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ISBN 978-85-16-11103-8 9 7 8 8 5 1 6 1 1 1 0 3 8 C o m p o ne nt e cu rr ic ul ar : C iê nc ia s C IÊ N C IA S 4 o an o Karina Pessôa Leonel Favalli CIÊNCIAS Novo Pitanguá 4 o ano g19_4pmc_capa_prof.indd 1 1/19/18 2:28 PM 1a edição São Paulo, 2017 MANUAL DO PROFESSOR Ensino Fundamental • Anos Iniciais 4o ano Componente curricular: Ciências CIÊNCIAS Karina Pessôa Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestra em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Professora de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Autora de livros didáticos para o ensino básico. Leonel Favalli Licenciado e bacharel em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autor de livros didáticos para o ensino básico. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 1 1/19/18 10:28 AM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Pessôa, Karina Novo Pitanguá : ciências : manual do professor / Karina Pessôa, Leonel Favalli. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano. Componente curricular: Ciências. 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Favalli, Leonel. II. Título. 17-11211 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Maira Renata Dias Balestri Assistência editorial: Everton Amigoni Chinellato, Rafael Aguiar da Silva Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Leonardo de Moura Amaral Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Ana Paula Felippe, Shirley Gomes Revisão: Lilian Vismari, Liliane Pedroso, Regina Barrozo, Viviane Teixeira Mendes Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 2 1/19/18 10:28 AM O conhecimento de Ciências é essencial para a formação de cidadãos com uma postura participativa na sociedade, capazes de interagir de forma crítica e consciente. Diante disso, elaboramos esta coleção procurando confeccionar um material de apoio que fornece aos professores e aos alunos uma abordagem abrangente e integrada dos conteúdos, na qual os alunos são agentes participativos do processo de aprendizagem. Durante o desenvolvimento dos conteúdos, procurou-se estabelecer relações entre os assuntos e as situações cotidianas dos alunos, respeitando os conhecimentos trazidos por eles, a partir de suas vivências. Com isso, os assuntos são desenvolvidos de maneira que o aluno seja agente na construção de seu conhecimento e estabeleça relações entre esses conhecimentos e seu papel na sociedade. Diante dessas perspectivas do ensino de Ciências, o professor deixa de ser apenas um transmissor de informações e assume um papel ativo, orientando os alunos na construção de seus conhecimentos. Apoiados nessas ideias e com o objetivo de auxiliar os professores em seu trabalho em sala de aula, propomos este manual do professor. Nele, encontram-se pressupostos teóricos, comentários, sugestões e atividades complementares que visam auxiliar o desenvolvimento dos conteúdos e atividades propostas em cada volume desta coleção. APRESENTAÇÃO 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 3 1/19/18 11:45 AM SUMÁRIO Conhecendo a coleção ............... V Estrutura da coleção ........................................................ V Estrutura do livro do aluno ............................................. V Estrutura do Manual do professor ..............VIII A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ........ X A estrutura da BNCC ..........................................................X Competências da BNCC ...................................................... XI Competências gerais .............................................................XII Competências específicas de Ciências da Natureza................................................XIII Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC ...........................................................XIII Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC .............................XIV O trabalho com os Temas contemporâneos ................................................................. XV Relações entre as disciplinas ............................XVI A prática docente ..................XVII Procedimentos de pesquisa ................XVIII Definição do tema ............................................................ XVIII Objetivo da pesquisa................................................... XVIII Cronograma ...................................................................................... XIX Coleta de informações ................................................... XIX Análise das informações ............................................. XIX Produção ............................................................................................... XIX Divulgação .............................................................................................XX Espaços não formais de aprendizagem .................................................................XX Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem ..................................................................... XXI A tecnologia como ferramenta pedagógica ...................................................................................XXI Competência leitora ..............................................XXII Avaliação ................................ XXIV Três etapas avaliativas ................................. XXIV Avaliação inicial ou diagnóstica ................XXIV Avaliação formativa .....................................................XXIV Avaliação somatória ....................................................XXIV Fichas de avaliação e autoavaliação................................................................XXV O ensino de Ciências ...........XXVI Fundamentos teórico-metodológicos ................................ XXVI Proposta pedagógica da coleção ............XXVI Problematização .............................XXIX Observação ....................................XXIX Atividades de experimentação investigativa ....................................XXX Trabalho em grupo .........................XXX Distribuição dos conteúdos de Ciências ........ XXXI Bibliografia ...........................XXXII 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 4 1/19/18 10:28 AM 51 Olha que efeito legal! Nessa festa indiana, as pessoas espalham pó colorido, formando uma mistura de cores. Você já viu uma mistura como essa? CONECTANDO IDEIAS 1. Para você, o que é uma mistura? 2. Cite uma mistura que é formada em situações do seu cotidiano. 3. Cite um procedimento que geralmente é realizado para formar misturas. g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd51 17/01/18 7:20 PM 50 Festa chamada Holi Festival, na Índia, em 2017. Misturas no dia a dia V IS H A L B H A T N A G A R /N U R P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 50 17/01/18 7:20 PM V Páginas de abertura As duas páginas espelhadas de abertura apresentam uma imagem, um pequeno texto e questões no boxe Conectando ideias, que abrem espaço para que se inicie a abordagem dos conteúdos da unidade. As questões têm como objetivo levar o aluno a refletir sobre a situação apresentada na imagem, explorar seus conhecimentos prévios acerca dos conteúdos e aproximar o assunto da realidade da criança. Conhecendo a coleção Esta coleção destina-se a alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Funda- mental. Ela é formada por um conjunto de cinco volumes (1o ao 5o ano), sendo cada um deles dividido em quatro unidades que, por sua vez, são subdivididas em temas. As unidades se iniciam com duas páginas de abertura que apresentam uma imagem e algumas questões, com o objetivo de levar os alunos a realizarem reflexões iniciais sobre o tema abordado. As páginas de conteúdos, as seções especiais e as atividades apresentam imagens, tabelas, quadros e outros tipos de recursos que favorecem a compreensão dos assuntos estudados e contribuem para o desenvolvimento de um olhar crítico para os temas. Estrutura da coleção Estrutura do livro do aluno Conteúdo Em cada tema, os conteúdos se iniciam, preferencialmente, com debates ou situações contextualizadas. Os recursos e as atividades sugeridos ao longo das unidades procuram abordar assuntos relacionados ao cotidiano dos alunos, permitindo a eles formular trocar ideias e estabelecer relações entre os conhecimentos científicos e seu cotidiano. Em vários momentos ao longo da leitura dos textos, os alunos são estimulados a expressarem seus conhecimentos prévios, de modo a incentivá-los a participar ativamente do processo de aprendizagem. Boxe complementar Apresenta informações complementares e curiosidades a respeito dos assuntos tratados no conteúdo, despertando o interesse do aluno e contribuindo para a complementação dos conteúdos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 5 1/19/18 10:28 AM 1. Converse com seus colegas sobre as principais atividades que o ser humano realiza e que contribuem para causar o aquecimento global. 2. Em que estado físico se encontra a água que forma as geleiras? 3. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorre com o derretimento das geleiras? 4. Pesquise outro animal que pode ser prejudicado pelas mudanças climáticas, além do urso-polar. 107 O derretimento de geleiras pode provocar o aumento do nível da água dos oceanos. Isso pode gerar muitos prejuízos aos diversos ambientes na Terra, além de afetar diversos animais, como os ursos-polares. Segundo outros estudos, a intensificação do efeito estufa tem influenciado os períodos de seca e de chuva, causando tempestades, furacões, entre outros fenômenos. Ursos-polares. As mudanças climáticas têm dificultado a obtenção de alimentos por esses animais. Urso-polar pode atingir cerca de 3,4 m de comprimento. S E P P F R IE D H U B E R /I S TO C K P H O TO S /G E T T Y IM A G E S g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 107 17/01/18 7:54 PM 83 Não beba a mistura de água e terra. D Coloque um pouco de terra dentro da outra garrafa plástica. Adicione água até atingir a metade de sua capacidade e tampe-a. Em seguida, agite a garrafa para misturar bem a água com a terra. E Despeje cuidadosamente essa mistura dentro do funil e observe o aspecto da água que escoa para dentro do copo. 1. Como estava a água misturada à terra, antes de passar pelo funil? 2. O que aconteceu com a água depois de passar pelo funil? 3. Qual é o nome da técnica de separação de mistura, representada nessa atividade? 4. O que você pode concluir a partir dos resultados dessa atividade? 5. Converse com seus colegas sobre os resultados. REGISTRE O QUE OBSERVOU Imagem referente à etapa E. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 83 17/01/18 7:36 PM 82 INVESTIGAR E COMPARTILHAR •O que acontece quando despejamos água com terra em um filtro? •Por que isso acontece? Peça auxílio a um adulto para cortar as garrafas. algodão MATERIAIS •2 garrafas plásticas (PET) de 2 litros •algodão •carvão vegetal moído •areia •pequenas rochas •água •terra •tesoura com pontas arredondadas Encaixe o funil no copo. Peça ao adulto que corte uma das garrafas plásticas ao meio. A parte do gargalo formará um funil e a base, um copo. B CA Coloque, dentro do funil, o algodão, o carvão vegetal moído, a areia e as rochas, formando quatro camadas. Imagem referente às etapas A e B. Imagem referente à etapa C. rochas areia carvão vegetal FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 82 17/01/18 7:36 PM 35 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Seres vivos microscópicos e as relações alimentares no ambiente 13 NA PRÁTICA •O que acontece com as cascas de frutas, como de bananas, após alguns dias? Para investigar o processo de decomposição dos alimentos, realize a atividade descrita a seguir. Como vimos, algumas bactérias e fungos desempenham um papel muito importante nos ambientes: eles decompõem os restos de outros seres vivos, liberando no ambiente nutrientes que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Na atividade da seção Na prática você observou a ação de fungos e de bactérias decompositores nas cascas das bananas. Os seres vivos microscópicos participam das relações alimentares entre os seres vivos, que ocorrem nos ambientes. É sobre essas relações que estudaremos a seguir. MATERIAIS •cascas de 2 bananas maduras •saco plástico transparente A Coloque as cascas das bananas dentro do saco plástico. B Amarre bem a boca do saco e deixe-o em um local da escola, por cerca de 15 dias. Cascas de bananas no interior de um saco plástico. a. Como as bananas ficaram depois do tempo esperado? b. O que provocou a decomposição das bananas? TU LI O S A N C H E S g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 35 17/01/18 6:54 PM Vamos colocar em prática essas dicas e fazer um vídeo tutorial explicando como montar e observar um gnômon. Para isso, junte-se a dois colegas e peça auxílio ao professor. Pesquise vídeos tutoriais na internet para se familiarizar com esse tipo de recurso e estimular a criatividade para produzir seu vídeo. Utilize a seção Investigar e compartilhar das páginas 124 e 125 desta unidade como base para produzir o roteiro do seu vídeo tutorial. Explique todo o processo de montagem do gnômon e seu funcionamento. Não se esqueça de ficar atento com a exposição à luz solar no momento da gravação do vídeo. Depois de gravar e finalizar seu vídeo apresente-o na escola para seus colegas. AGORA É COM VOCÊ! 153 Imagem referente à etapa 6. Para gravar o vídeo você pode utilizar uma câmera fotográfica digital, uma câmera filmadora ou um telefone celular. Após a gravação do vídeo, você pode editá-lo no computador e deixá-lo pronto para a apresentação. Nessa etapa, você pode usar um software que permite eliminar partes do vídeo que não ficaram adequadas, além de outras funções. Apresente seu vídeo tutorial para os colegas. 4 5 6 Outra alternativa é fazer o tutorial utilizando fotografias e inserir as instruções necessárias com um software editor de imagens no computador. 7 IL USTR AÇ Õ ES : W ER LL EN H O LA N D A g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 153 1/17/18 6:49 PM Vídeo tutorial Atualmente, é comum encontrarmos vídeos que explicam o passo a passo uma receita, como montar algum objeto ou realizar procedimentos relacionados a alguma tarefa. Esses tipos de vídeos são conhecidos como vídeostutoriais. Veja a seguir como fazer um vídeo tutorial explicando, passo a passo, como confeccionar um avião de papel. 152 PARA SABER FAZER Vídeo tutorial de como fazer um avião de papel Roteiro • Apresentar-se. • Dizer o que vai fazer (avião de papel). • Falar os materiais necessários. • Fazer o avião de papel mostrando e explicando todos os passos necessários. • Mostrar o resultado final. • Despedir-se. Imagem referente à etapa 1. Imagem referente à etapa 3. 3 Na gravação do vídeo, siga o roteiro produzido. Passe as informações com calma, falando pausadamente e dando as instruções com clareza. Além disso, seja objetivo no passo a passo e evite atropelos. 2 Ensaie a apresentação do tutorial antes de gravar. Antes de começar a filmar o vídeo tutorial é preciso escolher o tema, definindo o que vai explicar. Nesse exemplo, o tema do tutorial é como fazer um avião de papel. A organização e o planejamento do vídeo também são importantes. Faça um roteiro das etapas que você vai explicar, destacando nele o que vai falar e também o que vai apresentar visualmente. Liste em tópicos o que você vai falar. Inclua no roteiro a sequência para montar o avião de papel. 1 g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 152 1/17/18 6:49 PM VI Investigar e compartilhar Nessa seção são propostas atividades práticas que permitem aos alunos levantar hipóteses, manipular materiais, investigar, organizar as observações e trocar ideias sobre os resultados obtidos. Dessa forma, os alunos se tornam um agente ativo no processo de aprendizagem. Para saber fazer Seção que apresenta um roteiro para orientar o aluno a realizar, passo a passo, atividades frequentemente trabalhadas na escola ou construir ferramentas importantes para o desenvolvimento de cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Além disso, a seção também contribui para o desenvolvimento da empatia e da cooperação ao propor trabalhos em grupo. Atividades Nessa seção são propostas atividades que aprofundam os conteúdos abordados, despertando nos alunos a curiosidade intelectual, estimulando-os a recorrer aos conhecimentos científicos para analisar, investigar, formular e resolver problemas. Além disso, as atividades dessa seção procuram estabelecer conexões com outras áreas do conhecimento, favorecendo a integração de saberes. Cidadão do mundo Essa seção explora os temas contemporâneos com base em situações do cotidiano. Nela, são propostas questões que exploram a problemática levantada, estimulando reflexões em relação ao assunto. No decorrer dos volumes da coleção são trabalhados os temas contemporâneos elencados na BNCC: preservação do meio ambiente; educação para o consumo; educação financeira e fiscal; trabalho; ciência e tecnologia; direitos da criança e do adolescente; direitos humanos; diversidade cultural; educação para o trânsito; sexualidade; saúde; educação alimentar e nutricional; processo de envelhecimento e valorização do idoso; e vida familiar e social. O nome do tema contemporâneo abordado é destacado apenas nos comentários do manual do professor. Na prática Essa seção apresenta atividades práticas de execução rápida e que não exigem muitos recursos para serem desenvolvidas. Com elas, procura-se levar os estudantes a investigar, na prática, alguns conceitos e propriedades. O objetivo dessa seção é que o professor realize as atividades na própria sala, pois são de fácil execução, e que as utilize como situação-problema para iniciar a abordagem de alguns conteúdos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 6 1/19/18 10:28 AM Resposta oral: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido oralmente. Resposta no caderno: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido no caderno. Em grupo: indica que a atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. Ideias para compartilhar: indica uma oportunidade para os alunos compartilharem uma ideia ou experiência a respeito de determinado assunto. Um espaço para que o aluno expresse soluções para problemas individuais ou coletivos, propiciando a socialização de hipóteses, conhecimentos, habilidades e vivências. Ler e compreender: indica que a atividade envolve a leitura e a interpretação de textos e imagens, uma oportunidade de trabalho com a competência leitora. Além das questões de interpretação sugeridas, há orientações no manual do professor que auxiliam o desenvolvimento dessa competência. Atitude legal: indica um breve momento de reflexão a respeito de atitudes que envolvem valores ou competências socioemocionais relacionados ao assunto tratado. Dica: indica uma informação que pode ser utilizada para facilitar o desenvolvimento e a resolução de uma atividade ou item. Proporção: indica que as imagens não estão proporcionais entre si. Cor: indica que as cores utilizadas na imagem não correspondem às reais. Quadro medida: indica a medida de alguns seres vivos adultos. Para saber mais Apresenta sugestões de livros, filmes e sites que podem ser explorados pelos alunos. Cada sugestão é acompanhada por sua sinopse. Glossário Apresenta o significado e as informações complementares relacionados a termos que os alunos possam desconhecer ou não compreender. Eles são destacados no momento em que aparecem pela primeira vez nos textos do livro do aluno. Bibliografia Apresenta ao final de cada volume as principais obras utilizadas para consulta e como referência na produção das unidades do livro do aluno. VII O que você estudou sobre... Essa seção tem como objetivo sistematizar os principais conceitos trabalhados na unidade, uma oportunidade para o aluno realizar uma autoavaliação de sua aprendizagem e retomar os conceitos estudados. Nela, são apresentados tópicos com os principais conceitos trabalhados. Para isso, nesse manual são propostas dinâmicas para o trabalho com essa seção, de modo que o professor avalie a aprendizagem dos alunos, além de estimulá-los a construir colaborativamente uma síntese dela. Ícones No decorrer das unidades, diversos ícones auxiliam a organização e a condução do trabalho. Veja o significado de cada um deles. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 7 1/19/18 10:28 AM 90 Nesta unidade serão apresentadas as transformações químicas e físicas da matéria, com foco em situações do cotidiano. As mudanças de esta- dos físicos serão aprofundadas com o estudo teórico e prático desses fenômenos, utilizando a água como exemplo. Para finalizar, os alunos serão convidados a refletir sobre as transformações provocadas por ati- vidades humanas e suas consequên- cias para a vida na Terra. Destaques da BNCC • Nas questões, os alunos são levados a descobrir, por meio da reflexão, o que acontece com um material do dia a dia quando exposto a diferentes condições de temperatura (aqueci- mento e resfriamento), contribuindo para o desenvolvimento da habilida- de EF04CI02 da BNCC. • A abertura da unidade convida os alunos a observar uma escultura, o que desenvolve o senso estético, contribuindo para o desenvolvimen- to da Competência geral 3 da BNCC. • Inicie a aula solicitando aos alunos que observem a imagem e a des- crevam. Solicite que discutam sobre o material utilizado para fazer a es- cultura. Peça que façam estimativas sobre o tamanho da escultura, utili- zando elementos da imagem como a altura do homem. • Explique que se trata de uma obra do artista Anish Kapoor, finalizada em 2006, e que se situa na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Em seguida, discuta as questões com os alunos, incentivando-os a se ex- pressar e a usar a criatividade, espe- cialmente na questão 2. • Explique que o aço é um material produzido pelo ser humano, com base na mistura de ferro, carbono e outros materiais. A produção de aço é uma tecnologia relacionada à side- rurgia. Existem quatro tipos de aço, usados para finalidades diferentes, e entre eles está o aço inoxidável. Acompanhandoa aprendizagem • Observe o que os alunos já conhecem sobre mudanças de estado físico e sobre as características de cada estado. Retome a abertura ao final do estudo da unidade. • EF04CI02: Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a dife- rentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade). • Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 90 Transformação de materiais Você já parou para pensar em como o ser humano molda os materiais para criar os mais diferentes objetos? Para fazer essa escultura, o artista estadunidense Anish Kappor utilizou aço inoxidável, e seu formato foi inspirado no metal mercúrio em estado líquido. Y U LI IA P O D U S O VA /S H U T T E R S T O C K g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 90 17/01/18 7:41 PM 91 1. Você já viu esculturas feitas de metal? 2. Essa escultura foi feita a partir de aço. Como é possível transformar o metal e moldá-lo no formato desejado? 3. Cite outro objeto que foi moldado a partir de um ou mais metais. CONECTANDO IDEIAS Escultura Cloud Gate, localizada em Chicago, Estados Unidos, em 2017. g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 91 17/01/18 7:42 PM g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 90 1/18/18 6:15 PM VIII Estrutura do manual do professor O manual do professor impresso é organizado em duas partes. A primeira delas é composta pelos pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentam a coleção, a descrição e as orientações acerca das seções e da estrutura de conteúdos, bem como suas relações com a BNCC, os quadros de distribuição dos conteúdos de Ciên- cias, as sugestões de livros, sites e artigos e a bibliografia do manual. A segunda parte é composta pelas orientações ao professor página a página. Para isso, o manual traz a reprodução de cada página do livro do aluno em tamanho redu- zido. Nelas, além do texto do livro do aluno na íntegra, estão as respostas de muitas atividades. As respostas que não estão nessas páginas, assim como os demais co- mentários e sugestões ao professor, estão nas laterais e nos rodapés. Além dos volumes impressos, é disponibilizado um material digital que oferece sub- sídios ao professor para o trabalho em sala de aula. Esse material possui sequências didáticas, avaliações, projetos integradores e planos de desenvolvimento compostos por sugestões para a organização de conteúdos, práticas pedagógicas e atividades recorrentes na sala de aula, entre outras sugestões. Conheça a seguir as características das orientações página a página do manual impresso. No início de cada unidade são apresentados os principais conceitos e conteúdos que serão trabalhados. No decorrer das unidades, sempre que oportuno, são apresentadas citações que enriquecem e fundamentam o trabalho com o conteúdo proposto. Acompanhando a aprendizagem Sugere estratégias para que o professor realize a avaliação da aprendizagem dos alunos em momentos oportunos. A primeira vez que uma competência ou habilidade da BNCC é citada na unidade, seu texto é apresentado na íntegra. Resposta da seção Conectando ideias Respostas das perguntas propostas na seção. Destaques da BNCC No decorrer das unidades são destacadas e comentadas algumas relações entre o que está sendo abordado no livro do aluno e o que é proposto na BNCC. As informações complementares para o trabalho com as atividades, teorias ou seções, assim como sugestões de condução e curiosidades, são organizadas e apresentadas em tópicos em toda a unidade. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 8 1/19/18 10:28 AM 52 Objetivos • Conceituar misturas. • Identificar as misturas em diferen- tes contextos do nosso cotidiano. • Realizar atividades procedimen- tais para compreender e observar a formação de misturas. • Conceituar e diferenciar substân- cias solúveis e insolúveis. Destaques da BNCC • A análise de uma situação comum na cozinha das casas permite aos alu- nos identificar misturas na vida diária e reconhecerem a composição de um bolo, contribuindo para o desen- volvimento da habilidade EF04CI01 da BNCC. Ler e compreender Receita é um gênero textual dividido em duas partes: ingredientes e modo de preparo. Ela apresenta os ingre- dientes e instruções, passo a passo, para o preparo de alimentos. Antes da leitura • Inicie a abordagem do conteúdo dessa página pedindo que os alunos identifiquem os ingredientes usados para fazer o bolo. Em seguida, faça as seguintes perguntas: “Vocês gostam de bolo? Quais outros ingredientes acrescentariam para dar diferentes sabores?”; “Vocês já fizeram bolo? Como foi o procedimento?”. Durante a leitura • Estabeleça relações entre as unida- des de medida apresentadas com as convencionais. Diga aos alunos que um copo de chá tem aproxi- madamente 250 mL; uma colher de sopa tem aproximadamente 15 mL. A massa pode variar de acordo com o ingrediente. • Chame a atenção dos alunos para as medidas de tempo e temperatura que aparecem na receita. Depois da leitura • Esclareça que apenas misturar os ingredientes não é o suficiente para obter o produto final. Pergunte aos alunos, então, o que mais foi neces- sário fazer para que Mário e seu pai obtivessem bolo. Verifique se com- preendem que foi necessário assar. Saberes integrados • A receita do bolo apresenta diferentes unidades de medidas, possibilitando um momento de articulação entre as disciplinas de Matemática e Ciências. Estimule os alunos a identificar quais são essas medidas e a pensar quais poderiam ser substituídas de forma a não alterar o produto final. Por exemplo: farinha ou açúcar poderiam ser medidas em massa; leite ou óleo poderiam ser medidos em volume. • EF04CI01: Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas obser- váveis, reconhecendo sua composição. 52 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Mário está ajudando seu pai a preparar um bolo. Veja a receita que eles estão seguindo. Em muitas situações de nosso cotidiano misturamos diversos materiais para obter um produto final. 3. Quais ingredientes você deve misturar para preparar uma limonada? Escreva-os no espaço abaixo. 1. Quais ingredientes foram misturados acima? 2. Qual é o produto final? Bolo simples 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 xícaras (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de leite 2 ovos 4 colheres (sopa) de óleo 1 pitada de sal 1 colher (sopa) de fermento em pó Modo de preparo Separe o fermento. Na batedeira, bata os demais ingredientes por, aproximadamente, 5 minutos. Retire a tigela da batedeira, junte o fermento e misture-o cuidadosamente com uma colher. Despeje a massa do bolo em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno preaquecido a 180 C por, aproximadamente, 35 minutos. + + = Mário e seu pai misturaram os ingredientes utilizando uma batedeira de bolo. Após a mistura, formou-se uma massa que colocaram no forno para assar. Depois de 35 minutos, o bolo já estava pronto para ser consumido. O que está misturado?14 Receita de um bolo. 1. Espera-se que os alunos respondam que foram misturados: ovos, farinha de trigo, açúcar, fermento em pó, óleo, sal e leite. Espera-se que os alunos respondam que é um bolo. suco de limão água açúcar limonada IL U S T R A Ç Õ E S : S A U LO N U N E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM Procure comer frutas e manter uma alimentação saudável. 53 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Quando misturamos dois ou mais materiais, obtemos uma mistura. Em algumas misturas, conseguimos perceber quais são os materiais que as compõem. No bolo, por exemplo,são utilizados diferentes ingredientes, tanto sólidos (farinha de trigo, açúcar) quanto líquidos (leite, óleo) e, quando misturados, geralmente não é possível diferenciar todos os ingredientes. Já no preparo de uma salada de frutas, é possível reconhecer cada uma das frutas utilizadas. Veja. 4. Quais frutas você identifica na salada de frutas acima? Não é somente na cozinha que podemos encontrar misturas. Você já observou a roda de um carro? Algumas rodas de carro, como as de liga leve, parecem ser feitas de um único material, mas na realidade são compostas de alguns metais que se misturam, quando aquecidos, e em seguida são moldados. O ar atmosférico também é constituído de vários gases, mas nós não conseguimos vê-los. 5. Cite três gases que compõem o ar atmosférico. Roda de liga leve de um carro. Salada de frutas. Espera-se que os alunos respondam maçã, mamão e banana. Os alunos podem citar o gás carbônico, o gás oxigênio, o gás nitrogênio, entre outros gases. IG O R G R O C H E V/ S H U T T E R S TO C K G A B R IE L G E O R G E S C U /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 52 18/01/18 6:16 PM Saberes integrados São apresentadas relações do conteúdo abordado com outras disciplinas e áreas do conhecimento, assim como sugestões de trabalho com esses conteúdos. 53 • Inicie a abordagem desta página re- lembrando a atividade da mistura de cores, caso tenham realizado. Peça aos alunos que reflitam sobre as co- res misturadas e qual o aspecto final da nova cor. • Caso os alunos tenham massa de modelar de diferentes cores, peça- -lhes que separem pedaços de cada cor e façam uma mistura. Deixem que manipulem a massa formada de maneira que essa se configure em apenas uma cor. A proposta é que os alunos realizem misturas (não ne- cessariamente com líquidos) e obte- nham um produto final em que não seja possível diferenciar as cores. Peça a eles que comparem as mas- sas com as formadas pelos outros colegas. • Ao observar a foto da salada de fru- tas, pergunte aos alunos se ela seria uma mistura. Aproveite para verificar se compreenderam o conceito de mistura. • Comente com os alunos que as ro- das de liga leve podem ser resulta- do da mistura de diferentes metais, mas, de maneira geral, oferecem a vantagem de serem mais leves e mais resistentes do que as rodas convencionais. • Caso os alunos apresentem dificul- dade em responder à questão 5, ajude-os com dicas, como: .Que gás usamos na respiração? .Qual o gás usado pelas plantas para realizar fotossíntese? • Desenvolva com os alunos a im- portância de incluir vegetais, como as frutas, na alimentação. Pergun- te a eles se já comeram uma fruta hoje ou pretendem comer. • Proponha aos alunos o preparo de uma salada de frutas na escola. Para isso, solicite antecipadamen- te que cada aluno traga uma fruta. Na cozinha da escola, peça aos alunos que ajudem a lavar algu- mas frutas e descascar as que não necessitem do uso de facas, como bananas. Pique as frutas e colo- que-as em uma vasilha. Esprema duas ou três laranjas e misture o suco com as frutas picadas. Sirva os alunos com porções iguais. Atitude legal 52 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Mário está ajudando seu pai a preparar um bolo. Veja a receita que eles estão seguindo. Em muitas situações de nosso cotidiano misturamos diversos materiais para obter um produto final. 3. Quais ingredientes você deve misturar para preparar uma limonada? Escreva-os no espaço abaixo. 1. Quais ingredientes foram misturados acima? 2. Qual é o produto final? Bolo simples 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 xícaras (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de leite 2 ovos 4 colheres (sopa) de óleo 1 pitada de sal 1 colher (sopa) de fermento em pó Modo de preparo Separe o fermento. Na batedeira, bata os demais ingredientes por, aproximadamente, 5 minutos. Retire a tigela da batedeira, junte o fermento e misture-o cuidadosamente com uma colher. Despeje a massa do bolo em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno preaquecido a 180 C por, aproximadamente, 35 minutos. + + = Mário e seu pai misturaram os ingredientes utilizando uma batedeira de bolo. Após a mistura, formou-se uma massa que colocaram no forno para assar. Depois de 35 minutos, o bolo já estava pronto para ser consumido. O que está misturado?14 Receita de um bolo. 1. Espera-se que os alunos respondam que foram misturados: ovos, farinha de trigo, açúcar, fermento em pó, óleo, sal e leite. Espera-se que os alunos respondam que é um bolo. suco de limão água açúcar limonada IL U S T R A Ç Õ E S : S A U LO N U N E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM Procure comer frutas e manter uma alimentação saudável. 53 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Quando misturamos dois ou mais materiais, obtemos uma mistura. Em algumas misturas, conseguimos perceber quais são os materiais que as compõem. No bolo, por exemplo, são utilizados diferentes ingredientes, tanto sólidos (farinha de trigo, açúcar) quanto líquidos (leite, óleo) e, quando misturados, geralmente não é possível diferenciar todos os ingredientes. Já no preparo de uma salada de frutas, é possível reconhecer cada uma das frutas utilizadas. Veja. 4. Quais frutas você identifica na salada de frutas acima? Não é somente na cozinha que podemos encontrar misturas. Você já observou a roda de um carro? Algumas rodas de carro, como as de liga leve, parecem ser feitas de um único material, mas na realidade são compostas de alguns metais que se misturam, quando aquecidos, e em seguida são moldados. O ar atmosférico também é constituído de vários gases, mas nós não conseguimos vê-los. 5. Cite três gases que compõem o ar atmosférico. Roda de liga leve de um carro. Salada de frutas. Espera-se que os alunos respondam maçã, mamão e banana. Os alunos podem citar o gás carbônico, o gás oxigênio, o gás nitrogênio, entre outros gases. IG O R G R O C H E V/ S H U T T E R S TO C K G A B R IE L G E O R G E S C U /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 53 18/01/18 6:16 PM IX Atitude legal Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Atitude legal. Ideias para compartilhar O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... Respostas Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Ideias para compartilhar. Respostas das atividades e questões que não estão nas páginas reduzidas do livro do aluno. Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo. Ler e compreender Apresenta orientações e sugestões para o trabalho com a leitura de textos e imagens, contribuindo com o desenvolvimento da competência leitora dos alunos. As orientações são organizadas em três momentos: antes da leitura, durante a leitura e depois da leitura. Objetivos do tema No início de cada tema são apresentados seus objetivos. Mais atividades Além das atividades presentes no livro do aluno, novas propostas são feitas nessa seção. Para a realização de algumas dessas atividades, é necessário que sejam organizados alguns materiais com antecedência. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 9 1/19/18 10:28 AM X A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Desde as publicações da atual Constituição brasileira (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), tem sido recorrente no Brasil a ideia de se estabelecer um documento normativo como referencial curricular para orientar os processos de ensi- no e aprendizagem no país e delimitar as aprendizagens consideradas essenciais da Educação Básica. Nesse sentido, nas últimasdécadas, algumas publicações e legislações contribuí- ram para consolidar no país uma proposta de educação que valorizasse a formação cidadã. Sendo assim, foram de extrema importância as publicações das Leis no 10.639 (2003) e no 11.645 (2008), que complementaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educa- ção, tornando obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e dos povos in- dígenas. Essas iniciativas fazem parte do processo de luta e mobilização por uma educação voltada para combater o racismo e valorizar a diversidade cultural. [...] A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhe- cimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionali- dade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democrá- ticos e igualitários. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. p. 15. Disponível em: <http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais. pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. Outro marco foi a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educa- ção Básica (2013), destacando a relevância de temas como Educação do Campo, Educação Especial, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Rela- ções Étnico-Raciais, Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental. Nesse contexto, em 2017, após o diálogo entre especialistas, professores e a socie- dade em geral, foi enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento tem o objetivo de defi- nir “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alu- nos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2017). Como proposta fundamental, a BNCC destaca que a prioridade da Educação Bási- ca é a “formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, demo- crática e inclusiva” (BRASIL, 2017). A estrutura da BNCC A BNCC está estruturada em dez Competências gerais. Com base nelas, para o Ensi- no Fundamental, cada área do conhecimento apresenta Competências específicas. Esses elementos são articulados de modo a se constituírem em unidades temáti- cas, objetos de conhecimento e habilidades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 10 1/19/18 10:28 AM http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf XI Competências da BNCC Os debates em torno de currículos referenciados no desenvolvimento de competên- cias têm sido recorrentes nos últimos anos no Brasil. De modo geral, uma aprendiza- gem voltada à formação de competências tem como objetivo a construção de relações cognitivas para que o aluno possa mobilizá-las e refletir acerca da realidade, levantar hipóteses e solucionar problemas do seu dia a dia. [...] Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência e eficá- cia uma série de situações. Três exemplos: • Saber orientar-se em uma cidade desconhecida mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes sa- beres: ter noção de escala, elementos da topografia ou referências geográficas. • Saber curar uma criança doente mobiliza as capacidades de observar sinais fisiológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os se- guintes saberes: identificar patologias e sintomas, primeiros socorros, tera- pias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêuticos. • Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber se informar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instituições políti- cas, processo de eleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas, etc. [...] GENTILE, Paola; BENCINI, Roberta. Construindo competências: entrevista com Philippe Perrenoud, Universidade de Genebra. Revista Nova Escola, set. 2000, p. 19-31. Disponível em: <https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/ perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html>. Acesso em: 15 nov. 2017. Com o desenvolvimento de competências, os alunos são instigados a formar um repertório cognitivo que possibilita a eles atuar de forma autônoma, responsável e justa. Os conhecimentos escolares passam a ser mobilizados em prol da resolução de conflitos e de problemas. De acordo com a BNCC, as competências auxiliam os alunos na tomada de deci- sões pertinentes ao longo de sua vida, auxiliando-os em situações e experiências vi- vidas diariamente. Segundo a LDB (Artigos 32 e 35), na educação formal, os resultados das aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como sendo a possibilida- de de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplicá-lo para tomar decisões pertinentes. A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em si- tuação se dá o nome de competência. [...] No âmbito da BNCC, a noção de competência é utilizada no sentido da mobili- zação e aplicação dos conhecimentos escolares, entendidos de forma ampla (con- ceitos, procedimentos, valores e atitudes). Assim, ser competente significa ser capaz de, ao se defrontar com um problema, ativar e utilizar o conhecimento construído. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 11 1/19/18 10:28 AM https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ XII Competências gerais A BNCC reconhece como princípio fundamental a formação integral dos estudan- tes. O documento propõe o desenvolvimento global dos alunos, aliando perspectivas cognitivas e afetivas, além da formação de cidadãos plenos, com pensamento autôno- mo e preocupados com os desafios contemporâneos. Assim, adotando como base as discussões éticas apresentadas nas Diretrizes Cur- riculares Nacionais Gerais da Educação Básica, o documento apresenta dez Compe- tências gerais que se articulam ao longo de todos os componentes curriculares. Competências gerais da BNCC 1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 7 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global,com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 3 Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. 4 Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar- -se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 5 Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. 10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. Esta coleção visa o desenvolvimento dessas competências por meio do trabalho com o texto-base e do desenvolvimento das seções especiais e das atividades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 12 1/19/18 10:28 AM http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ XIII BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. 1 Compreender as ciências como empreendimento humano, reconhecendo que o conhecimento científico é provisório, cultural e histórico. 3 Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, tecnológico e social, como também às relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas e buscar respostas. 5 Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 7 Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. 2 Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas e socioambientais e do mundo do trabalho. 4 Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e da tecnologia e propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 6 Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza. Competências específicas de Ciências da Natureza A área de Ciências da Natureza na BNCC apresenta como objetivo principal desen- volver nos alunos as capacidades de interpretar o mundo, compreendendo sua reali- dade e engajando-se para atuar de forma responsável e ética diante de problemas. É possível observar essas competências no quadro a seguir. Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC Além das competências, a BNCC apresenta os objetos de conhecimento a serem desenvolvidos pelos componentes curriculares. Os objetos de conhecimento são for- mados pelo conjunto de conteúdos, conceitos e processos que envolvem a aprendi- zagem dos alunos. Esses elementos estão ligados também às habilidades. [...] Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada compo- nente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento — aqui entendidos como con- teúdos, conceitos e processos —, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. As habilidades representam um guia importante, sendo possível aproveitá-las para verificar os processos de aprendizagem dos alunos. Esta coleção contempla em diver- sos momentos o trabalho com as habilidades da BNCC. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_013a014.indd 13 1/19/18 10:29 AM http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ XIV Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC Ativação de conhecimento prévio São atividades constituídas principalmente de questionamentos, em sua maioria, orais. Elas resgatam e exploram os conhecimentos prévios dos alunos, estimulando sua participação e despertando seu interesse pelos assuntos que estão sendo estudados. Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões divergentes e valorizar o conhecimento do outro. Atividade em grupo Esse tipo de atividade pode ser escrita e/ou oral, contemplando elementos gráficos, e pode ser realizada coletivamente. Com base em orientações, os alunos devem colaborar entre si, buscando informações. Principais habilidades desenvolvidas: pesquisa, análise, interpretação, associação, comparação e trabalho em equipe. Debate Atividade que visa à discussão de diferentes pontos de vista, com base em conhecimentos e opiniões pessoais. Necessita da mobilização de argumentos e desenvolve a oralidade, levando o aluno a expressar suas ideias. Além disso, motiva o respeito a opiniões diferentes. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, argumentação e respeito a opiniões distintas. Atividade prática Atividade que visa à utilização de diferentes procedimentos relacionados ao saber científico. Inicia-se com o levantamento de hipóteses, que serão testadas para serem validadas ou refutadas de acordo com os resultados alcançados. Pode ser experimental, envolvendo procedimentos científicos, ou pode ser de construção, quando diferentes materiais são utilizados na elaboração de objetos distintos e outros produtos, como cartazes e panfletos. Principais habilidades desenvolvidas: manipulação de materiais, análise, associação, comparação e expressão de opiniões. Relatório Esse tipo de atividade pode estar relacionada às atividades práticas ou projetos, com a finalidade de analisar e comparar resultados. Contribui para a organização dos resultados e para concluir hipóteses testadas. Principais habilidades desenvolvidas:análise, associação, comparação e registro. Observação Esse tipo de atividade pode estar presente em atividades práticas ou teóricas e envolve o olhar atento do aluno sobre uma imagem e/ou situação, antecedendo a análise e auxiliando na comparação de resultados. Principais habilidades desenvolvidas: utilização de conhecimentos prévios e observação. Pesquisa Sob orientação adequada, esse tipo de atividade exige que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios para obter novas informações em diferentes fontes. Necessita de leituras, cujas informações devem ser selecionadas e registradas. Também possibilita a troca de ideias entre os alunos. Principais habilidades desenvolvidas: leitura, escrita, interpretação, seleção, síntese e registro. Realidade próxima Atividades que envolvem a exploração e a contextualização da realidade próxima levam o aluno a buscar respostas e soluções em sua vivência e nos seus conhecimentos prévios. Principais habilidades desenvolvidas: reconhecimento, exemplificação e expressão de opinião. Desenho Esse tipo de atividade permite o registro de conhecimentos prévios e permite que o aluno expresse suas ideias sobre os conteúdos abordados. Trata-se de uma estratégia útil, sobretudo nos anos iniciais, durante o processo de letramento e alfabetização. Principais habilidades desenvolvidas: representação, colorização, análise e expressão de ideias. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_013a014.indd 14 1/19/18 10:29 AM XV O trabalho com os Temas contemporâneos A BNCC recomenda que todas as disciplinas escolares trabalhem conteúdos rela- cionados aos temas contemporâneos. Esses temas estão ligados aos desafios do mundo atual, entre eles a preservação do meio ambiente e a educação em direitos humanos. Os temas contemporâneos têm o amparo da legislação brasileira. A seguir, é possí- vel observar quais são os temas contemporâneos sugeridos pela BNCC e quais leis eles representam. [...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas res- pectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às pro- postas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transver- sal e integradora. [...] Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades de todos os componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas possibilidades e especificidades, tratá-las de forma contextualizada. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Esta coleção privilegia o trabalho com os temas contemporâneos de diferentes ma- neiras. Eles podem aparecer ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, nas seções especiais e nas atividades. Por se tratarem de temas globais que podem ser aborda- dos em âmbito local, é interessante que o trabalho com esses temas aconteça de maneira contextualizada às diferentes realidades escolares. Direitos das crianças e dos adolescentes Lei no 8.069/1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Educação alimentar e nutricional Lei no 11.947/2009 Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da Educação Básica e dá outras providências. Educação para o trânsito Lei no 9.503/1997 Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Preservação do meio ambiente Lei no 9.795/1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Educação em direitos humanos Lei no 7.037/2009 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 e dá outras providências. Saúde, Sexualidade, Vida familiar e social, Educação para o consumo, Educação financeira e fiscal, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Diversidade cultural Resolução no 7/2010 Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso Lei no 10.741/2003 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 15 1/19/18 10:30 AM http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ XVI Relações entre as disciplinas Em consonância com os princípios da BNCC, é importante que as escolas busquem contemplar em seus currículos o ensino interdisciplinar. Ele pode acontecer, principal- mente, por meio de atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos de dife- rentes áreas, envolvendo os professores, os alunos e também outras pessoas da comunidade escolar e da comunidade local. O objetivo principal dessas atividades deve ser sempre o de proporcionar aos estudantes uma formação cidadã, que favore- ça seu crescimento intelectual, social, físico, moral, ético, simbólico e afetivo. Por isso, é esperado que as escolas adequem as proposições da BNCC à realidade local, buscando, entre outras ações: [...] • contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando es- tratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; • decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curri- culares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; • selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversi- ficadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alu- nos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.; [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. A busca pela aproximação dos conhecimentos escolares com a realidade dos estudantes é uma atribuição da escola, mas também deve ser uma responsabilidade do professor. A análise do contexto sociocultural oferece as chaves para o diagnóstico do ní- vel cultural dos estudantes, do seu nível real de desenvolvimento, assim como das suas expectativas diante da instituição escolar, dos seus preconceitos, etc. Conhecer as respostas a estas interrogações é requisito essencial para que a proposta planejada possa se ligar diretamente a esses meninos e meninas reais, à sua autêntica vida cotidiana. [...] Outro requisito prévio importante é conhecer e localizar os recursos que exis- tem na comunidade, no meio natural e social, que possam sugerir a realização de tarefas concretas, bem como facilitar e enriquecer outras que podem ser desen- volvidas através da unidade didática. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad. Cláudia Shilling. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 225-226. Trabalhar a interdisciplinaridade não é algo tão complicado e algumas dicas podem ajudar a tornar sua prática mais acessível. O texto a seguir apresenta dicas de como trabalhar os conteúdos escolares de maneira interdisciplinar. A realidade é um banco de ideias O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 16 1/19/18 10:30 AM http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ XVII em uma situação real. Os transportes ou as condições sanitárias do bairro, por exemplo, são temas que rendem desdobramentos em várias áreas. Isso não signifi- ca carga de trabalho além da prevista no currículo. A abordagem interdisciplinar permite que conteúdos que você daria de forma convencional, seguindo o livro didático, sejam ensinados e aplicados naprática — o que dá sentido ao estudo. Para que a dinâmica dê certo, planejamento e sistematização são fundamentais. [...] Quando as disciplinas são usadas para a compreensão dos detalhes, os alu- nos percebem sua natureza e utilidade. [Atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos] também pedem te- mas bem delimitados. Em vez de estudar a poluição, é preferível enfocar o rio que corta o bairro e recebe esgoto. A questão possibilita enfocar aspectos histó- ricos, analisar a água e descobrir a verba municipal destinada ao saneamento. Quantas disciplinas podem ser exploradas? É possível que um caso assim seja trazido pela garotada. Convém não desperdiçar a oportunidade mesmo que você não se sinta à vontade para tratar do assunto. Não precisa se envergonhar por não saber muito sobre o tema. Mostre à classe como é interessante buscar o co- nhecimento. “A formação continuada do professor não se resume a realizar um curso atrás do outro, mas também [a] ler diariamente sobre assuntos gerais” [...]. Dessa maneira, ele aprende a aproveitar motes que surgem em sala e que ten- dem a ser produtivos se abordados de forma ampla. [...] Como ensinar relacionando disciplinas • Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferra- mentas para compreender detalhes. [...] • Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos. • Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia. • Pesquise com os estudantes. • Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser explorados por outras disciplinas. • Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento anual para quem quiser fazer parcerias. • Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho. • Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho. CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade: um avanço na educação. Revista Nova Escola. n. 174, ago. 2004. p. 52-54. Além de atividades que promovam o diálogo com os conhecimentos de diferentes áreas, o professor deve criar, no dia a dia da sala de aula, momentos de interação entre eles. Ao longo desta coleção, são apresentados vários exemplos de atividades que favorecem o trabalho interdisciplinar. Elas são destacadas na seção Saberes integra- dos, cujas características foram apresentadas na página IX. A prática docente As atuais propostas de ensino sugerem uma metodologia que tenha como objetivo levar o aluno a organizar e a estruturar seu pensamento lógico e a analisar de forma crítica e dinâmica o ambiente que o cerca. Para que essa metodologia seja posta em prática, é necessário redimensionar o papel do professor. É preciso deixar de ser apenas transmissor de conhecimentos e passar a ser mediador da relação entre o aluno e a aprendizagem. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 17 1/19/18 10:30 AM XVIII Como mediador, é preciso promover debates sobre as propostas dos alunos, indi- car os caminhos que podem levar à resolução dos problemas, orientar as reformula- ções das hipóteses e valorizar as soluções mais adequadas. Ser “mediador” não pode ser entendido apenas como sendo um aplicador de pacotes educacionais ou um mero constatador do que o aluno faz ou deixa de fa- zer. Ser mediador deve significar, antes de mais nada, estar entre o conhecimen- to e o aprendiz e estabelecer um canal de comunicação entre esses dois pontos. MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas: Mercado de Letras, 1999. p. 255. Sendo assim, é papel do professor: • tornar os conceitos e os conteúdos possíveis de serem aprendidos pelos alunos, fornecendo as informações necessárias que eles não têm condições de obter sozinhos; • conduzir e organizar o trabalho em sala de aula, buscando desenvolver a autono- mia dos alunos; • estimular continuamente os alunos, motivando-os a refletir, investigar, levantar questões e trocar ideias com os colegas. É importante conhecer as condições socioculturais, as expectativas e as competên- cias cognitivas dos alunos, pois, dessa maneira, terão condições de selecionar situa- ções-problema relacionadas ao cotidiano deles. É relevante também o trabalho de um mesmo conteúdo em diversos contextos, a fim de incentivar a capacidade de genera- lização nos alunos. Procedimentos de pesquisa As atividades de pesquisa são fundamentais para desenvolver autonomia, capaci- dade de análise e síntese, práticas de leitura, além de estimular o trabalho em grupo e a socialização, entre diversas outras habilidades, dependendo de como a pesquisa é orientada e de qual será o seu produto final. Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas orientações possíveis de serem transmitidas aos alunos antes de sua realização. Os pontos principais a serem considerados são: a definição do tema, o objetivo da pes- quisa, o cronograma, o produto final e a socialização desse produto. Definição do tema É importante definir claramente o tema da pesquisa, estabelecendo um objeto de estudo que desperte o interesse dos alunos. Objetivo da pesquisa Para definir o objetivo da pesquisa, cria-se uma problemática inicial sobre o tema escolhido. Com os alunos, deve-se formular perguntas norteadoras e estabelecer tó- picos secundários dentro do tema geral. Igualmente importante é definir um produto final: pode ser um seminário, um vídeo, uma publicação coletiva, um texto escrito para ser lido na classe... Seja qual for a escolha, o fundamental é ampliar o público. Por dois motivos: primei- ro, como forma de incentivar a preocupação com os propósitos da pesquisa e a 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 18 1/19/18 10:30 AM XIX forma como ela será comunicada. Segundo, para que a pesquisa cumpra verda- deiramente sua função. Se na sociedade a meta de uma investigação é dissemi- nar informações, não faz sentido que na escola ela se transforme em um contato restrito entre aluno e professor. MARTINS, Ana Rita. Busca certeira: como selecionar sites confiáveis. Revista Nova Escola. Disponível em: <https:// novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis>. Acesso em: 23 nov. 2017. Com o objetivo definido, o passo seguinte é escolher quais serão as fontes de pes- quisa. Deve ser explicada aos alunos a importância da seleção de fontes confiáveis, que tenham informações sobre suas origens e os respectivos autores. Além disso, deve ser destacado que a pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, como li- vros, jornais, revistas, internet, dicionários, enciclopédias, fotos, documentários, fil- mes, ou até por meio de entrevistas e pesquisas de campo. Cronograma Caso o trabalho seja em grupo, os alunos devem estabelecer quem ficará responsá- vel pela elaboração de cada tópico. Por fim, prazos devem ser definidos para a entrega desse material. Esse prazo pode conter apenas a data final de apresentação do traba- lho ou incluir as datas em que cada um terá de entregar a parte que lhe cabe. Coleta de informações Nessa fase, cada aluno deverá seguir com a pesquisa do tópico que lhe foi proposto na etapa anterior. A pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, e os alunos deve- rão selecionar as informações com maior utilidade para a produção final. É trabalho do professor orientá-los a selecionar fontes confiáveis, bem como imagens para ilustrar e enriquecer o trabalho, como fotos, desenhos, mapas, tabelas e gráficos. Nessa etapa, a interação e a troca de experiências entre os alunos são muito importantes, pois des- sa forma é possível verificar se o trabalho deles está sendo produtivo para o restante do grupo. Análise das informações É importante orientar os alunos a analisarem e a interpretarem as informações cole- tadas, verificando se elas realmente estão relacionadas com os conteúdos estudados naquele momento e com as problemáticas propostasno início da pesquisa. Vale ressaltar que coletar dados, imagens e textos não caracteriza de fato uma pes- quisa. É preciso que essas informações sejam interpretadas e selecionadas de manei- ra crítica, tendo em mente sempre o contexto em que serão utilizadas. Nos trabalhos em grupo, é interessante que essa etapa seja realizada em conjunto, a fim de que cada um tome conhecimento sobre as informações coletadas pelos colegas. Produção Essa etapa pode variar de acordo com o produto final da pesquisa. Se for um traba- lho escrito, é nesse momento que deve acontecer a produção escrita e, por fim, a centralização de todos os textos produzidos. Caso a apresentação final seja um semi- nário, nessa etapa também precisam ser planejados e escritos os cartazes ou slides que acompanharão a apresentação. Por outro lado, se a apresentação for uma roda de leitura, nessa etapa é importante treiná-la. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 19 1/19/18 10:30 AM https://novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis https://novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis XX De qualquer maneira, é essencial que os alunos percebam a importância de elabo- rar uma primeira versão, que deverá ser conferida por todos os envolvidos, até mesmo o professor. Após a leitura de todos, o texto final pode ser escrito. Divulgação Com o texto pronto, os cartazes produzidos ou a leitura ensaiada, chegou o mo- mento de divulgar a pesquisa. Cada evento ou formato de trabalho possui caracterís- ticas diferentes e é importante ressaltar isso aos alunos. Uma apresentação oral exige postura, entonação de voz e até o uso de fichas organizadoras para que os alunos não se percam durante a fala. Já em um trabalho escrito, pode ser necessário criar uma capa com o nome de cada participante, o nome da escola e a turma em que estudam. Espaços não formais de aprendizagem A escola e suas dependências constituem um espaço formal de ensino-aprendiza- gem. Mas não é somente no ambiente escolar que a aprendizagem acontece. Os espaços não formais de ensino-aprendizagem têm se destacado por oportunizar a aprendizagem de maneira interativa. Por apresentar diferentes recursos e realizar exposições, esses locais podem contribuir significativamente para a aprendizagem, pois o público participa ativamente desse processo. Entre as vantagens dos espaços não formais de ensino-aprendizagem está a de levar a cultura científica a todos, con- tribuindo para a divulgação científica e o envolvimento da sociedade nos conceitos científicos. Na definição de espaços não formais de educação são sugeridas as categorias Ins- tituições e não Instituições. [...] Na categoria Instituições, podem ser incluídos os espaços que são regula- mentados e que possuem equipe técnica responsável pelas atividades executa- das, sendo o caso dos Museus, Centros de Ciências, Parques Ecológicos, Parques Zoobotânicos, Jardins Botânicos, Planetários, Institutos de Pesquisa, Aquários, Zoológicos, entre outros. Já os ambientes naturais ou urbanos que não dispõem de estruturação institucional, mas onde é possível adotar práticas educativas, en- globam a categoria não Instituições. Nessa categoria podem ser incluídos teatro, parque, casa, rua, praça, terreno, cinema, praia, caverna, rio, lagoa, campo de fu- tebol, entre outros inúmeros espaços. [...] JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação da cultura científica. Revista Em extensão, v. 7, 2008. p. 56-57. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/ revextensao%20/article/viewFile/20390/10860>. Acesso em: 20 nov. 2017. É possível perceber que a aprendizagem pode ocorrer em diferentes espaços e não depende somente de instituições de pesquisa. É fundamental expor os objetivos da realização de visitas a espaços não formais de aprendizagem antecipadamente, orien- tar os alunos durante a visitação e ressaltar a importância de um relatório para regis- trar o que foi observado, juntamente com as impressões dos alunos sobre a visitação e a troca de ideias entre eles, a fim de socializar suas observações e compartilhar suas opiniões. Os espaços não formais de educação são fundamentais na disseminação da cultura humana e da cultura científica, tornando-se instrumentos relevantes na educação e na formação cidadã. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 20 1/19/18 10:30 AM http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao%20/article/viewFile/20390/10860 http://www.seer.ufu.br/index.php/revextensao%20/article/viewFile/20390/10860 XXI Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem A visita a espaços não formais pode contribuir para a aprendizagem e garantir mo- mentos de interação com o objeto de estudo, experiência enriquecedora para a apren- dizagem. Para que tal experiência seja relevante, é necessária a programação prévia. É essencial agendar a visita antecipadamente, garantir que haja acompanhamento específico, indicar o nome da escola, a série, a faixa etária e a quantidade de alunos que será levada. Além disso, é indispensável providenciar autorizações que devem ser entregues aos pais ou responsáveis e assinadas por eles. Caso seja necessário pagar algum valor para a entrada, deve ser identificado na autorização, bem como o local a ser visitado, o endereço, a data e o horário. É necessário orientar os responsáveis so- bre os possíveis gastos no dia da visita e sobre o meio de transporte utilizado. O transporte deve ser contratado antecipadamente e devem ser verificadas as con- dições de segurança do veículo. O itinerário e os horários previstos devem ser combi- nados com o motorista. Caso a visita seja feita em campo, em locais com solo ou rochas, os alunos devem ser orientados a utilizarem roupas e calçados apropriados, bem como óculos de sol, boné, protetor solar e repelente de insetos. Os alunos devem levar um caderno de campo para fazerem suas anotações e, se possível, aparelhos celulares ou câmeras para registrarem imagens. Se forem conduzir entrevistas, devem preparar as questões previamente e gravar as respostas para anali- sá-las e transcrevê-las posteriormente. Esses registros serão essenciais na avaliação da aprendizagem. A tecnologia como ferramenta pedagógica O uso das novas tecnologias da informação e da comunicação já é uma realidade no cotidiano de crianças e adolescentes. Diante disso, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas em nosso país caminham no sentido de incorporar essas tecno- logias ao trabalho escolar. Incluir os recursos tecnológicos nas aulas parece uma tendência inevitável e, ao mesmo tempo, capaz de contribuir para o desenvolvimento de metodologias inovado- ras no processo de ensino-aprendizagem. Porém, cabe salientar que, para que o uso dessas tecnologias como ferramenta de ensino-aprendizagem realmente se justifique e de fato contribua para esse processo, faz-se necessário um planejamento prévio considerando sua relação com o conteúdo, os objetivos pretendidos, a aplicação em sala de aula e a capacitação dos profissionais que delas vão se utilizar. Portanto, deve- -se adotar o seguinte critério: [...] Só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteú- dos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tor- nam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planeja- mento malfeito. “Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem co- laborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas”, afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de Nova Escola. [...] POLATO, Amanda. Tecnologia + conteúdos = oportunidades. Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita, ano 24, n. 223, jun. 2009. p. 51. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 21 1/19/18 10:30 AM XXII Com a presença cadavez maior de computadores nas escolas, bem como de alu- nos que dispõem de aparelhos celulares, a internet passou a ser cada vez mais utiliza- da na realização de pesquisas e também como recurso didático. Por meio dela, professores e alunos têm acesso a um universo de informações as quais podem, se bem exploradas, ser muito úteis e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. [...] Não há dúvida de que novas tecnologias de comunicação e informação trouxe- ram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferen- ciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensi- no-aprendizagem, onde, anteriormente, predominavam a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as [Tecnologias de Informação e Comunicação] TICs possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garan- tir que seu uso, realmente, faça diferença. [...] KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2007. p. 46. É necessário, no entanto, tomar certos cuidados para fazer uma boa utilização des- se recurso, garantindo que os alunos possam usufruir plenamente dos benefícios desse instrumento e evitando que se desviem dos objetivos pretendidos. A seguir, são apresentadas algumas sugestões e orientações para incluir essa ferramenta na prática pedagógica. • Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores que já tiveram experiências no uso da tecnologia. [...] • Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só de- pois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. [...] • Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as atividades que você irá realizar. [...] • Teste: antes de utilizar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo que puder. [...] • Limites: as regras de convivência são importantes em qualquer aula e tam- bém devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos quais programas e equipamentos podem ser usados. [...] • Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? [...] COMO o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33. Competência leitora Cada vez mais sou tomado pela certeza de que ser leitor faz a diferença, [de] que ser leitor é a possibilidade de construção de um ser humano melhor, mais crítico, mais sensível; alguém capaz de se colocar no lugar do outro; alguém mais imaginativo e sonhador; alguém um pouco mais liberto dos tantos preconceitos que a sociedade vai impondo-nos a cada dia, a cada situação enfrentada. Ser lei- tor, acredito, qualifica a vida de qualquer pessoa. [...] RITER, Caio. A formação do leitor literário em casa e na escola. São Paulo: Biruta, 2009. p. 35. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 22 1/19/18 10:30 AM XXIII Atualmente, a rapidez com que se tem acesso à informação faz com que o contato com a leitura em contextos reais de informação seja cada vez mais fragmentado. Des- se modo, é importante que a escola possibilite ao aluno desenvolver estratégias de leitura que o auxiliem a compreender e explorar mensagens, verbais ou não verbais, em diversos níveis de cognição. Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recapi- tular para os colegas, opinar, resumir, comparar suas opiniões com relação ao que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. Estas atividades podem ser propostas desde o início da escolaridade, a partir da leitura realizada pelo professor e da ajuda que proporciona. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 173. Vale ressaltar que a interpretação de um texto acontece de forma progressiva, con- siderando não apenas a mensagem que o autor pretendia transmitir, mas também os objetivos do leitor ao ler esse texto, assim como seus conhecimentos prévios e o pro- cesso de leitura em si. Nesse sentido, é importante a criação de estratégias de leitura, que permitirão ao aluno: • Extrair o significado do texto, de maneira global, ou dos diferentes itens in- cluídos nele. • Saber reconduzir sua leitura, avançando ou retrocedendo no texto, para se adequar ao ritmo e às capacidades necessárias para ler de forma correta. • Conectar novos conceitos com os conceitos prévios que lhe permitirão incor- porá-los a seu conhecimento. SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão da leitura: a língua como procedimento. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37. Por fim, se o objetivo principal é formar leitores autônomos a partir da leitura de tex- tos e imagens apresentadas a esses alunos, é preciso favorecer esse processo, tendo o cuidado de: • escolher temas relevantes e interessantes à sua faixa etária; • selecionar textos verbais com vocabulário e extensão adequados; • preocupar-se com a gradação da leitura e a complexidade dos textos; • garantir que sejam propostas leituras de imagens e de gêneros multimodais, aten- tando-se para a diversidade de gêneros textuais, de modo que não sejam estuda- dos sempre os mesmos; • apresentar ao aluno o objetivo das leituras, a fim de que ele perceba que em al- guns momentos lemos para estudar e buscar informações e, em outros, a leitura é realizada por diversão, por exemplo; • orientar como a leitura deverá ser realizada: silenciosamente, guiada, em grupo, etc. Ao longo desta coleção, a competência leitora é estimulada por meio da utilização de recursos textuais e imagéticos diversificados. Para favorecer a análise desses re- cursos, são propostas questões de interpretação no livro do aluno, além de sugestões de questões de análise nas orientações ao professor. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 23 1/19/18 10:30 AM XXIV Avaliação A avaliação deve ser compreendida como um meio de orientação do processo de ensino-aprendizagem. Isso porque é uma das principais formas pela qual se pode reconhecer a validade do método didático-pedagógico adotado pelo professor. Além disso, é possível acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, procurando identificar seus avanços e suas dificuldades. Para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido, é necessária uma avaliação contínua e diversificada. Para tanto, devem ser levados em considera- ção os conhecimentos prévios dos alunos para que se possa traçar objetivos em rela- ção aos conteúdos. A avaliação pode ser realizada individualmente ou em grupo, por meio das expres- sões oral, textual e pictórica e da realização de diferentes atividades, como entrevistas e análises de imagens, permitindo a percepção das diferentes habilidades e do desen- volvimento dos alunos. A ação avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras e em momentos distin- tos no decorrer do estudo dos conteúdos, como apresentado a seguir. Três etapas avaliativas Avaliação inicial ou diagnóstica Tem como objetivo perceber o conhecimento prévio dos alunos, identificando inte- resses, atitudes, comportamentos, etc. Essa avaliação deve ser procedida no início de um novo conteúdo para que possa haver melhor integração entre os objetivos e os conhecimentos que os alunos já possuem. Nesse sentido, a coleção apresenta situa- ções que propiciam conhecer a realidade do aluno, como a sua convivência social, as relações familiares, etc. Avaliação formativaEssa etapa avaliativa consiste na orientação e na formação do conhecimento por meio da retomada dos conteúdos abordados e da percepção dos professores e dos alunos sobre os progressos e as dificuldades no desenvolvimento do ensino. Esse processo requer uma avaliação pontual, ou seja, o acompanhamento constante das atividades realizadas pelo aluno. Assim, análises de pesquisas, entrevistas, trabalhos em grupos e discussões em sala de aula devem ser armazenados e utilizados para, além de acompanhar a aprendizagem dos alunos, avaliar os próprios métodos de ensino. Avaliação somatória Essa avaliação tem como prioridade realizar uma síntese dos conteúdos trabalha- dos. Assim, deve-se valorizar trabalhos que permitam avaliar a capacidade de organi- zação e de construção do conhecimento do aluno. Esse método permite um diagnóstico do aprendizado em um período mais longo, como o final de uma temática, determi- nando sua relação de domínio com os objetivos propostos. Atividades como produção e análise de textos, a emissão de opinião e as variadas formas de registro do que foi estudado são maneiras de verificar o que foi apreendido e como se deu a formação do conhecimento nos alunos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 24 1/19/18 10:30 AM XXV Fichas de avaliação e autoavaliação Para facilitar o trabalho, é possível fazer uso de fichas para avaliar o desempenho da turma. A seguir, apresentamos um exemplo de ficha de avaliação. Nome: Sim Às vezes Não Participa de debates e discussões em sala de aula? Realiza as tarefas propostas? Demonstra interesse pela disciplina? Tem bom relacionamento com os colegas de sala? Expressa suas opiniões por meio de trabalhos orais ou escritos? Consegue organizar o aprendizado? É organizado com o material didático? Tem facilidade para compreender os textos? Respeita outras opiniões sem ser passivo? O processo de avaliação do ensino-aprendizagem é uma responsabilidade do pro- fessor, porém os alunos também devem participar desse processo para que identifi- quem seus avanços e seus limites, colaborando assim para que o professor tenha condições de avaliar sua metodologia de ensino. Uma das sugestões para esse pro- cesso é o uso de fichas de autoavaliação, por meio das quais os alunos são estimula- dos a refletir sobre o seu desenvolvimento em sala de aula e sobre seu processo de aprendizagem. A seguir, apresentamos um modelo de ficha de autoavaliação. Nome: Sim Às vezes Não Compreendo os assuntos abordados pelo professor? Faço os exercícios em sala e as tarefas da casa? Falo com o professor sobre minhas dúvidas? Expresso minha opinião durante os trabalhos em sala de aula? Participo das atividades em grupo? Mantenho um bom relacionamento com meus colegas de sala? Organizo meu material escolar? 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 25 1/19/18 10:30 AM XXVI O ensino de Ciências Fundamentos teórico-metodológicos Proposta pedagógica da coleção A curiosidade faz parte do ser humano desde seus primeiros anos de vida. As Ciên- cias Naturais (Biologia, Física, Química, Astronomia, Geologia) ajudam a despertar essa curiosidade e a responder às questões que aparecem durante o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Assim, a base para o ensino de Ciências relaciona-se à realidade próxima e aos questionamentos naturais dos alunos sobre os fenômenos naturais que os cercam. Os alunos buscam explicações para os fenômenos naturais e as conquistas tecno- lógicas baseando-se no conhecimento que constituíram em sua vivência. Muitas ve- zes, esses conhecimentos são insuficientes ou até mesmo equivocados, exigindo que busquem outras informações para suprir suas necessidades. Dessa forma, o ensino de Ciências deve contribuir para que os alunos obtenham essas informações e esta- beleçam as relações necessárias para a construção do conhecimento científico. Quan- do o aluno conhece o mundo que o cerca, torna-se capaz de opinar e intervir na realidade, modificando-a de maneira consciente. Para se familiarizarem com os procedimentos e o raciocínio científico, os alunos precisam ser alfabetizados cientificamente. Além de conhecerem a terminologia científica apropriada e os conceitos estruturantes, eles devem reconhecer a impor- tância disso no contexto em que vivem. Com base nisso, os alunos podem estabe- lecer relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade, Ambiente e Saúde e verificar como isso influencia os seres vivos, os elementos não vivos e todo o futuro do planeta. Além disso, o ensino de Ciências é fundamental para desenvolver o pensamento lógico, assim como para a resolução de situações práticas. É importante ressaltar que o conhecimento científico contribui para o desenvolvimento tecnológico, que promove diversos avanços e está presente nos diferentes meios de comunicação diariamente. Isso exige dos alunos conhecimento científico suficiente para interpretar tais informações. [...] Sob essa perspectiva, o ensino de Ciências pode contribuir para que os alu- nos sejam inseridos em uma nova cultura, a cultura científica, que lhes possibili- tará ver e compreender o mundo com maior criticidade e com conhecimentos para discernir, julgar e fazer escolhas conscientes em seu cotidiano, com vistas a uma melhor qualidade de vida. Entende-se que esse processo, aqui denominado de alfabetização científica, é uma construção que se prolonga por toda a vida, contudo, ressalta-se que seu desenvolvimento é fundamental desde a fase inicial da escolarização (Lorenzetti & Delizoicov, 2001; Tenreiro-Vieira & Vieira, 2011). [...] VIECHENESKI, Juliana Pinto; CARLETTO, Marcia Regina. Iniciação à alfabetização científica nos anos iniciais: contribuições de uma sequência didática. Investigações em Ensino de Ciências, v. 18, n. 3, 2013. p. 526. Disponível em: <https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/112/76>. Acesso em: 20 nov. 2017. Diante das exigências da sociedade atual, os conhecimentos científico e tecnológi- co são essenciais na formação de um cidadão crítico e capaz de compreender o 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 26 1/19/18 10:30 AM https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/112/76 XXVII mundo e suas transformações. Segundo Krasilchick e Marandino (2004), na formação de cidadãos críticos, algumas competências são necessárias: [...] • ter consciência da importância de sua função no aperfeiçoamento individual e das relações sociais; • ser capaz de expressar seus julgamentos de valor; • justificar suas decisões referindo-se aos princípios e conceitos em que se basearam; • diferenciar entre decisões pessoais de âmbito individual e decisões coletivas de âmbito público; • reconhecer e aceitar direitos, deveres e oportunidades em uma sociedade pluralista; • ouvir e aceitar diferenças de opiniões. [...] KRASILCHICK, Myriam; MARANDINO, Martha. Ensino de Ciências e cidadania. São Paulo: Moderna, 2004. p. 8-9. (Coleção Cotidiano escolar). O ensino de Ciências deve pautar-se nas necessidades dos alunos e em sua formação cidadã. Para isso, o professor deve agir como mediador da aprendiza- gem e desenvolver neles uma postura crítica e ativa na construção do conhecimen- to. Rompe-se, assim, a ideia de um professor detentor de conhecimentos e alunos como receptores passivos dessas informações. O professor deve oportunizar questionamentos, apresentação de ideias, expressão de opiniões e análise de situações. [...] No ensino tradicional, o saber era transmitido principalmente pelo professor, pelo texto e pela eventual realização de um experimento “mostrado” aos alunos. Os conteúdos ocupavam um lugar de destaque, e a qualidade do ensino depen- dia do domínio que o professor tinha dos conhecimentos e da clareza de sua ex- posição. Essa concepção enciclopédica do ensino foi mudando à medida que se começou a compreender a necessidade de uma participação mais ativa do aluno, que se passou a vê-lo como agente da própria aprendizagem. Compartilhamos daconvicção de que para aprender – construir conhecimento – é preciso ofere- cer aos alunos situações em que possam se posicionar de maneira intelectual- mente ativa, situações em que possam refletir, fazer novas descobertas, formular perguntas, discordar, elaborar possíveis respostas etc. Essa postura nos leva a analisar quais conteúdos têm mais potencial para se tornar objeto de ensino e como a maneira pela qual são apresentados em classe interfere na aprendizagem. [...] SPINOZA, Ana. Ciências na escola: novas perspectivas para a formação dos alunos. Trad. Camila Bogéa. São Paulo: Ática, 2010. Além de auxiliar na ampliação de conhecimentos, o ensino de Ciências pode ajudar na formação integral do indivíduo, o que justifica sua abordagem desde os anos ini- ciais do Ensino Fundamental I. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 27 1/19/18 10:30 AM XXVIII [...] O ensino de Ciências nos anos iniciais também pode auxiliar na construção de valores e habilidades que possibilitarão aos alunos continuar aprendendo. Cabe ressaltar que atitudes e valores se constroem desde cedo e quando a escola proporciona momentos para debates, questionamentos, reflexões, exposição e confronto de ideias, abre a oportunidade de ensinar valores essenciais ao exercí- cio da cidadania, como respeito pelas diferentes ideias, tolerância, cooperação, respeito à diversidade, às regras combinadas em grupo, capacidade de se comu- nicar, de ouvir e esperar sua vez para se expressar, responsabilidade, senso críti- co e inclusão social. [...] VIECHENESKI, Juliana Pinto; CARLETTO, Marcia. Por que e para quê ensinar ciências para crianças. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 6, n. 2, mai-ago. 2013. p. 223. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/viewFile/1638/1046>. Acesso em: 20 nov. 2017. A formação integral dos alunos é uma das metas do ensino de Ciências. Para os anos iniciais do Ensino Fundamental, alguns objetivos são necessários, entre eles: • reconhecer que todos têm direito de acesso ao conhecimento científico; • compreender o ser humano como parte integrante da natureza e agente transfor- mador do mundo em que vive; • relacionar os conhecimentos científicos à produção tecnológica e condições de vida no mundo atual e ao longo da história; • desenvolver leitura e interpretação de textos de divulgação científica; • consultar diversas fontes de informações sobre ciência e tecnologia; • discutir fatos e informações com base em leituras, observações, experimentações e registros; • propor maneiras de investigar hipóteses levantadas; • basear-se na vivência para coletar dados, como entrevistas e pesquisas em sites, livros, jornais, etc.; • ordenar, nomear e classificar; • praticar os conceitos das Ciências Naturais para solucionar problemas reais; • desenvolver o pensamento crítico, a cooperação e a construção coletiva do conhecimento; • identificar interações do ser humano com o ambiente; • reconhecer a saúde como um bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva; • compreender a tecnologia como necessária ao ser humano; • argumentar, explicar e se posicionar por meio da aprendizagem em Ciências; • relatar os conteúdos de Ciências por meio de desenhos, representações, teatros, música, dança, poemas e outras formas de expressão. Além disso, o ensino de Ciências deve oportunizar aos alunos o contato com dife- rentes materiais, para que possam estabelecer ideias, levantar e testar hipóteses, ana- lisar os resultados, comparar dados, questionar o que acontece ao redor e confrontar suas ideias com as dos colegas, vivenciando o saber científico. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 28 1/19/18 10:30 AM https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/viewFile/1638/1046 XXIX Um ponto importante que merece destaque no ensino de Ciências são os conheci- mentos prévios trazidos pelos alunos dos conteúdos relacionados a Ciências obtidos fora da escola, que não devem ser descartados pelo professor, pois podem servir de base para a construção da compreensão dos fenômenos naturais. [...] Os conhecimentos prévios formam-se a partir de concepções espontâneas e intuitivas acerca de situações e fenômenos da vida cotidiana, de representações sociais transmitidas culturalmente e a partir de analogias: quando o aluno não possui imagens concretas para determinado conhecimento, faz determinadas associações, cria modelos para entendê-lo. [...] HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2006. p. 87-88. Quando o professor identifica os conhecimentos prévios, pode prever as próxi- mas ações pedagógicas, adaptando seu planejamento. Com base nisso, ele pode utilizar estratégias que o auxiliam no desenvolvimento didático do conteúdo, como: problematização, observação, trabalhos em grupo e atividades de experimentação investigativa. Problematização Quando não estão na escola, geralmente, os alunos buscam explicações pró- prias para os conteúdos científicos de seu interesse, baseando-se nos conheci- mentos prévios. De certa maneira, esses modelos satisfazem as necessidades momentâneas dos alunos, embora nem sempre apresentem fundamentação científica. O professor pode basear-se nessas situações cotidianas, identificando problemas a serem respondidos pelos alunos em uma situação chamada problematização. Quando um aluno percebe que seus modelos são inadequados e que seus conhe- cimentos prévios são insuficientes para estabelecer explicações satisfatórias, ele sen- te a necessidade de buscar novos conhecimentos que possam responder aos seus questionamentos. Os conteúdos científicos a serem trabalhados devem ser significativos para os alunos e próximos de sua realidade. Caso contrário, eles não se sentirão motivados a adequar ou reconstruir seus modelos, o que pode levá-los a criar obstáculos à aprendizagem. O professor tem um papel importante como mediador nessa relação. Ao deses- tabilizar os modelos trazidos pelos alunos e mostrar a ausência de embasamento científico, ele mobiliza os conhecimentos, estabelecendo um conflito, que exigirá o levantamento de novas hipóteses e a reconstrução de modelos. Observação Por meio da observação, os alunos obtêm informações com os próprios sentidos, destacando os aspectos mais importantes do que está sendo observado. A observação pode ocorrer de forma direta ou indireta. Na observação direta, os alunos entram em contato com os objetos de estudo, vivenciando diferentes situa- ções, como cheiros, gostos, texturas e outras sensações. Esse tipo de observação ocorre em atividades que envolvem a manipulação de objetos e materiais e também atividades de visitação, como a que acontece nos arredores da escola ou em ambientes externos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 29 1/19/18 10:30 AM XXX A observação indireta é feita por meio de recursos técnicos, como microscópio, te- lescópio, fotografias e filmes. Tanto a observação direta quanto a indireta devem ser previamente planejadas pelo professor para orientar os alunos durante sua execução. Além disso, as atividades de observação só atingem seu objetivo quando os estudan- tes se comunicam oralmente e/ou por meio de registros escritos ou desenhos, a fim de mostrarem os resultados de sua observação. Atividades de experimentação investigativa A experimentação investigativa é uma estratégia fundamental no ensino de Ciên- cias. Ela envolve a manipulação de diferentes materiais, o uso de técnicas científicas e o levantamento de hipóteses. No teste de suas hipóteses, os alunos observam, ano- tam e comparam resultados, tendo a oportunidade de compreender e utilizar o que aprenderam. Trata-se de uma ferramenta fundamental para a construção do conheci- mento científico. As atividades de experimentação não devem ser encaradas apenas como uma estratégia para demonstrar conhecimentos já apresentados aos alunos ou verificar leis já estruturadas. Com o auxílio do professore dos conhecimentos prévios dos estudantes, elas devem ampliar o conhecimento dos alunos e fazer com que eles as relacionem aos fenômenos naturais, investigando-as e elaborando explicações sobre elas. As atividades práticas podem gerar uma situação-problema, que exija dos estudan- tes ações para resolvê-la ou compreendê-la. Além de motivar, esse desafio desperta o interesse deles, gerando discussões. Os resultados das atividades de experimentação investigativas podem ser dife- rentes do esperado. Durante a montagem de um experimento, por exemplo, podem ocorrer dificuldades na realização de alguns procedimentos. Essas situações de- vem ser aproveitadas pelo professor para gerar discussões sobre o que pode ter ocorrido, incentivando os alunos a trocarem ideias para buscar soluções, identifi- carem os problemas e, até mesmo, proporem novas formas ou alternativas para os alguns procedimentos. Essas situações mostram aos estudantes que o conhecimento científico conti- nua em constante construção, com base nos problemas, insucessos, avanços e incertezas. Trabalho em grupo A interação entre os alunos, além de desenvolver a cooperação e as noções de coletividade, também contribui para a construção do conhecimento. Muitas pes- quisas já demonstraram que a oportunidade de discussão e de argumentação au- menta a capacidade de compreensão dos temas ensinados e os processos de raciocínio envolvidos. Deve-se oportunizar momentos de comunicação, reflexão, argumentação e a troca de ideias entre os alunos. O diálogo entre eles estimula-os a reconhecer a necessida- de de obter novas informações, assim como de reorganizar e reconceituar as ideias preexistentes. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 30 1/19/18 10:30 AM XXXI 1 - Características e desenvolvimento dos animais (3o ano). Distribuição dos conteúdos de Ciências Esta coleção foi estruturada levando em consideração as propostas da Base Nacio- nal Comum Curricular (BNCC) e tomando como princípio a importância da formação cidadã e integral dos estudantes. Os quadros a seguir apresentam uma visão geral sobre como as habilidades, compe- tências e temas contemporâneos foram desenvolvidos nos diferentes objetos de conhe- cimento. Além disso, apresentamos também relações entre alguns conteúdos tra balhados neste ano com objetos de conhecimento de anos anteriores ou posteriores, apresentados após o quadro de cada unidade, por meio de uma indicação numérica. UNIDADE 1 SERES VIVOS MICROSCÓPICOS E OS SERES HUMANOS Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências Temas contemporâneos • Microrganismos. • EF04CI05 • EF04CI06 • EF04CI07 • EF04CI08 • Seres vivos microscópicos. • Funcionamento de microscópio. • Relação entre os seres vivos microscópicos e o ambiente. • A descoberta da penicilina. • Bactérias benéficas ao ser humano. • Doenças transmissíveis. • O que são vírus. • Transmissão direta de doenças. • Transmissão indireta de doenças. • Prevenção da dengue. • Vacinação. • Doenças não transmissíveis. • AIDS. • As relações alimentares entre os seres vivos microscópicos e o ambiente. • A fotossíntese e a luz solar. • Cadeia alimentar. • Fluxo de energia nas cadeias alimentares. 1 • Relações alimentares em desequilíbrio. • Controle biológico. • Intervenções do ser humano nas relações alimentares. • Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9 e 10. • Competências específicas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7. • Ciência e tecnologia. • Saúde. • Preservação do meio ambiente. UNIDADE 2 MISTURAS NO DIA A DIA Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências Temas contemporâneos • Misturas. • EF04CI01 • Misturas no dia a dia. • Substâncias solúveis em água. 2 • Substâncias insolúveis em água. 3 • Soro caseiro. • Estados físicos das misturas. 4 • Propriedades e aplicações das substâncias. 5 • Composição das misturas. • Flúor na água. • Composição no ar atmosférico. • O ar e a saúde. • Monitoramento da qualidade do ar. • Técnicas de separação de misturas. • Centrifugação. • Levigação. • Destilação simples. • Tratamento de água e esgoto por flotação. • Separação de misturas para reciclagem. 6 • Competências gerais: 1, 2, 5, 6, 7, 8 e 9. • Competências específicas: 1, 2, 3, 5 e 6. • Preservação do ambiente. • Saúde. 2 , 3 e 5 - Propriedades físicas dos materiais (5o ano). 4 - Ciclo hidrológico (5o ano). 6 - Reciclagem (5o ano). 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p031a032.indd 31 1/19/18 10:30 AM XXXII Bibliografia ANDRÉ, Marli (org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999. ASTOLFI, Jean-Pierre. A didática das Ciências. 12. ed. Campi- nas: Papirus, 2009. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri- cular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. BUSQUETS, Maria Dolores et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. São Paulo: Ática, 1997. CAMPOS, Maria C. da Cunha; NIGRO, Rogério G. Didática de Ci- ências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999. KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 15. ed. Cam- pinas: Pontes, 2013. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estu- dos e proposições. São Paulo: Cortez, 1996. MACHADO, Nilson José. Epistemologia e didática: as concep- ções de conhecimentos e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1995. MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. SCHIEl, D.; ORLANDI, A. S. Ensino de Ciências por investigação. Centro de Divulgação Científica e Cultural. São Paulo: USP, 2009. VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Mar- tins Fontes, 1987. . A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 7 , 8 , 9 e 10 - Ciclo hidrológico (5o ano). UNIDADE 3 TRANSFORMAÇÃO DE MATERIAIS Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências Temas contemporâneos • Transformações reversíveis e não reversíveis. • EF04CI02 • EF04CI03 • Observação da transformação de materiais. • Transformação física dos materiais. • Transformação química dos materiais. • Reações químicas. • Mudanças de estado físico dos materiais. 7 • Mudanças de estados físicos em situações do dia a dia. 8 • Neblina. 9 • As atividades humanas e mudanças climáticas. 10 • Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 7 e 9. • Competências específicas: 1, 2, 3 e 5. • Preservação do meio ambiente. UNIDADE 4 SOL E LUA: ORIENTAÇÃO DO SER HUMANO Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências Temas contemporâneos • Pontos cardeais. • Calendários, fenômenos cíclicos e cultura. • EF04CI09 • EF04CI10 • EF04CI11 • Orientação pelo Sol. 11 12 • A luz e as sombras. 13 14 • O sol e o gnômon. • O cuaracyraangaba. • Sistema Solar. • Movimento de rotação da Terra. 15 16 • Instrumentos utilizados para medir o tempo. • Orientação pela Lua. 17 • Ciclo da Lua. 18 19 • Calendário romano. • Calendário juliano. • Calendário gregroriano. • Instrumentos de orientação. • Ímãs. • A força de atração e repulsão dos ímãs. • Campo magnético. • Magnetismo terrestre. • GPS. • Competências gerais: 1, 2, 4, 5 e 6. • Competências específicas: 1, 2 e 3. • Ciência e tecnologia. 11 , 13, 15, 17 e 18 - Observando o céu (3o ano). 12 , 14 e 16 - Movimento de rotação da Terra (5o ano). 19 - Periodicidade das fases da Lua (5o ano). 1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p031a032.indd 32 1/19/18 10:30 AM http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Karina Pessôa Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestra em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Professora de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná(UTFPR) Autora de livros didáticos para o ensino básico. Leonel Favalli Licenciado e bacharel em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Autor de livros didáticos para o ensino básico. 1a edição São Paulo, 2017 Ensino Fundamental • Anos Iniciais 4o ano Componente curricular: Ciências CIÊNCIAS g19_4pmc_lt_frontis_p001.indd 1 17/01/18 6:18 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 1 18/01/18 5:59 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Pessôa, Karina Novo Pitanguá : ciências / Karina Pessôa, Leonel Favalli. -- 1. ed.-- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Ciências. 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Favalli, Leonel. II. Título. 17-11210 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Maira Renata Dias Balestri Assistência editorial: Everton Amigoni Chinellato, Rafael Aguiar da Silva Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Leonardo de Moura Amaral Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Ana Paula Felippe, Shirley Gomes Revisão: Lilian Vismari, Liliane Pedroso, Regina Barrozo, Viviane Teixeira Mendes Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_4pmc_lt_p002.indd 2 17/01/18 6:19 PM O que você pode fazer para melhorar o mundo em que vive? Plantar uma árvore, não desperdiçar água, cuidar bem dos lugares públicos e respeitar opiniões diferentes da sua são apenas algumas das ações que todos podemos praticar no dia a dia. Ao estudar Ciências, você perceberá que é possível aplicar seus conhecimentos em situações do cotidiano, enfrentando e solucionando problemas de maneira autônoma e responsável. Este livro ajudará você a compreender a importância da cidadania para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_4pmc_lt_p003_apresentacao.indd 3 1/17/18 7:58 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 2 18/01/18 5:59 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Pessôa, Karina Novo Pitanguá : ciências / Karina Pessôa, Leonel Favalli. -- 1. ed.-- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Ciências. 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Favalli, Leonel. II. Título. 17-11210 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Maira Renata Dias Balestri Assistência editorial: Everton Amigoni Chinellato, Rafael Aguiar da Silva Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Leonardo de Moura Amaral Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Ana Paula Felippe, Shirley Gomes Revisão: Lilian Vismari, Liliane Pedroso, Regina Barrozo, Viviane Teixeira Mendes Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_4pmc_lt_p002.indd 2 17/01/18 6:19 PM O que você pode fazer para melhorar o mundo em que vive? Plantar uma árvore, não desperdiçar água, cuidar bem dos lugares públicos e respeitar opiniões diferentes da sua são apenas algumas das ações que todos podemos praticar no dia a dia. Ao estudar Ciências, você perceberá que é possível aplicar seus conhecimentos em situações do cotidiano, enfrentando e solucionando problemas de maneira autônoma e responsável. Este livro ajudará você a compreender a importância da cidadania para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_4pmc_lt_p003_apresentacao.indd 3 1/17/18 7:58 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 3 18/01/18 5:59 PM 4 4 Sumário 4 Seres vivos microscópicos e os seres humanos ............... 08 1 O que são seres vivos microscópicos ................ 10 Cidadão do mundo A descoberta da penicilina ..................16 Investigar e compartilhar...................18 Atividades ....................................................................20 2 Transmissão de doenças .............. 23 Cidadão do mundo Aids .....................................................................................28 Para saber fazer Folheto ......................................................................... 30 Atividades ....................................................................32 3 Seres vivos microscópicos e as relações alimentares no ambiente .......................................................... 35 Na prática .....................................................................35 Relações alimentares em desequilíbrio ........................................... 42 Cidadão do mundo Intervenções do ser humano nas relações alimentares ...................... 44 Atividades ................................................................... 46 O que você estudou sobre... .............. 49 Para saber mais ............................................................ 49 LE O N A R D O D E M O U R A A M A R A L g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 4 17/01/18 6:21 PM 55 Misturas no dia a dia ......... 50 4 O que está misturado? ................... 52 Na prática .....................................................................55 Atividades ....................................................................57 5 Estados físicos das misturas .......................................................... 59 Na prática .....................................................................59 Atividades ....................................................................63 6 Composição das misturas .......... 65 Os componentes de algumas misturas ......................................................................... 66 Composição do ar atmosférico .................................................. 67 Cidadão do mundo Ar e saúde................................................................. 68 Atividades ....................................................................71Investigar e compartilhar...................74 7 Técnicas de separação de misturas .....................76 Na prática .....................................................................78 Investigar e compartilhar...................82 Cidadão do mundo Separação de misturas para reciclagem................................................. 84 Atividades ................................................................... 86 O que você estudou sobre.... . . ........... 89 Para saber mais ............................................................ 89 LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 5 17/01/18 6:21 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 4 18/01/18 5:59 PM 5 4 Sumário 4 Seres vivos microscópicos e os seres humanos ............... 08 1 O que são seres vivos microscópicos ................ 10 Cidadão do mundo A descoberta da penicilina ..................16 Investigar e compartilhar...................18 Atividades ....................................................................20 2 Transmissão de doenças .............. 23 Cidadão do mundo Aids .....................................................................................28 Para saber fazer Folheto ......................................................................... 30 Atividades ....................................................................32 3 Seres vivos microscópicos e as relações alimentares no ambiente .......................................................... 35 Na prática .....................................................................35 Relações alimentares em desequilíbrio ........................................... 42 Cidadão do mundo Intervenções do ser humano nas relações alimentares ...................... 44 Atividades ................................................................... 46 O que você estudou sobre... .............. 49 Para saber mais ............................................................ 49 LE O N A R D O D E M O U R A A M A R A L g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 4 17/01/18 6:21 PM 55 Misturas no dia a dia ......... 50 4 O que está misturado? ................... 52 Na prática .....................................................................55 Atividades ....................................................................57 5 Estados físicos das misturas .......................................................... 59 Na prática .....................................................................59 Atividades ....................................................................63 6 Composição das misturas .......... 65 Os componentes de algumas misturas ......................................................................... 66 Composição do ar atmosférico .................................................. 67 Cidadão do mundo Ar e saúde................................................................. 68 Atividades ....................................................................71 Investigar e compartilhar...................74 7 Técnicas de separação de misturas .....................76 Na prática .....................................................................78 Investigar e compartilhar...................82 Cidadão do mundo Separação de misturas para reciclagem................................................. 84 Atividades ................................................................... 86 O que você estudou sobre.... . . ........... 89 Para saber mais ............................................................ 89 LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 5 17/01/18 6:21 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 5 18/01/18 5:59 PM 6 6 Transformação de materiais .......................... 90 8 Observando as transformações de materiais .............................. 92 Na prática .....................................................................93 Na prática .................................................................... 94 Atividades ................................................................... 96 Investigar e compartilhar.................. 98 9 Mudanças de estados físicos dos materiais .............100 Cidadão do mundo Mudanças climáticas e as atividades humanas ...................106 Na prática ................................................................108 Investigar e compartilhar..............109 Atividades ................................................................110 O que você estudo sobre... ................113 Para saber mais .........................................................113 LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 6 17/01/18 6:21 PM 77 Glossário ............................... 155 Bibliografia .......................... 160 Indica que as cores utilizadas nas imagens não são reais. A atividade deverá ser respondida no caderno. A atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. A atividade deverá ser respondida oralmente. Ícones da coleção Nesta coleção, você encontrará alguns ícones. Veja a seguir o que cada um deles significa. Indica que as imagens não estão em tamanho real de proporção. Indica um cuidado que se deve ter para realizar uma atividade prática ou uma dica para facilitar o desenvolvimento da atividade. Indica que essa atividade envolve a leitura e a interpretação de textos e imagens. Toda vez que encontrar esse ícone, procure o termo no glossário a partir da página 155. Indica que poderá compartilhar com seus colegas uma ideia ou alguma experiência interessante. Indica uma atitude que se pode ter para viver melhor em sociedade. Sol, a lua e a orientação do ser humano .................... 114 10 Orientação pelo sol .............. 116 Na prática .................................................................117 Na prática ................................................................ 123 Investigar e compartilhar.............. 124 Atividades ............................................................... 126 Cidadão do mundo .......... 128 Outros instrumentos para medir o tempo ................................ 128 11 Orientação pela lua ..............130 Ciclo da Lua .......................................................... 132 Atividades ............................................................... 136 12 Instrumentos de orientação .........................138 Ímãs ................................................................................... 140 Campo magnético ..................................... 142 Na prática ................................................................ 142 Magnetismo terrestre ........................ 143 Na prática ................................................................ 143 Atividades ............................................................... 144 Investigar e compartilhar.............. 148 Cidadão do mundo Gps ................................................................................. 150 Para saber fazer Vídeo tutorial ................................................... 152 O que você estudo sobre.... . . ...........154 Para saber mais ........................................................154 LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 7 17/01/18 6:21 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 6 18/01/18 5:59 PM 7 6 Transformação de materiais .......................... 90 8 Observando as transformações de materiais .............................. 92 Na prática .....................................................................93 Na prática .................................................................... 94 Atividades ................................................................... 96 Investigar e compartilhar.................. 98 9 Mudanças de estados físicos dos materiais.............100 Cidadão do mundo Mudanças climáticas e as atividades humanas ...................106 Na prática ................................................................108 Investigar e compartilhar..............109 Atividades ................................................................110 O que você estudo sobre... ................113 Para saber mais .........................................................113 LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 6 17/01/18 6:21 PM 77 Glossário ............................... 155 Bibliografia .......................... 160 Indica que as cores utilizadas nas imagens não são reais. A atividade deverá ser respondida no caderno. A atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. A atividade deverá ser respondida oralmente. Ícones da coleção Nesta coleção, você encontrará alguns ícones. Veja a seguir o que cada um deles significa. Indica que as imagens não estão em tamanho real de proporção. Indica um cuidado que se deve ter para realizar uma atividade prática ou uma dica para facilitar o desenvolvimento da atividade. Indica que essa atividade envolve a leitura e a interpretação de textos e imagens. Toda vez que encontrar esse ícone, procure o termo no glossário a partir da página 155. Indica que poderá compartilhar com seus colegas uma ideia ou alguma experiência interessante. Indica uma atitude que se pode ter para viver melhor em sociedade. Sol, a lua e a orientação do ser humano .................... 114 10 Orientação pelo sol .............. 116 Na prática .................................................................117 Na prática ................................................................ 123 Investigar e compartilhar.............. 124 Atividades ............................................................... 126 Cidadão do mundo .......... 128 Outros instrumentos para medir o tempo ................................ 128 11 Orientação pela lua ..............130 Ciclo da Lua .......................................................... 132 Atividades ............................................................... 136 12 Instrumentos de orientação .........................138 Ímãs ................................................................................... 140 Campo magnético ..................................... 142 Na prática ................................................................ 142 Magnetismo terrestre ........................ 143 Na prática ................................................................ 143 Atividades ............................................................... 144 Investigar e compartilhar.............. 148 Cidadão do mundo Gps ................................................................................. 150 Para saber fazer Vídeo tutorial ................................................... 152 O que você estudo sobre.... . . ...........154 Para saber mais ........................................................154 LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 7 17/01/18 6:21 PM g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 7 18/01/18 5:59 PM 8 Nesta unidade, os alunos estudarão os organismos microscópicos pre- sentes no nosso cotidiano, seja em nosso corpo, no ambiente que nos rodeia, em alimentos que ingerimos ou objetos que manuseamos. Eles também estudarão a importância desses seres vivos para o ambiente e para nosso corpo. Além disso, a unidade abordará algu- mas relações alimentares que ocor- rem no ambiente, como a energia flui nas cadeias alimentares e como a manutenção do equilíbrio dessas cadeias é importante. • Comece a abordagem das páginas iniciais da unidade perguntando aos alunos se eles já viram os microrga- nismos apresentados na abertura ou se sabem do que se trata. Comente que não conseguimos enxergar se- res como esses a olho nu, pois são microscópicos. Destaques da BNCC • A análise da imagem proposta na questão 1 dá aos alunos a oportu- nidade de utilizar conhecimentos de linguagem visual para interpre- tar uma informação científica, o que permite desenvolver a Competência geral 4 da BNCC. • A questão 3 estimula os alunos a se conhecer e cuidar de sua saúde física, o que contribui para o desenvolvimen- to da Competência geral 8. • Leve para a sala de aula outras ima- gens ampliadas de seres vivos mi- croscópicos para os alunos obser- varem, como bactérias comumente encontradas em objetos que utiliza- mos no cotidiano: telefones celula- res, esponjas de lavar louça ou solas de sapatos. Caso isso não seja pos- sível, leve os alunos à biblioteca ou à sala de informática, para que vejam em livros ou no computador algumas dessas imagens. • Peça a eles que descrevam o ser vivo da imagem e comentem se o consi- deram parecido com algum outro ser vivo que conheçam. • Pergunte também se sabem onde podemos encontrar seres vivos como o que está na imagem. • Existem diversas formas de trabalhar os conceitos da microbiologia e o uso de microscópios ou informações sobre o equipamento. O artigo a seguir aborda algumas dessas possibilidades, com base nos conhecimentos prévios de alunos do Ensino Fundamental I. .O conhecimento dos estudantes do Ensino Fundamental I sobre microrganismos: antes das aulas práticas com o microscópio, de Darcy Ribeiro de Castro e Nelson Rui Ribas Bejarano. Disponível em: <http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0072-1.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018. 8 Seres vivos microscópicos e os seres humanos S T E V E G S C H M E IS S N E R /S C IE N C E P H O T O L IB R A R Y /L A T IN S T O C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 8 17/01/18 6:32 PM 9 Existem seres vivos que não podemos enxergar a olho nu. Eles estão em nosso corpo, nos objetos e nos ambientes em que vivemos. Você já ouviu falar neles? 1. Como você acha que esta imagem foi obtida, já que não conseguimos observar esses seres vivos a olho nu? 2. Quando você ouve falar em bactérias e fungos, a que você geralmente os associa? 3. Recomenda-se que lavemos as mãos antes de nos alimentarmos. Você acha que essa recomendação é importante para manter a saúde de nosso corpo? Por quê? CONECTANDO IDEIAS Ampliação da imagem de um pano de prato mostrando algumas bactérias presentes nele. Esta imagem foi ampliada cerca de 6 500 vezes e colorizada em computador. g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 9 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 8 18/01/18 6:05 PM http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0072-1.pdf 9 • Chame a atenção dos alunos para as informações sobre ampliação das fotos e explique que, para que pudéssemos ver aqueles seres mi- croscópicos, foi preciso uma técnica especial. Passe, então, às perguntas do boxe Conectando ideias. • Após ouvir as respostas dos alunos à pergunta 3 do boxe Conectando ideias, promova uma autoavaliação sobre os hábitos de higiene alimen- tar. Para isso, faça perguntas, como: Vocês costumam lavar as mãos an- tes das refeições? Vocês lavam os alimentos que serão consumidos crus, como frutas e hortaliças? Isso permite uma reflexão sobre os cuida- dos com a saúde física. Conectando ideias 1. Resposta pessoal. O objetivo dessa questão é que os alunos exponham seus conhecimentos prévios sobre a necessidade de ampliar várias vezes a imagem de seres que não conseguimos observar a olho nu, por meio do uso de equipamentos como o microscópio. 2. O objetivo dessa questão é que os alunos exponham seus co- nhecimentos prévios sobre bac- térias e fungos. Muitos deles já ouviram falar desses seres vivos e, geralmente, os associam a doenças. Peça que anotem as respostas dessa questão no ca- derno para que retomem após o estudo desse tema. 3. Espera-se que os alunos co- mentem que lavar as mãos an- tes das refeições contribui para evitar a contaminação dos ali- mentos por seres vivosmicros- cópicos, que podem prejudicar a nossa saúde. • Competência geral 4: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou ver- bo‐visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar‐se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife- rentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. • Competência geral 8: Conhecer‐se, apreciar‐se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. 8 Seres vivos microscópicos e os seres humanos S T E V E G S C H M E IS S N E R /S C IE N C E P H O T O L IB R A R Y /L A T IN S T O C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 8 17/01/18 6:32 PM 9 Existem seres vivos que não podemos enxergar a olho nu. Eles estão em nosso corpo, nos objetos e nos ambientes em que vivemos. Você já ouviu falar neles? 1. Como você acha que esta imagem foi obtida, já que não conseguimos observar esses seres vivos a olho nu? 2. Quando você ouve falar em bactérias e fungos, a que você geralmente os associa? 3. Recomenda-se que lavemos as mãos antes de nos alimentarmos. Você acha que essa recomendação é importante para manter a saúde de nosso corpo? Por quê? CONECTANDO IDEIAS Ampliação da imagem de um pano de prato mostrando algumas bactérias presentes nele. Esta imagem foi ampliada cerca de 6 500 vezes e colorizada em computador. g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 9 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 9 18/01/18 6:05 PM 10 Destaques da BNCC • A abordagem sobre o preparo de iogurte permite reconhecer a parti- cipação de microrganismos na pro- dução de alimentos. Essa atividade permite o desenvolvimento da habili- dade EF04CI07 da BNCC. • Você pode iniciar o estudo desse tema realizando com os alunos a ati- vidade prática sugerida na seção In- vestigar e compartilhar, das páginas 18 e 19. Essa estratégia permite que os alunos identifiquem na prática a participação dos seres vivos micros- cópicos na produção de alimentos. • Leve para a sala de aula uma em- balagem de iogurte natural, para que os alunos vejam a indicação da presença das bactérias. Auxilie-os a identificar essa informação na emba- lagem. Possivelmente, eles encon- trarão informações que se referem à presença de lactobacilos vivos e alguns nomes específicos. • Pergunte aos alunos por que esses seres vivos estão presentes nes- se produto e diga que eles auxiliam na produção de derivados do leite, como o iogurte. • Discuta com os alunos por que deve- mos manter o leite e as bebidas lác- teas na geladeira, ou seja, para evitar a proliferação de microrganismos, que podem contaminar e estragar o alimento. Esse cuidado também deve ser tomado para conservar outros ali- mentos suscetíveis à contaminação. • Atente para o uso de bactérias na indústria de alimentos, na produção dos laticínios. Objetivos • Entender o que são seres vivos microscópicos. • Reconhecer a importância de al- guns seres vivos microscópicos na alimentação humana. • Compreender o uso de micros- cópios para observar seres vivos microscópicos. • Conhecer características de al- gumas bactérias, fungos e proto- zoários. • Entender que alguns seres vivos microscópicos são benéficos a outros seres vivos e ao ambiente. • Comente que bactérias fazem parte do nosso cotidiano e estão presentes no ambiente e até mesmo no nosso corpo. • EF04CI07: Verificar a participação de microrganismos na produção de alimentos, combustí- veis, medicamentos, entre outros. Resposta 1. Espera-se que os alunos respondam que se pode aquecer o aço até que ele passe para o estado líquido e, em seguida, despejá-lo em formas com o formato desejado.BNCC 10 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . O que são seres vivos microscópicos 11 Vanessa e seu pai estão preparando um iogurte. Para isso, o pai de Vanessa pediu a ela que misturasse um copo de iogurte natural ao leite aquecido. 1. Além do iogurte, onde você acha que existem seres vivos microscópicos? Pai, por que precisamos misturar iogurte ao leite? Porque no iogurte natural existem seres vivos que transformam o leite em iogurte. Mas não consigo ver esses seres vivos. Você não consegue vê-los porque são tão pequenos que não é possível enxergá-los a olho nu. Respostas desta questão nas orientações para o professor. IL U S T R A Ç Õ E S : L IS LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 10 17/01/18 6:33 PM 11 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A imagem ao lado mostra os seres vivos presentes no iogurte que Vanessa e seu pai estavam preparando. Esses seres vivos são bactérias. Para enxergarmos essas bactérias, a imagem ao lado foi ampliada cerca de 7 000 vezes, com o auxílio de microscópios. Bactéria chamada Lactobacillus bulgaricus, que auxilia no preparo do iogurte. Imagem ampliada cerca de 7 000 vezes e colorizada em computador. Microscópio óptico atual. Microscópios Os microscópios são equipamentos que ampliam várias vezes a imagem do que está sendo observado. O desenvolvimento desse equipamento permitiu a observação de seres vivos que não conseguimos enxergar a olho nu, contribuindo para a prevenção e o tratamento de diversas doenças que podem ser provocadas por esses seres vivos. Os primeiros microscópios foram desenvolvidos pelos fabricantes de lentes holandeses Han Janssen (1580-1638) e Zacharias Janssen (1585-1632), quando perceberam que a associação de duas lentes ampliava a capacidade de aumentar o tamanho das imagens. Os seres vivos que são tão pequenos que não conseguimos enxergar a olho nu são seres vivos microscópicos. No século 17, o holandês Antonie von Leeuwenhoek (1632-1723) aperfeiçoou o microscópio e, com ele, observou e descreveu fibras musculares, espermatozoides e bactérias. Em 1663, o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) aperfeiçoou ainda mais o microscópio, adaptando lentes que poderiam ser trocadas caso quisesse observar mais detalhes do que estava sendo observado. Foi com esse microscópio que Hooke observou cavidades existentes na cortiça, as quais chamou de células. Atualmente, temos os microscópios eletrônicos, que têm maior capacidade de ampliar imagens do que os microscópios ópticos. T R IF F/ S H U T T E R S TO C K S C IM AT /S C IE N C E S O U R C E /F O TO A R EN A g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 11 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 10 18/01/18 6:05 PM 11 • A abordagem sobre a contribuição de diferentes estudiosos no desen- volvimento e aperfeiçoamento do microscópio óptico dialoga com a valorização da construção do co- nhecimento ao longo do tempo. Além disso, essas informações per- mitem compreender o caráter histó- rico do conhecimento científico. Isso contribui para o desenvolvimento da Competência geral 1 da BNCC. Saberes integrados • As imagens que apresentam informa- ções sobre ampliação dos seres vivos oferecem oportunidade de relacionar os conhecimentos das disciplinas de Ciências e de Matemática, no que diz respeito à ampliação de escala. • Oriente os alunos a identificar quan- tas vezes aquela imagem foi ampliada e a entender que a bactéria mostrada na foto é 7 000 vezes menor do que vemos na imagem. • Se houver informação sobre o tama- nho do organismo, peça que obser- vem, com uma régua, se conseguiriam medir a bactéria com esse instrumen- to. As bactérias têm, em média, 1 µm, que equivale a 0,001 mm; portanto, peça a eles que imaginem 1 mm da régua dividido em 1 000 partes. • Caso a escola possua um micros- cópio, apresente o instrumento aos alunos e explique seu funcionamento.Leve-os até o laboratório para que observem alguns seres ou estruturas microscópicas nesse instrumento. • Peça aos alunos que desenhem no caderno as imagens que puderam observar por meio do microscópio óptico. Estimulá-los a registrar o que estudam, seja por meio da escrita ou de desenhos que ilustram tais estu- dos, permite, muitas vezes, perceber se entenderam o que foi observado. • Após terem realizado a atividade no laboratório, solicite que elaborem um relatório do que foi observado. • O desenvolvimento de microscópios eletrônicos permitiu analisar estruturas biológicas de forma mais detalhada do que com o microscópio óptico. Existem diferentes tipos de microscópios eletrônicos e técnicas específicas precisam ser utilizadas para o preparo do material a ser ana- lisado. Saiba mais no texto indicado. Microscopia eletrônica, de Fabiana Silva Vieira. Disponível em: <http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/09071620092012Introducao _a_Microscopia_Aula_4.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018. • Competência geral 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fe- nômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 10 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . O que são seres vivos microscópicos 11 Vanessa e seu pai estão preparando um iogurte. Para isso, o pai de Vanessa pediu a ela que misturasse um copo de iogurte natural ao leite aquecido. 1. Além do iogurte, onde você acha que existem seres vivos microscópicos? Pai, por que precisamos misturar iogurte ao leite? Porque no iogurte natural existem seres vivos que transformam o leite em iogurte. Mas não consigo ver esses seres vivos. Você não consegue vê-los porque são tão pequenos que não é possível enxergá-los a olho nu. Respostas desta questão nas orientações para o professor. IL U S T R A Ç Õ E S : L IS LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 10 17/01/18 6:33 PM 11 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A imagem ao lado mostra os seres vivos presentes no iogurte que Vanessa e seu pai estavam preparando. Esses seres vivos são bactérias. Para enxergarmos essas bactérias, a imagem ao lado foi ampliada cerca de 7 000 vezes, com o auxílio de microscópios. Bactéria chamada Lactobacillus bulgaricus, que auxilia no preparo do iogurte. Imagem ampliada cerca de 7 000 vezes e colorizada em computador. Microscópio óptico atual. Microscópios Os microscópios são equipamentos que ampliam várias vezes a imagem do que está sendo observado. O desenvolvimento desse equipamento permitiu a observação de seres vivos que não conseguimos enxergar a olho nu, contribuindo para a prevenção e o tratamento de diversas doenças que podem ser provocadas por esses seres vivos. Os primeiros microscópios foram desenvolvidos pelos fabricantes de lentes holandeses Han Janssen (1580-1638) e Zacharias Janssen (1585-1632), quando perceberam que a associação de duas lentes ampliava a capacidade de aumentar o tamanho das imagens. Os seres vivos que são tão pequenos que não conseguimos enxergar a olho nu são seres vivos microscópicos. No século 17, o holandês Antonie von Leeuwenhoek (1632-1723) aperfeiçoou o microscópio e, com ele, observou e descreveu fibras musculares, espermatozoides e bactérias. Em 1663, o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) aperfeiçoou ainda mais o microscópio, adaptando lentes que poderiam ser trocadas caso quisesse observar mais detalhes do que estava sendo observado. Foi com esse microscópio que Hooke observou cavidades existentes na cortiça, as quais chamou de células. Atualmente, temos os microscópios eletrônicos, que têm maior capacidade de ampliar imagens do que os microscópios ópticos. T R IF F/ S H U T T E R S TO C K S C IM AT /S C IE N C E S O U R C E /F O TO A R EN A g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 11 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 11 18/01/18 6:05 PM http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/09071620092012Introducao_a_Microscopia_Aula_4.pdf http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/09071620092012Introducao_a_Microscopia_Aula_4.pdf 12 Destaques da BNCC • As informações sobre a presença de seres vivos microscópicos no ambiente permitem relacionar a par- ticipação de fungos e bactérias no processo de decomposição, reco- nhecendo a importância ambiental desse processo. Além disso, esses seres vivos microscópicos transfor- mam a matéria orgânica em subs- tâncias que serão devolvidas ao ambiente e poderão ser reutilizadas pelos vegetais, por exemplo. Isso contribui para o desenvolvimento da habilidade EF04CI06 da BNCC. • Para iniciar o conteúdo, leve os alunos ao pátio ou ao jardim da escola para que observem restos de plantas em decomposição. Aponte diferenças de cor e textura entre folhas em de- composição e as que ainda não estão decompostas; a umidade do ambien- te onde os restos vegetais estão em decomposição, se for o caso. Peça a eles que observem a presença de ani- mais e fungos na serapilheira. • Destaque a importância da decom- posição para a reciclagem de nu- trientes no meio ambiente. Informe aos alunos que a matéria orgânica é constituída de restos de animais e vegetais em decomposição. • Se julgar interessante, apresente aos alunos o objeto educacional digital do Banco Internacional de Objetos Edu- cacionais, que apresenta um vídeo com informações sobre o proces- so de compostagem e os métodos existentes para a sua realização. É um processo biológico de decompo- sição de matéria orgânica (restos de animais e vegetais) que resulta em um composto orgânico que pode ser utilizado como adubo. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec. gov.br/handle/mec/15400>. Acesso em: 11 jan. 2018. • Ao trabalhar as imagens dos seres vivos microscópicos, pratique com os alunos a interpretação das infor- mações sobre a ampliação indicada nas fotos. • Pergunte se eles acham que cogume- los e bolores são animais ou vegetais. • O conhecimento é construído e apri- morado ao longo do tempo, resulta- do de estudos colaborativos ou que aprofundam questões previamente levantadas. • Antigamente, os fungos eram classificados como vegetais primitivos, sem clorofila. Os cientistas então perceberam que os fungos apresentavam muitas características que os diferenciam dos vegetais e, portanto, não poderiam ser incluídos no reino dos vegetais. A principal diferença entre esses seres vivos é o fato de que os fungos obtêm seus nutrientes de matéria orgânica existente no ambiente (restos de animais e vegetais) ou de seres vivos por eles parasitados, enquanto os vegetais obtêm seus nutrientes por meio da fotossíntese. • EF04CI06: Relacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decomposição, reconhecendo a importância ambiental desse processo. 12 Os fungos são seres vivos que podem ser encontrados principalmente em ambientes úmidos, com pouca luz e onde há restos de plantas ou de animais. Alguns deles são microscópicos, outros, porém, podem ser vistos a olho nu. Alguns fungos auxiliam na decomposição de restos de animais e de plantas, desempenhando um papel muito importante nos ambientes. Além de bactérias, existem outros seres vivos microscópicos, como alguns fungos e protozoários. Os seres vivos microscópicos estão presentes nos diversos ambientes, inclusive no corpo do ser humano e de outros animais. Eles são essenciais para os ambientes. Veja. Fungo decompondo os restos de um besouro. Os cogumelos são fungos que podem ser vistos a olho nu. 2. Você já viu umcogumelo? Onde? Resposta pessoal. Verifique se nas respostas dos alunos eles citaram locais úmidos. S IN C L A IR S TA M M E R S /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y /L A TI N S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 12 17/01/18 6:33 PM 13 Os protozoários são seres vivos microscópicos que podem ser encontrados em ambientes aquáticos e em ambientes terrestres úmidos. Alguns protozoários auxiliam na decomposição de restos de animais e de plantas. Existem, também, protozoários que vivem associados a outro ser vivo, trazendo-lhe benefícios. O protozoário Triconympha sp vive no interior do sistema digestório do cupim, auxiliando na digestão do alimento ingerido por esse animal. Imagem ampliada cerca de 65 vezes e colorizada em computador. As bactérias são seres vivos microscópicos formados apenas por uma célula. Elas podem ser encontradas no solo, na água e em outros seres vivos. Muitas bactérias, como a Bacillus subtilis, são benéficas aos ambientes, auxiliando na decomposição de restos de animais e de plantas, liberando nutrientes que contribuem para o desenvolvimento das plantas. Os bolores também são fungos que podem ser vistos a olho nu. 3. Você acha que os alimentos com bolores estão adequados para ser consumidos? 