Pref. São Paulo-Auditor Fiscal do Município/2012 
Um menino menor de idade, com dez anos, recebeu, na qualidade de herdeiro testamentário, por ocasião 
da morte de sua avó, um imóvel urbano, localizado em município do interior de São Paulo, no valor de R$ 
350.000,00. 
Houve a aceitação da herança pelo menor, que, nesse ato, foi representando por seus pais. 
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Nesse caso, o tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis caberá: 
a) aos pais do menor de idade, pois o menino, por ser menor de idade, não tem capacidade tributária. 
b) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de impossibilidade de exigência 
do cumprimento dessa obrigação tributária por ele, seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos 
em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. 
c) cinquenta por cento ao menino menor de idade e cinquenta por cento aos pais do menor. 
d) aos pais do menino menor de idade e ao próprio menino, pois o menor não tem capacidade jurídica para 
ser, isoladamente, contribuinte. 
e) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de impossibilidade de exigência 
do cumprimento dessa obrigação tributária por ele, seus pais responderão solidariamente com ele. 
Comentário: De acordo com o art. 126, I, do CTN, o menor de idade possui capacidade tributária passiva, 
logo a responsabilidade pelo tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis caberá a ele 
próprio. Ademais, em caso de impossibilidade de exigência do cumprimento dessa obrigação tributária por 
ele, seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis, tudo em conformidade com o art. 134, I, do CTN. 
Gabarito: Letra B 
25.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, “Beltrano” faleceu deixando herdeiros e tributos não pagos. 
Deixou bens em valor inferior ao valor dos tributos devidos. O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro 
são responsáveis pelo valor total dos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação. 
Comentário: A responsabilidade dos sucessores se limita ao valor do quinhão recebido por eles. Como o 
valor dos bens é inferior ao valor dos tributos devidos, não se pode afirmar que serão responsáveis pelos 
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação. 
Gabarito: Errada 
26.FCC/ SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009 
Considere a seguinte situação: diretores de uma empresa, que está sendo adquirida por outra, pactuaram 
com a adquirente que suportarão o pagamento do ICMS devido até a data do ato de aquisição. Neste caso, 
a Fazenda poderá cobrar o ICMS da empresa adquirente, uma vez que as convenções particulares não podem 
ser opostas à Fazenda Pública. 
Comentário: De fato, conforme previsto no art. 123 do CTN, as convenções particulares, relativas à 
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a 
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
Gabarito: Correta 
27.FCC/Procurador Judicial-Recife-PE/2008 
Decidido anteriormente pelo juízo de direito, nos autos da recuperação judicial, que o adquirente de unidade 
produtiva via alienação naquele processo não responderia pelas obrigações do devedor (art. 60, parágrafo 
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único, da Lei n.º 11.101/2005), tal deliberação sobrepõe-se a qualquer decisão sobre a matéria advinda de 
juízos diversos, sob pena de inibição do propósito tutelar e da operacionalidade do mencionado diploma 
legal. (AgRg no CC 112638 / RJ, Relator Ministro João Otávio de Noronha, Órgão Julgador S2 – Segunda Seção 
do STJ, Data do Julgamento 10/8/2011) 
Tendo como referência inicial a jurisprudência apresentada, julgue o item a seguir: após a partilha amigável 
em arrolamento de bens judicial pela morte de seu pai, que se deu em 2007, Tício e Mévio recebem agora 
notificação para pagamento de Imposto de Renda ano-base 2003, por ele devido quando ainda estava vivo. 
Esta exigência fiscal está correta, porque os sucessores são responsáveis pelos tributos devidos, cujos fatos 
geradores ocorreram até a data da partilha, até o limite dos quinhões recebidos, desde que não tenha se 
operado a decadência ou prescrição. 
Comentário: Desde que não tenha ocorrido a decadência ou prescrição, que são causas extintivas do crédito 
tributário, os sucessores são responsáveis até o limite dos quinhões recebidos. A decadência e a prescrição 
serão estudadas em momento oportuno. Não se preocupe. 
Gabarito: Correta 
 
Responsabilidade de Terceiros 
28.FCC/SEFAZ-PE-Julgador Administrativo Tributário do Tesouro Estadual/2015 
O Estado do Pernambuco lavrou auto de infração contra a empresa Redealegre, cobrando-lhe ICMS e multa, 
sob o fundamento de que promoveu saída de mercadoria sem o devido recolhimento do imposto. Notificada, 
a Redealegre apresentou impugnação e os recursos administrativos cabíveis, mas o auto de infração foi 
mantido na esfera administrativa. Ocorre que a empresa, nesse período, enfrentando problemas financeiros 
e não conseguindo saldar suas obrigações, teve sua falência decretada. No caso hipotético, o Estado do 
Pernambuco, ao promover a cobrança do débito fiscal, deverá acionar 
a) o sócio, já que a decretação da falência da empresa Redealegre constitui hipótese de dissolução irregular 
da sociedade, o que enseja a sua responsabilidade solidária. 
b) o sócio, pois a inadimplência das obrigações tributárias por parte da empresa constitui infração legal e 
enseja a sua responsabilidade solidária. 
c) o sócio, pois a decretação da falência da empresa é situação apta a demonstrar que ele agiu com culpa, 
na medida em que se presume que não agiu com zelo na administração da empresa Redealegre. 
d) a massa falida da empresa Redealegre, pois a decretação da falência não caracteriza dissolução irregular 
da sociedade, não representando infração legal apta a viabilizar o acionamento automático do sócio. 
e) a massa falida da empresa Redealegre, pois, por força do princípio da separação patrimonial, somente a 
empresa responde por suas dívidas, não podendo o seu sócio ser responsabilizado por elas. 
Comentário: O art. 135 do CTN prevê responsabilidade pessoal do sócio pelos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato 
social ou estatutos. No entanto, na situação narrada na questão não se pode inferir excesso de poderes ou 
infração, já que a decretação de falência da empresa, na forma da lei, não configura dissolução irregular. 
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Ainda, a súmula 430 do STJ dispõe que o inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, 
por si só, a responsabilidade solidária do sócio gerente. 
Diante do exposto, para cobrar o débito, o Fisco deverá acionar a massa falida. Alternativa D correta. 
Gabarito: Letra D 
29.FCC/TJ-RR-Juiz Substituto/2015 
Sérgio, viúvo, faleceu em 2012, tendo deixado dois filhos como herdeiros: um maior de idade e outro menor 
de idade. 
No momento de seu falecimento, o valor total dos bens deixados por Sérgio (todos eles bens móveis) era de 
R$ 1.500.000,00. 
Nesse mesmo momento, o valor de suas dívidas, inclusive tributárias, perfazia o montante de R$ 300.000,00. 
Em seu testamento, deixou como legado, para seu sobrinho Carlos, menor de idade, com 8 anos completos, 
a importância de R$ 120.000,00, e deixou para Madalena, sua sobrinha e irmã de Carlos, com 21 anos 
completos, a importância de R$ 100.000,00. 
Camilo, tutor de Carlos, aceitou a herança em nome do menino, mas como este não possuía recurso 
financeiro algum para liquidar o crédito tributário em questão, deixou-se de efetivar o pagamento do ITCMD 
incidente sobre essa transmissão causamortis. 
Madalena aceitou a herança, mas não pagou o ITCMD devido, por puro esquecimento. 
De acordo com a lei do Estado federado que tinha titularidade ativa para instituir o ITCMD sobre essas 
transmissões hipotéticas, “o contribuinte do ITCMD é o herdeiro a qualquer título”. 
Considerando os fatos acima narrados e o que o Código Tributário Nacional dispõe a respeito de sujeição 
passiva e capacidade tributária, 
a) Carlos não pode ser contribuinte do ITCMD relativo ao legado que recebeu, por ser menor de idade, ainda 
que lei estadual tenha disposto que o herdeiro a qualquer título é o contribuinte na transmissão causa mortis. 
b) Camilo não pode ser responsabilizado pelo pagamento do ITCMD devido sobre o legado recebido por 
Carlos, pois não agiu com dolo. 
c) o espólio é responsável pelas dívidas tributárias do de cujus, incorridas anteriormente ao seu óbito. 
d) Madalena, por ser irmã de Carlos, e maior de idade, é contribuinte tanto em relação ao ITCMD devido 
pelo legado que recebeu, como em relação ao ITCMD devido pelo legado recebido por seu irmão. 
e) o espólio, na qualidade de responsável por sucessão, é contribuinte do ITCMD devido pelos legatários e 
pelos herdeiros legais menores de idade. 
Comentário: 
Alternativa A: A capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais. Logo, 
Carlos é sim contribuinte do ITCMD em questão. Alternativa errada. 
Alternativa B: Pela omissão do pagamento do ITCMD, Camilo se torna responsável, na impossibilidade de 
exigência da dívida de Carlos, nos termos do art. 134. Alternativa errada. 
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Alternativa C: No caso em questão, a responsabilidade pelas dívidas tributárias do de cujus é transferida ao 
espólio. Alternativa correta. 
Alternativa D: Madalena é contribuinte apenas em relação ao ITCMD relativo ao legado por ela recebido. 
Alternativa errada. 
Alternativa E: Conforme ficou claro no enunciado da questão, o contribuinte do ITCMD são os legatários e 
herdeiros legais. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra C 
30.FCC/TJ-CE-Juiz/2014 
Em setembro de 2013, Gustavo, com 10 anos de idade, domiciliado em Fortaleza/CE, recebeu em doação, 
de sua avó, Mariângela, viúva, domiciliada em Natal/RN, um terreno localizado à beira-mar, em Aquiraz/CE, 
do qual ela era proprietária, fazia 30 anos. 
Como Gustavo é menor de idade, a aceitação da doação foi feita apenas por sua mãe, que o representa na 
prática de atos da vida civil, pois seu pai foi destituído do poder familiar, por decisão judicial, e há muito 
tempo “anda desaparecido”. 
No momento em que foi lavrada a escritura de doação, Mariângela, que era contribuinte do IPTU, 
encontrava-se em débito com a Prefeitura do Município de Aquiraz, relativamente a esse imposto, no 
exercício de 2013. Considerando que o contribuinte do ITCD, nas doações, é o donatário e tomando como 
base o que dispõem a Constituição Federal e o Código Tributário Nacional, é correto afirmar: 
O pai e a mãe de Gustavo revestirão a condição de responsáveis tributários pelo IPTU em atraso e pelo ITCD 
devido por Gustavo, se, da escritura de doação, não constar certidão negativa relativamente a débitos do 
IPTU e do ITCD e se não for possível exigir de Gustavo o cumprimento da obrigação principal. 
Comentário: O art. 134 do CTN preceitua que nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores respondem 
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. 
Ainda, conforme art. 130 do CTN, os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de 
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos 
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
No caso narrado, o pai foi destituído do poder familiar e não interveio na doação. Portanto, somente a mãe 
será responsável pelos tributos que não possam ser exigidos de Gustavo. Questão errada. 
Gabarito: Errado 
31.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Analista Judiciário/2014 
Tício, Mévio e Portus são sócios em uma empresa de responsabilidade limitada, na proporção de 1%, 30% e 
69%, das quotas sociais, respectivamente. Consta do contrato social que o representante legal da empresa 
é Tício. Considerando que a empresa deixou de emitir nota fiscal e, portanto, de recolher o ICMS devido no 
período de dezembro de 2010 até fevereiro de 2013, após regular ação fiscal, foi feita a autuação para 
pagamento do tributo, multa, juros e correção monetária. Diante do não pagamento do crédito constituído, 
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foi o mesmo inscrito em dívida ativa e, após extrair a Certidão da Dívida Ativa - CDA, foi proposta execução 
fiscal em face da empresa e dos sócios. Diante dos fatos apresentados, 
a) não há responsabilidade solidária entre os sócios, mas pessoal, que respondem proporcionalmente no 
limite de suas quotas sociais, pelos atos que praticam em infração de lei, bem assim não há solidariedade 
com a empresa, que somente responde pelo crédito tributário correspondente a obrigações tributárias 
efetivamente praticadas. 
b) somente o representante legal da empresa, Tício, é que responde pelo crédito correspondente a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei, de forma pessoal, mas a empresa, 
na qualidade de contribuinte, é devedora do tributo decorrente do fato gerador efetivamente praticado por 
ela. 
c) o polo passivo da execução fiscal está correto, tendo em vista que os sócios são responsáveis pelo crédito 
correspondente a obrigações tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei, contrato ou 
estatuto, de forma pessoal. 
d) os sócios não devem figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em vista que se trata de sociedade 
por quotas de responsabilidade limitada, ou seja, é a empresa, com seu patrimônio, que responde pelos 
créditos tributários decorrentes do exercício de sua atividade, ainda que praticados em infração de lei, 
contrato ou estatuto. 
e) a empresa não deve figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em vista que, no caso de infração 
de lei, a responsabilidade é pessoal e exclusiva dos sócios pelo crédito correspondente a obrigações 
tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei. 
Comentário: A responsabilidade pela prática de atos com infração da lei tributária que impõe a emissão de 
nota fiscal e o consequente recolhimento de ICMS implica responsabilidade tributária para o representante 
legal da empresa, isto é, seu administrador, conforme estabelece o art. 135, III, do CTN. Por tal motivo, 
somente o representante legal da empresa, Tício, é que responde pessoalmente pelo crédito correspondente 
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei. 
Gabarito: Letra B 
 
