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MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 2 SUMÁRIO 1. ORIENTAÇÃO PARA SOLICITAÇÃO DE PEÇAS ......................................................................................................................................................... 4 2. IDENTIFICAÇÃO DO GUINDASTE............................................................................................................................................................................ 4 Como solicitar assistência técnica [TKA]........................................................................................................................................................................... 4 3. SEGURANÇA ......................................................................................................................................................................................................... 4 Advertências utilizadas neste manual .............................................................................................................................................................................. 4 3.1 Adesivos de advertência ............................................................................................................................................................................... 4 3.2 Equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados ....................................................................................................................... 5 3.3 Dispositivos de segurança existentes no equipamento ................................................................................................................................ 5 3.4 Requisitos para operação do guindaste ....................................................................................................................................................... 6 3.5 Quanto ao equipamento .............................................................................................................................................................................. 7 3.6 Quanto ao local ............................................................................................................................................................................................ 8 3.7 Quanto a manutenção .................................................................................................................................................................................. 9 4. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................................. 10 4.1 Guindaste hidráulico veicular articulado .................................................................................................................................................... 10 4.2 Identificação dos componentes ................................................................................................................................................................. 10 5. OPERAÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 11 5.1 Gráfico de carga x alcance .......................................................................................................................................................................... 11 5.2 Operação .................................................................................................................................................................................................... 11 5.3 Técnicas corretas de operação ................................................................................................................................................................... 11 5.4 Antes de iniciar a operação ........................................................................................................................................................................ 12 5.5 Indicadores ................................................................................................................................................................................................. 12 5.6 Comandos hidráulicos ................................................................................................................................................................................ 12 5.7 Estabilização e nivelamento do conjunto caminhão + guindaste ............................................................................................................... 13 5.8 Operação passo-a-passo............................................................................................................................................................................. 13 5.9 Para parar o guindaste ............................................................................................................................................................................... 13 5.10 O que não deve ser feito com o guindaste ................................................................................................................................................. 14 6. MANUTENÇÃO ................................................................................................................................................................................................... 15 6.1 Cronograma de lubrificação e manutenção preventiva ............................................................................................................................. 15 6.2 Lubrificação ................................................................................................................................................................................................ 15 6.3 Lubrificantes e fluídos indicados pela [TKA] ............................................................................................................................................... 17 6.4 Manutenção do sistema hidráulico ............................................................................................................................................................ 17 6.5 Ajuste dos guias laterais dos segmentos de lança ...................................................................................................................................... 19 6.6 Reaperto dos grampos de fixação do guindaste e camisas de giro ............................................................................................................ 19 6.7 Conservação do equipamento em períodos inativos ................................................................................................................................. 20 7. LINGUAGEM DE SINAIS ....................................................................................................................................................................................... 20 8. TROCA DE ÓLEO.................................................................................................................................................................................................. 21 9. ENTREGA TÉCNICA .............................................................................................................................................................................................. 22 10. GARANTIA .......................................................................................................................................................................................................... 22 10.1 Termo de garantia [TKA] ............................................................................................................................................................................ 22 10.2Plano de revisões........................................................................................................................................................................................ 22 10.3 Entrega técnica ........................................................................................................................................................................................... 