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Conteúdo do livro
Existem dois tipos de jurisdição: a contenciosa e a voluntária. Enquanto na jurisdição voluntária não 
há conflito, mas é necessária a participação do juiz para a validação do negócio jurídico dos 
interessados; na jurisdição contenciosa há conflito, há natureza jurisdicional e o conflito é decidido 
por um terceiro imparcial, no caso, o juiz.
No capítulo Procedimentos de jurisdição voluntária, da obra Direito Processual Civil IV, você irá 
aprender as principais características da jurisdição voluntária e saberá identificar as hipóteses de 
cabimento do procedimento, bem como sistematizar esse recurso.
Boa leitura. 
DIREITO 
PROCESSUAL 
CIVIL IV
Michelle Fernanda Martins
Procedimentos de 
jurisdição voluntária
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar a jurisdição voluntária.
 � Identificar as hipóteses de cabimento do procedimento de jurisdição 
voluntária.
 � Sistematizar o procedimento de jurisdição voluntária.
Introdução
Se o Estado estiver organizado — o que inclui a ordem jurídica —, será 
vedada a autotutela, que consiste na defesa ou realização própria dos 
interesses sob a proteção do direito objetivo. Nessa situação, os cidadãos 
têm o dever/poder de acionar o Estado para que ele preste a função 
jurisdicional, resolvendo os conflitos presentes na sociedade de acordo 
com as normas jurídicas que a regem.
A jurisdição é a atividade pela qual os juízes estatais analisam as pre-
tensões e resolvem os conflitos. Portanto, é o serviço público que o Estado 
presta para solucionar os conflitos. A jurisdição abarca diversos tipos de 
procedimento, que vão desde a organização dos atos processuais até a 
prolação da sentença. O procedimento traz as regras, como os prazos e 
os meios, para que o processo seja conduzido do início ao fim.
Existe o procedimento comum e os procedimentos especiais, que 
apresentam algumas especificidades em razão das suas peculiaridades. 
Os procedimentos especiais subdividem-se em jurisdição voluntária e 
jurisdição contenciosa. A jurisdição contenciosa é aquela que apresenta 
conflitos, tendo natureza jurisdicional, de modo que o juiz decide o 
desfecho. Já a jurisdição voluntária tem natureza administrativa, isto é, 
não existe conflito, mas a participação do juiz é necessária para o negócio 
jurídico. Neste capítulo, você vai estudar a jurisdição voluntária.
1 Características da jurisdição voluntária
A jurisdição divide-se em jurisdição voluntária e jurisdição contenciosa. 
Alguns atos jurídicos precisam da participação do Poder Judiciário para que 
possam produzir efeitos. A simples vontade dos participantes do ato não 
basta para produzir as consequências desejadas. Assim, quando a lei exige 
a participação do Estado-juiz na prática de alguns atos jurídicos, ocorre a 
jurisdição voluntária. Essa é, na verdade, uma atividade de fiscalização e 
integração. O juiz fiscaliza a prática dos atos jurídicos e verifica se eles foram 
realizados com regularidade, se os pressupostos foram observados e se os 
requisitos foram cumpridos.
Para compreender melhor o conceito de jurisdição voluntária, atente à 
seguinte definição:
Chama-se jurisdição voluntária à atividade de natureza jurisdicional exercida 
em processos cujo objeto seja uma pretensão à integração de um negócio 
jurídico. Explique-se: há negócios jurídicos cujas validade e eficácia depen-
dem de um ato judicial que os complemente, aperfeiçoando-os. É o que se 
dá, por exemplo, no caso de um divórcio consensual de um casal que tenha 
filhos incapazes. Neste caso (diferentemente do que se dá quando o casal não 
tem filhos incapazes, hipótese em que o negócio jurídico por eles celebrado, 
observados os requisitos formais estabelecidos em lei, é válido e eficaz inde-
pendentemente de participação do Estado-Juiz) o negócio jurídico só é válido 
e eficaz se aprovado judicialmente. É preciso, então, que em casos assim se 
instaure um processo em que se veiculará pedido de integração (isto é, de com-
plementação) do negócio jurídico. A atividade jurisdicional desenvolvida em 
casos assim é conhecida como jurisdição voluntária (CÂMARA, 2017, p. 41).
