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FELIPE RIBEIRO - MEDICINA 
 
Noções básicas 
• Inspeção: inspecionar/ olhar o paciente 
sem tocar, exploração feita a partir da 
visão 
• Palpação: apalpando o paciente, a 
palpação recolhe dados por meio do tato 
e da pressão, sendo o tato pegando 
informações mais superficiais e a pressão 
mais profunda 
• Percussão: percutir o sistema, (apalpa 
com uma mão e percuti com a outra) a 
percussão gera vibrações. 
1º Percussão direta: a ponta dos dedos 
golpeia diretamente a região que se quer 
percutir 
 
 
 
2º Percussão digitodigital: coloca uma 
mão sobre o paciente, levanta todos os 
dedos e deixa apenas o médio ou 
indicador (pleximetro) em contato com o 
corpo, com a outra mão você golpeia o 
dedo médio, caso se pouse a mão, todas 
as vibrações são amortecidas, e o som 
torna-se abafado, o golpe a ser dado 
deve ser com a borda ungueal, e não com 
a polpa do dedo e nem com as unhas 
 
 
Tipos de som na percussão 
1º som maciço: som que se obtém em 
regiões desprovidas de ar – coxa .. 
2º som submaciço: som que se obtém em 
regiões com pouco ar 
3º som timpânico: som que se obtém 
sobre os intestinos ou qualquer área que 
tenha ar, recoberta por uma membrana 
4º som claro pulmonar: som que se 
obtém quando se golpeia o tórax normal 
• Ausculta: geralmente utilizado pelo 
estetoscópio, nunca se deve auscultar 
sobre a roupa do paciente apenas em 
condições especiais 
• Além do nome exame físico geral, 
também podemos encontrar como 
somatoscopia ou ectoscopia 
• O exame físico geral é uma visão do 
paciente como um todo, importante 
salientar a importância da iluminação e 
materiais necessários 
 
Avaliação do estado geral 
• BEG – Bom estado geral 
• REG – regular estado geral 
• MEG – mal estado geral 
 
Níveis de consciência 
• Vigil – pessoa consciente 
• Obnubilação – paciente está em alerta 
• Sonolência – paciente facilmente se 
desperta, mas logo volta a dormir 
• Confusão mental ou delirium – perda de 
atenção, pensamentos não claros, 
respostas lentas 
• Esturpor ou torpor – paciente não 
desperta com estímulos, mas possui 
movimentos espontâneos 
• Coma - não desperta e nem possui 
movimentos espontâneos 
 
Fala e linguagem 
• disfonia ou afonia – mudança no timbre 
de voz 
• dislalia – troca de letras 
• disritmolalia – troca de ritmo, incluindo 
gagueira e taquilalia 
• disartia – voz arrastada 
• disgrafia – perda da capacidade de 
escrever 
• dislexia – perda da capacidade de ler 
 
Avaliação de hidratação 
• Percebemos a alteração de hidratação 
na perda abrupta do peso, pele quanto a 
úmida fica ressecada, elasticidade e 
tugor – pessoas desidratas você levanta 
a pele e ela retorna lentamente 
• As classificações de desidratação são 
classificadas em: 
1º leve – < 5% peso 
2º moderada – 5 – 10% peso 
3º grave - > 10% peso 
 
Peso 
• RN perde 3-5% peso na 1º semana, 
dobra peso na 4-5 mês, triplica com 1 
ano e quadruplica com 2 anos. 
• em adultos utiliza-se a forma de broca, 
pacientes com 1,80m ou 180cm 
retirasse 100 cm para o peso ideal tendo 
para homens uma margem de 5% para 
mais ou menos e para mulheres 
retiramos 100cm + 5% sendo esse valor 
o normal – Forma rápida e não tão 
precisa 
• Para verificar o peso mais precisamente 
utilizamos o cálculo de IMC 
 
- Baixo peso < 19,99 
- Normal 20 - 24 
- Sobrepeso 25- 29,99 
- Obesidade 30- 39,99 
- Obesidade mórbida > 40 
• Formula: P/A² 
• Circunferência abdominal, geralmente 
na região do umbigo: Oms 94cms para 
homens e 80cms mulher. 
• Homens possui uma obesidade 
androide (maça) 
• Mulheres possui uma obesidade 
ginecoide (Pêra) 
Nutrição 
• Kwashiorkor: deficiência predominante 
em proteínas 
• Marasmo: deficiência é global proteica 
e calórica 
• Inespecífica 
• 1º grau: > 10% 
• 2º grau: > 25% 
• 3º grau > 40% 
 
Fácies 
• Alteração fisionômica 
1º Normal ou atípica: pessoa sem 
doença 
2º Hipocrática: olhos fundos, parados, 
inexpressivos, nariz afilado 
 