4. O que devemos fazer quando encontramos um alimento, como pão, com bolor, em um mercado? Bactéria Bacillus subtilis. Imagem ampliada cerca de 4 500 vezes e colorizada em computador. Fatia de pão com bolor. Cupim. Representação de um parque. Respostas das questões 3 e 4 nas orientações para o professor. P O W E R A N D S Y R E D /S C IE N C E SC IE N C E P H O TO L IB R A R Y/ L AT IN S TO C K B O LI G O LO V A N D R E W /S H U T TE R ST O C K VISUALS UNLIMITED/BSIP/GLOW IMAGES LE O N A R D O D E M O U R A A M A R A L MR.PARIC HAT C H A IK U A D /S H U T TE R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 13 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 12 18/01/18 6:05 PM http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15400 http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15400 13 Destaques da BNCC • A terceira pergunta leva os alunos a analisar a situação e tomar decisões éticas em relação aos cuidados con- sigo mesmos. Isso contribui para o desenvolvimento da Competência geral 7 da BNCC. • Comente que existem fungos que po- dem ser consumidos, como aqueles presentes em alguns tipos de queijos. • Leve para os alunos observarem um pão ou fruta com bolor. Tome o cuidado de apresentar o item em embalagem plástica transparente e fechada, para evitar que os alunos inalem esporos. • Oriente-os a nunca ingerir alimentos com bolor, nem mesmo cortando fora o pedaço com fungo. Há partes dele (hifas) que não vemos e que penetram no alimento, portanto há risco de in- gerirmos o que restou do bolor. • Comente que alguns fungos produ- zem substâncias tóxicas que, quan- do ingeridas, por meio de alimentos contaminados, podem causar into- xicações severas em seres huma- nos e animais. Mais atividades • Proponha a montagem de um experimento com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de bolor em pão. • Você vai precisar de um pedaço ou fatia de pão, saco plástico transparente, fita adesiva e água. • Pingue gotas de água no pão e coloque-o dentro do saco plástico. • Feche o saco com fita adesiva, vedando-o bem e mantendo-o em local iluminado (sem luz solar direta) e que não seja frio. • Observe o pedaço de pão durante sete dias, sem abrir o saco. • Pergunte aos alunos quais mudanças eles observaram e peça que expliquem o que aconteceu. • Competência geral 7: Argumentar com base em fatos, dados e infor- mações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socio- ambiental em âmbito local, regio- nal e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Respostas 1. Espera-se que os alunos respon- dam que alimentos com bolor não são adequados para o consumo humano, pois podem causar into- xicação alimentar, prejudicando a saúde. 2. O objetivo desta questão é que os alunos reflitam sobre atitudes ci- dadãs que contribuem para ajudar na manutenção da saúde de outras pessoas. Eles podem responder que não comprariam e que avisa- riam os funcionários do mercado responsáveis pelo setor para retirar o produto da gôndola. 13 Os protozoários são seres vivos microscópicos que podem ser encontrados em ambientes aquáticos e em ambientes terrestres úmidos. Alguns protozoários auxiliam na decomposição de restos de animais e de plantas. Existem, também, protozoários que vivem associados a outro ser vivo, trazendo-lhe benefícios. O protozoário Triconympha sp vive no interior do sistema digestório do cupim, auxiliando na digestão do alimento ingerido por esse animal. Imagem ampliada cerca de 65 vezes e colorizada em computador. As bactérias são seres vivos microscópicos formados apenas por uma célula. Elas podem ser encontradas no solo, na água, em nosso corpo e em outros seres vivos. Muitas bactérias, como a Bacillus subtilis, são benéficas aos ambientes, auxiliando na decomposição de restos de animais e de plantas, liberando nutrientes que contribuem para o desenvolvimento das plantas. Os bolores também são fungos que podem ser vistos a olho nu. 3. Você acha que os alimentos com bolores estão adequados para ser consumidos? 4. O que devemos fazer quando encontramos um alimento, como pão, com bolor, em um mercado? Bactéria Bacillus subtilis. Imagem ampliada cerca de 4 500 vezes e colorizada em computador. Fatia de pão com bolor. Cupim. Representação de um parque. Respostas das questões 3 e 4 nas orientações para o professor. P O W E R A N D S Y R E D /S C IE N C E SC IE N C E P H O TO L IB R A R Y/ L AT IN S TO C K B O LI G O LO V A N D R E W /S H U T TE R ST O C K VISUALS UNLIMITED/BSIP/GLOW IMAGES LE O N A R D O D E M O U R A A M A R A L MR.PARIC HAT C H A IK U A D /S H U T TE R S TO C K 14 Destaques da BNCC • As informações sobre a presença de seres vivos microscópicos no nosso cotidiano, como bactérias e fungos, indicam a participação desses se- res vivos na produção de alimentos, combustíveis e medicamentos. O trabalho com esse assunto permi- te o desenvolvimento da habilidade EF04CI07 da BNCC, descrita ante- riormente. • A primeira pergunta permite que os alunos aprendam a cuidar de sua saúde física, o que contribui para o desenvolvimento da Competência geral 8 da BNCC, descrita anterior- mente. • Pergunte aos alunos se eles sabem como se faz pão ou queijo e explique que a produção desses alimentos envolve o uso de seres vivos micros- cópicos. • Relembre-os de que alguns fungos são comestíveis, mas nem sempre o vemos nos alimentos, como é o caso de bebidas lácteas e de pães. • Explore as imagens da página e, ao trabalhar com as fotos, pratique com os alunos a interpretação das infor- mações sobre a ampliação indicada. • Explique que os “furinhos” que ficam no pão, depois de pronto, são resul- tado da ação dos fungos que com- põem o fermento, necessário para a massa crescer. • Comente que os fungos tipo levedu- ra também são utilizados na produ- ção de álcool usado como combustí- vel; na ilustração, a indexação dessa informação aparece no tanque de combustível do veículo estacionado. • Fungos microscópicos, como a levedura do pão, já faziam parte da produção de alimentos mes- mo antes de sabermos da existência deles. Para saber mais sobre a história do pão e da fermen- tação, leia o texto indicado a seguir. • O pão nosso de cada dia, de Maria Ramos. Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/ cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=817&sid=7>. Acesso em: 11 jan. 2018. 14 Muitos produtos que utilizamos em nosso cotidiano, como alguns alimentos,medicamentos e combustíveis, são fabricados com o auxílio de seres vivos microscópicos. Veja alguns exemplos. A bactéria Lactobacillus bulgaricus, por exemplo, auxilia na produção de derivados do leite, como iogurte e queijo, por meio da fermentação. 5. Como deve ser a alimentação que contribui para uma vida saudável? Fungo Saccharomyces cerevisae. Imagem ampliada cerca de 23 000 vezes e colorizada em computador.Bactéria Lactobacillus bulgaricus. Imagem ampliada cerca de 7 000 vezes e colorizada em computador. O fungo Saccharomyces cerevisae, conhecido como levedura, é utilizado no fermento biológico, que auxilia no preparo de pães e de outras massas. Ao realizar o processo de fermentação, esse fungo libera gás carbônico, que faz com que a massa fique fofa e macia. 5. Espera-se que os alunos comentem que uma alimentação saudável deve ser composta de alimentos variados, em quantidade adequada. DAV ID M . P H IL LI P S /S C IE N C E S O U R C E /F O TO AR EN A SC IM AT /S C IE N C E S O U R C E /F O TO A R EN A g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 14 17/01/18 6:33 PM 15 6. Converse com um colega sobre uma vantagem para o ambiente de utilizar etanol em vez de gasolina. Fungos Saccharomyces cerevisae. Imagem ampliada cerca de 3 000 vezes e colorizada em computador. Fungos Penicillium notatum. Imagem ampliada cerca de 2 200 vezes e colorizada em computador. A penicilina é um antibiótico utilizado no tratamento de algumas doenças causadas por bactérias, como a pneumonia, a meningite bacteriana e a sinusite. Esse medicamento é produzido a partir de fungos que produzem substâncias que inibem o crescimento de diversos tipos de bactérias. Além da penicilina, existem outros medicamentos produzidos a partir de seres vivos microscópicos. A bactéria Clostridium botulinum, por exemplo, é utilizada para produzir um medicamento que trata pessoas com espasmos musculares. O etanol é produzido a partir da fermentação da cana-de- -açúcar. Essa fermentação é realizada pelo fungo Saccharomyces cerevisae. Durante esse processo, os fungos alimentam-se do açúcar da cana, liberando etanol e gás carbônico. Não tome medicamentos sem orientação médica. Espera-se que os alunos citem durante a conversa que nos automóveis, o etanol libera menor quantidade de gases poluentes na atmosfera do que a gasolina, além de ser fabricado a partir de um recurso natural renovável – a cana-de-açúcar. NATURE’S G EO M ET R Y/ S C IE N C E S O U R C E /F O TO AR EN A STEVE G SCHM EI SS N ER /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y/ LA TI N ST O CK M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 15 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 14 18/01/18 6:05 PM http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=817&sid=7 http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=817&sid=7 15 Destaques da BNCC • Quando os alunos compartilham saberes sobre os benefícios do uso de etanol ao ambiente, em detrimen- to da gasolina, têm a oportunidade de argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis e de formular e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respei- tem e promovam a consciência so- cioambiental, com posicionamento ético em relação ao cuidado com o planeta, conforme a Competência geral 7 da BNCC, descrita anterior- mente. Ao orientá-los para não se medicarem sem orientação médica, eles são colocados em posição de se conhecer e cuidar de sua saúde física, como indicado pela Compe- tência geral 8 da BNCC, descrita an- teriormente. Atitude legal • Segundo a cartilha Uso correto de medicamentos, o Ministério da Saúde e outras instituições defi- nem que “O uso racional de medi- camentos parte do princípio de que o paciente recebe o medicamento apropriado para suas necessida- des clínicas, nas doses individu- almente requeridas para um ade- quado período de tempo e a um baixo custo para ele e sua comu- nidade.”. A cartilha está disponível em: <https://portal.fiocruz.br/sites/ portal.fiocruz.br/files/documentos/ USO%20CORRETOcartilha_final. pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018. • Medicamentos são substâncias utilizadas para aliviar sintomas ou curar doenças. Existe uma série de cuidados a serem tomados para garantir que um remédio irá proporcionar bem-estar e não causar problemas, como prazo de validade vigente, utilização em conjunto com outras substân- cias, idade e estado de saúde do paciente, entre outros. • As indicações referentes a medica- mentos “tradicionais” valem para receitas caseiras, incluindo chás e os fitoterápicos. Ser uma substân- cia natural não garante que ela não provocará intoxicação, alergia ou outros efeitos indesejáveis. • Inicie o estudo desta página perguntando aos alunos se eles já precisaram ser medicados com antibi- óticos quando ficaram doentes e se sabem por que o médico prescreveu esse tipo de medicamento. • Explique que antibióticos, como a penicilina, são substâncias utilizadas para inibir o crescimento de bactérias ou destruí-las, evitando que elas causem mais danos à saúde do ser humano. • Promova uma discussão sobre o uso do petróleo e seus malefícios ao ambiente. Aproveite para verificar se os alunos relacionam a produção desses combustíveis a recursos naturais renováveis e não renováveis. Resposta 6. Espera-se que os alunos citem durante a conversa que nos automóveis, o etanol libera menor quantidade de gases poluentes na atmosfera do que a gasolina, além de ser fabricado a partir de um recurso natural renovável – a cana-de-açúcar. 15 6. Converse com um colega sobre uma vantagem para o ambiente de utilizar etanol em vez de gasolina. Fungos Saccharomyces cerevisae. Imagem ampliada cerca de 3 000 vezes e colorizada em computador. Fungos Penicillium notatum. Imagem ampliada cerca de 600 vezes e colorizada em computador. A penicilina é um antibiótico utilizado no tratamento de algumas doenças causadas por bactérias, como a pneumonia, a meningite bacteriana e a sinusite. Esse medicamento é produzido a partir de fungos que produzem substâncias que inibem o crescimento de diversos tipos de bactérias. Além da penicilina, existem outros medicamentos produzidos a partir de seres vivos microscópicos. A bactéria Clostridium botulinum, por exemplo, é utilizada para produzir um medicamento que trata pessoas com espasmos musculares. O etanol é produzido a partir da fermentação da cana-de- -açúcar. Essa fermentação é realizada pelo fungo Saccharomyces cerevisae. Durante esse processo, os fungos alimentam-se do açúcar da cana, liberando etanol e gás carbônico. Não tome medicamentos sem orientação médica. Resposta desta questão nas orientações para o professor. DENNIS K U N K EL M IC R O S C O P Y/ S P L/ FO TO AR EN A STEVE G SCHM EI SS N ER /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y/ LA TI N ST O CK M Á R C IO G U E R R A https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/USO%20CORRETOcartilha_final.pdf https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/USO%20CORRETOcartilha_final.pdf https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/USO%20CORRETOcartilha_final.pdf https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/USO%20CORRETOcartilha_final.pdf 16 Destaques da BNCC • O conteúdo valoriza e utiliza conhe- cimentos científicos historicamente construídos para explicar a realidade científica e tecnológica por trás do desenvolvimento de medicamentos, conforme a Competência geral 1 da BNCC, descrita anteriormente. • Ao compartilhar suas opiniões sobre a importância das pesquisas científi- cas na vida das pessoas, os alunos podem argumentar com base em fa- tos, dados e informações confiáveis que promovam um posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta, contribuindo para o desenvolvimen- to daCompetência geral 7 da BNCC, descrita anteriormente. • Essa seção tem como objetivo de- senvolver o tema contemporâneo Ciência e tecnologia ao abordar a descoberta da penicilina. • Peça aos alunos que descrevam o que veem nas imagens (verifique se conseguem identificar que são fun- gos e bactérias). Em seguida, peça que tentem explicar o que teria acon- tecido nas placas de Petri. • Durante a leitura, comente que, mui- tas vezes, as descobertas científicas começam com a simples observa- ção de um fenômeno, da qual surge uma pergunta. A busca pela resposta conduzirá a pesquisa e os resultados poderão levar a outras descobertas ou ao desenvolvimento de produtos, como outros antibióticos. • Explique que já se passaram mais de cem anos desde o desenvolvi- mento da penicilina, mas que, na Ciência, isso é considerado relati- vamente recente. Objetivos • Conhecer informações sobre a descoberta da penicilina. • Perceber a relação entre bacté- rias e fungos na descoberta da penicilina. • Reconhecer a importância da descoberta da penicilina. Resposta • Espera-se que os alunos reflitam que as pesquisas científicas têm influência direta na sociedade e também são influenciadas pela sociedade. Muitas pesquisas científicas possibilitam o desen- volvimento de produtos que melhoram a qualidade de vida das pessoas, assim como ajudam a preservar o ambiente. No entanto, existem pesquisas científicas que acabam prejudicando muitas pessoas, como é o caso do desenvolvimento de bombas nucleares. Se achar conve- niente, neste momento, expanda a discussão para os aspectos negativos de muitas pesquisas científicas. 16 CIDADÃO DO MUNDO R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A descoberta da penicilina O uso da penicilina foi descoberto em 1929 pelo bacteriologista escocês Alexander Fleming (1881-1955), enquanto ele estudava maneiras de combater bactérias que causavam doenças. Na época, Fleming ficou um período de férias e esqueceu destampadas algumas placas contendo colônias de bactérias, que utilizava em seus estudos. Essas placas foram contaminadas pelo fungo Penicillium notatum. Após retornar de férias, ele percebeu que as bactérias não se desenvolveram nas regiões próximas aos fungos das placas contaminadas. Foi então que Fleming passou a estudar esses fungos e descobriu que eles produzem substâncias que inibem o crescimento de algumas bactérias. A partir desses estudos, Fleming desenvolveu o primeiro antibiótico, a penicilina, que passou a ser produzida em laboratórios em 1938. Alexander Fleming em seu laboratório. Placa de Petri original de Fleming contendo colônias de bactérias, o fungo Penicillium notatum e a região próxima ao fungo onde houve inibição do crescimento das bactérias. • Converse com os colegas sobre a importância das pesquisas científicas na vida das pessoas. colônias de bactérias Região na qual o crescimento das bactérias foi inibido pelo fungo. fungo M ED IS C AN /A LA M Y/ FO TO AR EN A SCIE NCE SOURCE/FOTOARENA g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 16 17/01/18 6:33 PM 17 As bactérias benéficas aos seres humanos Imagem de bactérias Staphylococcus aureus ampliada cerca de 2 800 vezes. Esta imagem foi obtida por um microscópio e colorizada em computador. Imagem de bactérias Escherichia coli, ampliada cerca de 8 000 vezes. Esta imagem foi obtida por um microscópio e colorizada em computador. A bactéria Escherichia coli auxilia na digestão dos alimentos e pode ser encontrada no intestino do ser humano e de outros animais. Quando pensamos em bactérias, geralmente nos lembramos de seres vivos microscópicos que podem causar problemas de saúde. Porém, muitas bactérias que existem em nosso corpo são essenciais para manter o bom funcionamento do organismo. Veja alguns exemplos. As bactérias costumam ficar em alguns órgãos do corpo, como pele, intestino, estômago, esôfago e órgãos genitais. Elas auxiliam na proteção e no bom funcionamento de nosso organismo. A bactéria Staphylococcus aureus pode ser encontrada na pele do ser humano e auxilia a protegê-la contra outras bactérias. Menina. M IC H A E L JU N G /S H U T T E R S TO C K S TE V E G S C H M EI SSNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK DENNIS KUNKEL MICROSCOPY/SCIENCE PHO TO LIB R A R Y/L A T IN S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 17 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 16 18/01/18 6:05 PM 17 • Pergunte aos alunos se eles acham que todas as bactérias prejudicam a saúde do ser humano e outros seres vivos. • Relembre que bactérias podem estar presentes em diversos ambientes e até mesmo no nosso corpo, tanto por fora quanto por dentro. • Explique que o corpo humano pode oferecer condições favoráveis a so- brevivência das bactérias, como temperatura ideal, oferta de água e nutrientes. • Comente que os exemplos dessa página mostram benefícios das bac- térias para o nosso corpo, mas que muitas vezes elas não têm efeito po- sitivo nem negativo. • Explique que há situações em que essas mesmas bactérias podem prejudicar nossa saúde, por exem- plo, a Propionibacterium acnes pode promover a inflamação dos folículos pilosos, causando acne; a E. coli pode causar infecções intestinais e urinárias, especialmente quando proveniente do corpo de outros or- ganismos, por meio da água e dos alimentos contaminados. • Em relação à compreensão da inte- ração entre nosso corpo e os seres vivos microscópicos que o habitam, é importante deixar claro para os alunos que benefícios ou malefícios resultantes da nossa microbiota de- pendem de uma série de fatores. Ida- de, estado geral de saúde e dimen- são da população microbiana são alguns desses fatores. • Obesidade e alergias, por exemplo, podem resultar de um desequilíbrio na comunidade bacteriana, e a nos- sa alimentação tem papel importante no estabelecimento dessa comuni- dade. • Para saber mais sobre esse tema, sugerimos a leitura dos dois tex- tos a seguir: Carboidratos e micro- biota intestinal, de Alane Beatriz Vermelho. Disponível em: <http:// www.microbiologia.ufrj.br/portal/ index.php/pt/destaques/novidades- sobre-a-micro/289-carboidratos-e- a-microbiota-intestinal>. Acesso em: 11 jan. 2018. • A microbiota humana, de Luiz Caeta- no Martha Antunes. Ciência Hoje, São Paulo, SBPC, v. 53, n. 316, p. 26-29, jul. 2014. 16 CIDADÃO DO MUNDO R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A descoberta da penicilina O uso da penicilina foi descoberto em 1929 pelo bacteriologista escocês Alexander Fleming (1881-1955), enquanto ele estudava maneiras de combater bactérias que causavam doenças. Na época, Fleming ficou um período de férias e esqueceu destampadas algumas placas contendo colônias de bactérias, que utilizava em seus estudos. Essas placas foram contaminadas pelo fungo Penicillium notatum. Após retornar de férias, ele percebeu que as bactérias não se desenvolveram nas regiões próximas aos fungos das placas contaminadas. Foi então que Fleming passou a estudar esses fungos e descobriu que eles produzem substâncias que inibem o crescimento de algumas bactérias. A partir desses estudos, Fleming desenvolveu o primeiro antibiótico, a penicilina, que passou a ser produzida em laboratórios em 1938. Alexander Fleming em seu laboratório. Placa de Petri original de Fleming contendo colônias de bactérias, o fungo Penicillium notatum e a região próxima ao fungo onde houve inibição do crescimento das bactérias. • Converse com os colegas sobre a importância das pesquisas científicas na vida das pessoas. colônias de bactérias Região na qual o crescimento das bactérias foi inibido pelo fungo. fungo M ED IS C AN /A LA M Y/ FO TO AR EN A SCIE NCE SOURCE/FOTOARENA g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd16 17/01/18 6:33 PM 17 As bactérias benéficas aos seres humanos Imagem de bactérias Staphylococcus aureus ampliada cerca de 2 800 vezes. Esta imagem foi obtida por um microscópio e colorizada em computador. Imagem de bactérias Escherichia coli, ampliada cerca de 8 000 vezes. Esta imagem foi obtida por um microscópio e colorizada em computador. A bactéria Escherichia coli auxilia na digestão dos alimentos e pode ser encontrada no intestino do ser humano e de outros animais. Quando pensamos em bactérias, geralmente nos lembramos de seres vivos microscópicos que podem causar problemas de saúde. Porém, muitas bactérias que existem em nosso corpo são essenciais para manter o bom funcionamento do organismo. Veja alguns exemplos. As bactérias costumam ficar em alguns órgãos do corpo, como pele, intestino, estômago, esôfago e órgãos genitais. Elas auxiliam na proteção e no bom funcionamento de nosso organismo. A bactéria Staphylococcus aureus pode ser encontrada na pele do ser humano e auxilia a protegê-la contra outras bactérias. Menina. M IC H A E L JU N G /S H U T T E R S TO C K S TE V E G S C H M EI SSNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK DENNIS KUNKEL MICROSCOPY/SCIENCE PHO TO LIB R A R Y/L A T IN S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 17 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 17 18/01/18 6:05 PM http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/289-carboidratos-e-a-microbiota-intestinal http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/289-carboidratos-e-a-microbiota-intestinal http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/289-carboidratos-e-a-microbiota-intestinal http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/289-carboidratos-e-a-microbiota-intestinal http://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/289-carboidratos-e-a-microbiota-intestinal 18 Destaques da BNCC • A atividade permite aos alunos com- preenderem estruturas explicati- vas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica. Isso permite desenvolver a Competência geral 2 da BNCC. • Os alunos deverão agir coletivamen- te com autonomia e flexibilidade na discussão das conclusões, com base nos conhecimentos construí- dos, conforme indica a Competên- cia geral 10 da BNCC. • Nessa atividade, os alunos irão pre- parar uma receita de iogurte para verificar o processo de fermentação. Para isso, providencie antecipada- mente os materiais necessários. • Essa atividade permite explorar os cuidados que devemos ter durante o preparo dos alimentos. Questione- -os sobre esses cuidados. • Informe-os que, nos itens a e c, so- mente um adulto poderá aquecer o leite e despejá-lo na vasilha. As eta- pas nas quais é necessário manipu- lar o leite quente devem ser realiza- das por um adulto. • A mistura de leite com o iogurte na- tural deve permanecer em um local que não receba luz solar diretamente e que animais ou crianças não te- nham acesso. Ela deve permanecer em repouso de acordo com o tempo indicado na atividade. Objetivos • Preparar uma receita de iogurte. • Investigar o processo de fermen- tação. • Verificar a participação de seres vivos microscópicos na produção de alimentos. 18 INVESTIGAR E COMPARTILHAR •1 L de leite •vasilha plástica com tampa •copo de iogurte natural •colher •panela para aquecer o leite •toalha ou guardanapo de tecido MATERIAIS • O que ocorre com o leite se ele for misturado com iogurte natural? A Peça ao adulto que aqueça o leite até que fique morno e depois despeje-o na vasilha plástica. Tampe a vasilha e enrole-a com a toalha ou com o guardanapo. Em seguida, coloque-a em um local que não receba luz solar diretamente. CB Com cuidado, despeje o iogurte natural na vasilha com leite e mexa bem. O procedimento descrito no item A deve ser realizado por um adulto. Imagem referente à etapa A. Imagem referente às etapas B e C. Espera-se que os alunos respondam que ocorre a fermentação do leite por causa da ação de seres vivos microscópicos presentes no iogurte natural. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 18 17/01/18 6:33 PM 19 1. O que você observou ao destampar a vasilha, na etapa D? 2. O que fez o leite se transformar em iogurte? 3. O que você concluiu com a realização dessa atividade? 4. Converse com seus colegas e compare o resultado da atividade realizada. REGISTRE O QUE OBSERVOU D Após 12 horas, desenrole a vasilha, tire sua tampa e observe como está seu conteúdo. E Com a colher, mexa bem o conteúdo da vasilha, leve-o à geladeira por algumas horas e depois você já pode consumir. Para seu iogurte natural ficar ainda mais saboroso, peça a um adulto que o bata no liquidificador com as frutas de sua preferência. Imagem referente às etapas D e E. g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 19 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 18 18/01/18 6:06 PM 19 • Após a observação dos resultados, sugira aos alunos que peçam a um adulto que bata no liquidificador o iogurte produzido com frutas da pre- ferência deles, para torná-lo mais saboroso. • Oriente os alunos a registrar no ca- derno as respostas e a conclusão do Registre o que você observou. • Caso os resultados da atividade não tenham sido satisfatórios, questio- ne os alunos sobre o que pode ter ocasionado esse fato. As possíveis causas podem ser: o leite não foi aquecido suficientemente ou estava quente demais; o tempo de repou- so não foi suficiente; a quantidade de iogurte natural não foi suficiente. Se isso ocorrer, sugira que repitam a atividade em casa, sob orientação de um adulto, corrigindo o que pos- sivelmente levou a um resultado in- satisfatório. Acompanhando a aprendizagem • Aproveite a execução da atividade para verificar se os alunos antecipam o que irá acontecer após o tempo de repouso da mistura de leite com iogurte. Observe também se mani- pulam o material corretamente, se acompanham as etapas indicadas e se agem com autonomia, ao mesmo tempo que compartilham as tarefas. Respostas 1. Espera-se que os alunos respon- dam que o leite estava com apa- rência de talhado (coalhado). 2. Espera-se que os alunos respon- dam que é a ação dos seres vivos microscópicos presentes no iogur- te natural que foi adicionado ao leite. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que a ação de alguns seres vivos microscópi- cos pode ser utilizada no preparo de alguns alimentos. 4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos conversem com os colegas sobre os resultados obtidos na reali- zação da atividade experimental. • Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. • Competência geral 10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexi- bilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base nos conhecimentos constru- ídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 18 INVESTIGAR E COMPARTILHAR •1 L de leite •vasilha plástica com tampa •copo de iogurte natural •colher •panela para aquecer o leite •toalha ou guardanapo de tecido MATERIAIS • O que ocorre com o leite se ele for misturado com iogurte natural? A Peça ao adulto que aqueça o leite até que fique morno e depois despeje-o na vasilha plástica. Tampe a vasilha e enrole-a com a toalha ou com o guardanapo. Em seguida, coloque-a em um local que não receba luz solar diretamente. CB Com cuidado,despeje o iogurte natural na vasilha com leite e mexa bem. O procedimento descrito no item A deve ser realizado por um adulto. Imagem referente à etapa A. Imagem referente às etapas B e C. Espera-se que os alunos respondam que ocorre a fermentação do leite por causa da ação de seres vivos microscópicos presentes no iogurte natural. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 18 17/01/18 6:33 PM 19 1. O que você observou ao destampar a vasilha, na etapa D? 2. O que fez o leite se transformar em iogurte? 3. O que você concluiu com a realização dessa atividade? 4. Converse com seus colegas e compare o resultado da atividade realizada. REGISTRE O QUE OBSERVOU D Após 12 horas, desenrole a vasilha, tire sua tampa e observe como está seu conteúdo. E Com a colher, mexa bem o conteúdo da vasilha, leve-o à geladeira por algumas horas e depois você já pode consumir. Para seu iogurte natural ficar ainda mais saboroso, peça a um adulto que o bata no liquidificador com as frutas de sua preferência. Imagem referente às etapas D e E. g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 19 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 19 18/01/18 6:06 PM 20 • Ao iniciar a atividade 1, pergunte aos alunos se eles já observaram rótulos de produtos de limpeza e que infor- mações apresentavam. • Não permita que os alunos manipu- lem embalagens de produtos de lim- peza. Uma alternativa é fotografar o local da embalagem que contém as informações desejadas, imprimir a informação e plastificar a impressão, para reaproveitar esse material em outras oportunidades. • Os lactobacilos vivos, mencionados na atividade 2, são considerados probióticos, termo utilizado para in- dicar bactérias que passam a barrei- ra ácida do estômago e chegam in- tactas ao intestino, onde colonizam. Eles ajudam a combater ou evitar ca- rências na flora intestinal e criam um ambiente adequado ao estabeleci- mento de outras bactérias benignas. Também produzem uma proteção mucosa para as paredes intestinais e sintetizam vitaminas do complexo B, necessárias ao nosso organismo. Mais atividades • Para complementar a atividade 1, peça aos alunos que realizem a seguinte atividade em casa. Com a ajuda de um adulto, solicite que observem rótulos de produtos de limpeza em casa e ve- rifiquem se possuem informações como as apresentadas na imagem. Depois, devem anotar os tipos de produtos nos quais encontraram essas informações. • Geralmente, os alunos encontrarão informações relacionadas à eliminação de bactérias em alve- jantes, produtos para limpeza do banheiro, produtos para vaso sanitários, entre outros. • Enfatize que essa atividade somente deve ser realizada com um adulto. Os alunos não devem manipular produtos de limpeza sem o acompanhamento de um adulto. 20 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . ATIVIDADES 1. No rótulo de alguns produtos de limpeza existem informações como as apresentadas abaixo. Rótulo de um produto de limpeza. •Qual é a importância de utilizar esse tipo de produto na limpeza das residências? Por quê? Espera-se que os alunos respondam que, de acordo com as informações do rótulo, esse tipo de produto de limpeza elimina bactérias e fungos. Por isso, o uso desse produto ajuda a manter os ambientes limpos, reduzindo a quantidade de bactérias e fungos que podem provocar doenças nos seres humanos e em outros animais. 2. Gustavo pegou um pote de leite fermentado na geladeira e viu em sua embalagem a informação abaixo. Então, Gustavo perguntou à sua mãe o que são lactobacilos vivos. a. Pesquise como você poderia responder à pergunta feita por Gustavo. Espera-se que os alunos respondam que os lactobacilos vivos são bactérias. b. Por que esses seres vivos estão presentes nesse produto? Porque, além de auxiliar no processo de fermentação do leite, essa bactéria auxilia no bom funcionamento do intestino humano. lactobacilos vivos Rótulo de um pote de leite fermentado. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S VA N E S S A V O LK /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 20 17/01/18 6:33 PM 21 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3. No estômago de animais ruminantes, como a vaca, existem seres vivos microscópicos que auxiliam na digestão do alimento ingerido. Vaca. Marque um X na sentença que responde corretamente à questão a seguir: Os seres vivos microscópicos que vivem no estômago de animais ruminantes são benéficos ou prejudiciais a eles? Por quê? Os seres vivos microscópicos presentes no estômago de animais ruminantes são maléficos, pois provocam doenças no sistema digestório desses animais. Os seres vivos microscópicos presentes no estômago de animais ruminantes são benéficos, pois ajudam na digestão do alimento ingerido por esses animais. 4. Valquíria tomou um pouco de leite, mas se esqueceu de guardar o restante na geladeira. No dia seguinte, ela percebeu que o leite estava com suas características alteradas. a. Ordene as letras seguindo a ordem crescente dos números e encontre o nome do ser vivo microscópico que realizou a fermentação e alterou as características do leite. Vaca pode atingir cerca de 1,3 m de altura. 4 2 8 5 1 3 6 7 t a a é b c r i Bactéria. b. O que Valquíria deveria ter feito com o leite para evitar que ele tivesse suas características alteradas? Os alunos podem responder que Valquíria deveria ter guardado o leite na geladeira. Complemente as respostas dos alunos comentando que a baixa temperatura do interior da geladeira contribui para diminuir a atividade metabólica das bactérias, conservando o leite e outros alimentos por mais tempo. X A O D A O D A O D A O D /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 21 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 20 18/01/18 6:06 PM 21 • Na atividade 3, foi citado um exem- plo de relações entre seres vivos microscópicos e animais ruminan- tes. Os ruminantes se alimentam de vegetais, portanto, são herbívoros, mas não conseguem digerir a celu- lose presente no alimento. No rúmen (estômago compartimentalizado) desses animais, são encontrados protozoários, bactérias e fungos. A ação desses seres vivos microscó- picos auxilia na digestão dos car- boidratos (celulose), o que fornece energia aos ruminantes. Além disso, esses seres vivos transformam com- postos nitrogenados em proteínas, que são aproveitadas na nutrição dos ruminantes. Essa relação é be- néfica para ambos (simbiose), pois seres vivos microscópicos e animais conseguem aproveitar os nutrientes contidos nos alimentos. • Ao trabalhar a atividade 4, comente a importância de se guardar o leite (e outros alimentos) na geladeira para evitar que bactérias patogênicas se proliferem, pois a baixa temperatura diminui a atividade metabólica dos seres vivos microscópicos. • Lembre os alunos de que na ativida- de em que fizeram iogurte foi neces- sário aquecer o leite para que hou- vesse a fermentação. • Enfatize que, mesmo dentro da gela- deira, os alimentos devem ser guar- dados em recipientes adequados, limpos e bem vedados. Além disso, ao manipular os alimentos, é neces- sário estar com as mãos limpas para não haver contaminação. 20 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . ATIVIDADES 1. No rótulo de alguns produtos de limpeza existem informações como as apresentadas abaixo. Rótulo de um produto de limpeza. •Qual é a importância de utilizar esse tipo de produto na limpeza das residências? Por quê? Espera-se que os alunos respondam que, de acordo com as informações do rótulo, esse tipo de produto de limpeza eliminabactérias e fungos. Por isso, o uso desse produto ajuda a manter os ambientes limpos, reduzindo a quantidade de bactérias e fungos que podem provocar doenças nos seres humanos e em outros animais. 2. Gustavo pegou um pote de leite fermentado na geladeira e viu em sua embalagem a informação abaixo. Então, Gustavo perguntou à sua mãe o que são lactobacilos vivos. a. Pesquise como você poderia responder à pergunta feita por Gustavo. Espera-se que os alunos respondam que os lactobacilos vivos são bactérias. b. Por que esses seres vivos estão presentes nesse produto? Porque, além de auxiliar no processo de fermentação do leite, essa bactéria auxilia no bom funcionamento do intestino humano. lactobacilos vivos Rótulo de um pote de leite fermentado. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S VA N E S S A V O LK /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 20 17/01/18 6:33 PM 21 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3. No estômago de animais ruminantes, como a vaca, existem seres vivos microscópicos que auxiliam na digestão do alimento ingerido. Vaca. Marque um X na sentença que responde corretamente à questão a seguir: Os seres vivos microscópicos que vivem no estômago de animais ruminantes são benéficos ou prejudiciais a eles? Por quê? Os seres vivos microscópicos presentes no estômago de animais ruminantes são maléficos, pois provocam doenças no sistema digestório desses animais. Os seres vivos microscópicos presentes no estômago de animais ruminantes são benéficos, pois ajudam na digestão do alimento ingerido por esses animais. 4. Valquíria tomou um pouco de leite, mas se esqueceu de guardar o restante na geladeira. No dia seguinte, ela percebeu que o leite estava com suas características alteradas. a. Ordene as letras seguindo a ordem crescente dos números e encontre o nome do ser vivo microscópico que realizou a fermentação e alterou as características do leite. Vaca pode atingir cerca de 1,3 m de altura. 4 2 8 5 1 3 6 7 t a a é b c r i Bactéria. b. O que Valquíria deveria ter feito com o leite para evitar que ele tivesse suas características alteradas? Os alunos podem responder que Valquíria deveria ter guardado o leite na geladeira. Complemente as respostas dos alunos comentando que a baixa temperatura do interior da geladeira contribui para diminuir a atividade metabólica das bactérias, conservando o leite e outros alimentos por mais tempo. X A O D A O D A O D A O D /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 21 17/01/18 6:33 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 21 18/01/18 6:06 PM 22 Destaques da BNCC • A atividade 6 contribui para que os alunos aprendam a cuidar de sua saúde física e desenvolvam a Com- petência geral 8 da BNCC, descrita anteriormente. Além disso, essa ati- vidade também oferece espaço para que se conheçam formas de trans- missão de fungos, as atitudes e as medidas adequadas para prevenção de doenças a eles associadas, con- tribuindo para o desenvolvimento da habilidade EF04CI08 da BNCC. • Ao trabalhar a atividade 5, comente que em muitas receitas, como as de bolo, recomenda-se a utilização do fermento químico, não o biológico. Explique que os dois tipos de fermen- to ajudam no crescimento da massa, por meio da fermentação, mas que atuam de formas diferentes e têm composições distintas. Enquanto o fermento biológico é feito de fungos, o químico tem como um dos com- ponentes principais o bicarbonato de sódio. Se julgar interessante, leve para a aula os dois tipos e mostre aos alunos as diferenças entre os produ- tos (cor, textura, granulação). Acompanhando a aprendizagem • Durante a correção do item a da atividade 6, verifique se os alunos relacionam o desenvolvimento dos fungos causadores da frieira a locais úmidos, como é o caso dos pés que vivem dentro de calçados fechados, principalmente entre os dedos. • Ao ouvir as respostas dos alunos para o item b da atividade 6, registre na lou- sa os cuidados citados por eles e, se necessário, complemente-os. Outras indicações são: secar entre os dedos dos pés utilizando papel higiênico; aguardar a secagem total dos pés antes de calçar meias ou calçados; trocar de meias todos os dias e dar preferência às de algodão; usar chi- nelos para tomar banho em chuveiros públicos ou de centros esportivos. • EF04CI08: Propor, a partir do conhecimento das formas de transmissão de alguns microrga- nismos (vírus, bactérias e protozoários), atitudes e medidas adequadas para a prevenção de doenças a eles associadas. 22 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 5. Rogério preparou a massa de alguns pães. Após enrolá-los e deixá-los em repouso, percebeu que havia esquecido de colocar um ingrediente, pois a massa não havia crescido. a. Qual ingrediente Rogério esqueceu de adicionar à massa? Espera-se que os alunos citem o fermento biológico. b. Qual ser vivo microscópico existente nesse ingrediente é responsável pelo crescimento da massa? Marque um X na resposta correta. Uma bactéria chamada Saccharomyces cerevisae. Um fungo chamado Saccharomyces cerevisae. 6. As frieiras podem afetar o ser humano, geralmente, nos espaços entre os dedos dos pés. Elas são causadas por fungos. Frieira entre os dedos do pé de uma pessoa. Rogério preparando um pão. a. Por que esses locais do corpo favorecem o desenvolvimento dos fungos causadores da frieira? b. Converse com seus colegas sobre atitudes que ajudam a evitar as frieiras nos pés. Os alunos podem citar enxugar bem os pés e entre os dedos dos pés após o banho e, sempre que possível, usar calçados arejados, evitar usar meias e calçados de outras pessoas, entre outros cuidados. X Porque geralmente são locais úmidos e escuros, característica adequada para o desenvolvimento dos fungos. M IN T IM A G E S /E A S Y P IX R IC H A R D W A R E H A M F O TO G R A FI E /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y /L A T IN S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 22 17/01/18 6:33 PM 23 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Transmissão de doenças12 1 3 2 4 Júlia, acho que você está com febre. Vamos ao médico. Júlia, para melhorar da doença, você vai ter que tomar o remédio que eu receitei. Combinado? O que é isso? Mamãe, estou com dor de garganta e um pouco de frio. Amigdalite bacteriana é uma doença que atinge as amígdalas. Ela é causada por um ser vivo muito pequeno, que só pode ser visto com a ajuda de um microscópio. Esse ser vivo pode causar esses e outros sintomas. 1. Em sua opinião, de qual ser vivo o médico estava falando? Os sintomas e a presença de pus indicam que você está com amigdalite bacteriana. Combinado, doutor. Tome remédios somente com prescrição médica e orientação de um adulto. Veja o que aconteceu com Júlia. Sempre que não estiver se sentindo bem, peça ajuda ao adulto responsável. Verifique se os alunos já passaram por uma situação como a citada nesta página. Peça-lhes que descrevam quais sintomas tiveram e o que fizeram para melhorar. Espera-se que os alunos respondam que o médico estava se referindo a uma bactéria. IL U S T R A Ç Õ E S : M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 23 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 22 18/01/18 6:06 PM 23 Destaques da BNCC • Os cuidados da mãe e da menina ao buscar um médico contribuem para que os alunos se conheçam e apren- dam a cuidar de sua saúde física, de- senvolvendo a Competência geral 8 da BNCC, descrita anteriormente. • O tema 2 propõe, com base no co- nhecimento das formas de transmis- são de alguns seres vivosmicroscó- picos (vírus, bactérias e protozoários), atitudes e medidas adequadas para a prevenção de doenças a eles asso- ciadas. Isso permite desenvolver a habilidade EF04CI08 da BNCC, des- crita anteriormente. • Inicie este tema perguntando aos alunos se conseguem reconhecer quando estão doentes. Pergunte quais sintomas costumam associar a algum mal-estar e o que fazem quan- do começam a percebê-los. • Diga aos alunos que pus é um líquido amarelado que se forma em proces- sos infecciosos. • Pergunte se conseguem identificar qual remédio foi receitado para Júlia. Espera-se que respondam que pode ser um antibiótico, pois Júlia tem uma doença causada por uma bactéria e a função do antibiótico é eliminar e inibir o crescimento de bactérias, evitando que causem mais danos à saúde da menina. • Esclareça aos alunos que, ao se sen- tirem doentes, é importante solicitar a um adulto que os levem a um mé- dico para avaliar sua saúde, pois ele é um profissional qualificado para identificar e interpretar os sinais das doenças, além de orientar sobre a medicação. Reforce o cuidado de não se automedicar, indicada no boxe Cuidado. Objetivos • Reconhecer a existência de seres vivos microscópicos causadores de doenças. • Compreender mecanismos de transmissão de doenças virais e como preveni-las. • Conhecer o conceito de doenças transmissíveis e não transmissíveis. • Conhecer as formas de contá- gio direto e indireto das doenças transmissíveis. • Comente que é preciso seguir as recomendações de uso dos antibióticos, respeitando o tempo indicado de medicação, mesmo que os sintomas desapareçam antes. Explique que, se pararmos de tomar o antibiótico antes do tempo, algumas bactérias podem sobreviver por serem mais re- sistentes ao remédio, podendo se multiplicar, originando mais bactérias resistentes. Atitude legal • Explique aos alunos que não se sentir bem é sinal de algum problema no funcionamento do organismo e, por isso, é importante consultar um médico para que ele avalie o estado de saúde e prescreva medicação, se necessário. 22 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 5. Rogério preparou a massa de alguns pães. Após enrolá-los e deixá-los em repouso, percebeu que havia esquecido de colocar um ingrediente, pois a massa não havia crescido. a. Qual ingrediente Rogério esqueceu de adicionar à massa? Espera-se que os alunos citem o fermento biológico. b. Qual ser vivo microscópico existente nesse ingrediente é responsável pelo crescimento da massa? Marque um X na resposta correta. Uma bactéria chamada Saccharomyces cerevisae. Um fungo chamado Saccharomyces cerevisae. 