O juiz verificará o preenchimento das condições legais do ato. Se estiver 
tudo correto, tornará o ato perfeito, de modo que ele estará apto para produzir 
os efeitos jurídicos desejados. A jurisdição voluntária também é chamada de 
“jurisdição integrativa”.
Há quem diga que a jurisdição voluntária é uma jurisdição necessária, 
pois as partes precisam necessariamente submeter o ato ao juiz, sob pena de 
o ato não produzir efeitos. Portanto, o crivo do Poder Judiciário é obrigatório, 
e não opcional. Um exemplo disso é que não é possível promover a interdição 
de alguém se não for por meio do Poder Judiciário.
Na jurisdição voluntária, não há conflito, de modo que as nomenclaturas 
utilizadas são diferenciadas. Veja:
Procedimentos de jurisdição voluntária2
Aquela característica é decisiva para que a doutrina em geral não se refira, ao 
tratar da jurisdição voluntária, a partes, mas a interessados; que não empregue 
a palavra lide no sentido de conflito ou de mérito, dando-se preferência a pala-
vra diversa, controvérsia; que acentue a atuação mais marcante do princípio 
inquisitório, a legitimar a atuação oficiosa do magistrado, em detrimento do 
princípio dispositivo; que destaque que, na jurisdição voluntária, a atuação do 
direito relaciona-se muito mais à constituição de situações jurídicas novas, 
e não à solução de conflitos; que há consonância de interesses na consecução 
do negócio jurídico de uma mesma forma, com a obtenção de um mesmo 
resultado; que não há coisa julgada, isto é, o que vier a ser estabelecido pelo 
Estado-juiz não assume foros de imutabilidade, e assim por diante (BUENO, 
2018, p. 828–829).
Verifica-se, portanto, que se utiliza palavras como “interessado”, e não 
“partes”, “controvérsia”, e não “lide”. Isso ocorre pois não há conflito, e sim 
uma situação conflituosa. Em síntese, a jurisdição voluntária é uma atividade 
administrativa que tem como causa um negócio, ato ou providência jurídica. 
Não existem partes, mas apenas interessados na tutela de um mesmo interesse.
Existem algumas peculiaridades na jurisdição voluntária, como o fato de 
alguns procedimentos poderem ser instaurados de ofício, como é o caso da 
abertura e do cumprimento de testamento e da arrecadação de herança jacente. 
Portanto, é importante que você conheça as características da jurisdição 
voluntária, apresentadas a seguir.
a) A jurisdição voluntária é uma atividade do juiz que consiste na inte-
gração da vontade de determinados sujeitos. Isso significa que, pela 
jurisdição, o juiz torna a vontade desses sujeitos apta a produzir determi-
nados efeitos. Os efeitos jurídicos só podem ser obtidos após a atuação 
do Estado-juiz, que fiscaliza os efeitos legais. Por isso, se diz que não 
há voluntariedade, e sim obrigatoriedade, pois os efeitos do ato estão 
condicionados à intervenção do juiz, em função da sua imparcialidade 
e do seu compromisso com a justiça. Logo, se diz que a jurisdição 
voluntária é uma atividade de fiscalização; para integrar a vontade, 
o juiz tem de fiscalizar se o ato está sendo praticado regularmente.
b) O juiz pode tomar decisões contra a vontade dos interessados e ter 
iniciativa de processo, conforme os arts. 738, 744 e 746 do Código 
de Processo Civil (CPC). Ele também pode basear a sua decisão na 
equidade, ou seja, não aplicar a legalidade estrita, mas usar da discri-
cionariedade, de acordo com a conveniência e a oportunidade. Nesse 
3Procedimentos de jurisdição voluntária
sentido, veja o que afirma o art. 723, parágrafo único, do CPC: “O juiz 
não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar 
em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna” 
(BRASIL, 2015).
c) Há regras comuns (arts. 719 a 729 do CPC) e regras especiais (art. 
