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PROMOÇÃO EM SAÚDE DO 
ADULTO E DA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Maria de Fátima Fernandes Vara 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Veremos, no tópico 1, alguns aspectos históricos que envolvem a pessoa 
com deficiência. É importante refletir sobre a forma como a pessoa com 
deficiência participou da sociedade ao longo da história. 
O tópico 2 vai definir o preconceito, o estereótipo e o estigma. Infelizmente 
a falta de conhecimento ainda existe e provoca ações/reações equivocadas em 
relação à pessoa com deficiência. 
Destacamos, no tópico 3, os artigos da Lei brasileira de inclusão da 
pessoa com deficiência que abordam questões da saúde. Fique atento e reflita 
sobre os direitos da pessoa com deficiência e a realidade que podemos observar: 
está de acordo com a Lei? 
O tópico 4 apresenta aspectos relevantes da Política Nacional de Saúde 
da Pessoa com Deficiência. Vamos destacar pontos necessários que devem ser 
oferecidos às pessoas com deficiência. 
Finalizaremos com o tópico 5, em que vamos discutir sobre a paralisia 
cerebral, incluindo testes que são utilizados para avaliar tônus e coordenação. 
Bons estudos! 
TEMA 1 – ASPECTOS HISTÓRICOS QUE ENVOLVEM A PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA 
Diferentes aspectos sobre a deficiência foram relatados ao longo da história 
“de uma forma ou de outra a deficiência sempre fez parte da história do homem, 
[...] presente em suas concepções e preocupações, seja para o sentindo de 
aceitação ou negação” (Corrent, 2016). 
Pode-se observar, pelos achados históricos, que as sociedades gregas, 
egípcias e romanas relatavam questões sobre o tema, cada qual de uma forma. 
Os egípcios “demonstravam afetos e preocupações” com as pessoas com 
deficiência, inclusive oportunizando trabalho. Gugel (2022, on-line) aponta que 
Evidências arqueológicas nos fazem concluir que no egito antigo, há 
mais de cinco mil anos, a pessoa com deficiência integrava-se nas 
diferentes e hierarquizadas classes sociais (faraó, nobres, altos 
funcionários, artesãos, agricultores, escravos). A arte egípcia, os 
afrescos, os papiros, os túmulos e as múmias estão repletos dessas 
revelações. Os estudos acadêmicos baseados em restos biológicos, 
de mais ou menos 4.500 a.c., ressaltam que as pessoas com nanismo 
não tinham qualquer impedimento físico para as suas ocupações e 
ofícios, principalmente de dançarinos e músicos. 
 
 
3 
Já os gregos, valorizavam corpos saudáveis e a prática de exercício físico 
para a manutenção da boa forma. 
De acordo com Silva (1987), tanto na Grécia como em Roma (500 a.C. e 
400 d.C.), existia mais preocupação com o condicionamento físico dos soldados 
pela necessidade de proteção do Estado contra os inimigos. 
Considerando que as atividades bélicas eram parte do dia a dia desses 
povos, que preparavam corpos fortes e perfeitos para as batalhas. Os 
combatentes que sofriam amputação recebiam homenagens e eram tratados 
como heróis. Por outro lado, no mesmo período, havia superstição em relação 
aos bebês que nasciam com algum tipo de malformação, sendo-os eliminados 
ao nascer. 
As informações mais remotas sobre pessoas com deficiência estão 
contidas, de forma esparsa, na “literatura grega e romana, na Bíblia, 
no Talmud e no Corão” (Aranha, 2001, p. 160). Sabe-se que em 
Esparta as pessoas nascidas com qualquer deficiência eram 
eliminadas. Os romanos abandonavam suas crianças deformadas e 
seus filhos excedentes. Antes, na Grécia de Platão (República) e de 
Aristóteles (Política), tratava-se da composição e do planejamento das 
cidades, indicando os disformes como objetos de exposição (Gugel, 
2016). 
Com o passar dos tempos, o crescimento do cristianismo, que pregava a 
caridade, o olhar para a pessoa com deficiência sofreu mudanças, “embora se 
passe a considerar as pessoas com deficiência como filhos de Deus, o 
tratamento concedido caminhava da prestação de caridade ao extermínio para 
expurgar-lhes dos pecados” (Gugel, 2016). Ou seja, ainda muito aquém do ideal, 
pois as pessoas com deficiência ficavam na casa da família (em quartos, 
isolados), ou aos cuidados dos padres em monastérios (Silva, 1987). 
Os séculos XVI e XVII continuaram com muita discriminação, segregação 
em relação às pessoas com deficiência. Algumas ações pontuais, como na 
Alemanha e França, atendendo aos menos favorecidos, entre eles, as pessoas 
com deficiência física e intelectual. “A Revolução Francesa, no século XVIII, 
trouxe mudança de ótica da sociedade, passou-se a encarar a deficiência do 
ponto de vista alquímico, portanto tratável”. Foi a partir dessa época que 
surgiram “hospitais psiquiátricos, confinamentos em asilos e conventos” (Gugel, 
2016). 
Foi no século XVIII que iniciou um movimento para reabilitar e educar a 
pessoa com deficiência. Dessa forma, foram criadas as primeiras instituições, 
 
