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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
Professora: Nutricionista GLÁUCIA FREIRE
Deficiência nutricional é a falta ou ausência de algum componente da dieta (macronutrientes, micronutrientes) que podem afetar a saúde do indivíduo.
Pode interferir na saúde desde o útero até a terceira idade e ocasionar diversas patologias. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
É uma doença infecciosa que lesiona o fígado e é causada pelo vírus HAV.
FISIOPATOLOGIA: 
O vírus da hepatite A (HAV) é um vírus RNA que se replica principalmente no fígado e é secretado na bile e no soro.
É encontrado nas fezes durante o período de incubação e na fase sintomática inicial da doença. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
3
FISIOPATOLOGIA: 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
INFLAMAÇÃO
4
AGENTE ETIOLÓGICO: HAV
 Transmissão oral-fecal: 
Água e alimentos contaminados;
Contato pessoal com pessoas infectadas.
Maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população.
Principalmente crianças.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
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QUADRO CLÍNICO: Pode não apresentar sintomas. 
Quando estão presentes: 
Febre;
Perda de apetite;
Cansaço;
Mal estar;
Náuseas;
Vômitos;
Icterícia; 
Urina escura;
Fezes claras. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
Acúmulo de bilirrubina (pigmento da bile) – dificuldade de excreção – defeito nos hepatócitos. 
6
 INCIDÊNCIA: 
Região norte: 0,92%
Região centro-oeste: 0,76%
Região sul: 0,55%
Obs: população de 20 a 69 anos
TRATAMENTO:
Não existe tratamento específico.
Pessoas que vivem no mesmo domicílio que o doente ou que estão em más condições de saúde: imunoglobunina policlonal para proteção. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
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PREVENÇÃO: 
Não comer frutos do mar crus ou mal cozidos – moluscos filtram grande volume de água e retêm o vírus;
Evitar o consumo de alimentos e bebidas de procedência duvidosa;
Ingerir água clorada ou fervida
Lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro;
Não ingerir bebidas alcoólicas durante a fase aguda e nos três meses seguintes à volta das enzimas hepáticas aos níveis normais;
Utilizar utensílios para fazer as unhas esterilizados.
Obs: população de 20 a 69 anos
TRATAMENTO:
Não existe tratamento específico.
Pessoas que vivem no mesmo domicílio que o doente ou que estão em más condições de saúde: imunoglobunina policlonal para proteção. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
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TERAPIA NUTRICIONAL: 
Alimentação rica em carboidratos e quantidade adequada de proteínas;
Evitar lipídeos;
A ingestão de bebidas alcoólicas é totalmente proibida por três meses, no mínimo, após a volta das enzimas hepáticas a níveis normais. (TGP,TGO)
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HEPATITE A
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Doença infecciosa, contagiosa e aguda que ataca preferencialmente crianças. 
Causada por enterovírus neurotrópicos
Causa deformidades no aparelho locomotor;
Doença polimorfa ( variedade de sintomas);
Difícil diagnóstico precoce.
FISIOPATOLOGIA: 
O vírus penetra no organismo pela inalação ou boca.
Aloja-se no intestino para reprodução e multiplicação;
Posteriormente vai para o sistema linfático e depois corrente sanguínea;
Por fim: bulbo, cerebelo, cérebro, medula espinhal e outras estruturas do sistema nervoso central. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
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AGENTES ETIOLÓGICOS: 
Três vírus: Brunhilde, Lansing e Leon (Poliovírus I, II, III). 
Extremamente resistentes ao meio ambiente, poluindo água e alimentos por períodos prolongados
Não resistem a cloração, pasteurização, liofilização, água fervente e substâncias oxidantes. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
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QUADRO CLÍNICO:
Poliomielite não paralítica ou frusta: dor de garganta, náusea, vômito, constipação, diarreia. 
Poliomielite paralítica espinhal: atinge os neurônios - 
Poliomielite bulbar: atinge o tronco cerebral (meninges).
polioencefalite: atinge o encéfalo. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
12
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA:
90 a 95% - forma benigna
Brasil: Não há casos desde 1989 – vacinação;
Idade de maior incidência: 6 meses a 3 anos
Adultos com menos de 40 anos não vacinados: mais grave – forma paralisante.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
13
PREVENÇÃO
Hábitos de higiene;
Vacinação. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
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TRATAMENTO:
Não existe cura
Objetivo do tratamento: aliviar os sintomas e prevenir complicações
Exercícios moderados (fisioterapia, fonoaudiologia)
Medicamentos utilizados: 
Antibióticos para prevenir infecções nos músculos enfraquecidos
Analgésicos para dor
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
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SÍNDROME PÓS-PÓLIO
Conjunto de sintomas que podem acometer adultos que tiveram a doença na infância:
Fraqueza muscular;
Dor nas articulações;
Dificuldade de respirar e deglutir. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
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TERAPIA NUTRICIONAL:
Manter o peso – principalmente nos casos de síndrome pós-pólio
Proteína: dieta hiper proteica para manter a força muscular. 
Manter dieta saudável com quantidade adequada de calorias, macronutrientes e micronutrientes. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
POLIOMIELITE
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Inflamação do estômago e intestino delgado, produzindo: diarreia, câimbras, náuseas.
CAUSAS: Infecções virais e intoxicação gastrintestinal
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRENTRITE
GASTRENTERITE VIRAL
INTOXICAÇÃO GASTRINTESTINAL
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Gastrenterite viral: 
Vírus: 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRENTRITE
Norwalk, 
Rotavírus
Adenovírus
Fezes de pessoas contaminadas
Superfícies contaminadas
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Intoxicação Gastrintestinal: causada pelas toxinas produzidas por algumas bactérias.
Exemplos: 
Botulismo: causado pela toxina da Bactérias Clostridium Botulinum
Infecção Estafilocócica: causada pela toxina da  bactéria Staphylococcus  aureus
Aflatoxicose: Causada pela toxina Aspergillus flavus e  A. parasiticus).
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRENTERITE
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PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA: Milhões de pessoas contaminadas por gastrenterite viral ou intoxicação alimentar. 
Adultos: sintomas leves a moderados
Idosos e pessoas com sistema imune debilitado: desidratação, febre muito alta, deficiência de absorção de nutrientes e sintomas mais graves. 
QUADRO CLÍNICO: Em adultos: diarreia moderada (menos que 10 evacuações líquidas por dia), câimbras, febre moderada (menor que 38,5 graus C), dor de cabeça, náuseas, vômitos. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRENTERITE
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TRATAMENTO: 
Melhoria dos sintomas: desidratação, febre.
Exames laboratoriais: somente no caso de sintomas exacerbados (febre maior que 39 graus C, diarreia severa, desidratação significativa (boca seca, sede intensa, fraqueza), fezes com sangue ou pus. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRENTERITE
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TERAPIA NUTRICIONAL 
Alimentos indicados: 
líquidos (água, sucos, água de coco, caldos de carne, canja de galinha) – reidratação e reposição de Sódio e Potássio
Chá de gengibre – náuseas
Banana: pequenas porções (potássio, CHO e solidificação das fezes).
Arroz: solidifica as fezes, fácil digestão, energia.
limentos
Alimentos que devem ser evitados:
Bebidas alcoólicas, cafeína: diuréticas e estimulação do intestino (agravo da diarreia). 
Alimentos gordurosos, leite, chá, álcool: dificultam o trabalho do TGI
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRENTERITE
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O trato gastrintestinal (TGI) consiste no canal alimentar que tem estrutura tubular, linear, com cerca de 9 metros de extensão e se estende a partir da boca até o ânus, além dos órgãos anexos: fígado, pâncreas e glândulas salivares. 
O sistema digestório é responsável pela redução de grandes moléculas em moléculas menores e pela conversão de substâncias insolúveis em solúveis, para que possam ser prontamente assimiladas. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAISSISTEMA DIGESTÓRIO
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
TRATO GASTRINTESTINAL
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
PRINCIPAIS ENFERMIDADES DO TRATO DIGESTÓRIO
Esofagite
Hernia hiatal
Gastrite
Doenças hepato-biliares
Ascite
Esteatose hepática
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Inflamação na mucosa que recobre o interior do esôfago.
Pode vir acompanhada de um estreitamento do interior do conduto
Causa mais comum: refluxo gastroesofágico. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESOFAGITE
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AGENTE ETIOLÓGICO: 
Esofagites infecciosas – pacientes imunodeprimidos
Esfogatite cáustica: Ingestão de soda cáustica (hidróxido de sódio).
Esofagite eosinofílica: doença inflamatória com características alérgicas causada por um denso infiltrado de eosinófilos no esôfago em resposta a agentes alérgicos alimentares ou pó. 
Esofagite de refluxo: causada pelo refluxo gastroesofágico. (causa mais comum).
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESOFAGITE
Candida albicans
Herpes vírus
citomegalovírus
Células de defesa
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 QUADRO CLÍNICO: 
Dificuldade para engolir;
Dor no peito;
Náuseas e vômitos
Dor abdominal
Tosse
Perda de apetite.
Pirose 
Lactentes: recusa alimentar, irritabilidade, vômitos, déficit ponderoestatural, dor abdominal. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESOFAGITE
29
 
 INCIDENCIA: 
A incidência é de 12,8 casos por 100.000 habitantes e a prevalência de 43/100.000
Atinge mais os homens;
Adultos entre 30 e 40 anos
Prevalência de atopia chega a 81%
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESOFAGITE
Tendência hereditária a desenvolver alergias.
