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ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1B - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
PRINCÍPIOS DOS EXAMES 
DE IMAGEM 
RADIOGRAFIA 
 
• Imagem de radiografia – seguimento ósseo – coluna 
cervical. 
• A primeira está no plano sagital e a segunda no plano 
coronal (RX em AP e perfil, respectivamente). 
• Vemos o alinhamento entre as vertebras. 
• Na imagem, há lordose cervical normal. 
• Processo odontóide – axis. 
• Incluem o segmento distal e proximal. Elas estão bem-
feitas, pois incluem a base do crânio C1 até C2 (Atlas e 
Axis) até o platô inferior de T1. 
• Temos C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7 e T1. 
O RX da cervical sempre tem que ultrapassar a 1ª vértebra, 
incluindo até a base do crânio e ir até pelo menos o platô 
inferior de T1 ou até o platô superior de T2. 
• Incidências em perfil (lateral) e em AP (frontal) – para 
ortopedia. 
RADIOGRAFIA 
 
É a emissão de RX sobre o corpo. Ao emitir, se coloca um 
filme com raio isótopos, que ao receber o RX, dependendo 
da densidade tecidual, há emissão da sombra essa chapa da 
lâmina de marcador radiológico. 
• Como o RX ultrapassa partes moles de acordo com a 
densidade, teremos diferentes densidades geográficas 
mais hiperdensas ou mais hipodensas. 
• Quanto mais escuro, menos denso é o tecido (ex: tórax, 
pulmão). 
• Quanto mais claro, mais denso é o tecido. 
• Conseguimos através da diferença de densidade definir 
as estruturas e as alterações. 
• Ossos – vão absorver a maioria dos raios – hiperdenso. 
Quanto mais denso mais ela fica branca. 
 
Lordose cervical fisiológica. 
Linhas da silhueta cervical bem traçadas, afastando 
qualquer tipo de lesão nessa região. 
• Notamos a linha longitudinal anterior, posterior, os 
processos espinhos, atlas, áxis. 
• Temos que ter essa conformação perfeita, anatômica, 
harmônica e o espaço preservado entre as vértebras para 
dizermos que essa radiografia está normal. 
 
CASO CLÍNICO 
 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1B - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
• Braço é a estrutura que se compreende entre o ombro e o 
cotovelo. 
• Abaixo do cotovelo até o punho é o antebraço. 
• Paralisia flácida: membro esquecido, não mexe. 
• Força muscular igual a zero indica que ele não mobiliza 
nada, sem contração. 
• Sensibilidade dolorosa – inervados por um nervo que sai 
da coluna vertebral. 
Miótomo: sítio autonômico motor inervado por uma 
determinada raiz. É a unidade motora (grupo muscular ou 
musculo) inervado por uma determinada raiz. 
• Ex: raiz de C5 é responsável pela força motora de um 
musculo X. 
• Ex: tríceps inervado por C7. 
 Dermatomo: sítio autonômico sensitivo inervado por uma 
determinada raiz. 
⎯ Esse homem perdeu toda a parte neurológica do membro 
superior, ele está sem força e sem sensibilidade. Isso ocorreu 
desde a região do ombro até os dedos. 
 
Exames complementares para esse paciente: RX ou TC da 
cervical. 
Radiografia 
 
RX da cervical na incidência Perfil (imagem 01): C2, C3, C4 
e C5. 
Esse RAIO-X está bom? Não! Ele não vai da base do crânio 
até T1 ou até o platô superior de T2. Inconclusivo pois não 
inclui todos os seguimentos vertebrais. 
O paciente do caso possui uma retificação da lordose cervical 
(pode estar com um colar cervical). 
• Alguma das táticas que podemos utilizar para 
retirar a silhueta dos ombros da frente no RX: 
o Tração para baixo dos membros superiores, tirando os 
ombros da frente da região cervical distal. 
o Incidência do nadador: elevação de um lado e faz um 
estresse para baixo de outro membro. Pouco usada. 
Para melhorar esse RX solicitamos a incidência nadador ou a 
incidência de contração dos membros superiores. Traciona os 
MMSS um para baixo e o outro para cima, aumentando esse 
espaço cérvico-torácico, tirando um dos ombros da frente. 
Como se fosse um nadador – um braço para cima e outro para 
baixo tracionando. Com isso, diminui a sobreposição dos 
ombros permitindo a visualização. 
Devido à má qualidade do exame vamos pedir ou um novo 
Rx com nadador ou na incidência de contração dos membros 
superiores ou uma TC (a indicação formal vem por uma 
limitação técnica, quando não temos clareza vamos tentar 
aprofundar). 
Tomografia 
 
• Imagem 01 – plano coronal. 
• Imagem 02 – plano sagital. 
• Imagem 03 – axial ou transverso. 
Nessa tomografia está tudo normal, então parece que não foi 
uma fratura da região cervical. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 
Emissão de RX sobre os diafragmas que controlam a 
densidade desse RX, cortando o corpo em diferentes planos. 
Esses detectores, em escalas de cinza, graduam as estruturas 
corporais de acordo com a sua densidade. 
o Branco – mais denso. 
o Preto – menos denso. 
o Quanto mais água mais tende ao cinza. 
Imagens aparecem em tons brancos a pretos com a escala 
gradual de cinza de acordo com a densidade do tecido. Incide 
em diferentes cortes, planos. 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1B - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
VOLTANDO AO CASO... ELES PEDIRAM A RM E 
VEIO ASSIM: 
 
 
 
• Na RNM – temos as ponderações T1 e T2. 
 