32.FCC/TJ-PE-Juiz/2013 
Em fiscalização realizada em uma empresa de embalagens foram constatadas inúmeras irregularidades 
relativamente ao recolhimento dos tributos devidos, razão pela qual foi lavrado um Auto de Infração e 
Imposição de Multa. O crédito tributário decorrente destes fatos geradores por atos praticados com infração 
de lei, contrato ou estatuto, será devido 
a) pelos diretores ou gerentes, enquanto representantes legais da empresa, na qualidade de responsáveis 
pessoais, pelos créditos cujos atos advieram de infração de lei, contrato ou estatuto; e pela empresa, na 
qualidade de contribuinte, pelos créditos cujos fatos geradores efetivamentetenha praticado sem afronta à 
lei, contrato ou estatuto. 
b) pelos sócios e pelos diretores ou gerentes, enquanto representantes legais da empresa, na qualidade de 
responsáveis solidários, por créditos advindos de atos decorrentes da infração de lei, contrato ou estatuto; 
e pela empresa, na qualidade de contribuinte, pelos fatos geradores que efetivamente praticou. 
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c) pela empresa, em sua totalidade, na qualidade de contribuinte e, subsidiariamente, pelos sócios diretores, 
enquanto representantes legais, pelo crédito decorrente de atos praticados com infração de lei, contrato ou 
estatuto. 
d) pela empresa e pelos sócios, solidariamente, na qualidade de contribuinte e responsável, 
respectivamente, pelos créditos decorrentes de todos os atos praticados, inclusive com infração de lei, 
contrato ou estatuto. 
e) pelos sócios, em sua totalidade, na qualidade de responsáveis pessoais pelos atos com infração de lei, 
contrato ou estatuto; e pela empresa, na qualidade de contribuinte, pelos créditos decorrentes de todos os 
atos praticados por seus responsáveis le- gais, em regime de solidariedade. 
Comentário: Em relação aos créditos cujos atos advieram de infração de lei, contrato ou estatuto, a 
responsabilidade será pessoal dos diretores ou gerentes, enquanto representantes legais da empresa, nos 
termos do art. 135, III, do CTN. 
Quanto aos demais créditos tributários cujos fatos geradores a empresa efetivamente tenha praticado sem 
afronta à lei, contrato ou estatuto, esta será devedora, na qualidade de contribuinte. 
Gabarito: Letra A 
33.FCC/TJ-PE-Notário e Registrador/2013 
Quando da realização do negócio jurídico de compra e venda de bem imóvel o alienante declarou ao tabelião 
que não possuía débitos para com as Fazendas Públicas municipal, estadual e federal. Esta declaração foi 
consignada na Escritura Pública que ainda constou a assunção pelo alienante de qualquer obrigação 
tributária por fato gerador anterior à lavratura da Escritura. A responsabilidade tributária neste caso, 
a) é do alienante, pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores ao negócio. 
b) é do adquirente, ainda que tenham sido apresentadas as certidões negativas de débito pelo alienante. 
c) é solidária do alienante e do adquirente. 
d) pode ser solidária do tabelião ou do oficial do registro de imóveis com o adquirente quando não 
efetivamente fiscalizado o recolhimento do tributo devido na operação. 
e) somente será atribuída ao tabelião ou ao oficial do registro de imóveis em caráter exclusivo, pela omissão 
na fiscalização desta obrigação tributária por parte do alienante. 
Comentário: De acordo com o art. 130 do CTN, os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador 
seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação 
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos 
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Ainda, conforme art. 134, VI, nos casos 
de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem 
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis os 
tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por 
eles, ou perante eles, em razão do seu ofício. 
Na situação narrada, o tabelião deveria ter exigido a prova de quitação do tributo devido pelo alienante. 
Como houve omissão em seu ofício, ele passa a ter responsabilidade “solidária”. Assim, como não houve 
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emissão de uma certidão negativa de débitos, tanto o adquirente como o tabelião podem responder pelo 
tributo devido. 
Gabarito: Letra D 
34.FCC/TJ-PE-Titular de Serviços de Notas e Registros/2013 
É legalmente considerado responsável solidário pelos tributos gerados por atos em que intervém 
a) o filho menor, em relação aos tributos devidos por seus pais. 
b) a sociedade de pessoa, em relação aos tributos devidos por seus sócios. 
c) o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio. 
d) o usuário do serviço notarial e de registro, pelos tributos decorrentes da prática de atos na serventia. 
e) o proprietário mandante, pelos tributos devidos por atos do administrador. 
Comentário: 
Alternativa A: Os responsáveis são os pais, em relação aos tributos devidos por seus filhos menores. 
Alternativa errada. 
Alternativa B: Os responsáveis são os sócios, em relação aos tributos no caso de liquidação de sociedades 
de pessoas. Alternativa errada. 
Alternativa C: O inventariante é responsável pelos tributos devidos pelo espólio, nos termos do art. 134, IV, 
do CTN. Alternativa correta. 
Alternativa D: A responsabilidade é dos os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos 
tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício. Alternativa 
errada. 
Alternativa E: A responsabilidade é dos administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por 
estes. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra C 
35.FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013 
Constavam no contrato social da empresa Tessalônica Industrial Ltda. três sócios: Ovídio, Sêneca e Virgílio. 
Ovídio e Virgílio eram os administradores da empresa, cada qual podendo assinar e obrigar a empresa 
isoladamente; já Sêneca nunca se envolvera na administração, tendo apenas subscrito e integralizado o 
capital e auferido os lucros obtidos. Não obstante haver no contrato social da empresa cláusula que 
expressamente veda operações em bolsa de valores com recursos da empresa, em 12/11/2012, Ovídio, 
aproveitando a grande sobra de caixa da empresa, fez uma operação em bolsa de valores na qual obteve um 
lucro muito expressivo. Contudo, apesar do lucro, o Imposto de Renda relativo ao ganho de capital na 
operação não foi declarado e nem recolhido dentro do prazo legal. Em face da situação hipotética 
apresentada e do ordenamento jurídico vigente, com respeito ao crédito tributário devido tem-se que: 
a) por se tratar de operação não autorizada pelos estatutos ou contrato social, a empresa não pode ser 
responsabilizada pelo pagamento da multa e do imposto. 
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b) os sócios devem ser responsáveis, pois o lucro da operação será a eles distribuído. 
c) apesar de também beneficiar Sêneca e Virgílio, apenas Ovídio deve ser pessoalmente responsabilizado, 
pois agiu contrariando expressa previsão do contrato social. Da empresa também deverá ser cobrado o 
imposto e multas. 
d) Ovídio deve ser pessoalmente responsabilizado, excluindo-se a responsabilidade da empresa, pois a 
infração decorreu direta e exclusivamente de sua atuação pessoal. 
e) se não for possível exigir da empresa o cumprimento da obrigação principal, respondem solidariamente 
com ela nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis os sócios Ovídio e Virgílio. 
Comentário: Como se trata de ato que infringiu contrato social da empresa Tessalônica Industrial Ltda., será 
responsável o administrador que praticou a referida infração, respondendo pessoalmente pelo imposto e 
pelas multas. Além disso, vimos que tal responsabilidade não exclui a responsabilidade da pessoa jurídica, 
contribuinte do tributo resultante dos atos praticados pelos gestores. Portanto, da empresa também deverá 
ser cobrado o imposto e multas. 
Gabarito: Letra C 
36.FCC/SEFAZ-SP-AgenteFiscal de Rendas/2009-Adaptada 
Todos os sócios são responsáveis por obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de 
poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto social de empresa, independentemente da qualidade de 
representante legal. 
Comentário: Na verdade, a responsabilidade pelos atos praticados com excesso de poderes ou infração de 
lei, contrato ou estatuto social de empresa não se ocorre pelo fato de ser sócio, mas pelo fato de gerir a 
empresa. Sendo assim, nem todos os sócios são responsabilizados. 
Gabarito: Errada 
 
