Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

poemas e letras de canções, pois foi ao mesmo tempo poeta, músico do Cobiana Djazz, e 
compositor, dividindo-se entre poemas políticos, música urbana e música de guerra. A fase 
mais fértil de sua produção foi realizada entre 1970 e 1977. Tudo o que escreveu foi 
acusando a opressão colonial e conclamando o povo a não desistir jamais da luta, poesia 
insubmissa na melhor acepção do termo. A reunião dos textos de Schwarz está em Ora di 
kanta tchiga. José Carlos Schwarz e o Cobiana Djazz (Org. por AUGEL, Moema Parente. 
Bissau: INEP, 1997). [Bib. JCS à p. 236].
POESIA INSUBMISSA
PONTES, Roberto. Poesia insubmissa afrobrasilusa. Rio de Janeiro/Fortaleza: 
Oficina do Autor/Edições UFC, 1999.
Tony Tcheka, pseudônimo de Antonio Soares Lopes Júnior, nasceu em Bissau a 23 de 
dezembro de 1951. Eis outro nome importante na poesia da Guiné-Bissau. Foi chefe de 
redação e diretor do Nô Pintcha, primeiro órgão da imprensa surgido pós-independência, e 
autor do "Preefácio" de Mantenhas para quem luta! Começa na poesia com dezesseis 
poemas publicados na Antologia poética da Guiné-Bissau; seu primeiro livro é Noites de 
insônia na terra adormecida (Bissau: INEP, 1996). Tcheka tem também escritos em prosa: 
crônicas, ensaios, resenhas e textos jornalísticos, dispersos em publicações no seu País e 
no exterior. No livro indicado, o universo poético do autor oscila entre os temas do amor e da 
paixão, da vida e da morte, "o patriotismo decepcionado e desesperançado, a preocupação 
pelo destino do país e do povo, sobretudo as crianças, solidariedade com os 
desprivilegiados (Ibidem,p. 240 )." Tcheka está preso à guineensidade, sendo-lhe impossível 
alheiar-se das "lalas e as bolanhas, a tabanka e a moransa, os arrozais, as palmeiras, os 
mangueiros e os poilões, assim como o bombolon, os tambores, o sikó, o korá e os djidius", 
como ressalta os Augel(Ibidem).
Assim, o poeta busca universalizar-se, e toma o caminho certo: cantar o particular para 
chegar ao universal. [Bib. TT à p. 261]
Odete Semedo, cujo nome completo é Maria Odete Costa Soares Semedo, nasceu a 7 de 
novembro de 1959 em Bissau. Professora com licenciatura em Estudos Portugueses – 
Línguas e Literaturas Modernas – pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da 
Universidade Nova de Lisboa. Foi diretora da Escola Normal Superior Tchico Té, em Bissau, 
Diretora Geral do Ensino do Ministério da Educação, e também Ministra da Educação. O livro 
Entre o ser e o amor (Bissau: INEP, 1996), de poesia, a inscreve ao lado da angolana Alda 
Lara, da moçambicana Noémia de Souza e da cabo-verdiana Orlanda Amarílis. Os poemas 
de Odete Semedo são dados ao público tanto em crioulo, quanto em português. Esta 
singularidade mantida pela autora lhe traz visível vantagem para ampliação do seu público 
leitor. Tem ainda um livro de contos: Histórias e passadas que ouvi contar (Bissau: INEP, 
1998). [Bib. OS à p. 280]
62

Mais conteúdos dessa disciplina