22 MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 3 Prezado proprietário . Este manual foi desenvolvido com objetivo de estabelecer parâmetros necessários ao bom desempenho e segurança dos guindastes [TKA], estimulando as equipes quanto à eficácia de suas atividades, fornecendo informações fundamentais para a operação e manutenção, aos operadores e responsáveis pela movimentação de cargas. Neste contexto são apresentados: - Procedimentos e instruções essenciais sobre a manutenção periódica, lubrificação, inspeção visual e regulagens do equipamento visando obter o máximo de rendimento e vida útil do guindaste, bem como a padronização de procedimentos de manutenção conforme Normas vigentes. - Regras de segurança e observações indispensáveis para a operação do guindaste, embora essas não sejam suficientes para capacitá-los. Contudo, além desses conhecimentos técnicos é indispensável um bom treinamento prático de operação, dessa forma o operador devidamente certificado estará familiarizado com o equipamento e em condições de desenvolver um trabalho seguro e eficiente. Nossa rede de representantes atendendo todos os estados brasileiros, confere à [TKA], confiabilidade e credibilidade pelo pronto atendimento. Aliadas às qualidades dos guindastes [TKA] e a busca das melhores soluções em movimento de carga, agregamos aos nossos produtos, durabilidade e versatilidade, proporcionando aos clientes a melhor relação custo benefício e excelente valor de revenda. Devido à Política de aprimoramento constante em seus produtos, a [TKA] reserva-se o direito de promover alterações e aperfeiçoamentos sem que isso implique em qualquer obrigação de atualização dos produtos fabricados anteriormente. Por esta razão, o conteúdo do presente manual encontra-se atualizado até a data da sua impressão, podendo, portanto, sofrer alterações sem aviso prévio. O presente manual fornece instruções e abrangem a máquina completa, com acessórios e variações. Portanto, não assume responsabilidade no que se refere à configuração da máquina ora adquirida, ou seja: diversos itens descritos neste manual, podem não estar presentes na sua máquina. Leia atentamente a última seção deste manual, sobre os termos de garantia. Os guindastes [TKA] foram projetados conforme Norma ABNT NBR 14768 para proporcionar o máximo rendimento e longa vida útil, desde que observados os limites de sua capacidade, operados corretamente e tomados os cuidados a nível de manutenção preventiva e conservação descritos neste manual O presente capítulo relaciona as principais recomendações para a operação e manutenção segura do seu guindaste [TKA]. No entanto, uma série de fatores influenciam na segurança e no funcionamento do equipamento, tais como, a habilidade do operador, a política de manutenção e conservação adotados pelo cliente e a cultura relativa à segurança e prática de normas adotadas pelo proprietário. Muito além de implantar os programas e controles, é necessário um rigoroso acompanhamento para assegurar o cumprimento das normas, rotinas e procedimentos estabelecidos. O guindaste não deve ser operado sem que o operador e todos os envolvidos na operação tenham lido o presente manual. No entanto, além de conhecer o conteúdo do manual, o operador precisa: - Ter recebido treinamento, através de cursos presenciais, em segurança, operação e manutenção de guindastes. - Ter a segurança sempre como prioridade, ser cauteloso, precavido, ter bom senso e habilidade para planejar previamente cada atividade. - Tomar conhecimento e observar as recomendações, regras e obrigações constantes de normas, legislação, portarias, regulamentos e quaisquer outras exigências governamentais vigentes. Normas brasileiras relacionadas a operação com guindastes: NR- 6, NR-10, NR-11, NR-12, NR-17, NR-21, NR-26 e NR-35. - A inobservância das recomendações, bem como, alterações efetuadas no equipamento, podem gerar consequências graves. Nova planta, inaugurada em 2020 em Flores da Cunha MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 4 1. ORIENTAÇÃO PARA SOLICITAÇÃO DE PEÇAS As denominações lado esquerdo e lado direito do guindaste, considerem o ponto de vista de quem está sentando no assento do motorista do caminhão. 2. IDENTIFICAÇÃO DO GUINDASTE Ao solicitar peças de reposição ou informações sobre o equipamento, forneça os dados constantes da plaqueta de identificação (1). Como solicitar assistência técnica [TKA] [ www.tkacranes.com ] Rod. RS-122, KM 91,5, s/n° Bairro São Cristóvão Flores da Cunha – RS | CEP: 95270-000 Fone/Fax: +55 54 3202.3000 WhatsApp: +55 54 98108.0006 E-mail: sac@tkacranes.com Também encaminhar o código de rastreabilidade (2) da peça ou componente desejado. 3. SEGURANÇA Advertências utilizadas neste manual 3.1 Adesivos de advertência Adesivos existentes no equipamento Não remova, danifique ou cubra os adesivos de segurança existentes no equipamento. Em caso de danos involuntários, perda de adesivos ou repintura do guindaste, providencie a reposição dos adesivos disponibilizados pela [TKA], para que estes possam repassar as devidas instruções à todas as pessoas envolvidas na operação do guindaste. A falta dos adesivos pode levar o operador a desconsiderar certos cuidados, resultando em acidentes. Dê especial atenção aos alertas e instruções apresentadas. Exemplos de adesivo encontrados no seu guindaste: ESQUERDA DIREITA ESQUERDA DIREITA Para todo e qualquer serviço relativo à instalação e montagem do equipamento, deve ser contratado serviço do revendedor [TKA]. Para obter a relação atualizada de Revendas Autorizadas [TKA] consulte o nosso site. Destaca instruções que, não sendo observados, podem resultar em danos ou desgaste prematuro do equipamento ou riscos indiretos à segurança pessoal. Identifica instruções que, não observadas, causam risco de acidentes com sérios danos pessoais ou danos ao 1 2 http://www.tkacranes.com/ MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 5 3.2 Equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados 3.3 Dispositivos de segurança existentes no equipamento 1- Válvula de segurança (alívio) do comando (1) impedem que o circuito hidráulico do guindaste sofra danos por excesso de pressão. 2- Manômetro (2) indica a pressão de trabalho do sistema, permitindo monitorar a pressão do circuito hidráulico. 3- Válvulas de retenção de fluxo de óleo dos cilindros hidráulicos. Em caso de ruptura de mangueiras, estas válvulas asseguram a completa imobilidade do respectivo cilindro, evitando queda da carga nos seguintes cilindros: • cilindros das sapatas (3); • cilindro de elevação (4); • cilindro de inclinação (5); • cilindros das seções telescópicas da lança (6). 4- Gráficos de carga x alcance – momento de carga. Proporcionam a base de informação para uma operação segura, ou seja, pelo controle de estabilidade do conjunto guindaste veículo e integridade estrutural. Durante a movimentação da carga é permitido somente ao operador dos comandos hidráulicos, movimentar as alavancas sem o uso de luvas, permitindo-lhe maior sensibilidade para maior controle e suavidade nos movimentos. 2 5 4 1 3 6MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 6 5- Nível bolha (7). Não é recomendado trabalhar desnivelado (limite 5°). 6- Pino de segurança nas patolas (8). Sempre colocar o pino de segurança mecânica para evitar acidentes em operação e transporte. 7- Abertura de patola. Nos equipamentos [TKA], modelos trave 48700, 70700 e 80700 e nos modelos canivete 50700 e 66700 que são dotados de extensões de patola dianteira dupla, deve-se abrir apenas o 1º estágio para cargas acima de 7 toneladas. 3.4 Requisitos para operação do guindaste - Possuir plena capacidade dos sentidos, em especial, visão e audição. - A operação deve ser conduzida por pessoas prudentes, com capacidade de concentração. - Não ter medo de altura, porém ter consciência das devidas precauções. - Saber manter o controle sob condições de alto estresse e perigo. - Operadores precisam dominar a leitura e a escrita, (serem alfabetizados) a fim de interpretar corretamente as instruções e saber preencher formulários de controle operacional. - O condutor do caminhão precisa ter a devida habilitação para trafegar em vias públicas e atender as exigências quanto ao tipo de habilitação exigida pelo Código de Trânsito vigente. - O operador deve ser instruído sobre sua responsabilidade e autoridade para parar o Guindaste em caso de anomalia ou situações de insegurança. - Operadores não podem estar sob influência de medicamentos, estupefacientes ou álcool, ou sujeitas a ataques epiléticos, tonturas ou descoordenação de movimentos. Formação e conhecimentos necessários para os operadores - Ter efetuado uma leitura completa deste manual e entender todas as instruções. - Consulte também o manual do caminhão sobre as respectivas precauções de segurança. - Ter frequentado cursos de formação específica para operação de guindastes. - Conhecer e observar todos os regulamentos internos da empresa e regulamentos oficiais relativos à operação deste tipo de equipamento. - Conhecimentos sobre o funcionamento do Guindaste e do caminhão, de modo a permitir o reconhecimento das anomalias e respectivas precauções e ações. - Métodos seguros de operação em zonas com obstruções aéreas, tráfego de outras máquinas e outros obstáculos. - Os meios adequados para evitar os riscos associados com condutores elétricos desprotegidos. Quanto a operação - O operador deve planejar a movimentação da carga de maneira que esta não ofereça perigo à integridade de todos os envolvidos na operação, à carga e ao equipamento. - Não tente operar o Guindaste sem ter entendido plenamente o gráfico de alcance x carga. - Não permita que outra pessoa opere o guindaste, mesmo que por apenas um momento, para efetuar movimentos aparentemente “simples”. - O operador será sempre o responsável pelo controle de carga e pela segurança da operação como um todo. - O operador, devidamente treinado, apesar de ser o responsável pela operação, a operação poderá receber orientações de outra pessoa do grupo, definida como coordenadora. - Nunca devem permanecer pessoas sob ou sobre a carga durante a movimentação da mesma. - É necessário que haja uma boa definição para toda e qualquer comunicação, pois falhas neste aspecto podem causar descontroles trágicos. - A nível de comunicação, é fundamental que se utilize uma codificação através de sinais e gestos, convencionados pelas Normas de segurança aplicadas. (pág. 20) - Não se aproxime do guindaste e nenhum de seus componentes, com este em funcionamento ou simplesmente, com a tomada de força adicionada. - Não lubrifique, inspecione ou toque componentes da lança telescópica em movimento. O movimento relativo destas partes representa riscos de cortes e até amputações. - Todo o pessoal de operação deve estar perfeitamente familiarizado com os comandos e procedimentos de emergência 7 8 Obs. Controle remoto, inclinômetro e limitador de momento, quando contemplado em seu equipamento, solicitar manual complementar. 5° MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 7 e os sistemas de segurança conforme as indicações deste manual. - A carga só deve ser movimentada através de pontos que não representam perigo à pessoas e obstáculos, fixos ou móveis. - Comunique ao supervisor ou responsável pela obra em caso de qualquer sinal de instabilidade. 3.5 Quanto ao equipamento Antes de iniciar a operação - Teste todos os movimentos do guindaste se houver alguma anormalidade ou suspeita, interrompa a operação e solicite a presença do encarregado de manutenção ou assistência [TKA]. - Certifique-se de que os pinos das articulações e dos cilindros estão devidamente instalados e travados. - Verifique o caminhão e o guindaste quanto a integridade estrutural. Não deixe de inspecionar também as braçadeiras e prisioneiros de fixação do guindaste ao sobre chassi. - Verifique as condições dos acessórios como ganchos, cabos, manilhas e do próprio guincho (se equipado). - Verifique também condições como: a quantidade de combustível do caminhão, a condição da bateria, o nível de óleo do cárter, etc. Durante a operação - No caso de interrupção da operação, abaixe e apoie a lança no berço da base, desligue a bomba, (desengatando a tomada de força) e certifique-se de que ninguém possa operar o equipamento. Nunca se afaste do guindaste. - Estando com a carga elevada, permaneça sempre perto dos controles. Nunca se afaste do guindaste. - Não permita qualquer alteração ou ajuste no equipamento com o intuito de aumentar sua capacidade. - Não altere ou elimine qualquer dispositivo de segurança do guindaste, pois sobrecargas podem ocorrer com perdas de estabilidade, impactos, quedas de carga e acidentes diversos. - Não tente ultrapassar o limite de carga, mesmo que por apenas alguns instantes, que são suficientes para permitir um acidente. Ao ultrapassar o limite da capacidade, o guindaste fica sujeito a danos, a carga poderá descontrolar-se e acidentes podem ocorrer. -Além da capacidade do guindaste, certifique-se também da capacidade dos itens auxiliares, como cabos ou correntes, ganchos e manilhas. - Somente inicie o movimento do caminhão com todos os órgãos ativos colocados na posição transporte e totalmente sem carga: lanças recolhidas, patolas recolhidas e suspensas. A não-observância desta regra pode resultar em colisões com edificações, redes elétricas, pontes, viadutos, pessoas e veículos. - Sempre frear e calçar os pneus do caminhão, durante o trabalho com o guindaste, evitando que o conjunto se mova causando descontrole da carga. - Acione os comandos hidráulicos sempre de forma progressiva, cuidadosa e lenta. Movimentos bruscos podem causar sobrecargas, solavancos (golpes de aríete) e descontroles pelo efeito pêndulo. - O giro do guindaste deve ser acionado com especial cuidado e em baixas velocidades. - Não mude o sentido de giro sem que a carga tenha para completamente. - Quanto maior for a carga, mais suave e progressivo devem ser os acionamentos dos comandos hidráulicos, para evitar o golpe de aríete. - Nos movimentos horizontais, a carga deve ser deslocada o mais próximo possível do guindaste. - Não permita a colocação de objetos sobre a carga a ser levada. - Tenha plena certeza do peso da carga e acessórios utilizados na movimentação. Isso é a condição essencial para o uso do gráfico de carga. - Assegure-se de que as seções de abertura mundial da lança telescópica estão devidamente travadas pelo respectivo pino, antes de iniciar a movimentação de carga. - Estenda as lanças manuais, iniciando sempre pela mais grossa e sucessivamente as demais. - O equipamento poderá apresentar queda de desempenho sob temperaturas extremamente altas ou baixas. - Ao suspender caixas, containers ou resgate de veículos submersos na água, lembre-se de que o mesmo pode estarcarregando volumes de água, o que representa uma grande parcela de carga adicional à carga inicial. - Esteja atento ao tamanho da carga e ao posicionamento da mesma, visando evitar interferências e coques da mesma com o próprio caminhão e/ou guindaste. - Ao liberar a carga, nunca a apoie em superfície ou objetos sem a devida capacidade para suportá-la. Plano de Rigging - Antes de iniciar a operação, aconselhamos que se faça um planejamento detalhado das etapas que constituem o Plano de Rigging: Trata-se de uma ferramenta fundamental para realizar a movimentação de peças/equipamentos com segurança, reduzindo ao mínimo os riscos de problemas durante os serviços, uma vez que através desse planejamento é possível antecipar eventuais dificuldades que podem ocorrer durante a operação. O plano de rigging também é fundamental para a seção do equipamento a ser utilizado na operação seja dimensionado corretamente, tornando a operação economicamente viável. - O plano de rigging, também prevê análise do terreno do entorno da operação para detectar tubulações e túneis. Nunca utilize o guindaste, nem o giro e tampouco o guincho (se equipado), para arrastar a carga, com o objetivo de aproximá-la do guindaste a ponto de permitir alcance das lanças. O giro destina-se exclusivamente para girar e posicionar os braços e lanças, sem que a carga esteja apoiada sobre alguma base. A utilização do plano de rigging é obrigatória sempre a carga a ser movimentada ultrapassar 5 toneladas e em operações de risco como: sobre pontes, taludes ou barrancos. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 8 Quanto as patolas - Periodicamente, verifique o funcionamento dos cilindros das patolas. Em caso de falhas ou dúvidas, não prossiga a operação: comunique os responsáveis pela obra e/ou pela manutenção do equipamento. - Na operação, certifique-se de que as extensões se encontram totalmente abertas (com cargas acima de 7 toneladas, abrir totalmente apenas o 1° estágio, nos casos de extensão dupla) e travadas com pinos trava. - Em terrenos de baixa sustentação, deve- se aumentar a superfície de apoio das patolas a fim de evitar acidente ou mesmo o tombamento do veículo. Para isso, utilize calços de madeira, largos (3x o tamanho da base (bolacha) da sapata) e chatos (mínimo 50mm de altura) sob as patolas para aumentar a área de sustentação. - Não apoie as patolas em pontos vulneráveis, tais como, próximo a valas, canais de escoamento, passagem de tubulações, redes elétricas, subterrâneas... enfim, sobre qualquer superfície sem a devida resistência. 3.6 Quanto ao local Ao operar sobre pontes, viadutos ou encostas íngremes, pisos com degraus e similares. - Certifique-se sobre a capacidade de carga localizada da ponte ou viaduto. - As patolas devem ficar apoiadas sobre as vigas e nunca sobre os vãos, que podem não ter a resistência necessária para carga localizada. - Toda a área de operação deverá ser plenamente visível ao operador, quanto a distância de colunas ou qualquer objeto, altura de telhados e outros obstáculos, visando sempre manter o controle adequado da movimentação da carga. Em caso de operação noturna, providenciar iluminação adequada. - Tenha atenção especial sob condições que representam perigo de escorregamento ou tropeços: não operar em piso molhado e escorregadio, falhar no solo, buracos, valas e outros. - Não operar o conjunto em local fechado. O local de operação deve permitir a livre circulação de ar, para evitar que haja acúmulo de gases tóxicos oriundos da combustão, os quais podem causar asfixia, intoxicação de até a morte! - Utilize máscaras se a operação precisa ocorrer em ambientes com substâncias e gases tóxicos. - Isole a área da operação e sinalize-a de forma clara, evitando a aproximação de pessoas não diretamente envolvidas no trabalho. - Atenção especial deve ser tomada por todos os envolvidos na operação quanto a eventuais quedas de objetos. - Execute um plano de rigging: em conjunto com o grupo, faça um planejamento rigoroso de toda a operação: posicionamento do guindaste, passagens da carga, alcances, capacidades, possíveis obstáculos, precauções cabíveis, etc. - Nunca iniciar manobra alguma sem antes receber o sinal afirmativo do coordenador da operação. - A operação não deve ser iniciada (e deve ser suspensa) no caso de incidência de ventos capazes de provocar oscilação da carga. - Os responsáveis pela operação devem ter total controle sobre o equipamento, com acesso livre e garantido aos controles. Precauções quanto a choques e redes elétricas - Descargas elétricas captados pelo guindaste, podem atingir as pessoas na região de operação, resultando em lesões graves ou até a morte, além de causar colapso na distribuição de energia! - Guindaste não são isolados eletricamente e desta forma, não podem proporcionar proteção contra o contato ou a proximidade com a corrente elétrica, no caso das altas tensões. - A regra mais importante, é manter as devidas distâncias em relação a qualquer rede elétrica. - As precauções quanto ao controle de estabilidade de carga devem ser redobradas ao trabalhar próximo a redes elétricas. - As velocidades de movimentação devem ser ainda mais reduzidas e deve-se ter em mente uma possível movimentação dos cabos da própria rede elétrica, causadas pelo vento. - Sendo imprescindível a movimentação muito próxima à tais redes, é necessário solicitar seu desligamento programado, o que deve ser solicitado com antecedência à concessionária de energia elétrica do local. - Uma rede sempre deve ser considerada energizada. A certeza do contrário (linha desenergizada), tem que partir de pessoas autorizadas e habilitadas, como profissionais da concessionária de energia. - A concessionária de energia normalmente dispõe de recomendações e recursos auxiliares de segurança para serem utilizados. - Se forem utilizadas cordas para o controle da carga, esteja ciente que altas tensões podem ser transmitidas pela corda, principalmente se esta estiver úmida. - As normas aplicáveis a operação próximo às redes elétricas são: NBR-12, IEC-1057 e EM-61057. - O risco de choques elétricos faz-se presente também sob incidência de raios elétricos. Por esta razão, recomenda-se não operar sob condições de tempo desfavorável, no caso, chuvas fortes com raios e trovões. Não permaneça na direção do movimento enquanto estende ou recolhe as patolas ou extensões. É indispensável utilizar o plano de rigging nestas situações. Não opere o guindaste em locais com inclinação superior a 5°. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 9 - Além dos fatores acima (redes elétricas e fatores climáticos), o guindaste pode acumular corrente elétrica estática, em especial quando as patolas são apoiadas em bases isolantes, como madeira. - Esta condição é mais comum quando na região de operação encontram-se torres de transmissão radiofônica, telefônica e afins. - Uma solução para os riscos citados acima, é aterrar o conjunto do guindaste através de uma ligação com o solo (“terra”) através de meios adequados e corretamente dimensionados, informe-se junto a fábrica. - Diante dos fatores citados, não é permitido à pessoas portadoras de marca- passos cardíacos operarem, tampouco se aproximarem do guindaste. No caso de choque elétrico, como proceder - Mantenha a calma. - Alerte à todos para não tocar partes metálicas do guindaste, do caminhão e da carga. - Ordene para que seja feio o imediato desligamento da rede elétrica. - Chame o serviço de emergência. Nunca encoste em uma pessoa eletrocutada. - Após desligas a rede elétrica, preste os primeiros socorros à vítima. - Evite a área próxima ao guindaste, pois a alta tensão poderá ser descarregada pela estrutura do guindaste para o solo. - Após o acidente,inspecione e repare todo o equipamento afetado pelo contato elétrico. 3.7 Quanto a manutenção - Não tente efetuar manutenção em partes ou componentes do guindaste sem ter recebido a devida instrução e sem dispor dos recursos necessários para isso. - Equipamentos e ferramentas improvisadas provocam acidentes. - Não se aproxime do guindaste, tampouco tente efetuar alguma manutenção, se a tomada de força e o motor não estiverem desligados e todos os órgãos ativos parados e apoiados. - Respeite as normas ambientais vigentes quanto ao manuseio de lubrificantes e descarte dos mesmos. Óleos e fluidos devem ser encaminhados a um posto de coleta para fins de reciclagem. - O mesmo se aplica para peças, filtros e outras peças contaminadas por graxa ou óleo de desgaste ao serem descartadas. - Evite o acúmulo de resíduos no piso da plataforma. Mantenha o calçado e o piso da plataforma isento de lama, óleo graxa e outras substâncias escorregadias. - Nunca tente remover pinos, sem que o peso dos relativos componentes esteja devidamente apoiado ou suspenso com segurança. - Atente para a montagem correta dos batentes de fim de curso das seções de lança: a fixação incorreta permitirá o escape das seções e em consequência, a queda da mesma. - Ao fazer manutenção em partes elevadas do guindaste, utilize escadas ou andaimes seguros, evitando quedas que podem causar lesões ou fraturas graves. - Soldas: não se recomenda a realização de soldas em componentes estruturais do guindaste. Tampouco, deve-se utilizar o guindaste como ponto de massa para solda. - Após realizar algum serviço de reparo ou revisão no guindaste, certifique-se de ter recolhido todas as peças e ferramentas utilizadas. - Nunca provoque chamas com cigarro, maçarico ou soldas, sem ter a certeza de que tudo está limpo e sem vazamentos. Contudo, o extintor de incêndio do veículo deve estar sempre em perfeitas condições de uso. - Fluídos hidráulicos, quando aquecidos, tornam-se inflamáveis. - Não fume próximo a máquina e fluídos inflamáveis. No sistema hidráulico - Reparos no sistema hidráulico devem ser feitos por um profissional treinado e autorizado. - Jatos de fluido a alta pressão podem atravessar a pele e causar lesões graves. Neste caso solicite assistência médica urgente. Perigo de infecções graves! - Não utilize água para combater fogo em fluídos hidráulicos; utilize extintor ABC. Use máscara adequada para evitar contaminação com os gases tóxicos. - Antes de efetuar manutenção em sistemas hidráulicos, certifique-se de que o sistema está completamente despressurizado e os órgãos móveis do guindaste devidamente apoiados, de modo a não exercer a força sobre os cilindros. - Não toque em partes aquecidas, em especial, componentes do sistema hidráulico, após um período de operação. A temperatura na superfície pode facilmente ultrapassar 80°C. Recomenda- se o uso de luvas durante trabalhos de manutenção. - Periodicamente, verifique se o termômetro incorporado no visor de nível do reservatório hidráulico está funcionando corretamente. - Após efetuar qualquer manutenção no sistema hidráulico, certifique-se de que não tenha permanecido ar no circuito: instabilidade nos movimentos tende a ocorrer nestas circunstâncias, causando o descontrole da carga. Verificar sempre antes de iniciar a operação. Para garantir esta condição, desligue o motor e acione as alavancas de controle para a direita e para a esquerda, até certificar-se da completa despressurização. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 10 4. APRESENTAÇÃO 4.1 Guindaste hidráulico veicular articulado É um equipamento acionado por sistema hidráulico, articulado e extensível telescopicamente, não isolado, instalado sobre um caminhão, destinado a movimentação de cargas. 4.2 Identificação dos componentes 01- Sobre chassi; 02- Patolas ou sapatas dianteiras; 03- Extensivo da sapata dianteira; 04- Camisas de giro; 05- Base; 06- Coluna ou torre; 07- Cilindro de elevação; 08- Braço ou braço anterior; 09- Cilindro inclinação; 10- Extensivo da sapata traseira; 11- Patolas ou sapatas traseiras; 12- Capa ou braço posterior; 13- Lança 1 ou 1ª lança hidráulica; 14- Lança 2 ou 2ª lança hidráulica; 15- Lança 3 ou 3ª lança hidráulica; 16- Lança 4 ou 4ª lança hidráulica; 14- Lança 5 ou 1ª lança manual; 15- Lança 6 ou 2ª lança manual; 16- Lança 7 ou 3ª lança manual; 20- Manilha reta com pino e porca; 21- Gancho giratório com trava de segurança; 22- Reservatório ou tanque; 23- Guincho de cabo; 24- Alavancas de acionamento; 25- Filtro de retorno; 26- Comando auxiliar; 27- Comando principal; 28- Cilindro de extensão 1 ou da lança 1; 29- Cilindro de extensão 2 ou da lança 2; 30- Cilindro de extensão 3 ou da lança 3; 31- Cilindro de extensão 4 ou da lança 4; 32- Jumelos de fixação; 33- Grampos ou tirantes de fixação; 34- Bomba hidráulica; 35- Tomada de força; 36- Escada ou plataforma de acesso e operação; 37- Manômetro; 38- Acelerador eletrônico*; * Caminhões com injeção eletrônica, devem ser parametrizados nas respectivas revendas, na rotação de até 1500 RPM, necessária para obter a vazão especificada para o sistema e garantir a velocidade do trajeto. Para informações, consulte o manual do veículo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 21 20 34 35 36 32 33 24 27 26 37 38 29 28 30 31 23 25 22 MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 11 5. OPERAÇÃO 5.1 Gráfico de carga x alcance Guindastes são projetados para levantar cargas diversas e suportar determinados esforços definidos em projeto que não devem ser ultrapassados em hipótese alguma. Este cuidado é crítico e requer dos operadores plenos conhecimentos das características do equipamento e interpretação do gráfico, que se encontra fixado na estrutura do guindaste, para orientar o operador sobre a capacidade de carga em diversas posições, verticais e horizontais. Antes de levantar uma carga você deverá: a) Conhecer o peso da carga e dos dispositivos que suspendem a carga. Some-as e o resultado será o peso total de carga que está sendo levantada; b) Determinar a distância do centro do sistema de giro ao centro da carga a ser levantada, através do gráfico de cargas; c) Se o peso do objeto a ser içado for menor ou igual a carga máxima permitida indicada na posição do gráfico, pode-se efetuar a operação. 5.2 Operação Para familiarizar-se com as características de cada comando, é recomendável operar inicialmente o guindaste em ritmo mais lento, em baixa rotação do motor. Com o desenvolvimento da prática de operação, o ritmo de trabalho poderá ser progressivamente acelerado. É adequado que você conheça o funcionamento da máquina e saiba interpretar suas reações frente às mais diversas situações de operação. Esse conhecimento deverá ser transmitido na entrega técnica. Antes de iniciar a operação com guindaste, tenha certeza que interpretou os símbolos para evitar movimentação incorreta. 5.3 Técnicas corretas de operação 01- Evite deslocamento das lanças telescópicas com cargas máximas na horizontal, pois, pode sobrecarregar as placas deslizantes e os cilindros hidráulicos. 03- Abra as lanças manuais sobre plano horizontal ou sobre a carroceria do veículo, permitindo mais segurança e controle sobre o deslocamento da lança. 04- Ao girar o guindaste o operador deve observar todo o espaço necessário para o movimento. 05- Quando estiver usando o guincho de cabo não faça simultaneamente a extensão da lança para elevar a carga. 