No ombro observamos um grande infiltrado inflamatório na 
região supraclavicular, passando pelo plexo braquial e se 
estende até o pescoço que é onde nascem as raízes – líquido 
branco – ponderação T2. 
 
A raiz marcada está cinza e do outro está branco, isso 
dignifica que a raiz cinza foi avulsionada (foi arrancada), 
sendo uma avulsão do plexo braquial – ele teve uma lesão do 
plexo braquial e por isso ele perdeu toda a função do membro 
superior. 
• Geralmente esses casos são irreversíveis. 
• Tem um prognóstico ruim essa lesão. 
• Pedimos RAIO-X e TC para afastar lesões cervicais que 
possuem eminência cirúrgica. 
• RM é exame de seguimento (determina gravidade), na 
emergência só faz RAIO-X e TC. 
• Na emergência tratamos risco eminente de vida ou lesão 
definitiva (nesse caso possui a lesão, mas tem um 
prognóstico ruim). 
 
Na cervical vimos que não tinha nada – RX e TC normais. 
O que aconteceu no braço desse paciente? 
• Hematoma com comprometimento do plexo braquial. 
• Ele fez uma avulsão de todo tecido do plexo braquial. 
• Estirou tanto que rompeu o plexo braquial. 
• O hematoma tomou conta e por isso, o paciente perdeu 
toda mobilidade do membro superior. 
 
Notamos na imagem que ocorreu uma avulsão da raiz cervical 
– das raízes do plexo braquial. 
o Isso em caso de lesões maciças do plexo braquial, não é 
considerado uma possibilidade terapêutica. 
o O tratamento costuma ser exposição do plexo. 
o É comum que isso ocorra em acidentes de motos – dois 
vetores de ação. 
O efeito chicote costuma estar mais relacionado a lesão 
cervical. 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
 
É chamado de magneto, pois apresenta um campo magnético 
que mede o teor de água dos tecidos, através da aplicação dos 
campos magnéticos. Ela capta as alterações de sinal de 
movimento de prótons de hidrogênio (composto principal da 
água) e um programa as transforma em imagens. 
• É excelente para visualizar partes moles. 
• Em escala de água, ela informa a silhueta do daquele 
tecido. 
o Tecidos musculares mais cinzas; 
o Tecido mais gorduroso fica branco; 
o Tecido rico em água fica acinzentado. 
RM EM T1 
ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA AULA 1B - RODRIGO NUNES 23/03/2022 
 
• O osso fica cinza; 
• Gordura fica branca; 
• O músculo fica mais acinzentado-escuro; 
• Os ligamentos e a cápsula possuem mais água e vemos 
bem (são os mais escuros da imagem). 
• A parte que tem água fica mais escuro – musculatura e 
partes moles. 
• Em T1 tem tons diferentes de cinza. 
• Quanto mais escuro tiver mais água ele tem. 
Tendência é que a parte lipídica fique branca e musculatura 
fique escura. 
RM EM T2 
 
• O que tiver mais água, líquido, fica mais branco, mais 
claro; 
• Líquido entremeado na gordura, fica mais claro; 
• O musculo fica em cinza mais escuro; 
• Osso fica escuro, cinza. 
• Bexiga fica bem evidente, branca. 
• Marca a parte liquida. 
• Fundo acetabular que tem o líquido sinovial também 
mais claro. 
• Ver partes moles e detectar processos inflamatórios.FRATURA OBSCURA 
 
 
O primeiro é o RAIO-X que nem sempre conseguimos 
detectar fratura, isso é muito comum em idoso. Olhamos esse 
RAIO-X e está tudo normal, ao realizar o exame físico o 
paciente pula de dor então fazemos RM (fratura obscura). 
Nessas 02 imagens da RNM acima temos uma fratura de colo 
de fêmur – uma fratura obscura do fêmur proximal – fratura 
obscura não é vista no raio X. 
Fratura obscura: realizamos RM nesse caso, pois ela muda a 
definição da conduta. O que pode ser visto? 
Vemos um infiltrado inflamatório ósseo, líquido dentro do 
osso em T2, identificando que ocorreu uma fratura óssea do 
fêmur proximal em que é obscura ao RAIO-X e evidente na 
RM. 
Esse quadro já é suficiente para fazermos um procedimento 
cirúrgico de fixação no osso da pessoa, estabilizar a fratura e 
impedir que o osso desvie. Se não estabilizarmos esse 
hematoma não se organiza, começa a ter foco excessivo, pode 
gerar pseudoartrose ou consolida em outro lugar. 
Atentar para Clínica: paciente chega com dor e com uma 
queixa que não consegue colocar o pé no chão – idoso chega 
com dor e o trauma foi de baixa energia, pedimos para tirar o 
pé do chão e lança mão da ressonância. 
Osso osteoporótico: incapacidade de aguentar a carga – 
fratura de baixa energia. 
Na RNM – imagem 03 temos a ponderação T1: Líquido 
escurecido e o osso branco. 
Fratura obscura: há a quebra da trabécula, mas sem 
rompimento da cortical. Edema ósseo e linha de fratura. 
Indicação de cirurgia. 
*Transposição: quando se preserva algo de função. Ex: ele 
avulsionou as raízes de flexão do punho, mas preservou a de 
extensão. Logo se transpõem o tendão de extensão para o de 
flexão para que seja possível alguma flexão.

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