 
4 
hospitais psiquiátricos, confinamentos em asilos e conventos e escolas para 
atender pessoas cegas e surdas (Silva, 1987; Gugel, 2016). 
Alguns episódios ocorridos no século XX, como a Primeira e a Segunda 
Guerras Mundiais e o movimento dos direitos humanos (1950) foram essenciais 
para despertar os interesses de sociedades privadas internacionais e 
governantes nas questões voltadas às pessoas com deficiência, em especial na 
área da saúde (Medicina, reabilitação, Terapia ocupacional) e da educação 
(Silva, 1987). 
Nos anos 1970, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou a 
Declaração dos Deficientes Mentais. Esse documento foi essencial para o início 
do processo de mudança do olhar para a pessoa com deficiência intelectual, 
relacionada ao déficit cognitivo “aproximando-a dos demais seres humanos ao 
se referir, por exemplo, à necessidade de salvaguardas jurídicas para a proteção 
contra abusos”. 
Em 1975, a Assembleia Geral das Nações Unidas cria a Declaração dos 
Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiências (Resolução da ONU n. 30/84, 
de 1975) (Gugel, 2016). Em Brasil (1981) encontramos que 
Em sua trigésima sessão, de 16 de dezembro de 1976, a 
ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, pela RESOLUÇÃO 
31/123, proclamou, oficialmente, o ano de 1981 como o ANO 
INTERNACIONAL DAS PESSOAS DEFICIENTES e estabeleceu seus 
objetivos principais: 1. Ajudar os deficientes no seu ajustamento físico 
e psicossocial na sociedade; 2. Promover todos os esforços, nacionais 
e internacionais, para proporcionar aos deficientes assistência 
adequada, treinamento, cuidadosa orientação, oportunidades para 
trabalho compatível e assegurar a sua plena integração na sociedade; 
3. Estimular projetos de estudo e pesquisa, visando a participação 
prática e efetiva de deficientes nas atividades da vida diária, 
melhorando as condições de acesso aos edifícios públicos e sistemas 
de transportes; 4. Educar e informar o público sobre o direito das 
pessoas deficientes de participarem e contribuírem nos vários 
aspectos da vida econômica, social e política; 5. Promover medidas 
eficazes para a prevenção de deficiências e para a reabilitação das 
pessoas deficientes. 
Outro documento que marcou a história das Pessoas com Deficiência foi 
A carta para os anos 80, que propôs promover as metas "de participação e 
igualdade plena" (Brasil, 1981, p. 33) para pessoas com deficiência no mundo 
todo. 
A Declaração de Salamanca, de 1994, foi um marco na história da luta 
pelos direitos da pessoa com deficiência, recomendando “aos governos e 
organizações que preservem o direito fundamental à educação de toda criança, 
devendo-lhe ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de 
 
