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Instituto Federal Farroupilha Campus Santa Rosa
 Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo
Prof.Matheus Cargnelutti de Souza
TEORIA E TÉCNICA DO RESTAURO
Viollet Le-Duc - Análise da trajetória e do legado nos princípios de Restauro
Bárbara Plautz da Silva1, Cassiano Luiz Thum², Eduarda Stepanienco³, Giovana 
Machado4, Nathália Kunz5
1 Trabalho desenvolvido no IF Farroupilha câmpus Santa Rosa na disciplina de Teoria e Técnica do Restauro.
2 Alunos do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo - Instituto Federal Farroupilha, Santa Rosa - Rio 
Grande do Sul.
3 Professor orientador Matheus Cargnelutti de Souza do curso de Arquitetura e Urbanismo - IFFar.
INTRODUÇÃO
Eugène Viollet Le Duc foi um dos primeiros estudiosos a estabelecer princípios e 
metodologias de intervenção em monumentos históricos. Em suas teorias foi muito 
questionado sobre sua forma abusiva e dogmática de atuar, o que acabou condenando-o. 
Viollet viveu na França em uma época em que a restauração se firmava como ciência e em 
decorrência disso foi influenciado por vários eventos econômicos, políticos e sociais que 
estavam revolucionando toda Europa. 
Por vezes suas obras eram mal interpretadas pelas modificações sofridas ao longo do 
tempo, sendo considerado um projeto completamente diferente do original. Seus pensamentos 
e atitudes foram de suma importância para a restauração e proteção de edifícios históricos. 
Deixando sua obra teórica como exemplo para as futuras gerações.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, através da qual 
buscou-se abordar as principais características que tornaram Viollet Le-Duc um mestre da 
arquitetura.
Le-Duc construiu sua formação profissional nas áreas da Arquitetura e do Desenho, 
onde seus estudos minuciosos e sua grande experiência em canteiros de obra lhe 
proporcionaram o domínio sobre as técnicas construtivas, os estilos arquitetônicos, e, 
principalmente, sobre a arquitetura da Idade Média.
Os métodos de pesquisa concebidos por Le-Duc influenciaram e influenciam as 
formas de estudo quanto ao restauro de obras com potencial reaproveitamento. Por esse 
 
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 Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo
Prof.Matheus Cargnelutti de Souza
TEORIA E TÉCNICA DO RESTAURO
motivo, conhecer e analisar suas técnicas para criar suas teorias são fundamentais para se ter 
um cunho crítico e avaliar se ainda podem ser aplicáveis nos dias atuais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Analisando as intervenções e restaurações do arquiteto, é possível perceber que 
somente muitos anos após sua morte, algumas de suas teorias foram revistas e avaliadas 
novamente dentro do contexto em que foram aplicadas e produzidas, pois na época sua forma 
dogmática e abusiva (de certa forma) de atuar acabaram por condená-lo ao ostracismo nas 
décadas seguintes. Em suas teorias, uma das mais relevantes é a metodologia de projeto 
(importância nos levantamentos detalhados dos edifícios) e atuação com enfoque em 
circunstâncias particulares a cada projeto, o que de certa forma é muito relevante nas 
restaurações para a atualidade, afinal, existem diversos tipos de edificações, cada uma 
construída em uma época diferente e com características arquitetônicas distintas.
Em seus conceitos, criou métodos que facilitariam as aplicações em obras de restauro. 
Dentre eles, destacou um método que chamou de “temperamento do edifício”, que nada mais 
era que a combinação entre a natureza dos materiais, a qualidade das argamassas e do solo, o 
sistema estrutural, o peso de todas as materialidades, a concreção das abóbadas e elasticidade 
das alvenarias. Acreditava que dominando o sistema construtivo da edificação e conhecendo 
profundamente seu estilo arquitetônico, conseguiria atingir os objetivos claros de um processo 
de restauração. Dizia que se as formas do passado fossem compreendidas em suas instâncias 
formais e espaciais, serviriam de base para esclarecer os problemas da arquitetura do presente.
É importante atentar na obra de Le-Duc, como ele tratava a atualidade de muitas das 
suas formulações e sua aplicabilidade nas intervenções de restauro atuais: a restauração tanto 
da função portante do edifício como de sua aparência, buscar o projeto original como uma das 
principais fontes de conhecimento para restaurar sem alterar a estrutura, a importância dos 
levantamentos detalhados das condições existentes, e principalmente, tratar cada projeto como 
um só, com suas especificidades e circunstâncias definidas e tratadas de formas individuais. a 
reutilização do edifício para sua sobrevivência e, principalmente, a atuação baseada em 
circunstâncias e especificidades de cada projeto.
 
