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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação a Distância (AD 1) – 2021.2
PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 04/09 
Disciplina: Educação Infantil 1
Coordenadora: Karla da Costa Seabra
Aluno(a): 
Matrícula: Polo: 
 Ao longo do tempo, o termo infância vem ganhando cada vez mais destaque. A modernidade vem nos trazendo melhorias em inúmeros aspectos, inclusive na infância. A mudança na sociedade gera automaticamente uma mudança na infância das crianças. Mas será que as crianças de hoje realmente têm infância? 
 Se pararmos para analisar, na década de 90 as crianças viviam de forma simples, produziam seus próprios brinquedos, brincavam de pique-pega, pique esconde, dentre outras brincadeiras que só incluíam as crianças e sua imaginação. Seguindo para o âmbito escolar, tínhamos uma educação que se voltava para o ensino mecanicista onde raramente a criança tinha voz. O professor era o mestre e estava acima de qualquer questionamento. Ainda sim, tínhamos crianças felizes, que gostavam de ir para a escola, brincavam com seus colegas, lanchavam juntos, tinham consideravelmente uma boa infância. 
 Hoje em dia, as crianças têm inúmeros recursos tecnológicos a sua disposição. Uma criança de 7 anos já tem seu próprio celular e até videogame e computador. Sabem entrar na internet, acessar vídeos, baixar aplicativos, fazer vídeo chamadas, enfim fazer tudo que um adulto faz. Mas, o que menos vemos hoje é uma criança brincando na rua com os colegas, lendo um livro físico, utilizando sua imaginação para brincar. O avanço tecnológico nos ajudou muito, mas também têm nos prejudicado muito, especialmente nas questões de interação social. Entrando no campo educacional, temos professores que utilizam diversos métodos para que a aprendizagem das crianças seja significativa. O aluno é inspirado a ter autonomia, reflexão, convívio social, aprendizado cultural, tudo que promove sua liberdade para se transformar em um cidadão pensante. Porém, depois que a COVID-19 chegou, o contexto escolar e a vida social de todos nós tem sofrido inúmeros desafios. As aulas presenciais foram suspensas, sair na rua não é mais seguro, se aproximar de outras pessoas é muito arriscado e devido a isso, a interação social praticamente acabou. Como educadores sabemos a suma importância que o convívio social têm para as crianças e sua concepção de infância.
 Nesse contexto, se pararmos para analisar a situação atual das crianças iremos perceber que elas não têm devidamente uma infância. As crianças já vinham perdendo sua infância muito antes do COVID-19. Estavam sendo adultizadas, algumas trabalhando para ajudar em casa, perdendo a melhor parte de sua vida, a infância. Durante a pandemia, as crianças perderam ainda mais, elas não podem mais sair de casa, muito menos brincar com seus amiguinhos, sua diversão ficou a encargo da tela de uma TV, de um computador ou de um celular. 
 Com isso, estamos em uma sociedade que cada vez mais se torna doente, pois são inúmeras preocupações com a saúde e o bem estar devido a tantas mortes. Notavelmente o psicológico das crianças é o primeiro a ser abalado. Elas estão perdendo sua infância não só por não poderem sair pra brincar ou ir à escola, mas, sim porque estão tomando para si o desespero e a preocupação que os adultos estão tendo. Não bastasse não poderem mais abraçar, beijar, conviver com os colegas, ainda tem a preocupação de seus entes queridos pegarem o vírus e morrerem. Isso tem gerado crianças depressivas, ansiosas, tementes a tudo, pois estão perdendo tudo, inclusive sua infância.
 A situação tem sido bem difícil, mas não podemos deixar que nossos filhos, alunos e crianças percam sua infância. Tivemos um avanço significativo na concepção de infância durante todos esses anos e não podemos retroceder. O processo da infância é fundamental para que a criança tenha autonomia, cultura, sonhos, percepção de mundo, de sociedade, e principalmente, que se torne um cidadão pensante e autônomo de sua vida. É preciso ter mais amor, empatia, cuidado, uns com os outros. São momentos difíceis, mas precisamos cuidar da infância das nossas crianças, caso contrário, teremos no futuro uma sociedade doente e caótica.