 
3º Renal: edema palpebral 
predominante, principalmente na parte 
da manha 
 
 
4º Leonina: Pele espessada, 
surgimento de lepromas de tamanhos 
variados, supercílios caem, nariz se 
alarga 
 
 
 
 
 
 
 
5º Adenoidea: nariz pequeno e boca 
sempre entreaberta 
 
 
6º Cushingoide ou lua cheia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decúbito preferido no leito 
• São posições que geram conforto ao 
paciente no leio, com isso o médico 
deve-se ficar atento com essas posições. 
• Ortopneica: Paciente senta no leito com 
os pés no chão ou levantados com a mão 
no colchão para assim aliviar a falta de ar 
• Genupeitoral: Paciente fica de joelhos 
com o peito no colchão (paciente de 
quatro com o peito no colchão) 
• Posição e cócoras: Paciência fica 
sentando no ar, ele agacha com os pés 
no chão e as nadegas suspensas, 
geralmente utilizada por crianças 
• Parkinsoniana: o paciente ao ficar de pé, 
tende a sem flexionar a cabeça, tronco e 
membros inferiores e ao caminhar parece 
que está tombando o corpo para frente 
 
Mucosas 
• Conjuntival 
• Labiobucal 
• Lingual 
• Gengival 
• Podem ser classificadas em 
1º Normocoradas 
2º Descoradas sendo classificadas em 
cruz ( +/++/+++/++++ ) 
3º ictéricas - amareladas 
4º Cianóticas - azuladas 
Pele e fâneros 
• 15º do peso corporal é da pele que se 
renova em 26 – 28 dias 
• Função protetora, imunológica, 
termorregulação, percepção e secreção 
• Quanto a coloração: 
1º Cianose 
2º Icterícia 
3º Albinismo 
4º Bronzeamento 
 
Edema 
• Excesso de líquido acumulado no 
espaço intersticial ou interior das células 
• Para essa avaliação nos interessa o 
cacifo (o tanto que conseguimos abaixar 
a pele com o dedo) sendo classificado 
também em cruzes 
• Avaliamos com: duração, localização, 
intensidade, consistência, elasticidade 
1º Consistência: pode ser um edema 
mole ou edema duro ao apertar 
2º elasticidade: pode ser um edema 
elástico que volta imediatamente a 
situação normal a fóvea dura 
pouquíssimo tempo, ou pode ser um 
edema inelástico que é aquele em que a 
fóvea demora a voltar normal, ou seja a 
depressão persiste por certo tempo 
• pele quente no lugar do edema – 
edema inflamatório 
• pele fria no lugar do edema – 
comprometimento na irrigação 
sanguínea 
 
Temperatura corporal 
• Entre 18/22h a temperatura está mais 
alta e entre as 2 -4h mais baixas 
• Em repouso quem mais produz calor é 
o fígado, em movimento são os músculos 
• Avaliação 
1º Axilar 35,5 – 37º - menos precisa 
2º Oral 36 – 37,4º 
3º Retal 36 – 37,5º - mais precisa 
Hipotermia abaixo de 35.5º 
 
 
 
 
Biótipo ou tipo morfológico 
• Longilíneo (ectomorfo): ângulo de 
charpy <90º - Dom quixote 
 
• Mediolineo (mesomorfo): ângulo de 
charpy 90º 
 
• Brevilineo (endomorfo): ângulo de 
charpy > 90º - Sancho pança 
 
Marcha 
• Pedimos para o paciente caminhar, 
descalço, de preferência de calção 
• tem diversas marchas de pacientes, não 
vamos nos preocupar com isso agora 
Sinais vitais cardíacos 
• Inspeção 
• Palpação 
• Ausculta 
• Inspeção e palpação são realizadas de 
forma simultânea 
• Verifica se há algum abaulamento: 
região com crescimento anormal 
comparado a outras regiões (meio que 
um inchaço) 
• Inspecionar o ictus cordis – pulsação 
ápice do coração, caso o ictus cordis não 
seja apalpável com apenas dois dedos, 
surge a ideia de que essa pessoa pode 
estar com cardiomegalia 
• Observar o frêmito cardiovascular: 
sensação tátil das vibrações produzidas 
no coração e nos vasos, classificado em 
cruzes +/++++ (como se fosse um 
pequeno choque na mão) (normalmente 
sentimos o batimento, caso você esteja 
sentindo vibrações, isso é patológico 
podendo corresponder a algum sopro 
• A ausculta é realizada pelo estetoscópio 
 
 
• Ausculta: 
1º Estetoscópio – O estetoscópio capta e 
conduz até o aparelho auditivo as 
vibrações das estruturascardíacas e 
vasculares que atingem a superfície do 
tórax 
2º Ambiente de ausculta 
3º posição do paciente e do examinador 
- o examinador sempre tem que estar no 
lado direito do paciente 
4º orientação do paciente 
5º escolha do receptor adequado – 
diafragma ou campânula - 95% das 
auscultas é feita pelo diafragma, porém 
também se utiliza a campânula para 
verificar alguns sopros ou patologias 
especificas 
 