30
 
 TRATAMENTO: 
Depende da gravidade e da doença de base. 
Antiácidos: diminuir a acidez gástrica
Antibióticos: esofagite bacteriana
Medicamentos antirrefluxo;
Corticoides – inflamação. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESOFAGITE
31
 
 TERAPIA NUTRICIONAL: 
Evitar a ingestão de refeições volumosas, ricas em gorduras, principalmente 2 a 3 horas antes de deitar.
Evitar a ingestão de alimentos ácidos e muito condimentados quando houver inflamação;
Evitar álcool, chocolate e bebidas contendo cafeína.
Evitar chás a base de hortelã;
Ficar na posição elevada e evitar atividades físicas logo após as refeições;
Evitar roupas apertadas, principalmente após as refeições;
Evitar tabagismo.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESOFAGITE
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 É uma doença em que uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax por meio de uma abertura no diafragma. 
O diafragma é uma camada de músculo que separa o tórax do abdômen.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HÉRNIA HIATAL
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FISIOPATOLOGIA: Resultante da fraqueza do dos tecidos musculares do diafragma.
Congênita: criança nasce sem o diafragma ou com este enfraquecido.
Adquirida: obesidade, idade, gravidez, obesidade. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HÉRNIA HIATAL
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QUADRO CLÍNICO: 
Sintomas típicos mais comuns: pirose, regurgitação que pioram após as refeições quando o paciente deita ou se curva
Complicações da Doença do Refluxo Gastreoesofágico: 
Disfagia: dificuldade de deglutição na ausência de estreitamento
Odinofagia: Dor ao deglutir
Hematêmese: vômito com sangue
Melena: sangue nas fezes
Sintomas inespecíficos: (podem ter outras causas)
Halitose, salivação amarga, gosto ácido na boca, problemas dentários
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HÉRNIA HIATAL
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TRATAMENTO: 
Cirurgia – casos graves
Tratamento clínico: antiácidos.
TERAPIA NUTRICIONAL: 
Evitar alimentos gordurosos, muito condimentados e frituras;
Evitar álcool e bebidas gaseificadas;
Evitar fumo;
vitar ingerir muito líquido durante as refeições;
Fazer refeições menores, leves e diminuir o intervalo entre elas.
Usar travesseiros altos;
Não comer antes de dormir. 
Obs.: Não usar roupas ou acessórios apertados
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
HÉRNIA HIATAL
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Processo inflamatório no estômago. 
Classificação: 
GASTRITE AGUDA: surge de forma repentina.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
Simples ou exógena: Causada por álcool, medicamentos (Antiinflamatórios como o Ibuprofeno)
Corrosiva: Ingestão de substâncias corrosivas
Tóxica: uso de drogas a base de salicilatos (AAS), barbitúricos (Fenobarbital, Tiopental, Tiamilal - antiepilépticos, sedativos) 
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Processo inflamatório no estômago. 
Classificação: 
GASTRITE CRÔNICA: Se desenvolve ao longo do tempo. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
Superficial: Causada por erro alimentar, H. Pylori, medicamentos.
Atrófica:
Hipertrófica: Pode ser causada pelos fatores já citados. 
		 Perda importante de proteínas que se soltam do 			 estômago e são eliminadas pelas fezes. 
Autoimune: o organismo ataca as células do estômago causando a inflamação.
H. pylori: enfraquece a membrana protetora e permite que o ácido atinja o estômago. 
Obs: Fator intrínseco de Castle – glicoproteína responsável pela absorção da vitamina B12 – anemia perniciosa/megaloblástica.
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Processo inflamatório no estômago. 
Classificação: 
GASTRITE ESPECIAL OU PÓS-GASTRECTOMIA
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
Refluxo do conteúdo duodenal para o estômago. 
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QUADRO CLÍNICO:
Gastrite aguda simples: anorexia, desconforto epigástrico, náuseas e vômitos e, ocasionalmente, com hematêmese (vômitos com sangue), mal estar, calafrios, dor de cabeça, dor no estômago tipo queimação, diarreia e dor tipo cólica, câimbras musculares, prostração e até desidratação em casos graves.
Gastrite aguda corrosiva: dor tipo queimação, náuseas e vômitos, diarreia, rigidez abdominal, sede intensa, prostração e choque metabólico (grande perda de líquidos no corpo, diarreia, vômitos – taquicardia, hipotensão, rebaixamento do nível de consciência).
Gastrite aguda tóxica: dor tipo queimação, náuseas, vômitos. 
Gastrite crônica: pressão e “empachamento”, anorexia, náuseas e vômitos, dor tipo queimação, hematêmese (vômito com sangue)
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
40
TRATAMENTO: 
GASTRITE AGUDA ASSOCIADA AO USO DE MEDICAMENTOS: Suspensão ou substituição + uso de medicamentos que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago. 
BACTÉRIA H. PYLORI: Antibióticos para tratar a bactéria + medicamentos para inibir ou bloquear a secreção ácida. 
GASTRITE PÓS- GASTRECTOMIA: Cirurgia 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
41
TERAPIA NUTRICIONAL:
Objetivos: 
Recuperar o estado nutricional do paciente - PTN
Favorecer o trabalho gástrico, reduzindo a secreção gástrica e evitando lesões e hemorragias – (alimentos bem cozidos, frutas cozidas, evitar carnes gordurosas e frituras, refeições menores. )
Promover o esvaziamento adequado do estômago para permitir que o revestimento mucoso se regenere. 
Promover hidratação adequada ao paciente;
Promover educação nutricional;
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
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TERAPIA NUTRICIONAL:
Alimentos que devem ser evitados: 
Pimenta, álcool, refrigerante;
Alimentos estimulantes: café, chá-mate, chá preto, chocolate;
Feijão e outras leguminosas – aumentam o desconforto intestinal
Temperos industrializados: caldo de carne, maionese, extrato de tomate, molho tártaro, molho de soja, molho inglês;
Frutas ácidas: laranja, limão, damasco, cereja, morango, kiwi, pêssego, tomate.
Linguiça, salsicha, patês, salame, mortadela, presunto, bacon, carne de porco, carnes gordas, alimentos enlatados e em conserva. 
Doces concentrados (goiabada, marmelada, doce de leite, cocada) – retardam o esvaziamento gástrico
Goma de mascar. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
Irritantes e estimulantes
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TERAPIA NUTRICIONAL:
Orientações: 
Comer de três em três horas;
Fazer refeições pouco volumosas;
Mastigar bem os alimentos;
Não ingerir líquidos durante as refeições (máximo 100ml)
Fazer as refeições em horários regulares. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
GASTRITE
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Metabolismo: 
 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAISDOENÇAS HEPATO-BILIARES
Produção de proteínas: albumina, transferrina, fibrinogênio, protrombina.
Formação de massa muscular
Produção de triglicerídeos (lipogênese)
Produção de glicose (neoglicogênese)
GLICOSE
Glicogênio em triglicerídeos
AMINOÁCIDOS
LIPÍDEOS
Síntese de lipoproteínas: HDL,LDL
ARMAZENAMENTO
glicogênio, vitaminas A,D,E,K e B12 e minerais: Fe, Zinco e Cobre.
DIGESTÃO
Emulsificação de gorduras
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Fatores que afetam a avaliação do estado nutricional em pacientes hepatopatas crônicos
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
	PARÂMETRO NUTRICIONAL	FATORES
	Peso corporal	Ascite, diuréticos
	Antropometria	Gênero, variações do estado de hidratação
	Proteínas séricas (albumina)	Dieta, drogas, má absorção, insuficiência renal, função hepática
	Índice de creatinina (função renal)	Gênero, dieta, idade, insuficiência renal
	Balanço nitrogenado (desnutrição)	Insuficiência renal
	Função imune (imunoglobulinas) 	Drogas, insuficiência renal, infecções
		
46
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
ENERGIA E PROTEÍNA: Variam conforme o estado nutricional e o tipo de doença – desnutrição altamente prevalente
Pacientes com encefalopatia crônica ou déficit nutricional: suplementos orais ricos em aminoácidos ou com leite de soja. 
Pacientes com ascite: dieta hipossódica rigorosa – difícil aceitabilidade.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
Hepatopatias crônicas alteram o metabolismo de macronutrientes. 
Gasto energético em repouso (GER) aumentado - inflamação
Ingestão 
alimentar 
insuficiente
Prejuízos ao sistema imunológico
Aumento do risco de infecções e morte
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ASCITE
Condição associada a avanço de diversas patologias, tais como: insuficiências renal, cardíaca e hepática, certos tipos de câncer, algumas pancreatites, e infecções, como a esquistossomose e a tuberculose.
Também conhecida como barriga d’agua ou hidroperitônio, caracteriza-se pelo de água no interior do abdômen.
Pode ter diversas composições: 
Linfa – obstrução das vias linfáticas
Bile – complicação da retirada da vesícula biliar
Suco pancreático: pancreatite aguda com fístula 
Urina – perfuração das vias urinárias
Doenças hepáticas - plasma. 
48
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ASCITE
FISIOPATOLOGIA: Pode ser causada por dois fatores:
HIPERTENSÃO PORTAL
Causada por trombose na veia esplênica ou veia porta
A trombose causa obstrução no fluxo de sangue e extravasamento para a região abdominal. 