Referências
· SEABRA, Karla; Educação Infantil, volume único, Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2005
· Primeira Reportagem
· Segunda Reportagem
Reportagens pesquisadas
Caminhos da Reportagem aborda rotina das crianças durante a pandemia
 
A pandemia da covid-19 parou o mundo, modificou hábitos e gerou temor entre as pessoas. E qualquer mudança na sociedade tem forte impacto sobre as crianças. Uma geração inteira que acompanha com a curiosidade infantil, muitas vezes sem entender a dimensão do problema, mas preocupada com seu futuro e de sua família. As várias realidades mostram que pelo país há diversos tipos de quarentenas e a desigualdade social também impacta a forma como as crianças vivenciam esse período. O Caminhos da Reportagem trata, neste domingo (31), da pandemia sob o ponto de vista das crianças que vão crescer sob o reflexo do novo coronavírus no mundo.
O programa foi feito de forma colaborativa: pais, famílias, as próprias crianças, coletivos de cinema e parceiros da TV Brasil registraram o que viram de perto em suas casas ou locais onde moram. Com isso, foi possível, mesmo em meio ao isolamento social, mostrar diversas realidades: crianças de classe média, da periferia, do interior do país e crianças indígenas que vivem o problema de formas diferentes, mas com a mesma preocupação.
Moradora de Paraisópolis (SP), onde divide um pequena casa de dois quartos com outras seis pessoas, a diarista Cristina Maria da Silva acompanha de perto toda a ansiedade e inquietação de quatro adolescentes e crianças que estão sem ir a escola, com aulas online e muita energia para gastar.
"A gente vai tentando fazer o que pode nessa quarentena para não ficar louca, porque ficar em casa todo esse tempo com as crianças, elas ficam estressadas, cansadas de só jogar videogame, só assistir TV ou brincar dentro de casa", desabafa. 
Já no sertão pernambucano, em Serra Talhada, os primos Davi Santos (4 anos) e Gustavo Silva (5 anos), que moram em uma comunidade rural, apesar da pouca idade já entendem que vivem tempos diferentes. Acostumados a brincarem com liberdade pela região, com contato diário com a natureza, eles estranham o confinamento, enquanto vêem na TV histórias assustadoras sobre um “monstro invisível”.  "Não pode ir para canto nenhum", reclamam. Mas para Bruna Tainá Santos, mãe de Davi, o temor é outro: "eu tenho medo desse vírus chegar até aqui, o meu medo é do meu filho adoecer". 
Também no interior de Pernambuco, no município de Águas Belas, está a Reserva Indígena do povo Fulni-ô. Já há casos de covid-19 na região e as crianças indígenas estão assustadas. Yaysni Ferreira dos Santos (6 anos) e Tedya Ferreira Barbosa (8 anos) têm acompanhado o que acontece no mundo pelos jornais. "Eu estou com medo porque eu não quero ficar doente", explica Yaysni. "As notícias que eu ouvi é que está tendo muita morte e estou com medo, a minha família também", conta Tedya.
Os irmãos José (9 anos) e os gêmeos Bento e Miguel (6 anos) moram em Curitiba, no Paraná. A família de classe média vive em uma casa com quintal que permite mais liberdade para as brincadeiras, mas as crianças também sentem o isolamento social. A mãe dos meninos, a empresária Ana Caroline Olinda, conta como está sendo para cada um deles: "O José muito mais ativo, precisa correr, tem muita energia. Já os gêmeos são mais caseiros, então eles têm sentido menos a quarentena".
A nova escola
Além da ansiedade e muita energia para gastar em casa, as crianças também têm que conviver com uma nova realidade: as aulas online. Nem alunos, nem professores estavam preparados para uma mudança tão rápida no cotidiano escolar. A professora Diana Cardoso é mãe de Marina, de 10 anos, e vive em casa os doislados dessa realidade. Ela e a filha contam que no início foi difícil o ensino online sem muito planejamento. Mas, agora, a fase da adaptação foi superada. "Estou gostando das aulas, acho que está de uma maneira bem legal de aprender, mas preferia da forma antiga", diz Marina.
Para Isabela John (11 anos), a escola particular onde estuda conseguiu fazer uma dinâmica interessante para os alunos, com aprendizado em sites científicos, uso de aplicativos, entre outros recursos. Mas ela sente falta de estar fisicamente na escola. "Eu estou usando uniforme nas minhas aulas online porque a gente se sente mais no clima da escola", conta Isabela explicando uma estratégia para não sair da rotina.
A quarentena evidenciou um problema antigo de desigualdade no sistema escolar brasileiro, uma vez que o acesso a internet não é realidade nas casas de muitos estudantes.  Em  todo o Brasil, 4,8 milhões de crianças não têm acesso a internet - o que equivale a 17% de estudantes entre 9 e 17 anos, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online 2019. 
