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1 Professor, Universidade Federal do Ceará, Curso de Biblioteconomia. Av. Tenente Raimundo Rocha, s/n., Cidade Universitária, Campus Cariri, 63000-000,
Juazeiro do Norte, CE, Brasil. E-mail: <jonathascarvalhos@yahoo.com.br>.
Recebido em 21/5/2012 e aceito para publicação em 31/8/2012.
Normatividade, tecnicidade e/ou cientificidade
da Biblioteconomia
Normativity, technicity and/or scientificity
of Librarianship
Jonathas Luiz CARVALHO SILVA1
Resumo
Este trabalho apresenta como problema uma questão que pode ser discutida a partir da seguinte pergunta: como ocorre o
processo de construção da normatividade, da tecnicidade e/ou da cientificidade da Biblioteconomia? Discute também a
construção de uma normatividade, tecnicidade e/ou cientificidade da Biblioteconomia, contemplando perspectivas em relação
à organização e ao tratamento da informação, fontes, recursos e serviços de informação, práticas profissionais e estudos centrados
nos usuários. O trabalho ainda analisa o conceito de norma e de técnica no âmbito da ciência e da pesquisa aplicada à Bi-
blioteconomia, buscando refletir sobre a relevância da Ciência da Informação para os construtos normativos e científicos da
Biblioteconomia. A metodologia é composta de uma pesquisa exploratória com delineamento bibliográfico. Conclui-se que a
Biblioteconomia tem uma conotação essencialmente técnico-normativa, mas também uma concepção científica a partir das
contribuições da Ciência da Informação no âmbito dos estudos de usuários, tecnologias e outros elementos, assim como de
outras áreas do conhecimento de cunho social e tecnológico.
Palavras-chave: Biblioteconomia. Cientificidade. Normatividade. Tecnicidade.
Abstract
A condition is presented as a problematic issue that can be discussed from the following question: how does the process of construction of
normativity, technicity and/or scientificity Librarianship occur? Discusses the construction of normativity, technicity and/or scientificity of
Librarianship contemplating the prospects within the organization and processing of information, sources, resources and information services,
professional practices and studies focusing on users. The study also examines the concept of norm and technique within the scope of science
and applied research Librarianship, trying to reflect on the relevance of Information Science for the scientific and normative constructs of
Librarianship. The methodology consists of an exploratory research with a bibliographic design. It was concluded that the Library has an
essentially technical-normative connotation, but also has a scientific concept based on the contributions of Information Science to the
context of user studies, technologies and other elements, in addition to other areas of knowledge of a social and technological nature.
Keywords: Librarianship. Scientificity. Normativity. Technicity.
Introdução
Ao longo do desenvolvimento da Biblioteco-
nomia, seja no âmbito das perspectivas acadêmicas, seja
no das práticas profissionais, um conjunto de percepções
foi se consolidando. A Biblioteconomia, conforme
Saracevic (1996, p.48), “Tem uma longa e orgulhosa his-
tória, remontando a três mil anos, devotada à organi-
zação, à preservação e ao uso dos registros gráficos
humanos”.
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No âmbito dos conjuntos de percepções que fo-
ram se consolidando na Biblioteconomia, podem ser
destacados os processos de organização e de tratamento
da informação aplicados nos diversos tipos de bibliotecas
(públicas, escolares, universitárias, especializadas, popu-
lares, entre outras), bem como as práticas profissionais
que envolvem o bibliotecário, visando à efetiva promoção
do acesso à informação para o usuário na construção de
uma tessitura cognitiva e social.
Dias (2000) afirma que há um conjunto de práticas
profissionais enviadas pelas bibliotecas (e evidentemente
lideradas por bibliotecários) que incidem em um processo
de qualificação e experiência para atuação podendo
inadvertidamente destacar algumas funções: a) desen-
volvimento de coleções (seleção dos materiais); b) clas-
sificação; c) catalogação; d) referência; e) pesquisa em
sistemas de recuperação da informação; f ) administração
(planejamento estratégico, estudo do usuário, educação
do usuário etc.).
Diante dessas funções e competências da bibliote-
ca e do bibliotecário muito se fala sobre o caráter técnico-
-normativo que norteia a Biblioteconomia em seu bojo
histórico. Todavia, é comum verificar no cotidiano da área
uma tonalidade pejorativa ao mencionar a funcionalidade
normativa e técnica da Biblioteconomia, o que limita
suas potencialidades de discussão.
Desse modo, o presente trabalho apresenta como
problema uma questão que pode ser discutida a partir
da seguinte pergunta: como ocorre o processo de cons-
trução da normatividade, tecnicidade e/ou cientificidade
da Biblioteconomia? O objetivo do trabalho é discutir a
construção de uma normatividade, tecnicidade e/ou cien-
tificidade da Biblioteconomia, contemplando perspecti-
vas no seio da organização e do tratamento da informa-
ção, fontes, recursos e serviços de informação, práticas
profissionais e estudos centrados nos usuários. O trabalho
ainda analisa o conceito de norma e técnica no âmbito
da ciência e da pesquisa aplicada à Biblioteconomia,
buscando refletir sobre a relevância da Ciência da Infor-
mação para os construtos normativos e científicos da
Biblioteconomia.
Assim, este trabalho estabelece uma trajetória que
contempla os seguintes tópicos para compreender os
processos de tecnicidade, normatividade e cientificidade
da Biblioteconomia: a) reflexão sobre os conceitos de
normatividade e tecnicidade aplicados aos estudos em
Biblioteconomia; b) estudos em organização e trata-
mento da informação; c) estudos funcionalistas de bi-
bliotecas e bibliotecários; d) estudos centrados nos
usuários; e) relações entre Biblioteconomia e Ciência da
Informação.
Reflexão sobre os conceitos de normatividade
e tecnicidade aplicados aos estudos em
Biblioteconomia
É muito comum ouvir falar na história da Bibliote-
conomia nos termos normas e técnicas. Aliás, esses termos
indicam pretensões limitadas em termos de reflexão e
criação, pois são enfaticamente conduzidos a atividades
de execução e aplicação de forma aleatória.
Iniciando pela norma, é possível identificá-la a par-
tir de significados em variadas áreas do conhecimento.
