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DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS Professora: Nutricionista GLÁUCIA FREIRE Deficiência nutricional é a falta ou ausência de algum componente da dieta (macronutrientes, micronutrientes) que podem afetar a saúde do indivíduo. Pode interferir na saúde desde o útero até a terceira idade e ocasionar diversas patologias. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS É uma doença infecciosa que lesiona o fígado e é causada pelo vírus HAV. FISIOPATOLOGIA: O vírus da hepatite A (HAV) é um vírus RNA que se replica principalmente no fígado e é secretado na bile e no soro. É encontrado nas fezes durante o período de incubação e na fase sintomática inicial da doença. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A 3 FISIOPATOLOGIA: DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A INFLAMAÇÃO 4 AGENTE ETIOLÓGICO: HAV Transmissão oral-fecal: Água e alimentos contaminados; Contato pessoal com pessoas infectadas. Maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população. Principalmente crianças. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A 5 QUADRO CLÍNICO: Pode não apresentar sintomas. Quando estão presentes: Febre; Perda de apetite; Cansaço; Mal estar; Náuseas; Vômitos; Icterícia; Urina escura; Fezes claras. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A Acúmulo de bilirrubina (pigmento da bile) – dificuldade de excreção – defeito nos hepatócitos. 6 INCIDÊNCIA: Região norte: 0,92% Região centro-oeste: 0,76% Região sul: 0,55% Obs: população de 20 a 69 anos TRATAMENTO: Não existe tratamento específico. Pessoas que vivem no mesmo domicílio que o doente ou que estão em más condições de saúde: imunoglobunina policlonal para proteção. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A 7 PREVENÇÃO: Não comer frutos do mar crus ou mal cozidos – moluscos filtram grande volume de água e retêm o vírus; Evitar o consumo de alimentos e bebidas de procedência duvidosa; Ingerir água clorada ou fervida Lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro; Não ingerir bebidas alcoólicas durante a fase aguda e nos três meses seguintes à volta das enzimas hepáticas aos níveis normais; Utilizar utensílios para fazer as unhas esterilizados. Obs: população de 20 a 69 anos TRATAMENTO: Não existe tratamento específico. Pessoas que vivem no mesmo domicílio que o doente ou que estão em más condições de saúde: imunoglobunina policlonal para proteção. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A 8 TERAPIA NUTRICIONAL: Alimentação rica em carboidratos e quantidade adequada de proteínas; Evitar lipídeos; A ingestão de bebidas alcoólicas é totalmente proibida por três meses, no mínimo, após a volta das enzimas hepáticas a níveis normais. (TGP,TGO) DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HEPATITE A 9 Doença infecciosa, contagiosa e aguda que ataca preferencialmente crianças. Causada por enterovírus neurotrópicos Causa deformidades no aparelho locomotor; Doença polimorfa ( variedade de sintomas); Difícil diagnóstico precoce. FISIOPATOLOGIA: O vírus penetra no organismo pela inalação ou boca. Aloja-se no intestino para reprodução e multiplicação; Posteriormente vai para o sistema linfático e depois corrente sanguínea; Por fim: bulbo, cerebelo, cérebro, medula espinhal e outras estruturas do sistema nervoso central. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 10 AGENTES ETIOLÓGICOS: Três vírus: Brunhilde, Lansing e Leon (Poliovírus I, II, III). Extremamente resistentes ao meio ambiente, poluindo água e alimentos por períodos prolongados Não resistem a cloração, pasteurização, liofilização, água fervente e substâncias oxidantes. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 11 QUADRO CLÍNICO: Poliomielite não paralítica ou frusta: dor de garganta, náusea, vômito, constipação, diarreia. Poliomielite paralítica espinhal: atinge os neurônios - Poliomielite bulbar: atinge o tronco cerebral (meninges). polioencefalite: atinge o encéfalo. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 12 PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA: 90 a 95% - forma benigna Brasil: Não há casos desde 1989 – vacinação; Idade de maior incidência: 6 meses a 3 anos Adultos com menos de 40 anos não vacinados: mais grave – forma paralisante. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 13 PREVENÇÃO Hábitos de higiene; Vacinação. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 14 TRATAMENTO: Não existe cura Objetivo do tratamento: aliviar os sintomas e prevenir complicações Exercícios moderados (fisioterapia, fonoaudiologia) Medicamentos utilizados: Antibióticos para prevenir infecções nos músculos enfraquecidos Analgésicos para dor DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 15 SÍNDROME PÓS-PÓLIO Conjunto de sintomas que podem acometer adultos que tiveram a doença na infância: Fraqueza muscular; Dor nas articulações; Dificuldade de respirar e deglutir. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 16 TERAPIA NUTRICIONAL: Manter o peso – principalmente nos casos de síndrome pós-pólio Proteína: dieta hiper proteica para manter a força muscular. Manter dieta saudável com quantidade adequada de calorias, macronutrientes e micronutrientes. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS POLIOMIELITE 17 Inflamação do estômago e intestino delgado, produzindo: diarreia, câimbras, náuseas. CAUSAS: Infecções virais e intoxicação gastrintestinal DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRENTRITE GASTRENTERITE VIRAL INTOXICAÇÃO GASTRINTESTINAL 18 Gastrenterite viral: Vírus: DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRENTRITE Norwalk, Rotavírus Adenovírus Fezes de pessoas contaminadas Superfícies contaminadas 19 Intoxicação Gastrintestinal: causada pelas toxinas produzidas por algumas bactérias. Exemplos: Botulismo: causado pela toxina da Bactérias Clostridium Botulinum Infecção Estafilocócica: causada pela toxina da bactéria Staphylococcus aureus Aflatoxicose: Causada pela toxina Aspergillus flavus e A. parasiticus). DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRENTERITE 20 PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA: Milhões de pessoas contaminadas por gastrenterite viral ou intoxicação alimentar. Adultos: sintomas leves a moderados Idosos e pessoas com sistema imune debilitado: desidratação, febre muito alta, deficiência de absorção de nutrientes e sintomas mais graves. QUADRO CLÍNICO: Em adultos: diarreia moderada (menos que 10 evacuações líquidas por dia), câimbras, febre moderada (menor que 38,5 graus C), dor de cabeça, náuseas, vômitos. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRENTERITE 21 TRATAMENTO: Melhoria dos sintomas: desidratação, febre. Exames laboratoriais: somente no caso de sintomas exacerbados (febre maior que 39 graus C, diarreia severa, desidratação significativa (boca seca, sede intensa, fraqueza), fezes com sangue ou pus. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRENTERITE 22 TERAPIA NUTRICIONAL Alimentos indicados: líquidos (água, sucos, água de coco, caldos de carne, canja de galinha) – reidratação e reposição de Sódio e Potássio Chá de gengibre – náuseas Banana: pequenas porções (potássio, CHO e solidificação das fezes). Arroz: solidifica as fezes, fácil digestão, energia. limentos Alimentos que devem ser evitados: Bebidas alcoólicas, cafeína: diuréticas e estimulação do intestino (agravo da diarreia). Alimentos gordurosos, leite, chá, álcool: dificultam o trabalho do TGI DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRENTERITE 23 O trato gastrintestinal (TGI) consiste no canal alimentar que tem estrutura tubular, linear, com cerca de 9 metros de extensão e se estende a partir da boca até o ânus, além dos órgãos anexos: fígado, pâncreas e glândulas salivares. O sistema digestório é responsável pela redução de grandes moléculas em moléculas menores e pela conversão de substâncias insolúveis em solúveis, para que possam ser prontamente assimiladas. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAISSISTEMA DIGESTÓRIO 24 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS TRATO GASTRINTESTINAL 25 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS PRINCIPAIS ENFERMIDADES DO TRATO DIGESTÓRIO Esofagite Hernia hiatal Gastrite Doenças hepato-biliares Ascite Esteatose hepática 26 Inflamação na mucosa que recobre o interior do esôfago. Pode vir acompanhada de um estreitamento do interior do conduto Causa mais comum: refluxo gastroesofágico. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESOFAGITE 27 AGENTE ETIOLÓGICO: Esofagites infecciosas – pacientes imunodeprimidos Esfogatite cáustica: Ingestão de soda cáustica (hidróxido de sódio). Esofagite eosinofílica: doença inflamatória com características alérgicas causada por um denso infiltrado de eosinófilos no esôfago em resposta a agentes alérgicos alimentares ou pó. Esofagite de refluxo: causada pelo refluxo gastroesofágico. (causa mais comum). DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESOFAGITE Candida albicans Herpes vírus citomegalovírus Células de defesa 28 QUADRO CLÍNICO: Dificuldade para engolir; Dor no peito; Náuseas e vômitos Dor abdominal Tosse Perda de apetite. Pirose Lactentes: recusa alimentar, irritabilidade, vômitos, déficit ponderoestatural, dor abdominal. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESOFAGITE 29 INCIDENCIA: A incidência é de 12,8 casos por 100.000 habitantes e a prevalência de 43/100.000 Atinge mais os homens; Adultos entre 30 e 40 anos Prevalência de atopia chega a 81% DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESOFAGITE Tendência hereditária a desenvolver alergias. 