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DI¡LOGOS
NÃO ESCREVA NO LIVRO
1. Observe com atenção a fotografia abaixo. Trata-se do registro do lança-
mento do primeiro filme kuikuro, resultado de um projeto do cacique 
Afukaká Kuikuro.
Indígenas da etnia Kuikuro filmam dança nativa, em 2008, no Alto Xingu (MT).
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Veja respostas e orientações 
no Manual do Professor.
Kuikuro: etnia com maior 
população no Alto Xingu (MT). 
Vive em aldeias na região oriental 
da bacia hidrográfica dos rios 
Culuene, Buriti e Curisevo e 
fala o nahukuá, um dialeto do 
karib alto-xinguano, família 
linguística que inclui os Matipu, 
os Nahukuá e os Kalapalo. Cultiva 
especialmente a mandioca e 
pratica a pesca e a coleta. A caça 
não é uma atividade importante 
na cultura kuikuro.
a) Cite os elementos da fotografia que você identifica como parte da tradi-
ção cultural kuikuro.
b) Explique por que a preservação desses elementos culturais é impor-
tante para os Kuikuro.
c) As câmeras e os microfones presentes na imagem não são elementos 
da cultura tradicional kuikuro. São objetos tecnológicos assimilados 
das sociedades industriais criadas pelos não indígenas. Em seu enten-
dimento, que função eles podem ter para os Kuikuro?
d) Ao opinar sobre a demarcação de terras indígenas na região do Amazo-
nas, uma autoridade local afirmou: “esses aí não são mais índios, já es-
tão de calça e camisa, já estão usando óculos e relógios, já estão falando 
português, não são mais índios”. (Disponível em: www.kaninde.org.br/
cinco-ideias-equivocadas-sobre-indios/. Acesso em: 17 ago. 2020.)
• Forme um grupo com mais cinco colegas e debatam essa afirmação. Os 
conhecimentos adquiridos no capítulo endossam ou contrariam a visão 
da autoridade amazonense? Ao final da discussão, elejam um porta-
-voz para apresentar à turma a conclusão do grupo e os argumentos 
em defesa dela.
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Natureza e cultura
De modo geral, entendemos por natureza tudo o que existe no mundo 
sem a interferência dos seres humanos. Entre os seres humanos, a natu-
reza diz mais respeito aos fatores hereditários, que são transmitidos biolo-
gicamente dos ascendentes para os descendentes, assim como à idade e 
à constituição física.
Entre os animais, a estrutura biológica orienta suas ações possibilitando 
variedades mais estreitas de comportamentos. Já no ser humano a sua es-
trutura natural, inata, induz respostas bem gerais, variáveis e imprevisíveis. 
Nesse caso, os elementos naturais e genéticos associam-se aos padrões 
culturais, adquiridos desde o nascimento e desenvolvidos ao longo da vida. 
No entanto, ainda submetido às questões genéticas e culturais, de acordo 
com o filósofo italiano Pico della Mirandola (1463-1494), o ser humano tem 
a liberdade de construir a si mesmo, como juiz e artesão de sua vida, mode-
lando-se na obra que ele próprio escolheu ser.
Os seres humanos são criaturas da natureza e a utilizam para a satisfa-
ção de suas necessidades, assim como os demais seres vivos. Por isso, filo-
soficamente, dificilmente será possível estabelecer limites entre natureza e 
cultura. Entretanto, os seres humanos são criadores da cultura do mundo em 
que vivem. E, diferentemente dos demais seres vivos, as formas que desen-
volvem para se relacionarem com a natureza são bastante diversificadas, 
variando não apenas no tempo e no espaço, mas também entre os grupos 
humanos, povos e sociedades em uma mesma época e região, como um con-
tinente ou zona climática. 
Na foto, o indígena da etnia Inuíte Dami Sakiagak mostra como construir um iglu – tipo de casa usada pelos povos nativos das 
regiões árticas. Sakiagak se dedica à construção de iglus para transmitir às gerações mais jovens os ensinamentos técnicos 
relacionados à edificação dessas habitações tão peculiares. Para construir um bom iglu, é importante levar em consideração o 
tipo de neve a ser usado, de que forma essa neve será cortada, já que ela tem de formar os blocos de gelo ideais para esse tipo de 
edificação, e de que maneira esses blocos de gelo devem ser unidos para que a casa não desabe. Além desses cuidados, um iglu bem 
construído deve permitir a entrada de luz e manter o vento gelado do lado de fora. Kangiqsujuaq, Nunavik, Quebec, Canadá, 2017.
MIRANDOLA, Pico della. 
Discurso sobre a dignidade 
do homem. São Paulo: 
Edições 70, 2006.
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