Conforme o dicionário Ferreira (2010, p.534), o conceito
de norma apresenta duas configurações que podem ser
consideradas complementares: “Aquilo que se adota
como base ou medida para a realização ou avaliação de
algo; O que se tem como princípio, regra”.
Desse modo, percebe-se que o conceito de norma
apresenta, por um lado, um construto articulador para
avaliação de algum fenômeno, e, por outro lado, como
artefato institucional para um princípio ou regra. A origem
do termo norma está ligada à filosofia grega, e o termo é
entendido como motivos ou razões prescritivas (enten-
dendo como prescritiva uma ordenação explícita ou
precisa) referentes a uma determinada realidade do mun-
do. Conforme Husserl (2002, p.26), no âmbito da filosofia
grega, importava “Buscar as normas necessárias, bem co-
mo todas as prescrições de natureza prática, úteis para
dirigir de maneira prática o conhecimento e, em particular,
o conhecimento científico”.
As normas também estão ligadas aos diversos ra-
mos do conhecimento, servindo de base para construção
de princípios ou de regras de conduta, o que significa
dizer que o conceito de norma também está intima-
mente ligado ao Direito, à Sociologia, à Linguística e a
outras disciplinas e campos do conhecimento. Na con-
temporaneidade, a norma continua sendo sinônimo de
princípio ou regra que atua de forma diversificada, de
acordo com a realidadepolítica e social, bem como
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conforme as necessidades de cada área do conhecimento.
Na Biblioteconomia, é muito comum o uso do termo
norma, que está, inclusive, atrelado ao seu próprio con-
ceito. De acordo com Carvalho Silva (2010, p.63):
Podemos ainda conceber o conceito de Bibliote-
conomia relacionando aos contextos episte-
mológicos e etimológicos que está dividido em
três palavras: biblio - teca - nomia. O primeiro
está associado a livros, enquanto o segundo é
relativo à caixa (algo que arranja, arruma ou or-
ganiza) e o terceiro quer dizer norma, isto é
norma estabelecida para um determinado fim
[...]. Isso significa dizer que a Biblioteconomia
pode ser considerada, em sua essência, como
uma norma estabelecida (conjunto de normas)
para a organização de acervos de uma biblioteca
que está embasada pelos códigos e materiais
de catalogação, classificação, indexação e de
outros instrumentos técnicos de organização,
visando promover disseminação e acesso à
informação a sociedade.
Assim, observa-se que a norma utilizada no con-
ceito de Biblioteconomia contempla um conjunto de
princípios para organização de acervos que tem como
primado os estudos de representação da informação,
especialmente pelos vieses da catalogação, classificação
e indexação, além de outros elementos que promovam
o acesso à informação.
É muito comum ainda o uso do termo norma na
Biblioteconomia atrelado às Leis de Ranganathan (1931)
ou aos estudos bibliométricos, que são contemplados a
partir das Leis de Bradford, Lotka e Zipf, que servem como
princípios de orientação profissional e epistemológica
da e para a Biblioteconomia.
Os estudos bibliométricos se configuram como
princípios normativos de cunho quantitativo, visando
promover subsídios para a efetiva comunicação científica
e sua recuperação da informação. Assim, a bibliometria
pode ser considerada como um método quantitativo
baseado na “utilização, de técnicas estatísticas” e, ainda,
uma “aplicação da Matemática à Sociologia”, conside-
rando em caráter especial o resultado de contagens e
medições (Goode; Hatt, 1969).
Atentando para o conceito de técnica, é possível
observar, no dicionário Ferreira (2010, p.730), que se con-
figura o “Conjunto de processos duma arte ou ciência”.
Isso significa dizer que a técnica não deve ser entendida
como fator isolado, mas como elemento de intercorrên-
cias científicas e artísticas. De outro modo, a técnica é
vista como processo de afirmação de uma autonomia
político-social que envolve procedimentos artísticos ou
científicos.
Vale ressaltar que a origem do termo técnica está
intimamente concatenada ao pensamento da Grécia Anti-
ga a partir do termo téchne, que apresenta basicamente o
mesmo significado de arte (na Grécia Antiga, técnica e
arte apresentavam o mesmo significado, que foi sendo
separado no decorrer da história, especialmente a partir
da Idade Moderna). Mesmo diante de um processo de
construção histórica e filosófica em que houve uma sepa-
ração do significado de técnica e arte, é muito comum
ainda na contemporaneidade observar uma relação con-
ceitual entre os dois termos, permitindo uma conotação
de significação idêntica.
É possível identificar que a relação conceitual da
Biblioteconomia como princípio artístico ocorre de forma
latente por essa relação histórica, no seio da filosofia
grega, entre o conceito de técnica idêntico ao de arte, o
que presume a Biblioteconomia conceber princípios
técnicos que valorizam um estado da arte para organiza-
ção do conhecimento. Na contemporaneidade, principal-
mente no século XX, é muito comum a associação do
significado de técnica à terminologia da tecnologia, de
maneira que a técnica se constitui como processo para
efetivação de resultados no campo da tecnologia.
Assim, é possível estabelecer que o conceito de
técnica é bem mais amplo do que aquele pejorativamente
empregado na Biblioteconomia, que contempla um
conjunto de execuções arbitrariamente concebidas ou
não. Pode-se comprovar essa amplitude no âmbito da
pesquisa quando a técnica assume um papel de suma
relevância para resolução de problemas empíricos e
específicos. Embora a técnica não seja efetivamente uma
ciência, ela parte dos mesmos pressupostos. Bunge (1980,
p.31) estabelece uma diferenciação entre ciência e técnica
quando diz que:
A diferença entre Ciência (básica ou aplicada) e
técnica resume-se nisso: enquanto a primeira se
propõe a descobrir leis que possam explicar a
realidade em sua totalidade, a segunda se pro-
põe a controlar determinados setores da reali-
dade, com ajuda de todos os tipos de conheci-
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mento, especialmente os científicos. Tanto uma
quanto outra partem de problemas, só que os
problemas científicos são puramente cognosci-
tivos, enquanto que os técnicos são práticos.
