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Pincel Atômico - 03/03/2024 18:00:17 1/5 BIANCA PERINA MASSARO Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 8 (19067) Atividade finalizada em 01/03/2024 21:25:34 (1767561 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: HISTORIOGRAFIA [1036749] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos - 4] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-JANEIRO/2024 - SGegu0A020224 [114140] Aluno(a): 91568168 - BIANCA PERINA MASSARO - Respondeu 7 questões corretas, obtendo um total de 2,92 pontos como nota [358653_1150 42] Questão 001 (SÃO JOSÉ 2018) De forma evidente a interdisciplinaridade passou a ser utilizada pelos historiadores a partir da década de 1970, na qual a antropologia e a sociologia, entre outras ciências, foram utilizadas como instrumentos para compreender as tradições e outros fenômenos. Os adeptos desta corrente abandonaram os antigos esquemas teóricos generalizantes e passaram a investigar grupos particulares e períodos específicos. A nova forma de abordagem resultou no surgimento de publicações relevantes sobre gênero, minorias, hábitos e costumes, entre outros temas, e passou a ser denominada Estudos Sociais. História de Vida. História Mental. X História Cultural. História das Minorias. Pincel Atômico - 03/03/2024 18:00:17 2/5 [358654_1150 35] Questão 002 (ENADE 2014) “A escassez de testemunhos sobre o comportamento e atitudes das classes subalternas do passado é com certeza o primeiro – mas não o único – obstáculo contra o qual as pesquisas históricas do gênero se chocam. Porém, é uma regra que admite exceções. Esse livro conta a história de um moleiro friuliano, Domenico Scandella, conhecido por Menochio – queimado por ordem do Santo Ofício, depois de uma vida transcorrida em total anonimato. A documentação dos dois processos abertos contra ele, nos dá um quadro de suas ideias e sentimentos, fantasias e aspirações. Outros documentos nos fornecem indicações sobre suas atividades econômicas, sobre a vida de seus filhos. Temos também algumas páginas escritas por ele mesmo e uma lista parcial de suas leituras (sabia ler e escrever_. Gostaríamos, é claro, de saber muitas coisas sobre Menochio. Mas o que temos em mãos já nos permite reconstruir um fragmento do que se costuma denominar “cultura das classes subalternas”, ou ainda “cultura popular”.” GINZBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987, p. 16 (adaptado) O autor dessa passagem, Carlo Giznburg, é considerado um dos mais influentes autores da chamada micro-história e da cultura popular na Idade Moderna. Com base nas concepções desse autor e da micro-história, avalie as afirmações a seguir: I – Apesar das diferenças entre a cultura popular e a cultura de elite, havia entre elas uma relação de interações e de influências recíprocas, isto é, havia uma “circularidade”. II – A falta de evidências sobre a cultura popular impediu que se realizassem pesquisas, por exemplo, sobre a vida dos camponeses que, por serem iletrados, não participavam do que os historiadores consideram como esfera “produtora de cultura”. III – Entre a cultura das classes populares e os setores aristocráticos da sociedade europeia da Idade Moderna havia uma fronteira bem definida, que refletia o abismo econômico e de status social entre ambos e, nesse sentido, o caso do moleiro Menochio deve ser interpretado como curiosidade e exceção. IV – Baseada na exploração exaustiva das fontes e na descrição etnográfica, a micro- história adota uma perspectiva de observação dos fenômenos em escala reduzida, diferentemente das propostas da história serial e quantitativa. É correto apenas o que se afirma em I, III e IV. I e II. II, III e IV. X I e IV. II e III. [358652_1150 43] Questão 003 (FLORIANÓPOLIS 2018) Leia com atenção o texto apresentado abaixo: Nas últimas décadas, inicialmente na Itália, historiadores como Giovanni Levi e ....(1)...., se interessaram pela especificidade dos fenômenos sociais e contribuíram significativamente para o surgimento de uma forma original de escrever a história social, que tornou-se conhecida como ...(2)... . Numa escala de observação reduzida, a análise desenvolve-se a partir de uma exploração exaustiva das fontes, envolvendo a descrição etnográfica e tendo preocupação com uma narrativa histórica que se diferencia da narrativa literária, pois se relaciona com as fontes. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas numeradas do texto: X (1) Carlo Ginzburg • (2) Micro-história. (1) Giambattista Vico • (2) História das Minorias. (1) Gaetano Mosca • (2) História do Cotidiano. (1) Leandro Alberti • (2) História do Tempo Presente. (1) Carlo Cipolla • (2) História Jurídica. Pincel Atômico - 03/03/2024 18:00:17 3/5 [358652_1221 89] Questão 004 MONTE HOREBE 2019) Sobre a corrente teórico metodológica, conhecida como Nova História, é CORRETO afirmar: A nova história fragmentou o conhecimento histórico e adotou objetos de estudos irrelevantes para este campo de saber. A História do Cotidiano e a micro-história não são compatíveis com o debate da Nova História. X A nova história ampliou o conhecimento histórico com a inserção de novos temas e novas fontes para a construção da narrativa histórica. Novos objetos de estudo só devem ser incorporados quando provarem que se tratam de eventos históricos de amplo alcance nas sociedades humanas. Para essa concepção, a história deve estudar apenas os eventos de ordem política. [358653_1150 39] Questão 005 O sociólogo Pierre Bourdieu considera cultura como um sistema de esquemas de percepção, pensamento e ação, adquiridos de modo durável e engendrados por condições objetivas, mas que