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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
 
JEOVANA APARECIDA DOS SANTOS
MARIA ALICIA LOPES TARGINO BISPO
MARIA YASMIM PINHEIRO DA SILVA
VITORIA REGINA DOS SANTOS
ESTUDO DE CASO: BIOQUÍMICA HUMANA APLICADA A NUTRIÇÃO
CASO 1
ARAPIRACA - AL
2024
ESTUDO DE CASO 
1. O estômago produz o suco gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas (pepsina e renina), naturalmente, faz parte de suas funções. O ácido clorídrico estabelece um ambiente altamente ácido fundamental para a pepsina degradar as proteínas. A alta acidez estomacal também atua como uma barreira contra infecções, erradicando a maioria das bactérias. A produção ácida é incitada por estímulos nervosos, histamina (uma substância liberada no estômago) e gastrina (um hormônio gástrico).
 
2. O ácido clorídrico, também conhecido como ácido muriático, constitui o suco gástrico principalmente composto por HCl, produzido pelas células parietais juntamente com enzimas, como o pepsinogênio.  O ácido clorídrico é produzido a partir da dissociação do íon hidrogênio e do íon cloreto dentro do lúmen gástrico. As células parietais secretam prótons através da enzima ATPase H+/K+, também conhecida como bomba de prótons, que transporta íons hidrogênio do citoplasma da célula para o interior do estômago. Paralelamente, íons cloreto são secretados para o lúmen gástrico através de canais de cloreto específicos. No lúmen gástrico, os íons hidrogênio e cloreto se combinam para formar ácido clorídrico
3. O ácido presente no suco gástrico representa um potencial para danificar o revestimento do estômago. No entanto, o órgão se protege através da produção de muco e da renovação constante de sua mucosa. A mucosa gástrica reveste a parede do estômago, formando uma camada de células protegidas por muco. Essa substância desempenha um papel crucial na prevenção da corrosão do tecido estomacal pelo ácido. As células da mucosa estomacal se renovam a cada três dias, substituindo as células danificadas e prevenindo lesões mais sérias. Em certas circunstâncias, entretanto, podem ocorrer feridas que resultam na formação de úlceras gástricas.
4. A digestão das proteínas tem início no estômago, onde são expostas ao suco gástrico. O ácido clorídrico presente no suco gástrico promove a desnaturação das proteínas, tornando-as mais acessíveis à ação da pepsina, que as quebra em polipeptídios. Esses polipeptídios são então processados pelas enzimas proteolíticas no intestino delgado. O contato do quimo com a mucosa intestinal estimula a liberação da enterocinase, que ativa o tripsinogênio pancreático em tripsina, iniciando uma cascata de ativação de outras enzimas proteolíticas pancreáticas. A tripsina atua nos polipeptídios, promovendo especialmente a hidrólise das conexões em que os grupos ácido da lisina e da arginina estão implicados na ligação peptídica. Enquanto isso, a quimotripsina hidrolisa as ligações em que os grupos carboxílicos dos aminoácidos aromáticos estão presentes. Por outro lado, as carboxipeptidases quebram os polipeptídeos a partir da extremidade ácida das cadeias, levando à liberação de aminoácidos terminais com grupos carboxílicos livres. As aminopeptidases realizam a hidrólise dos polipeptídeos começando pela extremidade aminéssima das cadeias, liberando aminoácidos terminais com grupos aminos livres. As peptidases proteolíticas presentes na borda da escova também agem sobre os polipeptídeos, dividindo-os em aminoácidos, tripeptídeos e dipeptídeos. Muitos desses pequenos peptídeos são absorvidos de forma intacta. A etapa final da digestão de proteínas ocorre na borda da escova, onde os tripeptídeos e dipeptídeos são hidrolisados em seus aminoácidos constituintes pelas hidrolases.
5. Os antiácidos são compostos químicos que neutralizam o ácido gástrico já secretado, elevando assim o pH no estômago e reduzindo sua acidez. Eles podem ser utilizados individualmente para sintomas leves relacionados ao excesso de ácido gástrico. Em casos de acidez causada pela diminuição do pH estomacal, o tratamento pode envolver o aumento do pH estomacal, inibição da liberação de Hcl, ou a proteção do órgão contra os efeitos do ácido. Os medicamentos destinados a diminuir a acidez e aumentar o pH estomacal são chamados de antiácidos, e além de aliviar a azia, são indicados para sintomas como dores abdominais, má digestão e náuseas. Eles atuam interagindo com o ácido estomacal, aumentando o pH de cerca de 2,0 para valores entre 3,5 e 5,0.