Ambas buscam dados, formulam hipóteses e
teorias, e procuram provar essas ideias por meio
de observações, medições, experiência ou en-
saios. Porém, muitos desses dados, hipóteses e
teorias empregados na técnica são tirados da
Ciência e se referem sempre a questões contro-
láveis, tais como estradas ou máquinas, pradarias
ou bosques, minas ou rios, consumidores ou
doentes, empregados ou soldados, e a sistemas
compostos por homens e artefatos, tais como
fábricas ou mercados, hospitais ou exércitos,
redes de comunicação ou universidade etc. Ao
técnico, não interessa o universo todo, e sim o
que represente recurso natural ou artefato.
A técnica possui algumas características que a
diferem da ciência. Em primeira instância, é pertinente
considerar que a técnica pode produzir conhecimento
científico, mesmo que não seja a finalidade principal. Aliás,
a técnica utiliza o conhecimento científico para planejar
suas ações. A diferença é que o objetivo da pesquisa
científica é o de conhecer e explicar algumas questões,
enquanto a técnica utiliza o conhecimento científico bem
como outros tipos do conhecimento para atuar em uma
situação prática de algum grupo social.
Pode-se dizer ainda que a técnica visa à produção
de conhecimento para resolver problemas práticos, coti-
dianos e sociais, ou seja, a técnica para ser constituída
como tal precisa chegar a seu campo de atuação, que
pode ser uma biblioteca, arquivo, museu, fábrica, banco,
mercado, hospital, shoppings, entre outros. Porém, comu-
mente, a ação da técnica é específica, permitindo afirmar
que não vai resolver necessariamente, por exemplo, os
problemas estruturais de todas as bibliotecas, arquivos e
museus, mas sim de um sistema de informação espe-
cífico.
Aplicada à Biblioteconomia, a técnica deve ser
vislumbrada como um instrumento de ação em centros
de informação, especialmente bibliotecas a partir da
proposição de instrumentos que facilitem os processos
de organização, representação, tratamento, mediação,
acesso, uso e apropriação da informação em contextos
mais específicos que possam servir de modelos ou subsí-
dios para construtos mais amplos.
O ponto áureo da tecnicidade e normatividade
da Biblioteconomia se dá quando da utilização das Nor-
mas Técnicas de Informação e Documentação, que fazem
parte do contexto de atuação da Biblioteconomia em
torno de pesquisas, e principalmente, no que se refere as
práticas e execuções profissionais de bibliotecários, estu-
dantes, professores e pesquisadores da área.
A norma técnica pode ser entendida como um
“Documento, estabelecido por consenso e aprovado por
um organismo reconhecido, que fornece, para um uso
comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características
para atividades ou seus resultados, visando à obtenção
de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto”
(Esper, 2008, p.13).
Conforme a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), em seu Comitê Brasileiro 14, a norma
técnica de informação e documentação atua a partir da
“Normalização nocampo da informação e documenta-
ção, compreendendo as práticas relativas a bibliotecas,
centro de documentação e informação, serviços de in-
dexação, resumos, arquivos, Ciência da Informação e pu-
blicação”. Essa norma de informação e documentação
possui uma relação latente com as práticas biblioteco-
nômicas, configurando-se como princípios e recomen-
dações que estão inseridos no contexto cotidiano dos
componentes da Biblioteconomia que trabalham com a
normalização ou mesmo com recomendações especiali-
zadas na área de Biblioteconomia como serviços de in-
dexação (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2006,
p.1).
Por isso, as normas e as técnicas muitas vezes são
vistas na Biblioteconomia de forma banal, como princí-
pios arbitrários, cabendo à área apenas aplicá-los sem
uma efetiva contestação. Todavia, é fundamental consi-
derar que a norma técnica como uma recomendação
deixa muitos pontos vazios de sentido, o que implica
uma interpretação mais ampla por parte dos que tra-
balham com a normalização.
Pode-se ainda ressaltar a relevância da partici-
pação de bibliotecários, professores e pesquisadores da
área no Comitê Brasileiro de Informação e Documentação
para promover questionamentos e sugestões para o apri-
moramento das técnicas e a uma compreensão mais
ampla do significado de uma norma técnica para as ativi-
dades biblioteconômicas.
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Em suma, acredita-se que a Biblioteconomia pos-
sui um pouco de uma técnica voltada para um contexto
artístico, que se deu em escala mais larga na Idade Antiga,
Idade Média e Idade Moderna quando ainda não existia
uma Biblioteconomia efetivamente especializada. Porém,
crê-se que o ideário técnico-normativo (o técnico como
processo de aplicação e o normativo como princípio ou
regra que rege a aplicação) da Biblioteconomia pre-
domina no período contemporâneo, e que a perspectiva
de organizar e tratar a informação não é mais vista so-
mente como elemento artístico ou estético, mas, princi-
palmente, como elemento para acesso, recuperação e
uso da informação.
Esse ideário técnico-normativo instiga a cons-
trução de relações físicas (sistemas de informação e recu-
peração da informação com o usuário) cognitivas (cons-
trução de conhecimento pelo usuário a partir da interação
com as representações e os serviços da biblioteca) e so-
ciais (relação humana mais ampla entre o usuário, a bi-
blioteca e o bibliotecário como fundamento para uma
construção coletiva da informação) no seio da Bibliote-
conomia
Enfim, observa-se que há um conjunto de estudos
e práticas que auxiliaram na construção de uma tecni-
cidade, normatividade e cientificidade da Bibliote-
conomia.
Estudos em organização e tratamento da
informação: o embrião técnico-normativo
da Biblioteconomia
Acredita-se que pensar a Biblioteconomia como
uma disciplina profissional a partir de uma perspectiva
que envolve os construtos acadêmicos e a prática da
profissão demanda uma compreensão sobre sua fun-
cionalidade no seio do tratamento e organização da
informação. É muito comum, aliás, reconhecer, na Bibliote-
conomia, a importância dos estudos sobre organização
e tratamento da informação como um dos pilares de sua
existência e consolidação no campo das práticas técnicas,
normativas e profissionais.