Responsabilidade por Infrações 
37.FCC/TJ-PI-Juiz/2015 
Atenção: Para responder a questão, considere a seguinte situação hipotética: 
A empresa Soma Importadora S/A tem sede em Teresina, Piauí. No regular exercício de suas atividades 
importa e comercializa produtos para revendedores e consumidores finais localizados em Teresina e 
arredores e em outros Estados da federação, estando sujeita ao pagamento do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias − ICMS nestas operações. 
A insuficiência de recursos financeiros da Soma Importadora S/A fez com que, ao longo de 2013, a empresa 
deixasse de recolher o ICMS declarado à fiscalização estadual por meio de documento fiscal próprio. 
Após um dos sócios subscrever e integralizar o valor de suas quotas na sociedade, capitalizando a sociedade 
em montante aparentemente suficiente para liquidar a dívida, a importadora poderá 
a) pagar o ICMS devido com os benefícios da denúncia espontânea. 
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b) denunciar espontaneamente o ICMS que se deixou de recolher, podendo parcelá-lo. 
c) parcelar o ICMS devido, sendo vedada a realização de denúncia espontânea. 
d) denunciar espontaneamente o ICMS que se deixou de recolher, sendo vedado o seu parcelamento. 
e) parcelar o ICMS devido com os benefícios da denúncia espontânea. 
Comentário: A súmula 360 do STJ dispõe que O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos 
sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. Portanto, se os 
valores devidos já foram regularmente declarados, não há que se falar em denúncia espontânea. Alternativa 
C correta. 
Gabarito: Letra C 
38. FCC/Pref. Recife-Analista de Gestão Contábil/2019 
De acordo com o CTN, a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração. Segundo esse 
mesmo Código, NÃO se considera espontânea a denúncia 
a) de ato ou fato que, simultaneamente, constitua infração tributária, cometida com dolo, fraude ou 
simulação, e crime contra a ordem tributária, com o objetivo de redução da pena criminal. 
b) que não seja feita, pessoalmente, a agente do sujeito ativo competente para exigir o tributo relacionado 
com a denúncia, dentro do prazo de 30 dias contados da data do cometimento da infração. 
c) de prática infracional que, simultaneamente, constitua crime contra a ordem tributária ou contravenção 
de natureza grave. 
d) relativa a infração cometida com dolo, fraude ou simulação. 
e) apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, 
relacionados com a infração. 
Comentário: O art. 138, §único do CTN preceitua que não se considera espontânea a denúncia apresentada 
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a 
infração. O CTN não traz nenhuma das restrições das alternativas A a D. Alternativa E então é a correta. 
Gabarito: Letra E 
39.FCC/SEFAZ-BA-Auditor Fiscal /2019 
Sobre a responsabilidade tributária, o Código Tributário Nacional dispõe: 
I. A responsabilidade é pessoal ao agente, quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou 
contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou 
emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito. 
II. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de 
comércio e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social, responde 
subsidiariamente pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, 
se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. 
III. Haverá responsabilidade pessoal e exclusiva dos pais, pelos tributos devidos por seus filhos, bem como 
dos tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados em todos os atos em que 
intervierem, exceto pelas omissões de que forem responsáveis. 
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IV. Os mandatários, prepostos e empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes 
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato 
social ou estatutos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) III e IV. 
e) I e IV. 
Comentário: 
Item I: O item traz a literalidade do art. 137, I do CTN. Item correto. 
Item II: A responsabilidade no caso narrado é integral e não subsidiária, conforme art. 133, I do CTN. Item 
errado. 
Item III: A responsabilidade dos pais, tutores e curadores é solidária e não pessoal e exclusiva (art. 134, I e 
II). Tenha atenção neste artigo, pois o código usou o termo “solidariamente” de maneira atécnica. No 
entanto, a questão pede que os itens sejam avaliados de acordo com o CTN. Item errado. 
Item IV: O item traz a literalidade do art. 135, II do CTN. Item correto. 
Gabarito: Letra E 
40.FCC/PGE-MT-Analista Direito/2016 
Relativamente às penalidades pecuniárias por descumprimento da legislação tributária que podem ser 
impostas aos contribuintes, o Código Tributário Nacional estabelece que a denúncia espontânea da infração 
é elemento suficiente para excluir a responsabilidade pelo seu pagamento, mesmo quando há tributo devido 
em razão do cometimento da infração. 
Comentário: O art. 138 do CTN preceitua que a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito 
da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de 
apuração. Portanto, se há tributo devido, o benefício da denúncia espontânea só é possível se a denúncia 
for acompanhada do pagamento. Questão errada. 
Gabarito: Errado 
41.FCC/SEFAZ-PI-Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/2015 
De acordo com o CTN, é correto afirmar que salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por 
infrações da legislação tributária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, 
natureza e extensão dos efeitos do ato. 
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Comentário: O art. 136 do CTN dispõe que, salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por 
infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável da efetividade, 
natureza e extensão dos efeitos do ato. Questão errada. 
Gabarito: Errado 
42.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
O Código Tributário Nacional, no Capítulo V do Título I do seu Livro II, trata das diversas modalidades de 
responsabilidade tributária. De acordo com esse código, 
a) os tutores e curadores respondem solidariamente pelos tributos devidos por seus tutelados ou 
curatelados, nos atos em que intervierem ou não, ou pelas omissões de que forem responsáveis, 
independentemente da possibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte 
(“responsabilidadepor sucessão”). 
b) a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em 
outra é responsável pelos impostos devidos a partir da data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionadas, transformadas ou incorporadas (“responsabilidade a posteriori”). 
c) o adquirente ou remitente é pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou 
remidos (“responsabilidade por sucessão”). 
d) a responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações em cuja definição o dolo genérico do agente 
seja elementar (“responsabilidade por sucessão”). 
e) a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do 
pagamento do tributo devido, dos juros de mora, de multa de mora e de atualização monetária, calculados 
até a data do pagamento (“denúncia espontânea ou autodenúncia”). 
Comentário: 
Alternativa A: A responsabilidade dos pais, tutores e curadores é solidária nos atos em que intervierem ou 
pelas omissões de que forem responsáveis (art. 134, II). Tenha atenção neste artigo, pois o código usou o 
termo “solidariamente” de maneira atécnica. No entanto, a questão pede que os itens sejam avaliados de 
acordo com o CTN. Ainda, o art. 134 dispõe sobre responsabilidade de terceiros. Alternativa errada. 
Alternativa B: A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de 
outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito 
privado fusionadas, transformadas ou incorporadas (art. 132). Ainda, o art. 132 dispõe sobre 
responsabilidade por sucessão. Alternativa errada. 
Alternativa C: De acordo com o art. 131, I. A responsabilidade é por sucessão. Alternativa correta. 
Alternativa D: A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações em cuja definição o dolo 
específico do agente seja elementar (art. 137, II). Ainda, o art. 137 dispõe sobre responsabilidade por 
infrações. Alternativa errada. 
Alternativa E: O art. 138 que trata do CTN não exige pagamento da multa de mora. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra C 
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43.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do 
pagamento do tributo devido, dos juros de mora, de multa de mora e de atualização monetária, calculados 
até a data do pagamento (“denúncia espontânea ou autodenúncia"). 
Comentário: Para excluir a responsabilidade do contribuinte pela infração, é necessário que haja apenas o 
pagamento do tributo e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade 
administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. 
Gabarito: Errada 
44.FCC/SABESP-Advogado/2014 
A denúncia espontânea da infração 
a) traz redução no valor do crédito tributário quando o sujeito passivo a faz antes do lançamento. 
b) é causa de exclusão do crime de sonegação fiscal, sendo matéria atinente ao Direito Penal Tributário 
quanto à infração decorrente de dolo específico. 
c) afasta a responsabilidade por infração, desde que anterior a qualquer medida de fiscalização ou 
procedimento administrativo e acompanhada do pagamento, se for o caso, do tributo devido e dos juros de 
mora. 
d) pode ser apresentada, para qualquer tributo, até o final da ação fiscal, procedimento administrativo de 
fiscalização, mas antes da lavratura do auto de infração e imposição de multa, desde que relacionada com a 
infração. 
e) afasta a incidência do crédito tributário, sendo forma de anistia do crédito tributário, desde que haja 
previsão em lei do ente competente e seja feita pelo sujeito passivo antes de qualquer medida de fiscalização 
pelo fisco. 
Comentário: O art. 138 do CTN preceitua que a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito 
da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de 
apuração. Alternativa C correta. 
Gabarito: Letra C 
45.FCC/PGE-RN-Procurador/2014 
Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea 
a) é causa de extinção do crédito tributário. 
b) tem lugar antes de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a 
infração. 
c) alcança a obrigação principal e a obrigação acessória, acarretando a exclusão do crédito tributário. 
d) só pode ser realizada nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, desde que não tenha havido 
apresentação de declaração, quando exigida. 
e) impede a constituição do crédito tributário relativamente aos juros de mora e à multa moratória. 
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Comentário: O art. 138 do CTN preceitua que a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito 
da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de 
apuração. 
Alternativa A: Denúncia espontânea não extingue o crédito, apenas a responsabilidade por infração. 
Alternativa errada. 
Alternativa B: Em conformidade com o art. 138. Alternativa correta. 
Alternativa C: Denúncia espontânea não exclui o crédito, apenas afasta a multa. Alternativa errada. 
Alternativa D: Também é possível em tributos lançados por ofício ou declaração. Alternativa errada. 
Alternativa E: Os juros incidem normalmente. Alternativa errada. 
Gabarito: Letra B 
46.FCC/TCE-PI-Auditor Fiscal de Controle Externo/2014 
Maria, domiciliada na cidade de Piripiri-PI, recebeu em doação, de seu irmão Carlos, domiciliado na cidade 
de Teresina-PI, um automóvel importado, registrado e licenciado no município de Parnaíba-PI, cujo valor 
venal é de R$ 120.000,00. 
Essa doação, que está no campo de incidência do ITCMD piauiense, ocorreu em agosto de 2011, mas Maria, 
donatária e contribuinte desse imposto, por desconhecer o fato de que deveria pagá-lo em razão da doação 
que recebeu, acabou por não fazer esse pagamento. 
Meses depois de recebida a doação, descobrindo que deveria ter pago o ITCMD pela doação que recebeu e 
antes de o fisco iniciar qualquer procedimento relacionado com a apuração dessa falta, Maria procurou a 
repartição fiscal estadual piauiense, relatou o ocorrido e se propôs a pagar, de imediato, antes da instauração 
de qualquer procedimento fiscal, o crédito tributário devido, cujo valor nominal era de R$ 4.800,00 (R$ 
120.000,00 × 4%), conforme documentação que ela exibiu à autoridade fiscalizadora. 
Para exclusão da responsabilidade da autuada em relação ao imposto que não foi pago e à infração cometida, 
e considerando que o montante do tributo não depende de apuração pelo fisco, pois Maria apresentou à 
autoridade fiscalizadora a documentação comprobatória do valor nominal do bem doado, é correto afirmar, 
com base no CTN, que Maria não terá de pagar a multa por infração à legislação do ITCMD, mas terá de pagar 
o 
a) montante do tributo devido, apenas. 
b) tributo devido e os juros de mora. 
c) tributo devido e a atualização monetária. 
d) tributo devido, os juros de mora e a atualização monetária. 
e) tributo devido, os juros de mora, a atualização monetária e multa moratória. 
Comentário: O art. 138 do CTN preceitua que a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito 
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da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de 
apuração. Alternativa B correta. 
Gabarito: Letra B 
47.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, comerciante arrependido por ter feito várias operações 
comerciais sem a emissão de nota fiscal, comparece à repartição fiscal e, de forma espontânea, confessa as 
infrações cometidas. Ao analisar a conduta do contribuinte, desacompanhada de qualquer outra 
providência, o fisco pode relevar a infração. 
Comentário: De acordo com o art. 138, caput, do CTN, a responsabilidade somente é excluída pela denúncia 
espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. 
Portanto, em tal situação, o fisco não pode relevar a infração. 
Gabarito: Errada 
48.FCC/Procurador-SP/2009 
A norma contida no art. 138 do CTN, que trata da denúncia espontânea da infração, não autoriza o 
contribuinte do ICMS, que declarou o imposto e não o recolheu tempestivamente, efetuar, após a data do 
vencimento, o pagamento do tributo, acrescido de juros de mora, mas sem a multa moratória. 
Comentário: De acordo com a Súmula 360 do STJ, o benefício da denúncia espontânea não se aplica aos 
tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. Como o 
ICMS é um tributo lançado por homologação, não se aplica a denúncia espontânea a esse caso. 
Gabarito: Correta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 – LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES 
 