tendem a persistir mesmo depois de uma alteração dessas condições. Nessa caracterização, o conceito de cultura é entendido como estruturas lógicas inatas, capazes de fornecer padrões de conduta no meio social. formas mentais e materiais construídas socialmente e responsáveis pela apreensão do mundo e pela conduta prática. conjunto de conhecimentos sobre arte, legislação e religião, adquiridos pelo homem em sua vida social. a soma dos bens materiais e imateriais e dos processos técnicos envolvidos em sua elaboração, transmitidos entre as gerações. X o caráter de um povo, expresso em seus costumes, festas e crenças oriundas da experiência histórica nacional. [358654_1150 38] Questão 006 (IFPI 2014) As investigações históricas sobre o acontecer humano costumeiramente deixavam de lado os modos como as coletividades se divertiam. Mas isso mudou e um tipo específico de manifestação humana passou a interessar os historiadores: a festa. Segundo Mona Ozouf: “A história, por um lado, desde há muito tempo tem se preocupado conscientemente mais com os trabalhos e os esforços dos homens do que com os seus divertimentos ou como se queira, com as suas diversões. Se as festas se tornam doravante, com pleno direito, objeto da história, deve-se isso à dupla instigação do folclore e da etnologia. Por frequentar um e outro campo, o historiador aprendeu a levar em consideração a armadura que a ritualização dá à existência humana, mesmo que seja uma ritualização anônima, desprovida de regulamentação explícita ou de coesão coerente. Acrescenta-se que, com a psicanálise, a história aprendeu, ao mesmo tempo, o interesse que pode ter a colheita do aparentemente insignificante”. OZOUF, Mona. “A festa: sob a Revolução Francesa”. In: Jacques Le Goff; Pierre Nora. História: Novos Objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. p.216-232. Em relação à festa como objeto da História é correto afirmar que os trabalhos produzidos servem de entretenimento para os estudantes e o púbico leitor tornando, assim, o ensino de história menos monótono e anacrônico. X os historiadores especializados tiveram de lidar criticamente com as implicações decorrentes do vínculo particular da festa com o tempo, isto é, da dupla abertura do presente da festapara o passado e para o futuro. os estudos sobre a celebração de festas promoveram a aproximação interdisciplinar entre história e psicanálise, convertendo os historiadores em cientistas psicanalisados. Pincel Atômico - 03/03/2024 18:00:17 4/5 os estudos produzidos ficaram muito restritos à produção francesa e com escassa repercussão no Brasil em virtude da pequena quantidade de celebrações em nosso calendário anual. a aceitação imediata de trabalhos referentes à festa pelos estudiosos do tema conciliou os historiadores que passaram a adotar uma postura homogênea no campo teórico-metodológico. [358652_1221 96] Questão 007 (CAMPOS NOVOS) Leia com atenção o texto a seguir: A __________ é um gênero historiográfico surgido na Itália e que envolve uma proposta de análise histórica centrada numa delimitação temática extremamente específica por parte do historiador, tanto em termos de espaço como de tempo. Sugere-se uma escala de observação reduzida e a análise deve ser desenvolvida a partir de uma exploração exaustiva das fontes, envolvendo a descrição etnográfica e buscando uma narrativa histórica com cuidados literários, mas profundamente enraizada nas fontes. Contempla temáticas ligadas ao cotidiano das comunidades. Entre os principais representantes dessa corrente destacam-se Carlo Ginzburg e ___________ Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto. História em migalha - Giulio Einaudi. História do cotidiano - Petro Marcenaro. História do trabalho - Vitorio Foa. X Micro-história e Giovanni Lev. História oral e Marieta Maraes. [358652_1221 91] Questão 008 (IFPI 2014) Na apresentação de reconhecida obra historiográfica, Jacques Le Goff e Pierre Nora consideram que a produção histórica está ligada a três processos, isto é, novos problemas, que colocam em causa a própria história, novas abordagens, que modificam, enriquecem e subvertem os setores tradicionais da história e, por fim, os novos objetos, que aparecem no campo epistemológico da história. Segundo os referidos autores: “Não se trata mais de saber se a história política pode ser inteligível, mas de saber se, agora, pode existir uma inteligibilidade da história, fora da referência ao universo político. [...] Estamos longe de uma história de batalhas, sem outro objetivo do que o de narrar; estamos longe, mesmo, de uma história setorial que esgota a sua ambição numa inteligibilidade puramente instrumental, estamos no começo de uma história que se esforça no sentido de relacionar fragmentos de explicação no interior de uma interpretação total”. Jacques Julliard. A política. In: Jacques Le Goff; Pierre Nora. História: Novas Abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. p.184. A história política renovada tornou-se, assim, uma vertente bastante ativa, possibilitando fecundas reflexões sobre o campo. Em relação essa história política, é correto afirmar que ao contrário do programa inovador, continuou a privilegiar as batalhas e os homens de destaque nacional. X não configurou o fato político de forma limitada, mas como lugar onde se articula o social e sua representação. o retorno do político significou a volta ao tipo de narrativa criticada por m. Bloch e l. Febvre. no seu conjunto, impediu a expansão do conhecimento por confinar-se ao domínio da ação política. Pincel Atômico - 03/03/2024 18:00:17 5/5 a despeito de toda renovação, manteve o seu traço básico de conservadorismo político engajado.