Essa reflexão leva a uma contextualização histórica,
principalmente quando a Biblioteconomia se estabelece
como escola nas grandes universidades dos Estados Uni-
dos e da Europa em fins do século XIX, primando por
estudos de organização, representação e tratamento da
informação, principalmente a partir das concepções técni-
cas e normativas da classificação, catalogação e indexa-
ção, além dos estudos sobre linguagens documentárias
e elaboração de bibliografias (esta última já ocorria desde
a Idade Antiga e de forma mais enfática desde os séculos
XVI e XVII), e, mais recentemente (a partir da segunda
metade do século XX), de recuperação da informação.
Nos Estados Unidos, em particular no século XIX,
houve uma efervescência no que tange ao desenvolvi-
mento de estudos para organização e tratamento de ma-
teriais bibliográficos, visando à recuperação da informa-
ção, especialmente em periódicos e, por conseguinte, à
ampliação do processo de comunicação científica.
Ortega (2004, p.12) afirma que “A Bibliotecono-
mia nos Estados Unidos, no final do século XIX, foi mar-
cada por sua sedimentação e por inovações técnicas e
tecnológicas”. Destacam-se dois grandes momentos que
valorizam o desenvolvimento dos estudos sobre orga-
nização e tratamento da informação nos Estados Unidos:
por um lado, os estudos sobre representação, que com-
preende, em especial, a classificação, a indexação e a
catalogação, e, por outro lado, o desenvolvimento da
Escola de Biblioteconomia de Chicago, a partir da década
de 1920, que valorizava os estudos sobre recuperação da
informação (Shera, 1957).
Com relação ao primeiro momento, Smiraglia
(2002, p.330) destaca que “No século dezenove, Panizzi
(1841), Cutter (1876) e Dewey (1876) desenvolveram muitas
ferramentas pragmáticas (isto é, catálogos e classifica-
ções), explicando como eles interpretavam os princípios
nos quais suas ferramentas eram construídas”.
Especificando cada contribuição envidada pelos
estudiosos, Anthony Panizzi publicou as Regras para a
Compilação de um Catálogo, iniciando o acesso ao assun-
to de uma obra por meio de um vocabulário controlado
(Olson, 2002).
De acordo com Mey (1995), Charles Ami Cutter,
bibliotecário norte-americano, em 1876, publicou suas
Regras para um Catálogo Dicionário: como era de fácil
entendimento, incluía a catalogação de assuntos.
Já Dewey pode ser considerado um dos grandes
expoentes da classificação bibliográfica, com a elaboração
da Classificação Decimal de Dewey (CDD), em 1876 (a
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primeira edição foi anônima), que pode ser considerada
a mais utilizada nas bibliotecas de todo o mundo até os
dias atuais, promoveu uma nova dimensão acerca de
uma proposta de classificação, especialmente pela sua
dimensão decimal. Olson (2002) afirma que a CDD é utili-
zada em aproximadamente 135 países, além de traduzida
em aproximadamente 30 idiomas.
Já no que se refere ao segundo aspecto, a Escola
de Biblioteconomia de Chicago promove um largo passo
para se pensar procedimentos técnicos (processos que
envolvem a organização e recuperação de informação) e
normativos (princípios para composição epistemológica
da Biblioteconomia). Shera (1957) afirma que um dos
grandes princípios normativos e teóricos que norteiam a
Biblioteconomia e a própria Ciência da Informação é a
recuperação da informação.
A partir disso, a organização e o tratamento da
informação respondem como elementos cruciais da
Biblioteconomia, compreendendo, a partir da organiza-
ção, os procedimentos para representação da informação
que visam à recuperação da informação e ao tratamento
da informação que envolve a descrição de todos os docu-
mentos.
Em suma, a organização e o tratamento da infor-
mação envolvem processos de representação e descrição
de documentos, tais como as práticas de catalogação,
classificação, indexação, linguagens documentárias, entre
outras que correspondem a fundamentos normativos
que norteiam a Biblioteconomia.
Estudos funcionalistas de bibliotecas e
bibliotecários: processos de consolidação
técnico-normativa da Biblioteconomia
Os estudos das funções sociais da biblioteca e do
bibliotecário tornaram-se muito comuns no início do sé-
culo XX, especialmente a partir da Escola de Bibliote-
conomia de Chicago. Como destaque dessa escola, é
possível conceber dois nomes: Pierce Butler e Jesse Shera.
De antemão, é preciso estabelecer que teorias funciona-
listas inspiraram essa escola.
É preciso observar que as teorias funcionalistas se
estabeleceram fortemente no âmbito dos estudos sobre
cultura e natureza humanae foram se consolidando em
outras áreas do conhecimento, como a Filosofia, Sociolo-
gia, Antropologia, Linguística, Direito, Biblioteconomia
etc.
O funcionalismo foi se desenvolvendo desde o
século XVIII, apresentando como expoentes Durkheim,
Herbert Spencer e René Worms - chamados de pré-
-funcionalistas -, a partir de concepções funcionais sistê-
micas. No entanto, é no início do século XX que o funciona-
lismo se estabelece como teoria social, principalmente
no seio da Antropologia, com Bronisllaw, Malinowski e
Radcliffe-Brow.
Malinowski é o primeiro a teorizar sobre o fun-
cionalismo quando concebe o significado de função
diretamente ligado à satisfação de uma necessidade. Con-
forme Malinowski (1977, p.155) “A função significa sempre
a satisfação de uma necessidade, desde a simples ação
de comer até a execução sacramental, em que o fato de
receber a comunhão se inscreve em todo um sistema de
crenças, determinadas pela necessidade cultural [...]”.
Retomando o pensamento dos estudiosos da Es-
cola de Biblioteconomia de Chicago, observa-se que, no
contexto relativo a Butler, é necessário trazer à baila sua
obra “Introduction to Library Science”, publicada em 1933 e
onde discute a bibliografia, contemplando sua relevância
desde que haja clareza sobre suas finalidades. Butler (1971)
afirma ainda que seria preciso deslocar a função social
das bibliotecas e dos bibliotecários dos processos para
as funções.
No que concerne a Shera (1970), seu discurso está
eminentemente voltado para a função da informação na
sociedade. Para tanto, o estudioso comenta que houve o
desenvolvimento de estudos diversos para entender a
função e a importância das bibliotecas e de seus serviços
(e também de arquivos, museus, centros de documen-
tação e cultura etc.) para a sociedade.