06- Durante a operação do guincho de carga, verifique sempre se o cabo está esticado e não esteja tocando a estrutura do guindaste ou qualquer outro componente. Rotação do Motor A rotação máxima para obtenção da velocidadede operação, é de 1.500 RPM, que proporciona a vazão especificada para o sistema. Acionamento dos comandos hidráulicos Movimentar as alavancas de modo suave e progressivo, evitando movimentos bruscos. Note que agindo assim de modo progressivo não significa que a operação será lenta: é possível manter um ritmo ágil na operação, mesmo observando a progressividade nos acionamentos. O que não fazer com os comandos Continuar segurando a alavanca quando o respectivo cilindro já atingiu o fim-de-curso! Este descuido provoca o acionamento constante da válvula de alivio do sistema hidráulico, o que por sua vez causa superaquecimento do óleo, provocando desgaste prematuro da bomba e sobrecargas mecânicas. Cuidados ao movimentar a carga Ao pegar a carga, deve haver um movimento sincronizado entre o posicionamento da lança e a elevação do braço. A carga sempre deve ser suspensa antes de girar o braço. A condição real de movimentação de carga do seu guindaste também será determinada pela avaliação de outros fatores, além do gráfico de carga. As funções hidráulicas do guindaste podem ser acionadas simultaneamente, no entando quando o guindaste estiver com carga é recomendado efetuar um acionamento de cada vez. Cada guindaste tem seu gráfico, ou seja, o gráfico apresentado neste manual é meramente ilustrativo. O gráfico de carga indica a capacidade de carga de cada guindaste, isto é, as cargas máximas que poderão ser movimentadas são proporcionais às distâncias da ponta da lança ao eixo/coluna de giro da torre. Aumentar a rotação no veículo resulta num aumento de velocidade do circuito hidráulico, porém não aumenta a força do equipamento. O limite de rotação estipulado deve ser observado sob pena de acusar superaquecimento do sistema hidráulico. O que não fazer: Acionar um comando de forma completa (velocidade total) e ao se aproximar do final de curso, movimentar a alavanca em sentido contrário para “frear” o movimento. Tal atitude provoca picos de pressão no sistema hidráulico e sobrecargas mecânicas em toda a estrutura do guindaste, além do risco de acidentes relacionados ao descontrole da carga. Nunca permita o auxílio manual para arrumar a carga. Não deve haver aproximação de pessoas ou animais no raio de ação As lanças manuais somente devem ser usadas quando o alcance das lanças hidráulicas não for suficiente. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 12 A tentativa de girar o braço com a carga apoiada, total ou parcialmente no chão, causa sobrecargas no sistema hidráulico e na estrutura do equipamento. A elevação e o giro, pode o correr de forma simultânea (sincronizada), evitando-se paradas bruscas no meio do trajeto de movimentação da carga. 5.4 Antes de iniciar a operação - Leia e compreenda este manual, instruções e mensagens fixadas no guindaste. - Não opere esta máquina sem ter a qualificação e autorização adequadas. - Somente utilize a máquina nas condições adequadas para sua utilização e segurança. - Esteja perfeitamente familiarizado com os comandos e procedimentos de emergência do guindaste. - Leia, compreenda e observe todos os regulamentos internos da empresa e os regulamentos oficiais relativos à operação deste tipo de máquina. Sempre que possível e/ou necessário, utilize o plano de rigging. - Tome todas as medidas necessárias para evitar os riscos existentes na área de trabalho. - Verifique se a superfície de assentamento tem condições para suportar a carga máxima indicada. - Certifique-se que as inspeções e manutenções diárias indicadas no plano de manutenção foram realizadas. (pág. 15) - Não opere a máquina, caso a mesma não se encontre em perfeitas condições. 5.5 Indicadores Horímetro ou contador de horas (39) (acessório): registra o tempo de operação do guindaste. A contagem começa a partir do acionamento da tomada de força. Acelerador auxiliar (38) posicionado em ambos os lados do suporte do comando, permite variar a velocidade de operação. Manômetro (37) indica a pressão de trabalho do sistema hidráulico. Lâmpada piloto de indicação de tomada de força acoplada (40) é ligada ao ser acionada a alavanca. Ambas são instaladas normalmente no painel do caminhão. 5.6 Comandos hidráulicos O acionamento das funções hidráulicas pode ser feito de ambos os lados do veículo. O sistema é formado de dois blocos de comandos independentes: o comando principal, quando for dotado de 2 camadas, é responsável pelas funções de operação do guindaste e o comando auxiliar, responsável pelo patolamento. Quando for 1 comando único as funções de patolamento e de acionamento fazem parte do mesmo conjunto. Comando principal (operação) Os movimentos são dados de acordo com a direção que as alavancas são acionadas: Comando auxiliar (patolamento) Este comando é composto de 4 alavancas de seleção: (07), (08), (09) e (10) (preto curto) e 1 alavanca de acionamento: (11) (vermelho longo). Primeiro selecione uma ou mais posições de seleção e então movimente a alavanca de acionamento. 39 40 38 37 Nunca esqueça que as lanças estão no apoio (berço). Desta forma, jamais acione o giro antes de acionar o cilindro de inclinação, abrindo o braço. Os movimentos do guindaste somente podem ser realizados se a alavanca seletora (06) estiver para frente (posição de operação). MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 13 5.7 Estabilização e nivelamento do conjunto caminhão + guindaste A estabilização e nivelamento, conhecido como “patolamento”, consiste em estender as lanças de extensões e baixar os cilindros das patolas até o solo, observando rigorosamente o procedimento para garantir uma condição segura da operação. O patolamento é necessário para qualquer tipo de operação com o guindaste. a) Estacione o caminhão próximo a carga a ser elevada, levando em conta o raio de ação do braço e lanças estendidas; b) Acione o freio de estacionamento do caminhão e acione a tomada de força; c) Caso necessário, acelere o motor do caminhão através do controle auxiliar para aumentar a velocidade de operação; d) Antes de estabilizar o veículo, verifique se o solo (ou piso) tem condições de resistir à pressão causada pelos estabilizados; se necessário, adicione uma base de madeira (deve ter no mínimo 3x o tamanho da base (bolacha) da sapata) sob as patolas para aumentar a área de sustentação; e) Estenda totalmente as extensões das patolas, de modo a obter o máximo de estabilidade do guindaste; f) Estenda a haste dos cilindros das patolas até nivelar ao máximo sem retirar o caminhão do solo; g) Verificar o nível de óleo do reservatório e se o guindaste está devidamente lubrificado. Nivelamento do guindaste: Baixe totalmente as patolas (curso total dos cilindros). Em seguida, verifique o nivelamento e, se necessário, recolha as patolas de modo a ajustá-lo. 5.8 Operação passo-a-passo a) Colocar o veículo em posição adequada para que o mesmo possibilite maior aproveitamento do espaço e do equipamento; b) Retirar pinos trava das patolas; c) Coloque o veículo em ponto morto e acione o freio de estacionamento; d) Verifique a pressão de ar do veículo (mínimo 7 BAR). e) Acione a embreagem, aguarde 10 segundos e engate a tomada de força; f) Verificar se a bomba hidráulica está funcionando corretamente; g) Efetuar o patolamento do veículo, de modo a apoiá-lo sobre o solo até livrar o veículo de qualquer esforço resultante de trabalho; h) Observar quanto a ruídos e folgas excessivas no equipamento. Havendo alguma anormalidade, verificar a causa e tomar as precauções adequadas. 5.9 Para parar o guindaste Colocar o guindaste na posição de transporte a) Recolher as lanças telescópicas; b) Recolha as lanças manuais e monte o pino trava (1); c) Coloque o gancho (2) naposição mostrada, travando as lanças na posição recolhida; d) Gire a torre de modo que o guindaste fique alinhado com a base (posição transversal) e feche o braço; Recolhimento completo dos cilindros das patolas estabilizadoras a) Posicione a alavanca seletora (6) para a posição de Patolamento; b) Recolha totalmente a haste dos cilindros das patolas; c) Recolha totalmente as extensões as patolas e trave-as com pino trava; d) Certifique-se de que todos os cilindros estejam recolhidos, para evitar acidentes ou danos ao equipamento; e) Desligue a tomada de força; f) Despressurize o sistema hidráulico, acionando as alavancas do comando e somente movimente o veículo após confirmar que a bomba hidráulica está desligada. Os estabilizadores somente devem ser recolhidos com o guindaste na posição de transporte. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 38 37 1 2 Mesmo para pequenos deslocamentos, sempre recolha as patolas e lanças de extensão. Além disso, nenhum componente pode ficar sem travamento sobre o guindaste, pois podem ocorrer perdas e acidentes, Sempre após o acionamento, trave as patolas mecanicamente. Nunca opere o guindaste no seu momento máximo de capacidade, sem ter certeza que o veículo está adequadamente patolado em terreno firme, com base de madeira de no mínimo 3x o tamanho da base (bolacha) da patola, a fim de evitar danos no guindaste, ao veículo e/ou até mesmo tombamento. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 14 5.10 O que não deve ser feito com o guindaste OPERAÇÃO CONSEQUÊNCIA 01 Operar sem os equipamentos de proteção individual. 1. Riscos à segurança do operador. 02 Arrancar cargas presas (postes e árvores) do solo ou deslocar com movimentos oscilatórios. 