730 e seguintes). As disposições comuns são aplicáveisse não contra-
riam as regras especiais.
d) Em regra, nas situações de jurisdição voluntária, é necessário se dirigir 
ao Judiciário. A necessidade é um atributo bastante generalizado da 
jurisdição voluntária. Porém, existem casos de jurisdição voluntária 
que são opcionais, embora isso seja raro. Um exemplo é o divórcio 
consensual sem filhos. É possível ir ao Poder Judiciário, mas também ir 
ao cartório, de modo que tal divórcio pode ser feito extrajudicialmente.
e) A jurisdição voluntária é um tipo de processo que costuma ser organi-
zado de maneira inquisitiva, ou seja, é um processo estruturado com 
caráter inquisitorial. Uma marca da inquisitoriedade diz respeito à 
possibilidade de vários procedimentos de jurisdição voluntária serem 
instaurados de ofício pelo juiz.
f) A jurisdição voluntária é essencialmente constitutiva. Pela jurisdição 
voluntária, objetiva-se a produção de situações jurídicas novas, ou a 
criação, extinção ou modificação de situações jurídicas.
g) Na jurisdição voluntária, há contraditório.
h) Não há coisa julgada material na jurisdição voluntária. A coisa jul-
gada formal é a imutabilidade da sentença na mesma relação processual, 
enquanto a coisa julgada material é o efeito produzido pela sentença 
definitiva sobre o mérito da causa, o que faz com que o conteúdo 
declaratório seja imutável e vinculativo para as partes e para os órgãos 
jurisdicionados. Nesse sentido, considere o seguinte:
Qualquer sentença que encerre a relação processual, decidindo pela procedên-
cia ou improcedência do pedido, produz coisa julgada formal, seja o proce-
dimento de jurisdição contenciosa ou jurisdição voluntária, seja de processo 
de conhecimento, seja de processo cautelar. Já a coisa julgada material exige 
outros pressupostos. Assim, não farão coisa julgada as sentenças proferidas 
nos procedimentos de jurisdição voluntária e nem as proferidas no processo 
cautelar. Igualmente as decisões que encerram o processo executivo no Livro 
II do Código de Processo Civil — ainda que se tornem também imodificáveis 
na mesma relação processual, onde teve lugar o pronunciamento judicial, 
não constituem coisa julgada material (SILVA; GOMES, 2006, p. 322–323).
Procedimentos de jurisdição voluntária4
Contudo, isso não significa que o juiz possa alterar livremente a sentença, 
até porque muitas situações são mutáveis, como o caso da interdição. A mu-
dança não depende do arbítrio do juiz, mas da modificação da situação fática 
ou circunstancial.
Existe ainda uma discussão sobre a natureza jurídica da jurisdição vo-
luntária. Há quem defenda que a jurisdição voluntária não é jurisdição; ela 
seria a administração de interesses privados, sendo o juiz o administrador. 
Há, entretanto, outra corrente que defende que a jurisdição voluntária é jurisdi-
ção. No Quadro 1, a seguir, veja como cada uma dessas correntes compreende 
a jurisdição voluntária.
Natureza 
jurídica
Administração pública 
de interesse público
Jurisdicional
Lide
Não há lide. Não é correta a informação de 
que não há lide sem jurisdição. 
Em jurisdição voluntária, um 
processo pode ser instaurado sem 
lide. Basta pensar na interdição 
de alguém que está em coma. 
Considere também este exemplo: 
um sujeito está vivendo a vida 
e o seu filho promove a sua 
interdição. Naturalmente, o 
sujeito irá contestar, dizendo 
que pode administrar a sua vida. 
Assim, a jurisdição voluntária 
é uma lide potencial.
Ação
Não há ação. Não se 
pode falar em ação de 
jurisdição voluntária. 
Fala-se em requerimento 
de jurisdição voluntária.
Há ação.
Processo
Não há processo. Não se 
pode falar em processo, 
pois não há ação e 
jurisdição. Está em jogo 
um procedimento.
Há processo. Se existe contraditório 
em jurisdição voluntária, é 
praticamente inconcebível 
dizer que não há processo.