Percebe-se, a partir dos estudos da Escola de Bi-
blioteconomia de Chicago, que há uma percepção
técnica e normativa para a área de Biblioteconomia tanto
no contexto acadêmico quanto na prática profissional
do bibliotecário. É preciso salientar que houve críticas a
essa escola, pois, embora deliberasse estudos sobre
administração de bibliotecas, serviços de informação e
suas concepções funcionais, não sustentava uma efetiva
abordagem científica.
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A percepção técnica ocorre em virtude de que as
pesquisas buscavam mapear centros de informação e
suas funções, visando constituir sua importância dentro
do contexto social. Para tanto, seria necessário apresentar
produtos e serviços, a fim de resolver problemas especí-
ficos das bibliotecas e outros centros de informação. Esse
discurso está relacionado à pesquisa técnica conceituada
por Bunge (1980).
A percepção normativa ocorre em virtude de que,
a partir das funções das bibliotecas, seria preciso estabe-
lecer princípios que regessem sua atuação, desde seus
processos de organização, representação e tratamento
da informação, passando pelos processos de dissemi-
nação, acesso e uso da informação pelo usuário. Isso
significa dizer que é fundamental compreender a função
e a importância dos documentos (acervo), assim como
dos recursos de informação (equipamentos tecnológicos
e de infraestrutura, por exemplo) que, conforme Wilson
(1989), envolvem elementos produzidos interna e exter-
namente relacionados à gestão da informação, recorren-
do sempre que preciso às tecnologias da informação) e
serviços de informação, visando a desenvolver procedi-
mentos para uma efetiva recuperação pelos usuários.
Estudos centrados nos usuários: construção de
uma percepção normativa e científico-cognitiva
da Biblioteconomia
A origem dos estudos de usuários remonta a uma
proposta inicialmente normativa, uma vez que estimu-
lavam a elaboração de princípios que pudessem reger o
uso dos serviços de uma biblioteca, bem como as caracte-
rísticas de um determinado grupo de usuários para iden-
tificar o que utilizam para seu cotidiano. Segundo Wilson-
-Davis (1977), as pesquisas sobre estudos de usuários po-
dem ser de dois tipos: a) Estudos centrados na biblioteca:
a investigação de como as bibliotecas e os centros de
informação são utilizados, e b) Estudos centrados no
usuário: como um grupo particular de usuários obtém a
informação necessária para conduzir seu trabalho.
Ressalta-se que os estudos de usuários começam
a se desenvolver em meados da década de 1940, tendo
sua primeira grande institucionalização, em 1948, na
Conferência da Royal Society, onde foram apresentados
diversos estudos sobre as necessidades dos usuários.
Destaca-se ainda a Conferência Internacional de Infor-
mação Científica em Washington, em 1958, com a apre-
sentação de vários trabalhos sobre estudo de usuários
(Figueiredo, 1994).
Dessa maneira, pode-se afirmar que os estudos
de usuários seguem de forma mais clara a percepção de
uma trajetória técnica, normativa e científica da Bibliote-
conomia. Antes de justificar os motivos pelos quais os
estudos de usuários se inserem nesses três vieses, é perti-
nente indicar que sua aplicação apresenta três princípios
e processos (normas e técnicas) gerais, conforme revela
Cunha (1982):
a) Técnicas para análise documentária:
- Análise de conteúdo: serve para responder a
questões do tipo: Quem diz alguma coisa, para quem,
como, por que e com que perspectiva e/ou limitação?;
- Análise de citações: serve para identificar cita-
ções, autores e títulos mais utilizados em uma biblioteca;
- Documentos de biblioteca: utilizam-se para aná-
lise de materiais mais utilizados: fichas de empréstimo,
pedidos de bibliografia, registro de perguntas feitas à
seção de referência, formulários de empréstimo entre
bibliotecas (e de comutação bibliográfica) etc.
- Diários: consiste no registro, pelos usuários, da
quantidade e tipo de canais de informação utilizados
num determinado período.
b) Técnicas para observação:
- Observação participante não sistemática: tam-
bém chamada de observação participante não estrutu-
rada ou não controlada, é aquela em que um participante
vai captando os acontecimentos, fazendo o papel de um
repórter, sem, entretanto, participar ou influir no fluxo
dos acontecimentos;
- Observação participante: o observador conta
com recursos de controle, podendo promover estrutu-
ração ao processo de observação.
c) Técnicas para perguntas: são as técnicas mais
utilizadas e constam de:
- Questionário: é a técnica mais utilizada;
- Entrevista: é a segunda técnica mais utilizada;
- Técnica de Delfos: é uma técnica para a previsão
do futuro, sendo utilizada pela primeira vez em 1966, por
Olaf Helmer.
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Ainda podem ser destacadas mais duas técnicas
para perguntas, mas que não são comumente utilizadas
no Brasil:
- Técnica do Incidente Crítico: envolve a descrição
de comportamentos que se configuram na identificação
de atos relevantes, visando a conceber conteúdo sobre o
objetivo do ato e suas consequências e efeitos (Flanagan,
1973).
- (Delphi) Grupos Focais: é uma técnica de pes-
quisa qualitativa composta por pequenos grupos de
pessoas que se reúnem para discutir um tópico específico.
A interação do grupo, além de técnicas como entrevistas,
é um dado da pesquisa a ser considerado e não simples-
mente o processo de pergunta e resposta. O propósito
do grupo focal é gerar ideias, opiniões, atitudes e pers-
pectivas (Carlini-Cotrim, 1996).
A partir da exposição das técnicas e das normas
para estudos de usuários, pode-se afirmar o caráter
técnico-normativo da Biblioteconomia porque insere
princípios e processos técnicos, documentais, estatísticos
e metodológicos para compreender questões inerentes
ao uso de documentos, avaliação de serviços, avaliação
de acervo, planejamento de serviços, comportamento
de usuários e necessidades de informação.