30 TRATAMENTO: Depende da gravidade e da doença de base. Antiácidos: diminuir a acidez gástrica Antibióticos: esofagite bacteriana Medicamentos antirrefluxo; Corticoides – inflamação. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESOFAGITE 31 TERAPIA NUTRICIONAL: Evitar a ingestão de refeições volumosas, ricas em gorduras, principalmente 2 a 3 horas antes de deitar. Evitar a ingestão de alimentos ácidos e muito condimentados quando houver inflamação; Evitar álcool, chocolate e bebidas contendo cafeína. Evitar chás a base de hortelã; Ficar na posição elevada e evitar atividades físicas logo após as refeições; Evitar roupas apertadas, principalmente após as refeições; Evitar tabagismo. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESOFAGITE 32 É uma doença em que uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax por meio de uma abertura no diafragma. O diafragma é uma camada de músculo que separa o tórax do abdômen. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HÉRNIA HIATAL 33 FISIOPATOLOGIA: Resultante da fraqueza do dos tecidos musculares do diafragma. Congênita: criança nasce sem o diafragma ou com este enfraquecido. Adquirida: obesidade, idade, gravidez, obesidade. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HÉRNIA HIATAL 34 QUADRO CLÍNICO: Sintomas típicos mais comuns: pirose, regurgitação que pioram após as refeições quando o paciente deita ou se curva Complicações da Doença do Refluxo Gastreoesofágico: Disfagia: dificuldade de deglutição na ausência de estreitamento Odinofagia: Dor ao deglutir Hematêmese: vômito com sangue Melena: sangue nas fezes Sintomas inespecíficos: (podem ter outras causas) Halitose, salivação amarga, gosto ácido na boca, problemas dentários DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HÉRNIA HIATAL 35 TRATAMENTO: Cirurgia – casos graves Tratamento clínico: antiácidos. TERAPIA NUTRICIONAL: Evitar alimentos gordurosos, muito condimentados e frituras; Evitar álcool e bebidas gaseificadas; Evitar fumo; vitar ingerir muito líquido durante as refeições; Fazer refeições menores, leves e diminuir o intervalo entre elas. Usar travesseiros altos; Não comer antes de dormir. Obs.: Não usar roupas ou acessórios apertados DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS HÉRNIA HIATAL 36 Processo inflamatório no estômago. Classificação: GASTRITE AGUDA: surge de forma repentina. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE Simples ou exógena: Causada por álcool, medicamentos (Antiinflamatórios como o Ibuprofeno) Corrosiva: Ingestão de substâncias corrosivas Tóxica: uso de drogas a base de salicilatos (AAS), barbitúricos (Fenobarbital, Tiopental, Tiamilal - antiepilépticos, sedativos) 37 Processo inflamatório no estômago. Classificação: GASTRITE CRÔNICA: Se desenvolve ao longo do tempo. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE Superficial: Causada por erro alimentar, H. Pylori, medicamentos. Atrófica: Hipertrófica: Pode ser causada pelos fatores já citados. Perda importante de proteínas que se soltam do estômago e são eliminadas pelas fezes. Autoimune: o organismo ataca as células do estômago causando a inflamação. H. pylori: enfraquece a membrana protetora e permite que o ácido atinja o estômago. Obs: Fator intrínseco de Castle – glicoproteína responsável pela absorção da vitamina B12 – anemia perniciosa/megaloblástica. 38 Processo inflamatório no estômago. Classificação: GASTRITE ESPECIAL OU PÓS-GASTRECTOMIA DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE Refluxo do conteúdo duodenal para o estômago. 39 QUADRO CLÍNICO: Gastrite aguda simples: anorexia, desconforto epigástrico, náuseas e vômitos e, ocasionalmente, com hematêmese (vômitos com sangue), mal estar, calafrios, dor de cabeça, dor no estômago tipo queimação, diarreia e dor tipo cólica, câimbras musculares, prostração e até desidratação em casos graves. Gastrite aguda corrosiva: dor tipo queimação, náuseas e vômitos, diarreia, rigidez abdominal, sede intensa, prostração e choque metabólico (grande perda de líquidos no corpo, diarreia, vômitos – taquicardia, hipotensão, rebaixamento do nível de consciência). Gastrite aguda tóxica: dor tipo queimação, náuseas, vômitos. Gastrite crônica: pressão e “empachamento”, anorexia, náuseas e vômitos, dor tipo queimação, hematêmese (vômito com sangue) DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE 40 TRATAMENTO: GASTRITE AGUDA ASSOCIADA AO USO DE MEDICAMENTOS: Suspensão ou substituição + uso de medicamentos que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago. BACTÉRIA H. PYLORI: Antibióticos para tratar a bactéria + medicamentos para inibir ou bloquear a secreção ácida. GASTRITE PÓS- GASTRECTOMIA: Cirurgia DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE 41 TERAPIA NUTRICIONAL: Objetivos: Recuperar o estado nutricional do paciente - PTN Favorecer o trabalho gástrico, reduzindo a secreção gástrica e evitando lesões e hemorragias – (alimentos bem cozidos, frutas cozidas, evitar carnes gordurosas e frituras, refeições menores. ) Promover o esvaziamento adequado do estômago para permitir que o revestimento mucoso se regenere. Promover hidratação adequada ao paciente; Promover educação nutricional; DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE 42 TERAPIA NUTRICIONAL: Alimentos que devem ser evitados: Pimenta, álcool, refrigerante; Alimentos estimulantes: café, chá-mate, chá preto, chocolate; Feijão e outras leguminosas – aumentam o desconforto intestinal Temperos industrializados: caldo de carne, maionese, extrato de tomate, molho tártaro, molho de soja, molho inglês; Frutas ácidas: laranja, limão, damasco, cereja, morango, kiwi, pêssego, tomate. Linguiça, salsicha, patês, salame, mortadela, presunto, bacon, carne de porco, carnes gordas, alimentos enlatados e em conserva. Doces concentrados (goiabada, marmelada, doce de leite, cocada) – retardam o esvaziamento gástrico Goma de mascar. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE Irritantes e estimulantes 43 TERAPIA NUTRICIONAL: Orientações: Comer de três em três horas; Fazer refeições pouco volumosas; Mastigar bem os alimentos; Não ingerir líquidos durante as refeições (máximo 100ml) Fazer as refeições em horários regulares. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS GASTRITE 44 Metabolismo: DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAISDOENÇAS HEPATO-BILIARES Produção de proteínas: albumina, transferrina, fibrinogênio, protrombina. Formação de massa muscular Produção de triglicerídeos (lipogênese) Produção de glicose (neoglicogênese) GLICOSE Glicogênio em triglicerídeos AMINOÁCIDOS LIPÍDEOS Síntese de lipoproteínas: HDL,LDL ARMAZENAMENTO glicogênio, vitaminas A,D,E,K e B12 e minerais: Fe, Zinco e Cobre. DIGESTÃO Emulsificação de gorduras 45 Fatores que afetam a avaliação do estado nutricional em pacientes hepatopatas crônicos DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES PARÂMETRO NUTRICIONAL FATORES Peso corporal Ascite, diuréticos Antropometria Gênero, variações do estado de hidratação Proteínas séricas (albumina) Dieta, drogas, má absorção, insuficiência renal, função hepática Índice de creatinina (função renal) Gênero, dieta, idade, insuficiência renal Balanço nitrogenado (desnutrição) Insuficiência renal Função imune (imunoglobulinas) Drogas, insuficiência renal, infecções 46 NECESSIDADES NUTRICIONAIS ENERGIA E PROTEÍNA: Variam conforme o estado nutricional e o tipo de doença – desnutrição altamente prevalente Pacientes com encefalopatia crônica ou déficit nutricional: suplementos orais ricos em aminoácidos ou com leite de soja. Pacientes com ascite: dieta hipossódica rigorosa – difícil aceitabilidade. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES Hepatopatias crônicas alteram o metabolismo de macronutrientes. Gasto energético em repouso (GER) aumentado - inflamação Ingestão alimentar insuficiente Prejuízos ao sistema imunológico Aumento do risco de infecções e morte 47 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ASCITE Condição associada a avanço de diversas patologias, tais como: insuficiências renal, cardíaca e hepática, certos tipos de câncer, algumas pancreatites, e infecções, como a esquistossomose e a tuberculose. Também conhecida como barriga d’agua ou hidroperitônio, caracteriza-se pelo de água no interior do abdômen. Pode ter diversas composições: Linfa – obstrução das vias linfáticas Bile – complicação da retirada da vesícula biliar Suco pancreático: pancreatite aguda com fístula Urina – perfuração das vias urinárias Doenças hepáticas - plasma. 48 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ASCITE FISIOPATOLOGIA: Pode ser causada por dois fatores: HIPERTENSÃO PORTAL Causada por trombose na veia esplênica ou veia porta A trombose causa obstrução no fluxo de sangue e extravasamento para a região abdominal. 49 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ASCITE FISIOPATOLOGIA: Pode ser causada por dois fatores: DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ONCÓTICA A inflamação gera hipercatabolismo e consequentemente deficiência de Albumina no sangue (proteína que puxa de volta para o sangue a água que constantemente sai dos vasos). 50 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ASCITE AGENTES ETIOLÓGICOS: Vírus (hepatites), Drogas (anti-hipertensivos, corticoides, anti-inflamatórios. Hepatite auto-imune, Doença de Wilson (acúmulo de Cobre no cérebro e fígado) Hemocromatose: acumulo de Ferro no fígado, pâncreas e coração. Químicos (álcool); Cirrose biliar (acúmulo de bile no fígado) Colangite esclerosante: inflamação dos canais biliares e endurecimento dos tecidos. Fibrose cística (problemas no sistema respiratório, digestório e reprodutor) 51 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ASCITE QUADRO CLINICO Sensação de peso e pressão progressivos no abdômen, Dificuldade de respirar. Dor abdominal difusa(generalizada) Perda de apetite, náuseas, vômitos TRATAMENTO Remover o líquido – paracentese abdominal Controlar a produção e extravasamento: diuréticos, restrição de sódio, interrupção do consumo de bebidas alcoólicas, administração de albumina. 