 
5 
aprendizagem, resguardadas as suas características, interesses, habilidades e 
necessidades de aprendizagem”. Apontam que o ensino regular que pratica 
inclusão promove “meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, 
criando comunidades acolhedoras e construindo uma sociedade inclusiva” 
Gugel, 2016). 
A partir daí o movimento pelos Direitos da Pessoa comDeficiência vem 
crescendo, sendo que 
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), 
de 2006, juntamente com o protocolo facultativo, assinada na 
Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York em 30 de março 
de 2007, aprovada pelo Congresso Nacional em 10 de julho de 2008 por 
meio do Decreto Legislativo nº 186 e, finalmente promulgada em 25 de 
agosto de 2009 no Decreto nº 6.949, consolida vertiginosa mudança de 
paradigma nas concepções, atitudes e abordagens em relação às 
pessoas com deficiência. (Gugel, 2016) 
Toda essa evolução histórica traz a necessidade de esclarecimentos sobre 
a forma de designar a pessoa com deficiência, uma vez que "o termo, a palavra, 
carregam significados variados e quando mal-empregados acabam por confundir 
a mente e a prática, levando a entendimentos distorcidos e práticas não 
desejadas” (Gugel, 2016). 
A partir da Convenção Sobre os direitos da Pessoa com Deficiência 
(CDPD), em 2009, considera-se que “o melhor termo a ser utilizado é pessoa 
com deficiência, na forma do artigo 1”. Necessidades especiais “é um termo 
próprio para a área da educação, introduzida pela lei de diretrizes e bases da 
educação, que designa não só as pessoas com deficiência, mas também as 
pessoas superdotadas, [...] pessoas com distúrbios de atenção, emocionais” e 
outros (Gugel, 2016). Outro ponto muito importante é 
[...] a impropriedade do uso de siglas como PPD (pessoa portadora de 
deficiência), SD (Pessoa com síndrome de Down), DM (deficiente 
mental), PCD (pessoa com deficiência). Siglas devem se restringir às 
marcas, tão bem utilizadas como recurso de comunicação e 
propaganda, e não para designar pessoas com reconhecida 
capacidade legal. (Gugel, 2016) 
Vocês perceberam que as Pessoas com Deficiência vêm lutando ao longo 
da história por direitos básicos de qualquer ser humano? O direito de ser um 
cidadão pleno; o direito de ir e vir; o direito de ser respeitado. Já houve um avanço 
enorme, mas muito ainda deve ser conquistado para que possamos viver em um 
ambiente verdadeiramente inclusivo. 
 
 
6 
TEMA 2 – PRECONCEITO, ESTEREÓTIPO E ESTIGMA 
O preconceito significa: 
1 Conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos 
necessários sobre um determinado assunto; 2 Opinião ou sentimento 
desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de 
experiência ou razão; [...] 3 Superstição que obriga a certos atos ou 
impede que eles sejam praticados; 4 Atitude emocionalmente 
condicionada, baseada em crença, opinião ou generalização, 
determinando simpatia ou antipatia para com indivíduos ou grupos. 
(Michaelis, 2022) 
Ou seja, é um julgamento prévio, antes de conhecer. Os grupos humanos, 
ao longo da história, vêm praticando diversos preconceitos uns em relação aos 
outros. O julgamento prévio pode ser foco de tragédias e incompreensão de 
todos os lados envolvidos, além de estar acompanhado, na maioria das vezes, 
de opiniões distorcidas, sem fundamento (Vara; Cidade, 2021). 
Dessa forma, o preconceito provoca um julgamento, não pelos méritos 
das pessoas, mas por ideias exageradas e/ou fora da realidade, admitindo-se de 
forma equivocada que todas as pessoas de uma mesma comunidade são 
idênticas e que não existem exceções (Vara; Cidade, 2021). 
Dessa forma, como podemos avançar? Com a informação, que é uma 
ferramenta poderosa no combate às ideias distorcidas. O preconceito tem como 
pilar a ignorância, e esta pode estar presente em diversas situações: referentes 
a gênero, características físicas, aspectos culturais, religiosos de um povo. “A 
ignorância provém tanto da ausência de conhecimentos quanto da presença de 
ideias falsas e, por si só, não faz nascer o preconceito, mas promove seu 
desenvolvimento” (Vara; Cidade, 2021). 
O estereótipo significa: 
Aquilo que se amolda a um padrão fixo ou geral; Esse padrão formado 
de ideias preconcebidas, resultado da falta de conhecimento geral 
sobre determinado assunto; Imagem, ideia que categoriza alguém ou 
algo com base apenas em falsas generalizações, expectativas e 
hábitos de julgamento. (Michaelis, 2022). 
Estereótipo é um clichê, um chavão, está atrelado ao preconceito. No caso 
da pessoa com deficiência, o estereótipo reforça o preconceito, à imagem de 
coitadinho, ineficiente e incapaz. 
Já o estigma, de acordo com o dicionário Michaelis (2022), significa 
“marca ou cicatriz deixada na pele por ferida; qualquer marca ou sinal natural no 
 