49
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ASCITE
FISIOPATOLOGIA: Pode ser causada por dois fatores:
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ONCÓTICA
A inflamação gera hipercatabolismo e consequentemente deficiência de Albumina no sangue (proteína que puxa de volta para o sangue a água que constantemente sai dos vasos). 
50
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ASCITE
AGENTES ETIOLÓGICOS: 
Vírus (hepatites), 
Drogas (anti-hipertensivos, corticoides, anti-inflamatórios.
Hepatite auto-imune, 
Doença de Wilson (acúmulo de Cobre no cérebro e fígado)
Hemocromatose: acumulo de Ferro no fígado, pâncreas e coração.
Químicos (álcool);
Cirrose biliar (acúmulo de bile no fígado)
Colangite esclerosante: inflamação dos canais biliares e endurecimento dos tecidos.
Fibrose cística (problemas no sistema respiratório, digestório e reprodutor)
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ASCITE
QUADRO CLINICO
Sensação de peso e pressão progressivos no abdômen, 
Dificuldade de respirar.
Dor abdominal difusa(generalizada)
Perda de apetite, náuseas, vômitos
TRATAMENTO 
Remover o líquido – paracentese abdominal 
Controlar a produção e extravasamento: diuréticos, restrição de sódio, interrupção do consumo de bebidas alcoólicas, administração de albumina. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ASCITE
PREVENÇÃO
Vacinar-se contra Hepatite A e B
Tomar cuidado com água de rios, córregos, represas e enxurradas que pode estar contaminada com larvas transmissoras da esquistossomose.
TRATAMENTO 
Diuréticos
TERAPIA NUTRICIONAL
Dieta hipossódica;
Evitar bebidas alcoólicas.
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ESTEATOSE HEPÁTICA
 Caracteriza-se por acúmulo de gordura no fígado. Chamado também de "fígado gorduroso“. 
Quando a gordura acumulada no fígado ultrapassa 10% do peso hepático. 
O acúmulo de gordura provoca inflamação no fígado acarretando dano aos hepatócitos. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ESTEATOSE HEPÁTICA
 ESTÁGIOS: 
Grau 1 ou leve: quando há pequeno acúmulo de gordura
Grau 2: quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado
Grau 3: quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado.
 *Esses estágios são avaliados pelo médico através de ultrassonografia.
DIAGNÓSTICO: Exame de sangue (TGO, TGP), palpação,Ultrassonografia 
 CAUSAS
Obesidade: Mais de 70% dos pacientes são obesos. 
Diabetes Mellitus 
Colesterol 
Drogas: corticoides, estrogênio, amiodarona, antirretrovirais, Diltiazen e Tamoxifeno
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ESTEATOSE HEPÁTICA
QUADRO CLÍNICO:
Não apresenta sintomas inicialmente;
80% de comprometimento: icterícia, rebaixamento do nível de consciência. 
 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ESTEATOSE HEPÁTICA
TRATAMENTO:
Não há tratamento específico, trata-se a causa: diabetes, os níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, a obesidade.
Medicamentos;
Mudanças no estilo de vida. 
Dieta
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ESTEATOSE HEPÁTICA
TERAPIA NUTRICIONAL
Dieta hipolipídica – 25% em relação ao VET da dieta
Quantidades normais de carboidratos (alimentos integrais)
Quantidades normais de lipídeos:
Fibras solúveis: frutas, verduras, aveia, cevada, leguminosas. 
(carnes magras, leites e derivados desnatados)
Preferir os ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados (castanha, nozes, azeite, linhaça, peixe) – cardioprotetor. – cautela
Ômega 3 – 2g por dia. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS HEPATO-BILIARES
ESTEATOSE HEPÁTICA
 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de extensão do sistema digestivo e endócrino dos seres humanos.
Funções: 
secretar suco pancreático – digestão
Produzir: Insulina, glucagon, somatostatina (regulação dos níveis de glicose).
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
PANCREATITE
É uma inflamação no pâncreas que pode ser aguda ou crônica. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
PANCREATITE
Fisiopatologia: 
Originada pela colelitíase: refluxo de bile para o pâncreas ou obstrução dos ductos pancreáticos pelo próprio cálculo.
Originada pelo álcool: Não está totalmente elucidada. Acredita-se que é ocasionada pela ativação precoce de zimogênio (tripsinogênio).
62
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
PANCREATITE
ETIOLOGIA
Álcool
Colelitíase
Autoimune
63
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
PANCREATITE
QUADRO CLÍNICO: 
Dor abdominal aguda, de instalação súbita, sem pródromo (algo que anteceda), localizada na porção superior do abdômen, com irradiação dorsal e de intensidade moderada a forte. 
Apresenta piora com alimentação ou uso de álcool. 
De origem biliar: dor localizada no hipocôndrio direito. 
64
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
PANCREATITE
TRATAMENTO:
Suporte clínico:
Suspensão da ingesta oral – 
Terapia Nutricional Enteral 
Manutenção da perfusão tecidual = oxigenação das células
Através da reposição volêmica = coloides e cristaloides.
Analgesia
65
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
ESTADONUTRICIONAL DO PACIENTE COM PANCREATITE
75% apresentam a forma leva – apresentam bom estado nutricional
25% forma grave: 
Deterioração do estado nutricional: 
Grande repercussão inflamatória e metabólica
Aumento inicial de substâncias pró-inflamatórias
(TNF, Interleucinas)
Seguida de liberação de substâncias anti-inflamatórias
(Interleucina 4 e 10)
Mobilização da reserva energética: principalmente massa magra = desnutrição. 
66
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE COM PANCREATITE: 
Minimizar o catabolismo – evitando a instalação da desnutrição proteico-energética (PROTEÍNA)
Minimizar a resposta inflamatória e anti-inflamatória (imunomodulação). (Suplementação com glutamina, ômega 3)
Terapia nutricional enteral (TNE) com sonda nasojejunal;
Terapia nutricional parenteral (TNP)
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
FIBROSE CÍSTICA
A mucoviscidose, mais conhecida como fibrose cística ou apenas FC, é uma doença genética, grave, sem cura, que afeta as glândulas exócrinas, provocando alterações nos pulmões, pâncreas, fígado e intestino.
A doença causa um defeito na produção das secreções, que se tornam espessas e em grande quantidade obstruindo suas vias. 
 
68
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
FIBROSE CÍSTICA
FISIOPATOLOGIA: mutações ocorridas no gene CFTR, o qual codifica a proteína CFTR responsável pelo transporte de íons através da membrana celular, estando envolvida na regulação de fluxo de Cl-, Na+ e água. 
No pâncreas exócrino: secreção mais espessas de suco pancreático bloqueia (entope) os canais pancreáticos, causando inflamação e formação de cistos fibrosos. 
CÉLULA
Redução da excreção do Cloro
Aumento do fluxo de sódio para recuperar o equilíbrio. 
69
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
QUADRO CLÍNICO
Anorexia
diarreia crônica, 
fezes volumosas, brilhantes, gordurosas e fétidas (85 a 90%).
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
20% da população é assintomática;
Acomete mais a população branca;
Rara em negros e orientais;
Obs.: 2 a 3% será diabético ou insulinodependente;
98% dos homens não produz esperma – defeito nos vasos
Mulheres: Secreção do colo uterino muito viscosa – redução da fertilidade. 
70
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PANCREÁTICAS
TERAPIA NUTRICIONAL
Suplementação de enzimas pancreáticas (drágeas, cápsulas)
Reposição de vitaminas lipossolúveis;
Hidratação;
Reposição de sódio;
Dieta rica em calorias sem restrição de gorduras.
71
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças cardiovasculares são as principais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito a cada dois minutos é causado por esse tipo de enfermidade.
72
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Popularmente conhecido como ataque cardíaco, é um processo de necrose de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. 
FISIOPATOLOGIA
Causado pela redução do fluxo sanguíneo para o coração por tempo suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas. 
73
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
AGENTE ETIOLÓGICO
Aterosclerose coronariana na gestação: 43%
Trombose coronariana: 21%
Aneurisma: 4%
Dissecção coronariana: 16%
Obs.: coronárias normais
Formação de ateromas
Formação de coágulo sanguíneo
Lesão (¨rasgo¨) na artéria coronária
Pode acontecer proveniente de um espasmo do coração ou associado à trombose – eventos que podem não ter sido detectados no momento do exame. 
Dilatação do vaso
74
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
SINTOMAS
Dor torácica persistente, de início súbito, intensidade variável, localizada sobre a região inferior do esterno e abdômen superior.
A dor pode irradiar para o ombro, braços, mandíbula e pescoço geralmente do lado esquerdo
75
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
TRATAMENTO
Analgesia;
Sedativos;
Nitratos;
Bloqueadores beta-adrenérgicos
Fibrinolíticos;
Anticoagulantes;
Inibidores da enzima conversora da angiotensina
Angioplastia
Revascularização miocárdica
Prevenir reinfarto
Melhoram a oferta de oxigênio
Prevenir coágulos
Controle da pressão
Reconstrução do vaso
Restauração do fluxo sanguíneo. 
76
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
TERAPIA NUTRICIONAL
Objetivo: diminuir a sobrecarga cardíaca.
Como?