Responsabilidade Tributária 
1. FCC/Pref. Caruaru-Procurador/2018 
Sobre a responsabilidade tributária, é correto afirmar: 
a) decorre de previsão legal ou de ato particular em que terceiro assuma, por instrumento público, a 
condição de contribuinte. 
b) deve ser livremente aferida em cada caso por ato administrativo plenamente vinculado, de cuja motivação 
constem os elementos de fato que a justifiquem. 
c) decorre de lei que atribua, de modo expresso, a responsabilidade pelo crédito tributário a terceiro, não 
contribuinte, mas relacionado com a ocorrência do fato gerador. 
d) decorre de lei ou contrato que impute a obrigação tributária acessória a terceiro não contribuinte, mas a 
ele relacionado ou ao fato gerador, conforme reconhecido pela Administração Tributária. 
e) só pode ser aferida em cada caso conforme previsão geral de lei complementar, previsto que se expresse 
em ato administrativo discricionário, de cuja motivação conste a fundamentação jurídica. 
 
2.FCC/TJ-GO-Juiz Substituto/2015 
A responsabilidade tributária 
a) é atribuída expressamente por lei à terceira pessoa, que não praticou o fato gerador, mas que está a ele 
vinculado, podendo ser exclusiva ou supletiva à obrigação do contribuinte. 
b) é atribuída ao sujeito passivo da obrigação tributária que pratica o fato gerador. 
c) é do contribuinte quando a lei lhe impõe esta obrigação, mesmo que não pratique o fato gerador. 
d) pode ser atribuída a terceiro estranho ao fato gerador através de contrato particular firmado entre o 
contribuinte e terceiro. 
e) independe de qualquer vínculo jurídico entre o terceiro e o contribuinte, bastando que haja expressa 
disposição legal ou convenção entre as partes. 
 
 
Responsabilidade por Substituição 
3.FCC/TJ-GO-Juiz/2015 
A atribuição ao sujeito passivo de obrigação tributária da condição de responsável pelo pagamento de 
imposto cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente 
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a) é inadmissível, uma vez que a obrigação tributária surge apenas após a ocorrência do fato gerador. 
b) pode acontecer, nos termos da lei, na hipótese de recolhimento antecipado de ICMS pelo fabricante de 
veículos automotores relativamente à futura revenda dos mesmos pelas concessionárias. 
c) trata-se da substituição tributária para trás, cujo fundamento é previsto expressamente na Constituição 
da República. 
d) pode acontecer, nos termos da lei, quando o tomador do serviço faz a retenção na fonte do ISSQN devido 
pelo prestador do serviço por ocasião do pagamento pelo serviço prestado. 
e) pode acontecer, nos termos da lei, na hipótese em que o empregador faz a retenção na fonte do IRPF de 
seu empregado. 
 
4.FCC/PGE-RN-Procurador/2014 
A antecipação dos efeitos do fato gerador 
a) está expressamente autorizada na Constituição Federal. 
b) trata-se de substituição tributária para trás. 
c) acontece nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando ocorre o pagamento antecipado. 
d) não é reconhecida pelo direito pátrio, pois só existirá crédito tributário a partir do momento em que 
ocorrer o fato gerador. 
e) tem cabimento nas hipóteses de fato gerador pretérito. 
 
5.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, na substituição tributária para frente, há uma postergação do 
pagamento do tributo, transferindo-se a obrigação de reter e recolher o montante devido, que seria do 
vendedor, ao adquirente dos produtos e serviços. 
 
6.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, na substituição tributária para frente, há uma postergação do 
pagamento do tributo, transferindo-se a obrigação de reter e recolher o montante devido, que seria do 
vendedor, ao adquirente dos produtos e serviços. 
Responsabilidade por Transferência 
7.FCC/PGE-AM-Procurador/2018 
A “Indústria de Balanças Peso Pesado”, cujos sócios são Carlos e Danilo, tem 5 estabelecimentos no Estado, 
sendo uma matriz e quatro filiais. A empresa está em processo de recuperação judicial há três meses. 
Quando foi divulgada a notícia de que será promovida a alienação judicial de um de seus estabelecimentos, 
várias pessoas, naturais e jurídicas, se interessaram por adquiri-lo: 
1. Marcos, marido da prima de Carlos; 
2. a “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, sociedade empresarial concorrente; 
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3. “Empresa de Ferragens Brasil”, que é controlada pela “Indústria de Balanças Peso Pesado”; 
4. Sebastião, rico empresário e marido da tia de Carlos. 
Considerando que a “Indústria de Balanças Peso Pesado” vai continuar explorando sua atividade industrial 
por tempo indeterminado, mesmo depois da venda do referido estabelecimento, de acordo com o Código 
Tributário Nacional, caso a referida filial venha a ser adquirida 
a) por Marcos, ele responderá integralmente pelos tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos 
até a data do ato de aquisição. 
b) pela “Fábrica de Balanças Equilíbrio”, esta não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos 
tributos, relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
c) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta responderá integralmente pelos tributos relativos ao 
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
d) por Sebastião, ele não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos tributos relativos ao 
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
e) pela “Empresa de Ferragens Brasil”, esta não responderá, nem integral, nem subsidiariamente, pelos 
tributos relativos ao estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato de aquisição. 
 
8.FCC/SEF-SC-Auditor Fiscal da Receita Estadual/2018 
Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), no que tange à responsabilidade tributária, a pessoa de direito 
privado que adquirirde outra, por qualquer título, estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e 
continuar a respectiva exploração 
a) não responde pelos tributos devidos após a compra do estabelecimento adquirido, por até 3 anos, se o 
alienante estava falido ou em recuperação judicial. 
b) responde integralmente pelos tributos devidos até 12 meses da data da aquisição, se o alienante, por 
qualquer motivo, cessar a atividade econômica ou, estando em recuperação judicial, falir. 
c) responde subsidiariamente pelos tributos devidos até a data da compra, se o alienante, por qualquer 
motivo, cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. 
d) não responde pelos tributos devidos pelo alienante ou pelo estabelecimento alienado até a data da 
compra, se o alienante continuar exercendo a atividade econômica no mesmo ramo ou for declarado falido. 
e) não responde pelos tributos devidos até a data da compra, se a alienação for judicial, no âmbito de 
processo de falência, exceto se for sócio da sociedade falida, sociedade controlada pelo devedor falido, 
parente em linha reta ou colateral até o 4º grau do devedor falido ou de seus sócios, ou agente do falido. 
 
9.FCC/Pref. Campinas-SP-Procurador/2016 
Dispõe o Código Tributário Nacional que a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar 
a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido. Dispõe o referido CTN que a responsabilidade do 
sucessor adquirente será 
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a) integral para o adquirente parente, em linha reta ou colateral até o quarto grau, consanguíneo ou afim, 
do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios, desde que o alienante cesse a 
exploração do comércio, indústria ou atividade. 
b) integral e abrangerá os débitos até a data do ato, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 
seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria 
ou profissão. 
c) subsidiária e abrangerá os débitos até a data do ato se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade. 
d) integral pelos tributos devidos pela pessoa jurídica de direito privado que adquirir estabelecimento 
comercial, no caso de alienação judicial em processo de falência. 
e) relativa se o adquirente for sócio de sociedade falida ou em recuperação judicial, porque inexistem regras 
sobre a responsabilidade por sucessão para o sócio adquirente no Código Tributário Nacional. 
 
10.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em 
outra é responsável pelos impostos devidos a partir da data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionadas, transformadas ou incorporadas (“responsabilidade a posteriori"). 
 
11.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
O adquirente ou remitente é pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou 
remidos (“responsabilidade por sucessão"). 
 
12.FCC/TCE-AM-Auditor/2015 
Orlando adquiriu dois imóveis, ambos com débito de IPTU referentes a vários exercícios. O primeiro deles, 
uma casa no centro da cidade, foi adquirido diretamente do vendedor, por meio de escritura pública, 
enquanto que o segundo, um terreno em local afastado do centro da cidade, foi adquirido em hasta pública. 
Não constaram dos respectivos títulos aquisitivos quaisquer provas de quitação do IPTU até então devido. 
De acordo com a disciplina do Código Tributário Nacional acerca da responsabilidade dos sucessores, 
Orlando 
a) será responsável total e ilimitadamente pelo crédito tributário existente até a data de aquisição da casa. 
b) será responsável total e ilimitadamente apenas pelo débito de imposto existente até a data de ambas as 
aquisições. 
c) será responsável total e ilimitadamente pelo crédito tributário existente até a data de aquisição do 
terreno. 
d) não será responsável pelos créditos tributários existentes até a data da aquisição. 
e) será responsável apenas pelo débito de imposto existente até a data de ambas as aquisições, sendo que, 
no caso do terreno, essa responsabilidade se limita ao preço de aquisição. 
 