 
7 
corpo; marca infamante feita com ferro em brasa, geralmente em escravos ou 
criminosos; [...] aquilo que é considerado vergonhoso ou desonroso”. 
No caso da deficiência, a pessoa nessa condição é segregada, 
estigmatizada e conduzida ao distanciamento do que é considerado normal, 
cujos critérios seguem padrões preestabelecidos socialmente. “Estereótipo e 
estigma são, pois, ferramentas do preconceito e da segregação, em uma 
dinâmica do desconhecimento que leva a um círculo vicioso nas relações 
sociais” (Vara; Cidade, 2021). 
Observe que “quando excluímos o outro estamos reconhecendo sua 
existência ainda que sejamos incapazes de identificá-la claramente. Esta 
incapacidade gera tensões entre quem define e quem é definido” (Gebara, 2001, 
p. 45). 
Vejamos, a seguir, mais alguns conceitos importantes: exclusão, 
segregação, integração e inclusão (Figura 1). À medida que cada um dos 
conceitos é discutido, pense em todas as atividades do dia a dia: em casa, na 
escola, no trabalho, nos momentos de lazer, acesso a serviços de saúde. Agora, 
reflita o que ainda acontece com as pessoas com deficiência. O quanto já 
vivemos em uma sociedade inclusiva? 
Figura 1 – Exclusão, segregação, integração e inclusão 
 
Créditos: Desdemona72/Shutterstock. 
 
 
8 
Vimos que ao longo da história a exclusão das pessoas com deficiência 
esteve presente e a segregação se fez presente quando elas foram mantidas 
distanciadas, tanto da sociedade quanto da família, isoladas em instituições 
específicas. 
A integração pode ser percebida quando, por exemplo, a pessoa com 
deficiência passou a ser atendida em escolas especiais ou em classes especiais 
em escolas públicas (o aluno frequentava uma sala de aula destinada somente 
a indivíduos com deficiência). 
A inclusão, como processo social amplo, vem acontecendo 
paulatinamente em todo o mundo e, efetivamente, a partir da década de 1950. 
Quando falamos em inclusão, estamos nos referindo a um cenário que acolhe 
todas as diferenças, e não somente pessoas com deficiência. Portanto, a 
inclusão é a modificação dos indivíduos em sociedade (Vara; Cidade, 2021). Ela 
também é um processo sem fim e sua proposta inclui o engajamento coletivo 
dos profissionais de todas as áreas na minimização de barreiras de qualquer 
tipo. 
Outro esclarecimento necessário é acerca de equidade e universalização. 
A equidade diz respeito ao reconhecimento de cada pessoa em sua 
singularidade; e a universalização é o acesso irrestrito a espaços, qualidade de 
serviços e profissionais preparados, entre outros. 
Igualdade ou equidade? Observe a Figura 2 e reflita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Figura 2 – Igualdade e equidade 
 
Crédito: Mentalmind/Shutterstock. 
Observe que cada pessoa é única. Não precisamos de uma sociedade na 
qual tudo seja igual. Precisamos trabalhar por uma sociedade onde exista 
equidade, respeito às diferenças. E que esse respeito se reflita em condições, 
em liberdade, direito de ir e vir de todos os cidadãos. 
TEMA 3 – LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
Nesta temática apresentaremos os dispositivos legais e as 
recomendações aos direitos das pessoas com deficiência, com foco aos 
aspectos da saúde mencionados na Lei n. 13.146 de julho de 2015, Lei Brasileira 
de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência – 
LBI) (Brasil, 2015). 
 O art. 2º da LBI (Brasil, 2015) esclarece que 
Considera-se pessoa com deficiência aquelaque tem impedimento de 
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, 
em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua 
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições 
com as demais pessoas. 
 