52 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ASCITE PREVENÇÃO Vacinar-se contra Hepatite A e B Tomar cuidado com água de rios, córregos, represas e enxurradas que pode estar contaminada com larvas transmissoras da esquistossomose. TRATAMENTO Diuréticos TERAPIA NUTRICIONAL Dieta hipossódica; Evitar bebidas alcoólicas. 53 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ESTEATOSE HEPÁTICA Caracteriza-se por acúmulo de gordura no fígado. Chamado também de "fígado gorduroso“. Quando a gordura acumulada no fígado ultrapassa 10% do peso hepático. O acúmulo de gordura provoca inflamação no fígado acarretando dano aos hepatócitos. 54 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ESTEATOSE HEPÁTICA ESTÁGIOS: Grau 1 ou leve: quando há pequeno acúmulo de gordura Grau 2: quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado Grau 3: quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado. *Esses estágios são avaliados pelo médico através de ultrassonografia. DIAGNÓSTICO: Exame de sangue (TGO, TGP), palpação,Ultrassonografia CAUSAS Obesidade: Mais de 70% dos pacientes são obesos. Diabetes Mellitus Colesterol Drogas: corticoides, estrogênio, amiodarona, antirretrovirais, Diltiazen e Tamoxifeno 55 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ESTEATOSE HEPÁTICA QUADRO CLÍNICO: Não apresenta sintomas inicialmente; 80% de comprometimento: icterícia, rebaixamento do nível de consciência. 56 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ESTEATOSE HEPÁTICA TRATAMENTO: Não há tratamento específico, trata-se a causa: diabetes, os níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, a obesidade. Medicamentos; Mudanças no estilo de vida. Dieta 57 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ESTEATOSE HEPÁTICA TERAPIA NUTRICIONAL Dieta hipolipídica – 25% em relação ao VET da dieta Quantidades normais de carboidratos (alimentos integrais) Quantidades normais de lipídeos: Fibras solúveis: frutas, verduras, aveia, cevada, leguminosas. (carnes magras, leites e derivados desnatados) Preferir os ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados (castanha, nozes, azeite, linhaça, peixe) – cardioprotetor. – cautela Ômega 3 – 2g por dia. 58 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS HEPATO-BILIARES ESTEATOSE HEPÁTICA 59 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS PÂNCREAS O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de extensão do sistema digestivo e endócrino dos seres humanos. Funções: secretar suco pancreático – digestão Produzir: Insulina, glucagon, somatostatina (regulação dos níveis de glicose). 60 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS PANCREATITE É uma inflamação no pâncreas que pode ser aguda ou crônica. 61 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS PANCREATITE Fisiopatologia: Originada pela colelitíase: refluxo de bile para o pâncreas ou obstrução dos ductos pancreáticos pelo próprio cálculo. Originada pelo álcool: Não está totalmente elucidada. Acredita-se que é ocasionada pela ativação precoce de zimogênio (tripsinogênio). 62 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS PANCREATITE ETIOLOGIA Álcool Colelitíase Autoimune 63 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS PANCREATITE QUADRO CLÍNICO: Dor abdominal aguda, de instalação súbita, sem pródromo (algo que anteceda), localizada na porção superior do abdômen, com irradiação dorsal e de intensidade moderada a forte. Apresenta piora com alimentação ou uso de álcool. De origem biliar: dor localizada no hipocôndrio direito. 64 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS PANCREATITE TRATAMENTO: Suporte clínico: Suspensão da ingesta oral – Terapia Nutricional Enteral Manutenção da perfusão tecidual = oxigenação das células Através da reposição volêmica = coloides e cristaloides. Analgesia 65 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS ESTADONUTRICIONAL DO PACIENTE COM PANCREATITE 75% apresentam a forma leva – apresentam bom estado nutricional 25% forma grave: Deterioração do estado nutricional: Grande repercussão inflamatória e metabólica Aumento inicial de substâncias pró-inflamatórias (TNF, Interleucinas) Seguida de liberação de substâncias anti-inflamatórias (Interleucina 4 e 10) Mobilização da reserva energética: principalmente massa magra = desnutrição. 66 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS OBJETIVOS DA TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE COM PANCREATITE: Minimizar o catabolismo – evitando a instalação da desnutrição proteico-energética (PROTEÍNA) Minimizar a resposta inflamatória e anti-inflamatória (imunomodulação). (Suplementação com glutamina, ômega 3) Terapia nutricional enteral (TNE) com sonda nasojejunal; Terapia nutricional parenteral (TNP) 67 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS FIBROSE CÍSTICA A mucoviscidose, mais conhecida como fibrose cística ou apenas FC, é uma doença genética, grave, sem cura, que afeta as glândulas exócrinas, provocando alterações nos pulmões, pâncreas, fígado e intestino. A doença causa um defeito na produção das secreções, que se tornam espessas e em grande quantidade obstruindo suas vias. 68 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS FIBROSE CÍSTICA FISIOPATOLOGIA: mutações ocorridas no gene CFTR, o qual codifica a proteína CFTR responsável pelo transporte de íons através da membrana celular, estando envolvida na regulação de fluxo de Cl-, Na+ e água. No pâncreas exócrino: secreção mais espessas de suco pancreático bloqueia (entope) os canais pancreáticos, causando inflamação e formação de cistos fibrosos. CÉLULA Redução da excreção do Cloro Aumento do fluxo de sódio para recuperar o equilíbrio. 69 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS QUADRO CLÍNICO Anorexia diarreia crônica, fezes volumosas, brilhantes, gordurosas e fétidas (85 a 90%). PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA 20% da população é assintomática; Acomete mais a população branca; Rara em negros e orientais; Obs.: 2 a 3% será diabético ou insulinodependente; 98% dos homens não produz esperma – defeito nos vasos Mulheres: Secreção do colo uterino muito viscosa – redução da fertilidade. 70 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PANCREÁTICAS TERAPIA NUTRICIONAL Suplementação de enzimas pancreáticas (drágeas, cápsulas) Reposição de vitaminas lipossolúveis; Hidratação; Reposição de sódio; Dieta rica em calorias sem restrição de gorduras. 71 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças cardiovasculares são as principais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito a cada dois minutos é causado por esse tipo de enfermidade. 72 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Popularmente conhecido como ataque cardíaco, é um processo de necrose de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. FISIOPATOLOGIA Causado pela redução do fluxo sanguíneo para o coração por tempo suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas. 73 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO AGENTE ETIOLÓGICO Aterosclerose coronariana na gestação: 43% Trombose coronariana: 21% Aneurisma: 4% Dissecção coronariana: 16% Obs.: coronárias normais Formação de ateromas Formação de coágulo sanguíneo Lesão (¨rasgo¨) na artéria coronária Pode acontecer proveniente de um espasmo do coração ou associado à trombose – eventos que podem não ter sido detectados no momento do exame. Dilatação do vaso 74 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SINTOMAS Dor torácica persistente, de início súbito, intensidade variável, localizada sobre a região inferior do esterno e abdômen superior. A dor pode irradiar para o ombro, braços, mandíbula e pescoço geralmente do lado esquerdo 75 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TRATAMENTO Analgesia; Sedativos; Nitratos; Bloqueadores beta-adrenérgicos Fibrinolíticos; Anticoagulantes; Inibidores da enzima conversora da angiotensina Angioplastia Revascularização miocárdica Prevenir reinfarto Melhoram a oferta de oxigênio Prevenir coágulos Controle da pressão Reconstrução do vaso Restauração do fluxo sanguíneo. 76 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TERAPIA NUTRICIONAL Objetivo: diminuir a sobrecarga cardíaca. Como? Fornecendo uma dieta equilibrada e individualizada (sexo, idade, peso, patologias associadas) Cálculo das necessidades: Fórmula de Harris Benedict (GER + FA + FI) Consistência: Líquido-pastosa – melhoria da mastigação, deglutição, digestão. Fracionamento da dieta: 4 a 6 refeições – pequenos volumes Suplementos orais hipercalóricos: para atingir o VET caso o paciente não consiga se alimentar) Fibras: 20 a 30g por dia. 77 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS CARDIOVASCULARES HIPERTENSÃO 78 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA URINÁRIO 79 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA URINÁRIO FUNÇÕES DOS RINS eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: uréia, creatinina, ácido úrico manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial; atuar como órgãos produtores de hormônios: Eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; Vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; Renina, que intervém na regulação de pressão arterial. Produzir urina 80 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA URINÁRIO NÉFRONS – UNIDADES FUNCIONAIS DOS RINS 81 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS Principais patologias: Pielonefrite Nefrolitíase Insuficiência renal aguda Insuficiência renal crônica Síndrome Nefrótica Síndrome Nefrítica Acidose Tubular Renal Infecção nos rins, ureteres, bexiga ou uretra. Cálculos renais Perda da barreira glomerular para proteínas Inflamação dos capilares dos glomérulos Acumulo de ácido no sangue. Perda da capacidade dos rins de exercerem suas funções. 