 
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13.FCC/TJ-SC-Juiz Substituto/2015 
Lukas, domiciliado em cidade do interior catarinense, é proprietário de imóvel residencial, que valia, em 
2012, R$ 200.000,00. 
Em 2013, esse imóvel passou a valer R$ 240.000,00, em razão da obra pública realizada pela Prefeitura 
Municipal, e que resultou na referida valorização. A Prefeitura Municipal instituiu, lançou e cobrou 
contribuição de melhoria dos contribuintes que, como Lukas, tiveram suas propriedades valorizadas. O 
mesmo Município catarinense, a seu turno, com base em lei municipal, lançou e cobrou, em 2013, a taxa 
decorrente da prestação de serviço público de recolhimento de lixo domiciliar, tendo como fato gerador o 
recolhimento do lixo produzido individualmente, nos imóveis residenciais localizados naquele Município. O 
Município catarinense lançou e cobrou essa taxa de Lukas, em relação ao mesmo imóvel acima referido. 
Neste ano de 2015, Lukas recebeu uma excelente oferta pelo seu imóvel e está pensando em vendê-lo. 
Ocorre, porém, que não pagou a contribuição de melhoria lançada pela municipalidade, nem a taxa lançada 
pelo Município. Em razão disso, com base nas regras de responsabilidade por sucessão estabelecidas no CTN, 
a) tanto o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, como o relativo à taxa, se sub-rogarão na 
pessoa do adquirente, na proporção de 50% do valor lançado. 
b) o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria não se sub-rogará na pessoa do adquirente, mas o 
relativo à taxa sim, salvo se constar do título aquisitivo a sua quitação. 
c) tanto o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, como o relativo à taxa, se sub-rogarão na 
pessoa do adquirente, salvo se constar do título aquisitivo a sua quitação. 
d) nem o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria, nem o relativo à taxa, se sub-rogará na pessoa 
do adquirente. 
e) o crédito tributário relativo à contribuição de melhoria se sub-rogará na pessoa do adquirente, salvo se 
constar do título aquisitivo a sua quitação, mas o relativo à taxa não. 
 
14.FCC/Pref. Recife-Procurador/2014 
Manoel Finório, falecido aos 80 anos por causas ainda desconhecidas, deixa para Ana Faceira, jovem viúva 
de 21 anos, e para seus 11 filhos considerável soma em dinheiro e vários imóveis residenciais e comerciais 
na cidade do Recife. Ocorre que na data da partilha, verificou-se que o Sr. Manoel era devedor de ISSQN 
perante o Fisco recifense devidamente constituído e inscrito em dívida ativa. Evidente discussão ocorreu 
entre a viúva e os herdeiros e entre estes para saber quem deveria saldar o débito tributário municipal em 
haver e quanto seria a parte de cada um. Consultado a respeito, o Procurador Judicial orientou que a 
a) responsabilidade pessoal deve ser atribuída somente aos 11 filhos herdeiros, de forma que o débito 
tributário a ser resolvido seja limitado ao montante recebido por cada um deles. 
b) responsabilidade deve ser pessoalmente aplicada tanto ao cônjuge meeiro, como aos sucessores 
herdeiros de Manoel Finório, de forma que o débito tributário a ser resolvido seja limitado ao montante 
recebido por cada um deles. 
c) responsabilidade deve ser solidariamente aplicadatanto ao cônjuge meeiro, como aos sucessores 
herdeiros de Manoel Finório, de forma que todo o débito tributário seja resolvido, independentemente do 
montante recebido por cada um deles. 
d) discussão fora inócua entre os envolvidos pois, pela lei, o espólio deve ser responsável pelos tributos 
devidos pelo de cujus até a data da partilha. 
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e) responsabilidade deve ser pessoalmente aplicada tanto ao cônjuge meeiro, como aos sucessores 
herdeiros de Manoel Finório, de forma que todo o débito tributário seja resolvido, independentemente do 
montante recebido por cada um deles. 
 
15.FCC/TCE-GO-Analista de Controle Externo/2014 
Na responsabilidade por sucessão, é correto afirmar que: 
a) a incorporação de uma empresa por outra implica em responsabilidade tributária para a empresa 
incorporadora, relativamente aos débitos tributários da empresa incorporada, por fatos geradores 
anteriores à incorporação. 
b) se na arrematação de bem imóvel em hasta pública o respectivo preço pago não for utilizado para quitar 
os tributos devidos, incidentes sobre o imóvel, o arrematante é considerado responsável tributário. 
c) em processo de falência, o adquirente de estabelecimento comercial será responsável tributário pelos 
tributos devidos pela empresa falida, abatendo-se do preço da aquisição o valor dos débitos tributários. 
d) o espólio nunca é sucessor tributário, mas sim os herdeiros a qualquer título são quem respondem pelos 
tributos devidos pelo de cujus até a abertura da sucessão. 
e) os pais, tutores e curadores são responsáveis por sucessão, pelos tributos devidos pelos filhos, tutelados 
e curatelados, respectivamente. 
 
16.FCC/SEFAZ-PE-Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/2014 
De acordo com o CTN, a responsabilidade tributária do sucessor abrange os tributos devidos pelo sucedido 
cujos fatos geradores tenham ocorrido até o dia da sucessão, mas não as multas moratórias ou punitivas. 
 
17.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014 
Sobre responsabilidade tributária, o arrematante é responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam 
anteriores à arrematação, do mesmo modo que o adquirente de bem móvel. 
 
18.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014 
Sobre responsabilidade tributária, o adquirente de estabelecimento comercial é responsável pelos tributos 
cujos fatos geradores sejam anteriores à aquisição quando a aquisição se dá em processo de falência, já que 
os créditos tributários têm preferência sobre créditos extra concursais. 
 
19.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Técnico Judiciário/2014 
Sobre responsabilidade tributária, a pessoa jurídica de direito privado que resultar da incorporação, fusão 
ou transformação é responsável pelos tributos relativos aos fatos geradores anteriores à incorporação, fusão 
ou transformação de forma subsidiária, caso o patrimônio da incorporada, fundida ou transformada seja 
insuficiente para quitar os créditos tributários devidos. 
 
 
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20.FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013 
Com fundamento nas previsões do CTN, considere: 
I. Supondo que Aglaope é terceira pessoa vinculada ao fato gerador de determinada obrigação tributária e 
Leucosia é o contribuinte desta obrigação tributária, a atribuição de responsabilidade pelo crédito tributário 
a Aglaope deve ser expressamente estipulada por meio de lei, excluindo a responsabilidade de Leucosia ou 
atribuindo-a a esta em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. 
II. Perséfone é proprietária de bem imóvel e deseja vendê-lo. Logo, a responsabilidade pelo pagamento do 
crédito tributário relativo a imposto cujo fato gerador seja a propriedade imobiliária sub-roga-se na pessoa 
dos eventuais adquirentes do imóvel de Perséfone, mesmo quando conste do título a prova de sua quitação. 
III. Sabázio morre, e deixa como herança três imóveis. Selene e Sarpédon são os únicos herdeiros, em 
igualdade de condições. Após ser realizada a partilha dos bens de Sabázio, ficam Selene e Sarpédon 
pessoalmente responsáveis, limitado ao montante do respectivo quinhão, pelos tributos devidos até este 
momento. 
IV. A empresa Jardim das Hespérides S.A. adquire da empresa Hamadríade Industrial Ltda. uma fábrica 
instalada no Estado de São Paulo. Aproveitando todo o maquinário existente, a adquirente continua a 
exploração da mesma atividade. Com respeito aos tributos devidos por esta fábrica até o momento da 
transação empresarial, a empresa Jardim das Hespérides S.A. responde subsidiariamente com o alienante se 
este cessar a exploração da indústria, e responde a adquirente pessoalmente se o alienante iniciar dentro de 
seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de indústria. 
V. Na hipótese de alienação judicial em processo de falência, a pessoa jurídica de direito privado que adquirir 
fundo de comércio nesta situação e continuar a respectiva exploração responde, em qualquer hipótese, 
pelos tributos relativos ao fundo de comércio adquirido, devidos até a data da operação. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e V. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
 
21.FCC/TJ-PE-Juiz/2013 
Na sucessão causa mortis haverá responsabilidade tributária do espólio e dos sucessores, solidariamente, 
por todos os tributos cujos fatos geradores surgirem durante o inventário ou partilha. 
 
22.FCC/TRF - 2ª REGIÃO-Analista Judiciário/2012 
Samuel vendeu, por escritura pública, um imóvel para Sueli. Haviam débitos referentes ao imposto predial e 
territorial urbano. O contrato de venda e compra estipulou a transferência dessa responsabilidade (quitação 
dos débitos) para Rafael (então devedor de Samuel), mas que deixou de cumpri-la. Nesse caso, a 
responsabilidade da quitação do débito perante à Fazenda Pública do Município será 
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a) de Rafael, ou seja, o terceiro integrante no contrato. 
b) de Samuel, ou seja, o vendedor do imóvel. 
c) de Sueli, ou seja, a compradora e atual proprietária do imóvel. 
d) do vendedor Samuel e da compradora Sueli. 
e) da compradora Sueli e do terceiro Rafael. 
 
23.FCC/PGM-João Pessoa-PB-Procurador Municipal/2012 
Sobre a responsabilidade dos sucessores, analise os itens abaixo. 
I. O arrematante de imóvel em hasta pública não é responsável pelos tributos incidentes sobre o bem cujos 
fatos geradores sejam anteriores à arrematação. 
II. O espólio não é responsável tributário pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à abertura da 
sucessão, assim como pelos tributos cujos fatos geradores tenham ocorrido durante o inventário. 
III. O adquirente de estabelecimento comercial é sempre responsável integralmente pelos tributos cujos 
fatos geradores sejam anteriores à aquisição, ainda que a mesma se dê judicialmente em processo de 
falência. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) II. 
d) II e III. 
e) III. 
 
