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ExEmplo 7.6 Para o MOSFET tipo depleção de canal n da Figura 7.30, determine: a) IDQ e VGSQ. b) VDS. Solução: a) Para a curva de transferência, um ponto no gráfico é definido por ID = IDSS/4 = 6 mA/4 = 1,5 mA e VGS = VP/2 = –3 V/2 = –1,5 V. Considerando o valor de VP e o fato de a equação de Shockley definir uma curva que cresce mais rapidamente à medida que VGS se torna mais positiva, um ponto no gráfico será definido em VGS = +1 V. A substituição na equação resultará em: ID = IDSS a1 - VGS VP b 2 = 6 mA a1 - +1 V -3 V b 2 = 6 mAa1 + 1 3 b 2 = 6 mA (1,778) = 10,67 Am A curva de transferência resultante aparece na Figura 7.31. Procedendo da maneira descrita para os JFETs, temos: Equação 7.15: VG = 10 M (18 V) 10 M + 110 M = 1,5 V Equação 7.16: VGS = VG – IDRS = 1,5 V – ID(750 Ω) Estabelecer ID = 0 mA resulta em: VGS = VG = 1,5 V Estabelecer VGS = 0 V produz: ID = VG RS = 1,5 V 750 = 2 Am Os pontos no gráfico e a reta de polarização resul- tante aparecem na Figura 7.31. O ponto de operação resultante é dado por IDQ = 3,1 mA VGSQ = – 0,8 V b) Equação 7.19: VDS = VDD – ID(RD + RS) = 18 V – (3,1 mA)(1,8 kΩ + 750 Ω) ≅ 10,1 V ExEmplo 7.7 Repita o Exemplo 7.6 com RS = 150 Ω. Solução: a) Os pontos no gráfico são os mesmos para a curva de transferência, como mostra a Figura 7.32. Para a reta de polarização, VGS = VG – IDRS = 1,5 V – ID(150 Ω) Estabelecer ID = 0 mA resulta em: VGS = 1,5 V Estabelecer VGS = 0 V produz: ID = VG RS = 1,5 V 150 = 10 Am , , Ponto Q Figura 7.31 Determinação do ponto Q para o circuito da Figura 7.30. Vo Vi RD RS R1 R2 C1 C2 G D S , Figura 7.30 Exemplo 7.6. 366 Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap07.indd 366 3/11/13 5:54 PM A reta de polarização é incluída na Figura 7.32. Observe, nesse caso, que o ponto quiescente produz uma corrente de dreno que excede IDSS com um valor positivo para VGS. O resultado é: IDQ = 7,6 mA VGSQ = +0,35 V b) Equação 7.19: VDS = VDD – ID(RD + RS) = 18 V – (7,6 mA)(1,8 kΩ + 150 Ω) = 3,18 V ExEmplo 7.8 Determine os parâmetros a seguir para o circuito da Figura 7.33. a) IDQ e VGSQ. b) VD. Solução: a) A configuração com autopolarização resulta em VGS = –IDRS como obtido para a configuração com JFET, esta- belecendo o fato de que VGS deve ser menor do que zero volt. Não há, por essa razão, necessidade de traçar a curva de transferência para valores positivos de VGS, embora isso tenha sido feito nessa ocasião para completar a curva característica de transferên- cia. Um ponto no gráfico da curva característica de transferência para VGS < 0 V é e ID = IDSS 4 = 8 mA 4 = 2 Am VGS = VP 2 = -8 V 2 = -4 V e para VGS > 0 V, já que VP = –8 V, escolheremos VGS = +2 V e ID = IDSSa1 - VGS VP b 2 = 8 mAa1 - +2 V -8 V b 2 = 12,5 Am A curva de transferência resultante aparece na Figura 7.34. Para a reta de polarização do circuito, em VGS = 0 V, ID = 0 mA. A escolha de VGS = –6 V resulta em: ID = - VGS RS = - -6 V 2,4 k = 2,5 Am 1 M IDSS = 8 mA VP = 8 V– kΩ6,2 iV oV 20 V kΩ2,4Ω G D SC1 C2 RD RG RS Figura 7.33 Exemplo 7.8. , , Figura 7.32 Exemplo 7.7. , , Ponto Q Figura 7.34 Determinação do ponto Q para o circuito da Figura 7.33. Capítulo 7 polarização do fET 367 Boylestad_2012_cap07.indd 367 3/11/13 5:54 PM O ponto Q resultante é dado por IDQ = 1,7 mA VGSQ = –4,3 V b) VD = VDD – IDRD = 20 V – (1,7 mA)(6,2 kΩ) = 9,46 V O exemplo a seguir emprega um projeto que também pode ser aplicado a transistores JFET. À primeira vista ele pode parecer bastante simplista, mas é comum que cause alguma confusão quando ana- lisado pela primeira vez em decorrência do ponto especial de operação. ExEmplo 7.9 Determine VDS para o circuito da Figura 7.35. Solução: A conexão direta entre os terminais da porta e da fonte exige que: VGS = 0 V Uma vez que VGS está fixo em 0 V, a corrente de dreno deve ser IDSS (por definição). Em outras palavras, VGSQ = 0 V e IDQ = 10 mA Portanto, não é necessário desenhar a curva de trans- ferência, e: VD = VDD – IDRD = 20 V – (10 mA)(1,5 kΩ) = 20 V – 15 V = 5 V 7.8 moSfETs Tipo inTEnSifiCação A curva característica de transferência do MOSFET tipo intensificação difere bastante daquela obtida para o JFET e para os MOSFETs tipo depleção, o que resulta em uma solução gráfica bem diferente daquela apresentada até aqui. Antes de qualquer coisa, lembramos que, para o MOSFET tipo intensificação de canal n, a corrente de dreno é igual a zero para valores de tensão porta-fonte menores do que o valor de limiar VGS(Th), como mostra a Figura 7.36. Para valores de VGS maiores do que VGS(Th), a corrente de dreno é definida por: ID = k(VGS - VGS(Th))2 (7.33) (7.33) Visto que as folhas de dados geralmente fornecem a tensão de limiar e um valor de corrente de dreno ID(ligado) (ou ID(on) ) e um valor correspondente de VGS(ligado) (ou VGS(on)), são definidos dois pontos imediatamente, como mostra a Figura 7.36. Para completar a curva, a constante k da Equação 7.33 deve ser determinada a partir dos valores obtidos das folhas de dados substituídos na Equação 7.33 e resolvendo para k, como indicado a seguir: ID = k(VGS – VGS(Th))2 ID(ligado) = k(VGS(ligado) – VGS(Th))2 e k = ID(ligado) (VGS(ligado)-VGS(Th))2 (7.34) (7.34) Uma vez que k esteja definido, podemos determinar outros valores de ID para valores selecionados de VGS. – + IDSS = 10 mA , VP = –4 VVDS Figura 7.35 Exemplo 7.9. ID (mA) ID2 ID (ligado) ID = 0 mA ID1 VGS(ligado) VGS(Th) ID = k (VGS – VGS(Th))2 VGS2VGS1 VGS Figura 7.36 Curva característica de transferência de um MOSFET tipo intensificação de canal n. 368 Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap07.indd 368 3/11/13 5:54 PM Normalmente, um ponto entre VGS(Th) e VGS(ligado) e outro um pouco maior do que VGS(ligado) oferecem um número suficiente de pontos para traçar a Equação 7.33 (observe ID1 e ID2 na Figura 7.36). Configuração de polarização com realimentação A Figura 7.37 mostra uma configuração de polari- zação bastante utilizada para os MOSFETs tipo intensi- ficação. O resistor RG oferece um valor apropriadamente alto de tensão à porta do MOSFET para “ligá-lo”. Uma vez que IG = 0 mA e VRG = 0 V, o circuito CC equivalente tem a forma mostrada na Figura 7.38. Agora existe uma conexão direta entre dreno e porta, o que resulta em VD = VG e VDS = VGS )53.7( (7.35) Para o circuito de saída, VDS = VDD – IDRD que, com a substituição da Equação 7.27, transforma-se em: VGS = VDD - IDRD )63.7( (7.36) O resultado é uma equação que relaciona ID com VGS, permitindo o traçado de ambas no mesmo conjunto de eixos. Uma vez que a Equação 7.36 representa uma linha reta, podemos empregar o mesmo procedimento descrito anterior- mente para determinar os dois pontos que definem