6. As frieiras podem afetar o ser humano, geralmente, nos espaços entre os dedos dos pés. Elas são causadas por fungos. Frieira entre os dedos do pé de uma pessoa. Rogério preparando um pão. a. Por que esses locais do corpo favorecem o desenvolvimento dos fungos causadores da frieira? b. Converse com seus colegas sobre atitudes que ajudam a evitar as frieiras nos pés. Os alunos podem citar enxugar bem os pés e entre os dedos dos pés após o banho e, sempre que possível, usar calçados arejados, evitar usar meias e calçados de outras pessoas, entre outros cuidados. X Porque geralmente são locais úmidos e escuros, característica adequada para o desenvolvimento dos fungos. M IN T IM A G E S /E A S Y P IX R IC H A R D W A R E H A M F O TO G R A FI E /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y /L A T IN S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 22 17/01/18 6:33 PM 23 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Transmissão de doenças12 1 3 2 4 Júlia, acho que você está com febre. Vamos ao médico. Júlia, para melhorar da doença, você vai ter que tomar o remédio que eu receitei. Combinado? O que é isso? Mamãe, estou com dor de garganta e um pouco de frio. Amigdalite bacteriana é uma doença que atinge as amígdalas. Ela é causada por um ser vivo muito pequeno, que só pode ser visto com a ajuda de um microscópio. Esse ser vivo pode causar esses e outros sintomas. 1. Em sua opinião, de qual ser vivo o médico estava falando? Os sintomas e a presença de pus indicam que você está com amigdalite bacteriana. Combinado, doutor. Tome remédios somente com prescrição médica e orientação de um adulto. Veja o que aconteceu com Júlia. Sempre que não estiver se sentindo bem, peça ajuda ao adulto responsável. Verifique se os alunos já passaram por uma situação como a citada nesta página. Peça-lhes que descrevam quais sintomas tiveram e o que fizeram para melhorar. Espera-se que os alunos respondam que o médico estava se referindo a uma bactéria. IL U S T R A Ç Õ E S : M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 23 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 23 18/01/18 6:06 PM 24 Destaques da BNCC • Saber sobre a falta de consenso em incluir ou não os vírus em grupos biológicos permite aos alunos de- senvolver a Competência geral 1 da BNCC, descrita anteriormente, evi- denciando que as ciências são um empreendimento humano e reco- nhecendo que o conhecimento cien- tífico é provisório, cultural e histórico. • Antes de abordar os vírus, pergunte aos alunos se eles já tiveram gripe e se sabem como podemos contrair doenças como essa. • Comente que a gripe é causada por vírus e inicie a leitura do texto e das imagens sobre os vírus. • Ao explorar a imagem do vírus, ex- plique que eles podem ser ainda menores que as bactérias, portanto somente conseguimos enxergá-los por meio de microscopia eletrônica. • Comente que essa classificação ain- da é motivo de discordância entre os cientistas. • Auxilie os alunos a compreender o esquema de transmissão direta de doenças. Veja abaixo sugestões de perguntas que podem facilitar a compreensão: .O que significa dizer que a pessoa da esquerda está contaminada? .O que significa dizer que a pessoa da direta está saudável? .Qual das duas pessoas irá transmi- tir, ou seja, passar uma doença para a outra? .De que forma pode ocorrer essa transmissão? .Em que situações pode haver trans- missão da pessoa contaminada para a saudável? • Promova uma reflexão dos alunos sobre por que, às vezes, um colega que está doente não pode ir à escola. Explique que ele poderá transmitir a doença para outras pessoas. • Veja a seguir um texto sobre os vírus. Os vírus representam um grupo diverso de parasitas celulares obrigatórios, comumente classificados como “microrganismos”. A classificação destes organismos como seres vivos sensu stricto é controversa, uma vez que os vírus somente se reproduzem e desempenham funções biológicas nas células do hospedeiro, e podem ocorrer na natureza como fragmentos de ácido nucléico associados a cápsulas proteicas, destituídos de organelas e sem capacidade replicativa, ou ainda como viroides e príons. MANFIO, Gilson Paulo. Microrganismos. In: LEWINSOHN, Thomas Michel (Org.). Avaliação do Estado Atual do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2006. Cap. 2, p. 135. (Biodiversidade 15). Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Aval_Conhec_Cap2.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018. Vírus 24 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Os vírus podem causar doenças aos seres humanos e a outros seres vivos. Eles são muito pequenos e podem ser vistos somente com a utilização de microscópio eletrônico. O vírus necessita de um ser vivo para poder se desenvolver. Caso contrário, ele não realiza suas atividades, não se reproduz e permanece inativo. As doenças causadas por vírus são chamadas viroses. Entre elas podemos citar a poliomielite, acatapora, o sarampo e a dengue. As doenças transmissíveis geralmente são causadas por bactérias, protozoários e fungos, mas também podem ser transmitidas por vírus. Veja na imagem ao lado a bactéria causadora da amigdalite bacteriana. Bactéria chamada Streptococcus strain, causadora da amigdalite bacteriana. Esta imagem foi ampliada cerca de 44 000 vezes e colorizada em computador. Vírus causador da varicela. Imagem ampliada cerca de 500 000 vezes e colorizada em computador. Os agentes causadores de doenças transmissíveis podem passar de uma pessoa para outra de forma direta ou indireta. A transmissão direta pode ocorrer quando uma pessoa saudável entra em contato com uma pessoa contaminada ou com as secreções dela. A poliomielite, a gripe, a caxumba, o sarampo, a varicela (catapora), a tuberculose e a meningite são doenças que podem ser transmitidas de forma direta. Contato direto, com gotículas de saliva ou secreções. Pessoa contaminada Pessoa saudável Representação da transmissão direta de doenças transmissíveis. A N A B E L A 88 /S H U T T E R S TO C K C H IP M U N K 13 1/ S H U T T E R S TO C K DR K A R I L O U N A T M A A /S C IE N C E JAMES CAVALL IN I/S C IE N C E S O U R C E /F O TO A R EN A PH O TO L IB R A R Y /L A TI N S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 24 17/01/18 6:44 PM Prevenção da dengue 25 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado pelo vírus causador dessa doença. A dengue é uma doença que causa febre alta persistente, dores nas articulações, no corpo e nos olhos, manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo, vômitos e sangramentos pelo nariz. Em alguns casos, ela pode provocar a morte da pessoa contaminada. Quando houver suspeita de dengue, o médico deverá ser consultado para realizar o diagnóstico, fazer os exames adequados e indicar o tratamento. Uma das medidas de prevenção é eliminar os locais em que houver água parada, como pneus, recipientes e calhas, para evitar que o mosquito se reproduza. •Cite objetos que podem acumular água e se tornarem um criadouro do mosquito Aedes aegypti. Água, solo, objetos ou animais contaminados. Pessoa contaminada Pessoa saudável 2. Sabendo que o mosquito Aedes aegypti transmite o vírus causador da dengue, cite uma maneira de prevenir essa doença. A transmissão indireta pode ocorrer por meio de objetos, água, solo ou animais contaminados. A dengue, a malária e a febre amarela são doenças que podem ser transmitidas de forma indireta. Representação da transmissão indireta de doenças transmissíveis. Mosquito Aedes aegypti pode atingir cerca de 7 mm de comprimento. Verifique se os alunos citam pneus velhos, caixa-d’água Espera-se que os alunos analisem o conceito de transmissão indireta e percebam que uma maneira de prevenir a dengue é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti. destampada, recipientes armazenados em locais que recebem água das chuvas, pratos de vasos, entre outros objetos que possam acumular água. S A T T VA 78 /S H U T T E R S TO C K C H IP M U N K 13 1/ S H U T T E R S TO C K FR A N K 60 /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 25 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 24 18/01/18 6:06 PM http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Aval_Conhec_Cap2.pdf 25 Destaques da BNCC • A análise de cartazes de campanha contra doenças transmitidas por mosquitos dialoga com a Compe- tência geral 4, da BNCC, descrita anteriormente, pois utiliza conheci- mentos das linguagens visual e cien- tífica para partilhar informações. • Ao avaliar ambientes para identifi- car possíveis focos de mosquitos transmissores da dengue, os alunos podem desenvolver a Competência geral 10 da BNCC, descrita anterior- mente, uma vez que estarão agindo pessoal e coletivamente e tomando decisões com base nos conhecimen- tos construídos na escola, conforme princípios éticos democráticos, in- clusivos, sustentáveis e solidários. • Você pode iniciar a abordagem da transmissão indireta de doenças analisando com os alunos um car- taz de campanha contra a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a zika e a chi- kungunya. Diversas versões de cam- panhas e outros recursos disponí- veis podem ser encontrados no site Portal Saúde. Disponível em: <http:// combateaedes.saude.gov.br/pt / divulgue>. Acesso em: 11 nov. 2017. • Destaque que o mosquito é o trans- missor do vírus contido nele e que é o vírus o agente causador da doença. Em razão de precisar do mosquito para transportar o vírus, a dengue é uma do- ença com transmissão indireta. • Explore outras informações do car- taz escolhido, como as condições em que o mosquito se reproduz, as formas de evitar sua proliferação e, consequentemente, a prevenção da dengue. Acompanhando a aprendizagem • Oriente-os a avaliar o local onde moram, tanto sua residência quanto a vizinhança, para verificar se há focos de mosquito. • Você pode pedir que tirem fotos do que considerarem ser focos e que tragam para a aula seguinte. Desta forma, será possível avaliar a compreensão dos alunos sobre o assunto. Mais atividades • Leve os alunos para identificar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti no pátio da escola. Peça que registrem os locais suspeitos (por escrito ou registro fotográfico). Caso haja situações em que eles possam intervir, peça que o façam, tampando lixeiras, por exemplo. Ao voltar para a sala de aula, sugira aos alunos que redijam uma carta coletiva relatando o que foi encontrado e a encaminhem para os responsáveis pela limpeza da escola. Eles também podem elaborar cartazes para fi- xar na escola, solicitando a colaboração de todos no combate ao mosquito trans- missor da dengue. Vírus 24 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Os vírus podem causar doenças aos seres humanos e a outros seres vivos. Eles são muito pequenos e podem ser vistos somente com a utilização de microscópio eletrônico. O vírus necessita de um ser vivo para poder se desenvolver. Caso contrário, ele não realiza suas atividades, não se reproduz e permanece inativo. As doenças causadas por vírus são chamadas viroses. Entre elas podemos citar a poliomielite, a catapora, o sarampo e a dengue. As doenças transmissíveis geralmente são causadas por bactérias, protozoários e fungos, mas também podem ser transmitidas por vírus. Veja na imagem ao lado a bactéria causadora da amigdalite bacteriana. Bactéria chamada Streptococcus strain, causadora da amigdalite bacteriana. Esta imagem foi ampliada cerca de 44 000 vezes e colorizada em computador. Vírus causador da varicela. Imagem ampliada cerca de 500 000 vezes e colorizada em computador. Os agentes causadores de doenças transmissíveis podem passar de uma pessoa para outra de forma direta ou indireta. A transmissão direta pode ocorrer quando uma pessoa saudável entra em contato com uma pessoa contaminada ou com as secreções dela. A poliomielite, a gripe, a caxumba, o sarampo, a varicela (catapora), a tuberculose e a meningite são doenças que podem ser transmitidas de forma direta. Contato direto, com gotículas de saliva ou secreções. Pessoa contaminada Pessoa saudável Representação da transmissão direta de doenças transmissíveis. A N A B E L A 88 /S H U T T E R S TO C K C H IP M U N K 13 1/ S H U T T E R S TO C K DR K A R I L O U N A T M A A /S C IE N C E JAMES CAVALL IN I/S C IE N C E S O U R C E /F O TO A R EN A PH O TO L IB R A R Y /L A TI N S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 24 17/01/18 6:44 PM Prevenção da dengue 25 R ep ro d uç ão p ro ib ida. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado pelo vírus causador dessa doença. A dengue é uma doença que causa febre alta persistente, dores nas articulações, no corpo e nos olhos, manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo, vômitos e sangramentos pelo nariz. Em alguns casos, ela pode provocar a morte da pessoa contaminada. Quando houver suspeita de dengue, o médico deverá ser consultado para realizar o diagnóstico, fazer os exames adequados e indicar o tratamento. Uma das medidas de prevenção é eliminar os locais em que houver água parada, como pneus, recipientes e calhas, para evitar que o mosquito se reproduza. •Cite objetos que podem acumular água e se tornarem um criadouro do mosquito Aedes aegypti. Água, solo, objetos ou animais contaminados. Pessoa contaminada Pessoa saudável 2. Sabendo que o mosquito Aedes aegypti transmite o vírus causador da dengue, cite uma maneira de prevenir essa doença. A transmissão indireta pode ocorrer por meio de objetos, água, solo ou animais contaminados. A dengue, a malária e a febre amarela são doenças que podem ser transmitidas de forma indireta. Representação da transmissão indireta de doenças transmissíveis. Mosquito Aedes aegypti pode atingir cerca de 7 mm de comprimento. Verifique se os alunos citam pneus velhos, caixa-d’água Espera-se que os alunos analisem o conceito de transmissão indireta e percebam que uma maneira de prevenir a dengue é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti. destampada, recipientes armazenados em locais que recebem água das chuvas, pratos de vasos, entre outros objetos que possam acumular água. S A T T VA 78 /S H U T T E R S TO C K C H IP M U N K 13 1/ S H U T T E R S TO C K FR A N K 60 /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 25 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 25 18/01/18 6:06 PM http://combateaedes.saude.gov.br/pt/divulgue http://combateaedes.saude.gov.br/pt/divulgue http://combateaedes.saude.gov.br/pt/divulgue 26 Destaques da BNCC • Ao interpretar a caderneta de vacina- ção, os alunos desenvolvem a Com- petência geral 4 da BNCC, descrita anteriormente, pois utilizam conheci- mentos de linguagem verbal escrita com abordagem científica. • A Competência geral 5 é trabalhada com a compreensão das informa- ções na fonte da tabela de vacina- ção, que leva os alunos a perceber a importância de obter informações de fontes confiáveis e de forma críti- ca em abordagens cotidianas. • Veja a seguir um texto sobre a revolta da vacina. [...] No Brasil, a história das vacinas nos leva ao início do século XX, quando o sanitarista Oswaldo Cruz iniciou campanhas de imuni- zação da população, diante do sur- to de varíola que ocorreu em 1904. Tais medidas levaram a um protes- to que ficou conhecido como Re- volta da Vacina. A população con- testou a obrigatoriedade da vaci- nação contra a varíola, em novem- bro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Brasil. Ministério da Saúde - Centro Cultural da Saúde. Revista da Vacina. Disponível em: <http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/>. Acesso em: 11 jan. 2018. Mais atividades • Após a leitura da caderneta de vacinação, oriente os alunos a conhecer e a compreender sua própria carteira de vacinação. Peça que solicitem a seus pais ou responsáveis que mostrem a carteira de vacinação, e que verifiquem quais vacinas já tomaram e quais ainda precisam tomar. • O objetivo é que os alunos aprendam a consultar a situação de sua vacinação, fazendo uma autoavaliação, e também incentivar a participação dos responsáveis na vida escolar do aluno. 26 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Quando estamos doentes, geralmente ficamos indispostos e precisamos de alguns cuidados, como ir ao médico, repousar e ingerir os medicamentos que o médico indicar. Embora muitas doenças transmissíveis tenham cura, a melhor atitude é preveni-las. Uma forma de prevenir algumas doenças é manter a vacinação em dia, de acordo com os prazos indicados na Caderneta de Vacinação. Veja a seguir algumas dessas vacinas. Vacina Idade Doenças evitadas BCG Ao nascer Formas graves da tuberculose (miliar e meníngea). Hepatite B Ao nascer Hepatite B. Pentavalente (DTP + HB + Hib) 2 meses 4 meses 6 meses Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b. VIP (Vacina Inativada Poliomielite) 2 meses 4 meses 6 meses Poliomielite (paralisia infantil). VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) 2 meses 4 meses Diarreia por rotavírus. Pneumocócica 10 (valente) 2 meses 4 meses 12 meses Doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. Meningocócica C (conjugada) 3 meses 5 meses 12 meses Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C. Febre amarela 9 meses 4 anos Febre amarela. SRC (tríplice viral) 12 meses Sarampo, rubéola e caxumba. VOP (Vacina Oral Poliomielite) 15 meses 4 anos Poliomielite (paralisia infantil). Hepatite A 15 meses Hepatite A. DTP (tríplice bacteriana) 15 meses 4 anos Difteria, tétano e coqueluche. SCRV (tetra viral) 15 meses Sarampo, rubéola, caxumba e varicela. HPV quadrivalente 9 a 14 anos (meninas) 12 anos (meninos) Infecções pelo Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18. Fonte de pesquisa: Caderneta de saúde da criança: passaporte da cidadania. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Brasília: Ministério da Saúde, 11 ed. 2017. g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 26 17/01/18 6:44 PM Câncer: doença não transmissível 27 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . O câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que se caracteriza pela falta de controle na divisão das células e pela capacidade de invadir diversas estruturas do corpo. Algumas crianças e adolescentes com essa doença frequentam o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer — GRAACC, uma instituição que, além de atendimentos médicos, presta atendimento assistencial para as crianças e os adolescentes com câncer e suas famílias. Instituições como o GRAACC são muito importantes para a sociedade, pois foram criadas para garantir aos pacientes em tratamento o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida. O câncer não é transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato ou por meio de objetos e alimentos contaminados. É uma doença não transmissível. Além do câncer, existem outras doenças não transmissíveis, como o diabetes, a hemofilia, as doenças mentais, entre outras. As doenças não transmissíveis são causadas por diferentes fatores. Alguns desses fatores não podemos controlar ou evitar. No entanto, ter hábitos saudáveis pode contribuir para diminuir os riscos de ter algumas doenças não transmissíveis. Veja alguns desses hábitos. Logotipo do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC). Evitar bebidas alcoólicas. Consultar o médico com frequência. Manter uma alimentação saudável. Não fumar. Ter os devidos cuidados ao se expor à luz solar. Praticar atividades físicas regularmente. R E P R O D U Ç Ã O g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 27 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 26 18/01/18 6:06 PM http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/ 27 Destaques da BNCC • Conhecer hábitos para uma vida sau- dável permite que os alunos se co- nheçam e cuidem de sua saúde física, desenvolvendo a Competência geral 8 da BNCC, descritaanteriormente. • Ofereça aos alunos mais detalhes so- bre o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer – GRAACC, o diabetes e a hemofilia. Mais infor- mações nos endereços eletrônicos a seguir: .GRAACC. Disponível em: <https:// graacc.org.br/>. Acesso em: 11 jan. 2018. .Sociedade Brasileira de Diabe- tes. Disponível em: <http://www. diabetes.org.br/publico/>. Acesso em: 11 jan. 2018. .Federação Brasileira de Hemofi- lia. Disponível em: <http://www. hemofiliabrasil.org.br/>. Acesso em: 11 jan. 2018. • Ao trabalhar os quadros de hábitos saudáveis do cotidiano, proponha aos alunos que façam uma autoava- liação: peça que reflitam sobre quais eles têm e que repensem como me- lhorar os cuidados com a própria saúde. • Indique alguns dos principais proble- mas de saúde relacionados à falta desses cuidados. .Fumar: desenvolvimento de câncer; doenças cardiovasculares e respira- tórias; úlceras no aparelho digestó- rio; complicações na gravidez. .Ingestão de bebidas alcoólicas: cardiopatias; hipertensão arterial; cirrose hepática; também pode de- sencadear problemas psicológicos e sociais. .Consumo excessivo de sal: aumen- to da pressão arterial, problemas renais; infarto. .Alimentação com excesso de gor- dura: problemas cerebrais e arte- riais; diabetes; obesidade. .Sedentarismo: maior probabilidade do desenvolvimento de doenças car- díacas; favorecimento da obesidade. .Não consultar o médico com frequência pode trazer diversas consequências, uma vez que a pessoa possa ter alguma predisposição a doenças que, sem diagnóstico ou tratamento, podem se desenvolver ou serem descobertas em estágio avançado. .Exposição à luz solar sem os devidos cuidados: principalmente o câncer de pele. Por outro lado, a falta de exposição pode levar a uma carência de vitamina D, que é associada a diversos proble- mas, como fraqueza óssea e muscular e doenças respiratórias. 26 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Quando estamos doentes, geralmente ficamos indispostos e precisamos de alguns cuidados, como ir ao médico, repousar e ingerir os medicamentos que o médico indicar. Embora muitas doenças transmissíveis tenham cura, a melhor atitude é preveni-las. Uma forma de prevenir algumas doenças é manter a vacinação em dia, de acordo com os prazos indicados na Caderneta de Vacinação. Veja a seguir algumas dessas vacinas. Vacina Idade Doenças evitadas BCG Ao nascer Formas graves da tuberculose (miliar e meníngea). Hepatite B Ao nascer Hepatite B. Pentavalente (DTP + HB + Hib) 2 meses 4 meses 6 meses Difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b. VIP (Vacina Inativada Poliomielite) 2 meses 4 meses 6 meses Poliomielite (paralisia infantil). VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) 2 meses 4 meses Diarreia por rotavírus. Pneumocócica 10 (valente) 2 meses 4 meses 12 meses Doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. Meningocócica C (conjugada) 3 meses 5 meses 12 meses Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C. Febre amarela 9 meses 4 anos Febre amarela. SRC (tríplice viral) 12 meses Sarampo, rubéola e caxumba. VOP (Vacina Oral Poliomielite) 15 meses 4 anos Poliomielite (paralisia infantil). Hepatite A 15 meses Hepatite A. DTP (tríplice bacteriana) 15 meses 4 anos Difteria, tétano e coqueluche. SCRV (tetra viral) 15 meses Sarampo, rubéola, caxumba e varicela. HPV quadrivalente 9 a 14 anos (meninas) 12 anos (meninos) Infecções pelo Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18. Fonte de pesquisa: Caderneta de saúde da criança: passaporte da cidadania. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Brasília: Ministério da Saúde, 11 ed. 2017. g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 26 17/01/18 6:44 PM Câncer: doença não transmissível 27 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . O câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que se caracteriza pela falta de controle na divisão das células e pela capacidade de invadir diversas estruturas do corpo. Algumas crianças e adolescentes com essa doença frequentam o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer — GRAACC, uma instituição que, além de atendimentos médicos, presta atendimento assistencial para as crianças e os adolescentes com câncer e suas famílias. Instituições como o GRAACC são muito importantes para a sociedade, pois foram criadas para garantir aos pacientes em tratamento o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida. O câncer não é transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato ou por meio de objetos e alimentos contaminados. É uma doença não transmissível. Além do câncer, existem outras doenças não transmissíveis, como o diabetes, a hemofilia, as doenças mentais, entre outras. As doenças não transmissíveis são causadas por diferentes fatores. Alguns desses fatores não podemos controlar ou evitar. No entanto, ter hábitos saudáveis pode contribuir para diminuir os riscos de ter algumas doenças não transmissíveis. Veja alguns desses hábitos. Logotipo do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC). Evitar bebidas alcoólicas. Consultar o médico com frequência. Manter uma alimentação saudável. Não fumar. Ter os devidos cuidados ao se expor à luz solar. Praticar atividades físicas regularmente. R E P R O D U Ç Ã O g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 27 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 27 18/01/18 6:06 PM https://graacc.org.br/ https://graacc.org.br/ http://www.diabetes.org.br/publico/ http://www.diabetes.org.br/publico/ http://www.hemofiliabrasil.org.br/ http://www.hemofiliabrasil.org.br/ 28 Destaques da BNCC • Essa atividade permite o trabalho com o tema contemporâneo Saúde, pois apresenta as características de uma doença sobre a qual a socieda- de ainda receia debater, especial- mente com o público infantil. • Ao reconhecer a importância das pesquisas científicas no entendi- mento das doenças, incluindo for- mas de tratamento e prevenção, tra- balha-se a Competência geral 3 da BNCC, pois os alunos são levados a analisar e a compreender caracterís- ticas da doença, inclusive por meio de perguntas sobre ela. • A atividade no formato de folheto traba- lha a Competência geral 4 da BNCC, descrita anteriormente, pois utiliza a linguagem verbal e científica para parti- lhar informações. Também se relaciona à Competência geral 8 da BNCC, des- crita anteriormente, pois leva os alunos a cuidar da saúde física. • Trabalhar o tema aids em sala de aula pode gerar certa insegurança, mais ainda tratando-se de crianças do Ensino Fundamental I, especialmen- te por referir-se a uma doença cuja transmissão inclui relação sexual. É importante, portanto, enfatizar, com naturalidade, os cuidados básicos com a saúde e a prevenção da doen- ça. Se você ainda tiver dúvidas sobre a aids, não deixe de se informar me- lhor antes de abordar o tema em aula ou procurar respostas para pergun- tas inesperadas dos alunos. Seguem duas sugestões de endereços na in- ternet para auxiliar seu preparo: .Ministério da Saúde. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/>. Acesso em: 11 jan. 2018. .Associação Brasileira Interdiscipli- nar de Aids. Disponível em: <http:// abiaids.org.br/>. Acesso em: 11 jan. 2018. Objetivos • Conhecer informações sobre a aids, o tratamento e a forma de transmissão. • Reconhecer que o preconceito traz consequências negativas para os portadores do vírus HIV e que elas poderiam ser evitadas. • Competência geral 3: Desenvolver o sensoestético para reconhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico‐cultural. 29 1. Cite uma consequência do preconceito com as pessoas com HIV, de acordo com a manchete apresentada na página anterior. Em seguida, converse com um colega sobre o que isso pode causar para a sociedade. 2. Pesquise na internet instituições que dão apoio a portadores de HIV e comente sobre a importância do trabalho dessas instituições. A transmissão do vírus HIV pode ocorrer em relações sexuais com pessoas contaminadas, sem o uso de preservativo, em transfusões de sangue contaminado ou da mãe contaminada para o filho, durante a gestação, o parto ou amamentação. Um abraço, um aperto de mão, um beijo ou o contato com objetos utilizados por pessoas com HIV, como talheres, não transmite a doença. Os portadores de HIV têm deveres e direitos, merecem respeito e dignidade, por isso devem ter acesso ao tratamento e às informações sobre a doença para melhorar sua qualidade de vida. O preconceito e a discriminação só trazem prejuízos para quem é portador do HIV e para toda a sociedade. ? ? ? ? ? ? Aids: Como tratar? Aids: Como ocorre a transmissão? Aids: Não ao preconceito! Apesar de a aids ainda não ter cura, o vírus HIV pode ser controlado com medicação, gerando melhor qualidade de vida para as pessoas soropositivas. Mas deve-se enfatizar que, mesmo com tratamentos avançados para o HIV, a prevenção ainda é a melhor alternativa. RAW PIXEL.COM /SHUTTERSTOCK g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 29 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 28 18/01/18 6:06 PM http://www.aids.gov.br/ http://abiaids.org.br/ http://abiaids.org.br/ 29 Ler e compreender • Manchete é o título principal da no- tícia que sintetiza suas principais in- formações. É ela que chama a aten- ção para a leitura. Antes da leitura • Pergunte aos alunos se eles já ouvi- ram falar e o que sabem sobre aids e HIV. É provável que já tenham ouvi- do algo a respeito desse tema, mas provavelmente não saberão oferecer informações muito detalhadas ou mesmo diferenciar o que é aids e o que é HIV. Durante a leitura • Verifique se compreendem que aids é uma doença e HIV é o vírus causa- dor da aids. • Explique que aids é a sigla em in- glês para o nome da doença que, em português, significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imuno- deficiência Humana. • Esclareça que imunodeficiência é a dificuldade que o organismo tem de combater agentes invasores. O vírus HIV é que provoca essa incapacida- de. Com o sistema de defesa enfra- quecido, a pessoa fica mais propen- sa a contrair outras doenças. • Discuta que as pesquisas científicas são importantes para entender a do- ença, na busca pela cura da aids e no desenvolvimento de tratamentos que permitam qualidade de vida para as pessoas soropositivas. • Comente que, quando uma pessoa vai doar sangue, são realizados tes- tes para assegurar que o sangue não está contaminado com o HIV e não ocorrer transmissão do vírus para o receptor do sangue. Após a leitura • Promova uma roda de conversa so- bre o respeito que devemos ter com pessoas portadoras do HIV, enfati- zando que a aids é uma doença que não se transmite por meio dos gestos mencionados no texto. • Você pode propor que os alunos si- mulem cenas cotidianas em que um deles representa um soropositivo, demonstrando como agir e como não agir nessas situações. Respostas 1. Espera-se que os alunos respondam que o preconceito faz com que muitas pessoas com HIV não procurem as unidades de saúde em busca de tratamento, o que faz piorar seu quadro de saúde, o que pode até mesmo provocar a morte. Isso aumenta os casos de morte por falta de tratamento. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos encontrem informações relacionadas ao tratamen- to adequado, possibilitando o direito de ter qualidade de vida, além de dar suporte emocional e combater o preconceito. 29 1. Cite uma consequência do preconceito com as pessoas com HIV, de acordo com a manchete apresentada na página anterior. Em seguida, converse com um colega sobre o que isso pode causar para a sociedade. 2. Pesquise na internet instituições que dão apoio a portadores de HIV e comente sobre a importância do trabalho dessas instituições. A transmissão do vírus HIV pode ocorrer em relações sexuais com pessoas contaminadas, sem o uso de preservativo, em transfusões de sangue contaminado ou da mãe contaminada para o filho, durante a gestação, o parto ou amamentação. Um abraço, um aperto de mão, um beijo ou o contato com objetos utilizados por pessoas com HIV, como talheres, não transmite a doença. Os portadores de HIV têm deveres e direitos, merecem respeito e dignidade, por isso devem ter acesso ao tratamento e às informações sobre a doença para melhorar sua qualidade de vida. O preconceito e a discriminação só trazem prejuízos para quem é portador do HIV e para toda a sociedade. ? ? ? ? ? ? Aids: Como tratar? Aids: Como ocorre a transmissão? Aids: Não ao preconceito! Apesar de a aids ainda não ter cura, o vírus HIV pode ser controlado com medicação, gerando melhor qualidade de vida para as pessoas soropositivas. Mas deve-se enfatizar que, mesmo com tratamentos avançados para o HIV, a prevenção ainda é a melhor alternativa. RAW PIXEL.COM /SHUTTERSTOCK g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 29 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 29 18/01/18 6:06 PM 30 Destaques da BNCC • Reconhecer as etapas de montagem e informações contidas em um fo- lheto permite que os alunos desen- volvam a Competência geral 4 da BNCC, descrita anteriormente, pois utiliza a linguagem verbo-visual para expressar-se e partilhar informa- ções. • Elaborar um folheto se relaciona à Competência geral 9, permitin- do que os alunos, com os colegas, exercitem a empatia, o diálogo e a cooperação. Também trabalha a Competência geral 10 da BNCC, descrita anteriormente, ao requerer que os alunos ajam com autonomia e responsabilidade no preparo do fo- lheto, com base nos conhecimentos construídos. • Leve para a aula alguns panfletos para que os alunos conheçam o for- mato de divulgação. Procure levar exemplos sobre temas diversos e di- ferentes formas de dobradura. • Caso julgue interessante, apresente os procedimentos indicados para ilustrar a seção Para saber fazer, de forma prática, realizando algumas etapas com uma folha de papel: do- bre, escreva o título, cole algumas imagens e insira alguns textos. • Permita que os alunos vejam o exem- plo montado por você. • Enfatize que os procedimentos in- dicados na seção são genéricos, ou seja, podem ser utilizados para a montagem de folhetos com qualquer tema. • Explique que, antes de começar a montagem do folheto, é preciso pla- nejar: .Qual será o formato do folheto ou o número de dobraduras? .Quais informações serão inseridas por escrito? .Quais imagens serão utilizadas? • Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo‐se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di- versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali- dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo‐se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 30 PARA SABER FAZER Folheto O folheto ou panfleto é uma forma de divulgar, de maneira rápida e objetiva, informações sobre produtos, marcas, ideias, cuidados com a saúde e com o ambiente, entre outras informações. Podem ser feitos com uma folha de papel dividida na metade, em três ou quatro partes, sem encadernação ou com capa dura. Veja a seguir como fazer um folheto de divulgação sobre os cuidados para evitar a gripe.1 Divida uma folha sulfite em três partes iguais, dobrando-a conforme mostrado na imagem ao lado. 3 Escolha um título para a capa do folheto que atraia a atenção do leitor para o assunto. 4 Utilize uma imagem para ilustrar o tema. 2 Escolha o tema que você vai trabalhar. No caso desse exemplo, foi trabalhado o tema gripe. Imagem referente à etapa 1. Imagens referentes às etapas 2, 3 e 4. IL U S T R A Ç Õ E S : M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 30 17/01/18 6:44 PM O folheto também pode ser feito utilizando um programa de computador, em que os textos são digitados e as imagens inseridas. 31 Na primeira parte do folheto, insira informações sobre o tema escolhido. Se for para divulgar um produto, você pode inserir as características dele. No exemplo, como o folheto trata da gripe, estão descritos os principais sintomas da doença. Nas outras partes utilize imagens que ilustrem a mensagem que você quer divulgar e escreva uma descrição delas. Lembre-se de que os textos devem passar a ideia principal de forma rápida e clara, atraindo a atenção do leitor. No caso da prevenção da gripe, foram utilizadas imagens de pessoas se vacinando, lavando as mãos, espirrando com a boca coberta, entre outras situações. 5 Vamos colocar em prática essas dicas e montar um folheto para uma campanha contra a dengue! Pesquise os cuidados que devemos ter com o lixo e com locais e objetos que podem acumular água. Explique como a doença é transmitida, os sintomas que ela causa e os riscos que ela pode trazer à pessoa infectada, lembrando que os textos devem ser atrativos. Entregue cópias dos seus panfletos para a comunidade escolar, mostrando a importância de cada um fazer a sua parte no combate à dengue. AGORA É COM VOCÊ! Depois de pronto, faça cópias do seu folheto e distribua-as para a comunidade, a fim de informar e conscientizar a todos sobre o assunto. 7 6 2ª e 3ª partes do folheto1ª parte do folheto Imagem referente às etapas 5 e 6. M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 31 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 30 18/01/18 6:06 PM 31 • Ao trabalhar a atividade proposta na seção Agora é com você!, solicite aos alunos que, em primeiro lugar, pesquisem e listem, no caderno, quais são as informações que entra- rão no folheto para ilustrar a campa- nha contra a dengue. Peça também que escolham as imagens que irão ilustrar. • Oriente-os a utilizar tesouras com pontas arredondadas para recortar as imagens, caso escolham a cola- gem em vez de desenhos. • Diga aos alunos que, ao colar as ima- gens, utilizem cola em quantidade adequada, evitando excessos que podem danificar as folhas. • Oriente-os a utilizar canetas hidro- gráficas coloridas ou lápis coloridos para escrever os textos do folheto. Lembre-os de que o texto precisa ser legível e bem distribuído ao longo do material. Acompanhando a aprendizagem • Após terem montado o folheto de campanha contra a dengue, peça aos alunos que o apresentem aos colegas. • Verifique se colaram imagens per- tinentes ao tema, que ilustrem cor- retamente as informações escritas. Caso perceba algum problema, questione, individualmente, o aluno sobre informações incorretas ou que estejam faltando, de acordo com a orientação da atividade. O objetivo é que eles avaliem e identifiquem o que deve ser ajustado. 30 PARA SABER FAZER Folheto O folheto ou panfleto é uma forma de divulgar, de maneira rápida e objetiva, informações sobre produtos, marcas, ideias, cuidados com a saúde e com o ambiente, entre outras informações. Podem ser feitos com uma folha de papel dividida na metade, em três ou quatro partes, sem encadernação ou com capa dura. Veja a seguir como fazer um folheto de divulgação sobre os cuidados para evitar a gripe. 1 Divida uma folha sulfite em três partes iguais, dobrando-a conforme mostrado na imagem ao lado. 3 Escolha um título para a capa do folheto que atraia a atenção do leitor para o assunto. 4 Utilize uma imagem para ilustrar o tema. 2 Escolha o tema que você vai trabalhar. No caso desse exemplo, foi trabalhado o tema gripe. Imagem referente à etapa 1. Imagens referentes às etapas 2, 3 e 4. IL U S T R A Ç Õ E S : M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 30 17/01/18 6:44 PM O folheto também pode ser feito utilizando um programa de computador, em que os textos são digitados e as imagens inseridas. 31 Na primeira parte do folheto, insira informações sobre o tema escolhido. Se for para divulgar um produto, você pode inserir as características dele. No exemplo, como o folheto trata da gripe, estão descritos os principais sintomas da doença. Nas outras partes utilize imagens que ilustrem a mensagem que você quer divulgar e escreva uma descrição delas. Lembre-se de que os textos devem passar a ideia principal de forma rápida e clara, atraindo a atenção do leitor. No caso da prevenção da gripe, foram utilizadas imagens de pessoas se vacinando, lavando as mãos, espirrando com a boca coberta, entre outras situações. 5 Vamos colocar em prática essas dicas e montar um folheto para uma campanha contra a dengue! Pesquise os cuidados que devemos ter com o lixo e com locais e objetos que podem acumular água. Explique como a doença é transmitida, os sintomas que ela causa e os riscos que ela pode trazer à pessoa infectada, lembrando que os textos devem ser atrativos. Entregue cópias dos seus panfletos para a comunidade escolar, mostrando a importância de cada um fazer a sua parte no combate à dengue. AGORA É COM VOCÊ! Depois de pronto, faça cópias do seu folheto e distribua-as para a comunidade, a fim de informar e conscientizar a todos sobre o assunto. 7 6 2ª e 3ª partes do folheto1ª parte do folheto Imagem referente às etapas 5 e 6. M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 31 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 31 18/01/18 6:06 PM 32 Destaques da BNCC • A Competência geral 4 da BNCC, descrita anteriormente, é trabalhada na análise do cartaz, pois exige que os alunos compreendam a lingua- gem verbo-visual para encontrar as informações necessárias à resolu- ção das atividades. • Verifique se os alunos apresentam dificuldade na resolução das ativi- dades. • Se necessário, oriente-os a retomar as páginas do livro e as atividades que abordam a dengue e os concei- tos de doenças transmissíveis e não transmissíveis. 32 ATIVIDADES 1. O Ministério da Saúde promove diversas campanhas que contribuem para a prevenção de algumas doenças. Uma das maneiras de divulgar essas campanhas é a distribuição de cartazes, como o apresentado ao lado. a. Esse cartaz mostra como prevenir quais doenças? A dengue, a zika e a chikungunya. b. Marque um X na sentença correta sobre as doenças relacionadas ao cartaz. É uma doença não transmissível. É uma doença de transmissão direta. É uma doença de transmissão indireta. c. Escreva algumas medidas que devemos ter para prevenir essas doenças. Espera-se que os alunos citem medidas relacionadas à eliminação de água parada, como colocar areia nos pratos dos vasos de plantas, lavar os pratos dos vasos regularmente, colocar o lixo dentro de sacos plásticos fechados, tampar muito bem a caixa-d’água, retirar a água acumulada em recipientes, tampar recipientes que possam acumular água, eliminar lixo de terrenos baldios, entre outras medidas. d. Você contribui com a prevenção dessa doença? Quais são as medidas que você costuma tomar? Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos façam uma autoavaliação dos cuidados que têm para combater o mosquito da dengue e compartilhar essas medidas, percebendo a influência de suas ações na manutenção de sua saúde e da Cartaz utilizado pelo Ministério da Saúde, em 2016.X saúde coletiva. A C E R V O D O M IN IS T É R IO D A S A Ú D E /G O V E R N O F E D E R A L g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd32 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 32 18/01/18 6:06 PM 33 Saberes integrados • A atividade 2 é uma oportunidade de enfatizar a relação entre os conheci- mentos de Ciências e Matemática, ao abordar a organização de dados, a leitura e a interpretação de gráficos de colunas. • Explique aos alunos como realizar a leitura do gráfico. Você pode ajudá- -los fazendo algumas perguntas: .Qual é o título do gráfico? .Quais são os dados representados no eixo horizontal? E no eixo verti- cal? .O que representa a altura de cada coluna? .De onde foram retiradas as informa- ções contidas no gráfico? 32 ATIVIDADES 1. O Ministério da Saúde promove diversas campanhas que contribuem para a prevenção de algumas doenças. Uma das maneiras de divulgar essas campanhas é a distribuição de cartazes, como o apresentado ao lado. a. Esse cartaz mostra como prevenir quais doenças? A dengue, a zika e a chikungunya. b. Marque um X na sentença correta sobre as doenças relacionadas ao cartaz. É uma doença não transmissível. É uma doença de transmissão direta. É uma doença de transmissão indireta. c. Escreva algumas medidas que devemos ter para prevenir essas doenças. Espera-se que os alunos citem medidas relacionadas à eliminação de água parada, como colocar areia nos pratos dos vasos de plantas, lavar os pratos dos vasos regularmente, colocar o lixo dentro de sacos plásticos fechados, tampar muito bem a caixa-d’água, retirar a água acumulada em recipientes, tampar recipientes que possam acumular água, eliminar lixo de terrenos baldios, entre outras medidas. d. Você contribui com a prevenção dessa doença? Quais são as medidas que você costuma tomar? Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos façam uma autoavaliação dos cuidados que têm para combater o mosquito da dengue e compartilhar essas medidas, percebendo a influência de suas ações na manutenção de sua saúde e da Cartaz utilizado pelo Ministério da Saúde, em 2016.X saúde coletiva. A C E R V O D O M IN IS T É R IO D A S A Ú D E /G O V E R N O F E D E R A L g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 32 17/01/18 6:44 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 33 18/01/18 6:06 PM 34 • Inicie a abordagem da atividade 4 perguntando aos alunos como é uma alimentação saudável. • Aproveite as respostas para verificar se eles assimilaram que é necessário variar os tipos de alimentos, para que forneçam ao corpo nutrientes diver- sos, e adequar as quantidades. • Pergunte aos alunos o que acontece quando a alimentação não fornece todos os nutrientes ou quando ela é excessiva e a pessoa é sedentária. • Peça, então, que encontrem as res- postas resolvendo o exercício. • Certifique-se de que eles compreen- dem que obesidade pode ser resul- tado de uma alimentação incorreta associada ao sedentarismo e que desnutrição é a falta de nutrientes adequados e em quantidades ne- cessárias ao organismo. No entanto, existem outros fatores que podem provocar o aumento de massa cor- poral, como problemas hormonais. 34 3. Algumas vacinas devem ser tomadas para prevenir doenças em outras fases da vida, além da infância. Observe a imagem ao lado e elabore uma frase estimulando as pessoas a tomar vacinas nas diferentes fases da vida. Leia sua frase a um colega. Resposta pessoal. Idoso tomando vacina contra a gripe. Cesta contendo verduras e legumes. 