Quadro 1. Natureza jurídica da jurisdição voluntária
(Continua)
5Procedimentos de jurisdição voluntária
Natureza 
jurídica
Administração pública 
de interesse público
Jurisdicional
Partes
Não há partes; só 
há interessados.
Há partes.
Coisa 
julgada
Não há coisa julgada. 
Se não há jurisdição, 
não pode haver coisa 
julgada. Só se pode 
falar em preclusão.
Há coisa julgada.
Quadro 1. Natureza jurídica da jurisdição voluntária
2 Hipóteses de cabimento do procedimento 
de jurisdição voluntária
Hipóteses do art. 725 do CPC
O art. 725 do CPC elenca os procedimentos aos quais se aplicam as regras 
gerais da jurisdição voluntária (BRASIL, 2015, documento on-line):
Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de:
I — emancipação;
II — sub-rogação;
III — alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças ou adoles-
centes, de órfãos e de interditos;
IV — alienação, locação e administração da coisa comum;
V — alienação de quinhão em coisa comum;
VI — extinção de usufruto, quando não decorrer da morte do usufrutuário, 
do termo da sua duração ou da consolidação, e de fideicomisso, quando 
decorrer de renúncia ou quando ocorrer antes do evento que caracterizar a 
condição resolutória;
VII — expedição de alvará judicial;
VIII — homologação de autocomposição extrajudicial, de qualquer natureza 
ou valor.
A partir de agora, você vai conhecer brevemente cada um desses 
procedimentos.
(Continuação)
Procedimentos de jurisdição voluntária6
Emancipação
A emancipação é uma das formas de cessar a incapacidade civil em função 
da menoridade. Existem três formas: a voluntária, a judicial e a legal. Sobre 
os tipos de emancipação, considere o seguinte:
Quando a incapacidade cessa por expressa determinação legal, diz-se que se 
trata de emancipação legal. A emancipação voluntária dá-se por concessão 
de ambos os pais, ou por sentença do juiz. Há uma terceira acepção jurídica 
do termo emancipação, [...] que trata da emancipação do jovem no sentido de 
lhe ser assegurada inclusão, liberdade e participação em sociedade (NERY 
JUNIOR; NERY, 2014, p. 552).
A emancipação voluntária é promovida pelos filhos que já tenham comple-
tado 16 anos e é feita por escritura pública. A emancipação judicial, segundo 
o Código Civil, é aquela concedida pelo juiz, por sentença, em procedimento 
de jurisdição voluntária, ouvido o tutor, desde que o menor tenha pelo menos 
16 anos completos. Já a emancipação legal é aquela feita por força de lei, 
desde que o incapaz pratique um dos atos enumerados pelo Código Civil como 
hábeis a emancipá-lo: o casamento ou a colação de grau em estabelecimento.
Sub-rogação
Aqui, se trata da chamada sub-rogação de vínculo ou de ônus, como no 
caso da cláusula de inalienabilidade, quando a venda do bem é autorizada 
excepcionalmente.
Alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças 
e adolescentes, de órfãos e de interditos
Os bens de crianças, adolescentes, órfãos e incapazes só podem ser alienados 
com autorização judicial, a qual é obtida em procedimento de jurisdição 
voluntária. O procedimento é regulamentado pelos arts. 1.691, caput, 1.750 e 
1.774 do Código Civil.
Alienação, locação e administração da coisa comum
Esses procedimentos são relativos a situações em que existe condomínio. 
Qualquer um dos condôminos pode pedir a extinção do condomínio. Se a 
coisa for divisível, é feita a divisão da coisa comum. Se for indivisível, faz-se 
7Procedimentos de jurisdição voluntária
a alienação judicial da coisa e depois a partilha do produto no procedimento 
da jurisdição voluntária. A ação de divisão e alienação judicial da coisa só 
será necessária se não houver acordo entre os condôminos.
Alienação judicial de quinhão em coisa comum
Em coisa indivisível, o condômino não pode vender o seu quinhão sem dar 
direito de preferência, de modo que os coproprietários devem ser citados para 
exercitar o direito de preferência.