82 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS CUIDADO NUTRICIONAL - PACIENTE RENAL Alimentação equilibrada e individualizada; Rica em CHO, Controlada em proteína (preferir ovos, peixe, soja – sobrecarga glomerular menor) Baixo teor de sódio; ORIENTAÇÕES GERAIS: Evitar alimentos ricos em sódio; Moderar alimentos ricos em potássio (banana, acelga, tomate abóbora, mamão, feijão, carne) Moderar o consumo de alimentos ricos em Cálcio e Fósforo (leite, carne, ovos, casca de cereais) Substituir o sal por suco de limão, vinagre, ervas para realçar o sabor dos alimentos; Evitar chá preto, chá verde, chá mate, refrigerantes. 83 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS PIELONEFRITE Infecção do trato urinário ascendente que atingiu a pielo do rim. Pielonefrite aguda: causada por infecção bacteriana Pielonefrite crônica: Infecção bacteriana de repetição. 84 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS PIELONEFRITE Causada por bactérias Gram-negativas presentes na flora normal do intestino. Escherichia coli; Enterobacter sp Proteus Mirabilis; Klebsiella sp Staphylococcus saprophyticus Proteus sp 85 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS PIELONEFRITE QUADRO CLÍNICO Início súbido Dor na micção (disúria); Aumento da frequência urinária (polaciúria); Urgência em urinar, inclusive acordando o doente a noite (noctúria); Febre alta (maior que 39,4 graus C, calafrios, tremores, suor; Mal estar; Náuseas e vômitos; Dor abdominal súbita e intensa (mais concentrada no flanco – parte de trás e de lado de abdômen que pode migrar para o abdômen inferior até a virilha. 86 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS PIELONEFRITE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA 75% a 95% dos casos – causada pela E. Coli – não complicadas. TRATAMENTO Antibióticos Indivíduos debilitados ou diabéticos – complicações: Bacteremia – multiplicação bacteriana no sangue – infecção generalizada Necrose da pele renal Insuficiência renal crônica 87 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS PIELONEFRITE TERAPIA NUTRICIONAL Dieta individualizada, saudável Quantidade adequadas de CHO, PTN e LIP Rica em frutas, verduras, legumes e fibras Ingestão de líquidos (água, sucos, água de coco) 88 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS NEFROLÍTIASE Formação de cálculos renais. Partículas sólidas que se calcificam nos rins. Os cálculos renais se formam quando a concentração de determinados componentes na urina atingem um nível em que é possível a sua cristalização. 89 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS NEFROLÍTIASE Tipos de cálculos: Oxalato de Cálcio: Fosfato de Cálcio Cistina Estruvita Ácido úrico Dieta rica em: Proteína Oxalato (espinafre, morango, beterraba chocolate, farelo de trigo, chá verde e chá preto) Sódio (aumenta a excreção de cálcio) Resultado da quebra das moléculas de purinas (carnes, peixes, leguminosas, bebidas alcoólicas) Cistinúria: doença hereditária que faz com que cálculos compostos do aminoácido cistina se formem nos rins formam-se apenas em pacientes com infecção urinária crônica 90 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS NEFROLÍTIASE Fatores dietéticos associados nefrolitíase Sódio: Evitar pois é um potente calciúrico Vitamina C: é hipercalciúrico – até 1,2g por dia Purinas: Seu consumo em altas quantidades leva a excreção urinária de ácido úrico - dieta normoproteica. Fatores protetores: Potássio: Efeito protetor – controla a excreção e água. Líquidos: aumenta o volume de urina, impedindo a cristalização das substâncias responsáveis pela formação dos cálculos – 30ml/kg/dia. 91 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções. FISIOPATOLOGIA: Queda progressiva do Ritmo de Filtração Glomerular (RFG) e consequente perda das funções renais (regulatória, excretórias e endócrinas). Quando o Ritmo de Filtração Glomerular atinge 15ml/min está instalada a insuficiência renal crônica (O normal é de 90 a 120ml/min) 92 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA AGENTE ETIOLÓGICO: As causas mais comuns são: Diabetes de longa duração Hipertensão arterial (HA) Glomerulonefrite crônica. Glicemia alta enfraquece as paredes dos vasos – dificuldade de transporte de oxigênio e nutrientes. Pressão arterial aumentada danifica todos os vasos sanguíneos , inclusive os renais. Causadas por infecções nos glomérulos, nefropatia diabética, lúpus, endocardite bacteriana, etc... 93 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA O TRATAMENTO CONSERVADOR DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS CALORIAS: Para pacientes sobrepeso/obesos: 30kcal/kg peso corporal Pacientes em depleção nutricional: 35 kcal/kg/peso corporal CARBOIDRATOS: 55 A 65% do valor energético total PROTEÍNAS: Normoproteica = 0,8 a 1,0g proteína/kg peso corporal – progressão da doença – até 0,8 94 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA O TRATAMENTO CONSERVADOR DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS LIPÍDEOS: 30 a 35% do VET, dos quais: Gorduras saturadas: menos de 10% Monoinsaturados: 10 a 15% Poliinsaturados: 10% SÓDIO: 5g DE Cloreto de sódio por dia 95 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS: A alimentação deve ser preparada somente com a quantidade de sal prescrita a fim de evitar edema. As refeições devem ser feitas de 3 em 3 horas Limitar o consumo de alimentos ricos em fósforo (leite, queijo, feijão, castanha, refrigerantes – excesso de fósforo causa a retirada de cálcio dos ossos) Evitar consumir excesso de proteína Controlar a quantidade de potássio para evitar prejuízos ao coração (banana, brócolis, beterraba, cereais, chocolate) 96 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA INGESTÃO DE LÍQUIDOS Excesso de líquidos é prejudicial – quantidade prevista na dieta de acordo com a quantidade de urina excretada. Bebidas e frutas geladas – ajuda a controlar a sede Evitar a calda dos doces em calda; Bochechos com água ou molhar os lábios; Caso consuma mingau a quantidade de liquido deve ser contabilizada; Melancia, sopas, gelatinas e sorvetes são considerados líquidos Boca seca: chupar um pedaço de limão ou balas azedas para estimular a saliva. 97 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA CONTROLE DO CONSUMO DE SAL Substituir o sal por ervas e especiarias (cominho, alho, cebola, salsinha, pimenta, orégão, manjericão, folhas de louro ou gengibre) Temperar a salada com limão e vinagre Tirar o saleiro da mesa Evitar alimentos industrializados 98 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA RESPIRATÓRIO Os pulmões do ser humano são órgãos do sistema respiratório, responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. Sua principal função é oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono do corpo. 99 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES Doença pulmonar é qualquer doença, distúrbio ou condição anômala de saúde que ocorra nos pulmões ou que leve os pulmões a não funcionarem adequadamente. Tipos de doenças pulmonares: Doenças das vias respiratórias: afetam os tubos que transportam oxigênio e outros gases para dentro e fora dos pulmões. Causam estreitamento ou bloqueio das vias aéreas Asma: inflamação nos brônquios - causa idiopática (gatilhos, poeira, pólen, poluição) – alergia. Enfisema: Danos aos alvéolos – oxigenação insuficiente e acúmulo de gás carbônico no sangue (fumaça de tabaco, queimadas e poluição). Bronquite: inflamação nos brônquios: aguda (consequência de uma gripe) / Crônica: cigarro, fumaça. 100 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES Tipos de doenças pulmonares: Doenças do tecido pulmonar: escoriações ou inflamações no tecido pulmonar que impedem os pulmões de se expandirem totalmente: Fibrose: Substituição do tecido pulmonar por um tecido cicatricial que acontece após uma inflamação. Sarcoidose: doença autoimune que causa inflamação e pode acometer diferentes tecidos do corpo humano, inclusive o pulmonar. 101 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES PNEUMONIA Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). 102 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES PNEUMONIA AGENTES ETIOLÓGICOS: Pneumonia provocada por vírus: Adenovírus Varicela-zoster, Influenza Pneumonia provocada por fungos:Histoplasma capsulatum, Coccidioides immits, Blastomyces dermatitidis Pneumonia provocada por bactérias: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus,Legionella e Hemophilus influenzae. Pneumonia química: fumaça, agrotóxicos ou outros produtos químicos 103 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES PNEUMONIA QUADRO CLÍNICO Tosse: começa seca e depois de alguns dias catarro amarelado, esverdeadoou com sangue. Febre Dificuldade para respirar (não consegue falar uma frase completa sem parar para respirar). Aumento dos batimentos cardíacos. DIAGNÓSTICO: Exame clínico, ausculta do pulmão, radiografia do tórax 104 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES PNEUMONIA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA É a doença que mais mata crianças menores de 5 anos no mundo – 1,2 milhões.