Fornecendo uma dieta equilibrada e individualizada (sexo, idade, peso, patologias associadas)
Cálculo das necessidades: Fórmula de Harris Benedict (GER + FA + FI)
Consistência: Líquido-pastosa – melhoria da mastigação, deglutição, digestão. 
Fracionamento da dieta: 4 a 6 refeições – pequenos volumes
Suplementos orais hipercalóricos: para atingir o VET caso o paciente não consiga se alimentar)
Fibras: 20 a 30g por dia. 
77
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
HIPERTENSÃO
78
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA URINÁRIO
79
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA URINÁRIO
FUNÇÕES DOS RINS
eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: uréia, creatinina, ácido úrico
manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial;
atuar como órgãos produtores de hormônios: 
Eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; 
Vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos;
Renina, que intervém na regulação de pressão arterial.
Produzir urina
80
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA URINÁRIO
NÉFRONS – UNIDADES FUNCIONAIS DOS RINS
81
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
Principais patologias:
Pielonefrite
Nefrolitíase
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal crônica
Síndrome Nefrótica
Síndrome Nefrítica
Acidose Tubular Renal
Infecção nos rins, ureteres, bexiga ou uretra. 
Cálculos renais 
Perda da barreira glomerular para proteínas
Inflamação dos capilares dos glomérulos
Acumulo de ácido no sangue. 
Perda da capacidade dos rins de 
exercerem suas funções. 
82
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
CUIDADO NUTRICIONAL - PACIENTE RENAL
Alimentação equilibrada e individualizada;
Rica em CHO, 
Controlada em proteína (preferir ovos, peixe, soja – sobrecarga glomerular menor)
Baixo teor de sódio;
ORIENTAÇÕES GERAIS: 
Evitar alimentos ricos em sódio;
Moderar alimentos ricos em potássio (banana, acelga, tomate abóbora, mamão, feijão, carne)
Moderar o consumo de alimentos ricos em Cálcio e Fósforo (leite, carne, ovos, casca de cereais)
Substituir o sal por suco de limão, vinagre, ervas para realçar o sabor dos alimentos;
Evitar chá preto, chá verde, chá mate, refrigerantes. 
83
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
PIELONEFRITE
Infecção do trato urinário ascendente que atingiu a pielo do rim. 
Pielonefrite aguda: 
causada por infecção bacteriana
Pielonefrite crônica: 
Infecção bacteriana de repetição. 
84
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
PIELONEFRITE
Causada por bactérias Gram-negativas presentes na flora normal do intestino.
Escherichia coli;
Enterobacter sp
Proteus Mirabilis;
Klebsiella sp
 Staphylococcus saprophyticus
Proteus sp
85
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
PIELONEFRITE
QUADRO CLÍNICO
Início súbido
Dor na micção (disúria);
Aumento da frequência urinária (polaciúria);
Urgência em urinar, inclusive acordando o doente a noite (noctúria);
Febre alta (maior que 39,4 graus C, calafrios, tremores, suor;
Mal estar;
Náuseas e vômitos;
Dor abdominal súbita e intensa (mais concentrada no flanco – parte de trás e de lado de abdômen que pode migrar para o abdômen inferior até a virilha. 
86
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
PIELONEFRITE
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
75% a 95% dos casos – causada pela E. Coli – não complicadas. 
TRATAMENTO
Antibióticos
Indivíduos debilitados ou diabéticos – complicações:
Bacteremia – multiplicação bacteriana no sangue – infecção generalizada
Necrose da pele renal
Insuficiência renal crônica
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
PIELONEFRITE
TERAPIA NUTRICIONAL
Dieta individualizada, saudável
Quantidade adequadas de CHO, PTN e LIP 
Rica em frutas, verduras, legumes e fibras
Ingestão de líquidos (água, sucos, água de coco)
88
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
NEFROLÍTIASE
Formação de cálculos renais.
Partículas sólidas que se calcificam nos rins. 
Os cálculos renais se formam quando a concentração de determinados componentes na urina atingem um nível em que é possível a sua cristalização. 
89
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
NEFROLÍTIASE
Tipos de cálculos: 
Oxalato de Cálcio: 
Fosfato de Cálcio
Cistina
Estruvita
Ácido úrico
Dieta rica em:
Proteína
Oxalato (espinafre, morango, beterraba chocolate, farelo de trigo, chá verde e chá preto)
Sódio (aumenta a excreção de cálcio)
Resultado da quebra das moléculas de purinas (carnes, peixes, leguminosas, bebidas alcoólicas)
Cistinúria: doença hereditária que faz com que cálculos compostos do aminoácido cistina se formem nos rins
formam-se apenas em pacientes com infecção urinária crônica 
90
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
NEFROLÍTIASE
Fatores dietéticos associados nefrolitíase
Sódio: Evitar pois é um potente calciúrico
Vitamina C: é hipercalciúrico – até 1,2g por dia
Purinas: Seu consumo em altas quantidades leva a excreção urinária de ácido úrico - dieta normoproteica.
Fatores protetores: 
Potássio: Efeito protetor – controla a excreção e água. 
Líquidos: aumenta o volume de urina, impedindo a cristalização das substâncias responsáveis pela formação dos cálculos – 30ml/kg/dia.
91
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções. 
FISIOPATOLOGIA: 
Queda progressiva do Ritmo de Filtração Glomerular (RFG) e consequente perda das funções renais (regulatória, excretórias e endócrinas). 
Quando o Ritmo de Filtração Glomerular atinge 15ml/min está instalada a insuficiência renal crônica 
(O normal é de 90 a 120ml/min)
92
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
AGENTE ETIOLÓGICO: 
As causas mais comuns são: 
Diabetes de longa duração 
Hipertensão arterial (HA) 
Glomerulonefrite crônica. 
Glicemia alta enfraquece as paredes dos vasos – dificuldade de transporte de oxigênio e nutrientes.
Pressão arterial aumentada danifica todos os vasos sanguíneos , inclusive os renais. 
Causadas por infecções nos glomérulos, nefropatia diabética, lúpus, endocardite bacteriana, etc...
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA O TRATAMENTO CONSERVADOR DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
CALORIAS: 
Para pacientes sobrepeso/obesos: 30kcal/kg peso corporal
Pacientes em depleção nutricional: 35 kcal/kg/peso corporal
CARBOIDRATOS: 
55 A 65% do valor energético total
PROTEÍNAS: 
Normoproteica = 0,8 a 1,0g proteína/kg peso corporal – progressão da doença – até 0,8
94
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA O TRATAMENTO CONSERVADOR DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
LIPÍDEOS: 
30 a 35% do VET, dos quais:
Gorduras saturadas: menos de 10%
Monoinsaturados: 10 a 15%
Poliinsaturados: 10%
SÓDIO: 
5g DE Cloreto de sódio por dia
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS:
A alimentação deve ser preparada somente com a quantidade de sal prescrita a fim de evitar edema. 
As refeições devem ser feitas de 3 em 3 horas
Limitar o consumo de alimentos ricos em fósforo (leite, queijo, feijão, castanha, refrigerantes – excesso de fósforo causa a retirada de cálcio dos ossos)
Evitar consumir excesso de proteína 
Controlar a quantidade de potássio para evitar prejuízos ao coração (banana, brócolis, beterraba, cereais, chocolate)
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
INGESTÃO DE LÍQUIDOS
Excesso de líquidos é prejudicial – quantidade prevista na dieta de acordo com a quantidade de urina excretada.
Bebidas e frutas geladas – ajuda a controlar a sede
Evitar a calda dos doces em calda;
Bochechos com água ou molhar os lábios;
Caso consuma mingau a quantidade de liquido deve ser contabilizada;
Melancia, sopas, gelatinas e sorvetes são considerados líquidos
Boca seca: chupar um pedaço de limão ou balas azedas para estimular a saliva. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS RENAIS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
CONTROLE DO CONSUMO DE SAL
Substituir o sal por ervas e especiarias (cominho, alho, cebola, salsinha, pimenta, orégão, manjericão, folhas de louro ou gengibre)
Temperar a salada com limão e vinagre
Tirar o saleiro da mesa
Evitar alimentos industrializados
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Os pulmões do ser humano são órgãos do sistema respiratório, responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. Sua principal função é oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono do corpo.
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
Doença pulmonar é qualquer doença, distúrbio ou condição anômala de saúde que ocorra nos pulmões ou que leve os pulmões a não funcionarem adequadamente. 
Tipos de doenças pulmonares:
Doenças das vias respiratórias: afetam os tubos que transportam oxigênio e outros gases para dentro e fora dos pulmões. 
Causam estreitamento ou bloqueio das vias aéreas
Asma: inflamação nos brônquios - causa idiopática (gatilhos, poeira, pólen, poluição) – alergia. 
Enfisema: Danos aos alvéolos – oxigenação insuficiente e acúmulo de gás carbônico no sangue (fumaça de tabaco, queimadas e poluição).
Bronquite: inflamação nos brônquios: aguda (consequência de uma gripe) / Crônica: cigarro, fumaça. 
100
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
Tipos de doenças pulmonares:
Doenças do tecido pulmonar: 
escoriações ou inflamações no tecido pulmonar que impedem os pulmões de se expandirem totalmente:
 Fibrose: Substituição do tecido pulmonar por um tecido cicatricial que acontece após uma inflamação. 