Extinção de usufruto e de fideicomisso
Os arts. 1.410 e 1.411 do Código Civil regulamentam a extinção do usufruto 
(BRASIL, 2002, documento on-line):
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de 
Registro de Imóveis:
I — pela renúnciaou morte do usufrutuário;
II — pelo termo de sua duração;
III — pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi 
constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que 
se começou a exercer;
IV — pela cessação do motivo de que se origina;
V — pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 
2ª parte, e 1.409;
VI — pela consolidação;
VII — por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar 
os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no 
usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação 
prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII — Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 
1.390 e 1.399). 
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-
-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação 
expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.
Já o art. 1.958 regulamenta a situação do fideicomisso (BRASIL, 2002, 
documento on-line):
Art. 1.958. Caduca o fideicomisso se o fideicomissário morrer antes do fidu-
ciário, ou antes de realizar-se a condição resolutória do direito deste último; 
nesse caso, a propriedade consolida-se no fiduciário, nos termos do art. 1.955.
Procedimentos de jurisdição voluntária8
Expedição de alvará judicial
Há atos jurídicos que estão condicionados à concessão de autorização judicial, 
que é dada por meio de alvará, uma forma de fiscalização judicial da prática de 
determinados atos. Por exemplo, os valores referentes à Lei nº. 6.858, de 24 de 
outubro de 1980, não podem ser inventariados, a não ser que se tenha alvará 
judicial, que será processado como procedimento de jurisdição voluntária.
Homologação de autocomposição extrajudicial, 
de qualquer natureza ou valor
Já havia a previsão de homologação de qualquer acordo extrajudicial no art. 
57 da Lei dos Juizados Especiais Cíveis (Lei nº. 9.099, de 26 de setembro de 
1995), independentemente de natureza ou valor, em juízo. A ideia é que a 
homologação passe a valer como título executivo judicial, conforme o art. 
515, III, do CPC.
Outras hipóteses de jurisdição voluntária
Existem ainda outros procedimentos de jurisdição voluntária além daqueles 
previstos no art. 725 do CPC. A seguir, veja alguns deles (BUENO, 2018).
a) Notificação e interpelação: a notificação serve para dar ciência a 
pessoas que integrem a mesma relação jurídica de um assunto jurídico 
relevante. Se a ideia é dar conhecimento ao público geral, é publicado 
um edital. Já a interpelação serve para “dar ciência ao requerido para 
que ele faça ou deixe de fazer o que o requerente entenda ser de seu 
direito (art. 727)” (BUENO, 2018, p. 32).
b) Alienação judicial: a alienação judicial serve para alienar bens, res-
peitando o contraditório, sempre que os interessados não concordarem 
a respeito de como a venda deve ser feita. É possível, inclusive, que ela 
seja determinada de ofício.
c) Divórcio e separação consensuais, extinção consensual de união 
estável e alteração do regime de bens do matrimônio: também podem 
ser procedimentos de jurisdição voluntária o divórcio e a separação 
consensuais, a extinção consensual de união estável e a alteração do 
regime de bens do matrimônio. Conforme o art. 731 do CPC, devem 
constar na petição inicial, assinada por ambos os cônjuges (BRASIL, 
2015, documento on-line):
9Procedimentos de jurisdição voluntária
I — as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II — as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III — o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas;
IV — o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
d) Testamentos e codicilos: o procedimento de jurisdição voluntária 
regulamenta como o testamento (ato jurídico por meio do qual alguém, 
no todo ou em parte, determina a sua vontade a respeito do destino do 
seu patrimônio) e o codicilo (documento que estabelece vontades da 
pessoa que devem ser realizadas após o seu falecimento, como provi-
dências relativas ao seu enterro) serão feitos e confirmados perante a 
autoridade judicial.
e) Herança jacente: o objetivo da herança jacente é regulamentar a ar-
recadação dos bens do falecido que não deixa herdeiros, bem como 
colocar esses bens sob a guarda de um curador.