Percebe-se que essa trajetória normativa é enfati-
camente constituída entre1948 até o final da década de
1970, quando se consolidam os estudos quantitativos de
usuários que buscam responder a algumas perguntas,
dentre as quais se enfatiza: a) quem usa os serviços da
biblioteca?; b) quanto eles usam os serviços da biblioteca?
e c) utilização de dados demográficos (sexo, idade, raça,
estado civil, educação).
Entende-se ainda que os estudos de usuários são
uma das principais estruturas para consolidação de uma
percepção científico-cognitiva da Biblioteconomia:
científica porque pensa o usuário como instrumento
ontológico e dinâmico que utiliza serviços de informação
das bibliotecas a fim de se apropriar de um sentido de
informação e, por conseguinte, suprir suas necessidades;
cognitiva porque, a partir dessa apropriação de informa-
ção, é possível que o usuário construa conhecimento de
forma mais efetiva e sólida.
Essa configuração científico-cognitiva pode ser
refletida nos estudos qualitativos de usuários que, de
acordo com Ingwersen (1992), tem como principal marco
a Conferência de Copenhaguen, ocorrida em 1977. Esses
estudos buscam compreender basicamente: a) a adapta-
ção dos serviços da biblioteca à necessidade do usuário;
b) por quais motivos os clientes usam seus serviços; c) os
benefícios oferecidos; d) como pode ser feito aper-
feiçoamento da apresentação dos seus serviços; e e) as
características da organização em que o bibliotecário
trabalha.
Nos estudos qualitativos de usuários, há uma di-
versidade de propostas, tais como: modelo de informa-
ção com valor agregado de Taylor (1982) que prima pela
facilidade de uso (formatação, ordenação e acessibilidade
física) e qualidade (precisão, alcance, atualidade e eficácia);
Sense Making de Dervin, que, conforme Ferreira (1997),
ocupa-se da necessidade de fazer sentido sobre deter-
minadas ações e práticas da vida; Kuhlthau (1999), que
estabelece um modelo construtivista para observação
do processo da busca da informação, que prevê as seguin-
tes etapas: início, seleção, exploração e formulação; e os
estudos de usabilidade que são desenvolvidos para
sistemas de informação automatizados, visando a obser-
var como os usuários agem e interagem de forma mental
e física com o produto.
Todavia, é fundamental reconhecer que esses
estudos não seguem uma escala linear e/ou evolutiva:
eles coexistem e se complementam para compreender
de forma mais ampla a realidade dos usuários e suas
construções cognitivas.
Da relação entre Biblioteconomia e Ciência da
Informação: construtos institucionais para uma
percepção técnica, normativa e científica
É relevante afirmar que a base da construção
técnica, normativa e científica da Biblioteconomia, espe-
cialmente a partir da década de 1960, deve-se ao estabe-
lecimento institucional da relação com a Ciência da Infor-
mação.
Observa-se que não somente a Ciência da Infor-
mação como campo do conhecimento contribuiu para
o desenvolvimento da Biblioteconomia como disciplina
profissional, como a Biblioteconomia contribuiu para um
construto epistemológico da Ciência da Informação,
principalmente a partir dos estudos sobre organização e
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tratamento da informação, além da recuperação da infor-
mação. Ao falar sobre a relevância da Biblioteconomia
para auxiliar a construção da Ciência da Informação,
Foskett (1980) menciona uma velha arte da Bibliote-
conomia, que promoveu subsídios para o advento da
Ciência da Informação. Exemplo maior disso é a contri-
buição de Ranganathan para os estudos de recuperação
da informação na Ciência da Informação, principalmente
através da criação do Classification Research Group (Grupo
de Classificação e Recuperação), na Inglaterra (Foskett,
1973).
Em outras palavras, a relação entre Biblioteco-
nomia e Ciência da Informação ocorre em uma pers-
pectiva de reciprocidade, que pode ser ratificada em Le
Coadic (2004, p.2), quando declara que “A Ciência da Infor-
mação nasceu da Biblioteconomia, tomando, assim,
como objeto de estudo a informação fornecida pelas
bibliotecas. A Ciência da Informação construiu-se e se
fundamentou atualmente sobre essa base informacional”.
Isso significa dizer que a Biblioteconomia, principalmente
a partir de estudos nos Estados Unidos da vertente tecni-
cista, serviu de base para o advento da Ciência da Informa-
ção ao mesmo tempo em que o desenvolvimento cien-
tífico e tecnológico da Ciência da Informação contribuiu
para os construtos acadêmico-profissionais de Bibliote-
conomia.
É necessário realçar que a Documentação de Otlet
e La Fontaine na Europa também foi fundamental para
apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico da
Ciência da Informação, mesmo diante da “Antipatia polí-
tica” que a escola norte-americana apresentava com a
Documentação na Europa e vice-versa. Targino (1995, p.12)
afirma que a “Ciência da Informação emergiu como decor-
rência do processo de evolução da Biblioteconomia e
Documentação, e configura-se, portanto, como o conjun-
to de conhecimentos relativos à origem, à coleta, à orga-
nização, ao armazenamento, à recuperação [...]”.
Pode-se pensar também que essa relação, por um
lado, promoveu maior densidade teórico-epistemológica
à Biblioteconomia, mas, por outro lado, promoveu uma
ampla especialização ao pensamento da área com um
conjunto de percepções que ora se estabelecem isola-
damente, ora de forma relacional. De outra forma, essa
relação promoveu um fortalecimento institucional recí-
proco a Biblioteconomia e a Ciência da Informação, de
sorte que houve um processo de departamentalização
nas universidades, precipuamente no Brasil.
Nehmy et al. (1996, p.23) revelam sobre a depar-
tamentalização que:
As Ciências Sociais tiveram uma experiência de
institucionalização através de uma crescente es-
pecialização de suas disciplinas - a Sociologia, a
Economia, a Ciência Política e a Antropolo-
gia - formando assim comunidades específicas
de pesquisadores. A Ciência da Informação segue
o caminho inverso, constituindo-se como espe-
cialidade acadêmica a partir da formação pós-
-graduada de profissionais de variadas origens.
Se a departamentalização das Ciências Sociais
se dá por especialização, favorecendo a não
existência de consenso entre seus praticantes,
vamos dizer assim, maduros, na Ciência da Infor-
mação esta ausência já está colocada pelos
iniciantes dessa disciplina que chegam ao campo
já socializados como profissionais de outras áreas
de atuação.