(OMS,2012) 99% registrados em países em desenvolvimento como o Brasil. FATORES DE RISCO Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; Resfriados mal cuidados; Mudanças bruscas de temperatura. 105 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES PNEUMONIA TRATAMENTO Antibióticos TERAPIA NUTRICIONAL Macronutrientes: Depende do estado geral do paciente e do comprometimento de outros sistemas. Micronutrientes: suplementos para melhorar a cicatrização, imunidade. 106 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória que pode ser prevenida e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. (II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC,2004) Obs.: Pode ser tratada para amenizar os sintomas, porém, não tem cura. 107 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC EPIDEMIOLOGIA A OMS considera que: 65 milhões de pessoas no mundo tem DPOC de moderada a grave; Mais de 3 milhões de pacientes morreram no ano de 2005 Em 2002, a DPOC foi a quinta causa de mortalidade mundial; Em 2020 será a terceira causa de mortalidade; É uma das principais causas de mortalidade no mundo; Brasil: prevalência estimada em 7,3 milhões de indivíduos Maior prevalência em indivíduos do sexo masculino, idosos com mais de 75 anos (Revista HUPE – UERJ, 2013) 108 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC FISIOPATOLOGIA: O estreitamento das vias aéreas por causa da inflamação e consequente dificuldade de respirar normalmente pode acontecer por: Enfisema: Danos aos alvéolos – oxigenação insuficiente e acúmulo de gás carbônico no sangue (fumaça de tabaco, queimadas e poluição). Bronquite: inflamação nos brônquios: aguda (consequência de uma gripe), crônica, cigarro, fumaça. Obs.: o hábito de fumar é a principal causa de instalação da DPOC. 109 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC Quadro clínico: Tosse com muco; Dispneia de esforço (Falta de ar ao fazer alguma atividade) Sibilos (chiados no peito) Cianose (pele arroxeada) 110 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC DIAGNÓSTICO Espirometria: Prova de função pulmonar Gasometria Arterial: Mede os níveis de Oxigênio e Gás Carbônico no sangue Tomografia Computadorizada Radiografia do tórax Complementar: Eletrocardiograma: mostra a sobrecarga do coração. 113 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC COMPLICAÇÕES: Insuficiência e falência respiratória – risco de morte. TRATAMENTO Parar de fumar Broncodilatatores Corticoides Transplante pulmonar 114 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE COM DPOC A desnutrição é característica frequente: diminuição na ingestão calórica Desconforto causado pela dispneia; Paciente hipermetabólico devido ao esforço respiratório; e hipercatabólico devido a inflamação. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina – Projeto Diretrizes 115 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS PULMONARES DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC RECOMENDA-SE: Que o paciente tenha IMC maior que 25kg/m2 Dieta pobre em carboidratos para diminuir o esforço respiratório (CHO produz mais CO2 na geração de energia) Dieta pobre em gorduras – para melhorar o esvaziamento gástrico Dieta rica em proteínas PACIENTE GRAVE: Nutrição enteral Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina – Projeto Diretrizes 116 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO O sistema endócrino é formado por um conjunto de glândulas que apresentam como característica a produção de secreções denominadas hormônios. É constituído pelas glândulas: Pineal: Melatonina (controla os ciclos de sono e vigília) Hipófise: ocitocina (parto, secreção leite); Somatotrofina (GH) (desenvolvimento dos tecidos), hormônio folículo estimulante: amadurecimento dos folículos ovarianos, produção da testosterona Hormônio luteinizante: estimula a ovulação e testosterona, Prolactina: produção de leite Hormônio tiroestimulante (TSH): atua na tireoide 117 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO É constituído pelas glândulas: Tireoide: tiroxina (T4), a triidoxina (T3) – regulam o metabolismo celular Calcitonina – regula a concentração de cálcio. Suprarrenais: Cortisol: regula a permeabilidade dos capilares sanguíneos, Aldesterona: aumenta a absorção de sais; Adrenalina: prepara o organismo para situações de perigo; Noradrenalina: controla a pressão sanguínea 118 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO É constituído pelas glândulas: Pâncreas: insulina: possibilita a absorção de glicose pelas células e sua diminuição no sangue; Glucagon: estimula a quebra do glicogênio e aumento da glicose no sangue Ovários: Estrógeno: regula o ciclo menstrual; progesterona: prepara o corpo para uma possível gravidez. Testículos : Testosterona – maturação dos órgãos sexuais, desenvolvimento das características secundárias masculinas. 119 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTIREOIDISMO É causado por uma queda na produção dos hormônios tiroxina (T4), a triidoxina (T3) pela tireóide Causa da queda da produção dos hormônios: Autoimune – as células de defesa do corpo destroem a glândula Falta de Iodo Recomendação de 150 mcg/dia para adultos de 19 a 70 anos. Dietary Reference Intakes (DRI) 1 xícara de leite: 56 microgramas Sal: 1 grama, 77 microgramas de iodo 1 ovo grande, 12 microgramas de iodo 120 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTIREOIDISMO FISIOPATOLOGIA: inicialmente ocorre “tireoidite”, isto é, inflamação da tireóide com progressiva deterioração e, finalmente, fibrose da glândula, com a consequente redução ou ausência de secreção de hormônio tireóideo. QUADRO CLÍNICO: Cansaço excessivo; Desânimo; Raciocínio lento; Fala arrastada; Intolerância ao frio; Pele ressecada; Ganho de peso; Colesterol aumentado: T3 e T4 participam da remoção plasmática do colesterol Problemas de fertilidade: aumenta a produção de estrogênio Bradicardia (diminuição do ritmo cardíaco – abaixo de 60 bpp) 121 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTIREOIDISMO DIAGNÓSTICO: Exame físico: nódulos, bócio. Exame laboratorial: dosagem dos hormônios T3 e T4 TRATAMENTO Suplementar os hormônios tireoidianos – acompanhamento de 6 e 6 meses ou 1 ano quando assintomático. Cirurgia - Indicações: suspeita de nódulos malignos, sinais de compressão ou desconforto no pescoço, problema estético (bócio). 122 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTIREOIDISMO Bócio 123 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTIREOIDISMO TERAPIA NUTRICIONAL Dieta rica em Iodo; Vitamina A: melhora a absorção de Iodo Dieta rica em selênio: Conversão do T4 em T3 (castanha do Pará, carnes magras, Fibras:controle do peso, do colesterol e melhoria da constipação Vitamina D: Estudos tem relacionado o hipotireoidismo autoimune com a deficiência de vitamina D Alimentos ricos em vitaminas do complexo B: ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca. Fontes: banana, batata, lentilha, pimenta, óleo de oliva, peru, fígado e atum. Alimentos que devem ser evitados: Prejudicam a absorção de Iodo Alimentos ricos em cloro: alcachofra, na alface, na azeitona, na batatinha, na cebola, na escarola, na cenoura, no espinafre, na laranja, na lentilha, no ovo, no pepino e no rabanete. 124 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPERTIREOIDISMO O hipertireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide é hiperativa e produz excesso de hormônios tireoidianos. Pode levar a outros problemas de saúde, tais como: batimentos cardíacos acelerados e irregulares, insuficiência cardíaca e os ossos (osteoporose). 125 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPERTIREOIDISMO CAUSAS: Mais comum: Doença de Graves: autoimune Menos comuns: Excesso de Iodo Nódulos tireoidianos: tumores na glândula tireoide, que podem secretar excesso de hormônio tireoidiano. Tireoidite subaguda: uma inflamação dolorosa da tireoide tipicamente causada por vírus. Tiroidite linfocítica: uma inflamação não-dolorosa causada pela infiltração de linfócitos (um tipo de célula branca do sistema imune) na tireoide. Tireoidite pós-parto: tireoidite que se desenvolve logo após o término da gravidez 126 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPERTIREOIDISMO Exoftalmia – condição comum na doença de Graves 127 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPERTIREOIDISMO QUADRO CLÍNICO Sensação de calor Aumento da transpiração Fraqueza muscular Batimentos cardíacos acelerados Cansaço / fadiga Perda de peso Diarreia ou evacuações frequentes Irritabilidade e ansiedade Problemas dos olhos, tais como irritação ou desconforto Irregularidade menstrual Infertilidade 128 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPERTIREOIDISMO DIAGNÓSTICO Exame de dosagem T3 e T4 TRATAMENTO Medicamentos antitireoidianos - Metimazol. Iodo radioativo: Esse tratamento cura o problema a tireoide, mas geralmente leva à sua destruição permanente. Suplementação com hormônio para o resto da vida. Cirurgia. A remoção cirúrgica da tireoide (tireoidectomia) é uma solução permanente, mas não normalmente a preferida, por causa do risco de danos às glândulas paratireoides (que controlam os níveis de cálcio no organismo) e aos nervos da laringe (cordas vocais). beta-bloqueadores. Para controlar sintomas graves, como a freqüência cardíaca acelerada, tremores e ansiedade. 129 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SISTEMA ENDÓCRINO HIPERTIREOIDISMO TERAPIA NUTRICIONAL Diminuir a quantidade de sal e alimentos ricos em Iodo; Estudos demonstraram diminuição dos níveis de zinco, cálcio e magnésio sanguíneos – mas ainda não existe recomendação específica para suplementação Alimentos ricos em proteínas de alta qualidade: a proteína é um macronutriente responsável pela reconstrução muscular. 