1. Risco de rupturas dos dentes da cremalheira e pinhão; 2. Danos gerais no sistema de giro do guindaste; 3. Risco de deformação no chassi do caminhão; 4. Torção e empenamento da coluna; 5. Desgaste prematuro nos pinos (aumento das folgas entre pinos e buchas); 6. Dano prematuro e possibilidade de ruptura nas articulações; 7. Risco de tombamento. 03 Girar o equipamento em alta velocidade. 1. Deslocamento do guindaste sobre o sobre chassi; 2. Possível torção do chassi do veículo; 3. Quebra dos dentes do conjunto pinhão e cremalheira do sistema de giro; 4. Desgaste prematuro nos pinos (aumento das folgas entre pinos e buchas); 5. Dano prematuro e possibilidade de ruptura nas articulações; 6. Risco de tombamento. 04 Movimentar o caminhão com a carga suspensa pelo guindaste. 1. Risco de danos estruturais no caminhão e guindaste; 2. Risco de tombamento. 05 Levantar cargas com pesos acima do especificado no gráfico de carga (manipular cargas cujo peso total é desconhecido). 1. Possibilidade de danos e rupturas na estrutura; 2. Desgaste prematuro nos pinos (aumento das folgas entre pinos e buchas); 3. Dano prematuro e possibilidade de ruptura nas articulações; 4. Risco de tombamento. 06 Operar quando não tiver visualização do raio de giro do guindaste. 1. Choque da carga com obstáculos. 07 Operar o guindaste desnivelado (máximo 5°) e sem estabilização correta do conjunto caminhão + guindaste (estender lança extensiva e baixar patola). 1. Descontrole da carga; 2. Possibilidade de danos e rupturas na estrutura do veículo e guindaste; 3. Risco de tombamento. 08 Operar sem base de madeira ou com base inadequada 1. Risco de danos estruturais no caminhão e guindaste; 2. Afundamento do solo por falta de base; 3. Risco de tombamento. 09 Operar próximo a barrancos. 1. Risco de tombamento devido desmoronamento. 10 Elevar cargas com dispositivos de fixação, como cintas e correntes, não regulamentados para movimentação de cargas. 1. Ruptura dos dispositivos, queda e danos gerais na carga em içamento. 11 Balançar cargas (efeito pêndulo), tanto no sentido vertical, quanto no sentido horizontal. 1. Possibilidade de danos e rupturas na estrutura; 2. Risco de rupturas dos dentes da cremalheira e pinhão; 3. Desgaste prematuro nos pinos (aumento das folgas entre pinos e buchas); 4. Dano prematuro nas articulações e possibilidade de ruptura nas articulações; 5. Risco de tombamento. 12 Içar e baixar bruscamente a carga. 1. Possibilidade de danos e rupturas na estrutura; 2. Desgaste prematuro nos pinos (aumento das folgas entre pinos e buchas); 3. Dano prematuro nas articulações e possibilidade de ruptura nas articulações; 4. Risco de tombamento. 13 Utilização de brocas sem dispositivo de acoplamento adequado. 1. Desgaste prematuro nos pinos (aumento das folgas entre pinos e buchas); 2. Dano prematuro nas articulações e possibilidade de ruptura nas articulações. 3. Possibilidade de danos e rupturas na estrutura; 14 Operar sobre a cabine do caminhão. 1. Dano à cabine do veículo; 2. Instabilidade do conjunto caminhão + guindaste (conferir Estudo de Integração Veicular); 3. Possibilidade de danos e rupturas no chassi do veículo; 4. Risco de tombamento. 15 Alterar parâmetros de calibração hidráulica (de válvulas e comando). 1. Risco de danos estruturais no caminhão e guindaste; 2. Queda e danos gerais na carga em içamento; 3. Superaquecimento do circuito hidráulico. 16 Elevar pessoas sem equipamentos de segurança descritos na Norma NR-12. 1. Pane no guindaste; 2. Choque contra redes elétricas ou estruturas; 3. Risco de queda. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 15 6. MANUTENÇÃO 6.1 Cronograma de lubrificação e manutenção preventiva Para garantir uma operação eficiente e um máximo rendimento dos guindastes [TKA] é necessário fazer manutenção preventiva. O guindaste é entregue com o reservatório de óleo hidráulico abastecido, assim como, os pinos, articulações e deslizadores são devidamente lubrificados e todos os sistemas ajustados, regulados e testados. Visando evitar problemas de incompatibilidade entre diversos tipos de aditivos das diferentes marcas, aconselhamos usar o mesmo tipo de lubrificante, conforme recomendado neste manual. 6.2 Lubrificação A observância dos prazos indicados e a utilização das graxas aprovadas pela [TKA] é importante para assegurar a durabilidade do seu guindaste e a sua disponibilidade para entrar em operação. Utilizar graxas indicadas na tabela de lubrificantes. (pág. 17) Recomenda-se que esta operação seja realizada pelo operador. TABELA DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA MANUTENÇÃO/FREQUÊNCIA Quando necessário 10h ou Diário 50h ou Semanal 500h ou Semestral 01 Verificar nível de óleo hidráulico no visor. (pág. 18) X 02 Limpar filtro de ar do reservatório hidráulico, quando necessário trocá-lo. (pág. 18) X 03 Trocar o elemento do filtro de retorno sempre que o ponteiro do indicador de saturação sair da faixa verde e juntamente com a troca de óleo. (pág. 18) X 04 Trocar óleo hidráulico. (pág. 18) X 05 Verificar componentes hidráulicos quanto à vazamentos (visual). X 06 Verificar pressão de trabalho, estanqueidade das válvulas de segurança, tomada e bomba. X 07 Verificar folgas, desgaste e trincas dos pinos. X 08 Verificar, apertar ou quando necessário substituir parafusos e porcas: . Fixação das patolas; . Fixação da bomba; . Tomada de força; . Suportes de comando; . Limitadores da patola; . Lanças manuais; . Sobre chassi. X 09 Verificar, apertar ou quando necessário substituir anéis elásticos, arruelas, parafusos e porcas dos pinos e cilindros das lanças. X 10 Verificar e quando necessário apertar grampos de fixação do guindaste no conjunto chassi e sobre chassi. (pág. 19) X 11 Verificar, apertar ou quando necessário substituir parafusos das camisas de giro. (pág. 19) X 12 Verificar e quando necessário regular os deslizadores dos componentes móveis. X 13 Testar todos os movimentos do guindaste, acionando-osaté o final de curso, inclusive o giro, de batente a batente (mínimo 3x). X 14 Verificar a estrutura quanto a trincas, deformações e fissuras. X 15 Verificar ganchos e manilhas. X 16 Limpar o equipamento. X 17 Engraxar todos os pontos de lubrificação. X 18 Verificar e quando necessário substituir adesivos de segurança. X É fundamental controlar e manter atualizados todos os registros das manutenções corretivas e preventivas efetuadas nos guindastes e enviá-las à [TKA] para acompanhamento das condições do conjunto. O objetivo, é preservar o controle técnico e operacional dos equipamentos dentro das suas especificações e características. É recomendado que cada guindaste tenha uma ficha de controle de horas trabalhadas com anotações, troca de óleo, troca de filtros e manutenção realizadas. As informações referentes à manutenção do veículo não são tratadas neste manual, devem ser consultadas no manual do próprio fabricante do veículo. Introduza a quantidade correta da graxa, o que pode ser constatado quando ocorrer a eliminação de uma pequena quantidade de graxa velha (suja) pelas aberturas do mancal. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 16 Extensões de Sapata 1. Abrir as extensões de sapata até o fim de curso; 2. Remover toda a graxa contaminada nas partes a serem lubrificadas (laterais e face interior); 3. Com um pincel de aproximadamente 1” (25,4mm) de largura, deve-se passar um fino filme de graxa do início do trajeto do movimento das partes móveis, sempre na região dos reguladores laterais 4. Baixar o cilindro de sapata até suspender o equipamento, fazendo com que se inverta as folgas, dando a possibilidade de lubrificação nos deslizadores inferiores da extensão da sapata (no túnel); 5. Injetar dois ciclos da máquina pneumática ou manual de engraxar no espaço gerado (1). Sistema de giro 1. Injetar dez ciclos de graxa na região superior do flange do giro, nas graxeiras das buchas das cremalheiras (2) do giro e nas buchas de mancalização do pinhão (3), após girar o equipamento, ao menos duas vezes. Repetir a operação. Articulação de base 1. Injetar graxa na articulação da base (4) até que a graxa limpa saia pela extremidade da articulação, logo após, remover todo excesso de graxa. Mancal da Torre e da Capa 1. Injetar graxa no mancal superior da torre (5) e o mancal da capa das lanças (6) até que a graxa limpa saia pelas extremidades das articulações. Cilindros de Elevação e Inclinação 1. Estender um terço (1/3) do curso dos cilindros de inclinação e elevação; 2. Com a engraxadora, deve-se injetar a graxa nos mancais dos cilindros (7) e (8) até que a graxa limpa pelas extremidades das articulações; 3. Movimentar as articulações engraxadas por pelo menos três vezes; 4. Estender as lanças hidráulicas até o solo, forçando-as contra o mesmo, para que as posições das folgas sejam invertidas; 5. Injetar graxa novamente nos pontos anteriores, mancal da torre (5), mancal da capa das lanças (6) e mancais dos cilindros de elevação (8) e inclinação (9), até que a graxa limpa saia pelas extremidades das articulações; 6. Movimentar por três vezes novamente e os pontos lubrificados; 7. Remover todo o excesso de graxa e lavar com lava jato de água quente. Lanças 1. Abrir as extensões de lança até fim de curso; 2. Remover toda a graxa contaminada nas partes a serem lubrificadas; 1 3 2 5 6 8 8 7 4 MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 17 3. Com um pincel de aproximadamente 1” (25,4mm) de largura, deve-se passar um fino filme de graxa no início do trajeto do movimento das partes móveis, sempre na região dos reguladores laterais; 4. Injetar dois ciclos de graxa nos orifícios existentes em cima das lanças, para lubrificação dos deslizadores superiores e das chapas de regulagem, na parte interna traseira da lança; 5. Com as lanças ainda abertas, encostar a ponta da última lança estendida no solo, forçando-a contra o mesmo, para que se inverta as folgas, dando assim, a possibilidade de lubrificar com pincel a parte inferior da lança na região dos des0lizadores inferiores; 6. Recolher e estender as lanças por três vezes. 