É possível afirmar que a citação de Nehmy et al.
(1996) focaliza o nicho teórico de uma área de acordo
com sua generalidade ou especificidade. É comum, por
exemplo, cursos de graduação em Ciências Sociais que
englobam Ciência Política, Sociologia e Antropologia,
com a pós-graduação com especialidade em um dos
três campos. Essa especialidade na pós-graduação, em
sua maioria, é constituída por profissionais dessas três
disciplinas que já vêm com uma visão relativamente
acurada dos pressupostos pregados pela área.
A Ciência da Informação já segue o caminho disci-
plinar inverso, uma vez que pode ser pensada a partir da
constituição de departamentos, faculdades, escolas ou
institutos de Ciência da Informação em que estão inseridos
comumente os cursos de Biblioteconomia em larga esca-
la; Biblioteconomia/Arquivologia em escala razoável, mas
em constante crescimento; Biblioteconomia/Arquivo-
logia/Museologia em escala pequena.
Vale ressaltar que os cursos de Museologia, em
muitos casos, não estão vinculados a departamentos de
Ciência da Informação, como ocorre na Universidade Fe-
deral da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Pará (UFPA),
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre outras.
Todavia, academias de Ciência da Informação, como a
Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) e a Faculdade de Ciência da
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Informação da Universidade de Brasília (UnB), contem-plam os cursos de Museologia. Inclusive, essa realidade
não é tão surpreendente em virtude de que a Coorde-
nação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) não considera a Museologia como uma disciplina
da Ciência da Informação (Coordenação de Aper-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 2009).
Já na pós-graduação em Ciência da Informação,
que é um campo geral e mais amplo do que o estabe-
lecido disciplinarmente na graduação, ocorre uma evasão
muito grande de profissionais graduados em áreas afins,
como Computação, Administração, Ciência Contábeis
etc., além dos graduados em Biblioteconomia e Arqui-
vologia. Isso ocorre em virtude de que a finalidade da
graduação é formar profissionais, enquanto a finali-
dade da pós-graduação é formar pesquisadores.
A elucidação para esse caso reside na finalidade
científica. As Ciências Sociais que contemplam Ciência
Política, Sociologia e Antropologia estão voltadas para o
entendimento do mundo, pois se configura uma ciência
clássica, eminentemente reflexiva. Já a Ciência da Infor-
mação, como ciência aplicada, tem a finalidade de resol-
ver problemas de informação. Sua relação com a Bibliote-
conomia, Arquivologia e Museologia demanda um cará-
ter disciplinar institucional voltado para um processo de
aplicação profissional.
Desse modo, a partir dessa concepção institu-
cional, entende-se que um dos principais contributos
técnicos da Ciência da Informação para a Biblioteconomia
está circunscrito no efetivo uso das tecnologias de infor-
mação e de comunicação, especialmente aplicadas aos
estudos e práticas profissionais relativas aos sistemas de
informação e recuperação da informação em bibliotecas
e outros centros de informação e na própria Web.
Vale ressaltar que o advento da Ciência da Infor-
mação é fruto do desenvolvimento científico e tecno-
lógico que a sociedade enfrentou, especialmente, a partir
da II Guerra Mundial, visando a resolver os problemas
referentes à explosão informacional (Wersig, 1993;
Saracevic, 1996). É pertinente ressaltar a importância da
Vannevar Bush como estudioso dos problemas da explo-
são informacional e das configurações tecnológicas, con-
quistando evidência no período da II Guerra Mundial.
Carvalho Silva e Freire (2012, p.14) admitem que “Para a
atuação da Ciência da Informação é de crucial relevância
o uso das tecnologias de informação e comunicação,
pois ele favorece amplamente o processo de organização,
difusão, acesso e gerenciamento da informação, além de
condicionar a Ciência da Informação a atuar a partir de
qualquer suporte documental”.
Esse desenvolvimento da Ciência da Informação
no âmbito das tecnologias favoreceu de forma efetiva a
inserção dos equipamentos tecnológicos na Bibliote-
conomia e no cotidiano da atividade profissional como a
representação da informação (catalogação, classificação
e indexação) a partir da inserção das redes colaborativas,
bem como do atendimento ao usuário, que envolve o
serviço de referência virtual e a ascensão do usuário re-
moto, promovendo maior dinamicidade e opção de estu-
do e aplicação profissional para a Biblioteconomia. O
usuário remoto é representado por aqueles que podem
ou não ter ligação com a instituição e que o contato com
o centro de informação e com os bibliotecários se dá
através de telefone, fax ou virtualmente (e-mail, reservas,
consultas online etc.). Qualquer tipo de biblioteca - escolar,
universitária, especializada, pública ou mesmo um museu
e um arquivo -, pode oferecer serviços a usuários remotos
(Garcez; Rados, 2002).
Já em termos normativos, as contribuições da Ciên-
cia da Informação estão mais definidas em suas relações
disciplinares e temáticas e podem ser destacadas:
a) A Teoria Matemática da Comunicação de Shannon
e Weaver (1949) que primam pela transmissão da mensa-
gem a partir do seu caráter técnico (instrumentos físicos
que dão suporte a informação como o papel), semântico
(significado da mensagem atribuído pelo receptor) e
pragmático (eficiência da mensagem) e;
b) Recuperação da informação, principalmente
com a Lei de Mooers que se configura como princípio
bastante voltado para aplicação em bibliotecas contem-
plando o uso da informação pelo usuário.
Esses princípios e regras de organização, uso e
recuperação da informação promoveram subsídios mais
sólidos para o desenvolvimento da parte mais técnica da
Biblioteconomia (organização e tratamento da infor-
mação).
Assim, é inegável que o caráter técnico-normativo
da Biblioteconomia e as influências da Ciência da Infor-
mação nesse sentido. Técnico porque insere estudos e
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práticas concernentes a tecnologia na Biblioteconomia.
Normativo em virtude do estabelecimento de princípios,
regras ou leis que governam os fluxos da Biblioteconomia,
o que instiga um diálogo mais amplo com outras áreas
consideradas mais densas cientificamente.