130 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS E PSIQUIÁTRICAS Doenças Neurológicas: são aquelas que atingem o sistema nervoso causando prejuízos para a coordenação motora, força muscular, movimentos e sensibilidade do corpo ou cursando com perda da consciência, crises convulsivas, cefaléias, entre outros sintomas. Doenças Psiquiátricas: desordens emocionais e do comportamento, que também ocorrem no cérebro, numa área especializada em emoção denominada sistema límbico. Doença de Parkinson, Doença de Alzheimer, Epilepsia, Insônia, Tonturas e Vertigens. Transtornos alimentares (anorexia, bulimia), Transtornos de ansiedade (transtorno do stress pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo, Síndrome do pânico), Transtorno delirante (esquizofrenia), Transtorno do sono (hipersonia, insônia, sonambulismo, Transtornos de humor (depressão, transtorno bipolar). 131 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON DEFINIÇÃO: É uma doença degenerativa, crônica e progressiva que acomete principalmente pessoas idosas. Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma região conhecida como substância negra (ou nigra). Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas motores. Entretanto, também podem ocorrer outros sintomas, como depressão, alterações do sono, diminuição da memória e distúrbios do sistema nervoso autônomo. Caracterizada pela tríade tremor, rigidez e lentidão que acomete cerca de 1% dos pacientes acima de 65 anos. 132 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON 133 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON A Dopamina é um neurotransmissor inibitório que atua no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória. Diminuição da dopamina – dificuldade de inibir os movimentos. 134 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON CAUSAS: PAKINSON PRIMÁRIO OU IDIOPÁTICO: Sabe-se que a causa é a degeneração dos neurônios da substância negra, mas o motivo que leva a essa degeneração é desconhecido. PARKISIONISMO SECUNDÁRIO: Os fatores que podem desencadear a síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo, são: a) Uso exagerado e contínuo de medicamentos: Cinarizina, (utilizada para aliviar tonturas e melhorar a memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a eficácia da dopamina) b) Trauma craniano repetitivo: lutadores de boxe c) Isquemia cerebral: Quando a artéria que leva sangue à região do cérebro responsável pela produção de dopamina entope, as células param de funcionar. d) Freqüentar ambientes tóxicos, como indústrias de manganês (de baterias por exemplo), de derivados de petróleo e de inseticidas. 135 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON SINTOMAS Tremor: mão, braço treme, perna, o pé ou o queixo. Esse tremor diminui no movimento. Rigidez: acontece porque os músculos não recebem ordem para relaxar. Pode causar dores musculares e postura encurvada. c) Bradicinesia: movimentos lentos. Iniciar movimentos exige um esforço extra, causando problemas para levantar de cadeiras e de camas. d) Alteração no equilíbrio: a pessoa anda com a postura levemente curvada para frente, podendo causar cifose ou provocar quedas (para frente ou para trás). e) Voz: a pessoa passa a falar baixo e de maneira monótona. f) Escrita: a caligrafia torna-se tremida e pequena. g) Artralgia: Dor articular 136 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON SINTOMAS h) Sistema Digestivo e urinário: Deglutição e mastigação podem estar comprometidas. Uma vez que os músculos utilizados na deglutição podem trabalhar de modo mais lento, pode haver acúmulo de saliva e alimento na boca fazendo o paciente engasgar ou derramar saliva pela boca. Constipação e urgência urinária ou dificuldade para iniciar a micção podem ocorrer devido ao mau funcionamento do sistema nervoso autônomo. Obs.: a constipação também pode ser resultado da atividade física limitada ou dieta. Determinados movimentos involuntários automáticos, são gradualmente abolidos durante a evolução da DP: As pálpebras piscam cada vez menos. Braços que não balançam ao deambular (andar 137 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON k) Depressão e déficit cognitivo: depressão (diminuição da serotonina – provavelmente). Alterações da memória, geralmente na forma de "esquecimentos" ou "brancos" momentâneos são comuns. O raciocínio torna-se mais lento Um critério importante para se diferenciar a genuína doença de Parkinson de outras formas de parkinsonismo, é a resposta a levodopa. Salvo rarasexceções, os indivíduos com DP responderão favoravelmente ao medicamento, o que nem sempre ocorre no parkinsonismo secundário. 138 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON TRATAMENTO: Medidas não farmacológicas: visam minimizar algumas complicações. Não atenuam a gravidade da doença ou impedem sua progressão. Educação: O paciente precisa ser informado da natureza de sua doença, sua causa e a relação com o tratamento a ser instituído. Tratamento de suporte: suporte psicológico e familiar Exercícios: objetivo de tentar manter o funcionamento muscular, ósseo e articular. Medidas farmacológicas Amantadina: aumenta a captação de dopamina Anticolinérgicos: para diminuição da resposta neuromotora Levodopa: Melhora o controle muscular e a resposta cognitiva e psíquica 139 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON TRATAMENTO: Cirurgia: Talamotomia é uma técnica indicada no tremor: desativação de parte do cérebro chamada tálamo Palidotomia: desativação de parte do cérebro chamado globo pálido. Este procedimento é feito introduzindo temporariamente um pequeno eletrodo no cérebro e depois aplicando uma pequena corrente elétrica para desativar as células nervosas. c) Estimulação cerebral profunda (ECP): Introdução permanente de um elétrodo no globus pallidus, tálamo ou no núcleo subtalâmico. Todos visam a melhoria dos tremores. 140 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: Aumentar o fracionamento da dieta em 06 refeições/dia; Diminuir o volume das refeições; Adequar a consistência da dieta de acordo com aceitação, podendo ser pastosa, líquida e até normal; Ingerir bastante líquidos (chás, água, sucos); Consumir frutas, verduras, vegetais folhosos em grande quantidade; Se possível, utilizar alimentos laxantes: frutas com casca e bagaço (laranja, maçã, ameixa), mamão, milho, Folhosos crus (agrião, acelga); Fazer uma refeição mais concentrada em proteína à noite: Leite, queijo, iogurte; Não ingerir refeições hiperproteicas juntamente com Levodopa – a absorção de proteína compete com o princípio ativo do medicamento. 141 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS DOENÇA DE PARKINSON EVITAR: alimentos ricos em piridoxina (B6), como germe de trigo, fígado, aveia – podem inibir a ação da droga. alimentos flatulentos como o repolho, pepino, batata doce, cebola, feijão; frituras e preparações gordurosas. 142 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS EPILEPSIA É a alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro que passa a funcionar rápida e exageradamente provocando crises epilépticas, que são episódios onde ocorre descarga intensa das células do cérebro. Não tem cura, apenas pode ser controlada. SINTOMAS: A manifestação clínica depende do local do cérebro afetado Convulsões - A pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar. Formigamento – interferem no movimento corpo; Alguns pacientes podem sentir cheiros estranhos por alguns segundos e “saem do ar” Crises de ausência (acomete mais crianças) 143 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS EPILEPSIA CAUSAS: Na maioria das vezes as causas não são identificas encontrando-se em alguns casos “cicatrizes” cerebrais de causa ignorada. Lesão cerebral, decorrente de traumatismo na cabeça, Infecção (meningite) Neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), Falta de oxigênio durante o parto DIAGNÓSTICO Tomografia e Ressonância; Eletroencefalograma. TRATAMENTO É feito por medicamentos que visam bloquear as descargas elétricas cerebrais anormais, as quais produzem as crises epiléticas. 144 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS EPILEPSIA RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Dieta cetogênica – visa alcançar a cetose em crianças que não respondem bem aos medicamentos. Provocar no corpo estado metabólico semelhante a inanição (jejum) Cetose ou acidose metabólica: DIETA POBRE CHO, RICA EM LIP LIPÓLISE LIBERAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS Acetoacetato, acetona, β-hidroxibutirato O mecanismo que leva a melhoria dos sintomas dos pacientes epiléticos quando em jejum ou dieta cetogênica não estão elucidados. A dieta pode causar: náuseas, vômitos, e dificuldade de ingestão da dieta, desidratação 145 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS EPILEPSIA RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Dieta cetogênica: Hipoglicídica, hiperlipídica, normoproteica (2 a 3 meses). Evitar ingerir bebidas alcoólicas – superexcita os neurônios. ingerir alimentos com alto teor de cálcio (queijo, leite, mariscos, tofu, grão de bico) – anticonvulsionantes enfraquecem os ossos. 146 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CÂNCER Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. 