o traçado no gráfico. Substituindo ID = 0 mA na Equação 7.36, obtemos: VGS = VDD 0 ID =0 mA )73.7( (7.37) Substituindo VGS = 0 V na Equação 7.36, obtemos: ID = VDD RD ` VGS =0 V )83.7( (7.38) Os gráficos definidos pelas equações 7.33 e 7.36 apa- recem na Figura 7.39 com o ponto de operação resultante. ExEmplo 7.10 Determine IDQ e VDSQ para o MOSFET tipo intensifica- ção da Figura 7.40. Solução: Gráfico da curva de transferência Dois pontos são definidos imediatamente, como mostra a Figura 7.41. Resolvendo para k, temos Equação 7.34: k = ID(ligado) (VGS(ligado)-VGS(Th))2 = 6 mA (8 V - 3 V)2 = 6 × 10-3 25 A>V2 = 0,24 × 10 3 A ,V2 RG C1 C2 Figura 7.37 Configuração de polarização com realimentação. Ponto Q Figura 7.39 Determinação do ponto Q para o circuito da Figura 7.37. IG = 0 A Figura 7.38 Equivalente CC do circuito da Figura 7.37. Capítulo 7 polarização do fET 369 Boylestad_2012_cap07.indd 369 3/11/13 5:54 PM ParaVGS = 6 V (entre 3 e 8 V): ID = 0,24 × 10–3(6 V – 3 V)2 = 0,24 × 10–3(9) = 2,16 mA como mostra a Figura 7.41. Para VGS = 10 V (um pouco maior do que VGS(Th)), ID = 0,24 × 10–3(10 V – 3 V)2 = 0,24 × 10–3(49) = 11,76 mA como também é mostrado na Figura 7.41. Os quatro pontos são suficientes para traçar toda a curva na faixa de interesse, como indicado nessa mesma figura. Para a reta de polarização do circuito VGS = VDD – IDRD = 12 V – ID(2 kΩ) Equação 7.37: VGS = VDD - IDRD = 12 V - ID(2 k ) VGS = VDD = 12 V 0 ID =0 mA Equação 7.38: ID = VDD RD = 12 V 2 k = 6 mA 0 VGS =0 V A reta de polarização resultante aparece na Figura 7.42. No ponto de operação, IDQ = 2,75 mA e VGSQ = 6,4 V com VDSQ = VGSQ = 6,4 V C1 G D S C2RG RD ID(ligado) = 6 mA VGS(ligado) = 8V VGS(Th) = 3 V Figura 7.40 Exemplo 7.10. ID(ligado) VGS(Th) VGS(ligado) 2,16 mA 11,76 mA VGS ID6 V,= = VGS ID= = 10 V, Figura 7.41 Gráfico da curva de transferência para o MOSFET da Figura 7.40. 2 4 5 7 8 1 2 1 9 4 5 6 7 9 10 10 11 12 ID = mA 0 3 8 6 11 12 VGS VDD RD IDQ = 2,75 mA (VDD)VGSQ = 6,4 V Ponto Q3 Figura 7.42 Determinação do ponto Q para o circuito da Figura 7.40. 370 Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap07.indd 370 3/11/13 5:55 PM Configuração de polarização por divisor de tensão A Figura 7.43 mostra outra configuração de polari- zação muito utilizada para o MOSFET tipo intensificação. O fato de que IG = 0 mA resulta na equação a seguir para VGG, derivada da aplicação da regra do divisor de tensão: VG = R2VDD R1 + R2 )93.7( (7.39) A aplicação da Lei das Tensões de Kirchhoff ao longo da malha indicada na Figura 7.43 resulta em +VG – VGS – VRS = 0 e VGS = VG – VRS ou VGS = VG - IDRS (7.40) (7.40) Para a seção de saída, VRS + VDS + VRD – VDD = 0 e VDS = VDD – VRS – VRD ou VDS = VDD - ID(RS + RD ) )14.7( (7.41) Visto que a curva característica de transferência representa um gráfico de ID versus VGS e a Equação 7.40 relaciona as mesmas duas variáveis, as duas curvas po- dem ser traçadas no mesmo gráfico e a solução pode ser determinada na interseção. Uma vez que IDQ e VGSQ são conhecidos, os demais parâmetros do circuito, como VDS, VD e VS, podem ser determinados. ExEmplo 7.11 Determine IDQ, VGSQ e VDS para o circuito da Figura 7.44. Solução: Circuito Equação 7.39: VG = R2VDD R1 + R2 = (18 M )(40 V) 22 M + 18 M = 18 V Equação 7.40: VGS = VG – IDRS = 18 V – ID(0,82 kΩ) Quando ID = 0 mA, VGS = 18 V – (0 