24.FCC/Pref. São Paulo-Auditor Fiscal do Município/2012 
Um menino menor de idade, com dez anos, recebeu, na qualidade de herdeiro testamentário, por ocasião 
da morte de sua avó, um imóvel urbano, localizado em município do interior de São Paulo, no valor de R$ 
350.000,00. 
Houve a aceitação da herança pelo menor, que, nesse ato, foi representando por seus pais. 
Nesse caso, o tributo devido na transmissão causa mortis de bens imóveis caberá: 
a) aos pais do menor de idade, pois o menino, por ser menor de idade, não tem capacidade tributária. 
b) ao meninomenor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de impossibilidade de exigência 
do cumprimento dessa obrigação tributária por ele, seus pais responderão solidariamente com ele, nos atos 
em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. 
c) cinquenta por cento ao menino menor de idade e cinquenta por cento aos pais do menor. 
d) aos pais do menino menor de idade e ao próprio menino, pois o menor não tem capacidade jurídica para 
ser, isoladamente, contribuinte. 
e) ao menino menor de idade, pois ele tem capacidade tributária, e, no caso de impossibilidade de exigência 
do cumprimento dessa obrigação tributária por ele, seus pais responderão solidariamente com ele. 
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25.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, “Beltrano” faleceu deixando herdeiros e tributos não pagos. 
Deixou bens em valor inferior ao valor dos tributos devidos. O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro 
são responsáveis pelo valor total dos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação. 
 
26.FCC/ SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009 
Considere a seguinte situação: diretores de uma empresa, que está sendo adquirida por outra, pactuaram 
com a adquirente que suportarão o pagamento do ICMS devido até a data do ato de aquisição. Neste caso, 
a Fazenda poderá cobrar o ICMS da empresa adquirente, uma vez que as convenções particulares não podem 
ser opostas à Fazenda Pública. 
 
27.FCC/Procurador Judicial-Recife-PE/2008 
Decidido anteriormente pelo juízo de direito, nos autos da recuperação judicial, que o adquirente de unidade 
produtiva via alienação naquele processo não responderia pelas obrigações do devedor (art. 60, parágrafo 
único, da Lei n.º 11.101/2005), tal deliberação sobrepõe-se a qualquer decisão sobre a matéria advinda de 
juízos diversos, sob pena de inibição do propósito tutelar e da operacionalidade do mencionado diploma 
legal. (AgRg no CC 112638 / RJ, Relator Ministro João Otávio de Noronha, Órgão Julgador S2 – Segunda Seção 
do STJ, Data do Julgamento 10/8/2011) 
Tendo como referência inicial a jurisprudência apresentada, julgue o item a seguir: após a partilha amigável 
em arrolamento de bens judicial pela morte de seu pai, que se deu em 2007, Tício e Mévio recebem agora 
notificação para pagamento de Imposto de Renda ano-base 2003, por ele devido quando ainda estava vivo. 
Esta exigência fiscal está correta, porque os sucessores são responsáveis pelos tributos devidos, cujos fatos 
geradores ocorreram até a data da partilha, até o limite dos quinhões recebidos, desde que não tenha se 
operado a decadência ou prescrição. 
 
Responsabilidade de Terceiros 
28.FCC/SEFAZ-PE-Julgador Administrativo Tributário do Tesouro Estadual/2015 
O Estado do Pernambuco lavrou auto de infração contra a empresa Redealegre, cobrando-lhe ICMS e multa, 
sob o fundamento de que promoveu saída de mercadoria sem o devido recolhimento do imposto. Notificada, 
a Redealegre apresentou impugnação e os recursos administrativos cabíveis, mas o auto de infração foi 
mantido na esfera administrativa. Ocorre que a empresa, nesse período, enfrentando problemas financeiros 
e não conseguindo saldar suas obrigações, teve sua falência decretada. No caso hipotético, o Estado do 
Pernambuco, ao promover a cobrança do débito fiscal, deverá acionar 
a) o sócio, já que a decretação da falência da empresa Redealegre constitui hipótese de dissolução irregular 
da sociedade, o que enseja a sua responsabilidade solidária. 
b) o sócio, pois a inadimplência das obrigações tributárias por parte da empresa constitui infração legal e 
enseja a sua responsabilidade solidária. 
c) o sócio, pois a decretação da falência da empresa é situação apta a demonstrar que ele agiu com culpa, 
na medida em que se presume que não agiu com zelo na administração da empresa Redealegre. 
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d) a massa falida da empresa Redealegre, pois a decretação da falência não caracteriza dissolução irregular 
da sociedade, não representando infração legal apta a viabilizar o acionamento automático do sócio. 
e) a massa falida da empresa Redealegre, pois, por força do princípio da separação patrimonial, somente a 
empresa responde por suas dívidas, não podendo o seu sócio ser responsabilizado por elas. 
 
29.FCC/TJ-RR-Juiz Substituto/2015 
Sérgio, viúvo, faleceu em 2012, tendo deixado dois filhos como herdeiros: um maior de idade e outro menor 
de idade. 
No momento de seu falecimento, o valor total dos bens deixados por Sérgio (todos eles bens móveis) era de 
R$ 1.500.000,00. 
Nesse mesmo momento, o valor de suas dívidas, inclusive tributárias, perfazia o montante de R$ 300.000,00. 
Em seu testamento, deixou como legado, para seu sobrinho Carlos, menor de idade, com 8 anos completos, 
a importância de R$ 120.000,00, e deixou para Madalena, sua sobrinha e irmã de Carlos, com 21 anos 
completos, a importância de R$ 100.000,00. 
Camilo, tutor de Carlos, aceitou a herança em nome do menino, mas como este não possuía recurso 
financeiro algum para liquidar o crédito tributário em questão, deixou-se de efetivar o pagamento do ITCMD 
incidente sobre essa transmissão causa mortis. 
Madalena aceitou a herança, mas não pagou o ITCMD devido, por puro esquecimento. 
De acordo com a lei do Estado federado que tinha titularidade ativa para instituir o ITCMD sobre essas 
transmissões hipotéticas, “o contribuinte do ITCMD é o herdeiro a qualquer título”. 
Considerando os fatos acima narrados e o que o Código Tributário Nacional dispõe a respeito de sujeição 
passiva e capacidade tributária, 
a) Carlos não pode ser contribuinte do ITCMD relativo ao legado que recebeu, por ser menor de idade, ainda 
que lei estadual tenha disposto que o herdeiro a qualquer título é o contribuinte na transmissão causa mortis. 
b) Camilo não pode ser responsabilizado pelo pagamento do ITCMD devido sobre o legado recebido por 
Carlos, pois não agiu com dolo. 
c) o espólio é responsável pelas dívidas tributárias do de cujus, incorridas anteriormente ao seu óbito. 
d) Madalena, por ser irmã de Carlos, e maior de idade, é contribuinte tanto em relação ao ITCMD devido 
pelo legado que recebeu, como em relação ao ITCMD devido pelo legado recebido por seu irmão. 
e) o espólio, na qualidade de responsável por sucessão, é contribuinte do ITCMD devido pelos legatários e 
pelos herdeiros legais menores de idade. 
 
30.FCC/TJ-CE-Juiz/2014 
Em setembro de 2013, Gustavo, com 10 anos de idade, domiciliado em Fortaleza/CE, recebeu em doação, 
de sua avó, Mariângela, viúva, domiciliada em Natal/RN, um terreno localizado à beira-mar, em Aquiraz/CE, 
do qual ela era proprietária, fazia 30 anos. 
Como Gustavo é menor de idade, a aceitação da doação foi feita apenas por sua mãe, que o representa na 
prática de atos da vida civil, pois seu pai foi destituído do poder familiar, por decisão judicial, e há muito 
tempo “anda desaparecido”. 
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No momento em que foi lavrada a escritura de doação, Mariângela, que era contribuinte do IPTU, 
encontrava-se em débito com a Prefeitura do Município de Aquiraz, relativamente a esse imposto, no 
exercício de 2013. Considerando que o contribuinte do ITCD, nas doações, é o donatário e tomando como 
base o que dispõem a Constituição Federal e o Código Tributário Nacional, é correto afirmar: 
O pai e a mãe de Gustavo revestirão a condição de responsáveis tributários pelo IPTU em atraso e peloITCD 
devido por Gustavo, se, da escritura de doação, não constar certidão negativa relativamente a débitos do 
IPTU e do ITCD e se não for possível exigir de Gustavo o cumprimento da obrigação principal. 
 
31.FCC/TRF - 4ª REGIÃO-Analista Judiciário/2014 
Tício, Mévio e Portus são sócios em uma empresa de responsabilidade limitada, na proporção de 1%, 30% e 
69%, das quotas sociais, respectivamente. Consta do contrato social que o representante legal da empresa 
é Tício. Considerando que a empresa deixou de emitir nota fiscal e, portanto, de recolher o ICMS devido no 
período de dezembro de 2010 até fevereiro de 2013, após regular ação fiscal, foi feita a autuação para 
pagamento do tributo, multa, juros e correção monetária. Diante do não pagamento do crédito constituído, 
foi o mesmo inscrito em dívida ativa e, após extrair a Certidão da Dívida Ativa - CDA, foi proposta execução 
fiscal em face da empresa e dos sócios. Diante dos fatos apresentados, 
a) não há responsabilidade solidária entre os sócios, mas pessoal, que respondem proporcionalmente no 
limite de suas quotas sociais, pelos atos que praticam em infração de lei, bem assim não há solidariedade 
com a empresa, que somente responde pelo crédito tributário correspondente a obrigações tributárias 
efetivamente praticadas. 
b) somente o representante legal da empresa, Tício, é que responde pelo crédito correspondente a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei, de forma pessoal, mas a empresa, 
na qualidade de contribuinte, é devedora do tributo decorrente do fato gerador efetivamente praticado por 
ela. 
c) o polo passivo da execução fiscal está correto, tendo em vista que os sócios são responsáveis pelo crédito 
correspondente a obrigações tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei, contrato ou 
estatuto, de forma pessoal. 
d) os sócios não devem figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em vista que se trata de sociedade 
por quotas de responsabilidade limitada, ou seja, é a empresa, com seu patrimônio, que responde pelos 
créditos tributários decorrentes do exercício de sua atividade, ainda que praticados em infração de lei, 
contrato ou estatuto. 
e) a empresa não deve figurar no polo passivo da execução fiscal, tendo em vista que, no caso de infração 
de lei, a responsabilidade é pessoal e exclusiva dos sócios pelo crédito correspondente a obrigações 
tributárias resultantes de atos praticados em infração de lei. 
 