147 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CÂNCER FISIOPATOLOGIA: O crescimento celular normal é controlado através do equilíbrio entre fatores estimulantes e fatores inibidores. Quanto este equilíbrio é rompido, inicia-se então um processo de proliferação celular desordenado, e surgem células com propensão ao crescimento e divisão diferentes do normal, insensíveis aos mecanismos reguladores normais, que levam ao surgimento de neoplasias 148 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CÂNCER CAUSAS: variadas Externas ao organismo: 80% Cigarro – câncer de pulmão Sol – câncer de pele Alimentos: nitratos, nitritos (embutidos), ciclamato (refrigerantes) Internas ao organismos: Genéticas. EFEITOS NUTRICIONAIS DO CÂNCER: Dizem respeito aos fatores relacionados ao tratamento (cirurgias, náuseas vômitos, anorexia por causa de medicamentos) e ao impacto psicológico do câncer. Profundo esgotamento das reservas de nutrientes. 149 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CÂNCER OBJETIVOS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL Melhorar a qualidade de vida do paciente que apresenta anorexia; Minimizar os distúrbios causados pelos tratamentos radioterápicos e/ou quimioterápicos. ORIENTAÇÕES aumentar o fracionamento da dieta; concentrar a alimentação no período da manhã, quando o paciente se encontra com melhor disposição; utilizar alimentos com a consistência de melhor aceitação (líquida, semi-líquida, pastosa, normal); dar preferência às preparações frias (melhora a náusea) ingerir 10 copos de 200 ml ou 2 litros de líquidos por dia; utilizar preparações com aromas fortes, bem condimentadas; preferir frutas cítricas quando apresentar náuseas; 150 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CÂNCER ORIENTAÇÕES: consumir carne de boi, peixe, frango, ovos, leite e derivados; ingerir alimentos ricos em fibras; usar gomas de mascar e balas sem açúcar. EVITAR refeições com grandes volumes; alimentos muito quentes (piora as náuseas) frituras e alimentos excessivamente gordurosos. 151 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS QUEIMADOS Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, eletricidade, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção1 152 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS QUEIMADOS 153 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS QUEIMADOS ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PACIENTE QUEIMADO A resposta hipermetabólica após grandes queimaduras é caracterizada por: aumento da temperatura corporal; aumento do consumo de glicose e oxigênio, aumento da formação de CO2, glicogenólise, Lipólise, Proteólise. O METABOLISMO DO PACIENTE QUEIMADO GRAVE PODE ESTAR AUMENTADO EM ATÉ 200% 154 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS QUEIMADOS o organismo queimado oferece as condições ideais para o parao desenvolvimento de infecções. Perda da integridade cutânea (barreira mecânica) Imunodeprimido Formas de apresentação clínica do paciente queimado: Sepse, infecção da lesão, endocardite, sinusite e infecção do ouvido médio, infecção ocular 155 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS QUEIMADOS TERAPIA NUTRICIONAL: Objetivos: Oferecer energia, fluídos e nutrientes em quantidades adequadas para manter as funções vitais e homeostase; Recuperar a atividade do sistema imune; Garantir as ofertas proteicas e energéticas adequadas para minimizar o catabolismo proteico Vitaminas: cicatrização, síntese de colágeno Minerais (zinco, cobre, ferro): formação e transporte de colágeno e oxigênio. 156 Distúrbio metabólico caracterizado pelo excesso de gordura corporal. Ocorre quando há desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as calorias gastas. As calorias excedentes são armazenadas na forma de gordura. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE Etiologia: Genética, ambiental, comportamental, endócrina, psicológica, fatores socio-culturais (renda, escolaridade). Fatores preponderantes: Genética: Filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos. Nutrição: Criança superalimentada será provavelmente um adulto obeso. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE COMO OCORRE O AUMENTO DE PESO? CADERNETA DE POUPAÇÃO DA GORDURA PARA ENGORDAR 1KG = 6 A 7 MIL CALORIAS EXCEDENTES DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE Outras causas da obesidade: Abandono do fumo Aposentadoria Gestação Separação Morte Cirurgia Casamento Nervosismo Ansiedade Solidão Desemprego DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE ASPECTOS EMOCIONAIS NA OBESIDADE COMER FOME PRAZER EXPERIÊNCIA GOSTOSA DE SATISFAÇÃO!!! DOPAMINA A dopamina é um neurotransmissor que atua no cérebro dando uma sensação de prazer ao satisfazer uma necessidade ou ao conseguir algo. Indivíduos com baixa função dopaminérgica buscam substâncias recompensadoras para melhorar o humor. (SANTOS at al, 2014) DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE PRINCIPAIS CO-MORBIDADES ASSOCIADAS À OBESIDADE Apneia do sono Derrame cerebral Calculo biliar Diabetes Hipertensão arterial infarto A obesidade, aumento da adiposidade corpórea, é um problema crescente de saúde pública mundial, sendo responsável por altas taxas de morbi-mortalidade, em decorrência de problemas diversos, desde distúrbios locomotores e respiratórios, até diabetes, câncer1 e doenças cardiovasculares DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE Relação Cintura-quadril Classificação da obesidade baseada na distribuição da gordura corporal: Tipo Androide (Maça): Obesidade central ou visceral. • Acúmulo de gordura na região abdominal localizada entre os órgãos e tecido subcutâneo. • Reflete um perfil metabólico alterado associado à maior ocorrência de doenças crônicas. Fonte: Garaulet et al. (2006). DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE ALTO RISCO CARDIOVASCULAR Classificação da obesidade baseada na distribuição da gordura corporal: Tipo Ginóide (Pera): Obesidade de membros inferiores ou periféricos. • Acúmulo de gordura na região glúteo-femoral (quadril, nádegas e pernas) ―› mais observado no sexo feminino. Fonte: Garaulet et al. (2006). DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE BAIXO RISCO CARDIOVASCULAR MÉTODOS UTILIZADOS PARA CLASSIFICAR O OBESO: CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA: RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL Homens: > 1,0 cm Mulher: > 0,80 cm DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE Exógena: Alterações no hipotálamo: (tumores, inflamação – causam desequilíbrio da ação de hormônios orexígenos e anorexígenos (apetite e saciedade). Alterações Endócrinas: adiponectinas secretadas pelo tecido adiposo – leptina (saciedade) e adiponectina: (queima de gordura) Síndromes genéticas: de Ahlstrom, Bordet-Biedl, Prader-Willi. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE Classificação da obesidade baseada na distribuição na origem: Endógena: sedentarismo, stress. COMO EMAGRECER? MEDICAMENTOS DIETAS DA MODA – EFEITO SANFONA IDEAL: DIETA HIPOCALÓRICA Reeducação alimentar Ritmo lento e individual AVALIAÇÃO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO DIETÉTICA DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE TRATAMENTO DA OBESIDADE: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: Determinação do IMC Determinação do risco cardiovascular: Circunferência da Cintura (CC) Verificação do perfil metabólico: Lipídico e Glicêmico Importante: Homocisteína DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE Hiperhomocisteinemia – fator de risco para doenças cardiovasculares pois contribui para a formação de trombos. Aumento: Dieta, baixos níveis de hormônios da tireoide, doença renal, fator hereditário. Diminuição: vitaminas do complexo B (B6, B9 e B12) TERAPIA NUTRICIONAL NO PACIENTE OBESO OBJETIVOS: Promover a educação nutricional Fornecer plano alimentar saudável com VET compatível; Elaborar uma dieta individualizada e ajustada ao estilo de vida Promover perda modesta e sustentada de gordura corporal – peso dentro dos parâmetros da normalidade Melhorar o perfil lipídico e glicêmico Melhorar a pressão arterial Atenuar os riscos de morbimortalidade – baseada nos parâmetros metabólicos: CC, PA, Perfil bioquímico. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA TRATAMENTO DA OBESIDADE: (CONSENSO LATINO-AMERICANO DE OBESIDADE, 1998) Valor energético a partir do inquérito alimentar: reduzir de 500kcal a 1000 Kcal/dia Dieta não deve ser inferior a 1.200Kcal/dia Fórmula de bolso: 20kcal/kg de peso. Carboidratos: 55 a 60% Proteínas: 15 a 20% (no mínimo 0,8g/kg de peso) Gorduras: 20 a 25% (7% saturada, 10% poliinsaturada, 13% monoinsaturada) Fibras: 25 a 30g/dia Álcool: Não aconselhável DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA TRATAMENTO DA OBESIDADE: (CONSENSO LATINO-AMERICANO DE OBESIDADE, 1998) Vitaminas e Minerais: De acordo com as necessidades nutricionais (DRI’s) Cloreto de Sódio: máximo 5g Líquidos: 1000ml para cada 1000Kcal Esquema alimentar: 6 refeições diárias. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS OBESIDADE É um transtorno complexo caracterizado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com a resistência à insulina e a obesidade abdominal. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SÍNDROME METABÓLICA Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a Sindrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo: Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem; Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica > 130 e/ou pressão arterial diastólica > 85 mmHg; Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes; Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl; HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SÍNDROME METABÓLICA PREVENÇÃO DA SÍNDROME METABÓLICA Segundo a Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2004: A adoção precoce de estilos de vida saudáveis, como: Dieta equilibrada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância são componentes básicos da prevenção da síndrome metabólica. OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA DA SÍNDROME METABÓLICA Manter o peso saudável; Controlar os níveis de lipídeos sanguíneos; Controlar a glicemia; Manter a pressão arterial dentro da faixa da normalidade. Atender as recomendações nutricionais. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SÍNDROME METABÓLICA PLANEJAMENTO ALIMENTAR Fracionamento: 5 a 6 refeições, sendo 3 principais, 2 lanches e a ceia Preparações: grelhados, assados, cozidos no vapor ou até mesmo cruas. Levar em consideração: hábitos alimentares, preferências individuais, poder aquisitivo. Fonte: Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2004 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SÍNDROME METABÓLICA META INICIAL: REDUÇÃO DE 5 A 10% DO PESO CORPORAL PASSO1: avaliação nutricional PASSO 2: Cálculo das necessidades nutricionais (VET) Dieta Hipocalórica: Redução de 500 a 1000KCa/dia do consumo atual (perda ponderal de 0,5 a 1 kg por semana) COMPOSIÇÃO DO PLANO ALIMENTAR: Carboidratos: 50 a 60% das calorias totais; Proteínas: 15% (0,8 a 1,0g/kg de peso atual) Fibras: 20 a 30g por dia Ácidos graxos saturados: < 10% das calorias totais Colesterol: <300mg/dia Fonte: Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da SM, 2004 DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS SÍNDROME METABÓLICA DESNUTRIÇÃO: é uma condição clínica decorrente da falta de ingestão ou absorção de nutrientes. CAUSAS: A desnutrição pode apresentar caráter primário ou secundário, dependendo da causa que a promoveu. Causas primárias: a pessoa come pouco ou mal, ou seja, tem uma alimentação quantitativa ou qualitativa insuficiente em calorias ou nutrientes. Causas Secundárias: A ingestão de alimentos não é suficiente porque as necessidades energéticas aumentaram ou outro fator não relacionado diretamente com o alimento. Ex.: presença de verminoses, anorexia, alergia ou intolerância alimentar, digestão e absorção insuficiente de alimentos, câncer. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO Outros fatores relacionados às causas da desnutrição: Desmame Precoce: o leite materno contém nutrientes essenciais dificilmente encontrados em quantidades adequadas na alimentação sólida. Socioeconômicos: Crianças provenientes de famílias de baixa renda apresentam um maior risco relacionado a deficiências alimentares. Associa-se a isso as conduções sanitárias precárias contribuem para o aparecimento de infecções, parasitoses e da desnutrição. Culturais: Mitos, crenças, tabus. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO KWASHIORKOR: Desnutrição por falta de proteína. Ocasionada pelo desmame precoce, manifesta-se geralmente a partir dos 6 meses. Deficiência de Albumina no sangue (proteína que puxa de volta para o sangue a água que constantemente sai dos vasos) Acúmulo de água nos tecidos, causando edemas DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO SINAIS: Descoloração dos cabelos; Abdômen distendido; Pele ressecada; Rosto inchado Tristeza, irritabilidade e apatia. Fígado inchado Manchas parecidas com queimaduras DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO MARASMO: Resultante do déficit calórico. Quantidade de calorias insuficientes para satisfazer as necessidades do organismo. Frequentemente a mãe também é desnutrida e não consegue amamentar. Manifesta-se geralmente nas primeiras semanas de vida. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO Sinais: Perda da gordura corporal; Ossos do rosto, costas, pernas e braços salientes; Irritabilidade; Perda de até 60% da massa corpórea. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO CALÓRICO PROTEICA KWASHIORKOR MARASMO DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO Consequências: Grande perda muscular e dos depósitos de gordura, provocando debilidade física. Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais do peso ideal (adultos) ou do peso normal (crianças). Desaceleração ou interrupção do crescimento. Alterações psíquicas e psicológicas: a pessoa fica retraída, apática, estática, triste. Alterações de cabelo e de pele: o cabelo perde a cor (fica mais clara, a pele descasca e fica enrugada. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO Consequências: Alterações sangüíneas, provocando a anemia. Alterações ósseas, como a má formação. Alterações no sistema nervoso: estímulos nervosos prejudicados, número de neurônios diminuídos, depressão, apatia. Alterações nos demais órgãos e sistemas respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático, intestinal etc. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO PREVENÇÃO: Aleitamento materno TERAPIA NUTRICIONAL 1. Fase de estabilização: Não é prevista recuperação do estado nutricional e sim sua conservação e a estabilização Fornecer no máximo 100 kcal/kg/dia Oferta hídrica: Fornecer 130 ml/kg/dia de oferta Proteína: 1 a 1,5 g de proteína/kg/dia Se a ingestão inicial for inferior a 60 a 70 kcal/kg/dia, indica-se terapia nutricional por sonda nasogástrica. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO TERAPIA NUTRICIONAL – 2. Fase de Recuperação: Visa assegurar o crescimento rápido e a recuperação do peso perdido, ainda durante a hospitalização, e prevenir ou tratar deficiências de micronutrientes. Oferta calórica 150 kcal/kg/dia, hídrica 150 – 200 mL/kg/dia, proteica 3 – 4 g/kg/ dia) 3. Fase de acompanhamento ambulatorial: tem por objetivos prosseguir na orientação e reforçar as orientações realizadas durante a hospitalização, monitoração do crescimento e desenvolvimento da criança, especialmente da relação estatura/idade DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS DESNUTRIÇÃO XEROLFTALMIA: XEROFTALMIA: é o nome genérico dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A. Espessamento e enrijecimento da conjuntiva. Manchas na conjuntiva Ulceras corneais Necrose ocular DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CARÊNCIAS DE VITAMINAS BERIBÉRI: é uma doença nutricional causada pela falta de vitamina B1(tiamina) no organismo, resultando em fraqueza muscular, problemas gastro-intestinais, problemas respiratórios e problemas cardiovasculares. Funções da Tiamina: Metabolismo de macronutrientes, bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração. Fontes: Arroz integral, Aveia, Amendoim, Castanha-do-pará, Gema de Ovo, Fígado, Peixes, Feijão, Carnes. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CARÊNCIAS DE VITAMINAS AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS PELAGRA: Deficiência B3 (Niacina) Sinais e sintomas Vermelhidão, espessamento e descamação da pele. Lesão das mucosas intestinais – diarreias Pode levar a desordens neurológicas levando a demência. Funções da Niacina: manutenção do equilíbrio da pele e sistema nervoso Fontes: Peixes, carnes, rins, fígado, levedura de cerveja, verduras. . AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS ESCORBUTO: Deficiência de vitamina C. Sintomas: Fraqueza, dores musculares e articulares, dificuldade de cicatrização sanguínea e coagulação, menor resistência a infecções Inflamação e vermelhidão das mucosas, principalmente gengivas, com pequenas hemorragias Funções: fortalece o sistema imune, dá resistência a ossos e dentes, facilita a absorção de ferro, melhora a cicatrização> Fontes: laranja,acerola, kiwi, abacaxi, morango, pimentão, couve, rúcula, agrião. RAQUITISMO: Deficiência de vitamina D. A falta dessa vitamina prejudica a absorção de cálcio pelos ossos causando deformações no esqueleto. Funções: manutenção do tecido ósseo e do sistema imunológico Fontes de vitamina D: alimentos de origem animal. DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CARÊNCIAS DE VITAMINAS Bócio: Deficiência de Iodo Sinais e sintomas Aumento do tamanho da tireoide, formando um inchaço no pescoço A glândula passa a trabalhar mais para absorver o máximo possível de iodo, causando o inchaço. funções: Produção dos hormônios tireoidianos (tiroxina T4 e triiodotiroxina T3). DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CARÊNCIAS DE MINERAIS Cretinismo: Deficiência de Iodo Pode ser causado por Hipotireoidismo intenso durante a vida fetal, lactância ou infância. Ausência da tireoide, incapacidade da glândula de produzir hormônios (genético) ou falta de iodo na dieta. Sinais e sintomas: Retardo mental, Crescimento ósseo mais lento do que o da massa muscular (aparência de obeso), Macroglassia (crescimento anormal da língua) DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CARÊNCIAS DE MINERAIS DISTÚRBIOS E DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS CARÊNCIAS DE MINERAIS BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad. Saúde Pública, 19(Sup. 1): S181-S191, 2003. BRASI L. Sistema de Informações sobre Mortalidade - SI M. Ministérioda Saúde. Departamento de Informática do SUS - DATASUS .http://tabnet.datasus.gov.br/cg i/tabcg i.exe?sim/cnv/obtuf.def (acessado em 29/Fev/2007). CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Definição de atribuições principal e específicas dos nutricionistas, conforme área de atuação. São Paulo,1996. 21p. COUTINHO, J.G. et al. A desnutrição e obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda única da nutrição. Cad. Saúde Pública, 24(Sup 2):S332- S340, 2008. ESCODA, M.S.Q. Para a crítica da transição nutricional Ciência & Saúde Coletiva, 7(2): 219-226, 2002. Evangelista J. Alimentos: um estudo abrangente. São Paulo: Atheneu; 2000. REFERÊNCIAS IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2000. Projeção preliminar da População do Brasil. Revisão 2010. <http://www.ibge.gov.br>. 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