 
10 
Ainda no art. 2º da LBI, parágrafo 1º, é apontado que, quando necessária, 
a avaliação da pessoa com deficiência deve ter abrangência biopsicossocial, de 
preferência realizada por equipe multiprofissional, considerando: “I - os 
impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II - os fatores 
socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de 
atividades; e IV - a restrição de participação”. 
Essa proposta de avaliação está de acordo com a CIF1 , que há anos é 
utilizada em diversos países, com os resultados em uma linguagem universal e 
pode ser aplicada “como uma ferramenta de política social – no planejamento 
dos sistemas de previdência social, sistemas de compensação e projeto de 
implementação de políticas públicas” (CIF, 2003, p. 17 citado por Gugel, 2016). 
O art. 8º da LBI descreve que 
É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com 
deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, 
à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, 
à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à 
previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à 
acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à 
informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e 
comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu 
Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu 
bem-estar pessoal, social e econômico. 
O art. 15, em seu inciso V, aborda a necessidade de “prestação de 
serviços próximo ao domicílio da pessoa com deficiência, inclusive na zona rural, 
respeitadas a organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos territórios 
locais e as normas do Sistema Único de Saúde (SUS)”. 
O art. 17 reforça que devem haver ações articuladas entre o SUS e o 
Suas2, para assegurar à pessoa com deficiência o acesso a “informações, 
orientações e formas de acesso às políticas públicas disponíveis”, possibilitando 
a plena participação na sociedade. 
O art. 18 aponta que é “assegurada atenção integral à saúde da pessoa 
com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, 
garantido acesso universal e igualitário”. O inciso 1º do art. 18 esclarece o direito 
à pessoa com deficiência “na elaboração das políticas de saúde a ela 
 
1 CIF = Classificação Internacional de Funcionalidade. Disponível em: 
<http://www.periciamedicadf.com.br/cif2/cif_portugues.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2022. 
2 Suas – Sistema Único de Assistência Social. 
http://www.periciamedicadf.com.br/cif2/cif_portugues.pdf
 
 
11 
destinadas”. O inciso 2º do mesmo artigo aponta que é assegurado o 
atendimento com respeito às especificidades da pessoa com deficiência. 
Ainda no art. 18, inciso 4º, são elencados serviços de saúde pública que 
devem ser assegurados à pessoa com deficiência: 
I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe 
multidisciplinar; II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que 
necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a 
manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; III - 
atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e 
internação; IV - campanhas de vacinação; V - atendimento psicológico, 
inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; VI - respeito à 
especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa 
com deficiência; VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito 
à fertilização assistida; VIII - informação adequada e acessível à 
pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de 
saúde; IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o 
desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais; X - promoção 
de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no 
SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com 
deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais; XI - 
oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, 
medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas 
vigentes do Ministério da Saúde. 
Percebam que, embora presente na Lei, nem sempre a pessoa com 
deficiência tem acesso a todos os serviços. Quando tem acesso a alguns 
serviços, nem sempre acontece de forma rápida e na quantidade necessária. 
Vale ressaltar que, em relação às próteses, a demora em ter acesso ao serviço 
e/ou para receber o recurso pode impactar negativamente no processo de 
reabilitação. 
O art. 20 aponta que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos 
de acesso aos serviços das operadoras de planos e seguros privados de saúde 
como os demais clientes. O art. 21 esclarece que, quando necessário, “será 
prestado atendimento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de tratamento, 
garantidos o transporte e a acomodação da pessoa com deficiência e de seu 
acompanhante”. 
O art. 22 complementa que a pessoa com deficiência, quando internada 
ou quando em observação, tem direito a acompanhante em tempo integral. O 
inciso 2º reforça que, se necessário, “o órgão ou a instituição de saúde deve 
adotaras providências cabíveis para suprir a ausência do acompanhante ou do 
atendente pessoal”. 
O art. 23 da LBI deixa claro que não pode haver cobrança de valores 
extras por planos de saúde em virtude de sua condição. O art. 24 indica que a 
 