mA)(0,82 kΩ) = 18 V como mostra a Figura 7.45. Quando VGS = 0 V, VGS = 18 V – ID(0,82 kΩ) 0 = 18 V – ID(0,82 kΩ) VGS = 18 V - ID(0,82 k ) 0 = 18 V - ID(0,82 k ) ID = 18 V 0,82 k = 21,95 mA como mostra a Figura 7.45. Dispositivo VGS(Th) = 5 V, ID(ligado) = 3 mA com VGS(ligado) = 10 V Equação 7.34: k = ID(ligado) (VGS(ligado) -VGS(Th))2 = 3 mA (10 V - 5 V)2 = 0,12 × 10-3 A>V2 e ID = k(VGS – VGS(Th))2 = 0,12 × 10–3(VGS – 5)2 que é traçado no mesmo gráfico (Figura 7.45). Da Figura 7.45, VGS –+ I G = 0 A Figura 7.43 Configuração de polarização por divisor de tensão para um MOSFET intensificação de canal n. , 2N4351 VGS(Th) = 5 V ID(ligado) = 3 mA em VGS(ligado) = 10 V Figura 7.44 Exemplo 7.11. Capítulo 7 polarização do fET 371 Boylestad_2012_cap07.indd 371 3/11/13 5:55 PM IDQ ≅ 6,7 mA VGSQ = 12,5 V Equação 7.41: VDS = VDD – ID(RS + RD) = 40 V – (6,7 mA)(0,82 kΩ + 3,0 kΩ) = 40 V – 25,6 V = 14,4 V 7.9 TabEla-rESumo Na Tabela 7.1 são revistos os principais resultados e demonstradas as semelhanças existentes entre as abor- dagens para várias configurações com FET. Além disso, vemos que, de maneira geral, a análise das configurações CC para os FETs é bastante simples. Uma vez estabelecida a curva característica de transferência, podemos desenhar a reta de polarização do circuito e determinar o ponto Q na interseção entre essa curva e a reta de polarização do circuito. Para o restante da análise, simplesmente se apli- cam as leis básicas de análise de circuitos. 7.10 CirCuiToS CombinaDoS Agora que foi estabelecida a análise CC de uma variedade de configurações com TBJ e FET, temos a oportunidade de analisar circuitos com os dois tipos de dispositivo. Fundamentalmente, para essa análise é ne- cessário apenas que seja abordado primeiro o dispositivo que fornece uma tensão ou um valor de corrente em um terminal. Então, a porta estará aberta para calcularmos os outros parâmetros de circuito e nos concentrarmos nas incógnitas restantes. Comumente, essa situação gera problemas interessantes devido ao desafio de descobrir- mos o ponto de partida e depois utilizarmos os resultados das seções anteriores e do Capítulo 4 para determinar as variáveis relevantes para cada dispositivo. As equações e relações utilizadas são simplesmente aquelas que já empre- gamos em mais de uma ocasião, não havendo necessidade de desenvolver nenhum método novo de análise. ExEmplo 7.12 Determine os níveis VD e VC para o circuito da Figura 7.46. Solução: Com base nas experiências anteriores, percebemos agora que VGS é um parâmetro importante para determinar ou escrever uma equação para a análise de circuitos com JFET. Como não há solução óbvia para o valor de VGS, o foco passa a ser a configuração do transistor. Na con- 525 30 ID (mA) 0 VGS VGSQ = 12,5 V 10 15 20 20 10 VG RS = 21,95 mA IDQ 6,7 mA> Ponto Q VGS (Th) VG = 18 V Figura 7.45 Determinação do ponto Q para o circuito do Exemplo 7.11. R1 R2 G B RE E RD RG , , – 6 V Figura 7.46 Exemplo 7.12. 