32.FCC/TJ-PE-Juiz/2013 
Em fiscalização realizada em uma empresa de embalagens foram constatadas inúmeras irregularidades 
relativamente ao recolhimento dos tributos devidos, razão pela qual foi lavrado um Auto de Infração e 
Imposição de Multa. O crédito tributário decorrente destes fatos geradores por atos praticados com infração 
de lei, contrato ou estatuto, será devido 
a) pelos diretores ou gerentes, enquanto representantes legais da empresa, na qualidade de responsáveis 
pessoais, pelos créditos cujos atos advieram de infração de lei, contrato ou estatuto; e pela empresa, na 
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qualidade de contribuinte, pelos créditos cujos fatos geradores efetivamente tenha praticado sem afronta à 
lei, contrato ou estatuto. 
b) pelos sócios e pelos diretores ou gerentes, enquanto representantes legais da empresa, na qualidade de 
responsáveis solidários, por créditos advindos de atos decorrentes da infração de lei, contrato ou estatuto; 
e pela empresa, na qualidade de contribuinte, pelos fatos geradores que efetivamente praticou. 
c) pela empresa, em sua totalidade, na qualidade de contribuinte e, subsidiariamente, pelos sócios diretores, 
enquanto representantes legais, pelo crédito decorrente de atos praticados com infração de lei, contrato ou 
estatuto. 
d) pela empresa e pelos sócios, solidariamente, na qualidade de contribuinte e responsável, 
respectivamente, pelos créditos decorrentes de todos os atos praticados, inclusive com infração de lei, 
contrato ou estatuto. 
e) pelos sócios, em sua totalidade, na qualidade de responsáveis pessoais pelos atos com infração de lei, 
contrato ou estatuto; e pela empresa, na qualidade de contribuinte, pelos créditos decorrentes de todos os 
atos praticados por seus responsáveis le- gais, em regime de solidariedade. 
 
33.FCC/TJ-PE-Notário e Registrador/2013 
Quando da realização do negócio jurídico de compra e venda de bem imóvel o alienante declarou ao tabelião 
que não possuía débitos para com as Fazendas Públicas municipal, estadual e federal. Esta declaração foi 
consignada na Escritura Pública que ainda constou a assunção pelo alienante de qualquer obrigação 
tributária por fato gerador anterior à lavratura da Escritura. A responsabilidade tributária neste caso, 
a) é do alienante, pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores ao negócio. 
b) é do adquirente, ainda que tenham sido apresentadas as certidões negativas de débito pelo alienante. 
c) é solidária do alienante e do adquirente. 
d) pode ser solidária do tabelião ou do oficial do registro de imóveis com o adquirente quando não 
efetivamente fiscalizado o recolhimento do tributo devido na operação. 
e) somente será atribuída ao tabelião ou ao oficial do registro de imóveis em caráter exclusivo, pela omissão 
na fiscalização desta obrigação tributária por parte do alienante. 
 
34.FCC/TJ-PE-Titular de Serviços de Notas e Registros/2013 
É legalmente considerado responsável solidário pelos tributos gerados por atos em que intervém 
a) o filho menor, em relação aos tributos devidos por seus pais. 
b) a sociedade de pessoa, em relação aos tributos devidos por seus sócios. 
c) o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio. 
d) o usuário do serviço notarial e de registro, pelos tributos decorrentes da prática de atos na serventia. 
e) o proprietário mandante, pelos tributos devidos por atos do administrador. 
 
 
 
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35.FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2013 
Constavam no contrato social da empresa Tessalônica Industrial Ltda. três sócios: Ovídio, Sêneca e Virgílio. 
Ovídio e Virgílio eram os administradores da empresa, cada qual podendo assinar e obrigar a empresa 
isoladamente; já Sêneca nunca se envolvera na administração, tendo apenas subscrito e integralizado o 
capital e auferido os lucros obtidos. Não obstante haver no contrato social da empresa cláusula que 
expressamente veda operações em bolsa de valores com recursos da empresa, em 12/11/2012, Ovídio, 
aproveitando a grande sobra de caixa da empresa, fez uma operação em bolsa de valores na qual obteve um 
lucro muito expressivo. Contudo, apesar do lucro, o Imposto de Renda relativo ao ganho de capital na 
operação não foi declarado e nem recolhido dentro do prazo legal. Em face da situação hipotética 
apresentada e do ordenamento jurídico vigente, com respeito ao crédito tributário devido tem-se que: 
a) por se tratar de operação não autorizada pelos estatutos ou contrato social, a empresa não pode ser 
responsabilizada pelo pagamento da multa e do imposto. 
b) os sócios devem ser responsáveis, pois o lucro da operação será a eles distribuído. 
c) apesar de também beneficiar Sêneca e Virgílio, apenas Ovídio deve ser pessoalmente responsabilizado, 
pois agiu contrariando expressa previsão do contrato social. Da empresa também deverá ser cobrado o 
imposto e multas. 
d) Ovídio deve ser pessoalmente responsabilizado, excluindo-se a responsabilidade da empresa, pois a 
infração decorreu direta e exclusivamente de sua atuação pessoal. 
e) se não for possível exigir da empresa o cumprimento da obrigação principal, respondem solidariamente 
com ela nos atos em que intervieremou pelas omissões de que forem responsáveis os sócios Ovídio e Virgílio. 
 
36.FCC/SEFAZ-SP-Agente Fiscal de Rendas/2009-Adaptada 
Todos os sócios são responsáveis por obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de 
poderes ou infração de lei, contrato ou estatuto social de empresa, independentemente da qualidade de 
representante legal. 
 
Responsabilidade por Infrações 
37.FCC/TJ-PI-Juiz/2015 
Atenção: Para responder a questão, considere a seguinte situação hipotética: 
A empresa Soma Importadora S/A tem sede em Teresina, Piauí. No regular exercício de suas atividades 
importa e comercializa produtos para revendedores e consumidores finais localizados em Teresina e 
arredores e em outros Estados da federação, estando sujeita ao pagamento do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias − ICMS nestas operações. 
A insuficiência de recursos financeiros da Soma Importadora S/A fez com que, ao longo de 2013, a empresa 
deixasse de recolher o ICMS declarado à fiscalização estadual por meio de documento fiscal próprio. 
Após um dos sócios subscrever e integralizar o valor de suas quotas na sociedade, capitalizando a sociedade 
em montante aparentemente suficiente para liquidar a dívida, a importadora poderá 
a) pagar o ICMS devido com os benefícios da denúncia espontânea. 
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b) denunciar espontaneamente o ICMS que se deixou de recolher, podendo parcelá-lo. 
c) parcelar o ICMS devido, sendo vedada a realização de denúncia espontânea. 
d) denunciar espontaneamente o ICMS que se deixou de recolher, sendo vedado o seu parcelamento. 
e) parcelar o ICMS devido com os benefícios da denúncia espontânea. 
 
38. FCC/Pref. Recife-Analista de Gestão Contábil/2019 
De acordo com o CTN, a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração. Segundo esse 
mesmo Código, NÃO se considera espontânea a denúncia 
a) de ato ou fato que, simultaneamente, constitua infração tributária, cometida com dolo, fraude ou 
simulação, e crime contra a ordem tributária, com o objetivo de redução da pena criminal. 
b) que não seja feita, pessoalmente, a agente do sujeito ativo competente para exigir o tributo relacionado 
com a denúncia, dentro do prazo de 30 dias contados da data do cometimento da infração. 
c) de prática infracional que, simultaneamente, constitua crime contra a ordem tributária ou contravenção 
de natureza grave. 
d) relativa a infração cometida com dolo, fraude ou simulação. 
e) apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, 
relacionados com a infração. 
 
39.FCC/SEFAZ-BA-Auditor Fiscal /2019 
Sobre a responsabilidade tributária, o Código Tributário Nacional dispõe: 
I. A responsabilidade é pessoal ao agente, quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou 
contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou 
emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito. 
II. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de 
comércio e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social, responde 
subsidiariamente pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, 
se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. 
III. Haverá responsabilidade pessoal e exclusiva dos pais, pelos tributos devidos por seus filhos, bem como 
dos tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados em todos os atos em que 
intervierem, exceto pelas omissões de que forem responsáveis. 
IV. Os mandatários, prepostos e empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes 
a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato 
social ou estatutos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I, II e IV. 
d) III e IV. 
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e) I e IV. 
 
40.FCC/PGE-MT-Analista Direito/2016 
Relativamente às penalidades pecuniárias por descumprimento da legislação tributária que podem ser 
impostas aos contribuintes, o Código Tributário Nacional estabelece que a denúncia espontânea da infração 
é elemento suficiente para excluir a responsabilidade pelo seu pagamento, mesmo quando há tributo devido 
em razão do cometimento da infração. 
 
41.FCC/SEFAZ-PI-Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/2015 
De acordo com o CTN, é correto afirmar que salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por 
infrações da legislação tributária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, 
natureza e extensão dos efeitos do ato. 
 
42.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
O Código Tributário Nacional, no Capítulo V do Título I do seu Livro II, trata das diversas modalidades de 
responsabilidade tributária. De acordo com esse código, 
a) os tutores e curadores respondem solidariamente pelos tributos devidos por seus tutelados ou 
curatelados, nos atos em que intervierem ou não, ou pelas omissões de que forem responsáveis, 
independentemente da possibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte 
(“responsabilidade por sucessão”). 
b) a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em 
outra é responsável pelos impostos devidos a partir da data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionadas, transformadas ou incorporadas (“responsabilidade a posteriori”). 
c) o adquirente ou remitente é pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou 
remidos (“responsabilidade por sucessão”). 
d) a responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações em cuja definição o dolo genérico do agente 
seja elementar (“responsabilidade por sucessão”). 
e) a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do 
pagamento do tributo devido, dos juros de mora, de multa de mora e de atualização monetária, calculados 
até a data do pagamento (“denúncia espontânea ou autodenúncia”). 
 
43.FCC/TCM-GO-Auditor de Controle Externo/2015 
A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do 
pagamento do tributo devido, dos juros de mora, de multa de mora e de atualização monetária, calculados 
até a data do pagamento (“denúncia espontânea ou autodenúncia"). 
 
