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1 Prof. Anderson Roberto Zabrocki Rosa Fundamentos da Harmonia Aula 6 Conversa Inicial Trabalharemos as definições de modulação e os meios de realizá-la A modulação Sumário: 1. Definições de modulação 2. Relações entre tonalidades 3. Modulação por acordes comuns 4. Modulação por dominantes secundárias 5. Modulação sequencial Definições de modulação A modulação é o processo de transição de uma tonalidade para outra A modulação só se concretiza com uma cadência autêntica na nova tonalidade Definições de modulação 2 “Obter contraste tonal, um recurso bastante eficaz que busca, através da pura troca de tônicas, a alternância do ambiente sonoro, a fuga da monotonia e/ou a mudança psicológica causada pelo aparecimento de novas cores harmônicas (...) Objetivos da modulação (...) Promover uma melhor articulação formal (o que não deixaria de ser uma espécie de contraste), na demarcação de novas seções ou partes de uma peça musical.” (Almada, 2012, p. 181-182) Objetivos da modulação Relações entre tonalidades Para compreender efetivamente os processos de modulação, precisamos analisar os tipos de relações existentes entre diferentes tonalidades Relações entre tonalidades O primeiro tipo de relação a ser elencada é a enarmônica, em que as tonalidades têm nomes distintos, mas notas equivalentes. Por exemplo: C# (dó sustenido maior) e Db (ré bemol maior) Não há modulação entre tonalidades enarmônicas! Relações enarmônicas As tonalidades homônimas têm o mesmo nome, mas diferem em modalidade. Por exemplo: dó maior e dó menor Há mudança na região tonal, mas não se trata de uma modulação, pois a fundamental das tônicas segue a mesma! Relações homônimas 3 As tonalidades homônimas têm o mesmo nome, mas diferem em modalidade. Por exemplo: dó maior e dó menor Há mudança na região tonal, mas não se trata de uma modulação, pois a fundamental das tônicas segue a mesma! Relações homônimas Relações homônimas Uma tonalidade e a sua relativa compartilham a mesma armadura de clave, porém não compartilham a mesma tônica A transição de uma tonalidade para a sua relativa pode ser tratada como uma modulação Relações de relativas Relações de relativas Os tons vizinhos são aqueles se distanciam por um acidente na armadura de clave Os tons vizinhos compartilham quatro acordes em comum, o que permite um processo de modulação sútil e coerente Relações entre tons vizinhos Relações entre tons vizinhos 4 A modulação por acordes comuns As tonalidades vizinhas compartilham acordes em comum, que podem ser utilizados para a transição de uma tonalidade vizinha para a outra A modulação por acordes comuns A modulação por acordes comuns Acorde‐comum Sol Maior: Dó Maior: Modulação por dominantes secundárias Para a modulação por acordes de dominantes secundárias, eles devem pertencer tanto à tonalidade de partida quanto à de chegada Ou ter função secundária para a tonalidade de origem e função principal para a nova tonalidade Modulação por dominantes secundárias Modulação por dominantes secundárias 5 Modulação por dominantes secundárias Prelúdio Bwv 999 – J. S. Bach Modulação sequencial A modulação sequencial é o processo de modulação realizada por meio da repetição de um padrão melódico transposto para outras regiões tonais Modulação sequencial Modulação sequencial Parte A Parte B Na Prática Praticar os processos de modulação por acordes-comuns e por dominantes secundárias. Praticar as modulações: Dó > sol Dó > fá Ré > mi Lá > dó A prática da modulação 6 Modulação por acordes-comuns: lá > mi Exemplos de modulação: Acorde‐comum Mi maior: Modulação por acordes-comuns: ré > lá Exemplos de modulação acorde‐comum Lá maior: Modulação por dominantes secundárias: sol > si bemol Exemplos de modulação Acorde comum Lá maior: Dominante Secundária V/V Si bemol maior: Modulação por dominantes secundárias: dó > lá Exemplos de modulação Dominante Secundária V/V Lá Maior: Finalizando Aprendemos o que é a modulação e suas finalidades Exploramos a modulação por acordes-comuns e também a modulação sequencial, realizada pela transposição de uma frase ou motivo característico para outra altura, estabelecendo assim uma nova tonalidade A modulação 7 Referências ALMADA, C. Harmonia funcional. 2. ed. Campinas: editora Unicamp, 2012. GUEST, I. Harmonia 1: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.