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PROVA A4 – 2023.1 A-1 1. B 2. B 3. B 4. B 5. B PEÇA: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA__ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO PÉRICLES, brasileiro, casado, funcionário público federal, portador da cédula de identidade nº xxx, inscrito no CPF sob o nº xxx, residente e domiciliado à Rua , nº , CEP xxx, endereço eletrônico xxx, vem, através de seu procurador judicial abaixo assinado, com endereço profissional situado à Rua xxx, nº xxx, xxx, xxx, CEP: xxx, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO c/c PARTILHA DE BENS, GUARDA E ALIMENTOS Em face de CÁSSIA, brasileira, casada, profissional liberal, portadora da cédula de identidade nº, inscrita no CPF sob o nº xxx, residente e domiciliada à Rua xxx, nº xxx, xxx, xxx, CEP xxx, pelos motivos fáticos e jurídicos que passam a expor abaixo. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO Declara o Autor, em atenção à redação dos arts. 319, VII e 334 do NCPC, que tem interesse na autocomposição, de modo que requer seja designada audiência de conciliação ou mediação. DOS FATOS O casal constituiu matrimônio por 5 (cinco) anos, sob o regime de comunhão universal de bens, consoante se verifica na certidão de casamento anexada. Tendo resolvido divorciar-se em razão de incompatibilidade de gênios, falta de tempo para dedicar-se um ao outro, além de inúmeros outros problemas que entendem não ter solução. Cumpre informar que, o casal possui uma filha CARLA, menor impúbere que hoje conta com 4 (quatro) anos de idade, já está em fase de adaptação escolar, e possui despesas na faixa de 4 mil reais por mês. A guarda está sendo exercida de forma unilateral pela mãe visto que o autor está a trabalho em Belo Horizonte. Ao longo do casamento, os cônjuges amealharam um apartamento, no bairro da Lagoa, avaliado em 3 milhões de reais, onde residem, dois automóveis, cada um avaliado em 150 mil reais, e uma casa, na cidade de Búzios, avaliada em 500 mil reais, que pretendem vender e partilhar o valor arrecadado. Diante de todo o exposto e reiterando a ausência de interesse na manutenção do vínculo conjugal, o Autor requer que este M.M. Juízo se digne a dissolver o matrimônio, com a decretação do divórcio do casal, que seja fixado alimentos ao filho menor e que proceda a partilha dos bens. DOS FUNDAMENTOS DO DIVÓRCIO Verifica-se no contexto acima apresentado, que a possibilidade convivência em comum das partes se findou com o decorrer do tempo. A fim de evitar maiores transtornos na vida do Requerente, o mesmo optou por requerer o divórcio. O Código Civil contempla expressamente a hipótese em tela, quando dispõe acerca das hipóteses que dão ensejo à dissolução do vínculo conjugal, por impossibilidade da vida em comum, quando em seu Art. 1.573, Parágrafo Único, assim estabelece: Art. 1573 - Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos: Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. Nesse diapasão, o vínculo conjugal deve ser extinto, com a decretação do divórcio, tendo em vista a impossibilidade da vida em comum, diante da perda do affectio maritalis, ou seja, os sentimentos decorridos da convivência entre marido e mulher cessaram com o tempo. A Emenda Constitucional nº. 66/2010 torna desnecessário o ajuizamento prévio da ação de separação para o fim da dissolução do casamento civil, autorizando a Requerente, desde logo, a promover esta Ação de Divórcio. DOS ALIMENTOS, DA GUARDA E DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS Durante a união, o casal teve 01 (uma) filha, CARLA, menor, que hoje conta com 4 anos, conforme faz prova certidão de nascimento anexa. Desde a separação de fato do casal a guarda fática da menina é exercida unilateralmente pela genitora. A Constituição Federal, em seu artigo 229, dispõe que: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.” Já o artigo 1.634, inciso I, do Código Civil fala que “a criação e a educação dos filhos menores competem aos pais”. A ação de alimentos é disciplinada pela Lei nº. 5.478/68 em seu artigo 2º, e diz que: O credor de alimentos, exporá suas necessidades, provando apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar ao devedor. Demonstra-se por meio dessa o interesse em prestar alimentos a sua filha. Pelos fatos em questão, considerando os gastos da menor, oferece-se a título de alimentos o valor de XX% do salário mínimo a serem descontados diretamente em folha do autor. Quanto a guarda, o caput do Art. 1.583 do Código Civil prevê a possibilidade que assim seja mantido na forma unilateral ou compartilhada. Considerando que a mãe sempre foi a responsável pela educação e os cuidados da filha, e hoje o requerente está trabalhando em outro Estado, não há oposição para que a guarda unilateral por parte da genitora. Diante do conteúdo explicitado acima, o Requerente julga conveniente regulamentar as visitas. DA PARTILHA DE BENS Pelo fato de o Requente e a Requerida serem casados pelo regime de comunhão universal de bens preceitua o Art. 1667 do CC: Art. 1667 do CC.O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. Ao longo do casamento, os cônjuges amealharam: - Um apartamento, no bairro da Lagoa, avaliado em 3 milhões de reais; - Dois automóveis, cada um avaliado em 150 mil reais; - Uma casa, na cidade de Búzios, avaliada em 500 mil reais. Totalizando: R$3.800.000,00 (três milhões e oitocentos mil reais). Desta forma, cada um tem direito a 50% do valor dos bens (cinquenta por cento) na partilha, na importância de R$1.900.000,00 (hum milhão e novecentos mil reais) para cada. DOS PEDIDOS Diante ao exposto, requer: 1) A fixação dos alimentos provisórios no percentual de XX% (por extenso) do salário mínimo nacional vigente, a ser descontado em folha e que seja fixado a guarda unilateral por parte da genitora; 2) A intimação do ilustre Representante do Ministério Público, para que acompanhe o feito até o final, sob pena de nulidade; 3) A designação de audiência de conciliação; 4) A citação da Requerida para comparecer à audiência de conciliação a ser designada com maior brevidade possível, ou querendo, contestar a presente sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia; 5) Seja a presente julgada procedente nos termos da exordial, com a decretação do divórcio do casal, o deferimento da guarda em favor da Requerida, os alimentos em favor do menor, bem como sejam os bens partilhados na forma da lei ficando a R$1.900.000,00 (um milhão e novecentos mil reais) para cada; 6) Seja a Requerida condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios conforme prevê o CPC; Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal, juntada de documentos, oitiva de testemunhas, e todas mais que se fizerem necessárias para ao presente feito, sem prejuízo de outras provas que se revelarem útil a completa elucidação dos fatos. Dá-se à causa o valor de R$XXXXX (por extenso), valor dos bens mais a anuidade da pensão alimentícia. Nestes termos, Pede deferimento. Local e data. ADVOGADO OAB/UF