Sarcoidose: doença autoimune que causa inflamação e pode acometer diferentes tecidos do corpo humano, inclusive o pulmonar.
101
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
PNEUMONIA
Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
102
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
PNEUMONIA
AGENTES ETIOLÓGICOS: 
Pneumonia provocada por vírus: Adenovírus Varicela-zoster, Influenza
Pneumonia provocada por fungos:Histoplasma capsulatum, Coccidioides immits, Blastomyces dermatitidis
Pneumonia provocada por bactérias: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus,Legionella e Hemophilus influenzae.
Pneumonia química: fumaça, agrotóxicos ou outros produtos químicos
103
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
PNEUMONIA
QUADRO CLÍNICO
Tosse: começa seca e depois de alguns dias catarro amarelado, esverdeadoou com sangue. 
Febre
Dificuldade para respirar (não consegue falar uma frase completa sem parar para respirar). 
Aumento dos batimentos cardíacos.
DIAGNÓSTICO: Exame clínico, ausculta do pulmão, radiografia do tórax
104
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
PNEUMONIA
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
É a doença que mais mata crianças menores de 5 anos no mundo – 1,2 milhões.(OMS,2012)
99% registrados em países em desenvolvimento como o Brasil. 
FATORES DE RISCO
Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;
Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias;
Resfriados mal cuidados;
Mudanças bruscas de temperatura.
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
PNEUMONIA
TRATAMENTO
Antibióticos
TERAPIA NUTRICIONAL
Macronutrientes: Depende do estado geral do paciente e do comprometimento de outros sistemas. 
Micronutrientes: suplementos para melhorar a cicatrização, imunidade. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória que pode ser prevenida e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível.
(II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC,2004)
Obs.: Pode ser tratada para amenizar os sintomas, porém, não tem cura. 
107
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
EPIDEMIOLOGIA
A OMS considera que:
65 milhões de pessoas no mundo tem DPOC de moderada a grave;
Mais de 3 milhões de pacientes morreram no ano de 2005
Em 2002, a DPOC foi a quinta causa de mortalidade mundial;
Em 2020 será a terceira causa de mortalidade;
É uma das principais causas de mortalidade no mundo;
Brasil: prevalência estimada em 7,3 milhões de indivíduos
Maior prevalência em indivíduos do sexo masculino, idosos com mais de 75 anos (Revista HUPE – UERJ, 2013)
108
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
FISIOPATOLOGIA: O estreitamento das vias aéreas por causa da inflamação e consequente dificuldade de respirar normalmente pode acontecer por: 
Enfisema: Danos aos alvéolos – oxigenação insuficiente e acúmulo de gás carbônico no sangue (fumaça de tabaco, queimadas e poluição).
Bronquite: inflamação nos brônquios: aguda (consequência de uma gripe), crônica, cigarro, fumaça.
Obs.: o hábito de fumar é a principal causa de instalação da DPOC. 
109
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
Quadro clínico:
Tosse com muco;
Dispneia de esforço (Falta de ar ao fazer alguma atividade)
Sibilos (chiados no peito)
Cianose (pele arroxeada)
110
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
DIAGNÓSTICO
Espirometria: Prova de função pulmonar
Gasometria Arterial: Mede os níveis de Oxigênio e Gás Carbônico no sangue
Tomografia Computadorizada
Radiografia do tórax
Complementar: 
Eletrocardiograma: mostra a sobrecarga do coração. 
113
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
COMPLICAÇÕES:
Insuficiência e falência respiratória – risco de morte. 
TRATAMENTO
Parar de fumar
Broncodilatatores
Corticoides
Transplante pulmonar
114
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE COM DPOC
 A desnutrição é característica frequente:
diminuição na ingestão calórica
Desconforto causado pela dispneia;
Paciente hipermetabólico devido ao esforço respiratório; e hipercatabólico devido a inflamação. 
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina – Projeto Diretrizes
115
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS PULMONARES
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
RECOMENDA-SE: 
Que o paciente tenha IMC maior que 25kg/m2
Dieta pobre em carboidratos para diminuir o esforço respiratório (CHO produz mais CO2 na geração de energia)
Dieta pobre em gorduras – para melhorar o esvaziamento gástrico
Dieta rica em proteínas
PACIENTE GRAVE: 
Nutrição enteral
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina – Projeto Diretrizes
116
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é formado por um conjunto de glândulas que apresentam como característica a produção de secreções denominadas hormônios. 
É constituído pelas glândulas: 
Pineal: Melatonina (controla os ciclos de sono e vigília)
Hipófise:
ocitocina (parto, secreção leite); 
Somatotrofina (GH) (desenvolvimento dos tecidos), 
hormônio folículo estimulante: amadurecimento dos folículos ovarianos, produção da testosterona
Hormônio luteinizante: estimula a ovulação e testosterona, 
Prolactina: produção de leite
Hormônio tiroestimulante (TSH): atua na tireoide
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
É constituído pelas glândulas: 
Tireoide: 
tiroxina (T4), a triidoxina (T3) – regulam o metabolismo celular 
Calcitonina – regula a concentração de cálcio. 
Suprarrenais: 
Cortisol: regula a permeabilidade dos capilares sanguíneos,
Aldesterona: aumenta a absorção de sais; 
Adrenalina: prepara o organismo para situações de perigo;
Noradrenalina: controla a pressão sanguínea 
118
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
É constituído pelas glândulas: 
Pâncreas:
insulina: possibilita a absorção de glicose pelas células e sua diminuição no sangue; 
Glucagon: estimula a quebra do glicogênio e aumento da glicose no sangue
Ovários: 
Estrógeno: regula o ciclo menstrual; 
progesterona: prepara o corpo para uma possível gravidez. 
Testículos : 
Testosterona – maturação dos órgãos sexuais, desenvolvimento das características secundárias masculinas. 
119
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO
É causado por uma queda na produção dos hormônios tiroxina (T4), a triidoxina (T3) pela tireóide 
Causa da queda da produção dos hormônios:
Autoimune – as células de defesa do corpo destroem a glândula
Falta de Iodo
Recomendação de 150 mcg/dia para adultos de 19 a 70 anos.  Dietary Reference Intakes (DRI) 
1 xícara de leite: 56 microgramas
Sal: 1 grama, 77 microgramas de iodo 
1 ovo grande, 12 microgramas de iodo
120
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO
FISIOPATOLOGIA: inicialmente ocorre “tireoidite”, isto é, inflamação da tireóide com progressiva deterioração e, finalmente, fibrose da glândula, com a consequente redução ou ausência de secreção de hormônio tireóideo. 
QUADRO CLÍNICO: 
Cansaço excessivo;
Desânimo;
Raciocínio lento;
Fala arrastada;
Intolerância ao frio; 
Pele ressecada;
Ganho de peso;
Colesterol aumentado: T3 e T4 participam da remoção plasmática do colesterol
Problemas de fertilidade: aumenta a produção de estrogênio
Bradicardia (diminuição do ritmo cardíaco – abaixo de 60 bpp)
121
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO
DIAGNÓSTICO: 
Exame físico: nódulos, bócio.
Exame laboratorial: dosagem dos hormônios T3 e T4
TRATAMENTO
Suplementar os hormônios tireoidianos – acompanhamento de 6 e 6 meses ou 1 ano quando assintomático. 
Cirurgia - Indicações: suspeita de nódulos malignos, sinais de compressão ou desconforto no pescoço, problema estético (bócio).
122
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO
Bócio 
123
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPOTIREOIDISMO
TERAPIA NUTRICIONAL
Dieta rica em Iodo;
Vitamina A: melhora a absorção de Iodo
Dieta rica em selênio: Conversão do T4 em T3 (castanha do Pará, carnes magras, 
Fibras:controle do peso, do colesterol e melhoria da constipação
Vitamina D: Estudos tem relacionado o hipotireoidismo autoimune com a deficiência de vitamina D
Alimentos ricos  em vitaminas do complexo B: ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca. Fontes: banana, batata, lentilha, pimenta, óleo de oliva, peru, fígado e atum.
Alimentos que devem ser evitados: Prejudicam a absorção de Iodo
Alimentos ricos em cloro: alcachofra, na alface, na azeitona, na batatinha, na cebola, na escarola, na cenoura, no espinafre, na laranja, na lentilha, no ovo, no pepino e no rabanete.
124
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO
O hipertireoidismo é uma condição na qual a glândula  tireoide é hiperativa e produz excesso de hormônios tireoidianos.  Pode levar a outros problemas de saúde, tais como:
batimentos cardíacos acelerados e irregulares, 
insuficiência cardíaca
e os ossos (osteoporose). 
125
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO
CAUSAS: 
Mais comum: Doença de Graves: autoimune
Menos comuns:
Excesso de Iodo
Nódulos tireoidianos: tumores na glândula  tireoide, que podem secretar excesso de hormônio tireoidiano.
Tireoidite subaguda: uma inflamação dolorosa da  tireoide tipicamente causada por vírus.
Tiroidite linfocítica: uma inflamação não-dolorosa causada pela infiltração de linfócitos (um tipo de célula branca do sistema imune) na tireoide.