Outra preocupação durante a quarentena é a exposição ainda mais acentuada de crianças a telas. Alguns pais estabelecem horários, outros, para conseguir trabalhar, deixam livre o acesso à televisão, computadores, tablets e celulares. A psicóloga Raquel Manzini alerta para prejuízos com o uso exagerado desses eletrônicos.
"A exposição a telas pode causar aceleração desnecessária, problemas motores, de postura, de interação social, entre outros", enumera.
Mas para o pediatra Daniel Becker, é preciso haver um equilíbrio. "Neste momento, acho que a gente precisa ser mais flexível, porque senão a gente enlouquece", pondera. 
O programa Caminhos da Reportagem é exibido todos os domingos, às 20h, na TV Brasil.
Edição: Liliane Farias
Adultizar Uma Criança É Uma Maneira Bem Eficiente De Destruí-La
Por
 Clara Dawn
 -
14 de dezembro de 2019
Competições, desfiles, maquiagens, roupas, sapatos, cabelos, danças, músicas, páginas em redes sociais, jogos e acesso a conteúdo para adultos… Crianças com responsabilidades, hábitos e agenda de adulto, isto chama-se “adultização” fora da hora. Criança não é adulto em miniatura. Criança é criança, e como tal precisa vivenciar a sua vida se ocupando de coisas de criança e não de adultos.
Como os pais permitem que aconteça “adultização”?
A “adultização” é o processo de querer acelerar o desenvolvimento das crianças para que se tornem logo adultas. A “adultização” provoca perda da infância, da socialização, da coletividade e do mais importante, a fase do brincar livremente.
Fico indignada ao notar que a grande maioria dos pais não observa a classificação indicativa do que os seus filhos estão vendo na Netflix, no Youtube, na TV. Os jogos de vídeo game são baixados virtualmente pela própria criança. E exatamente porque a criança capta toda essa tempestade de informações sobre o mundo dos adultos, é que a depressão infantil e o índice de suicídio entre crianças de 5 a 11 anos está aumentando assustadoramente.
Como se isso não bastasse, a criança nunca tem tempo para experimentar o tédio: iniciou um choro, está aqui o celular dos pais; inciou uma birra, está aqui o celular dos pais; tem visita em casa, vá para seu quarto jogar vídeo-game – daí a criança pergunta – posso baixar o jogo novo? E o adulto responde que sim, só para se livrar dela.
Entretanto é muito importante para a saúde mental e para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial da criança vivenciar a frustração, o tédio, o não e a birra até que pare de chorar sozinha, sem barganhas ou ameaças. Acredite, a birra tem pontos muito positivos. Se você permitir que a criança experimente o tédio, certamente ela desenvolverá habilidades inimagináveis. Antes de dar um celular para o seu filho, deixe-o experimentar o tédio. Mesmo porque a idade para dar um celular para uma criança é não dar um celular para uma criança.
A idade aconselhável para falar com a criança sobre os perigos do abuso sexual, das drogas, da depressão, da prevenção ao suicídio, do machismo, do racismo, da homofobia… é desde o ventre materno. Numa fala pedagógica e fabulosa de acordo com a compreensão de cada idade. Observe o símbolo verde com a letra L que significa livre.  É desde o ventre materno também que  se ensina valores altruístas, empáticos, de cooperação e caridade.
A idade aconselhável para se começar a usar o celular é aos 12 anos e mesmo assim, sem acesso à internet. Os tablets também não devem ter acesso à internet e são os pais que devem instalar os jogos de acordo com a idade da criança.
Cada coisa tem o seu tempo, vamos respeitar a infância
Não crie a criança para a competição. Crie a criança para à cooperação, para o amor, para à equidade social, para à socialização, para interacionismo, para universalização dos direitos iguais. As crianças, embora estejam imersas nos comportamentos, nas linguagens, nas relações e nos universos do mundo dos adultos, elas anseiam pelo brinquedo, pelos jogos infantis e pelas oportunidades de conviverem e brincarem com outras crianças. O fato de querer ser adulto antes da hora, compromete a identidade de ser criança e, consequentemente, pode levar a uma vida adulta bastante conflituosa. A criança “adultizada”, confunde os limites que diferenciam uma fase da outra.
É muito importante deixar as crianças viverem a infância na sua totalidade. A rotina da criança é para viver a infância e brincar em plenitude. Para a criança, brincar é uma necessidade, pois essa atividade é muito importante para seu desenvolvimento. Uma criança feliz e sadia é barulhenta, inquieta, altruísta e rebelde. Adultizar a infância é a forma mais eficiente de destruí-la.
Este texto é de autoria da escritora, psicopedagoga e psicanalista Clara Dawn.
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