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HABILIDADE 20
AS VISÕES CLÁSSICAS
Não sempre foi exaltado e apreciado como nos dias de hoje: ao longo da Idade Média, a concepção e
compreensão do trabalho eram significativamente diferentes. Naquela época, o trabalho era um
indicador de condição e papel social. Essa dinâmica passou por transformações significativas com o
advento do capitalismo, especialmente após a Revolução Industrial, e continua a evoluir com as novas
tecnologias de informação, comunicação e mídias sociais.
Nesse contexto, é evidente que o trabalho é um dos temas mais minuciosamente explorados, não
apenas pela Sociologia, mas por todo o campo das Ciências Humanas. Abordaremos como três dos
principais clássicos da Sociologia lançaram luz sobre essa questão, apresentando pontos de partida e
perspectivas distintas. As ideias relacionadas à luta entre classes sociais, coesão social e racionalidade
orientarão nossa análise desses pensadores sociais.
Desenvolvendo a habilidade
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações
impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
A habilidade 20 é um tanto quanto peculiar, pois é a única que que traz consigo o verbo selecionar e
isso não é à toa, na habilidade 20 vamos ver diversos pontos de vista dos pensadores sobre como a
tecnologia impactou no mundo do trabalho. Na habilidade 20 continuaremos com aquela mesma
constante de pensar criticamente sobre como as inovações de tecnologia impacta realidade social,
dessa vez o foco é no trabalho.
O viés da sociologia sobre a questão do trabalho é muito marcante nessa habilidade, portanto
veremos algumas visões mais clássicas à respeito da sociologia do Trabalho de Karl Marx, Weber e
Durkheim. Para outros pensadores que aparecerem na prova, os próprios textos motivadores já lhe
encaminharam para as respostas, mas é importante ver esses três clássicos antes para desenvolver essa
habilidade.
KARL MARX E A LUTA DE CLASSES
Para Marx, o trabalho desempenha um papel crucial na construção da
sociedade e na maneira como um indivíduo se integra nesse contexto. É
essencial que ele esteja organicamente integrado à sua coletividade e ganhe
importância na medida em que o seu trabalho é útil para o grupo.
No entanto, Marx aponta que o trabalho, dentro da lógica capitalista,
apresenta características específicas. Em sua análise, o pensador oferece uma
visão crítica da divisão social do trabalho no modo de produção capitalista:
existe uma classe que detém a propriedade privada dos meios de produção,
conhecida como burguesia, e outra classe que não possui os meios de
produção, vendendo sua força de trabalho em troca de remuneração, o
proletariado. 
Marx desenvolve aqui seu conceito de luta de classes, destacando que a burguesia mantém uma
relação de exploração e apropriação do trabalho do proletariado.
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ÉMILE DURKHEIM E A SOLIDARIEDADE
Assim como Marx, Durkheim também examina a divisão social do
trabalho, que, em diferentes graus, resulta em especialização e na
distribuição de tarefas entre os membros de uma coletividade. Esse
contexto gera padrões de solidariedade, que são os vínculos sociais e as
formas de integração entre os indivíduos.
O pensador compreende que nas sociedades complexas e industriais, como a capitalista, a forma de
solidariedade presente é a Solidariedade Orgânica. Isso ocorre porque a divisão social do trabalho
resulta em uma interdependência entre os indivíduos, constituindo a base dos laços estabelecidos
nessa forma de integração.
Em última análise, podemos concluir que Durkheim percebe o trabalho como um elemento de
coesão social, capaz de unir e aproximar os membros da sociedade, promovendo harmonia e
afirmação social.
O conceito central de sua teoria, a mais-valia, desempenha um
papel crucial na explicação de como Marx percebe a exploração da
classe trabalhadora pela burguesia. O trabalho é responsável por
transformar a natureza, produzir mercadorias e agregar valor a elas,
tornando o trabalhador essencial para a produção de valor. No
entanto, na lógica capitalista, a força de trabalho é tratada como uma
mercadoria, resultando no trabalhador recebendo uma remuneração
em troca de sua atividade na produção, ou seja, o salário. 
MAX WEBER E A ÉTICA PROTESTANTE
O alemão escreveu um livro em 1904 chamado "A Ética Protestante
e o Espírito do Capitalismo", obra na qual tenta demonstrar a
relação entre religião e economia, dois fatores que inicialmente
pareciam distantes e inconciliáveis. Weber mostra que o
Capitalismo só se tornou possível devido a uma mudança na
postura religiosa em relação ao trabalho.
Por muito tempo, o trabalho foi visto como uma atividade penosa e
sacrificante. Além disso, para a Igreja Católica, a busca pelo lucro era
considerada um pecado. Weber estuda como a Reforma Protestante
no Século XVI, especificamente as concepções puritana e calvinista,
transformou a visão acerca do trabalho.
Em resumo, Marx não encara o trabalho na sociedade contemporânea de maneira positiva. O autor
alemão percebe o trabalho como um elemento de alienação, especialmente na sociedade industrial
do século XIX, o período em que Marx escreve, o que resulta no controle exercido sobre o
proletariado e na dominação imposta pela burguesia.
Para a visão marxista, é fundamental compreender que o valor recebido pelo trabalhador é menor do
que o valor que ele efetivamente produz com seu trabalho. Essa disparidade entre a riqueza
produzida e o salário é a mais-valia, que constitui a fonte do lucro para a burguesia e a base da
exploração do trabalhador. 
A Reforma Protestante moldada no século XVI por Lutero, Calvino e Henrique VIII gera, para
Weber, uma alteração no entendimento do "lucro". Essa mudança acaba por estimular a busca pela
acumulação de capitais, um elemento necessário para a evolução da classe burguesa. Desse modo,
observa-se um novo cenário fundamentado em valores religiosos que possibilitaram a acumulação
de riquezas e a prosperidade econômica. Para Weber, essa ética protestante foi um elemento
decisivo para a consolidação e crescimento da burguesia e o desenvolvimento do capitalismo. 
Weber procura demonstrar que o trabalho teve uma mudança de posicionamento originada por
uma alteração religiosa. O Capitalismo, segundo ele, é um modelo sustentado por uma concepção de
mundo na qual o lucro é essencial para o funcionamento social. 
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