44.FCC/SABESP-Advogado/2014 
A denúncia espontânea da infração 
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==1c136e==
 
 
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a) traz redução no valor do crédito tributário quando o sujeito passivo a faz antes do lançamento. 
b) é causa de exclusão do crime de sonegação fiscal, sendo matéria atinente ao Direito Penal Tributário 
quanto à infração decorrente de dolo específico. 
c) afasta a responsabilidade por infração, desde que anterior a qualquer medida de fiscalização ou 
procedimento administrativo e acompanhada do pagamento, se for o caso, do tributo devido e dos juros de 
mora. 
d) pode ser apresentada, para qualquer tributo, até o final da ação fiscal, procedimento administrativo de 
fiscalização, mas antes da lavratura do auto de infração e imposição de multa, desde que relacionada com a 
infração. 
e) afasta a incidência do crédito tributário, sendo forma de anistia do crédito tributário, desde que haja 
previsão em lei do ente competente e seja feita pelo sujeito passivo antes de qualquer medida de fiscalização 
pelo fisco.45.FCC/PGE-RN-Procurador/2014 
Segundo o Código Tributário Nacional, a denúncia espontânea 
a) é causa de extinção do crédito tributário. 
b) tem lugar antes de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a 
infração. 
c) alcança a obrigação principal e a obrigação acessória, acarretando a exclusão do crédito tributário. 
d) só pode ser realizada nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, desde que não tenha havido 
apresentação de declaração, quando exigida. 
e) impede a constituição do crédito tributário relativamente aos juros de mora e à multa moratória. 
 
46.FCC/TCE-PI-Auditor Fiscal de Controle Externo/2014 
Maria, domiciliada na cidade de Piripiri-PI, recebeu em doação, de seu irmão Carlos, domiciliado na cidade 
de Teresina-PI, um automóvel importado, registrado e licenciado no município de Parnaíba-PI, cujo valor 
venal é de R$ 120.000,00. 
Essa doação, que está no campo de incidência do ITCMD piauiense, ocorreu em agosto de 2011, mas Maria, 
donatária e contribuinte desse imposto, por desconhecer o fato de que deveria pagá-lo em razão da doação 
que recebeu, acabou por não fazer esse pagamento. 
Meses depois de recebida a doação, descobrindo que deveria ter pago o ITCMD pela doação que recebeu e 
antes de o fisco iniciar qualquer procedimento relacionado com a apuração dessa falta, Maria procurou a 
repartição fiscal estadual piauiense, relatou o ocorrido e se propôs a pagar, de imediato, antes da instauração 
de qualquer procedimento fiscal, o crédito tributário devido, cujo valor nominal era de R$ 4.800,00 (R$ 
120.000,00 × 4%), conforme documentação que ela exibiu à autoridade fiscalizadora. 
Para exclusão da responsabilidade da autuada em relação ao imposto que não foi pago e à infração cometida, 
e considerando que o montante do tributo não depende de apuração pelo fisco, pois Maria apresentou à 
autoridade fiscalizadora a documentação comprobatória do valor nominal do bem doado, é correto afirmar, 
com base no CTN, que Maria não terá de pagar a multa por infração à legislação do ITCMD, mas terá de pagar 
o 
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a) montante do tributo devido, apenas. 
b) tributo devido e os juros de mora. 
c) tributo devido e a atualização monetária. 
d) tributo devido, os juros de mora e a atualização monetária. 
e) tributo devido, os juros de mora, a atualização monetária e multa moratória. 
 
47.FCC/PGE-SP-Procurador do Estado/2012 
Em se tratando de responsabilidade tributária, comerciante arrependido por ter feito várias operações 
comerciais sem a emissão de nota fiscal, comparece à repartição fiscal e, de forma espontânea, confessa as 
infrações cometidas. Ao analisar a conduta do contribuinte, desacompanhada de qualquer outra 
providência, o fisco pode relevar a infração. 
 
48.FCC/Procurador-SP/2009 
A norma contida no art. 138 do CTN, que trata da denúncia espontânea da infração, não autoriza o 
contribuinte do ICMS, que declarou o imposto e não o recolheu tempestivamente, efetuar, após a data do 
vencimento, o pagamento do tributo, acrescido de juros de mora, mas sem a multa moratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 - GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES 
 
1. C 
2. A 
3. B 
4. A 
5. E 
6. E 
7. B 
8. E 
9. A 
10. E 
11. C 
12. A 
13. C 
14. B 
15. A 
16. E 
17. E 
18. E 
19. E 
20. B 
21. E 
22. C 
23. A 
24. B 
25. E 
26. C 
27. C 
28. D 
29. C 
30. E 
31. B 
32. A 
33. D 
34. C 
35. C 
36. E 
37. C 
38. E 
39. E 
40. E 
41. E 
42. C 
43. E 
44. C 
45. B 
46. B 
47. E 
48. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 – RESUMO DOS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES 
Responsabilidade Tributária 
• Sujeito passivo da obrigação principal → Pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade 
pecuniária. 
 
• Sujeito passivo direto (contribuinte) → Pessoa que tenha relação pessoal e direta com a situação 
que constitua o respectivo fato gerador. 
 
• Sujeito passivo indireto (responsável) → Pessoa que, mesmo não tendo relação pessoal e direta com 
a situação que constitua o respectivo fato gerador, sua obrigação decorre da lei. 
 
• O responsável é terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação. Neste caso, a 
responsabilidade do contribuinte pode ser excluída ou atribuída apenas em caráter supletivo. 
 
• Responsabilidade por substituição → Quando o vínculo jurídico do responsável surge antes ou 
mesmo no momento da ocorrência do fato gerador. 
 
• Responsabilidade por transferência → Quando o vínculo jurídico do responsável surge em momento 
posterior ao da ocorrência do fato gerador. 
 
R
e
sp
o
n
sa
b
ili
d
ad
e
 T
ri
b
u
tá
ri
a
Por Substituição
Progressiva/
Regressiva
Resp. Terceiros c/ atuação 
irregular
Resp. por Infrações
Por Transferência
Resp. por Sucessão
Resp. por Solidariedade
Resp. Terceiros c/ atuação 
regular
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Responsabilidade por Substituição 
Substituição tributária regressiva → substituição das pessoas que estão nas etapas anteriores da cadeia de 
produção ou circulação de mercadorias, ocasionando o diferimento do pagamento dos tributos devidos. 
Substituição tributária progressiva → substituição das pessoas que estão nas etapas posteriores pelas 
ocupam posição anterior na cadeia de produção e circulação de mercadorias, ocasionando a antecipação do 
pagamento dos tributos que serão devidos. 
 
Responsabilidade por Transferência 
• A transferência da responsabilidade pode ocorrer por meio de solidariedade, nos casos previstos no art. 
124, do CTN (interesse comum ou designação por meio de lei). Vale ressaltar que a solidariedade não 
comporta benefício de ordem. 
• A transferência de responsabilidade também pode ocorrer por meio de sucessão, nos seguintes casos: 
1. Sucessão na transmissão de bens imóveis (CTN, art. 130); 
2. Sucessão na transmissão de bens móveis (CTN, art. 131, I); 
3. Sucessão na transmissão causa mortis (CTN, art. 131, II e III); 
4. Sucessão empresarial (CTN, art. 132 e 133). 
 
Sucessão na Transmissão de Bens Imóveis 
• Adquirente de bens imóveis assume a responsabilidade pelo pagamento dos impostos, taxas e 
contribuições de melhoria relativas ao imóvel objeto da transmissão. 
Exceções: 
• Quando conste do título a prova de sua quitação; 
• No caso de arrematação em hasta pública. 
Sucessão na Transmissão de Bens Móveis 
• São pessoalmente responsáveis os adquirentes ou remitentes, pelos tributos relativos aos bens 
adquiridos ou remidos. 
Sucessão na Transmissão Causa Mortis 
• Na sucessão causa mortis, respondem pessoalmente pelos tributos devidos pelo de cujus o espólio e os 
sucessores e o cônjuge meeiro, na forma esquematizada abaixo: 
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Sucessão Empresarial 
• A pessoa jurídica que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é 
responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
• A responsabilidade pelos tributos devidos ocorre inclusive nos casos de extinção de pessoas jurídicas de 
direito privado, quando a exploraçãoda respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio 
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. 
• Há também responsabilidade do adquirente de fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou profissional, na forma esquematizada abaixo: 
De Cujus
•É contribuinte pelos FGs antes da morte. 
•A resposabilidade é transferida ao espólio.
Espólio
•É responsável pelos FGs antes da abertura da sucessão;
•É contribuinte pelos FGs após a abertura da sucessão; 
Sucessores
•É responsável pelos FGs antes da partilha;
•É contribuinte pelos FGs após a partilha; 
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Responsabilidade de Terceiros 
 
• Os arts. 134 e 135 do CTN estabelecem a responsabilidade de terceiros, que consiste na 
responsabilização de pessoas (denominadas “terceiros”), que possuem o dever de administrar os bens 
dos contribuintes, de representá-los. 
• A responsabilidade pode decorrer do exercício regular dessa representação (CTN, art. 134) ou do 
exercício irregular (CTN, art. 135), isto é, em relação aos créditos correspondentes a obrigações 
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou 
estatutos. 
• A responsabilidade decorrente de atuação regular pode ser esquematizada do seguinte modo: 
 
Adquirente de Fundo de Comércio ou Estabelecimento
Se continuar a exploração
Torna-se Responsável
Subsidiariamente
Se o alienante continuar atividade comercial; ou
Iniciar nova atividade dentro dos próximos 6 meses.
Integralmente
Se o alienante cessar exploração comercial
Responsabilidade “Solidária” de 
Terceiros com Atuação REGULAR 
(art. 134)
Impossibilidade de exigir a dívida do 
contribuinte
Colaborou, de algum modo, com o não 
pagamento do tributo
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• O art. 135 prevê a responsabilização pela prática de atos praticados com excesso de poderes ou infração 
de lei, contrato social ou estatutos, incluindo neste caso as pessoas referidas no art. 134, bem como os 
mandatários, prepostos e empregados e os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas 
de direito privado. 
 
 
Responsabilidade por Infrações 
• A responsabilidade por infrações tributárias é, via de regra, objetiva, ou seja, não se leva em 
consideração as características pessoais (subjetivas) do infrator e os efeitos que o ato pode causar. 
• O art. 137, do CTN, elenca os casos em que a responsabilidade pelas infrações é pessoal ao agente, como, 
por exemplo, a responsabilidade pela prática de infrações conceituadas em lei como crimes ou 
contravenções. 
• Há duas exceções, que acabam por afastar o agente da responsabilidade pelas infrações à legislação 
tributária: se forem praticadas no exercício regular da administração ou se for por cumprimento de 
ordem expressa emitida por quem de direito. 
• A denúncia espontânea é o instituto criado pelo CTN para que o contribuinte se redima das infrações 
tributárias, confessando os ilícitos e pagando o tributo devido e os juros de mora. Como consequência, 
a responsabilidade pela multa é afastada. 
• Há que se ressaltar que, para configurar a espontaneidade, o sujeito passivo deve se antecipar ao fisco, 
ou seja, a denúncia espontânea deve ser feita antes de qualquer procedimento fiscalizatório. 
 
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