6. Os Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) atuam na supressão da secreção ácida gástrica ao inibir especificamente a enzima H+/K+-ATPase na superfície secretora das células parietais do estômago, podendo reduzir a produção de ácido clorídrico em até 95%. Entretanto, o uso prolongado desses medicamentos pode prejudicar a absorção adequada de micronutrientes essenciais. Por exemplo, a capacidade dos IBPs de inibir a bomba de prótons da mucosa gástrica afeta também o tecido ósseo, uma vez que a atividade dos osteoclastos, responsáveis pelo remodelamento ósseo, é prejudicada, aumentando o risco de fraturas. Além disso, podem comprometer a absorção de ferro, contribuindo para o desenvolvimento de anemia ferropriva, uma vez que a acidez gástrica é necessária para a conversão do ferro não-heme ou férrico (Fe3+) em sua forma ferrosa (Fe2+), mais solúvel. Os IBPs também influenciam o status da vitamina B12, pois o ácido gástrico é necessário para a liberação dessa vitamina dos alimentos durante o processo digestivo. Portanto, a redução da capacidade digestiva devido à falta de ácido gástrico pode resultar em menor absorção de vitamina B12 na mucosa intestinal.
7. No tratamento dietoterápico é necessário a utilização de suplementos para auxiliar no tratamento gastrointestinal, sendo eles, vitamina C (antioxidante que auxilia no processo de cicatrização das feridas contribuindo para a restauração da mucosa gástrica),zinco (utilizado para a manutenção da integridade da mucosa gástrica e cicatrização das feridas, além de auxiliar na regeneração do revestimento do estômago) e a glutamina (aminoácido extremamente importante para a saúde intestinal, regenera as células intestinais e também auxilia na manutenção da integridade da mucosa gastrointestinal). Além da utilização de medicamentos e suplementos recomenda-se que haja mudanças nos hábitos alimentares, é recomendado que evite o consumo de alimentos irritantes para o estômago como por exemplo café, chá mate, chocolate, refrigerante, sal em excesso considerado um potente agressor do estômago juntamente com os enlatados e embutidos, bebidas alcoólicas podem agredir diretamente as células estomacais aumentando o estresse oxidativo, pimenta-do-reino ocasiona o aumento da secreção ácida no estômago obtendo efeito negativo no tratamento de gastrite e úlceras, leite e derivados estimulam a secreção ácida do estômago, frituras e gorduras em excesso. Recomenda-se que o paciente obtenha uma alimentação o mais natural possível dando preferência aos temperos naturais como a cúrcuma e alecrim que ajudam na redução da gastrite, vegetais como o couve e repolho e fitoterápicos como o aloe vera e espinheira-santa ajudam a evitar úlceras. 
 REFERÊNCIAS
LENTI, MV et al. Gastrite autoimune. Avaliações da natureza. Cartilhas sobre doenças , v. 6, n. 1, 2020. 
KULNIGG-DABSCH, S. Gastrite autoimune. Wiener medizinische Wochenschrift (1946) , v. 13–14, pág. 424–430, 2016. 
VOMERO, N. D.; COLPO, E. Nutritional care in peptic ulcer. Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva [Brazilian archives of digestive surgery], v. 27, n. 4, p. 298–302, 2014.
Inibidores da bomba de prótons: Entenda sobre os efeitos do uso contínuo. NutMed, 28 maio 2022. Disponível em: <https://nutmed.com.br/nutricao-clinica/inibidores-da-bomba-de-protons/> . Acesso em: 27 mar. 2024
MOREIRA, D. M. Antiácidos. Disponível em: <https://www.infoescola.com/farmacologia/antiacidos/> . Acesso em: 27 mar. 2024.
VAKIL, N. Medicamentos para o tratamentoda acidez gástrica . Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/gastrite-e-%C3%BAlcera-p%C3%A9ptica/medicamentos-para-o-tratamento-da-acidez-g%C3%A1strica#:~:text=Anti%C3%A1cidos%20s%C3%A3o%20subst%C3%A2ncias%20qu%C3%ADmicas%20que,tornando%2Do%20menos%20%C3%A1cido . Acesso em: 27 mar. 2024. 
BARTEL, M. Estômago. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/biologia-do-sistema-digestivo/est%C3%B4mago . Acesso em: 27 mar. 2024.
VAKIL, N. Visão geral da secreção ácida. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/gastrite-e-doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica/vis%C3%A3o-geral-da-secre%C3%A7%C3%A3o-%C3%A1cida> . Acesso em: 27 mar. 2024.
DOS SANTOS, VS Estômago . Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/biologia/estomago.htm . Acesso em: 27 mar. 2024. 
Hospital Sírio-Libanês. Disponível em: <https://hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/gastrite-aprenda-a-tratar-com-alimentacao-e-modificacao-do-estilo-de-vida . Acesso em: 27 mar. 2024.
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