6º aplicação correta do receptor – não se 
pode apertar demais e nem deixar muito 
frouxo 
7º Manobras especiais – as vezes pedir 
ao paciente que respire profundamente 
ou que que respire e solte o ar 
• A maioria dos sons produzido no 
sistema cardiovascular, situam-se em 
uma faixa de frequência entre 20 e 
500Hz. O ouvido humano tem a 
capacidade de perceber vibrações com 
frequência entre 20 e 20.000Hz 
 
 
Focos de Ausculta 
• Basicamente se ausculta em 4 focos e 
na pratica temos um quinto foco 
• Foco aórtico 
• Foco tricúspide 
• Foco pulmonar 
• Foco mitral 
 
 
• Perceba que não se ausculta em cima 
das válvulas 
 
 
• segundo espaço intercostal, 
paraesternal direito – foco aórtico 
• segundo espaço intercostal, 
paraesternal esquerdo – foco pulmonar 
• quinto espaço intercostal linha m 
clavicular (trace uma linha imaginaria 
dividindo a clavícula no meio) – foco 
mitral 
• quinto espaço intercostal, paraesternal 
esquerdo na base do apêndice xifoide – 
foco tricúspide 
• Teoricamente o melhor foco para 
auscultar é o mitral pela sua força 
• entre o foco pulmonar e o foco 
tricúspide temos o quinto foco, chamado 
de foco aórtico acessório 
 
Obs: o foco aórtico acessório é para 
algumas patologias especificas, o comum 
é utilizarmos os quatro focos principais – 
aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral 
• Os sons auscultados são o fechamento 
das válvulas atrioventriculares e as 
semilunares aorta e pulmonar, que vão 
ocorrer por diferença de pressão 
• Bulhas audíveis: B1 e B2 
• B1 TUM – som longo e grave - está 
ligada ao fechamento das valvas mitral e 
tricúspide (valvas atrioventriculares), 
marcando o início da sístole 
• B2 TA – som curto e agudo - está ligada 
ao fechamento das valvas pulmonar e 
aórtica (valvas semilunares), marcando o 
final da sístole e início da diástole. 
• As duas primeiras bulhas são 
auscultáveis em todos os pacientes, são 
fisiológicas, porém, temos também a 3º e 
4º bulha, essas são patológicas 
 
Pulso 
• é quando o ventrículo esquerdo contrai 
e o sangue e enviado para artérias 
sistêmicas – Onda provocada pela 
pressão do sangue contra a parede 
arterial em cada batimento cardíaco 
• Ao verificar o pulso devemos estar 
atentos para frequência, ritmo, volume e 
tensão 
• Frequências cardíaca normal (bat/min) 
1º Lactentes: 120 - 160 
2º Crianças: 90 - 140 
3º Pré-escolar: 80 - 110 
4º idade escolar: 75 - 110 
5º Adolescente: 60 - 90 
6º Adulto: 50 – 100 
• Frequência de pulso se verifica no pulso 
e frequência cardíaca se ausculta nos 
prolongamentos das valvas 
• Normocardia: frequência normal > 50 
• Bradicardia: frequência abaixo do 
normal < 50 
• Taquicardia: frequência acima do 
normal > 100 
• Bradisfigmia: pulso fino e bradicardico 
• Taquisfigmia: pulso fino e taquicardíaco 
 
Pulsos palpáveis 
• Temporal 
• Facial 
• Carotídeo – pulso mais forte, deve-se 
evitar a utilização excessiva para não ter 
uma reação no estimulo do seio 
carotídeo alterando a parte 
parassimpática e gerar uma bradicardia 
• Axilar 
• Braquial – aferir pressão arterial 
• Radial – o mais frequente para dar uma 
frequência de pulso, geralmente se usa o 
indicador e o dedo médio 
• Cubital 
• Aórtico 
• Femoral – segundo pulso mais forte 
depois do carotídeo 
• Poplíteo 
• Tibial 
• Pedioso 
 
Manobras 
• Manobra de Osler 
• Manobra de Allen 
 
1º MANOBRA DE ALLEN Você apalpa 
uma artéria cubital ou radial, pede para o 
paciente fechar a mão (a mão ficará 
pálida) e depois para abrir a mão e você 
solta a artéria, a mão ficará vermelha, 
dando um sinal de irrigação boa. Fará o 
mesmo procedimento para a outra artéria 
procurando se uma das artérias está com 
defeito. 
 
Nessa foto podemos observar que 
apenas a artéria cubital está irrigando 
(lado direito da foto) já a artéria radial 
possivelmente está obstruída.

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