6.3 Lubrificantes e fluídos indicados pela [TKA] TIPO GRAXA LUBRIFICANTE ÓLEO HIDRÁULICO ÓLEO LUBRIFICANTE (guincho de cabo (opcional)) Especificação Graxa a base de lítio com aditivação EP. Consistência NLGI 2 Óleo hidráulico ISO VG 68 com propriedades antiespumante, anticorrosiva e antiferrugem Lubrificante com aditivo de extrema pressão, ISO VG 220, antiespumantes, demulsificante e inibidores de corrosão Classificação DIN 51502 - KP2K-20 DIN 51524, parte 2, HLP DIN 51517, parte 3, CLP 6.4 Manutenção do sistema hidráulico Cuidados com o sistema hidráulico O correto funcionamento do sistema hidráulico do guindaste é de extrema importância para a segurança das operações com guindaste, pois é este sistema que impulsiona todas as funções. Portanto, um sistema hidráulico mal conservado, fatalmente irá provocar falhas no funcionamento e perda de rendimento e segurança. Limpeza Sem dúvida, a palavra-chave em se tratando de sistema hidráulico, é a limpeza, pois: - Partículas abrasivas irão provocar desgaste acelerado de itens como camisas de cilindro, bombas e válvulas. - Muitos componentes, em especial válvulas de controle, possuem folgas e orifícios muito pequenos, ou seja, trabalham com grande precisão. Neste caso, partículas de sujeira podem travar seus movimentos. - Fazendo a troca de fluído e filtros nos períodos recomendados no plano de manutenção. - Ao instalar bombas, preencha as carcaças com óleo antes da partida. - Ao abastecer o sistema hidráulico com óleo novo, acione todos os componentes hidráulicos sem carga por alguns minutos para a completa desaceleração de tubulações, cilindros e válvulas. - Jamais acione a tomada de força com o reservatório hidráulico vazio e/ou com o registro fechado. - Não use estopas para vedar as tubulações e conexões, nem para secar peças. - Somente utilize trapos de malha ou toalhas adequadas para limpeza de componentes hidráulicos. - Use um recipiente adequado para recolher os líquidos drenados. Acondicione os líquidos drenados em local apropriado. Evite contaminar o solo e rios ou esgotos. - Sempre aliviar a pressão do sistema hidráulico antes de executar serviços de manutenção e regulagem de componentes hidráulicos. - Jamais permitir a entrada de impurezas no reservatório hidráulico ou em componentes desconectados do circuito. - Antes de executar qualquer reparo no sistema hidráulico, faça uma lavagem geral do guindaste, dando especial atenção aos componentes hidráulicos. A limpeza externa dos componentes, além de evitar a contaminação do sistema, facilita e agiliza o trabalho. Em função da importância da limpeza, salientamos que esta preocupação inicia desde a fabricação dos guindastes. Após a montagem, todos os componentes passam por um rigoroso teste de funcionamento e pressão, portanto cabe aos usuários dos nossos produtos zelar para que essa qualidade seja conservada ao longo da vida útil do equipamento. - Na troca de mangueiras e tubos, após abrir conexões, proteja as extremidades com tampões plásticos como os ilustrados abaixo. - Sempre cobrir e tamponar as conexões, tubulações e mangueiras soltas. - Antes de instalar componentes novos, deve-se no mínimo passar ar comprimido. - Ao usar mangueiras em metro (1), com montagem de terminais rosqueados (2) ou prensados no local: as mangueiras devem ser guardadas em local limpo, seco e arejado. Contaminação com água A presença de água em um circuito hidráulico também é extremamente, nociva aos componentes, pois provoca desgaste acelerado, em especial das bombas e oxida peças como cilindros eválvulas. Como o fluído hidráulico trabalha em alta temperatura, o efeito da água é ainda mais destrutivo, pois forma vapores ácidos que Óleo hidráulico sob pressão pode penetrar na pele. Períodos longos de troca de óleo causam a alteração das propriedades físico- químicas do fluído, prejudicando sua viscosidade, com sérias consequências ao sistema. 1 2 Nunca misturar óleos de classificação ou marcas diferentes. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 18 aceleram a oxidação e deterioração das vedações. Cilindros hidráulicos Verificar as hastes dos cilindros hidráulicos quanto a entalhes e arranhaduras que indicam efeitos de desalinhamento ou partículas constantes incrustadas no anel raspador. Se forem excessivamente profundos, a haste deverá ser substituída. Se os cilindros não retêm a carga (quando a alavanca do comando estiver em neutro) ou abrirem lentamente, isto indica que provavelmente as vedações estão danificadas, devendo ser substituídas. Durante a manutenção e operação do equipamento, tenha máximo cuidado com hastes dos cilindros; evite que sofram pancadas ou riscos que podem causar danos as vedações. PRESERVE O MEIO AMBIENTE ÓLEO E GRAXAS SÃO RECICLÁVEIS Cuidado com o tanque de óleo hidráulico - Verificar se o registro está totalmente aberto e só depois, pôr a máquina em funcionamento. O registro fechado danifica a bomba. Causas de falhas em circuitos hidráulicos - Nível de fluído baixo: provoca superaquecimento do fluído e risco de cavitação da bomba. - Óleo contaminado, com impurezas e/ou água. - Registros de sucção (3) fechado (sob o reservatório). - Obstrução na linha de sucção. - Filtro de ar (respiro 4) entupido: risco de cavitação da bomba e o sistema hidráulico pode ficar inoperante. - Entrada de ar no duto de sucção (5) da bomba: causa cavitação, que pode ser constatada através de um ruído na bomba com frequência característica e proporcional a rotação. A persistência desta situação irá provocar o arrancamento de partículas das superfícies que envolvem os dentes das engrenagens, destruindo a bomba. Além das causas para a cavitação citadas acima, também a viscosidade excessiva do fluído pode causá-la. Bomba hidráulica: teste de eficiência - Verificar pressão de trabalho indicada na placa de série do equipamento. - Engatar a tomada de força, acionar a alavanca do cilindro de elevação até o final de curso e verifique no manômetro a pressão a resultante. Conserve a alavanca acionada por 15 segundos, a pressão deve se manter. - Caso ela não se mantenha, a bomba apresenta perda de potência, o que definirá a necessidade de substituí-la. - Operação com pressão incorreta. Havendo dúvidas sobre a pressão de operação do sistema hidráulico, solicite um técnico [TKA] para análise das causas e os ajustes necessários. Verificação de nível de fluído O nível deve ser verificado com a máquina perfeitamente nivelada, todos os cilindros hidráulicos recolhidos e óleo quente. Nesta condição, o nível deve estar a ¾ do visor (6). Para completar, se necessário, remova a tampa (7). Com o visor de nível é incorporado o termômetro (6), que indica a temperatura do fluído. A escala vai de 30°C a 80°C. Troca de óleo e filtro - Remova o bujão de dreno (8) sob o reservatório e drene todo o fluído em recipientes adequados. O nível deve ser verificado com a máquina perfeitamente nivelada, com todos os cilindros recolhidos e com o óleo quente. 3 4 5 7 6 A água geralmente é percebida como uma descoloração do fluído, que adquire um aspecto “leitoso”. Execute esta operação com o sistema hidráulico em temperatura normal de funcionamento, veículo nivelado e equipamento recolhido. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 19 Respeite a natureza! Dê ao óleo o destino aprovado pela Legislação Ambiental vigente. Óleos são recicláveis. - Remova a tampa superior (7), a mola (11) e o filtro de retorno (9). - Remova e descarte o elemento filtrante (9). - Verifique o vedador (12), trocando-o se necessário. - Monte um elemento filtrante (9) novo e reinstale a mola (11) e a tampa (7); observe as posições nas figuras. - Verificar e limpar o filtro de ar (4) com ar comprimido. Em caso de saturação, trocar o filtro. Na troca do filtro de óleo terá de ser trocado o filtro de ar. - Reinstale o bujão (8) e reabasteça o reservatório até o nível correto (visor 9). - Ao mudar de fornecedor de óleo ou trocar o óleo de todo o circuito, aconselha-se procurar assistência técnica autorizada e comunicar a fábrica. Medidor de saturação - Quando ligar o equipamento em locais com temperatura ambiente baixa, o medidor de saturação externo vai apresentar uma obstrução pela alta viscosidade do óleo e o visor vai marcar pressões superiores a 4 bar, o que marcara no visor fora da zona verde. - Para anular este efeito a tomada de força deverá ser acionada e o guindaste trabalha sem acionar nenhuma função até que o visor de medidor de saturação retome a posição dentro da faixa verde, se não retornar substitua o elemento filtrante. - Acione o motor e a tomada de força. - Acione todas as funções hidráulicas até final de curso durante alguns minutos a fim de fazer a sangria do sistema. - Desligue o motor e verifique novamente o nível conforme descrito anteriormente. 6.5 Ajuste dos guias laterais dos segmentos de lança As lanças são guiadas lateralmente pelos guias localizados nos pontos em ambos os lados das lanças. Regulagem dos guias É feito pela parte externa das lanças. Solte as contra porcas e com uma chave Allen, gire o parafuso de ajuste. 