372 Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap07.indd 372 3/11/13 5:55 PM Tabela 7.1 Configurações de polarização para FET. Solução gráfica Equações pertinentes Configuração Tipo JFET com polarização fixa VGSQ = -VGG VDS = VDD - IDRS JFET com autopolarização VGS = -IDRS VDS = VDD - ID(RD + RS ) JFET com polarização por divisor de tensão VG = R2VDD R1 + R2 VGS = VG - IDRS VDS = VDD - ID(RD + RS ) JFET porta-comum VGS = VSS - IDRS VDS = VDD + VSS - ID(RD + RS ) TEFJ ( RD = 0 ) VGS = -IDRS VD = VDD VS = IDRS VDS = VDD - ISRS JFET caso especial ( VGSQ = 0 )V VGSQ = 0 V IDQ = IDSS MOSFET tipo depleção com polarização fixa (e MESFETs) VGSQ = +VGG VDS = VDD - IDRS MOSFET tipo depleção com polarização por divisor de tensão (e MESFETs) VG = R2VDD R1 + R2 VGS = VG - ISRS VDS = VDD - ID(RD + RS ) MOSFET tipo intensificação com configuração de polarização com realimentação (e MESFETs) VGS = VDS VGS = VDD - IDRD MOSFET tipo intensificação com polarização por divisor de tensão (e MESFETs) VG = R2VDD R1 + R2 VGS = VG - IDRS – + RD RG VGG VDD RD RG RS VDD RD R2 RS R1 VDD RD RS –VSS VDD RD VDD RD RG VGG VDD RG RS VDD RD R2 RS R1 VDD RDRG VDD RD RS R1 R2 VDD VGS ID VP VGG 0 IDSS I'D VGSVP V'GS 0 ID IDSS VGSVP 0 ID IDSS VG VG RS VGSVP 0 ID IDSS VSS VSS RS VGSVP 0 ID IDSS V'GS I'D VGSQ = 0 V VGSVP 0 ID IDSS VGSVP 0 ID IDSS VGG VGSVP 0 ID IDSS VG VG RS VGSVGS(Th)0 ID VGS(ligado) VDD RDID(ligado) VDD VG RS Ponto Q VGSVGS(Th)0 ID VG Ponto Q Ponto Q Ponto Q Ponto Q Ponto Q Ponto Q Ponto Q Ponto Q Ponto Q Capítulo 7 polarização do fET 373 Boylestad_2012_cap07.indd 373 3/11/13 5:55 PM figuração por divisor de tensão, a técnica aproximada pode ser aplicada (βRE = 180 × 1,6 kΩ = 288 kΩ > 10R2 = 240 kΩ), permitindo a determinação de VB por meioda regra do divisor de tensão para o circuito de entrada. Para VB: VB = 24 k (16 V) 82 k + 24 k = 3,62 V Considere o fato de que VBE = 0,7 V resulta em VE = VB – VBE = 3,62 V – 0,7 V = 2,92 V e VE = VB - VBE = 3,62 V - 0,7 V = 2,92 V IE = VRE RE = VE RE = 2,92 V 1,6 k = 1,825 mA com IC ≅ IE = 1,825 mA Prosseguindo, determinamos para essa configuração que ID = IS = IC e VD = 16 V – ID(2,7 kΩ) = 16 V – (1,825 mA)(2,7 kΩ) = 16 V – 4,93 V = 11,07 V A questão de como determinar VC não é tão óbvia. Tanto VCE quanto VDS são variáveis desconhecidas, o que nos impede de estabelecer uma relação entre VD e VC ou de VE com VD. Um exame mais detalhado da Figura 7.46 revela que VC se relaciona com VB através de VGS (su- pondo que VRG = 0 V). Uma vez que a determinação de VB depende de VGS, podemos determinar VC a partir de VC = VB – VGS A questão que surge agora é como determinar o valor de VGSQ a partir do valor quiescente de ID. Os dois estão relacionados pela equação de Shockley: IDQ = IDSSa1 - VGSQ VP b 2 e VGSQ pode ser determinado matematicamente resol- vendo-se para VGSQ e substituindo-se valores numéricos. Entretanto, voltemos para o método gráfico e trabalhe- mos simplesmente na ordem inversa empregada nas seções anteriores. As características de transferência do JFET são esboçadas primeiro como mostra a Figura 7.47. O valor de IDQ = ISQ = ICQ = IEQ é então estabelecido por uma reta horizontal, como mostra a mesma figura. VGSQ é então determinada pelo traçado de uma reta vertical do ponto de operação até o eixo horizontal, resultando em: VGSQ = –3,7 V O valor de VC é dado por VC = VB – VGSQ = 3,62 V – (–3,7 V) = 7,32 V ExEmplo 7.13 Determine VD para o circuito da Figura 7.48. Solução: Nesse caso, não há um método óbvio para a determi- nação dos valores de tensão e corrente para a confi- guração do transistor. Entretanto, observando o JFET autopolarizado, podemos montar uma equação para VGS e obter o ponto quiescente resultante por meio de técnicas