4. Ter uma alimentação saudável é um dos fatores que contribuem para manter a saúde de nosso corpo. Uma alimentação saudável é composta de alimentos variados, em quantidades adequadas. a. Siga as setas e descubra alguns problemas de saúde relacionados à má alimentação. Obesidade, desnutrição. b. Faça uma pesquisa e converse com um colega sobre o que caracteriza cada um dos problemas de saúde que você encontrou. O B E S I D D E S N U T R I Ç Ã O A D E A B Resposta desta questão nas orientações para o professor. A LE X A N D R E T O K IT A K A /P U LS A R IM A G E N S A FR IC A S T U D IO /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 34 17/01/18 6:44 PM 35 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Seres vivos microscópicos e as relações alimentares no ambiente 13 NA PRÁTICA •O que acontece com as cascas de frutas, como de bananas, após alguns dias? Para investigar o processo de decomposição dos alimentos, realize a atividade descrita a seguir. Como vimos, algumas bactérias e fungos desempenham um papel muito importante nos ambientes: eles decompõem os restos de outros seres vivos, liberando no ambiente nutrientes que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Na atividade da seção Na prática você observou a ação de fungos e de bactérias decompositores nas cascas das bananas. Os seres vivos microscópicos participam das relações alimentares entre os seres vivos, que ocorrem nos ambientes. É sobre essas relações que estudaremos a seguir. MATERIAIS •cascas de 2 bananas maduras •saco plástico transparente A Coloque as cascas das bananas dentro do saco plástico. B Amarre bem a boca do saco e deixe-o em um local da escola, por cerca de 15 dias. Cascas de bananas no interior de um saco plástico. a. Como as bananas ficaram depois do tempo esperado? b. O que provocou a decomposição das bananas? Resposta desta questão nas orientações para o professor. *Resposta desta questão nas orientações para o professor. Espera-se que os alunos respondam que foram os fungos (bolor) e bactérias. * TU LI O S A N C H E S g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 35 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 34 18/01/18 6:06 PM 35 Destaques da BNCC • Por meio desta atividade, trabalha- -se a Competência geral 2 da BNCC, descrita anteriormente, levando os alunos a dominar processos, práti- cas e procedimentos da investiga- ção científica. • A atividade permite que os alunos re- lacionem a participação dos fungos no processo de decomposição, de acordo com a habilidade EF04CI06 da BNCC, descrita anteriormente. • Leve para a sala de aula cascas de bananas bem maduras e um saco plástico ou um pote de vidro transpa- rente com tampa. Escolha um local em que as cascas possam permane- cer durante a atividade. Coloque um aviso para que não joguem o material no lixo. • Depois do tempo determinado para a observação, verifique com os alu- nos que as cascas de bananas apo- dreceram, ficaram murchas e moles. Deixe que eles exponham as ideias e, se necessário, leve-os a concluir que os bolores surgidos nas cascas de banana são fungos que podem ser vistos a olho nu. • Após a realização da atividade, de- posite as cascas no lixo orgânico. Objetivos • Identificar qual é a importância ecológica de fungos e bactérias como agentes decompositores. • Compreender a obtenção de energia pelas plantas por meio da fotossíntese. • Compreender as relações alimen- tares no ambiente e o fluxo de energia nas cadeias alimentares. • Entender o que é uma cadeia ali- mentar. • Classificar os seres vivos em pro- dutores, consumidores e decom- positores. • Conhecer algumas das causas do desequilíbrio nas relações ali- mentares. • Caso os resultados obtidos não sejam satisfatórios, verifique as possíveis causas, como: .as bananas das quais as cascas foram retiradas não estavam muito maduras; .o local da escola não estava úmido o suficiente; .o tempo necessário deve ser maior do que o sugerido para a realização da atividade. • Enfatize para os alunos a importância de não desperdiçar alimentos. Explique que devemos con- servar bem os alimentos e consumi-los antes que estraguem. Esclareça que, por esse motivo, utilizaram apenas as cascas de bananas que foram consumidas, não sendo necessário usar a fruta intacta. 34 3. Algumas vacinas devem ser tomadas para prevenir doenças em outras fases da vida, além da infância. Observea imagem ao lado e elabore uma frase estimulando as pessoas a tomar vacinas nas diferentes fases da vida. Leia sua frase a um colega. Resposta pessoal. Idoso tomando vacina contra a gripe. Cesta contendo verduras e legumes. 4. Ter uma alimentação saudável é um dos fatores que contribuem para manter a saúde de nosso corpo. Uma alimentação saudável é composta de alimentos variados, em quantidades adequadas. a. Siga as setas e descubra alguns problemas de saúde relacionados à má alimentação. Obesidade, desnutrição. b. Faça uma pesquisa e converse com um colega sobre o que caracteriza cada um dos problemas de saúde que você encontrou. O B E S I D D E S N U T R I Ç Ã O A D E A B Resposta desta questão nas orientações para o professor. A LE X A N D R E T O K IT A K A /P U LS A R IM A G E N S A FR IC A S T U D IO /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 34 17/01/18 6:44 PM 35 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Seres vivos microscópicos e as relações alimentares no ambiente 13 NA PRÁTICA •O que acontece com as cascas de frutas, como de bananas, após alguns dias? Para investigar o processo de decomposição dos alimentos, realize a atividade descrita a seguir. Como vimos, algumas bactérias e fungos desempenham um papel muito importante nos ambientes: eles decompõem os restos de outros seres vivos, liberando no ambiente nutrientes que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Na atividade da seção Na prática você observou a ação de fungos e de bactérias decompositores nas cascas das bananas. Os seres vivos microscópicos participam das relações alimentares entre os seres vivos, que ocorrem nos ambientes. É sobre essas relações que estudaremos a seguir. MATERIAIS •cascas de 2 bananas maduras •saco plástico transparente A Coloque as cascas das bananas dentro do saco plástico. B Amarre bem a boca do saco e deixe-o em um local da escola, por cerca de 15 dias. Cascas de bananas no interior de um saco plástico. a. Como as bananas ficaram depois do tempo esperado? b. O que provocou a decomposição das bananas? Resposta desta questão nas orientações para o professor. *Resposta desta questão nas orientações para o professor. Espera-se que os alunos respondam que foram os fungos (bolor) e bactérias. * TU LI O S A N C H E S g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 35 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 35 18/01/18 6:06 PM 36 Destaques da BNCC • A atividade permite que os alunos descrevam relações entre seres vi- vos e percebam o fluxo de energia ao longo da cadeia alimentar, o que permite o desenvolvimento da habili- dade EF04CI05 da BNCC. • Inicie o trabalho dessas páginas per- guntando aos alunos do que eles costumam se alimentar. • Pergunte por que eles se alimentam. • Explique que estamos acostumados a preparar nossos alimentos e que en- tre eles há vegetais, animais e fungos, além de eventualmente bactérias, como já foi estudado nesta unidade. • Pergunte como os demais seres vi- vos se alimentam. • Explore a ilustração com os alunos. Certifique-se de que reconhecem todos os seres vivos participantes da cadeia alimentar e que compre- endem que existe uma relação de alimentação entre eles. • Verifique se os alunos percebem que existem animais carnívoros, herbívoros e vegetais na situação apresentada. • Ajude-os a interpretar o sentido das setas, que indicam a direção do fluxo de energia nos organismos. • EF04CI05: Descrever e destacar semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema. 36 Os seres vivos necessitam uns dos outros e do ambiente para sobreviver. Há diversos tipos de relações entre os seres vivos. Uma delas é a obtenção de alimentos. Os animais não produzem o próprio alimento. Dessa forma, para obter energia, eles necessitam se alimentar de algumas plantas ou de outros animais. Observe os seres vivos presentes no ambiente da ilustração abaixo. Nela estão indicados alguns animais. 1. As sentenças abaixo se referem à alimentação de alguns dos seres vivos que aparecem no ambiente ilustrado. No entanto, nem todas são verdadeiras. Escreva (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas. O jacaré se alimenta de plantas. A capivara se alimenta de plantas. A capivara se alimenta da garça-branca. O jacaré se alimenta da capivara. As plantas se alimentam da minhoca. garça-branca garça-branca jacarés-do-pantanal Representação de parte do Pantanal. tuiuiú F V F V F LU C IA N E M O R I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 36 17/01/18 6:54 PM 37 Capivara pode atingir cerca de 1,3 m de comprimento. Centopeia pode atingir cerca de 30 cm de comprimento. Garça-branca-grande pode atingir cerca de 90 cm de comprimento. Jacaré-do-pantanal pode atingir cerca de 3 m de comprimento. Tuiuiú pode atingir cerca de 1,4 m de comprimento. Minhoca pode atingir cerca de 25 cm de comprimento. Caracol pode atingir cerca de 30 cm de comprimento. 2. As plantas se alimentam? Caso sua resposta seja afirmativa, explique de que maneira. 3. Em sua opinião, um desses seres vivos conseguiria viver sem a presença dos outros seres vivos? Por quê? tuiuiús capivaras centopeias minhocas caracóis Sim. As plantas produzem o próprio alimento por meio do processo chamado fotossíntese. 3. Espera-se que os alunos respondam que não, pois um ser vivo se relaciona com outros para se alimentar, buscar abrigo, entre outros fatores. g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 37 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 36 18/01/18 6:06 PM 37 • Ao trabalhar a questão 2, certifique- -se de que os alunos entendem que os vegetais produzem seu próprio alimento com o auxílio da energia lu- minosa, proveniente da energia solar. • Ao ouvir as respostas para a ques- tão 3, verifique se os alunos assimi- laram a ideia de dependência ali- mentar entre os seres vivos para a obtenção de energia. • Peça, então, aos alunos que indi- quem outros exemplos de relações alimentares no ambiente, diferentes daquelas discutidas ao longo da ati- vidade. 36 Os seres vivos necessitam uns dos outros e do ambiente para sobreviver. Há diversos tipos de relações entre os seres vivos. Uma delas é a obtenção de alimentos. Os animais não produzem o próprio alimento. Dessa forma, para obter energia, eles necessitam se alimentar de algumas plantas ou de outros animais. Observe os seres vivos presentes no ambiente da ilustração abaixo. Nela estão indicados alguns animais. 1. As sentenças abaixo se referem à alimentação de alguns dos seres vivos que aparecem no ambiente ilustrado. No entanto, nem todas são verdadeiras. Escreva (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas. O jacaré se alimenta de plantas. A capivara se alimenta de plantas. A capivara se alimenta da garça-branca. O jacaré se alimenta da capivara. As plantas se alimentam da minhoca. garça-branca garça-branca jacarés-do-pantanal Representação de parte do Pantanal. tuiuiú F V F V F LU C IA N E M O R I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 36 17/01/18 6:54 PM 37 Capivara pode atingir cerca de 1,3 m de comprimento. Centopeia pode atingir cerca de 30 cm de comprimento. Garça-branca-grande pode atingir cerca de 90 cm de comprimento. Jacaré-do-pantanal pode atingir cerca de 3 m de comprimento. Tuiuiú pode atingir cerca de 1,4 m de comprimento. Minhoca pode atingir cerca de 25 cm de comprimento. Caracol pode atingir cerca de 30 cm de comprimento. 2. As plantas se alimentam? Caso sua resposta seja afirmativa, explique de que maneira. 3. Em sua opinião, um desses seres vivos conseguiria viver sem a presença dos outros seres vivos? Por quê? tuiuiús capivaras centopeias minhocas caracóis Sim. As plantas produzemo próprio alimento por meio do processo chamado fotossíntese. 3. Espera-se que os alunos respondam que não, pois um ser vivo se relaciona com outros para se alimentar, buscar abrigo, entre outros fatores. g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 37 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 37 18/01/18 6:06 PM 38 Destaques da BNCC • Ao analisar uma cadeia alimentar, os alunos verificam relações entre seres vivos e percebem o fluxo de energia ao longo da cadeia, desenvolvendo a habilidade EF04CI05 da BNCC, des- crita anteriormente. • Auxilie os alunos na compreensão da relação alimentar entre milho, ca- mundongo e coruja, analisando cada etapa descrita e ilustrada. Se neces- sário, faça perguntas que os ajudem a fixar as informações, como: .O milho é um vegetal. Vegetais pro- duzem seu próprio alimento? .O camundongo e a coruja são ani- mais, portanto eles produzem seu próprio alimento? O que precisam fazer para obter alimento? • As setas que aparecem na cadeia alimentar indicam a transferência de energia de um nível para outro. As- sim: .o milho transfere energia para o ca- mundongo; .o camundongo transfere energia para a coruja; .a coruja, depois de morta, transfere energia para os seres vivos decom- positores (bactérias e fungos de- compositores). • Ao trabalhar o boxe complementar, destaque a importância do Sol no processo de fotossíntese. .Na presença de luz solar, ocorre a transformação do gás carbônico e da água em alimento para o vegetal. Explique que a glicose é um tipo de açúcar, que fornece energia para as plantas. Durante esse processo, o gás oxigênio é liberado para o am- biente. .A água e os sais minerais são absor- vidos pelas raízes e transportados até as folhas, passando pelo caule. .O alimento produzido é levado pelo caule às outras partes do vegetal. • Verifique os exemplos de relação alimentar apresentados pelos alu- nos, avaliando se as relações estão representadas corretamente e se os alunos demonstram conhecimento sobre os hábitos alimentares dos se- res vivos indicados. 38 Veja a seguir um exemplo de relação alimentar entre seres vivos. As plantas produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese. Parte desse alimento é transferida para outros seres vivos. Além disso, substâncias produzidas por fungos e bactérias decompositores são absorvidas pelas plantas e transferidas aos outros seres vivos. Milho pode atingir cerca de 2,5 m de altura. A fotossíntese e a luz solar Por meio da fotossíntese, as plantas utilizam a luz solar para produzir seu alimento. A fotossíntese ocorre principalmente nas folhas. Nelas, existe a clorofila, que é um pigmento verde que capta a luz fornecida pelo Sol. Além da clorofila, nas folhas existem estruturas chamadas estômatos, que absorvem gás carbônico do ar. Na presença de luz solar, ocorre a transformação do gás carbônico e da água em alimento para a planta. Durante esse processo, ocorre a liberação de gás oxigênio para o ambiente. Representação do processo de fotossíntese. gás carbônico gás oxigênio O milho pode servir de alimento para o camundongo. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 38 17/01/18 6:54 PM 39 Os animais não produzem o próprio alimento. Dessa forma, precisam se alimentar de outros seres vivos para obter energia. Alguns seres vivos microscópicos decompõem a coruja depois que ela morre e também restos de outros animais e de plantas. Essa decomposição libera no solo substâncias que auxiliam no desenvolvimento das plantas. 4. Escreva em seu caderno um exemplo de relação alimentar com os seres vivos apresentados nas páginas 36 e 37. Camundongo pode atingir cerca de 19 cm de comprimento. Coruja pode atingir cerca de 50 cm de comprimento. O camundongo pode se alimentar de plantas, como o milho. A coruja pode se alimentar do camundongo. Os seres vivos decompositores podem decompor qualquer um dos seres vivos envolvidos em uma relação alimentar. Os alunos podem escrever as seguintes relações: planta capivara jacaré seres vivos decompositores; planta caracol garça jacaré seres vivos decompositores. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 39 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 38 18/01/18 6:06 PM 39 Mais atividades • Para que os alunos percebam a im- portância da fotossíntese para as plantas, prepare com eles um expe- rimento. • Materiais: .2 caixas de sapato .10 grãos de feijão .algodão .10 copos de plástico ou de vidro .água • Procedimentos: .Colocar um chumaço de algodão no fundo de cada copo, umedecer com água e “plantar” os grãos de feijão, deixando-os fora das caixas. .Acompanhar a germinação e o cres- cimento das plantas até que tenham, no mínimo, um par de folhas. Pingar água nos algodões diariamente, sem encharcá-los. .Colocar 5 plantas em cada caixa. Uma caixa deverá ficar fechada e a outra, aberta. Deixá-las lado a lado: a única variação deverá ser a lumi- nosidade. .Após uma semana, observar e com- parar o que aconteceu com as plan- tas que ficaram no escuro e as que ficaram no claro. • Peça aos alunos que expliquem o que aconteceu. Verifique se eles asso- ciam a luz à capacidade da planta de realizar fotossíntese. 38 Veja a seguir um exemplo de relação alimentar entre seres vivos. As plantas produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese. Parte desse alimento é transferida para outros seres vivos. Além disso, substâncias produzidas por fungos e bactérias decompositores são absorvidas pelas plantas e transferidas aos outros seres vivos. Milho pode atingir cerca de 2,5 m de altura. A fotossíntese e a luz solar Por meio da fotossíntese, as plantas utilizam a luz solar para produzir seu alimento. A fotossíntese ocorre principalmente nas folhas. Nelas, existe a clorofila, que é um pigmento verde que capta a luz fornecida pelo Sol. Além da clorofila, nas folhas existem estruturas chamadas estômatos, que absorvem gás carbônico do ar. Na presença de luz solar, ocorre a transformação do gás carbônico e da água em alimento para a planta. Durante esse processo, ocorre a liberação de gás oxigênio para o ambiente. Representação do processo de fotossíntese. gás carbônico gás oxigênio O milho pode servir de alimento para o camundongo. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 38 17/01/18 6:54 PM 39 Os animais não produzem o próprio alimento. Dessa forma, precisam se alimentar de outros seres vivos para obter energia. Alguns seres vivos microscópicos decompõem a coruja depois que ela morre e também restos de outros animais e de plantas. Essa decomposição libera no solo substâncias que auxiliam no desenvolvimento das plantas. 4. Escreva em seu caderno um exemplo de relação alimentar com os seres vivos apresentados nas páginas 36 e 37. Camundongo pode atingir cerca de 19 cm de comprimento. Coruja pode atingir cerca de 50 cm de comprimento. O camundongo pode se alimentar de plantas, como o milho. A coruja pode se alimentar do camundongo. Os seres vivos decompositores podem decompor qualquer um dos seres vivos envolvidos em uma relação alimentar. Os alunos podem escrever as seguintes relações: planta capivara jacaré seres vivos decompositores; planta caracol garça jacaré seres vivos decompositores. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 39 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 39 18/01/18 6:06 PM 40 Destaques da BNCC • Os alunos devem entender e anali- sar uma cadeia alimentar simples, reconhecendo a posição nela ocu- pada pelos seres vivos e o papel do Sol como fonte primária de energia na produção de alimentos. Isso de- senvolve a habilidade EF04CI04 da BNCC, descrita anteriormente. • Ao analisar a cadeia alimentar, os alunos verificam relações entre seres vivos e percebemo fluxo de energia ao longo da cadeia, o que permite desenvolver a habilidade EF04CI05 da BNCC, descrita anteriormente. • Se julgar interessante, retome a página 39 e peça aos alunos que classifiquem também o camundon- go (consumidor primário) e a coruja (consumidor secundário). • Comente que a classificação dos consumidores é simplificada em relação ao que vemos na natureza, para facilitar nossa compreensão da cadeia alimentar. Na prática, há se- res vivos que se alimentam tanto de plantas quando de animais, portanto são classificados em consumidores primários ou secundários depen- dendo do que está se alimentando naquele momento – ou da cadeia alimentar que está sendo analisada. 40 A sequência linear de relações alimentares entre os seres vivos, em que um ser vivo serve de alimento para o outro, é chamada cadeia alimentar. As cadeias alimentares são constituídas por produtores, consumidores e decompositores. Veja no esquema a seguir um exemplo de cadeia alimentar, destacando os produtores, os consumidores e os decompositores. As algas e a maioria das plantas são seres vivos que produzem o próprio alimento. Elas são os produtores. Esses seres vivos formam o primeiro nível de uma cadeia alimentar. 5. Qual é o nome do processo pelo qual as plantas produzem o próprio alimento? Os animais não produzem o próprio alimento. Eles necessitam se alimentar de outros seres vivos. Os animais são chamados consumidores. Nessa cadeia alimentar, o pacu, a piranha e o jacaré são consumidores. Note que eles ocupam diferentes posições na cadeia, ou seja, o pacu se alimenta da planta, a piranha se alimenta do pacu e o jacaré se alimenta da piranha. Pacu pode atingir cerca de 50 cm de comprimento. Fluxo de energia nas cadeias alimentares Vimos anteriormente que, nos ambientes, as plantas produzem o próprio alimento por meio da energia solar e que a energia contida nesse alimento é transferida de um ser vivo a outro, quando um animal se alimenta do outro. No entanto, a cada nível da cadeia alimentar, a energia transferida torna-se cada vez menor. Veja. As plantas utilizam a energia da luz solar para produzir seu alimento. Cada ser vivo da cadeia utiliza parte da energia que produz ou obtém para se manter vivo. Fungos e bactérias decompositores. Pacu. Plantas. Fotossíntese. 41 Destaques da BNCC • Na leitura do esquema, os alunos trabalham a Competência geral 4 da BNCC, descrita anteriormente, pois utilizam conhecimentos da lin- guagem verbal para compreender informações e produzir sentido ao estudo do fluxo de energia na cadeia alimentar. • Ao analisar o esquema com os níveis da cadeia alimentar, os alunos tra- balham a habilidade de reconhecer semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos, o que desenvolve a habilidade EF04CI05 da BNCC, descrita anteriormente. • Verifique se na questão 6 os alunos classificaram de forma adequada os consumidores da cadeia alimentar. • Ao abordar os decompositores, en- fatize que eles liberam nutrientes no solo que favorecerão o crescimento das plantas. • Esclareça que, ao disponibilizar nu- trientes para as plantas, os decom- positores ajudam a recomeçar a transferência de matéria (alimento) pela cadeia alimentar, portanto esse evento é cíclico. Porém, as plantas ainda precisam de uma fonte externa de energia, que é a luz. Resposta 7. Espera-se que os alunos percebam que a cada nível, as setas tornam- -se mais finas, representando que apenas parte da energia é trans- ferida de um nível para outro. Isso ocorre, entre outros fatores, por- que cada ser vivo da cadeia utiliza parte da energia para se manter vivo e parte da energia é dissipada para o ambiente. 40 A sequência linear de relações alimentares entre os seres vivos, em que um ser vivo serve de alimento para o outro, é chamada cadeia alimentar. As cadeias alimentares são constituídas por produtores, consumidores e decompositores. Veja no esquema a seguir um exemplo de cadeia alimentar, destacando os produtores, os consumidores e os decompositores. As algas e a maioria das plantas são seres vivos que produzem o próprio alimento. Elas são os produtores. Esses seres vivos formam o primeiro nível de uma cadeia alimentar. 5. Qual é o nome do processo pelo qual as plantas produzem o próprio alimento? Os animais não produzem o próprio alimento. Eles necessitam se alimentar de outros seres vivos. Os animais são chamados consumidores. Nessa cadeia alimentar, o pacu, a piranha e o jacaré são consumidores. Note que eles ocupam diferentes posições na cadeia, ou seja, o pacu se alimenta da planta, a piranha se alimenta do pacu e o jacaré se alimenta da piranha. Pacu pode atingir cerca de 50 cm de comprimento. Fluxo de energia nas cadeias alimentares Vimos anteriormente que, nos ambientes, as plantas produzem o próprio alimento por meio da energia solar e que a energia contida nesse alimento é transferida de um ser vivo a outro, quando um animal se alimenta do outro. No entanto, a cada nível da cadeia alimentar, a energia transferida torna-se cada vez menor. Veja. As plantas utilizam a energia da luz solar para produzir seu alimento. Cada ser vivo da cadeia utiliza parte da energia que produz ou obtém para se manter vivo. Fungos e bactérias decompositores. Pacu. Plantas. * *Resposta desta questão nas orientações para o professor. g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 40 17/01/18 6:54 PM 41 Piranha pode atingir cerca de 30 cm de comprimento. Jacaré pode atingir cerca de 5 m de comprimento. Na cadeia alimentar, os nutrientes são transferidos de um ser vivo para o outro e retornam ao ambiente por meio da ação de algumas bactérias e fungos, em um processo chamado decomposição. Essas bactérias e esses fungos são chamados decompositores. Os decompositores, ao se alimentar, transformam a matéria orgânica, como restos de animais e de plantas, em substâncias que podem auxiliar no desenvolvimento das plantas. 7. O que você percebe nas setas vermelhas desse esquema, que representam o fluxo de energia? Por que você acha que isso acontece? Em cada nível, parte da energia transferida é dissipada para o ambiente, principalmente em forma de calor. Ao comer a planta, o pacu obtém parte da energia presente na planta. Ao comer o pacu, a piranha obtém parte da energia presente no pacu. Ao comer a piranha, o jacaré obtém parte da energia dela. Dependendo da posição que cada consumidor ocupa na cadeia alimentar, eles podem ser classificados em consumidor primário, secundário, terciário e assim por diante. 6. Nessa cadeia alimentar, qual animal é o: • consumidor primário? • consumidor secundário? • consumidor terciário? Piranha. Jacaré. Os seres vivos decompositores podem decompor qualquer um dos seres vivos envolvidos em uma cadeia alimentar. Pacu. Piranha. Jacaré. Resposta desta questão nas orientações para o professor. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 41 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 41 18/01/18 6:06 PM 42 • Para realizar a atividade de comple- tar o texto, peça aos alunos que reto- mem as páginas 40 e 41 para analisar a ilustração e construir a resposta. • Oriente-os a conversar sobre o que as atitudes dos seres humanos podem causar ao ambiente e a eles próprios. No caso das relações alimentares que aparecem nesta página, os seres humanos também são prejudicados, pois podem se alimentar de pacus e, nesse caso, houve uma redução no número dessa espécie animal no am- biente. O desequilíbrio de uma cadeia alimentar pode atingir todos os níveis de um ecossistema e prejudicá-lo. Deixe os alunos cientes de que as ati- tudes destruidoras que os seres hu- manos realizam podem recair sobre eles mesmos. • Pergunte aos alunos se já viram algu- ma reportagem que trata do desequi-líbrio de uma relação alimentar. Caso se lembrem dessa reportagem, sugi- ra que comentem com os colegas. Resposta 8. Espera-se que os alunos respon- dam que haveria um desequilíbrio nessa cadeia alimentar, pois prova- velmente aumentaria o número de piranhas e diminuiria o número de pacus. 42 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A morte de grande quantidade de jacarés provoca o da quantidade de , que são suas presas. Com o da quantidade de piranhas, ocorre a diminuição da quantidade de , que são suas presas. Cadeia alimentar em equilíbrio. Cadeia alimentar em desequilíbrio. Relações alimentares em desequilíbrio 8. O que aconteceria com a cadeia alimentar apresentada nas páginas 40 e 41 se ocorresse a morte de grande quantidade de jacarés? Cada ser vivo que compõe uma cadeia alimentar desempenha importantes funções para manter a cadeia em equilíbrio. Existem diversos fatores que podem causar o desequilíbrio em uma cadeia alimentar. Alguns desses fatores são as interferências que o ser humano realiza no ambiente, como: •o desmatamento; •a caça e a pesca predatórias; •o uso inadequado de agrotóxicos; •as queimadas. O aumento, a diminuição ou a extinção de espécies que compõem um nível de uma cadeia alimentar pode provocar o desequilíbrio dessa cadeia. 9. Veja um exemplo simplificado de desequilíbrio que pode ocorrer na cadeia alimentar apresentada nas páginas 40 e 41 e complete o texto com as palavras adequadas. jacarés piranhas pacus aumento piranhas aumento pacus Resposta desta questão nas orientações para o professor. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 42 17/01/18 6:54 PM 43 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Controle biológico O ser humano, muitas vezes, utiliza agrotóxicos nas plantações para eliminar insetos e outros seres vivos que podem prejudicar as plantas e diminuir a produtividade. No entanto, o uso excessivo dos agrotóxicos pode prejudicar o ambiente, contaminando a água, o solo, os alimentos, os seres humanos e outros animais. Diversas pesquisas são realizadas com o objetivo de diminuir o uso de agrotóxicos nas plantações. Um dos centros de pesquisa que se destacam nesse trabalho é a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Na década de 1970, uma das principais pragas que atacavam as plantações de trigo era o pulgão-do-trigo. As pesquisas realizadas pela Embrapa criaram uma técnica que controla a quantidade desses insetos por meio da introdução de espécies de vespas provenientes de países como França, Israel, Itália e Espanha. Essas vespas se alimentam dos pulgões, diminuindo a quantidade deles nas plantações. Essa técnica é conhecida como controle biológico. Com ela praticamente não é necessário utilizar agrotóxicos para o controle das pragas. O controle biológico utiliza meios naturais e, por não usar agrotóxicos, não deixa resíduos tóxicos nos alimentos, colaborando para diminuir a contaminação ambiental. •Converse com seus colegas sobre se o controle biológico é uma boa opção para reduzir o uso de inseticidas na agricultura. Pulgões- -do-trigo. Pulgão-do-trigo pode atingir cerca de 5 mm de comprimento. Resposta pessoal. O objetivo da questão é levantar uma discussão sobre a grande quantidade de agrotóxicos geralmente utilizadas na agricultura brasileira e que os alunos percebam que esse tipo de técnica oferece mais qualidade e segurança para a alimentação das pessoas. N IG E L C A T T LI N /A L A M Y /F O TO A R E N A g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 43 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 42 18/01/18 6:06 PM 43 Destaques da BNCC • O conteúdo desta página indica aos alunos que as atitudes do ser huma- no em relação ao ambiente podem resultar em impactos negativos, de- sequilibrando cadeias alimentares, possibilitando um trabalho com o tema contemporâneo Preservação do meio ambiente. Aproveite para perguntar e verificar se os alunos reconhecem outras ações que inter- ferem negativamente no ambiente, além das mencionadas no texto. • O conteúdo do boxe complementar se relaciona com a Competência ge- ral 2 da BNCC, descrita anteriormen- te. Com ele, os alunos compreendem o conceito de controle biológico, entendem a importância da prática da investigação científica e podem debater questões científicas e socio- ambientais. • Ao debater com os colegas a práti- ca do controle biológico em favo- recimento do ambiente, os alunos desenvolvem a Competência geral 9 da BNCC, descrita anteriormente, pois exercitam a empatia e o diálogo com seus pares. • Leia o texto com os alunos, com pau- sas para que eles entendam: .os prejuízos ao ambiente, como um todo, do uso excessivo de agrotóxi- cos; .a importância das pesquisas que visam à diminuição do uso de agro- tóxicos; .o conceito de controle biológico; .os benefícios do controle biológico; .a relação do controle biológico com as cadeias alimentares. • Veja a seguir um texto sobre o controle biológico. [...] Trata-se de um método de controle racional e sadio, que tem como objetivo final utilizar esses inimigos naturais que não deixam resíduos nos alimentos e são inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população. Dessa forma, a pesquisa agropecuária espera contribuir para [...] a melhoria da qualidade dos produtos agrícolas, redução da poluição ambiental, preservação dos recursos naturais e, portanto, para a sustentabilidade dos agroecossistemas. EMBRAPA. Controle biológico. Disponível em: <https://www.embrapa.br/tema-controle-biologico/sobre-o-tema>. Acesso em: 11 jan. 2018. 42 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . A morte de grande quantidade de jacarés provoca o da quantidade de , que são suas presas. Com o da quantidade de piranhas, ocorre a diminuição da quantidade de , que são suas presas. Cadeia alimentar em equilíbrio. Cadeia alimentar em desequilíbrio. Relações alimentares em desequilíbrio 8. O que aconteceria com a cadeia alimentar apresentada nas páginas 40 e 41 se ocorresse a morte de grande quantidade de jacarés? Cada ser vivo que compõe uma cadeia alimentar desempenha importantes funções para manter a cadeia em equilíbrio. Existem diversos fatores que podem causar o desequilíbrio em uma cadeia alimentar. Alguns desses fatores são as interferências que o ser humano realiza no ambiente, como: •o desmatamento; •a caça e a pesca predatórias; •o uso inadequado de agrotóxicos; •as queimadas. O aumento, a diminuição ou a extinção de espécies que compõem um nível de uma cadeia alimentar pode provocar o desequilíbrio dessa cadeia. 9. Veja um exemplo simplificado de desequilíbrio que pode ocorrer na cadeia alimentar apresentada nas páginas 40 e 41 e complete o texto com as palavras adequadas. jacarés piranhas pacus aumento piranhas aumento pacus Resposta desta questão nas orientações para o professor. H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 42 17/01/18 6:54 PM 43 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Controle biológico O ser humano, muitas vezes, utiliza agrotóxicos nas plantações para eliminar insetos e outros seres vivos que podem prejudicar as plantas e diminuir a produtividade. No entanto, o uso excessivo dos agrotóxicos pode prejudicar o ambiente, contaminando a água, o solo, os alimentos, os seres humanos e outros animais. Diversas pesquisas são realizadas com o objetivo de diminuir o uso de agrotóxicos nas plantações. Um dos centros de pesquisa que se destacam nesse trabalho é a Embrapa – Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária. Na década de 1970, uma das principais pragas que atacavam as plantações de trigo era o pulgão-do-trigo. As pesquisas realizadas pela Embrapa criaram uma técnica que controla a quantidade desses insetos por meio da introdução de espécies de vespas provenientes de países como França, Israel, Itália e Espanha. Essas vespas se alimentam dos pulgões, diminuindo a quantidade deles nas plantações. Essa técnica é conhecida como controle biológico. Com ela praticamente não é necessário utilizar agrotóxicos para o controle das pragas. O controle biológico utiliza meios naturais e, por não usar agrotóxicos, não deixa resíduos tóxicos nos alimentos, colaborando para diminuir a contaminação ambiental. •Converse com seus colegas sobre se o controle biológico é uma boa opção para reduzir o uso de inseticidas na agricultura. Pulgões- -do-trigo. Pulgão-do-trigo pode atingir cerca de 5 mm de comprimento. Resposta pessoal. O objetivo da questão é levantar uma discussão sobre a grande quantidade de agrotóxicos geralmente utilizadas na agricultura brasileira e que os alunos percebam que esse tipo de técnica oferece mais qualidade e segurança para a alimentação das pessoas. N IG E L C A T T LI N /A L A M Y /F O TO A R E N A g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 43 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 43 18/01/18 6:06 PM https://www.embrapa.br/tema-controle-biologico/sobre-o-tema 44 • Essa seção possibilita um trabalho com o tema contemporâneo Pre- servação do meio ambiente, pois convida o aluno a refletir sobre as consequências da interferência hu- mana no ambiente, especialmente nas relações alimentares dos seres vivos, a partir de uma situação real. • Após a leitura da notícia, promova uma discussão com os alunos so- bre o tráfico de animais silvestres. Questione-os sobre a participação e a responsabilidade das pessoas ao comprar esses animais. • Oriente-os na análise do esquema. Inicie solicitando que descrevam a imagem como um todo e, em segui- da, explique cada etapa das relações alimentares. • Enquanto explica as etapas, faça perguntas como: .Quem é o produtor nessa cadeia ali- mentar? .Quem é o consumidor primário? • Não é só a retirada de espécies do ambiente que provoca alterações nas cadeias alimentares, a inserção de espécies também pode causar desequilíbrio. Objetivos • Conhecer informações sobre o de- sequilíbrio em cadeias alimentares em razão da intervenção do ser humano nas relações alimentares. • Perceber os prejuízos ambientais causados por essa intervenção. Acompanhando a aprendizagem • Reproduza na lousa o esquema a seguir e peça aos alunos que o copiem no caderno, completando os espaços nos quais há linhas. • Verifique se os alunos inserem as informações corretamente. • Peça que expliquem, oralmente, o que significa cada um dos termos contidos no esquema. • Ajude-os a interpretar esquema de forma que “contem uma peque- na história” para conectar as informações presentes. Se necessário, solicite que façam esse exercício uma linha de cada vez e oriente-os a inserir pequenas frases entre os quadros, para ajudar a dar sentido à leitura. Por exemplo: A cadeia alimentar é formada por produtores, consumidores e decompositores. Os produtores são os vegetais, por- que produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese. produtores consumidores cadeia alimentar decompositores bactérias carnívoros onívoros fungosvegetais herbívoros 45 No entanto, o peixe-boi entrou para a lista de animais ameaçados de extinção por causa da caça predatória. 1. Observe o esquema ao lado, compare-o com o outro esquema e converse com um colega sobre as consequências da caça predatória do peixe-boi. 2. Comente sobre os prejuízos ao ambiente que os desequilíbrios na cadeia alimentar podem causar. 3. A caça predatória do peixe-boi é um crime ambiental. Em sua opinião, o que deve ser feito para evitar o desequilíbrio nas cadeias alimentares em que o peixe-boi está inserido? Como o peixe-boi se alimenta de grande quantidade de plantas aquáticas, ele contribui para controlar o crescimento excessivo dessas plantas. Com isso, a luz solar consegue atravessar a superfície do rio e penetrar em seu interior, contribuindo para o desenvolvimento das plantas e dos animais que vivem no ambiente aquático. 3 Representação das relações do peixe-boi com o ambiente aquático. Representação de um ambiente aquático em desequilíbrio. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 45 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 44 18/01/18 6:06 PM 45 • Oriente os alunos a observar e a com- parar o esquema desta página com o anterior, identificando quais mudan- ças ocorreram: ausência do peixe-boi; redução do número de peixes e de plantas aquáticas submersas; aumen- to da quantidade de plantas aquáticas flutuantes; diminuição da penetração da luz solar nos níveis mais profundos da água; água do rio mais escura. • Proceda aos questionamentos indi- cados e avalie a compreensão dos alunos a respeito do tema, realizan- do as correções ou complementos pertinentes. Respostas 1. Espera-se que os alunos respondam que a retirada desses animais do ambiente pode provocar a reprodução excessi- va de certas espécies de plantas. Esse processo leva à formação de uma ca- mada vegetal na superfície da água que bloqueia a entrada de luz solar na água e prejudica peixes e algas que vivem no fundo do rio. Sem luz solar, as algas mor- rem e falta alimento para os peixes que os ribeirinhos consomem. 2. Espera-se que os alunos respondam que os desequilíbrios nas cadeias alimentares trazem prejuízos para o ambiente como falta de alimento para os animais, aumento descontrolado ou extinção de algumas es- pécies, afetando também o ser humano. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alu- nos respondam que se deve aumentar a fiscalização contra a caça desses animais e punir a fim de diminuir a caça. Além dis- so, deve-se incentivar as instituições que tentam preservar os peixes-boi. 45 No entanto, o peixe-boi entrou para a lista de animais ameaçados de extinção por causa da caça predatória. 1. Observe o esquema ao lado, compare-o com o outro esquema e converse com um colega sobre as consequências da caça predatória do peixe-boi. 2. Comente sobre os prejuízos ao ambiente que os desequilíbrios na cadeia alimentar podem causar. 3. A caça predatória do peixe-boi é um crime ambiental. Em sua opinião, o que deve ser feito para evitar o desequilíbrio nas cadeias alimentares em que o peixe-boi está inserido? Como o peixe-boi se alimenta de grande quantidade de plantas aquáticas, ele contribui para controlar o crescimento excessivo dessas plantas. Com isso, a luz solar consegue atravessar a superfície do rio e penetrar em seu interior, contribuindo para o desenvolvimento das plantas e dos animais que vivem no ambiente aquático. 3 Representação das relações do peixe-boi com o ambiente aquático. Representação de um ambiente aquático em desequilíbrio. IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 45 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 45 18/01/18 6:06 PM 46 Destaques da BNCC • Na atividade 2, os alunos exercitam a Competência geral 1 da BNCC, descrita anteriormente, pois preci- sam explicar fatos e fenômenos com base nos estudos realizados. Tam- bém leem e interpretam informações em linguagem verbo-visual, desen- volvendo a Competência geral 4 da BNCC, descrita anteriormente. • Auxilie os alunos na execução das atividades. Aproveite para identificar possíveis dúvidas que possam ter sobre as cadeias alimentares. ATIVIDADES 46 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 1. Forme palavras juntando as sílabas de mesma cor. Em seguida,complete as frases abaixo com essas palavras. a. As plantas produzem o próprio alimento por meio da . b. Alguns e algumas são os das cadeias alimentares. Eles decompõem a matéria orgânica. 2. Sílvio está pescando em um rio. Observe na imagem alguns dos seres vivos que podem ser encontrados nesse rio. a. Escreva uma cadeia alimentar envolvendo os seres vivos que aparecem na imagem. Os alunos podem escrever a seguinte cadeia alimentar: algas acari pintado ser humano. b. O ser humano pode participar dessa cadeia alimentar? Justifique sua resposta. Sim. Os alunos podem comentar que o ser humano pode se alimentar de peixes, os quais pode obter por meio da pesca. Pintado pode atingir cerca de 1 m de comprimento. Acari pode atingir cerca de 14 cm de comprimento. Sílvio. Algas. O pintado é um peixe carnívoro. O acari é um peixe herbívoro. té res bac se po com sín fo si gos tos de fun te to rias Sílvio pescando em um rio. fotossíntese fungos bactérias decompositores M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 46 17/01/18 6:54 PM 47 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3. Veja a seguir fotos de alguns seres vivos. B D A C E O gafanhoto é um animal herbívoro. Planta. A jiboia é um animal carnívoro. O sapo é um animal carnívoro. Fungo decompositor encontrado no solo. Imagem ampliada cerca de 2 400 vezes e colorizada em computador. a. Marque um X no(s) quadro(s) que indica(m) as letra(s) do(s) ser(es) vivo(s) das imagens acima que é(são) produtor(es). A B C D E b. A cadeia alimentar a seguir foi representada a partir dos animais das fotos acima. Ela está correta? Por quê? planta sapo jiboia gafanhoto seres vivos decompositores Gafanhoto pode atingir cerca de 8 cm de comprimento. Sorgo pode atingir cerca de 4 m de altura. Sapo pode atingir cerca de 2,3 cm de comprimento. Jiboia pode atingir cerca de 4 m de comprimento. X Não, pois o sapo é um animal carnívoro (não se alimenta da planta) e o gafanhoto é um animal herbívoro. Y O D 67 /S H U T T E R S TO C K IV A N K U Z M IN /S H U T T E R S TO C K D R . S U R Y A K A N T S A D U /S H U T T E R S TO C K LE O N A R D O M E R C O N /S H U T T E R S TO C K D E N N IS K U N K E L M IC R O S C O P Y /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y /L A T IN S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 47 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 46 18/01/18 6:06 PM 47 Destaques da BNCC • Na atividade 3, os alunos exercitam a Competência geral 1 da BNCC, descrita anteriormente, pois preci- sam explicar fatos e fenômenos com base nos estudos realizados. Tam- bém argumenta sobre a consciência socioambiental, trabalhando a Com- petência geral 7 da BNCC, descrita anteriormente. • Ao ouvir as repostas dadas pelos alunos no item b, verifique se eles justificam com os termos corretos, relacionados aos hábitos alimenta- res, evitando frases como “Porque o sapo come o gafanhoto e o gafanho- to come plantas”. ATIVIDADES 46 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 1. Forme palavras juntando as sílabas de mesma cor. Em seguida, complete as frases abaixo com essas palavras. a. As plantas produzem o próprio alimento por meio da . b. Alguns e algumas são os das cadeias alimentares. Eles decompõem a matéria orgânica. 