 
12 
pessoa com deficiência tem direito ao acesso às informações e aos serviços de 
saúde, públicos e privados, “por meio de recursos de tecnologia assistiva e de 
todas as formas de comunicação previstas no inciso V do art. 3º da LBI”. 
O acesso ao serviço de saúde sem barreiras é indicado no art. 25 da LBI. 
Caso ocorra suspeita ou confirmação de atos de violência3 contra a pessoa com 
deficiência, o art. 26 da LBI aponta que deverá ocorrer “notificação compulsória 
pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade policial e ao Ministério 
Público, além dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência”. 
Programas de reabilitação/habilitação profissional devem ser 
assegurados à pessoa com deficiência, de acordo com o art. 36 da LBI, sempre 
respeitando sua escolha, vocação e/ou interesse. 
Ainda, o art. 69 esclarece que devem ser assegurados à pessoa com 
deficiência esclarecimentos sobre produtos e serviços ofertados, incluindo 
qualidade, valor, quantidade, composição e possíveis riscos à sua saúde e/ou à 
sua “segurança do consumidor com deficiência, em caso de sua utilização”. 
O abandono de pessoas com deficiência em instituições, clínicas, 
hospitais, segundo o art. 90 da LBI, pode levar a uma “pena - reclusão, de 6 
(seis) meses a 3 (três) anos, e multa”. O mesmo nos casos em que não são 
oferecidas condições básicas para a pessoa com deficiência quando obrigado 
por lei ou mandado. 
O art. 95 aponta que é proibida a exigência de a pessoa com deficiência 
ir a órgãos públicos quando, em razão de seu comprometimento, houver 
barreiras que acarretem “ônus desproporcional e indevido”. 
TEMA 4 – POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
A pessoa com deficiência precisa de atenção específica, conforme o tipo 
e o nível de seu comprometimento. Para isso, é imprescindível o acesso a um 
serviço de reabilitação. 
Mas, afinal, o que é reabilitação? 
 
3 Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra a pessoa com 
deficiência qualquer ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que lhe cause morte 
ou dano ou sofrimento físico ou psicológico (Brasil, 2015). 
 
 
 
13 
Reabilitaçãoé a área, envolve uma equipe multidisciplinar, que possibilita 
o treino de habilidades com diferentes recursos às pessoas com deficiência, 
tornando possível o enfrentamento dos desafios das AVDs4 (Machado, 2018). 
A realidade brasileira ainda está aquém das necessidades das pessoas 
com deficiência, tanto em relação ao acesso a uma equipe interdisciplinar quanto 
em relação ao número de horas necessárias para uma reabilitação adequada. 
De acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, 
deve-se considerar que além das necessidades específicas, as pessoas com 
deficiência podem ser acometidas por outros agravos, como qualquer cidadão, 
necessitando, assim, ter assegurado o “atendimento em toda a rede de serviços 
no âmbito do (SUS)” (Machado, 2018). 
A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, instituída pela Portaria de 
Consolidação n. 3/GM/MS de 28 de setembro de 2017, 
[...] parte da necessidade de ampliar, qualificar e diversificar as 
estratégias para a atenção às pessoas com deficiência física, auditiva, 
intelectual, visual, estomia e múltiplas deficiências, por meio de uma 
rede de serviços integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos 
de atenção para atender às pessoas com deficiência, assim como 
iniciar precocemente as ações de reabilitação e de prevenção precoce 
de incapacidades. 
O Quadro 1 apresenta as diretrizes que norteiam as ações da rede de 
cuidados à pessoa com deficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 AVD = Atividade de vida diária. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_03_10_2017.html#ANEXOVI
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_03_10_2017.html#ANEXOVI
 
 
14 
Quadro 1 – Diretrizes que norteiam ações da rede de cuidados à pessoa com 
deficiência 
Respeito aos direitos humanos: garantia de autonomia e liberdade às pessoas com 
deficiência para fazerem as próprias escolhas 
Equidade 
Respeito às diferenças – ações contra estigmas e preconceitos 
Qualidade dos serviços 
Cuidado integral 
Assistência multiprofissional / interdisciplinar; 
 
