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A MULHER E A RECONFIGURAÇÃO DA FAMÍLIA
A mulher brasileira vivenciou intensamente as mudanças socioeconômicas apresentadas até aqui. A co-
meçar pelo controle da própria fecundidade, que, entre outras coisas, permitiu sua maior participação no 
mercado de trabalho. Em 1970, apenas 18,5% das mulheres integravam a força de trabalho; em 2019, quase 
cinquenta anos depois, 52,9% delas participam. Esse número, no entanto, ainda é inferior ao registrado entre 
os homens: 72% deles fazem parte da força de trabalho.
A aprovação da lei do divórcio no Brasil em 1977, a igualdade de direitos entre homens e mulheres 
consagrada pela Constituição de 1988 e pelo Código Civil de 2002, a crescente participação no mercado de 
trabalho, entre outros fatores, resultaram em um maior índice de mulheres responsáveis pelo domicílio. 
Na década de 1990, 25% dos domicílios brasileiros eram de responsabilidade feminina, e a situação era 
ainda menos comum na área rural. Em 2018, o número chegou a 45%, segundo o Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (Ipea).
A sociedade brasileira também conheceu outras mudanças em curto período. As pessoas casam mais de 
uma vez ao longo da vida, e a idade no primeiro matrimônio aumenta cada vez mais. Cálculos para o ano de 
2016 apontavam que, em uniões heteroafetivas, as mulheres se casavam em média aos 27,7 anos e os ho-
mens, aos 30,3 anos. Nas uniões homoafetivas oficiais, reconhecidas desde 2011, a média de idade sobe para 
33,7 anos entre as mulheres e 34 anos entre os homens.
O resultado mais visível dessas mudanças na instituição do casamento é a redução do número de filhos 
por casal. Assim, atualmente é difícil encontrar famílias numerosas, tão comuns nos anos 1960. Entre os 
arranjos familiares por domicílio brasileiro em 2015, havia 20% de casais sem filhos e 14,8% de pessoas que 
moravam sozinhas. O crescimento desses números nas últimas décadas revela que mais pessoas têm cons-
tituído lar sem se casar ou após se separar e que menos casais têm tido filhos.
Há também diferenças entre as pró-
prias mulheres. Aquelas que puderam 
estudar por mais anos e se firmar na 
carreira profissional em geral têm pou-
cos filhos; as com escolaridade menor, 
poucas oportunidades no mercado de 
trabalho e rendimentos reduzidos tor-
nam-se mães ainda jovens, após uma 
gravidez não planejada. Com frequên-
cia, os cuidados com os filhos recaem 
apenas sobre elas: os domicílios ocu-
pados por mulheres sem cônjuge e 
com filhos chegavam a 16,3% do total 
em 2015.
Cada vez mais, as mulheres ocupam 
lugar no mercado de trabalho, inclusive 
na indústria pesada. Na foto, operária 
trabalha na linha de montagem em fábrica 
de automóveis de Camaçari (BA), 2015.
Embora as mulheres vivam em média mais anos que os homens, elas costumam se casar mais cedo. 
Além disso, quase um quinto dos domicílios brasileiros é formado por mães sem cônjuge e seus filhos. 
	■ Discuta, em grupo com colegas, as possíveis causas desses fatos.
ANALISAR E REFLETIR
Paulo Fridman/Bloomberg/Getty Images
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S A B E R E S 
C O N E C TA D O S
E S TAT Í S T I C A , D E M O G R A F I A 
E S O C I O L O G I A
A Estatística é uma ciência que tem como objetivo produzir informações seguras com base em dados 
coletados, explicando a frequência de acontecimentos e estimando sua continuidade. Com métodos e pro-
cedimentos próprios, não é apenas um ramo da Matemática: ela exige o planejamento, a coleta de dados e 
o trabalho de síntese, análise, interpretação e obtenção de conclusões que auxiliem a compreender deter-
minados eventos. 
O método estatístico define amostras da população que sejam representativas do universo a ser pes-
quisado. Também permite agrupar em categorias as respostas dadas a questionários ou as informações 
encontradas em documentos, transformando-as em dados numéricos de fácil leitura. O conjunto de dados 
resultante pode ser expresso em tabelas e gráficos, e cada uma das variáveis da pesquisa pode ser rela-
cionada a outras para buscar a compreensão de um fenômeno.
Profissionais de diversas áreas do conhecimento recorrem aos métodos estatísticos, como historiadores, 
sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, economistas, químicos, agrônomos, matemáticos, entre muitos 
outros. A Bioestatística, por exemplo, utilizada na área da Biologia e da Medicina, permite a tomada de decisões 
em casos de epidemias e pandemias. A Estatística também é aplicada no planejamento relacionado aos inves-
timentos na indústria, nos estudos sobre previdência social, no setor financeiro e até em campanhas eleitorais.
Em suma, ela permite obter dados úteis para a tomada de decisões e contribui para o esclarecimento de 
problemas. Quando aplicada à sociedade, oferece subsídios à interpretação de problemas de seu tempo, 
evitando a manipulação das informações e conclusões sem fundamentos.
 1 Identifique no capítulo dados estatísticos que confirmem as seguintes afirmações a respeito das trans-
formações ocorridas na sociedade brasileira desde os anos 1960: 
a) O Brasil experimentou um intenso e contínuo processo de urbanização.
b) Houve forte redução tanto na taxa de fecundidade quanto na taxa de mortalidade infantil.
c) A expectativa de vida dos brasileiros elevou-se de modo significativo.
d) O tamanho total da população do Brasil praticamente triplicou e houve forte aumento da participa-
ção das mulheres no mercado de trabalho.
 2 Sua turma vai exercitar procedimentos básicos de coleta de dados e análise estatística com o corpo 
de funcionários da escola. O professor vai organizar grupos para a atividade, cada um responsável por 
uma etapa.
a) O grupo responsável pela coleta de dados vai aplicar um questionário simples a todos os funcionários 
da escola, tanto docentes quanto técnico-administrativos. Sugerimos estas perguntas básicas: idade, 
sexo/gênero, cor/raça, escolaridade e cargo. Os estudantes que aplicarem o questionário podem usar 
uma ficha impressa para anotar os resultados ou criar um formulário digital utilizando o celular.
b) Uma vez coletados os dados, outro grupo fará a organização deles. Para isso, vai registrar os dados 
em uma planilha eletrônica, usando uma coluna para cada variável e uma linha para cada pessoa 
entrevistada (a unidade amostral). No caso de informações com grande número de respostas pos-
síveis (idade, por exemplo), será preferível agrupá-las em categorias mais amplas (faixas etárias).
c) Um terceiro grupo ficará responsável por elaborar tabelas e gráficos simples para cada uma das 
variáveis, com base nas ferramentas do software utilizado. Isso permitirá visualizar os dados básicos 
da pesquisa.
d) Com o auxílio do professor, sua turma vai fazer uma análise estatística básica dos dados organi-
zados. Você e os colegas vão elaborar perguntas com base nas informações disponíveis e verificar 
suas respostas: por exemplo, qual é o sexo/gênero predominante em determinado cargo.
e) Por fim, em grupos menores, você e os colegas vão elaborar cartazes para expor conclusões da 
pesquisa. 
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