2. Sílvio está pescando em um rio. Observe na imagem alguns dos seres vivos que podem ser encontrados nesse rio. a. Escreva uma cadeia alimentar envolvendo os seres vivos que aparecem na imagem. Os alunos podem escrever a seguinte cadeia alimentar: algas acari pintado ser humano. b. O ser humano pode participar dessa cadeia alimentar? Justifique sua resposta. Sim. Os alunos podem comentar que o ser humano pode se alimentar de peixes, os quais pode obter por meio da pesca. Pintado pode atingir cerca de 1 m de comprimento. Acari pode atingir cerca de 14 cm de comprimento. Sílvio. Algas. O pintado é um peixe carnívoro. O acari é um peixe herbívoro. té res bac se po com sín fo si gos tos de fun te to rias Sílvio pescando em um rio. fotossíntese fungos bactérias decompositores M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 46 17/01/18 6:54 PM 47 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3. Veja a seguir fotos de alguns seres vivos. B D A C E O gafanhoto é um animal herbívoro. Planta. A jiboia é um animal carnívoro. O sapo é um animal carnívoro. Fungo decompositor encontrado no solo. Imagem ampliada cerca de 2 400 vezes e colorizada em computador. a. Marque um X no(s) quadro(s) que indica(m) as letra(s) do(s) ser(es) vivo(s) das imagens acima que é(são) produtor(es). A B C D E b. A cadeia alimentar a seguir foi representada a partir dos animais das fotos acima. Ela está correta? Por quê? planta sapo jiboia gafanhoto seres vivos decompositores Gafanhoto pode atingir cerca de 8 cm de comprimento. Sorgo pode atingir cerca de 4 m de altura. Sapo pode atingir cerca de 2,3 cm de comprimento. Jiboia pode atingir cerca de 4 m de comprimento. X Não, pois o sapo é um animal carnívoro (não se alimenta da planta) e o gafanhoto é um animal herbívoro. Y O D 67 /S H U T T E R S TO C K IV A N K U Z M IN /S H U T T E R S TO C K D R . S U R Y A K A N T S A D U /S H U T T E R S TO C K LE O N A R D O M E R C O N /S H U T T E R S TO C K D E N N IS K U N K E L M IC R O S C O P Y /S C IE N C E P H O TO L IB R A R Y /L A T IN S TO C K g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 47 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 47 18/01/18 6:06 PM 48 Destaques da BNCC • Na atividade 4, os alunos exercitam a Competência geral 1 da BNCC, descrita anteriormente, pois preci- sam explicar fatos e fenômenos com base nos estudos realizados. Com a análise de situações e levantamento de hipóteses, desenvolvem a Compe- tência geral 2 da BNCC, descrita an- teriormente. Com base nas situações analisadas, os alunos são levados a trabalhar a Competência geral 7 da BNCC, também já descrita, argumen- tando sobre a consciência socioam- biental. • No item b, os alunos precisam re- lacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decompo- sição, reconhecendo a importância ambiental desse processo, contri- buindo para o desenvolvimento da habilidade EF04CI06 da BNCC, des- crita anteriormente. 48 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . c. Reescreva a cadeia alimentar citada no item b da forma correta. planta gafanhoto sapo jiboia seres vivos decompositores. d. Se um agricultor aplicar inseticidas de maneira inadequada para eliminar os gafanhotos do ambiente, o que pode acontecer com a cadeia alimentar apresentada? Espera-se que os alunos respondam que, eliminando os gafanhotos do ambiente, a cadeia alimentar pode ficar desequilibrada. A quantidade de plantas aumentaria e a quantidade de sapos diminuiria por causa da falta de alimento. 4. Por causa da falta de chuva, muitas plantas do pasto do sítio de Laura secaram. As que restaram não são suficientes para alimentar o gado, e isso causou a morte de alguns animais. BA Pasto do sítio de Laura antes da falta de chuva. Pasto do sítio de Laura com a falta de chuva. a. Por que houve a morte de alguns animais do sítio de Laura? Os alunos podem responder que o gado é um animal herbívoro, e, como houve diminuição de produtores da cadeia alimentar (as plantas do pasto), o gado teve redução em sua alimentação,provocando a morte de alguns deles. b. O que acontecerá com o corpo dos animais mortos se eles permanecerem sobre o solo ou se forem enterrados no solo? Espera-se que os alunos respondam que as bactérias e os fungos decompositores vão decompor os restos desses animais, transformando-os em substâncias que auxiliam no desenvolvimento das plantas. M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 48 17/01/18 6:54 PM PARA SABER MAIS 49 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . •Natureza e seres vivos, de Samuel Murgel Branco. Moderna. Neste livro você perceberá a importância de cada ser vivo para o equilíbrio das cadeias alimentares. Além disso, conhecerá a influência dos seres humanos nas cadeias alimentares e como isso pode afetá-las. •Uma aventura no quintal, de Samuel Murgel Branco. Moderna. Neste livro você é convidado a conhecer mais sobre a biodiversidade, as cadeias alimentares e sobre o hábitat de muitos seres vivos, por meio de quadrinhos divertidos e curiosos. •Nhac-nhac! De onde vem a comida?, de Mick Manning e Brita Granström. Ática. Neste livro você conhecerá mais sobre as relações alimentares entre os seres vivos nos ambientes. • a importância dos seres vivos microscópicos para os ambientes? • os produtos que o ser humano geralmente fabrica com o auxílio de seres vivos microscópicos? • as doenças transmissíveis? • as doenças não transmissíveis? • as cadeias alimentares? • a importância de alguns seres vivos microscópicos nas cadeias alimentares? • o desequilíbrio nas cadeias alimentares? O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 49 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 48 18/01/18 6:06 PM 49 Amplie seus conhecimentos • ART, Henry W. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. 2. ed. São Paulo: Editora da Unesp/ Melhoramentos, 2001. • CHALOUB, Ricardo Moreira. Fotossíntese: Reações luminosas? Não..., mas requerem luz. Ciência Hoje, v. 56, n. 331, nov. 2015. Disponível em: <http://assinaturadigital.cienciahoje.org.br/ revistas/reduzidas/331/?revista=331#16/z>. Acesso em: 11 jan. 2018. • LOPES, Carlos A. É possível produzir alimentos para o Brasil sem agrotóxicos? Ciência e Cultura, São Paulo, v. 69, n. 4, dez. 2017. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v69n4/ v69n4a16.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • O objetivo da seção O que você estudou sobre... é que os alunos registrem e discutam sobre os co- nhecimentos adquiridos ao estu- dar a unidade. Durante essa dis- cussão, eles revisam os conceitos aprendidos e o professor pode verificar a aprendizagem. • No primeiro item, sugira que os alunos desenhem um ambiente mostrando onde os seres vivos microscópicos podem ser en- contrados, evidenciando a con- tribuição deles para aquele local. Questione-os sobre a forma de representar o tamanho desses se- res, sugerindo que devem indicar uma ampliação para que possa- mos enxergá-los. O ideal seria o desenho de um microscópio, mas devido à complexidade, os alunos podem representar o aumento com lupas e ampliações, como aparece nas imagens do livro. • No segundo item, solicite que fa- çam uma lista dos produtos que têm a participação dos seres vi- vos microscópicos. • Para o terceiro e o quarto itens, os alunos podem formar duplas e fazer breves dramatizações so- bre doenças transmissíveis e não transmissíveis. Eles devem indicar uma doença e representar a forma pela qual ela é adquirida. Os cole- gas, então, identificam se a doença é ou não transmissível. • Para os dois últimos itens, peça aos alunos que elaborem uma cadeia alimentar completa e, em seguida, apontem as alterações nessa cadeia caso os seres vivos microscópicos fossem eliminados. 48 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . c. Reescreva a cadeia alimentar citada no item b da forma correta. planta gafanhoto sapo jiboia seres vivos decompositores. d. Se um agricultor aplicar inseticidas de maneira inadequada para eliminar os gafanhotos do ambiente, o que pode acontecer com a cadeia alimentar apresentada? Espera-se que os alunos respondam que, eliminando os gafanhotos do ambiente, a cadeia alimentar pode ficar desequilibrada. A quantidade de plantas aumentaria e a quantidade de sapos diminuiria por causa da falta de alimento. 4. Por causa da falta de chuva, muitas plantas do pasto do sítio de Laura secaram. As que restaram não são suficientes para alimentar o gado, e isso causou a morte de alguns animais. BA Pasto do sítio de Laura antes da falta de chuva. Pasto do sítio de Laura com a falta de chuva. a. Por que houve a morte de alguns animais do sítio de Laura? Os alunos podem responder que o gado é um animal herbívoro, e, como houve diminuição de produtores da cadeia alimentar (as plantas do pasto), o gado teve redução em sua alimentação, provocando a morte de alguns deles. b. O que acontecerá com o corpo dos animais mortos se eles permanecerem sobre o solo ou se forem enterrados no solo? Espera-se que os alunos respondam que as bactérias e os fungos decompositores vão decompor os restos desses animais, transformando-os em substâncias que auxiliam no desenvolvimento das plantas. M Á R C IO G U E R R A g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 48 17/01/18 6:54 PM PARA SABER MAIS 49 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . •Natureza e seres vivos, de Samuel Murgel Branco. Moderna. Neste livro você perceberá a importância de cada ser vivo para o equilíbrio das cadeias alimentares. Além disso, conhecerá a influência dos seres humanos nas cadeias alimentares e como isso pode afetá-las. •Uma aventura no quintal, de Samuel Murgel Branco. Moderna. Neste livro você é convidado a conhecer mais sobre a biodiversidade, as cadeias alimentares e sobre o hábitat de muitos seres vivos, por meio de quadrinhos divertidos e curiosos. •Nhac-nhac! De onde vem a comida?, de Mick Manning e Brita Granström. Ática. Neste livro você conhecerá mais sobre as relações alimentares entre os seres vivos nos ambientes. • a importância dos seres vivos microscópicos para os ambientes? • os produtos que o ser humano geralmente fabrica com o auxílio de seres vivos microscópicos? • as doenças transmissíveis? • as doenças não transmissíveis? • as cadeias alimentares? • a importância de alguns seres vivos microscópicos nas cadeias alimentares? • o desequilíbrio nas cadeias alimentares? O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 49 17/01/18 6:54 PM g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 49 18/01/18 6:06 PM http://assinaturadigital.cienciahoje.org.br/revistas/reduzidas/331/?revista=331#16/z http://assinaturadigital.cienciahoje.org.br/revistas/reduzidas/331/?revista=331#16/z http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v69n4/v69n4a16.pdf http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v69n4/v69n4a16.pdf 50 Nesta unidade, os alunos estudarão o que são misturas. Com base nes- te conceito, identificarão algumas misturas que fazem parte do dia a dia deles, sejam elas utilizadas na alimentação, em ocorrência no meio ambiente, sejam em processos rela- cionados à nossa saúde. • Pela identificação das misturas men- cionadas ao longo da unidade, pre- tendemos que os alunos estendam seu olhar para outros exemplos do seu cotidiano e reconheçam a ciên- cia como parte de suas vidas. • Inicie a abordagem da página de abertura questionando os alunos so- bre a foto. Oriente-os a observar que existem pigmentos de várias cores que são lançadas ao are que essas se misturam. • Peça a eles que identifiquem algu- mas das cores dos pós que foram lançados. Verifique se percebem que na festa colorida foram lançados pós azuis, amarelos, roxos, rosas, verdes. Ao se misturarem no ar, for- maram novas cores. Oriente-os a ob- servar as cores das roupas e partes dos corpos das pessoas. • Diga aos alunos que no Brasil exis- tem festas em que são utilizados pós coloridos, como a festa da Índia. Caso julgue interessante, peça aos alunos que procurem em sites da in- ternet alguma reportagem que trate de uma festa como essa. • Uma abordagem prática para obser- var os efeitos da festa colorida é pro- por aos alunos que raspem pontas de lápis coloridos, utilizando o aponta- dor, ou mesmo utilizem sucos em pó de diferentes sabores. Com as pontas dos dedos, os alunos podem tocar nos pós dos lápis ou do suco em pó e esfregá-los em uma folha de papel sulfite. Oriente-os a realizar esse pro- cedimento utilizando uma cor de cada vez, fazendo uma mistura. Antes de mudar de cor, os alunos podem lavar as mãos ou utilizar lenço umedecido para evitar misturar os pós. 50 Festa chamada Holi Festival, na Índia, em 2017. Misturas no dia a dia V IS H A L B H A T N A G A R /N U R P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 50 17/01/18 7:20 PM 51 Olha que efeito legal! Nessa festa indiana, as pessoas espalham pó colorido, formando uma mistura de cores. Você já viu uma mistura como essa? CONECTANDO IDEIAS 1. Para você, o que é uma mistura? 2. Cite uma mistura que é formada em situações do seu cotidiano. 3. Cite um procedimento que geralmente é realizado para formar misturas. g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 51 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 50 18/01/18 6:16 PM 51 Mais atividades • Misturas de cores podem ser realiza- das por meio do uso de tinta guache. Proponha aos alunos o desenvolvi- mento de uma atividade artística em que farão uma pintura com a mistura de cores. Peça auxílio do professor de Arte para a realização da proposta. • Anteriormente ao desenvolvimento da atividade, solicite aos alunos que tragam para a sala de aula tintas gua- che de diferentes cores, bem como um pincel. • Disponibilize um recipiente com água e folhas de sulfite para que as crianças façam um trabalho artístico utilizando diferentes cores. Oriente- -as a lavar o pincel sempre que forem mudar a cor utilizada. • A ideia é que os alunos realizem misturas de cores para obter novas cores. Por exemplo, peça-lhes que misturem cores como: .amarelo e vermelho, obtendo o ala- ranjado; .amarelo e azul, obtendo o verde; .vermelho e azul, obtendo o roxo; .branco e preto, obtendo o cinza; .vermelho e branco, obtendo o rosa. • Dependendo das misturas realiza- das, novas cores são formadas. • Após realizada cada mistura, per- gunte-lhes se é possível identificar as cores que deram origem à nova cor. Com isso, tem-se uma ideia in- tuitiva de mistura homogênea. Conectando ideias 1. Espera-se que os alunos respondam que mistura é o produto formado quando se adicionam dois ou mais materiais, como duas diferentes cores de pós coloridos. 2. Os alunos podem citar diferentes misturas que fazem parte do seu dia a dia. Verifique as misturas que foram citadas e liste-as na lousa. Os alunos podem citar misturas de diferentes ingredientes para preparar alimentos, como bolo, torta, gelatina, salada de frutas, saladas, refogados e sucos. 3. Espera-se que os alunos respondam que um procedimento é acrescentar os materiais e mistu- rá-los utilizando uma colher, as mãos ou aparelhos elétricos, como liquidificador ou batedeira. 50 Festa chamada Holi Festival, na Índia, em 2017. Misturas no dia a dia V IS H A L B H A T N A G A R /N U R P H O TO /G E T T Y IM A G E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 50 17/01/18 7:20 PM 51 Olha que efeito legal! Nessa festa indiana, as pessoas espalham pó colorido, formando uma mistura de cores. Você já viu uma mistura como essa? CONECTANDO IDEIAS 1. Para você, o que é uma mistura? 2. Cite uma mistura que é formada em situações do seu cotidiano. 3. Cite um procedimento que geralmente é realizado para formar misturas. g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 51 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 51 18/01/18 6:16 PM 52 Objetivos • Conceituar misturas. • Identificar as misturas em diferen- tes contextos do nosso cotidiano. • Realizar atividades procedimen- tais para compreender e observar a formação de misturas. • Conceituar e diferenciar substân- cias solúveis e insolúveis. Destaques da BNCC • A análise de uma situação comum na cozinha das casas permite aos alu- nos identificar misturas na vida diária e reconhecerem a composição de um bolo, contribuindo para o desen- volvimento da habilidade EF04CI01 da BNCC. Ler e compreender Receita é um gênero textual dividido em duas partes: ingredientes e modo de preparo. Ela apresenta os ingre- dientes e instruções, passo a passo, para o preparo de alimentos. Antes da leitura • Inicie a abordagem do conteúdo dessa página pedindo que os alunos identifiquem os ingredientes usados para fazer o bolo. Em seguida, faça as seguintes perguntas: “Vocês gostam de bolo? Quais outros ingredientes acrescentariam para dar diferentes sabores?”; “Vocês já fizeram bolo? Como foi o procedimento?”. Durante a leitura • Estabeleça relações entre as unida- des de medida apresentadas com as convencionais. Diga aos alunos que um copo de chá tem aproxi- madamente 250 mL; uma colher de sopa tem aproximadamente 15 mL. A massa pode variar de acordo com o ingrediente. • Chame a atenção dos alunos para as medidas de tempo e temperatura que aparecem na receita. Depois da leitura • Esclareça que apenas misturar os ingredientes não é o suficiente para obter o produto final. Pergunte aos alunos, então, o que mais foi neces- sário fazer para que Mário e seu pai obtivessem bolo. Verifique se com- preendem que foi necessário assar. Saberes integrados • A receita do bolo apresenta diferentes unidades de medidas, possibilitando um momento de articulação entre as disciplinas de Matemática e Ciências. Estimule os alunos a identificar quais são essas medidas e a pensar quais poderiam ser substituídas de forma a não alterar o produto final. Por exemplo: farinha ou açúcar poderiam ser medidas em massa; leite ou óleo poderiam ser medidos em volume. • EF04CI01: Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas obser- váveis, reconhecendo sua composição. 52 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Mário está ajudando seu pai a preparar um bolo. Veja a receita que eles estão seguindo. Em muitas situações de nosso cotidiano misturamos diversos materiais para obter um produto final. 3. Quais ingredientes você deve misturar para preparar uma limonada? Escreva-os no espaço abaixo. 1. Quais ingredientes foram misturados acima? 2. Qual é o produto final? Bolo simples 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 xícaras (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de leite 2 ovos 4 colheres (sopa) de óleo 1 pitada de sal 1 colher (sopa) de fermento em pó Modo de preparo Separe o fermento. Na batedeira, bata os demais ingredientes por, aproximadamente, 5 minutos. Retire a tigela da batedeira, junte o fermento e misture-o cuidadosamente com uma colher. Despeje a massa do bolo em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno preaquecido a 180 C por, aproximadamente, 35 minutos. + + = Mário e seu pai misturaram os ingredientes utilizando uma batedeira de bolo. Após a mistura, formou-se uma massa que colocaram no forno para assar. Depois de 35 minutos, o bolo já estava pronto para ser consumido. O que está misturado?14 Receita de um bolo. 1. Espera-se que os alunos respondam que foram misturados: ovos, farinha de trigo, açúcar, fermento empó, óleo, sal e leite. Espera-se que os alunos respondam que é um bolo. suco de limão água açúcar limonada IL U S T R A Ç Õ E S : S A U LO N U N E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM Procure comer frutas e manter uma alimentação saudável. 53 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Quando misturamos dois ou mais materiais, obtemos uma mistura. Em algumas misturas, conseguimos perceber quais são os materiais que as compõem. No bolo, por exemplo, são utilizados diferentes ingredientes, tanto sólidos (farinha de trigo, açúcar) quanto líquidos (leite, óleo) e, quando misturados, geralmente não é possível diferenciar todos os ingredientes. Já no preparo de uma salada de frutas, é possível reconhecer cada uma das frutas utilizadas. Veja. 4. Quais frutas você identifica na salada de frutas acima? Não é somente na cozinha que podemos encontrar misturas. Você já observou a roda de um carro? Algumas rodas de carro, como as de liga leve, parecem ser feitas de um único material, mas na realidade são compostas de alguns metais que se misturam, quando aquecidos, e em seguida são moldados. O ar atmosférico também é constituído de vários gases, mas nós não conseguimos vê-los. 5. Cite três gases que compõem o ar atmosférico. Roda de liga leve de um carro. Salada de frutas. Espera-se que os alunos respondam maçã, mamão e banana. Os alunos podem citar o gás carbônico, o gás oxigênio, o gás nitrogênio, entre outros gases. IG O R G R O C H E V/ S H U T T E R S TO C K G A B R IE L G E O R G E S C U /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 52 18/01/18 6:16 PM 53 • Inicie a abordagem desta página re- lembrando a atividade da mistura de cores, caso tenham realizado. Peça aos alunos que reflitam sobre as co- res misturadas e qual o aspecto final da nova cor. • Caso os alunos tenham massa de modelar de diferentes cores, peça- -lhes que separem pedaços de cada cor e façam uma mistura. Deixem que manipulem a massa formada de maneira que essa se configure em apenas uma cor. A proposta é que os alunos realizem misturas (não ne- cessariamente com líquidos) e obte- nham um produto final em que não seja possível diferenciar as cores. Peça a eles que comparem as mas- sas com as formadas pelos outros colegas. • Ao observar a foto da salada de fru- tas, pergunte aos alunos se ela seria uma mistura. Aproveite para verificar se compreenderam o conceito de mistura. • Comente com os alunos que as ro- das de liga leve podem ser resulta- do da mistura de diferentes metais, mas, de maneira geral, oferecem a vantagem de serem mais leves e mais resistentes do que as rodas convencionais. • Caso os alunos apresentem dificul- dade em responder à questão 5, ajude-os com dicas, como: .Que gás usamos na respiração? .Qual o gás usado pelas plantas para realizar fotossíntese? • Desenvolva com os alunos a im- portância de incluir vegetais, como as frutas, na alimentação. Pergun- te a eles se já comeram uma fruta hoje ou pretendem comer. • Proponha aos alunos o preparo de uma salada de frutas na escola. Para isso, solicite antecipadamen- te que cada aluno traga uma fruta. Na cozinha da escola, peça aos alunos que ajudem a lavar algu- mas frutas e descascar as que não necessitem do uso de facas, como bananas. Pique as frutas e colo- que-as em uma vasilha. Esprema duas ou três laranjas e misture o suco com as frutas picadas. Sirva os alunos com porções iguais. Atitude legal 52 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Mário está ajudando seu pai a preparar um bolo. Veja a receita que eles estão seguindo. Em muitas situações de nosso cotidiano misturamos diversos materiais para obter um produto final. 3. Quais ingredientes você deve misturar para preparar uma limonada? Escreva-os no espaço abaixo. 1. Quais ingredientes foram misturados acima? 2. Qual é o produto final? Bolo simples 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 xícaras (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de leite 2 ovos 4 colheres (sopa) de óleo 1 pitada de sal 1 colher (sopa) de fermento em pó Modo de preparo Separe o fermento. Na batedeira, bata os demais ingredientes por, aproximadamente, 5 minutos. Retire a tigela da batedeira, junte o fermento e misture-o cuidadosamente com uma colher. Despeje a massa do bolo em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno preaquecido a 180 C por, aproximadamente, 35 minutos. + + = Mário e seu pai misturaram os ingredientes utilizando uma batedeira de bolo. Após a mistura, formou-se uma massa que colocaram no forno para assar. Depois de 35 minutos, o bolo já estava pronto para ser consumido. O que está misturado?14 Receita de um bolo. 1. Espera-se que os alunos respondam que foram misturados: ovos, farinha de trigo, açúcar, fermento em pó, óleo, sal e leite. Espera-se que os alunos respondam que é um bolo. suco de limão água açúcar limonada IL U S T R A Ç Õ E S : S A U LO N U N E S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM Procure comer frutas e manter uma alimentação saudável. 53 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Quando misturamos dois ou mais materiais, obtemos uma mistura. Em algumas misturas, conseguimos perceber quais são os materiais que as compõem. No bolo, por exemplo, são utilizados diferentes ingredientes, tanto sólidos (farinha de trigo, açúcar) quanto líquidos (leite, óleo) e, quando misturados, geralmente não é possível diferenciar todos os ingredientes. Já no preparo de uma salada de frutas, é possível reconhecer cada uma das frutas utilizadas. Veja. 4. Quais frutas você identifica na salada de frutas acima? Não é somente na cozinha que podemos encontrar misturas. Você já observou a roda de um carro? Algumas rodas de carro, como as de liga leve, parecem ser feitas de um único material, mas na realidade são compostas de alguns metais que se misturam, quando aquecidos, e em seguida são moldados. O ar atmosférico também é constituído de vários gases, mas nós não conseguimos vê-los. 5. Cite três gases que compõem o ar atmosférico. Roda de liga leve de um carro. Salada de frutas. Espera-se que os alunos respondam maçã, mamão e banana. Os alunos podem citar o gás carbônico, o gás oxigênio, o gás nitrogênio, entre outros gases. IG O R G R O C H E V/ S H U T T E R S TO C K G A B R IE L G E O R G E S C U /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 53 18/01/18 6:16 PM 54 Destaques da BNCC • A realização da atividade experi- mental em que os alunos realizam diferentes misturas estimula-os a desenvolver a experimentação, con- tribuindo para o desenvolvimento da Competência geral 2 da BNCC. • Se achar conveniente, realize a ativi- dade desta página com os alunos, na sala de aula, para que observem que a água é um solvente. Para isso, provi- dencie antecipadamente os materiais necessários ou peça aos alunos que tragam alguns dos materiais de casa para que todos possam realizar a ati- vidade individualmente ou em grupo. Se os alunos precisarem trazer os materiais de casa, faça antecipada- mente uma solicitação por escrito pedindo aos pais ou aos responsá- veis que providenciem os materiais a tempo. Dê preferência para copos e colheres que possam ser reutilizados, para evitar gerar resíduos. O açúcar pode ser substituído por sal. • Caso opte por realizar a atividade, antes de executá-la peça aos alunos que levantem hipóteses sobre qual resultado será obtido. • Se desejar, utilize materiais adicionais para ampliar a discussão, como moe- das,pó de serra, pedaços de isopor. • Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciên- cias, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a ima- ginação e a criatividade, para in- vestigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver pro- blemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das di- ferentes áreas. Mais atividades • Peça aos alunos que citem outros exemplos do dia a dia em que há misturas em duas situações: em que seja possível observar materiais que foram misturados, porém não foram dissolvidos; e que não seja possível visualizar os materiais misturados, pois houve dissolução. • Se julgar interessante, peça que listem esses exemplos observando suas atividades de um dia. 54 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Para estudar as misturas, a professora de Ciências de Francisco realizou a seguinte atividade com os alunos. Primeiramente, eles providenciaram 2 copos plásticos transparentes com água, 1 colher de chá com açúcar comum e 1 colher de sopa com óleo. Em seguida, misturaram o açúcar comum à água de um dos copos e observaram o que aconteceu. 6. O que você acha que acontecá quando a professora misturar o açúcar comum à água? Depois, realizaram o mesmo procedimento com o óleo e observaram o que aconteceu. 7. Em sua opinião, o que aconteceu quando misturaram o óleo à água? A água é capaz de dissolver algumas substâncias. Na atividade mostrada acima, os alunos puderam observar que: •o açúcar comum, quando misturado à água, é dissolvido. Nesse caso, não é possível visualizar o açúcar e a água separados. •o óleo, quando misturado à água, não é dissolvido. Nesse caso, podemos distinguir o óleo e a água. A água é conhecida como solvente universal, pois dissolve várias substâncias. Professora e alunos realizando algumas misturas. Espera-se que os alunos respondam que o açúcar comum se dissolveu na água. 7. Espera-se que os alunos respondam que o óleo não se misturou à água, formando duas camadas. W E R LL E N H O L A N D A g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 54 17/01/18 7:20 PM NA PRÁTICA Caso o copo utilizado seja de vidro, tenha cuidado ao manuseá-lo. 55 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Os materiais que são dissolvidos pela água são solúveis em água, e os que não são dissolvidos são chamados insolúveis em água. 8. Na atividade que a professora de Francisco realizou, o açúcar é (solúvel/insolúvel) em água e o óleo é (solúvel/insolúvel) em água. 9. Converse com os colegas sobre como Francisco e seus colegas poderiam separar os componentes da mistura de: • água e açúcar; • água e óleo. •A água dissolve qualquer quantidade de materiais que for misturado a ela? Para descobrir a capacidade da água em dissolver o sal de cozinha, realize a atividade a seguir. Coloque a água no copo e adicione 1 colher de sopa de sal de cozinha. Misture bem e observe a mistura. Repita esse procedimento até colocar 6 colheres de sal de cozinha na água. •100 mL de água •sal de cozinha •copo transparente •colher de sopa MATERIAIS a. Como a mistura ficou depois das duas primeiras colheres de sal de cozinha? E depois da sexta colher de sal de cozinha? b. Explique o resultado dessa atividade. Sal de cozinha sendo misturado à água. solúvel insolúvel Espera-se que os alunos respondam que poderiam deixar a mistura de água e açúcar sob o Sol até que a água evaporasse, restando apenas o açúcar. Para Espera-se que os alunos respondam que não. Espera-se que os alunos respondam que a quantidade de água colocada no recipiente não foi capaz de dissolver todo o sal de cozinha. Resposta desta questão nas orientações para o professor. separar a água e o óleo, poderiam retirar parte do óleo que flutua na água com uma colher. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 55 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 54 18/01/18 6:16 PM 55 Destaques da BNCC • A atividade prática permite que os alunos exercitem a curiosidade e recorram à abordagem científica ao levantar hipóteses, testar, observar e analisar resultados, trabalhando a Competência geral 2 da BNCC, des- crita anteriormente. • Inicie o desenvolvimento da ativida- de prática, questionando os alunos sobre qual resultado será obtido conforme aumenta a quantidade de sal adicionado à água. Isso possibili- ta que os alunos levantem hipóteses. • Caso o recipiente transparente utili- zado seja de vidro, oriente os alunos a terem cuidado ao manipulá-lo. • Oriente os alunos a descrever a mis- tura de sal e água de acordo com a quantidade de colheres adicionadas. Para isso, os alunos podem compa- rar a mistura de água e sal com água sem adicionar soluto. Ou seja, oriente os alunos a colocar ao lado do copo com mistura um copo com a mesma quantidade de água. • Verifique se eles percebem que, con- forme aumenta a quantidade de so- luto, esse fica cada vez mais visível na mistura com água. • Proponha aos alunos a construção de um quadro com explicação de suas observações, como: Número de colheres de sal O que observei na mistura 1 Não é possível observar a presença de sal. 2 Não é possível observar a presença do sal, mas a água está um pouco mais esbranquiçada. • Diga aos alunos que não coloquem as mãos nos olhos nem na boca durante o desenvolvimento da atividade. Resposta a. Espera-se que os alunos respon- dam que a água dissolveu o sal, pois não era possível visualizá-lo. Depois da sexta colher de sal, um pouco dele se acumulou no fundo do recipiente. • Aproveite a água com as seis colheres de sal, obtida na atividade prática, para que os alu- nos verifiquem uma solução para a questão 8. Para isso, despeje com cuidado apenas a água com sal dissolvido em outro recipiente, descartando o sal precipitado. Deixe a água salgada em um canto da sala, para que a água evapore e o sal fique no fundo do recipiente. O tempo de obtenção do resultado pode variar, de acordo com a quantidade de água salgada, o tipo de recipiente e as condições de tempe- ratura e ventilação do ambiente. • Comente com os alunos que essa técnica é denominada evaporação e é utilizada para se- parar o sal da água nas salinas, que são áreas onde o sal marinho é produzido. Nas salinas, a água do mar é encaminhada a tanques rasos onde ocorre o processo de evaporação. No final desse processo, obtém-se o sal. Mostre a eles fotos de salinas ou oriente-os a buscar mais informações na internet. 54 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Para estudar as misturas, a professora de Ciências de Francisco realizou a seguinte atividade com os alunos. Primeiramente, eles providenciaram 2 copos plásticos transparentes com água, 1 colher de chá com açúcar comum e 1 colher de sopa com óleo. Em seguida, misturaram o açúcar comum à água de um dos copos e observaram o que aconteceu. 6. O que você acha que acontecá quando a professora misturar o açúcar comum à água? Depois, realizaram o mesmo procedimento com o óleo e observaram o que aconteceu. 7. Em sua opinião, o que aconteceu quando misturaram o óleo à água? A água é capaz de dissolver algumas substâncias. Na atividade mostrada acima, os alunos puderam observar que: •o açúcar comum, quando misturado à água, é dissolvido. Nesse caso, não é possível visualizar o açúcar e a água separados. •o óleo, quando misturado à água, não é dissolvido. Nesse caso, podemos distinguir o óleo e a água. A água é conhecida como solvente universal, pois dissolve várias substâncias. Professora e alunos realizando algumas misturas. Espera-se que os alunos respondam que o açúcarcomum se dissolveu na água. 7. Espera-se que os alunos respondam que o óleo não se misturou à água, formando duas camadas. W E R LL E N H O L A N D A g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 54 17/01/18 7:20 PM NA PRÁTICA Caso o copo utilizado seja de vidro, tenha cuidado ao manuseá-lo. 55 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Os materiais que são dissolvidos pela água são solúveis em água, e os que não são dissolvidos são chamados insolúveis em água. 8. Na atividade que a professora de Francisco realizou, o açúcar é (solúvel/insolúvel) em água e o óleo é (solúvel/insolúvel) em água. 9. Converse com os colegas sobre como Francisco e seus colegas poderiam separar os componentes da mistura de: • água e açúcar; • água e óleo. •A água dissolve qualquer quantidade de materiais que for misturado a ela? Para descobrir a capacidade da água em dissolver o sal de cozinha, realize a atividade a seguir. Coloque a água no copo e adicione 1 colher de sopa de sal de cozinha. Misture bem e observe a mistura. Repita esse procedimento até colocar 6 colheres de sal de cozinha na água. •100 mL de água •sal de cozinha •copo transparente •colher de sopa MATERIAIS a. Como a mistura ficou depois das duas primeiras colheres de sal de cozinha? E depois da sexta colher de sal de cozinha? b. Explique o resultado dessa atividade. Sal de cozinha sendo misturado à água. solúvel insolúvel Espera-se que os alunos respondam que poderiam deixar a mistura de água e açúcar sob o Sol até que a água evaporasse, restando apenas o açúcar. Para Espera-se que os alunos respondam que não. Espera-se que os alunos respondam que a quantidade de água colocada no recipiente não foi capaz de dissolver todo o sal de cozinha. Resposta desta questão nas orientações para o professor. separar a água e o óleo, poderiam retirar parte do óleo que flutua na água com uma colher. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 55 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 55 18/01/18 6:16 PM 56 Destaques da BNCC • Ficar atento para as condições físi- cas relativas à hidratação é uma ati- tude que possibilita ao ser humano cuidar de sua saúde, contribuindo para o desenvolvimento da Compe- tência geral 8 da BNCC. • Oriente os alunos na leitura do texto sobre o soro caseiro e sua importân- cia para a hidratação do corpo. • Diga aos alunos que a diarreia ainda mata cerca de 3 milhões de crianças nos países em desenvolvimento, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Comente que a diarreia pode levar à morte de- vido à perda excessiva de água, sais minerais e potássio. Além disso, co- mente que, quando cuidada de for- ma adequada, a diarreia evolui sem desidratação; e que, entre as que se desidratam, 95% podem ser reidra- tadas por via oral, fazendo uso de soro caseiro. • Providencie uma colher-medida e prepare uma aula prática para que os alunos aprendam a fazer o soro ca- seiro. Apesar de ser “apenas” água com sal e açúcar, oriente-os a não ingerir a mistura. • Competência geral 8: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. • Diga aos alunos que os seres vivos necessitam de água para viver. Se não beber água, uma pessoa sobrevive poucos dias. Para manter uma vida saudável, é recomendada ao ser humano a ingestão de, aproximadamente, um litro e meio de água por dia. Isso é o mesmo que seis copos cheios de água. Essa água pode ser ingerida na forma de líquido e também por meio de alimentos que contêm água. Atitude legal Soro caseiro 56 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . sal sal Preparação do soro caseiro. açúcar açúcar Preparação do soro caseiro utilizando a colher-medida. Misture essa medida de sal em um copo de água filtrada ou fervida. Em seguida, misture duas medidas de açúcar no mesmo copo. O soro caseiro é uma mistura preparada com água, sal e açúcar, utilizada para combater a desidratação. Ele deve ser oferecido para prevenir a desidratação ou quando aparecerem seus primeiros sintomas. Uma das principais causas da desidratação infantil é a diarreia. No entanto, é importante saber que o soro caseiro não vai interromper a diarreia, Para facilitar o preparo do soro caseiro, existem colheres-medida, que são distribuídas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. A colher-medida indica as quantidades de sal e açúcar que devem ser utilizadas para o preparo do soro caseiro. O soro deve ser ingerido em até 24 horas após o seu preparo. mas, sim, vai repor o líquido perdido pelo corpo. Por isso, além de tomar o soro, é necessário se alimentar adequadamente e procurar um médico. Procure ingerir água várias vezes ao dia. Colher-medida para preparo do soro caseiro. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 56 17/01/18 7:20 PM 57 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 1. Marque um X nas imagens em que é possível identificar facilmente os componentes de cada mistura. Café. Mistura de água e areia. Objeto de aço inoxidável. Cesto com pães. Granito. 2. Observe a imagem abaixo. a. Cite alguns ingredientes que são utilizados no preparo de pães. Espera-se que os alunos citem a farinha de trigo, o sal, o fermento, entre outros ingredientes. b. Após o preparo dos pães, conseguimos identificar facilmente todos os ingredientes utilizados em seu preparo? Por quê? Espera-se que os alunos respondam que não, pois os ingredientes foram misturados, e, além disso, passaram por alterações ao serem aquecidos. ATIVIDADES X X P IC S FI V E /S H U T T E R S TO C K IM A G E M A N /S H U T T E R S TO C K JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S H E LL O R F Z C O O L /S H U T T E R S TO C K H O R U S 20 17 / S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 57 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 56 18/01/18 6:16 PM 57 Destaques da BNCC • As atividades desta seção permitem aos alunos identificar misturas na vida diária e reconhecer sua com- posição, contemplando a habilidade EF04CI01 da BNCC, descrita ante- riormente. • Auxilie os alunos na resolução das ati- vidades em que apresentarem dificul- dade. Se necessário esclareça, por exemplo, que o aço é uma liga metáli- ca, composta por ferro e carbono. • Explique que, no granito, as diferentes cores representam diferentes subs- tâncias que compõem esta rocha, portanto, trata-se de uma mistura. • Leve para a sala de aula uma receita de pão para que os alunos identifi- quem os ingredientes que compõem a mistura. Escreva na lousa os ingre- dientes, bem como o modo de pre- paro do pão. Discuta com os alunos que se faz necessário que o pão pas- se por um processo posterior à reali- zação da mistura, ou seja, ele precisa ser assado. • Pergunte aos alunos se alguém já viu o preparo de pães em padarias. Se possível, peça a um padeiro que visite a sala de aula para que os alunos o en- trevistem. Para isso, peça a eles que, antecipadamente à visita, elaborem perguntas que gostariam de fazer ao padeiro. Veja se o padeiro pode levar ingredientes e preparar massa de pão para que os alunos observem na cozi- nha da escola. Soro caseiro 56 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . sal sal Preparação do soro caseiro. açúcar açúcar Preparação do soro caseiro utilizando a colher-medida. Misture essamedida de sal em um copo de água filtrada ou fervida. Em seguida, misture duas medidas de açúcar no mesmo copo. O soro caseiro é uma mistura preparada com água, sal e açúcar, utilizada para combater a desidratação. Ele deve ser oferecido para prevenir a desidratação ou quando aparecerem seus primeiros sintomas. Uma das principais causas da desidratação infantil é a diarreia. No entanto, é importante saber que o soro caseiro não vai interromper a diarreia, Para facilitar o preparo do soro caseiro, existem colheres-medida, que são distribuídas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. A colher-medida indica as quantidades de sal e açúcar que devem ser utilizadas para o preparo do soro caseiro. O soro deve ser ingerido em até 24 horas após o seu preparo. mas, sim, vai repor o líquido perdido pelo corpo. Por isso, além de tomar o soro, é necessário se alimentar adequadamente e procurar um médico. Procure ingerir água várias vezes ao dia. Colher-medida para preparo do soro caseiro. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 56 17/01/18 7:20 PM 57 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 1. Marque um X nas imagens em que é possível identificar facilmente os componentes de cada mistura. Café. Mistura de água e areia. Objeto de aço inoxidável. Cesto com pães. Granito. 2. Observe a imagem abaixo. a. Cite alguns ingredientes que são utilizados no preparo de pães. Espera-se que os alunos citem a farinha de trigo, o sal, o fermento, entre outros ingredientes. b. Após o preparo dos pães, conseguimos identificar facilmente todos os ingredientes utilizados em seu preparo? Por quê? Espera-se que os alunos respondam que não, pois os ingredientes foram misturados, e, além disso, passaram por alterações ao serem aquecidos. ATIVIDADES X X P IC S FI V E /S H U T T E R S TO C K IM A G E M A N /S H U T T E R S TO C K JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S H E LL O R F Z C O O L /S H U T T E R S TO C K H O R U S 20 17 / S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 57 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 57 18/01/18 6:16 PM 58 • Para auxiliar os alunos na realização da atividade 3, se possível, leve uma garrafa de suco com embalagem transparente para que vejam a polpa da fruta depositada no fundo. De- pois, agite-a para que vejam que a mistura se tornou mais homogênea. • Após a realização da atividade 4, pergunte aos alunos se o preparo do chá é feito sempre da maneira como indica o enunciado da questão. Pro- vavelmente eles dirão que existem os chás em sachês. Mostre um sa- chê de chá a eles e explique que é uma forma de facilitar o preparo, mas que a função do papel é a mesma da peneira: reter os pedaços de planta, ao mesmo tempo permitindo que as substâncias presentes no vegetal se dissolvam na água quente e formem a mistura, que é o chá. 58 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3. Observe ao lado a orientação destacada, presente em uma embalagem de suco. •Em sua opinião, por que esse produto deve ser agitado antes de ser ingerido? Espera-se que os alunos respondam que uma parte da polpa da fruta fica depositada no fundo do recipiente. Ao agitar, os ingredientes se misturarão novamente. 4. Vítor preparou uma caneca de chá. Para isso, ele ferveu um pouco de água em uma chaleira e, em seguida, adicionou folhas de erva-mate trituradas e açúcar. Em seguida, com o auxílio de uma colher, agitou o conteúdo e esperou por cinco minutos. Antes de beber o chá, Vítor passou o conteúdo por uma peneira. a. Qual dos ingredientes da mistura ficou retido na peneira? Espera-se que os alunos respondam que as folhas de erva-mate ficaram retidas na peneira. b. Nessa situação, identifique qual componente é solúvel na água e qual é insolúvel na água. Solúvel: Insolúvel: Vitor preparando chá. Embalagem de suco. Folhas de erva-mate, água e açúcar comum. folhas de erva-mateaçúcar JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 58 17/01/18 7:20 PM NA PRÁTICA Caso os recipientes utilizados sejam de vidro, tenha cuidado ao manuseá-los. 59 Estados físicos das misturas15 Gabriela colocou água e corante dentro de cinco recipientes com formatos e capacidades diferentes. Observe. •Se Gabriela colocasse cubos de gelo no interior de um dos recipientes acima, o que aconteceria com o formato desse gelo? Por quê? Recipiente com gelo. 1. O que aconteceu com o formato da água em cada um dos recipientes? Por que isso ocorreu? Recipientes de diferentes formatos com água e corante. •recipientes com formatos variados •cubos de gelo MATERIAIS Coloque os cubos de gelo em cada recipiente e observe como ele se comporta. •Retorne à questão do início desta seção e responda-a novamente. Você precisou alterar sua resposta? Para investigar o que ocorre com o formato das substâncias e das misturas no estado sólido, realize a atividade a seguir. Espera-se que os alunos respondam que a água no estado líquido apresenta volume definido e adquire o formato dos recipientes. Espera-se que os alunos respondam que o gelo continuaria com o mesmo formato, pois a água no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde está. Resposta desta questão nas orientações para o professor. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 59 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 58 18/01/18 6:16 PM 59 Objetivos • Reconhecer e caracterizar os três estados físicos das misturas. • Identificar os três estados físicos na natureza. • Relacionar as propriedades das substâncias sólidas a suas apli- cações. • Antes de iniciar o estudo do assun- to abordado nessa página, leve para a sala de aula recipientes plásticos com diferentes formatos, como par- tes inferiores de garrafas plásticas, pote de margarina, pote de maione- se, entre outros. Encha um dos re- cipientes com água e peça aos alu- nos que observem o que aconteceu. Em seguida, despeje a água desse recipiente em outro que apresente formato diferente. Novamente, peça aos alunos que digam o que observa- ram. Repita esse procedimento com os outros recipientes que você levou para a sala de aula. Deixe que os alu- nos concluam que a água preenche todo o espaço interno do recipiente. • Para desenvolver a atividade prática proposta nesta página, providencie o material solicitado. Acomode os cubos de gelo em uma caixa de iso- por, para evitar que derretam muito rapidamente, se não houver possibi- lidade de retirar o gelo diretamente do congelador. • Para ampliar a discussão, se possível providencie gelos em diferentes for- matos, sejam eles feitos em formas próprias ou em embalagens vazias, como copos plásticos de requeijão e potes de iogurte, por exemplo. • Verifique se os alunos perceberam que a água no estado líquido adquire a forma do recipiente em que se en- contra e a água no estado sólido não adquire a forma do recipiente, pois nesse estado físico a água tem for- ma definida, que é aquela na qual se solidificou. Ao se solidificar, a água tornou gelo, mantendo o formato dos recipientes mesmo após o gelo ser retirado dos mesmos. Resposta • Espera-se que os alunos respondam que o gelo continuaria com o mesmo formato, pois a água no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde se encontra. 58 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3. Observe ao lado a orientação destacada, presente em umaembalagem de suco. •Em sua opinião, por que esse produto deve ser agitado antes de ser ingerido? Espera-se que os alunos respondam que uma parte da polpa da fruta fica depositada no fundo do recipiente. Ao agitar, os ingredientes se misturarão novamente. 4. Vítor preparou uma caneca de chá. Para isso, ele ferveu um pouco de água em uma chaleira e, em seguida, adicionou folhas de erva-mate trituradas e açúcar. Em seguida, com o auxílio de uma colher, agitou o conteúdo e esperou por cinco minutos. Antes de beber o chá, Vítor passou o conteúdo por uma peneira. a. Qual dos ingredientes da mistura ficou retido na peneira? Espera-se que os alunos respondam que as folhas de erva-mate ficaram retidas na peneira. b. Nessa situação, identifique qual componente é solúvel na água e qual é insolúvel na água. Solúvel: Insolúvel: Vitor preparando chá. Embalagem de suco. Folhas de erva-mate, água e açúcar comum. folhas de erva-mateaçúcar JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S LI S LL E Y G O M E S F E IG E g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 58 17/01/18 7:20 PM NA PRÁTICA Caso os recipientes utilizados sejam de vidro, tenha cuidado ao manuseá-los. 59 Estados físicos das misturas15 Gabriela colocou água e corante dentro de cinco recipientes com formatos e capacidades diferentes. Observe. •Se Gabriela colocasse cubos de gelo no interior de um dos recipientes acima, o que aconteceria com o formato desse gelo? Por quê? Recipiente com gelo. 1. O que aconteceu com o formato da água em cada um dos recipientes? Por que isso ocorreu? Recipientes de diferentes formatos com água e corante. •recipientes com formatos variados •cubos de gelo MATERIAIS Coloque os cubos de gelo em cada recipiente e observe como ele se comporta. •Retorne à questão do início desta seção e responda-a novamente. Você precisou alterar sua resposta? Para investigar o que ocorre com o formato das substâncias e das misturas no estado sólido, realize a atividade a seguir. Espera-se que os alunos respondam que a água no estado líquido apresenta volume definido e adquire o formato dos recipientes. Espera-se que os alunos respondam que o gelo continuaria com o mesmo formato, pois a água no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde está. Resposta desta questão nas orientações para o professor. JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 59 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 59 18/01/18 6:16 PM 60 Destaques da BNCC • A análise das imagens desta página permite aos alunos identificar mis- turas na vida diária, contemplando a habilidade EF04CI01 da BNCC, descrita anteriormente, além de re- conhecê-las em diferentes estados físicos. • Antes de iniciar a análise da imagem da geleira, peça aos alunos que ci- tem exemplos de substâncias nos três estados físicos na natureza. Aproveite para verificar se eles en- tenderam os conceitos relativos a sólido, líquido e gasoso, e se conse- guem transpor esses conceitos ao ambiente que os rodeia. • Procurando não consultar as legen- das relativas à imagem, peça aos alunos que identifiquem os estados físicos representados no ambiente de geleira. Para complementar, faça perguntas que os auxiliem na análise das características de cada estado físico, como as propostas a seguir: .Como é a forma das substâncias sólidas/líquidas/gasosas: definida ou indefinida? .E o volume? .Como se comportam as formas dos sólidos/líquidos/gasosos em relação ao recipiente ou local em que estão? 60 Nos ambientes, as substâncias e misturas podem ser encontradas em três diferentes estados físicos: sólido, líquido ou gasoso. Observe o esquema a seguir. Os sólidos têm forma e volume definidos. Um exemplo de mistura no estado sólido é o granito, que é uma rocha. O granito é uma mistura de quartzo, mica e feldspato. Geleira Fjallsarlon, na Islândia, em 2017. A geleira é um exemplo de água no estado sólido. Granito. LU C A L U C E R I/ S H U T T E R S TO C K K A G A I1 99 27 /S H U T T E R S T O C K .C O M g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 60 17/01/18 7:20 PM 61 Existem diversos gases. Como exemplos, podemos citar o gás oxigênio, que está presente no ar atmosférico, o gás carbônico, que liberamos para a atmosfera durante a expiração, e o vapor de água. Geralmente, utilizamos ar sob pressão nos pneus dos veículos. Os gases não têm forma e volume definidos e ocupam o volume do recipiente onde estão. Substâncias e misturas no estado líquido não têm forma definida. Elas adquirem a forma do recipiente em que são colocadas. Vinagre. A água dos mares, rios e lagos são exemplos de misturas no estado líquido. Pessoa enchendo o pneu de um carro. O vinagre é um exemplo de mistura no estado líquido. Ele, geralmente, é utilizado para temperar alimentos. S Z E FE I/ S H U T T E R S TO C K .C O M M A R IY A N A M /S H U T T E R S TO C K .C O M g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 61 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 60 18/01/18 6:16 PM 61 • Ao analisar a imagem da pessoa en- chendo o pneu do automóvel, per- gunte aos alunos qual o formato do gás dentro do pneu, caso pudessem enxergá-lo. • Providencie dois balões ou dois sacos plásticos transparentes que sejam possíveis de encher e leve-os para a sala de aula. Encha um dos sacos plásticos com ar e o outro com água. Verifique se os alunos percebem que, assim como a água no estado líquido, o ar não tem forma definida, adquirin- do o formato do ambiente em que se encontra. • Se possível, leve rótulos de vinagre para que os alunos vejam a composi- ção, mostrando que se trata de uma mistura no estado líquido. 60 Nos ambientes, as substâncias e misturas podem ser encontradas em três diferentes estados físicos: sólido, líquido ou gasoso. Observe o esquema a seguir. Os sólidos têm forma e volume definidos. Um exemplo de mistura no estado sólido é o granito, que é uma rocha. O granito é uma mistura de quartzo, mica e feldspato. Geleira Fjallsarlon, na Islândia, em 2017. A geleira é um exemplo de água no estado sólido. Granito. LU C A L U C E R I/ S H U T T E R S TO C K K A G A I1 99 27 /S H U T T E R S T O C K .C O M g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 60 17/01/18 7:20 PM 61 Existem diversos gases. Como exemplos, podemos citar o gás oxigênio, que está presente no ar atmosférico, o gás carbônico, que liberamos para a atmosfera durante a expiração, e o vapor de água. Geralmente, utilizamos ar sob pressão nos pneus dos veículos. Os gases não têm forma e volume definidos e ocupam o volume do recipiente onde estão. Substâncias e misturas no estado líquido não têm forma definida. Elas adquirem a forma do recipiente em que são colocadas. Vinagre. A água dos mares, rios e lagos são exemplos de misturas no estado líquido. Pessoa enchendo o pneu de um carro. O vinagre é um exemplo de mistura no estado líquido. Ele, geralmente, é utilizado para temperar alimentos. S Z E FE I/ S H U T T E R S TO C K .C O M M A R IY A N A M /S H U T T E R S TO C K .C O M g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 61 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 61 18/01/18 6:16 PM 62 Destaques da BNCC • Ao sugerir o diálogo sobre a água nos estados sólido e líquido, oriente os alunos a relembrar as discussões realizadas durante o trabalho das pá- ginas 59 a 61. Deixe que se expres- sem livremente e oriente-os a ouvir e a respeitar os conhecimentos dos colegas. Promover essas ações con- tribuem para o desenvolvimento da Competência geral 9 da BNCC. • Se possível, leve objetos do cotidia- no que apresentem as propriedades descritas nesta página. .Dureza: você pode utilizar o giz e a lousa. Ao escrever na lousa, pres- sionando o giz, este é desgastado; portanto, alousa é mais dura do que o giz. Mostre aos alunos que a superfície do giz que entrou em contato com a lousa ficou com marcas. .Elasticidade: um simples elástico de dinheiro pode ser utilizado nesta atividade. Estique-o (aplicação de força) e solte-o lentamente (encer- ramento da força), demonstrando aos alunos que o material (borra- cha) retorna à conformação original. Explique que há limites para a apli- cação de força: se esse limite for excedido, o material pode ser dani- ficado e perder a elasticidade, como acontece com as nossas meias quando são colocadas esti- cando-as. .Ductibilidade: não é possível de- monstrar o exemplo do fio de co- bre sendo moldado, mas você pode levar alguns para que os alu- nos conheçam e manipulem. Se julgar conveniente, apresente a eles o processo de produção de fios de cobre, acessando o site dis- ponível em: <http://gizmodo.uol. com.br/galerias/fios-de-cobre/>. Acesso em: 12 jan. 2018. • Peça aos alunos que investiguem em seus materiais escolares e na sala de aula (ou no pátio da escola) objetos feitos de materiais que apresentem as propriedades de dureza, elastici- dade e ductibilidade. Resposta • Espera-se que os alunos citem que a água no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde é colocada, apresenta maior dureza do que a água no estado líquido, entre outras características. • Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di- versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali- dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 62 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Propriedades e aplicações de materiais sólidos Um material em um estado físico apresenta características e propriedades diferentes de quando está em outro estado físico. •Converse com um colega sobre as diferenças entre as características da água no estado líquido e no estado sólido. As indústrias utilizam diferentes materiais para produzir os objetos, de acordo com as características e propriedades de cada material. Veja a seguir algumas características dos materiais sólidos. A dureza dos materiais sólidos é uma propriedade que indica que eles são resistentes à pressão e que não podem ser riscados facilmente. A elasticidade é a propriedade que um sólido tem de se deformar quando uma força é aplicada sobre ele. Quando a força deixa de ser aplicada, esse sólido tende a voltar ao seu formato original. Alguns sólidos, como certos metais, podem ser moldados, formando fios. Essa propriedade recebe o nome de ductibilidade. O diamante é uma das substâncias naturais de maior dureza. Além de ser resistente, não é facilmente riscado por outros materiais. Por causa disso, é utilizado para cortar outros materiais. Materiais como a borracha têm propriedades elásticas. Por causa disso, ela é utilizada em pneus, correias, tapetes, luvas, entre outros objetos. Fios de cobre. Elásticos de borracha. Diamante. Além do cobre, outros metais são utilizados para fazer fios elétricos. Resposta desta questão nas orientações para o professor. B JO E R N W Y LE Z IC H /S H U T T E R S TO C K C O P R ID /S H U T T E R S TO C K P E T E R H E R M E S F U R IA N / S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 62 17/01/18 7:28 PM D S E S I D D E V I C O S A V A Não descarte óleo de cozinha na pia ou no ambiente. 63 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . ATIVIDADES 1. Samuel sabe que não devemos descartar o óleo de cozinha usado diretamente no ambiente, pois ele pode contaminar o solo e a água. Por isso, ele sempre guarda o óleo usado em um recipiente para, posteriormente, descartá-lo em coletores especiais. Um dia, ao despejar o óleo no recipiente, Samuel percebeu que o óleo escorria mais lentamente do recipiente do que a água. Viscosidade. b. Pesquise um líquido que escorre mais lentamente do que o óleo de cozinha. Comente com os colegas o resultado de sua pesquisa. Resposta pessoal. Os alunos podem citar o mel e o xarope de milho. c. Verifique se os adultos de sua residência descartam o óleo de cozinha usado de forma adequada. Caso não o façam, o que você pode fazer para conscientizar esses adultos? a. Siga as setas e descubra a propriedade dos líquidos que faz com que eles escorram lentamente. Samuel reservando óleo de cozinha usado para ser descartado em coletores especiais. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que podem conversar com os adultos da residência, comentando sobre os prejuízos para o ambiente causados pelo descarte inadequado de óleo de cozinha usado ou mostrando reportagens sobre o assunto. Além disso, eles podem informar os adultos sobre os locais de coleta de óleo usado. FE R N A N D O F A V O R E T TO / C R IA R IM A G E M g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 63 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 62 18/01/18 6:16 PM http://gizmodo.uol.com.br/galerias/fios-de-cobre/ http://gizmodo.uol.com.br/galerias/fios-de-cobre/ 63 Destaques da BNCC • A atividade 1 possibilita o trabalho com o tema contemporâneo Preser- vação do meio ambiente. Aproveite para repassar informações adicio- nais sobre o descarte, a coleta e a reutilização do óleo de cozinha. • Comente com os alunos que, além da contaminação do solo e da água, resultando na morte de seres vivos que ali vivem, o descarte incorreto de óleo pode impermeabilizar o solo, contribuindo para a ocorrência de enchentes. Nas residências, caso o óleo seja despejado no ralo da pia, pode entupir a tubulação da rede de esgoto, absorvendo restos de alimentos (atraindo ratos e insetos), além de acabar sendo conduzido para as estações de tratamento de esgoto (quando há), que não com- portam grandes quantidades de óle- os despejadas diariamente. Mais atividades • Leve os alunos para o laboratório de informática para pesquisar pon- tos de coleta do óleo na cidade em que residem e o que se pode fa- zer com restos de óleo. Para isso, você pode acessar os sites dispo- níveis em: <https://www.ecycle. com.br/postos/reciclagem.php> e <http://www.oleosustentavel.org. br/#postos-coleta>. Acessos em: 12 jan. 2018. • Além disso, eles podem assistir a alguns vídeos sobre o tema. Realize todas as atividades sugeridas ou es- colha as que mais se adequem aos seus alunos, tempo e espaço dispo- níveis. 62 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Propriedades e aplicações de materiais sólidos Um material em um estado físico apresenta características e propriedades diferentes de quando está em outro estado físico. •Converse com um colega sobre as diferenças entre as características da água no estado líquido e no estado sólido. As indústrias utilizam diferentes materiais para produzir os objetos, de acordo com as características e propriedades de cada material. Veja a seguir algumas características dos materiais sólidos. A dureza dos materiais sólidos é uma propriedade que indica que eles são resistentes à pressão e que não podem ser riscados facilmente. A elasticidade é a propriedade que um sólido tem de se deformar quando uma força é aplicada sobre ele. Quando a força deixa de ser aplicada, esse sólido tende a voltar ao seu formato original. Alguns sólidos, como certos metais, podem ser moldados, formando fios. Essa propriedade recebe o nome de ductibilidade. O diamante é uma das substâncias naturaisde maior dureza. Além de ser resistente, não é facilmente riscado por outros materiais. Por causa disso, é utilizado para cortar outros materiais. Materiais como a borracha têm propriedades elásticas. Por causa disso, ela é utilizada em pneus, correias, tapetes, luvas, entre outros objetos. Fios de cobre. Elásticos de borracha. Diamante. Além do cobre, outros metais são utilizados para fazer fios elétricos. Resposta desta questão nas orientações para o professor. B JO E R N W Y LE Z IC H /S H U T T E R S TO C K C O P R ID /S H U T T E R S TO C K P E T E R H E R M E S F U R IA N / S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 62 17/01/18 7:28 PM D S E S I D D E V I C O S A V A Não descarte óleo de cozinha na pia ou no ambiente. 63 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . ATIVIDADES 1. Samuel sabe que não devemos descartar o óleo de cozinha usado diretamente no ambiente, pois ele pode contaminar o solo e a água. Por isso, ele sempre guarda o óleo usado em um recipiente para, posteriormente, descartá-lo em coletores especiais. Um dia, ao despejar o óleo no recipiente, Samuel percebeu que o óleo escorria mais lentamente do recipiente do que a água. Viscosidade. b. Pesquise um líquido que escorre mais lentamente do que o óleo de cozinha. Comente com os colegas o resultado de sua pesquisa. Resposta pessoal. Os alunos podem citar o mel e o xarope de milho. c. Verifique se os adultos de sua residência descartam o óleo de cozinha usado de forma adequada. Caso não o façam, o que você pode fazer para conscientizar esses adultos? a. Siga as setas e descubra a propriedade dos líquidos que faz com que eles escorram lentamente. Samuel reservando óleo de cozinha usado para ser descartado em coletores especiais. Resposta pessoal. Os alunos podem responder que podem conversar com os adultos da residência, comentando sobre os prejuízos para o ambiente causados pelo descarte inadequado de óleo de cozinha usado ou mostrando reportagens sobre o assunto. Além disso, eles podem informar os adultos sobre os locais de coleta de óleo usado. FE R N A N D O F A V O R E T TO / C R IA R IM A G E M g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 63 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 63 18/01/18 6:16 PM https://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php https://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php http://www.oleosustentavel.org.br/#postos-coleta http://www.oleosustentavel.org.br/#postos-coleta 64 Destaques da BNCC • A atividade 2 permite que os alu- nos identifiquem misturas na vida diária, contemplando a habilidade EF04CI01, descrita anteriormente, além de reconhecê-las em diferentes estados físicos. • Na atividade 2, peça aos alunos que identifiquem, no suco de laranja e na água com gás, qual o componente sólido, líquido ou gasoso, conforme cada situação. Comente com eles que o bronze é uma liga metálica, ou seja, uma mistura de cobre e estanho. • Se necessário, leve um balão de bor- racha para a sala de aula para ajudar os alunos a resolver e compreender a atividade 3. As ligas metálicas são a mistura de dois ou mais elementos químicos, sendo o me- tal o maior componente. Elas podem ser sólidas ou líquidas, sendo que a fundição acontece no estado líquido, para que os componentes da liga possam ser mistura- dos homogeneamente. Alguns exemplos de liga metálica são: aço, amálgama, bronze, latão e solda. As ligas metálicas são utilizadas em to- dos os setores e seu uso é extremamente fundamental em nosso cotidiano, seja para a utilização de utensílios domésticos à fabricação de peças de aviões. Fonte de pesquisa: ALMEIDA, Tamires. Principais Ligas Metálicas Utilizadas na Indústria. Indústria Hoje, 6 mar. 2017. Disponível em: <https://www.industriahoje.com.br/ principais-ligas-metalicas-utilizadas-na-industria>. Acesso em: 12 jan. 2018. • Muitos objetos do nosso cotidiano são produzidos com base em ligas metálicas. Para saber um pouco mais sobre esse material, leia o texto abaixo. 64 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 2. Assinale com um X os estados físicos das misturas indicadas, à temperatura ambiente. 3. Larissa se distraiu enquanto enchia um balão de borracha e ele estourou. c. Considerando as propriedades dos materiais sólidos, que você estudou nesta unidade, qual delas está relacionada ao fato de que o tamanho do balão aumentou enquanto Larissa o enchia? Marque um X na resposta adequada. ductibilidade elasticidade dureza Mistura Sólido Líquido Gasoso Suco de laranja com gelo X X Granito X Água com gás X X Bronze X Leite com cereais X X a. É possível afirmar que, enquanto Larissa enchia o balão, o ar ocupava todo o seu interior? Justifique sua resposta. Sim, pois o ar é um gás e não tem forma definida, ocupando todo o interior do balão. b. Depois que o balão estourou, para onde foi o ar que estava em seu interior? O ar se espalhou pelo ambiente. Larissa enchendo um balão de festa. X S A U LO N U N E S g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 64 17/01/18 7:28 PM 65 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Composição das misturas16 Vanessa se preocupa em ter uma alimentação saudável, comendo alimentos variados e em quantidades adequadas. Veja a seguir alguns alimentos que ela come no café da manhã. 1. Você consegue identificar visualmente os ingredientes do pão acima? 2. E os ingredientes da salada de frutas? Em algumas misturas é possível identificar visualmente os componentes. Em outras misturas não é possível identificar os componentes visualmente. Alimentos que Vanessa ingere no café da manhã. Mistura de óleo e água. Note que é possível identificar claramente o óleo e a água nessa mistura. Mistura de água e sal. Nesse caso, a água dissolveu o sal colocado no copo e não é possível perceber a presença dele. Óleo. Água. Água e sal. Espera-se que os alunos respondam que não. Espera-se que os alunos respondam que sim. A salada de frutas contém banana, maçã, morango e uva. M A T K A _W A R IA T K A / S H U T T E R S TO C K M O N T IC E LL O / S H U T T E R S TO C K FO TO S : A N D R E L . S IL VA /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 65 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 64 18/01/18 6:16 PM https://www.industriahoje.com.br/principais-ligas-metalicas-utilizadas-na-industria https://www.industriahoje.com.br/principais-ligas-metalicas-utilizadas-na-industria 65 Objetivos • Compreender que uma mistura tem diversos componentes. • Reconhecer o ar atmosférico como uma mistura e identificar seus componentes. • Conscientizar-se das ações hu- manas que interferem na qualida- de do ar e sugerir ações que favo- reçam a diminuição da poluição atmosférica. Destaques da BNCC • Os exemplos de mistura apresenta- dos nesta página permitem que os alunos identifiquem misturas na vida diária, contemplando a habilidade EF04CI01, descrita anteriormente. Acompanhando a aprendizagem • Os exemplos de misturas ilustrados nesta página já foram abordados em temas anteriores. Aproveite, então, para verificar se os alunos entende- ram os conceitos necessários para responder às questões propostas. • Avalie, também, se conseguem ela- borar respostas completas e coeren- tes, bem como explicar o que veem nas imagens. Incentive-os a cons- truir as ideias, sugerindo estruturas, como: “No copo com água e óleo é possível identificar os componentes da mistura porque o óleo não se dis- solve na água.”. • Caso necessário, aproveite o mo- mento para rever os conceitos que os alunos ainda apresentam dificul- dades. 64 R ep ro d uç ão p ro ib ida. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . 2. Assinale com um X os estados físicos das misturas indicadas, à temperatura ambiente. 3. Larissa se distraiu enquanto enchia um balão de borracha e ele estourou. c. Considerando as propriedades dos materiais sólidos, que você estudou nesta unidade, qual delas está relacionada ao fato de que o tamanho do balão aumentou enquanto Larissa o enchia? Marque um X na resposta adequada. ductibilidade elasticidade dureza Mistura Sólido Líquido Gasoso Suco de laranja com gelo X X Granito X Água com gás X X Bronze X Leite com cereais X X a. É possível afirmar que, enquanto Larissa enchia o balão, o ar ocupava todo o seu interior? Justifique sua resposta. Sim, pois o ar é um gás e não tem forma definida, ocupando todo o interior do balão. b. Depois que o balão estourou, para onde foi o ar que estava em seu interior? O ar se espalhou pelo ambiente. Larissa enchendo um balão de festa. X S A U LO N U N E S g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 64 17/01/18 7:28 PM 65 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Composição das misturas16 Vanessa se preocupa em ter uma alimentação saudável, comendo alimentos variados e em quantidades adequadas. Veja a seguir alguns alimentos que ela come no café da manhã. 1. Você consegue identificar visualmente os ingredientes do pão acima? 2. E os ingredientes da salada de frutas? Em algumas misturas é possível identificar visualmente os componentes. Em outras misturas não é possível identificar os componentes visualmente. Alimentos que Vanessa ingere no café da manhã. Mistura de óleo e água. Note que é possível identificar claramente o óleo e a água nessa mistura. Mistura de água e sal. Nesse caso, a água dissolveu o sal colocado no copo e não é possível perceber a presença dele. Óleo. Água. Água e sal. Espera-se que os alunos respondam que não. Espera-se que os alunos respondam que sim. A salada de frutas contém banana, maçã, morango e uva. M A T K A _W A R IA T K A / S H U T T E R S TO C K M O N T IC E LL O / S H U T T E R S TO C K FO TO S : A N D R E L . S IL VA /A S C IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 65 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 65 18/01/18 6:16 PM 66 Destaques da BNCC • Os exemplos de mistura apresenta- dos nesta página permitem que os alunos identifiquem misturas na vida diária, contemplando a habilidade EF04CI01, descrita anteriormente. • Inicie a abordagem desta página so- licitando que os alunos analisem as imagens dos rótulos de água mineral e sal e que definam se os produtos tratam-se de misturas. Peça a eles que justifiquem suas respostas e verifique se concluem que cada um deles é formado por mais de uma substância. • Se houver garrafas de água mineral com o rótulo na sala (dos alunos, ou você pode levar algumas), peça que analisem e comparem umas com as outras. Destaque que todas são água mineral, mas que algumas substâncias da composição delas pode mudar. Chame a atenção ao fato de serem provenientes de dife- rentes fontes (esta informação tam- bém está nos rótulos). Oriente os alunos que, dependendo do local, da fonte de onde essa água foi extraída, sua composição também varia. • Ao trabalhar com o texto sobre flúor na água, pergunte aos alunos quais cuidados são tomados em suas casas em relação à água que bebem: se co- letam a água diretamente da torneira, se a filtram e fervem, se consomem apenas água mineral engarrafada. • Aproveite para verificar se os alunos sabem para que serve a filtração da água e relembre a atividade da pági- na 58, em que uma pessoa peneirou o chá. Comente que a água que che- ga em nossas casas, mesmo após o tratamento, possui pequenas partí- culas que não são visíveis a olho nu, mas que ficam retidas no filtro. • Pergunte, também, por que devemos ferver a água, comentando que é preciso eliminar microrganismos que estejam na água, pois alguns deles podem fazer mal à nossa saúde. 66 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Os componentes de algumas misturas Os componentes das misturas mostradas na página anterior também são misturas. A água, por exemplo, não é encontrada pura na natureza. Embora não consiga enxergar, existem diferentes sais minerais e outros componentes misturados a ela. Já o sal de cozinha contém uma substância chamada cloreto de sódio misturada a outra denominada iodo. Fluoreto na água Devemos tomar água filtrada, fervida e que tenha passado por um tratamento. Geralmente, nas cidades, a água consumida pela população é coletada em rios e encaminhada a Estações de Tratamento de Água (ETA). Nessas estações, a água passa por diversas etapas de tratamento, tornando-se adequada para o consumo. Em uma dessas etapas das estações de tratamento é adicionado fluoreto à água. A mistura de água e fluoreto contribui para prevenir a cárie dentária. •Somente a fluoretação da água não é suficiente para combater a cárie dentária. Quais cuidados devemos ter com nossos dentes? Estação de tratamento de água em Guararema, São Paulo, em 2017. Rótulo de uma garrafa de água mineral. A água mineral é uma mistura que contém diversos componentes dissolvidos. Rótulo de sal de cozinha. O iodo é adicionado ao sal para prevenir distúrbios na produção de um hormônio da glândula tireoide. 3. É possível identificar visualmente os componentes da água e do sal de cozinha? Espera-se que os alunos respondam que não. Espera-se que os alunos digam que devem escovar os dentes ao acordar, após as refeições e antes de ir dormir, passar fio dental após as refeições, ir ao dentista frequentemente, entre outros cuidados. R E P R O D U Ç Ã O FA B IO C O LO M B IN I D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 66 17/01/18 7:28 PM 67 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Poluição atmosférica na cidade de Cracóvia, Polônia, em 2017. Composição do ar atmosférico Vimos que o ar atmosférico é composto de uma mistura de diferentes gases. 4. É possível identificar visualmente os componentes do ar atmosférico? O ar atmosférico é constituído de diversos gases, como o gás oxigênio, o gás carbônico, o gás nitrogênio e o vapor de água. Em condições normais, geralmente não é possível identificar visualmente os componentes do ar atmosférico. Agora, veja a situação abaixo. 5. Como está o ar dessa cidade? 6. No local em que você mora o ar atmosférico é parecido com o da foto acima? Em locais onde há grande quantidade de indústrias, automóveis e queimadas, em determinadas condições, podemos perceber a presença de alguns poluentes no ar, como mostra a foto acima. Além da fumaça, podemos perceber que o ar adquire um aspecto embaçado. Esses poluentes podem prejudicar a saúde do ser humano e de outros animais. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos avaliem a qualidade do ar atmosférico do local onde moram. o ar está poluído, pois há fumaça e outros gases poluentes no ar. 4. Espera-se que os alunos respondam que, geralmente, não, mas que, em algumas situações, é possível identificar alguns materiais que são lançados no ar, como fuligem e poeira. Espera-se que os alunos respondam que E VA N L O R N E /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 67 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 66 18/01/18 6:16 PM 67 • Inicie a abordagem desta página in- formando aos alunos que a camada de ar que envolve o planeta Terra é chamada atmosfera. Ela estende-se por aproximadamente 1 000 quilô- metros acima dasuperfície terrestre. • Na atmosfera, o ar é composto pela mistura de alguns gases, como o gás nitrogênio, o gás oxigênio e o gás carbônico. O gás nitrogênio é o gás que há em maior quantidade no ar; o gás oxigênio é indispensável para a maioria dos seres vivos, ele partici- pa do processo de respiração; o gás carbônico é necessário para os vege- tais produzirem seu próprio alimento. A maioria dos seres vivos libera esse gás por meio da respiração. • Além desses gases, também podemos encontrar no ar vapor de água, impure- zas e seres vivos microscópicos. • Ao realizar a questão 4, se os alunos derem a resposta esperada, pergun- te a eles em quais situações é pos- sível identificar componentes do ar atmosférico. Caso respondam que não é possível, então peça a eles que analisem a foto da poluição na cida- de e reavaliem suas respostas. • Explique aos alunos que, além dos gases que compõem o ar atmosfé- rico, em situações como a mostrada na foto, partículas sólidas podem se misturar ao ar. • Ao ouvir as respostas à questão 6, discuta com os alunos sobre os moti- vos de o ar na cidade deles ser como eles indicam. Por exemplo, se for uma cidade grande e movimentada, veja se eles associam a qualidade do ar à grande quantidade de automóveis cir- culantes. Se for uma cidade pequena e com pouco movimento, talvez eles afirmem que há poucos carros, por- tanto menos poluição atmosférica. Ou, ainda, se for um local com muitas indústrias, podem apontar a fumaça eliminada pelas chaminés como res- ponsável por parte da poluição. 66 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Os componentes de algumas misturas Os componentes das misturas mostradas na página anterior também são misturas. A água, por exemplo, não é encontrada pura na natureza. Embora não consiga enxergar, existem diferentes sais minerais e outros componentes misturados a ela. Já o sal de cozinha contém uma substância chamada cloreto de sódio misturada a outra denominada iodo. Fluoreto na água Devemos tomar água filtrada, fervida e que tenha passado por um tratamento. Geralmente, nas cidades, a água consumida pela população é coletada em rios e encaminhada a Estações de Tratamento de Água (ETA). Nessas estações, a água passa por diversas etapas de tratamento, tornando-se adequada para o consumo. Em uma dessas etapas das estações de tratamento é adicionado fluoreto à água. A mistura de água e fluoreto contribui para prevenir a cárie dentária. •Somente a fluoretação da água não é suficiente para combater a cárie dentária. Quais cuidados devemos ter com nossos dentes? Estação de tratamento de água em Guararema, São Paulo, em 2017. Rótulo de uma garrafa de água mineral. A água mineral é uma mistura que contém diversos componentes dissolvidos. Rótulo de sal de cozinha. O iodo é adicionado ao sal para prevenir distúrbios na produção de um hormônio da glândula tireoide. 3. É possível identificar visualmente os componentes da água e do sal de cozinha? Espera-se que os alunos respondam que não. Espera-se que os alunos digam que devem escovar os dentes ao acordar, após as refeições e antes de ir dormir, passar fio dental após as refeições, ir ao dentista frequentemente, entre outros cuidados. R E P R O D U Ç Ã O FA B IO C O LO M B IN I D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 66 17/01/18 7:28 PM 67 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Poluição atmosférica na cidade de Cracóvia, Polônia, em 2017. Composição do ar atmosférico Vimos que o ar atmosférico é composto de uma mistura de diferentes gases. 4. É possível identificar visualmente os componentes do ar atmosférico? O ar atmosférico é constituído de diversos gases, como o gás oxigênio, o gás carbônico, o gás nitrogênio e o vapor de água. Em condições normais, geralmente não é possível identificar visualmente os componentes do ar atmosférico. Agora, veja a situação abaixo. 5. Como está o ar dessa cidade? 6. No local em que você mora o ar atmosférico é parecido com o da foto acima? Em locais onde há grande quantidade de indústrias, automóveis e queimadas, em determinadas condições, podemos perceber a presença de alguns poluentes no ar, como mostra a foto acima. Além da fumaça, podemos perceber que o ar adquire um aspecto embaçado. Esses poluentes podem prejudicar a saúde do ser humano e de outros animais. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos avaliem a qualidade do ar atmosférico do local onde moram. o ar está poluído, pois há fumaça e outros gases poluentes no ar. 4. Espera-se que os alunos respondam que, geralmente, não, mas que, em algumas situações, é possível identificar alguns materiais que são lançados no ar, como fuligem e poeira. Espera-se que os alunos respondam que E VA N L O R N E /S H U T T E R S TO C K g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 67 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 67 18/01/18 6:16 PM 68 Objetivos • Conhecer agentes poluentes do ar atmosférico. • Reconhecer que atitudes huma- nas podem alterar o ar atmosféri- co, comprometendo a saúde. • Entender que os vegetais são importantes para revitalizar o ar atmosférico. Destaques da BNCC • Ao analisar o contexto geral da cida- de apresentada na ilustração, o aluno pode relacionar a existência de par- ques, indústrias, automóveis à qua- lidade do ar, contribuindo para a ma- nutenção da saúde. Essa abordagem contempla a Competência geral 8 da BNCC, descrita anteriormente, bem como a Competência geral 7. • Esta seção tem como objetivo de- senvolver o Tema contemporâneo Saúde ao associar as características da cidade onde Ana mora à possibi- lidade de os moradores desenvolve- rem doenças respiratórias. • Também se relaciona ao tema con- temporâneo Preservação do meio ambiente, pois propõe que os alunos indiquem de que forma podemos re- duzir a poluição atmosférica. • Inicie o trabalho desta seção solicitan- do aos alunos que descrevam a ilus- tração e identifiquem quais os elemen- tos que se relacionam com a poluição do ar atmosférico e quais os elemen- tos que indicam atitudes que podem ajudar a melhorar a qualidade do ar. • Pergunte aos alunos se eles já plan- taram árvores. Se possível, planeje um momento para que essa ativida- de seja realizada por eles. Escolha, também, um local que seja, de prefe- rência, onde os alunos frequentam: o próprio pátio da escola, uma praça ou parque próximos. • Não se esqueça de solicitar orienta- ções junto à Secretaria do Meio Am- biente de sua cidade sobre os proce- dimentos, autorizações necessárias, obtenção das mudas, etc. Essa con- sulta é importante para evitar que espécies exóticas e/ou invasoras se- jam plantadas, bem como respeitar as normas de tamanhos das árvores, cuidados com as calçadas, postes de eletricidade, placas de trânsito. • Competência geral 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e pro- movam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 68 CIDADÃO DO MUNDO Você costuma ir caminhando para a escola, com um adulto? Essa atitude contribui para melhorar sua saúde e a qualidade do ar. Ar e saúde Hoje é dia de passeio no parque! Felipe e sua família ainda vão contribuir com o ambiente plantando uma árvore. A Secretaria do Ambiente do município em que Felipe e sua família residem os orientou sobre o local onde eles poderiam plantar determinada espécie de árvore. O intenso tráfego de veículos em algumas cidades leva à emissão de parte dos gases poluentes presentes na atmosfera.Esses gases são formados após a queima de combustíveis. g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 68 17/01/18 7:28 PM 69 O parque que Felipe visitou é agradável. No entanto, na cidade onde ele mora, existem muitas indústrias e automóveis que emitem grande quantidade de poluentes na atmosfera. Além disso, o ar atmosférico também pode conter fuligem, poeira, gases tóxicos, materiais particulados, entre outros componentes. Quando a quantidade de poluentes presentes no ar atmosférico altera as características do ar a ponto de prejudicar os seres vivos, podemos dizer que o ar do ambiente está poluído. As plantas auxiliam a manter a qualidade do ar. Por meio do processo de fotossíntese, elas utilizam o gás carbônico, que também é um dos poluentes emitidos pelos veículos e indústrias, e liberam o gás oxigênio na atmosfera. A poluição do ar tem efeitos mais graves em crianças, podendo afetar o desenvolvimento dos pulmões. Com isso, muitas crianças precisam de atendimento médico para realizar o processo de inalação. a. Cite um dos principais agentes poluidores do ar, comum nas ruas de muitas cidades. É possível reduzir sua utilização? b. Pergunte a seus familiares se em sua família existem pessoas com doenças respiratórias agravadas pela poluição do ar. Felipe e sua família plantando uma árvore. LE O N A R D O D E M O U R A A M A R A L g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 69 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 68 18/01/18 6:16 PM 69 • Pergunte aos alunos se eles já de- senvolveram ou sofrem de alguma doença respiratória que possa de- correr da poluição atmosférica. Respostas a. Espera-se que os alunos citem os veículos, que lançam grande par- te dos poluentes atmosféricos. E, também, que citem campanhas que estimulam a redução do uso dos automóveis, como o rodízio, o compartilhamento de veículos, o uso de transporte público e o uso de meios de transporte não poluen- tes, como bicicleta, como alternati- vas para reduzir a quantidade de veículos e, consequentemente, de poluentes lançados no ar. b. Resposta pessoal. O objetivo da questão é que os alunos obser- vem as consequências para a vida das pessoas quanto à saúde e passem a pensar em como po- dem ajudar para melhorar a quali- dade do ar. • Pergunte aos alunos de que ou- tras formas poderiam melhorar sua saúde, enquanto ajudam a reduzir a qualidade do ar. Res- postas como ir de bicicleta, skate ou patins podem surgir. Nestes casos, não deixe de recomendar o uso de equipamentos de segu- rança, como capacete, joelheira, cotoveleira, além dos cuidados de irem acompanhados por adul- tos e terem atenção ao trânsito. Atitude legal 68 CIDADÃO DO MUNDO Você costuma ir caminhando para a escola, com um adulto? Essa atitude contribui para melhorar sua saúde e a qualidade do ar. Ar e saúde Hoje é dia de passeio no parque! Felipe e sua família ainda vão contribuir com o ambiente plantando uma árvore. A Secretaria do Ambiente do município em que Felipe e sua família residem os orientou sobre o local onde eles poderiam plantar determinada espécie de árvore. O intenso tráfego de veículos em algumas cidades leva à emissão de parte dos gases poluentes presentes na atmosfera. Esses gases são formados após a queima de combustíveis. g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 68 17/01/18 7:28 PM 69 O parque que Felipe visitou é agradável. No entanto, na cidade onde ele mora, existem muitas indústrias e automóveis que emitem grande quantidade de poluentes na atmosfera. Além disso, o ar atmosférico também pode conter fuligem, poeira, gases tóxicos, materiais particulados, entre outros componentes. Quando a quantidade de poluentes presentes no ar atmosférico altera as características do ar a ponto de prejudicar os seres vivos, podemos dizer que o ar do ambiente está poluído. As plantas auxiliam a manter a qualidade do ar. Por meio do processo de fotossíntese, elas utilizam o gás carbônico, que também é um dos poluentes emitidos pelos veículos e indústrias, e liberam o gás oxigênio na atmosfera. A poluição do ar tem efeitos mais graves em crianças, podendo afetar o desenvolvimento dos pulmões. Com isso, muitas crianças precisam de atendimento médico para realizar o processo de inalação. a. Cite um dos principais agentes poluidores do ar, comum nas ruas de muitas cidades. É possível reduzir sua utilização? b. Pergunte a seus familiares se em sua família existem pessoas com doenças respiratórias agravadas pela poluição do ar. Felipe e sua família plantando uma árvore. LE O N A R D O D E M O U R A A M A R A L g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 69 17/01/18 7:28 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 69 18/01/18 6:16 PM 70 Destaques da BNCC • Ao propor que os alunos apresentem respostas e argumentos a questio- namentos relacionados ao meio am- biente, colabora-se com o desenvol- vimento da Competência geral 9 da BNCC. • Peça aos alunos que observem o monitor que indica a qualidade do ar apresentado na foto e digam qual é a qualidade do ar. • Ao abordar as informações do pri- meiro parágrafo, pergunte aos alu- nos se eles conseguem pensar em outras atividades que possam lançar poluentes na atmosfera. Espera-se que eles respondam que o ar do local onde vivem pode ficar poluído quan- do são emitidos gases tóxicos ao se queimarem objetos (para indicar que não apenas as queimadas de gran- des proporções são prejudiciais), na presença de pessoas com cigarros acesos, entre outras situações. • Explique aos alunos que o monito- ramento da qualidade do ar é res- ponsabilidade de órgãos ambientais do governo e programas específi- cos para este fim (como o Pronar). Além das medições, é necessário elaborar e executar ações neces- sárias para preservar e melhorar a qualidade do ar. Caso queira obter mais informações sobre este as- sunto, visite o site disponível em: <http://www.brasil.gov.br/meio- amb ie n te /2012 /04 /p rog rama- nacional-de-controle-de-qualidade- do-ar-estabelece-metas-para-area>. Acesso em: 12 jan. 2018. • No item b, deixe que os alunos con- versem entre si e cheguem a uma conclusão sobre os prejuízos que a poluição do ar pode causar. Resposta b. Espera-se que os alunos men- cionem prejuízos relacionados à chuva ácida que altera a compo- sição do solo, causando prejuízos a plantações, florestas e ecossis- temas aquáticos, além de corroer prédios, casas, monumentos, etc. • Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di- versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali- dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 70 R ep ro d uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o C ó d ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e fe ve re iro d e 19 98 . Monitoramento da qualidade do ar Diversas atividades humanas, como o uso de veículos, as queimadas e alguns processos industriais e de geração de energia elétrica, são responsáveis pelo lançamento de poluentes na atmosfera, alterando a qualidade do ar que respiramos. Por causa desses problemas, em alguns lugares, foram instalados aparelhos que monitoram a qualidade do ar. Esses aparelhos medem as concentrações de poluentes na atmosfera. De acordo com as leis ambientais, as características monitoradas são: partículas totais em suspensão, fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio. Quanto maior é a quantidade de poluentes no ar, mais baixa é sua qualidade e maiores são os riscos à saúde. a. Cite algumas atitudes que podem ser tomadas pelas pessoas e que contribuem para diminuir a poluição do ar. b. Pesquise outros componentes do ambiente,