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Curso Preparatório Exame ANCORD VII. Administração de Risco Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 2 1. Conceito e Tipos de Risco Risco: probabilidade de um dano se concretizar Em geral, tem relação direta com a rentabilidade de um investimento: quanto maior o risco, maior o retorno Rentabilidade absoluta x Rentabilidade relativa (índice de referência) Rentabilidade observada (relacionada ao passado) x Rentabilidade esperada (representa uma expectativa de retorno) Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 3 1. Conceito e Tipos de Risco (cont.) Tipos de risco Risco de crédito: possíveis perdas pelo não pagamento (total ou parcial) por parte do devedor (aplicações em ações não possuem esse risco) Risco de liquidez: dificuldade em negociar um ativo pelo preço “justo” e no momento desejado; é a facilidade de converter um ativo em dinheiro Risco de mercado: potencial oscilação dos valores de um ativo em um período de tempo; relação com a volatilidade Risco operacional: perdas financeiras decorrentes de falhas ou inadequação de pessoas, processos e sistemas Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 4 Na Prática! (VII) 1. Em geral, investimentos com maiores retornos apresentam (a) Menores prazos de vencimento. (b) Maior liquidez. (c) Maiores riscos. (d) Menores valores de aplicação. Resposta correta: (c). O risco de um investimento normalmente tem relação com seu retorno, sendo que quanto maior o risco, maior o retorno. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 5 Na Prática! (VII) 2. O risco de liquidez presente nos títulos é o decorrente de (a) Muitos compradores para o título, e que não querem pagar o preço justo. (b) Poucos compradores para o título, e que não querem pagar o preço justo. (c) Possibilidade de o emissor do título não cumprir suas obrigações. (d) Variações de preço que ocorrem ao longo do tempo. Resposta correta: (b). O risco de liquidez está relacionado à dificuldade em negociar um título no momento e pelo preço desejados. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 6 Na Prática! (VII) 3. Quanto menor o prazo de um título de renda fixa (a) Seu risco de mercado tenderá a ser menor. (b) Seu risco de crédito tenderá a ser maior. (c) Sua liquidez tenderá a ser maior. (d) Sua rentabilidade esperada tenderá a ser maior. Resposta correta: (a). O risco de mercado de um título está relacionado à oscilação dos seus valores em um período de tempo. Quanto menor esse período, menor tende a ser o potencial de oscilação dos valores. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 7 2. Diversificação de Carteiras Diversificação: técnica de administração de risco que oferece o potencial de redução de riscos por meio da alocação de investimentos entre vários instrumentos, setores ou categorias Risco sistemático (não diversificável): risco que tem sua origem em fatores comuns a todo o mercado (ou a um segmento do mercado) Risco não-sistemático (diversificável ou específico): risco que tem sua origem em características específicas do ativo A diversificação de uma carteira reduz apenas o risco não-sistemático Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 8 2. Diversificação de Carteiras (cont.) Risco total da carteira Risco não- sistemático Risco sistemático (risco de mercado) 1 ativo 20 ativos Número de ativos Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 9 Na Prática! (VII) 4. A diversificação de uma carteira permite (a) A eliminação total dos riscos. (b) A obtenção de maiores retornos. (c) A eliminação do risco sistemático. (d) Uma melhor relação entre risco e retorno. Resposta correta: (d). A diversificação de uma carteira permite que os riscos sejam reduzidos devido à alocação dos recursos em aplicações diversas. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 10 Na Prática! (VII) 5. O risco total de um ativo (a) Depende do risco não sistemático, que é igual para todas as empresas. (b) Depende do risco não sistemático, que está ligado a fatores específicos da empresa. (c) Depende do risco sistemático, que está ligado a fatores específicos da empresa. (d) Depende do risco não sistemático, que está ligado a fatores gerais do mercado e da economia. Resposta correta: (b). O risco não sistemático, ou específico, tem origem em características específicas do ativo. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 11 3. Conceito e Características do VAR VAR (Value at Risk ou Valor em Risco): técnica estatística utilizada para medir o nível de risco financeiro em uma firma ou em uma carteira de ativos, por um período de tempo específico, dado um nível de confiança Exemplo: pode-se afirmar que o VAR de determinada carteira, para um dia e com 95% de confiança, é de R$ 100.000,00 Isso significa que, em um dado dia, há 95% de chances de o resultado da carteira (ganho ou perda) ser superior a – R$ 100.000,00 Em outras palavras, essa medida indica que há 5% de chances, em um dia qualquer de a carteira perder R$ 100.000,00 ou mais Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 12 3. Conceito e Características do VAR (cont.) Exemplo – distribuição de retornos em uma carteira de ativos: (R$ 100.000,00) Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 13 4. Conceito e Características do Duration Duration: prazo médio ponderado de recebimento dos fluxos financeiros (juros e principal) de um título de renda fixa. O tempo até cada pagamento de juros e/ou principal é ponderado pelo valor presente do pagamento respectivo, e a soma desses valores é a duration do papel Duration modificada: sensibilidade, em termos percentuais, do preço do título a uma variação de 1 ponto percentual na taxa de desconto de um título de renda fixa Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 14 4. Conceito e Características do Duration (cont.) Cálculo da Duration: Considerando um título com prazo de 4 anos, valor de face de R$1.000,00 e cupom anual de 10%: Tempo Fluxo (R$) Valor Presente (VP) (R$) VP Fluxo / VP Total (Peso) Tempo x Peso 1 100,00 90,91 0,09091 0,09091 2 100,00 82,64 0,08264 0,16528 3 100,00 75,13 0,07513 0,22539 4 1.100,00 751,32 0,75132 3,00528 Total: 1.000,00 1 3,5 anos Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 15 5. Conceito e Características de Limite de Oscilação Limite de oscilação intradiáriade preços: determina a região de preços considerada aceitável para fins de negociação São estáticos ao longo do dia Caso ultrapasse esse limite, ativo entra em leilão Adequação a esses limites é verificada após o fechamento do negócio Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 16 6. Conceito e Características dos Túneis de Negociação Túneis de Negociação Túnel de Rejeição: objetivo de diminuir erros operacionais, evitando a inclusão de ofertas errôneas no sistema de negociação ‒ Atua na entrada da oferta no livro de ofertas; ofertas de compra e venda inseridas no sistema de negociação que estiverem fora do túnel de rejeição são automaticamente recusadas pelo sistema ‒ É atualizado de forma dinâmica ao longo do dia, acompanhando a evolução do mercado e permitindo a utilização de intervalos de preços mais estreitos Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 17 6. Conceito e Características dos Túneis de Negociação (cont.) Túneis de Negociação (cont.) Túnel de Leilão: mais estreito do que o túnel de rejeição; se atingido, aciona processo de leilão com maximização da quantidade negociada e geração de todos os negócios a um único preço (fixing) ‒ Atua no momento de fechamento do negócio; é um aprimoramento dos limites de oscilação intradiária Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 18 6. Conceito e Características dos Túneis de Negociação (cont.) Túneis de Negociação (cont.) Fonte: BM&FBovespa. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 19 6. Conceito e Características dos Túneis de Negociação (cont.) Fonte: BM&FBovespa. Túneis de Negociação – Exemplo Preço-base de túnel para um dado ativo: R$ 10,00 Valores de bandas dos túneis de negociação: Limites inferiores e superiores de rejeição e de leilão: Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 20 6. Conceito e Características dos Túneis de Negociação (cont.) Túneis de Negociação – Exemplo (cont.) Os túneis de negociação do ativo neste exemplo são: túnel de rejeição para ofertas de compra: [R$8,50; R$10,50] túnel de rejeição para ofertas de venda: [R$9,50; R$11,50] túnel de leilão: [R$9,80; R$10,20] Neste exemplo, apenas será permitida a entrada de ofertas de compra com preços entre R$8,50 e R$10,50 A entrada de ofertas de venda será permitida desde que com preços entre R$9,50 e R$11,50 Caso um negócio seja fechado por preço inferior a R$9,80 ou superior a R$10,20, o instrumento será submetido automaticamente a leilão Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 21 Na Prática! (VII) 6. É incorreto afirmar que (a) Limites de oscilação de preços não são estáticos ao longo do dia. (b) Túneis de rejeição determinam a região dos preços considerada aceitável para fins de negociação. (c) Túneis de rejeição são atualizados de forma dinâmica, acompanhando a evolução do mercado. (d) Ofertas fora do túnel de rejeição são recusadas pelo sistema. Resposta correta: (a). Os limites de oscilação de preços são estáticos ao longo do dia, ao contrário dos túneis de rejeição, que são atualizados de forma dinâmica. Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 22 7. Atividades e Modelo de Liquidação e Compensação da Clearing Clearing: câmara ou prestadora de serviços responsável pelo registro, acompanhamento, compensação e liquidação das operações CETIP: registro, depósito, negociação e liquidação de ativos e títulos privados Maioria dos títulos em forma escriturais (eletrônicos) Operações de compra e venda realizadas no mercado de balcão Alguns títulos liquidados e custodiados no CETIP: CDB, RDB, debêntures, DI, Letra Hipotecária, Letra de Câmbio, notas promissórias Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 23 7. Atividades e Modelo de Liquidação e Compensação da Clearing (cont.) SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): custódia de títulos do Tesouro Nacional, e registro e liquidação desses títulos Todos os títulos são escriturais (eletrônicos) Participantes: bancos, caixas econômicas, sociedades distribuidoras e corretoras de valores mobiliários, BCB e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB Administração: BCB e ANBIMA Horário de funcionamento: 6:30 às 18:30, todos os dias úteis Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 24 7. Atividades e Modelo de Liquidação e Compensação da Clearing (cont.) Clearing BM&FBovespa: compensa, liquida e controla o risco das obrigações decorrentes de operações à vista e de liquidação futura com qualquer espécie de valor mobiliário, títulos, direitos e ativos É a “certeza de liquidação”, ou seja, a garantia de que uma operação será efetivamente liquidada, nos termos e prazos estabelecidos A BM&FBovespa exerce a função de contraparte central das operações Quando da aceitação de uma operação pela câmara, ocorre a novação das obrigações decorrentes desta operação; a BM&FBovespa torna-se assim a contraparte central e assume as posições (i) de comprador, perante o vendedor; e (ii) de vendedor, perante o comprador da operação Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 25 7. Atividades e Modelo de Liquidação e Compensação da Clearing (cont.) Clearing BM&FBovespa (cont.) Em situação de inadimplência, ou seja, caso não haja o pagamento ou a entrega de ativos ou mercadorias devidos, a Clearing assume exposição direta aos riscos de mercado e de liquidez Nesse caso, o risco de mercado é dado pelo risco de perdas em decorrência da variação de preço das posições em valor superior ao das garantias; o risco de liquidez está relacionado à inexistência de condições adequadas para a execução das garantias no prazo devido Ocorrendo evento de inadimplência, cabe à Clearing acionar seus mecanismos de salvaguarda para assegurar a boa liquidação das operações Problema da administração de risco de uma contraparte central: capacidade de dispor de recursos e liquidez necessários para realizar o encerramento das posições detidas pelos participantes inadimplentes, sob as condições de mercado vigentes, ao longo de um horizonte de tempo Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 26 7. Atividades e Modelo de Liquidação e Compensação da Clearing (cont.) BM&FBovespa – Câmara de Câmbio: clearing de câmbio da BM&FBovespa Realiza registro, compensação, liquidação e gerenciamento de risco de operações do mercado brasileiro interbancário de dólar a vista Objetivo básico: eliminar o risco de principal, ou seja, o risco associado a perdas decorrentes de problemas de Liquidação das operações, quando o Agente comprador paga Moeda Nacional, mas não recebe Moeda Estrangeira devido à inadimplência do Agente vendedor, ou vice-versa Possuitambém mecanismos para a gestão adequada dos riscos de mercado, de liquidez, operacional e legal Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com) © Material de propriedade da CapitalPro – Instituto Capital de Qualificação Profissional Slide 27 BM&FBovespa e CETIP estão agora juntas na B3 TOME NOTA Licenciado para João Paulo Ribeiro Vilhena (jprvilhena@gmail.com)