Tireoidite pós-parto: tireoidite que se desenvolve logo após o término da gravidez
126
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO
Exoftalmia – condição comum na doença de Graves
127
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO
QUADRO CLÍNICO
Sensação de calor
Aumento da transpiração
Fraqueza muscular
Batimentos cardíacos acelerados
Cansaço / fadiga
Perda de peso
Diarreia ou evacuações frequentes
Irritabilidade e ansiedade
Problemas dos olhos, tais como irritação ou desconforto
Irregularidade menstrual
Infertilidade
128
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO
DIAGNÓSTICO
Exame de dosagem T3 e T4
TRATAMENTO
Medicamentos antitireoidianos - Metimazol.
Iodo radioativo: Esse tratamento cura o problema a  tireoide, mas geralmente leva à sua destruição permanente. Suplementação com hormônio para o resto da vida.
Cirurgia. A remoção cirúrgica da  tireoide (tireoidectomia) é uma solução permanente, mas não normalmente a preferida, por causa do risco de danos às glândulas paratireoides (que controlam os níveis de cálcio no organismo) e aos nervos da laringe (cordas vocais). 
beta-bloqueadores. Para controlar sintomas graves, como a freqüência cardíaca acelerada, tremores e ansiedade.
129
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SISTEMA ENDÓCRINO
HIPERTIREOIDISMO
TERAPIA NUTRICIONAL
Diminuir a quantidade de sal e alimentos ricos em Iodo;
Estudos demonstraram diminuição dos níveis de zinco, cálcio e magnésio sanguíneos – mas ainda não existe recomendação específica para suplementação
Alimentos ricos em proteínas de alta qualidade: a proteína é um macronutriente responsável pela reconstrução muscular.
130
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS E PSIQUIÁTRICAS
Doenças Neurológicas: são aquelas que atingem o sistema nervoso causando prejuízos para a coordenação motora, força muscular, movimentos e sensibilidade do corpo ou cursando com perda da consciência, crises convulsivas, cefaléias, entre outros sintomas. 
Doenças Psiquiátricas: desordens emocionais e do comportamento, que também ocorrem no cérebro, numa área especializada em emoção denominada sistema límbico.
Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, Epilepsia, Insônia, Tonturas e Vertigens.
Transtornos alimentares (anorexia, bulimia), Transtornos de ansiedade (transtorno do stress pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do pânico), Transtorno delirante (esquizofrenia), Transtorno do sono (hipersonia, insônia, sonambulismo, Transtornos de humor (depressão, transtorno bipolar). 
131
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
DEFINIÇÃO: É uma doença degenerativa, crônica e progressiva que acomete principalmente pessoas idosas. Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância negra (ou nigra). 
Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas motores. Entretanto, também podem ocorrer outros sintomas, como depressão, alterações do sono, diminuição da memória e distúrbios do sistema nervoso autônomo.
Caracterizada pela tríade tremor, rigidez e lentidão que acomete cerca de 1% dos pacientes acima de 65 anos. 
132
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
133
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
A Dopamina é um neurotransmissor inibitório que atua no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória.
Diminuição da dopamina – dificuldade de inibir os movimentos. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
CAUSAS: 
PAKINSON PRIMÁRIO OU IDIOPÁTICO: Sabe-se que a causa é a degeneração dos neurônios da substância negra, mas o motivo que leva a essa degeneração é desconhecido. 
PARKISIONISMO SECUNDÁRIO: 
Os fatores que podem desencadear a síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo, são:
a) Uso exagerado e contínuo de medicamentos: Cinarizina, (utilizada para aliviar tonturas e melhorar a memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a eficácia da dopamina)
b) Trauma craniano repetitivo: lutadores de boxe
c) Isquemia cerebral: Quando a artéria que leva sangue à região do cérebro responsável pela produção de dopamina entope, as células param de funcionar.
d) Freqüentar ambientes tóxicos, como indústrias de manganês (de baterias por exemplo), de derivados de petróleo e de inseticidas.
135
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
SINTOMAS
Tremor: mão, braço treme, perna, o pé ou o queixo. Esse tremor diminui no movimento. 
Rigidez: acontece porque os músculos não recebem ordem para relaxar. Pode causar dores musculares e postura encurvada.
c) Bradicinesia: movimentos lentos. Iniciar movimentos exige um esforço extra, causando problemas para levantar de cadeiras e de camas. 
d) Alteração no equilíbrio: a pessoa anda com a postura levemente curvada para frente, podendo causar cifose ou provocar quedas (para frente ou para trás).
e) Voz: a pessoa passa a falar baixo e de maneira monótona.
f) Escrita: a caligrafia torna-se tremida e pequena.
g) Artralgia: Dor articular
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
SINTOMAS
h) Sistema Digestivo e urinário: Deglutição e mastigação podem estar comprometidas. Uma vez que os músculos utilizados na deglutição podem trabalhar de modo mais lento, pode haver acúmulo de saliva e alimento na boca fazendo o paciente engasgar ou derramar saliva pela boca. 
Constipação e urgência urinária ou dificuldade para iniciar a micção podem ocorrer devido ao mau funcionamento do sistema nervoso autônomo. 
Obs.: a constipação também pode ser resultado da atividade física limitada ou dieta. 
Determinados movimentos involuntários automáticos, são gradualmente abolidos durante a evolução da DP: 
As pálpebras piscam cada vez menos.
Braços que não balançam ao deambular (andar
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
k) Depressão e déficit cognitivo: 
depressão (diminuição da serotonina – provavelmente). 
Alterações da memória, geralmente na forma de "esquecimentos" ou "brancos" momentâneos são comuns. 
O raciocínio torna-se mais lento 
Um critério importante para se diferenciar a genuína doença de Parkinson de outras formas de parkinsonismo, é a resposta a levodopa. Salvo rarasexceções, os indivíduos com DP responderão favoravelmente ao medicamento, o que nem sempre ocorre no parkinsonismo secundário. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
TRATAMENTO:
Medidas não farmacológicas: visam minimizar algumas complicações. Não atenuam a gravidade da doença ou impedem sua progressão.
Educação: O paciente precisa ser informado da natureza de sua doença, sua causa e a relação com o tratamento a ser instituído.
Tratamento de suporte: suporte psicológico e familiar
Exercícios: objetivo de tentar manter o funcionamento muscular, ósseo e articular. 
Medidas farmacológicas
Amantadina: aumenta a captação de dopamina
Anticolinérgicos: para diminuição da resposta neuromotora
Levodopa: Melhora o controle muscular e a resposta cognitiva e psíquica
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
TRATAMENTO:
Cirurgia:
Talamotomia é uma técnica indicada no tremor: desativação de parte do cérebro chamada tálamo 
Palidotomia: desativação de parte do cérebro chamado globo pálido. Este procedimento é feito introduzindo temporariamente um pequeno eletrodo no cérebro e depois aplicando uma pequena corrente elétrica para desativar as células nervosas. 
c) Estimulação cerebral profunda (ECP): Introdução permanente de um elétrodo no globus pallidus, tálamo ou no núcleo subtalâmico. 
Todos visam a melhoria dos tremores. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS 
DOENÇA DE PARKINSON
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS:
Aumentar o fracionamento da dieta em 06 refeições/dia;
Diminuir o volume das refeições;
Adequar a consistência da dieta de acordo com aceitação, podendo ser pastosa, líquida e até normal;
Ingerir bastante líquidos (chás, água, sucos);
Consumir frutas, verduras, vegetais folhosos em grande quantidade;
Se possível, utilizar alimentos laxantes: frutas com casca e bagaço (laranja, maçã, ameixa), mamão, milho, Folhosos crus (agrião, acelga);
Fazer uma refeição mais concentrada em proteína à noite: Leite, queijo, iogurte;
Não ingerir refeições hiperproteicas juntamente com Levodopa – a absorção de proteína compete com o princípio ativo do medicamento. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
DOENÇA DE PARKINSON
EVITAR: 
alimentos ricos em piridoxina (B6), como germe de trigo, fígado, aveia – podem inibir a ação da droga. 
alimentos flatulentos como o repolho, pepino, batata doce, cebola, feijão;
frituras e preparações gordurosas.
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
EPILEPSIA
É a alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro que passa a funcionar rápida e exageradamente provocando crises epilépticas, que são episódios onde ocorre descarga intensa das células do cérebro. Não tem cura, apenas pode ser controlada. 
SINTOMAS: A manifestação clínica depende do local do cérebro afetado
Convulsões - A pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
Formigamento – interferem no movimento corpo;
Alguns pacientes podem sentir cheiros estranhos por alguns segundos e “saem do ar” 
Crises de ausência (acomete mais crianças)
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
EPILEPSIA
CAUSAS: Na maioria das vezes as causas não são identificas encontrando-se em alguns casos “cicatrizes” cerebrais de causa ignorada.
Lesão cerebral, decorrente de traumatismo na cabeça, 
Infecção (meningite)
Neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro),
Falta de oxigênio durante o parto
DIAGNÓSTICO
Tomografia e Ressonância; 
Eletroencefalograma.
TRATAMENTO
É feito por medicamentos que visam bloquear as descargas elétricas cerebrais anormais, as quais produzem as crises epiléticas.
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
EPILEPSIA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Dieta cetogênica – visa alcançar a cetose em crianças que não respondem bem aos medicamentos. 
Provocar no corpo estado metabólico semelhante a inanição (jejum)
Cetose ou acidose metabólica: 
DIETA POBRE CHO, RICA EM LIP
LIPÓLISE
LIBERAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS
Acetoacetato, acetona, β-hidroxibutirato
O mecanismo que leva a melhoria dos sintomas dos pacientes epiléticos quando em jejum ou dieta cetogênica não estão elucidados. 