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Tratando especificamente de uma das maiores restaurações feitas por Le-Duc, a 
Notre-Dame de Paris, a catedral gótica que remonta ao século XII estava em ruínas, devido às 
degradações, principalmente as ocorridas durante a Revolução Francesa. Foi em meados de 
1830 que as autoridades francesas escolheram Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste Antoine Lassus, 
de 28 anos, para restaurar a catedral. Os dois arquitetos apresentaram um projeto 
minuciosamente estudado, detalhado e, acima de tudo, extremamente inovador, conquistando 
a aprovação do júri.
Ainda hoje, a restauração é um desafio. Viollet-le-Duc e Lassus enfrentaram o 
dilema de ter que escolher entre diferentes períodos de construção. Isso se deu, pois a catedral 
já havia sofrido reparos externos no século XIII e remodelada internamente durante o século 
XVIII, levando os arquitetos a decidirem o estado preferido da Catedral de Notre-Dame.
Várias decisões foram difíceis de tomar, visto que os arquitetos deveriam escolher 
aquilo que seria mantido e restaurado e o que seria descartado e substituído pelo novo. 
Viollet-le-Duc e Lassus decidiram restaurar algumas características da catedral do século XII, 
como as rosáceas . Eles tiveram o mesmo dilema com os arcobotantes do século XIII, que não 
existiam nos primeiros anos da catedral. Outro fato interessante são as gárgulas e quimeras, 
famosas características da Catedral de Notre-Dame, porém, pouco se sabe, que as quimeras 
foram criações de Le-Duc, ou seja, elas foram adicionadas na restauração sem base 
arqueológica.
Tal contextualização mostra-se de suma importância, pois com o incêndio ocorrido em 
abril de 2019 na Catedral de Notre-Dame, os dilemas acerca da difícil tarefa de escolher qual 
dos diferentes estados da história da catedral devem ser restaurados, voltaram à tona. Devido 
a esses acontecimentos, muitos especialistas e público em geral culparam Viollet-Le-Duc pelo 
seu trabalho de restauração, criticando-o por copiar apenas a catedral do século XIII, 
alienando o passado mais antigo do edifício. Todavia, cabe ressaltar que a catedral estava em 
ruínas quando foi restaurada, e graças às pesquisas e genialidade de Le-Duc, muitas 
características e métodos de construção medievais se mantiveram. O arquiteto restaurou a 
herança francesa de uma forma interpretativa, mas também assertiva, preservando um dos 
edifícios góticos mais famosos do mundo.
 
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TEORIA E TÉCNICA DO RESTAURO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após analisarmos as teorias e discussões que Viollet Le-Duc deixou em seu legado, é 
perceptível o quão suas metodologias para um restauro que respeita a edificação só se 
aprimoraram com o passardos anos. No que diz respeito às formas que ele tratava as 
estruturas e estudava do início ao fim uma obra em seu contexto histórico arquitetônico, para 
que se fosse feita uma análise completa de como a restauração devesse ser executada, esses 
conceitos são muito importantes nos dias atuais e deveriam ser colocados em prática por todos 
os envolvidos na área. Por vezes, edificações podem carregar um contexto histórico de alto 
valor agregado, mas por não serem tão detalhadamente analisadas fogem de seu contexto 
original.
Os grandes arquitetos, como Le-Duc, também enfrentam a dualidade de uma 
restauração, tendo que decidir quais itens preservar, visto que o edifício já pode ter passado 
por obras anteriores que adulteraram características originais. Portanto, podemos concluir que 
o ideal é estudar detalhadamente o período em que o edifício foi construído, sua importância 
social e cultural e, com muito embasamento, tomar decisões assertivas do que restaurar e 
adicionar na obra.
Palavras-chave: Restauro. Intervenção. Viollet Le -Duc. Notre-Dame
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, Claudia dos Reis e. Restaurando Viollet-le-Duc. Apontamentos a partir do 
incêndio na Catedral de Notre Dame de Paris. Um pretexto para falar de métodos e 
critérios. Disponível em: https://revistaarqurb.com.br/arqurb/article/view/491/439. Acesso 
em: 14 jun. 2024.
MORI, Victor Hugo. Carcassonne, a cidade medieval de Viollet-le-Duc. Disponível em: 
https://danubialimaarquitetura.wordpress.com/2018/03/01/basilica-santa-madalena-em-vezela
y-franca-analise-do-timpano-do-portal-ocidental/ Victor Hugo Mori. Acesso em: 15 jun. 2024.
RENAULD, Marie Madeleine. Eugène Viollet-Le-Duc: O arquiteto que reformulou a 
Notre-Dame de Paris. Disponível em: 
https://www.thecollector.com/eugene-violett-le-duc-notre-dame-de-paris-architect/. Acesso 
em: 14 jun. 2024.
SANTOS, Ana Carolina Melaré dos. Viollet-le-Duc e o conceito moderno de restauração. 
Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/04.044/3153. Acesso em: 
14 jun. 2024.
 
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