f) Bens do ausente: a finalidade é a mesma da herança jacente, isto é, 
regulamentar a arrecadação dos bens de pessoa considerada ausente, 
bem como colocá-los sob a guarda de um curador.
g) Coisas vagas: esse procedimento serve para efetuar a apuração de 
quem é dono ou legítimo possuidor de coisas achadas.
h) Interdição: esse procedimento tem como objetivo reconhecer as causas 
que motivam a interdição, bem como nomear um curador.
i) Disposições comuns à tutela e à curatela: esses procedimentos de 
jurisdição voluntária servem para nomear, remover ou substituir tutor 
ou curador, bem como para definir regras básicas para esses assuntos.
j) Organização e fiscalização das fundações: esse é um procedimento 
especial que tem a finalidade de permitir ao Ministério Público fiscalizar 
a formação e a atuação das fundações.
k) Ratificação dos protestos marítimos e dos processos testemunháveis 
formados a bordo: a finalidade desse procedimento é dar publicidade ao 
diário de navegação, conforme os arts. 501 a 504 do Código Comercial. 
A seguir, veja o que afirma o art. 766 do CPC. Como você vai notar, 
trata-se de dar publicidade aos protestos e processos testemunháveis 
realizados a bordo (BRASIL, 2015, documento on-line):
Art. 766. Todos os protestos e os processos testemunháveis formados a bordo e 
lançados no livro Diário da Navegação deverão ser apresentados pelo coman-
dante ao juiz de direito do primeiro porto, nas primeiras 24 (vinte e quatro) 
horas de chegada da embarcação, para sua ratificação judicial.
Procedimentos de jurisdição voluntária10
Existem outros procedimentos comuns da jurisdição voluntária que não foram enu-
merados, como o suprimento de outorga uxória (art. 74 do CPC) e o consentimento 
para o casamento (art. 1.519 do Código Civil).
3 Procedimento da jurisdição voluntária
Quando o CPC não estabelecer nenhum tipo de procedimento especial, serão 
aplicáveis os regramentos relativos à jurisdição voluntária, conforme o art. 
719 desse documento. Em todos os procedimentos de jurisdição voluntária, 
o Ministério Público deve ser intimado pessoalmente, conforme o art. 721 
do CPC (BRASIL, 2015).
O procedimento, em regra, se inicia pela provocação do interessado, do 
Ministério Público ou da Defensoria Pública, que direcionam o pedido ao juiz, 
instruindo-o com a documentação necessária e com a indicação da providência 
judicial que se deseja. Existem alguns casos que são iniciados de ofício pelo 
juiz, como os apresentados pelos arts. 730, 738, 744 e 746 do CPC (BRASIL, 
2015). Para determinar a competência da jurisdição voluntária, segue-se a 
disciplina de competência do CPC, nada impedindo que a Justiça Federal 
analise pedido relativo à jurisdição voluntária (MARINONI; ARENHART; 
MITIDIERO, 2017).
Todos os interessados são citados, inclusive o Ministério Público. 
Os interessados são aqueles cuja presença é necessária para integrar o negó-
cio jurídico privado. A citação é para que se manifestem dentro do prazo de 
15 dias (BRASIL, 2015). Veja:
O interesse que outorga legitimidade para participação no processo é aquele 
denotado em função da imediata afetação da esfera jurídica de alguém pela 
decisão judicial em jurisdição voluntária. Se o requerente é o único interes-
sado na medida postulada em jurisdição voluntária, então obviamente não é 
necessária a citação de mais ninguém. O mesmo se diga se todos os demais 
interessados renunciaram extrajudicialmente ao direito postulado (MARI-
NONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 816).
11Procedimentos de jurisdição voluntária
A citação não é para que os interessados apresentem convenção ou recon-
venção,pois “essas espécies de resposta são inadmissíveis nos processos de 
jurisdição voluntária”, sendo a resposta “uma simples manifestação a respeito 
da causa de pedir e do pedido formulado pelo requerente com o intuito coo-
perativo” (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 816).