A dieta pode causar: náuseas, vômitos, e dificuldade de ingestão da dieta, desidratação
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
EPILEPSIA
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Dieta cetogênica: Hipoglicídica, hiperlipídica, normoproteica (2 a 3 meses). 
Evitar ingerir bebidas alcoólicas – superexcita os neurônios.
 
ingerir alimentos com alto teor de cálcio (queijo, leite, mariscos, tofu, grão de bico) – anticonvulsionantes enfraquecem os ossos. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CÂNCER
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CÂNCER
FISIOPATOLOGIA: 
O crescimento celular normal é controlado através do equilíbrio entre fatores estimulantes e fatores inibidores. 
Quanto este equilíbrio é rompido, inicia-se então um processo de proliferação celular desordenado, e surgem células com propensão ao crescimento e divisão diferentes do normal, insensíveis aos mecanismos reguladores normais, que levam ao surgimento de neoplasias
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CÂNCER
CAUSAS: variadas
Externas ao organismo: 80% 
Cigarro – câncer de pulmão
Sol – câncer de pele
Alimentos: nitratos, nitritos (embutidos), ciclamato (refrigerantes)
Internas ao organismos: 
Genéticas. 
EFEITOS NUTRICIONAIS DO CÂNCER: Dizem respeito aos fatores relacionados ao tratamento (cirurgias, náuseas vômitos, anorexia por causa de medicamentos) e ao impacto psicológico do câncer. 
Profundo esgotamento das reservas de nutrientes. 
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CÂNCER
OBJETIVOS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL
Melhorar a qualidade de vida do paciente que apresenta anorexia;
Minimizar os distúrbios causados pelos tratamentos radioterápicos e/ou quimioterápicos.
ORIENTAÇÕES
aumentar o fracionamento da dieta;
concentrar a alimentação no período da manhã, quando o paciente se encontra com melhor disposição;
utilizar alimentos com a consistência de melhor aceitação (líquida, semi-líquida, pastosa, normal);
dar preferência às preparações frias (melhora a náusea)
ingerir 10 copos de 200 ml ou 2 litros de líquidos por dia;
utilizar preparações com aromas fortes, bem condimentadas;
preferir frutas cítricas quando apresentar náuseas;
150
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CÂNCER
ORIENTAÇÕES:
consumir carne de boi, peixe, frango, ovos, leite e derivados;
ingerir alimentos ricos em fibras;
usar gomas de mascar e balas sem açúcar.
EVITAR
refeições com grandes volumes;
alimentos muito quentes (piora as náuseas) 
frituras e alimentos excessivamente gordurosos.
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
QUEIMADOS
Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, eletricidade, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção1
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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
QUEIMADOS
153
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
QUEIMADOS
ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PACIENTE QUEIMADO
A resposta hipermetabólica após grandes queimaduras é caracterizada por:
aumento da temperatura corporal;
aumento do consumo de glicose e oxigênio, 
aumento da formação de CO2, 
glicogenólise,
Lipólise,
Proteólise.
O METABOLISMO DO PACIENTE QUEIMADO GRAVE PODE ESTAR AUMENTADO EM ATÉ 200%
154
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
QUEIMADOS
o organismo queimado oferece as condições ideais para o parao desenvolvimento de infecções. 
Perda da integridade cutânea
(barreira mecânica)
Imunodeprimido
Formas de apresentação clínica do paciente queimado: Sepse, infecção da lesão, endocardite, sinusite e infecção do ouvido médio, infecção ocular
155
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
QUEIMADOS
TERAPIA NUTRICIONAL: 
Objetivos: 
Oferecer energia, fluídos e nutrientes em quantidades adequadas para manter as funções vitais e homeostase;
Recuperar a atividade do sistema imune;
Garantir as ofertas proteicas e energéticas adequadas para minimizar o catabolismo proteico
Vitaminas: cicatrização, síntese de colágeno
Minerais (zinco, cobre, ferro): formação e transporte de colágeno e oxigênio.
156
Distúrbio metabólico caracterizado pelo excesso de gordura corporal.
Ocorre quando há desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as calorias gastas.
As calorias excedentes são armazenadas na forma de gordura.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
Etiologia: 
Genética, ambiental, comportamental, endócrina, psicológica, fatores socio-culturais (renda, escolaridade).
Fatores preponderantes: 
Genética: Filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos.
Nutrição: Criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
COMO OCORRE O AUMENTO DE PESO?
CADERNETA DE POUPAÇÃO DA GORDURA
PARA ENGORDAR 1KG = 6 A 7 MIL CALORIAS EXCEDENTES
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
Outras causas da obesidade: 
Abandono do fumo
Aposentadoria
Gestação
Separação
Morte
Cirurgia
Casamento
Nervosismo
Ansiedade
Solidão
Desemprego
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
ASPECTOS EMOCIONAIS NA OBESIDADE
 COMER
FOME
PRAZER
EXPERIÊNCIA GOSTOSA 
DE SATISFAÇÃO!!!
DOPAMINA 
A dopamina é um neurotransmissor que atua no cérebro dando uma sensação de prazer ao satisfazer uma necessidade ou ao conseguir algo.
Indivíduos com baixa função dopaminérgica buscam substâncias recompensadoras para melhorar o humor. (SANTOS at al, 2014)
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
PRINCIPAIS CO-MORBIDADES 
ASSOCIADAS À OBESIDADE
Apneia do sono
Derrame cerebral
Calculo biliar
Diabetes
Hipertensão arterial
infarto
A obesidade, aumento da adiposidade corpórea, é um problema crescente de saúde pública mundial, sendo responsável por altas taxas de morbi-mortalidade, em decorrência de problemas diversos, desde distúrbios locomotores e respiratórios, até diabetes, câncer1 e doenças cardiovasculares 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
Relação Cintura-quadril
Classificação da obesidade baseada na distribuição da gordura corporal:
 
Tipo Androide (Maça): Obesidade central ou visceral. 
• Acúmulo de gordura na região abdominal localizada entre os órgãos e tecido subcutâneo. 
• Reflete um perfil metabólico alterado associado à maior ocorrência de doenças crônicas. 
Fonte: Garaulet et al. (2006). 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
ALTO RISCO CARDIOVASCULAR
Classificação da obesidade baseada na distribuição da gordura corporal:
 
Tipo Ginóide (Pera): Obesidade de membros inferiores ou periféricos. 
• Acúmulo de gordura na região glúteo-femoral (quadril, nádegas e pernas) ―› mais observado no sexo feminino. 
Fonte: Garaulet et al. (2006). 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
BAIXO RISCO CARDIOVASCULAR
MÉTODOS UTILIZADOS PARA CLASSIFICAR O OBESO:
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA:
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL
Homens: > 1,0 cm
Mulher: > 0,80 cm
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
Exógena:
Alterações no hipotálamo: (tumores, inflamação – causam desequilíbrio da ação de hormônios orexígenos e anorexígenos (apetite e saciedade).
Alterações Endócrinas: adiponectinas secretadas pelo tecido adiposo – leptina (saciedade) e adiponectina: (queima de gordura)
Síndromes genéticas: de Ahlstrom, Bordet-Biedl, Prader-Willi. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
Classificação da obesidade baseada na distribuição na origem:
Endógena:
sedentarismo, stress.
COMO EMAGRECER?
MEDICAMENTOS
DIETAS DA MODA – EFEITO SANFONA
IDEAL: DIETA HIPOCALÓRICA 
Reeducação alimentar
Ritmo lento e individual
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO DIETÉTICA
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
TRATAMENTO DA OBESIDADE:
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL:
Determinação do IMC
Determinação do risco cardiovascular: Circunferência da Cintura (CC)
Verificação do perfil metabólico: Lipídico e Glicêmico
Importante: Homocisteína
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
Hiperhomocisteinemia – fator de risco para doenças cardiovasculares pois contribui para a formação de trombos.
Aumento: Dieta, baixos níveis de hormônios da tireoide, doença renal, fator hereditário.
Diminuição: vitaminas do complexo B (B6, B9 e B12) 
TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE OBESO
OBJETIVOS:
Promover a educação nutricional
Fornecer plano alimentar saudável com VET compatível;
Elaborar uma dieta individualizada e ajustada ao estilo de vida
Promover perda modesta e sustentada de gordura corporal – peso dentro dos parâmetros da normalidade
Melhorar o perfil lipídico e glicêmico
Melhorar a pressão arterial
Atenuar os riscos de morbimortalidade – baseada nos parâmetros metabólicos: CC, PA, Perfil bioquímico.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA TRATAMENTO DA OBESIDADE:
(CONSENSO LATINO-AMERICANO DE OBESIDADE, 1998)
Valor energético a partir do inquérito alimentar: reduzir de 500kcal a 1000 Kcal/dia
Dieta não deve ser inferior a 1.200Kcal/dia
Fórmula de bolso: 20kcal/kg de peso.