gráficas. Isto é, VGS = –IDRS = –ID(2,4 kΩ) resultando na reta de autopolarização da Figura 7.49, que estabelece um ponto quiescente em: VGSQ = –2,4 V IDQ = 1 mA Para o transistor, IE ≅ IC = ID = 1 mA e IE IC = ID = 1 Am IB = IC b = 1 mA 80 = 12,5 mA VB = 16 V – IB(470 kΩ) = 16 V – (12,5 µA)(470 kΩ) = 16 V – 5,88 V = 10,12 V e VE = VD = VB – VBE = 10,12 V – 0,7 V = 9,42 V 7.11 projETo O processo de projetar depende da área de aplica- ção, do nível de amplificação desejado, da intensidade do sinal e das condições de operação. A primeira etapa 10 2 0 12 ID (mA) VP VGSQ 3,7 V IDQ 1,825 mA= ≅ –1–6 –5 –4 –3 –2 4 6 8 IDSS Ponto Q – Figura 7.47 Determinação do ponto Q para o circuito da Figura 7.46. 374 Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos Boylestad_2012_cap07.indd 374 3/11/13 5:55 PM costuma ser o estabelecimento dos valores CC de ope- ração apropriados. Por exemplo, se os valores de VD e ID são especi- ficados para o circuito da Figura 7.50, podemos deter- minar o valor de VGSQ a partir do gráfico da curva de transferência, e RS pode ser determinado a partir de VGS = – IDRS. Se VDD for especificado, podemos calcular o valor de RD a partir de RD = (VDD – VD)/ID. Obviamente, os valores de RS e RD podem não ter valores de padrão comercial, o que torna necessário o emprego do valor comercial mais próximo. No entanto, com a tolerância (faixa de valores) normalmente especificada para os parâmetros de um circuito, a ligeira variação decorrente da escolha de valores-padrão raramente causa problemas no processo de projetar. Essa é apenas uma alternativa para a fase de projeto envolvendo o circuito da Figura 7.50. É possível que apenas VDD e RD sejam especificados juntamente com o valor de VDS. O dispositivo a ser empregado pode ser especificado juntamente com o valor de RS. Parece lógi- co que o dispositivo escolhido deva ter um VDS máximo maior do que o valor especificado, com uma boa margem de segurança. De modo geral, uma boa prática de projeto para amplificadores lineares é escolher pontos de operação distantes do nível de saturação (IDSS) ou da região de corte (VP). Valores de VGSQ próximos a VP/2 ou de IDQ próximos de IDSS/2 são pontos interessantes para iniciar um projeto. É obvio que em todo projeto devemos ter cuidado para não ultrapassar os valores máximos de VDS e ID fornecidos pela folha de dados. Os exemplos a seguir têm uma orientação para proje- to ou síntese nos quais valores específicos são fornecidos e parâmetros do circuito como RD, RS, VDD etc. devem ser determinados. De qualquer maneira, a abordagem é, sob muitos aspectos, oposta àquela descrita em seções anteriores. Em alguns casos, basta aplicar a lei de Ohm de forma adequada. Em particular, se for necessário calcular valores de resistência, o resultado será obtido pela simples aplicação da lei de Ohm, como segue: Rdesconhecido = VR IR )24.7( (7.42) onde VR e IR são parâmetros que podem ser encontrados diretamente a partir dos valores de tensão e corrente es- pecificados. RB RC RS B C S D, E G , , Figura 7.48 Exemplo 7.13. 2 0 ID (mA) VP VGSQ –2,4 V IDQ 1 mA= –1–4 –3 –2 4 6 8 IDSS 7 5 3 = 1,67 mA 1 Figura 7.49 Determinação do ponto Q para o circuito da Figura 7.48. G D S Figura 7.50 Configuração com autopolarização a ser projetada. Capítulo 7 polarização do fET 375 Boylestad_2012_cap07.indd 375 3/11/13 5:55 PM