A intervenção do Ministério Público só ocorrerá nas hipóteses previstas no art. 178 
do CPC: quando houver interesse público ou social, interesse de incapaz ou litígios 
coletivos pela posse de terra rural ou urbana. Se a Fazenda Pública tiver interesse, ela 
será ouvida. São exemplos de procedimentos que interessam à Fazenda Pública a 
herança jacente e os bens do ausente (BRASIL, 2015).
Outra questão importante é que não há nulidade se a finalidade legal ou 
se os fins de justiça do processo são alcançados (MARINONI; ARENHART; 
MITIDIERO, 2017). Ademais, conforme o art. 88 do CPC, “Nos procedimen-
tos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e 
rateadas entre os interessados” (BRASIL, 2015).
O juiz deve decidir dentro do prazo de 10 dias, conforme o art. 723 do 
CPC. Outro detalhe importante, como você já viu, é aquele previsto no pará-
grafo único do mesmo artigo: “O juiz não é obrigado a observar critério de 
legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais 
conveniente ou oportuna” (BRASIL, 2015). Isso significa que o magistrado 
não está adstrito à legalidade. Veja:
Após as manifestações cabíveis e produzidas as provas pertinentes, o magis-
trado proferirá sentença, reservando, o caput do art. 723, dez dias para tanto. 
É nesse contexto que o parágrafo único do dispositivo afasta o magistrado do 
“critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que 
considerar mais conveniente ou oportuna”. A terminologia quer aproximar 
a manifestação jurisdicional de verdadeiro “ato discricionário”, o que, com 
o devido respeito, não tem razão de ser, em um Estado Constitucional, nem 
sequer para a função administrativa. O que ocorre é que os padrões da cha-
mada “legalidade estrita” estão inequivocamente superados no atual estágio 
do constitucionalismo, coisa bem diferente, como exponho a propósito do art. 
8º no n. 2.8 do Capítulo 2 (BUENO, 2018, p. 831–832).
Procedimentos de jurisdição voluntária12
O art. 8º do CPC determina o seguinte (BRASIL, 2015, documento on-line):
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às 
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa 
humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, 
a publicidade e a eficiência.
Isso significa que o magistrado deve considerar algumas regras na in-
terpretação da lei. São elas: os fins sociais, as exigências do bem comum, 
a dignidade da pessoa humana, a proporcionalidade, a razoabilidade, a lega-
lidade, a publicidade e a eficiência.
Bueno (2018) destaca ainda o art. 489, § 2º, do CPC: “No caso de colisão 
entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação 
efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afas-
tada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão” (BRASIL, 2015).
Ao interpretar os arts. 8º e 489, § 2º, do CPC, o doutrinador afirma o 
seguinte:
O dispositivo revela, com transparência, o que é tão claro (e comum) nas 
escolas hermenêuticas da atualidade, e que é incentivado pelo próprio art. 
8º: o interpretar o texto normativo é, antes de tudo, um ato de vontade e um 
ato criativo. É mister, por isso mesmo, que o magistrado indique as razões 
pelas quais chegou a uma e não a outra conclusão, revelando por que a partir 
do texto normativo alcançou a norma concretamente aplicada. Assim, o ma-
gistrado deverá, invariavelmente, justificar a sua interpretação na aplicação 
do direito. Interpretação esta que, longe os tempos em que o “juiz era boca 
da lei”, deverá levar em consideração os valores dispersos pelo ordenamento 
jurídico (que não necessariamente coincidirão com os pessoais do magistrado) 
aplicáveis ao caso concreto e às suas especificidades (BUENO, 2018, p. 144).
De forma resumida, portanto, quando o juiz interpreta o texto normativo, 
exerce um ato de vontade e uma atividade criativa. Logo, ele precisa explicitar 
por qual razão chegou àquela regra. Bueno (2018) destaca ainda que é preciso 
analisar a constitucionalidade das leis, tanto material quanto formalmente. 
Em síntese, a legalidade deve ser analisada junto a diversos outros fatores, 
como a constitucionalidade e a dignidade da pessoa humana. Também é 
possível que o juiz utilize a equidade para decidir.