Carboidratos: 55 a 60%
Proteínas: 15 a 20% (no mínimo 0,8g/kg de peso)
Gorduras: 20 a 25% (7% saturada, 10% poliinsaturada, 13% monoinsaturada)
Fibras: 25 a 30g/dia
Álcool: Não aconselhável
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA TRATAMENTO DA OBESIDADE:
(CONSENSO LATINO-AMERICANO DE OBESIDADE, 1998)
Vitaminas e Minerais: De acordo com as necessidades nutricionais (DRI’s)
Cloreto de Sódio: máximo 5g
Líquidos: 1000ml para cada 1000Kcal
Esquema alimentar: 6 refeições diárias.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
OBESIDADE
É um transtorno complexo caracterizado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com a resistência à insulina e a obesidade abdominal.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SÍNDROME METABÓLICA
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a Sindrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo: 
Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica > 130 e/ou pressão arterial diastólica > 85 mmHg;
Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl;
HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SÍNDROME METABÓLICA
PREVENÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA
Segundo a Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2004:
A adoção precoce de estilos de vida saudáveis, como: Dieta equilibrada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância são componentes básicos da prevenção da síndrome metabólica.
OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA DA SÍNDROME METABÓLICA
Manter o peso saudável;
Controlar os níveis de lipídeos sanguíneos;
Controlar a glicemia;
Manter a pressão arterial dentro da faixa da normalidade.
Atender as recomendações nutricionais.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SÍNDROME METABÓLICA
PLANEJAMENTO ALIMENTAR
Fracionamento: 5 a 6 refeições, sendo 3 principais, 2 lanches e a ceia
Preparações: grelhados, assados, cozidos no vapor ou até mesmo cruas.
Levar em consideração: hábitos alimentares, preferências individuais, poder aquisitivo.
Fonte: Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2004
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SÍNDROME METABÓLICA
META INICIAL:
REDUÇÃO DE 5 A 10% DO PESO CORPORAL
PASSO1: avaliação nutricional
PASSO 2: Cálculo das necessidades nutricionais (VET)
Dieta Hipocalórica: Redução de 500 a 1000KCa/dia do consumo atual (perda ponderal de 0,5 a 1 kg por semana)
COMPOSIÇÃO DO PLANO ALIMENTAR:
Carboidratos: 50 a 60% das calorias totais;
Proteínas: 15% (0,8 a 1,0g/kg de peso atual)
Fibras: 20 a 30g por dia
Ácidos graxos saturados: < 10% das calorias totais
Colesterol: <300mg/dia
Fonte: Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2004
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
SÍNDROME METABÓLICA
DESNUTRIÇÃO: é uma condição clínica decorrente da falta de ingestão ou absorção de nutrientes.
CAUSAS: A desnutrição pode apresentar caráter primário ou secundário, dependendo da causa que a promoveu. 
Causas primárias: a pessoa come pouco ou mal, ou seja, tem uma alimentação quantitativa ou qualitativa insuficiente em calorias ou nutrientes.
Causas Secundárias: A ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades energéticas aumentaram ou outro fator não relacionado diretamente com o alimento. Ex.: presença de verminoses, anorexia, alergia ou intolerância alimentar, digestão e absorção insuficiente de alimentos, câncer. 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
Outros fatores relacionados às causas da desnutrição:
Desmame Precoce: o leite materno contém nutrientes essenciais dificilmente encontrados em quantidades adequadas na alimentação sólida. 
Socioeconômicos: Crianças provenientes de famílias de baixa renda apresentam um maior risco relacionado a deficiências alimentares. Associa-se a isso as conduções sanitárias precárias contribuem para o aparecimento de infecções, parasitoses e da desnutrição. 
Culturais: Mitos, crenças, tabus.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
KWASHIORKOR: Desnutrição por falta de proteína. 
Ocasionada pelo desmame precoce, manifesta-se geralmente a partir dos 6 meses.
 Deficiência de Albumina no sangue
 (proteína que puxa de volta para o sangue a água 
 que constantemente sai dos vasos)
Acúmulo de água nos tecidos, causando edemas
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
SINAIS:
Descoloração dos cabelos;
Abdômen distendido;
Pele ressecada;
Rosto inchado
Tristeza, irritabilidade e apatia.
Fígado inchado
Manchas parecidas com queimaduras
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
MARASMO: Resultante do déficit calórico. Quantidade de calorias insuficientes para satisfazer as necessidades do organismo. 
Frequentemente a mãe também é desnutrida e não consegue amamentar. Manifesta-se geralmente nas primeiras semanas de vida.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
Sinais: 
Perda da gordura corporal;
Ossos do rosto, costas, pernas e braços salientes;
Irritabilidade;
Perda de até 60% da massa corpórea.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO CALÓRICO PROTEICA
KWASHIORKOR
MARASMO 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
Consequências:
Grande perda muscular e dos depósitos de gordura, provocando debilidade física.
Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais do peso ideal (adultos) ou do peso normal (crianças).
Desaceleração ou interrupção do crescimento.
Alterações psíquicas e psicológicas: a pessoa fica retraída, apática, estática, triste.
Alterações de cabelo e de pele: o cabelo perde a cor (fica mais clara, a pele descasca e fica enrugada.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
Consequências:
Alterações sangüíneas, provocando a anemia.
Alterações ósseas, como a má formação.
Alterações no sistema nervoso: estímulos nervosos prejudicados, número de neurônios diminuídos, depressão, apatia.
Alterações nos demais órgãos e sistemas respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático, intestinal etc.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
PREVENÇÃO: 
Aleitamento materno
TERAPIA NUTRICIONAL
1. Fase de estabilização: Não é prevista recuperação do estado nutricional e sim sua conservação e a estabilização
Fornecer no máximo 100 kcal/kg/dia
Oferta hídrica: Fornecer 130 ml/kg/dia de oferta
Proteína: 1 a 1,5 g de proteína/kg/dia
Se a ingestão inicial for inferior a 60 a 70 kcal/kg/dia, indica-se terapia nutricional por sonda nasogástrica.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
TERAPIA NUTRICIONAL – 
2. Fase de Recuperação: Visa assegurar o crescimento rápido e a recuperação do peso perdido, ainda durante a hospitalização, e prevenir ou tratar deficiências de micronutrientes.
Oferta calórica 150 kcal/kg/dia, 
hídrica 150 – 200 mL/kg/dia, 
proteica 3 – 4 g/kg/ dia)
3. Fase de acompanhamento ambulatorial: tem por objetivos prosseguir na orientação e reforçar as orientações realizadas durante a hospitalização, monitoração do crescimento e desenvolvimento da criança, especialmente da relação estatura/idade
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
DESNUTRIÇÃO
XEROLFTALMIA: XEROFTALMIA: é o nome genérico dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A.
Espessamento e enrijecimento da conjuntiva.
Manchas na conjuntiva
Ulceras corneais
Necrose ocular
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CARÊNCIAS DE VITAMINAS
BERIBÉRI: é uma doença nutricional causada pela falta de vitamina B1(tiamina) no organismo, resultando em fraqueza muscular, problemas gastro-intestinais, problemas respiratórios e problemas cardiovasculares.
Funções da Tiamina: Metabolismo de macronutrientes, bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração.
Fontes: Arroz integral, Aveia, Amendoim, Castanha-do-pará, Gema de Ovo, Fígado, Peixes, Feijão, Carnes.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CARÊNCIAS DE VITAMINAS
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
PELAGRA: Deficiência B3 (Niacina)
Sinais e sintomas
Vermelhidão, espessamento e descamação da pele.
Lesão das mucosas intestinais – diarreias
Pode levar a desordens neurológicas levando a demência.
Funções da Niacina: manutenção do equilíbrio da pele e sistema nervoso
Fontes: Peixes, carnes, rins, fígado, levedura de cerveja, verduras.
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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
ESCORBUTO: Deficiência de vitamina C. 
Sintomas: 
Fraqueza, 
dores musculares e articulares, 
dificuldade de cicatrização sanguínea e coagulação, 
menor resistência a infecções
Inflamação e vermelhidão das mucosas, principalmente gengivas, com pequenas hemorragias
Funções: fortalece o sistema imune, dá resistência a ossos e dentes, facilita a absorção de ferro, melhora a cicatrização> 
Fontes: laranja,acerola, kiwi, abacaxi, morango, pimentão, couve, rúcula, agrião. 
RAQUITISMO: Deficiência de vitamina D. 
A falta dessa vitamina prejudica a absorção de cálcio pelos ossos causando deformações no esqueleto. 
Funções: manutenção do tecido ósseo e do sistema imunológico
Fontes de vitamina D: alimentos de origem animal.
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CARÊNCIAS DE VITAMINAS
Bócio: Deficiência de Iodo
Sinais e sintomas
Aumento do tamanho da tireoide, formando um inchaço no pescoço
A glândula passa a trabalhar mais para absorver o máximo possível de iodo, causando o inchaço. 
funções: Produção dos hormônios tireoidianos (tiroxina T4 e triiodotiroxina T3). 
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CARÊNCIAS DE MINERAIS
Cretinismo: Deficiência de Iodo
Pode ser causado por Hipotireoidismo intenso durante a vida fetal, lactância ou infância.
Ausência da tireoide, incapacidade da glândula de produzir hormônios (genético) ou falta de iodo na dieta.
Sinais e sintomas: 
Retardo mental, 
Crescimento ósseo mais lento do que o da massa muscular (aparência de obeso), 
Macroglassia (crescimento anormal da língua)
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CARÊNCIAS DE MINERAIS
DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
CARÊNCIAS DE MINERAIS
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