6.6 Reaperto dos grampos de fixação do guindaste e camisas de giro Conforme recomendado no plano de manutenção, deve-se verificar os grampos de fixação do guindaste e camisas de giro. Torque de aperto recomendado para os grampos GRAMPO TORQUE CLASSE DA PORCA 01 3/4" - 16 UNF 130 Nm CL.5 02 1" - 12 UNF 250 Nm CL.5 03 1 1/4" - 12 UNF 500 Nm CL.5 Torque de aperto recomendado para as camisas de giro PARAFUSO TORQUE 01 M12 x 1,75 40 Nm 02 M16 x 2 100 Nm 03 5/8” - 11 UNC 100 Nm A presença de ar no sistema hidráulico representa riscos à segurança, por estar sujeito à movimentos descontrolados e involuntários. - Com o fluído hidráulico frio e em locais onde a temperatura ambiente for inferior a 10°C, é normal o ponteiro (10) entrar na faixa vermelha, em função da resistência do fluído ao escoamento. Portanto, nesta condição ignore o ponteiro. Porém, se este entrar na faixa vermelha com o fluído aquecido, troque imediatamente o filtro. - Os registros (3) das linhas de sucção, devem permanecer sempre abertos, exceto em caso de manutenção que implique em desmontagem de componentes, para evitar a necessidade de drenar o fluído do reservatório. - A manutenção que envolve ajustes de pressão de válvulas de controle, contrabalanço, retenção troca de tubos, mangueiras, e conexões, deve ser efetuada por mecânicos da rede de representantes autorizados, pois requerem ferramentas e conhecimentos especializados. Ajuste os guias de forma que as folgas fiquem homogêneas e os segmentos de lança fiquem centralizados e deslizando livremente. 12 10 9 11 7 8 MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 20 6.7 Conservação do equipamento em períodos inativos Entende-se por “conservações”, os cuidados adicionais, além dos descritos até aqui, visando manter o equipamento nas melhores condições possíveis, por mais tempo. - Em períodos inativos, é fundamental que o guindaste seja armazenado em local coberto e seco. Sem isso, não há conservação, pois o mesmo fica sujeito à ação das intempéries que causam ferrugem, “envelhecimento” da pintura, deterioração de plásticos, borrachas e mangueiras. Os períodos inativosdevem ser aproveitados também, para a eventual substituição de peças que apresentam desgaste próximos do limite tolerável. Um bom exemplo disso são as buchas, ao fazer a manutenção em períodos de inatividade, garante-se um bom funcionamento sem interrupções ao retornar ao trabalho. Basicamente os pontos relativos à conservação são: 1. Limpeza geral do equipamento; 2. Lubrificação completa, incluindo as hastes dos cilindros hidráulicos, visando proteger o revestimento do cromo; 3. As partes desprotegidas de pintura devem ser revestidas com produtos antiferrugem, com óleos de proteção; 4. Se possível, movimente o equipamento ao menos uma vez por semana; 5. Guarde o guindaste em lugar coberto e protegido das intempéries do clima. 7. LINGUAGEM DE SINAIS A prática dos sinais é usada em todo o mundo. No entanto, existem variações locais. Por isso, sempre que alguém executar a sinalização por gestos, esta deve ser uniformizadas entre o operador e os demais envolvidos na operação. Vantagem do uso dos sinais: a) O “vocabulário limitado” dos sinais padrões evita um duplo entendimento. b) Instruções verbais se tornam mais difíceis de interpretar entre o locutor e o ouvinte, mesmo com o uso do rádio que pode sofrer interferência e chiados, aumentando o risco de desentendimento e movimentos errados. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 21 8. TROCA DE ÓLEO Dados do Equipamento Equipamento: ____________________ Ano: _______________ N° Série: _______________________ MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 22 9. ENTREGA TÉCNICA Deverá ser realizada na presença do cliente e/ou operador, observando os pontos relacionados na tabela a baixo. ENTREGA TÉCNICA 01 Apresentar o manual 12 Patolar o equipamento garantindo o nivelamento. 02 Ler atentamente a tabela de manutenção periódica. (pág. 15) 13 Acione os cilindros de elevação e inclinação retirando a lança do berço e realize três movimentos de giro completo. 03 Orientar quanto à importância da informação de cada adesivo. 14 Testar três vezes o funcionamento das lanças hidráulicas e abrir e fechas as lanças manuais (quando contemplado no equipamento) em todas as suas posições, com carga de acordo com o gráfico. 04 Posicionar o veículo em local plano com espaço para movimentação de simulação de operação. 15 Verificar se os guias laterais, deslizadores superiores e inferiores, sistema de giro e mancais apresentam sinais de que foram lubrificados. 05 Verificar o nível de óleo. 16 Mostrar que todas as conexões de tubulações, mangueiras, válvulas e comandos estão isentas de vazamento. 06 Acionar tomada de força, verificar funcionamento do LED e horímetro (quando contemplado no equipamento). 17 Nos equipamentos com guincho de cabo, instalar moitão superior e inferior em cada opção (uma, duas três linhas de cabo) testando o guincho em cada situação. 07 Apresentar funcionamento do acelerador. Orientar parametrização quando caminhão eletrônico. 18 Nos equipamentos com preparação para broca, instalar o suporte na ponta da lança. 08 Aguardar 5 minutos para pré-aquecimento de óleo e verificar medidor de saturação externo no filtro de retorno. 19 Nos equipamentos com limitadores de momento de carga (LMI), testar parametrização. 09 Acionar levemente as alavancas do comando mostrando o funcionamento de todas as funções hidráulicas conforme adesivos. 20 Nos equipamentos com controle remoto, testar operações com o rádio comando e as alavancas manuais do comando. 10 Verificar se o manômetro está funcionando. 21 Nos equipamentos com cesto acoplado, testar funcionamento. 11 Testar o funcionamento dos extensivos de patolas dianteiros e traseiros (quando contemplado) em todas suas posições. 22 Nos equipamentos com garra, testar rotação, abertura e fechamento da garra. 10. GARANTIA 10.1 Termo de garantia [TKA] O termo de garantia só terá validade se devolvido assinado ao departamento de pós venda da [TKA] ou enviado arquivo digital (escaneado) assinado para o e-mail sac@tkacranes.com. 10.2 Plano de revisões As revisões deverão ser efetuadas pelo representante [TKA] mais próximo do local em que o equipamento se encontra ou na fábrica em Flores da Cunha, de acordo com o plano de revisões abaixo: 1. 50 (cinquenta) horas ou 3 (três) meses 2. 500 (quinhentas) horas ou 6 (seis) meses (primeira troca de óleo) 3. 1000 (mil) horas ou 12 (doze) meses 4. 2000 (duas mil) horas ou 24 (vinte e quatro) meses 5. 3000 (três mil) horas ou 36 (trinta e seis) meses 10.3 Entrega técnica A entrega técnica consiste das seguintes atividades: 1. Inspeção geral do equipamento, verificando cada ponto do relatório de entrega técnica, com o usuário; 2. Assinatura do relatório de entrega técnica pelo usuário, é indispensável para a concessão de garantia pelo fabricante; 3. Demonstração ao usuário (operador) do funcionamento do equipamento (todas operações) quantas vezes forem necessárias; 4. Noções de manutenção, segurança e normas técnicas serão transmitidas ao operador, juntamente com a leitura do manual de operação. MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GUINDASTES 23 1. ORIENTAÇÃO PARA SOLICITAÇÃO DE PEÇAS 2. IDENTIFICAÇÃO DO GUINDASTE Como solicitar assistência técnica [TKA] 3. SEGURANÇA Advertências utilizadas neste manual 3.1 Adesivos de advertência Adesivos existentes no equipamento 3.2 Equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados 3.3 Dispositivos de segurança existentes no equipamento 3.4 Requisitos para operação do guindaste Formação e conhecimentos necessários para os operadores Quanto a operação 3.5 Quanto ao equipamento Antes de iniciar a operação Durante a operação Plano de Rigging Quanto as patolas 3.6 Quanto ao local Ao operar sobre pontes, viadutos ou encostas íngremes, pisos com degraus e similares. Precauções quanto a choques e redes elétricas No caso de choque elétrico, como proceder 3.7 Quanto a manutenção No sistema hidráulico 4. APRESENTAÇÃO 4.1 Guindaste hidráulico veicular articulado 4.2 Identificação dos componentes 5. OPERAÇÃO 5.1 Gráfico de carga x alcance 5.2 Operação 5.3 Técnicas corretas de operação Rotação do Motor Acionamento dos comandos hidráulicos O que não fazer com os comandos Cuidados ao movimentar a carga 5.4 Antes de iniciar a operação 5.5 Indicadores 5.6 Comandos hidráulicos Comando principal (operação) Comando auxiliar (patolamento) 5.7 Estabilização e nivelamento do conjunto caminhão + guindaste Nivelamento do guindaste: 5.8 Operação passo-a-passo 5.9 Para parar o guindaste Colocar o guindaste na posição de transporte Recolhimento completo dos cilindros das patolas estabilizadoras 5.10 O que não deve ser feito com o guindaste 6. MANUTENÇÃO 6.1 Cronograma de lubrificação e manutenção preventiva 6.2 Lubrificação Extensões de Sapata Sistema de giro Articulação de base Mancal da Torre e da Capa Cilindros de Elevação e Inclinação Lanças 6.3 Lubrificantes e fluídos indicados pela [TKA] 6.4 Manutenção do sistema hidráulico Cuidados com o sistema hidráulico Limpeza Contaminação com água Cilindros hidráulicos Cuidado com o tanque de óleo hidráulico Causas de falhas em circuitos hidráulicos Bomba hidráulica: teste de eficiência Verificação de nível de fluído Troca de óleo e filtro Medidor de saturação 6.5 Ajuste dos guias laterais dos segmentos de lança Regulagem dos guias 6.6 Reaperto dos grampos de fixação do guindaste e camisas de giro Torque de aperto recomendado para os grampos Torque de aperto recomendado para as camisas de giro 6.7 Conservação do equipamento em períodos inativos 7. LINGUAGEM DE SINAIS 8. TROCA DE ÓLEO Dados do Equipamento 9. ENTREGA TÉCNICA 10. GARANTIA 10.1 Termo de garantia [TKA] 10.2 Plano de revisões 10.3 Entrega técnica