13Procedimentos de jurisdição voluntária
Sobre a equidade, considere o seguinte:
A equidade concerne ao ato de decidir a respeito do direito material — 
em regra, não atinge o processo. A equidade só alcança a conformação do 
formalismo processual se observado o módulo processual mínimo represen-
tado pelo contraditório e se existirem elementos nos autos que denotem a 
concordância de todos os interessados com a adequação processual proposta 
pelo órgão jurisdicional. Assim, já se decidiu, de um lado, que “o art. 1.109 
do CPC abre a possibilidade de não se obrigar o juiz, nos procedimentos de 
jurisdição voluntária, à observância do critério de legalidade estrita, aber-
tura essa, contudo, limitada ao ato de decidir, por exemplo, com base na 
equidade e na adoção da solução mais conveniente e oportuna à situação 
concreta. Isso não quer dizer que a liberdade ofertada pela lei processual se 
aplique à prática de atos procedimentais, máxime quando se tratar daquele 
que representa o direito de defesa do interditando. Recurso especial provido” 
(STJ, 3.ª Turma, REsp 623.047/RJ, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 14.12.2004, 
Dj 07.03.2005, p. 250); e, de outro, que, “em se tratando de procedimento de 
jurisdição voluntária, em que não há necessidade de se observar a legalidade 
estrita, podendo o juiz decidir por equidade (art. 1.109 do CPC), a expedição 
imediata de alvará, antes do término do prazo para a interposição de recurso, 
não configura ofensa à lei processual” (STJ, 5.ª Turma, REsp 251.693/GO, 
rel. Min. Felix Fischer, j. 19.02.2002, Df 18.03.2002, p. 281) (MARINONI; 
ARENHART; MITIDIERO, 2017, p. 817).
A equidade é a busca do justo, do bom, do equilibrado. A justiça equitativa 
significa que o bom é o justo e o razoável. Excepcionalmente, o ordenamento 
prevê o uso da equidade como forma de integração da lei, quando prevista. 
Toda equidade exige previsão legal. Pode haver equidade legal (critério de 
equidade previsto em lei) ou judicial (quando couber ao juiz determinar o 
critério de equidade).
O recurso cabível da sentença, que é o que finaliza o processo de conhe-
cimento da jurisdição voluntária, é o de apelação, com o prazo de 15 dias 
(BRASIL, 2015). Bueno (2018, p. 832) ressalta o seguinte: “se for o caso — 
e para afastar o dogma de que não há (e nem pode haver) conflito só porque 
de jurisdição voluntária se trata — o art. 724 prevê o cabimento do recurso 
de apelação da sentença”. Por fim, é importante destacar que as regras gerais 
sobre a jurisdição voluntária, estabelecidas entre os arts. 719 e 725 do CPC, se 
aplicam aos procedimentos específicos, desde que não haja incompatibilidade.
Procedimentos de jurisdição voluntária14
BRASIL. Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Casa Civil da 
Presidência da República, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 5 maio 2020.
BRASIL. Lei nº. 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília: Casa 
Civil da Presidência da República, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 5 maio 2020.
BUENO, C. S. Manual de direito processual civil, volume único. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 
2018. 912 p.
CÂMARA, A. F. O novo processo civil brasileiro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 569 p.
MARINONI, L. G.; ARENHART, S. C.; MITIDIERO,D. Novo Código de Processo Civil comentado. 
3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017. 1341 p.
NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. A. Código Civil comentado. 11. ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2014. 2512 p.
SILVA, O. A. B.; GOMES, F. L. Teoria geral do processo civil. 4. ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2006. 351 p.
Leituras recomendadas
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Casa 
Civil da Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 29 abr. 2020.
BRASIL. Lei nº. 556, de 25 de junho de 1850. Código Comercial. Rio de Janeiro: CLB, 1850. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0556-1850.htm. Acesso em: 
5 maio 2020.
BRASIL. Lei nº. 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Revogada 
pela Lei nº. 13.105, de 2015 (Vigência). Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 
1973. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm. Acesso em: 
5 maio. 2020.
15Procedimentos de jurisdição voluntária
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Procedimentos de jurisdição voluntária16

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