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Jordão Giovane de Carvalho Tomaz
Fichamento: A História do movimento Psicanalítico
Informações Bibliográficas:
● Autor: Sigmund Freud
● Título: História do Movimento Psicanalítico
● Ano de publicação: 1924
I. A Psicanálise foi criada por Sigmund Freud no final do século dezenove, e suas
bases abalaram o mundo e a sociedade da época. No entanto, a força de suas
ideias e de seu trabalho clínico foram contundentes para que a Psicanálise
ganhasse o respeito e a aceitação necessárias, não apenas por parte da
comunidade médica, como também de outros segmentos acadêmicos.
II. Freud escreveu o artigo sobre A História do Movimento Psicanalítico, em 1914,
sua intenção era mostrar à sociedade da época, os postulados que faziam parte da
Psicanálise, bem como demonstrar que algumas teorias criadas por alguns de
seus discípulos, a saber, Adler e Jung, eram incompatíveis com a teoria
psicanalítica, e, portanto eles deveriam denominar as mesmas com
nomenclaturas diferentes.
III. O primeiro movimento psicanalítico vai até 1902, época em que Freud
trabalhou sozinho, e por conta disso, conseguiu extrair algumas vantagens. Não
precisava ler determinadas publicações, nem realizar embates com adversários
de suas ideias; não precisava se preocupar com reuniões, datas e encontros
inconvenientes. Com isso ganhava tempo para burilar suas teorias e refinar sua
prática clínica. De 1902 a 1910, a psicanálise ganha espaço em outros contextos
e meios acadêmicos. Neste período inúmeros acontecimentos culminaram em
algumas deserções.
IV. A primeira grande parceria de Freud foi com Joseph Breuer (1842/1925), um
médico austríaco que desempenhou um papel muito importante nos primórdios
da Psicanálise. Freud e Breuer escreveram o livro “Estudos sobre a Histeria”, no
qual narraram o caso clínico de Anna O. Para realizar este tratamento eles se
valeram do método catártico. O referido método, desenvolvido por Breuer,
buscava acessar os sintomas dos pacientes histéricos a partir de fragmentos do
seu passado. Estes fragmentos estariam associados a cenas, fatos e emoções – na
maioria das vezes traumáticos – que haviam sido esquecidos. O objetivo da
intervenção era fazer com que o paciente recordasse e revivesse essas
experiências através de um estado hipnótico.
V. A catarse pode ser definida como uma descarga de emoções e afetos reprimidos.
Freud e Breuer divergiam quanto à etiologia do transtorno psíquico da histeria.
Para Breuer a explicação estaria apoiada numa abordagem fisiológica,
diferentemente de Freud, que destacava a importância dos elementos psíquicos e
da sexualidade na gênese dos processos neuróticos. Além disso, Freud percebeu
que a intervenção através da hipnose, nem sempre garantia o sucesso do
tratamento, gerando muitas resistências e provocando o retorno deslocado de
alguns sintomas extintos. Dessa forma, Freud abandona a hipnose e inicia
efetivamente sua “talking cure”, ou seja, a cura através da conversa. Outros
personagens importantes foram Charcot e Chrobak, ambos considerados por
Freud como “mestres”.
VI. As ideias de seus mestres, embora não diretamente, foram muito importantes
para que Freud percebesse a importância da sexualidade para o psiquismo
humano. Charcot era um psiquiatra que desenvolvia um pioneiro trabalho de
hipnose com histéricas e Chrobak era um renomado ginecologista que mantinha
relações sociais com Freud. Quanto à etiologia sexual das neuroses, inúmeros
fatores se somaram às pesquisas de Freud, tanto com relação à técnica quanto
com relação aos resultados esperados de uma análise, e alguns destes fatores
são: a descoberta da transferência, o uso das associações livres de ideias, o
reconhecimento da sexualidade infantil, a utilização dos sonhos como a “via
régia para o inconsciente”, a representação dos chistes, lapsos e atos falhos para
os pacientes, a resistência, os mecanismos de defesa, a teoria do recalque –
considerada “a pedra angular da psicanálise” por Freud – e muitos outros
conceitos estabelecidos.
VII. Freud estrutura a etiologia das neuroses postulando a chamada teoria da sedução.
Esta teoria dá conta de que entre a criança e o adulto ocorre um assédio sexual,
sem a excitação consciente por parte da primeira, devido a insuficiência de
condições somáticas de excitação para consumar o ato. Na puberdade, a cena
traumática da infância ganha outra representação, seguida de uma excitação
sexual que impele o indivíduo a estabelecer o recalque de tal lembrança.
VIII. Freud, em 1897, abandona essa teoria, julgando-a inverossímil, e apresenta uma
nova, intitulada “Complexo de Édipo”, significando que os sintomas não
estariam associados a fatos reais, mas sim a fantasias. Criou então o conceito de
realidade psíquica, permeada por fantasias, às quais, por sua vez,
proporcionariam a representação ligada à vida sexual.
IX. Freud, se preocupava que a Psicanálise pudesse ser associada unicamente a uma
teoria judaica, o que fez com que investisse em um de seus discípulos, C. G.
Jung, homem mais jovem, sem laços com o Judaísmo e que naturalmente
ocuparia seu lugar depois de sua morte. Freud não imaginava que, em suas
palavras “esta seria a escolha mais infeliz possível”. Desse modo, Freud resolve
fundar a IPA (Associação Internacional de Psicanálise) cujo objetivo era
“promover e apoiar a ciência da Psicanálise”. Jung foi nomeado presidente da
associação. Mas as ideias de Jung não são aceitas por Freud e os dois rompem
relações em 1913.
X. Freud arremata sua visão histórica da Psicanálise declarando que “os homens
são fortes enquanto representam uma ideia forte; se enfraquecem quando se
opõem a ela”. O movimento psicanalítico atual segue no movimento
movimentos obtido pelo espaço no âmbito didático, por renomados nomes da
psicanálise, como Kleiniana, baseada nas teorias de Melanie Klein, a
Winnicottiana, inspirada no trabalho de Donald Winnicott, a Lacaniana,
representada pelo trabalho hercúleo realizado por Jacques Lacan, res ponsável
pelo resgate das ideias freudianas, e muitas outras embasadas em psicanalistas
do calibre de Wilfried Bion, Françoise Dolto e Juan David Nasio.

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