Inclusive, a discussão se insere em uma tessitura
epistemológica na definição de problemas e objeto para
uma solidificação científica. Goffman (1970) ao falar da
interdisciplinaridade entre Ciência da Informação e Bi-
blioteconomia pondera que o fato da Biblioteconomia
ainda não ter definido seus problemas, demandam uma
necessidade de recorrer à Ciência da Informação para
obter a respeitabilidade acadêmica que lhes falta, princi-
palmente porque uma disciplina não pode se legitimar
se é restrita a uma instituição como a biblioteca.
Todavia, acredita-se que a Ciência da Informação
promove subsídios para uma prática científica da Bibliote-
conomia, embora seja muito comum a negação de uma
cientificidade da Biblioteconomia. Credita-se essa contri-
buição da Ciência da Informação o desiderato dos para-
digmas, principalmente cognitivo e social ou sociocogni-
tivo (Hjørland; Albrechtsen, 1995; Hjørland, 2003).
O paradigma cognitivo surge de vários estudiosos,
tais como Brookes (1980) que se apropria dos três mundos
de Popper (1973); Ingwersen (1992) observa de que forma
os processos informativos transformam ou não o usuário,
entendido em primeiro lugar como sujeito cognoscente;
Belkin (1980) que estuda os estados anômalos do conhe-
cimento. Essa teoria, segundo Capurro, (2003) parte da
premissa de que a busca de informação tem sua origem
na necessidade “need” que surge quando existe o men-
cionado estado cognitivo anômalo, no qual o conheci-
mento ao alcance do usuário, para resolver o problema,
não é suficiente.
O paradigma social recebe influência de diversos
filósofos: Wittgenstein, Heidegger e Foucault. Birger
Hjørland desenvolveu, junto com Hanne Albrechtsen um
paradigma social-epistemológico chamado análise de
domínio “domain analysis” no qual o estudo de campos
cognitivos está em relação direta com comunidades
discursivas “discourse communities”, ou seja, com distintos
grupos sociais e de trabalho que constituem uma so-
ciedade moderna. O paradigma social mostra que os
campos cognitivos sensitivos, de recepção e de interpre-
tação estão diretamente relacionados aos contatos com
as comunidades e os grupos sociais que constituem a
sociedade (Capurro, 2003).
Essa contribuição ocorre a partir do momento
em que a percepção de paradigma sócio-cognitivo pode
instigar a Biblioteconomia a pensar a construção social
que permeia os serviços da biblioteca, as atividades ge-
renciais desenvolvidas pelos bibliotecários nas insti-
tuições, bem como as relações sociais entre usuários, bi-
bliotecários, biblioteca e os processos de acesso, uso,
apreensão e apropriação da informação como subsídios
relevantes do paradigma sócio-cognitivo.
Pode ainda conceber a aplicação de teorias sociais
como o construtivismo social como prega Cronin (2008)
concebendo uma virada sociológica na Ciência da Infor-
mação que pode também ser aplicada ao contexto social
da Biblioteconomia.
Conclusão
A Biblioteconomia pode ser compreendida como
uma disciplina profissional em constante processo de
aprimoramento técnico-normativo,pois sua história mos-
tra sua construção e crescimento em termos de atividades
organizacionais, de recursos e serviços de informação e
do acesso e uso da informação, visando a satisfação das
necessidades dos usuários.
Todo esse caminhar da Biblioteconomia deve va-
lorizar o seu caráter técnico-normativo, pois, embora bas-
tante desvalorizado no cotidiano da área, os estudos de
organização e tratamento da informação buscaram
desenvolver práticas para resolver problemas nas bi-
bliotecas.
Ainda mais, a construção técnico-normativa da
Biblioteconomia contribuiu, sobretudo, para o advento
da Ciência da Informação favorecendo uma forte relação
institucional entre ambas, seja no contexto acadêmico-
-científico, seja no contexto do cotidiano profissional da
Biblioteconomia.
Desse modo, acredita-se que a Biblioteconomia,
mesmo em sua postura técnico-normativa tem condições
de produzir ciência a partir do momento em que busca
resolver problemas gerais que norteiam a informação
nas bibliotecas e seus elementos técnicos (processos)
por meio de suas normas (princípios como leis bibliomé-
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tricas, representações como a catalogação, classificação,
indexação, entre outras).
Por isso, acredita-se que a Biblioteconomia se
configura essencialmente como uma técnica porque
possui o caráter artístico da organização que compreende
a representação e o tratamento da informação, assim
como o caráter tecnológico do uso de computadores e
sistemas de informação e recuperação da informação.
Além disso, percebe-se que a Biblioteconomia também
é essencialmente normativa, pois necessita fundamen-
talmente dos seus princípios para construir sua atuação
acadêmico-profissional.
Porém, observa-se que a Biblioteconomia tam-
bém possua o seu caráter científico, embora não seja ori-
ginariamente uma ciência, mas é possível construir a
prática científica a partir de seus fundamentos técnicos e
normativos.
Da prática científica da Biblioteconomia verifica-
-se a importância da Ciência da Informação em oferecer
métodos para resolução de problemas cruciais que po-
dem variar desde um paradigma físico (envolve os pro-
cessos de organização e recuperação da informação em
diversos contextos físicos e tecnológicos em bibliotecas
e espaços virtuais) passando por um paradigma cognitivo
que busca pensar modelos (caráter normativo-científico
de um espectro positivista) para desenvolver sistemas e
representações considerando a realidade mental dos
usuários e, finalmente, chegando ao paradigma social
que insere uma reflexão densa sobre as práticas sociais e
interacionistas que desenvolve as bibliotecas e os bibliote-
cários e os processos que permeiam as relações sociais
entre bibliotecários e usuários.
Portanto, isso mostra que a Biblioteconomia
tem uma tríade que se caracteriza no âmbito técnico-
-normativo-científico, sendo os primeiros procedimentos
essenciais da área e o terceiro são procedimentos agre-
gados em suas relações com a Ciência da Informação e
outras áreas do conhecimento científico que pode ser, de
forma particular, social (Sociologia, História, Educação,
Administração etc.) ou tecnológico (Computação, En-
genharia de Produção etc.).
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