Atenção humanizada 
Estratégias de cuidado respeitando as especificidades de cada pessoa com deficiência 
Promoção da inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da 
cidadania 
Serviços de base territorial e comunitária 
Serviços em rede de atenção à saúde regionalizada 
Educação permanente 
Cuidado para pessoas com deficiência física, auditiva, intelectual, visual, estomia e 
múltiplas deficiências 
Fonte: Brasil, 2022. 
A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência tem como foco a 
ampliação e a promoção ao acesso a um serviço de qualidade e contínuo no 
SUS. 
O processo de reabilitação da pessoa com deficiência envolve um 
conjunto de ações e serviços com a finalidade de melhorar/resgatar a 
capacidade funcional e/ou sensorial da pessoa com deficiência, desenvolvendo 
suas potencialidades “físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudinais, 
profissionais e artísticas que contribuam para a conquista da autonomia e 
participação social em igualdade de condições e oportunidades com as demais 
pessoas”. A reabilitação plena precisa de diferentes olhares, por isso uma equipe 
interdisciplinar é necessária. Os profissionais que participam do processo de 
reabilitação são: 
• médicos; 
• enfermeiros; 
• fisioterapeutas; 
• fonoaudiólogos; 
 
 
15 
• terapeutas ocupacionais; 
• engenheiros biomédicos, entre outros. 
Parcerias entre instituições públicas e privadas podem contribuir para um 
melhor processo de reabilitação, com maior número de profissionais e mais 
horas de atendimento. 
O CER5 é “organizado a partir da combinação de no mínimo duas 
modalidades de reabilitação (auditiva, física, intelectual, visual). Atualmente, os 
CERs estão presentes em todos os estados da Federação” e apresentam 
diferentes níveis, conforme o número de combinações de modalidades (Brasil, 
2015). 
Essenciais, as oficinas ortopédicas auxiliam no acesso à confecção, 
manutenção de órteses, próteses e dispositivos auxiliares de locomoção. Vamos 
esclarecer: 
• órteses – dispositivo ortopédico destinado a dar suporte ao corpo ou 
corrigir uma malformação, como um colar cervical, uma tala etc. 
(Michaelis, 2022); 
• próteses – peça artificial que substitui um órgão ou parte do corpo, 
assegurando suas respectivas funções, ou que ajuda ou proporciona 
melhora em uma função natural; 
• dispositivos auxiliares de locomoção – são exemplos os andadores, 
muletas e bengalas (Figura 3). 
Figura 3 – Diferentes modelos de muletas e bengalas 
 
Créditos: Zuperia/Shutterstock. 
 
5 CER = Centro Especializado de Reabilitação. 
 
 
16 
Após a avaliação de um profissional habilitado, auxiliam no equilíbrio, 
deslocamento da pessoa com deficiência (também podem ser usados por 
pessoas com mobilidade reduzida temporariamente, como nos casos de 
fraturas em membros inferiores). 
TEMA 5 – PARALISIA CEREBRAL 
A paralisia cerebral (PC) é uma encefalopatia crônica não progressiva, 
que pode acontecer antes, durante ou depois do nascimento. Ela resulta na 
alteração do controle motor e da coordenação. Quanto à área de lesão, a 
paralisia cerebral pode ser espástica (lesão no córtex cerebral), atáxica (lesão 
no cerebelo), discinética (lesão nos núcleos da base) em diferentes níveis de 
comprometimento. 
Segundo as Diretrizes de atenção à pessoa com paralisia cerebral, 
A paralisia cerebral descreve um grupo de desordens permanentes do 
desenvolvimento do movimento e postura atribuídos a um distúrbio não 
progressivo que ocorre durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou 
infantil, podendo contribuir para limitações no perfil de funcionalidade 
da pessoa. A desordem motora na paralisia cerebral pode ser 
acompanhada por distúrbios sensoriais, perceptivos, cognitivos, de 
comunicação e comportamental, por epilepsia e por problemas 
musculoesqueléticos secundários [...]. Estes distúrbios nem sempre 
estão presentes, assim como não há correlação direta entre o 
repertório neuromotor e o repertório cognitivo, podendo ser 
minimizados com a utilização de tecnologia assistiva adequada à 
pessoa com paralisia cerebral. (Brasil, 2013, p. 8). 
Quanto à classificação topográfica, pode apresentar-se como monoplegia, 
diplegia, hemiplegia, triplegia e quadriplegia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Figura 4 – Classificação topográfica que se apresenta como monoplegia, 
diplegia, hemiplegia, triplegia e quadriplegia 
 
Créditos: Artemida-psy/Shutterstock. 
Para avaliar o grau de espasticidade, existem diferentes escalas, como a 
Escala Modificada de Ashworth (EMA) (Quadro 2). 
Quadro 2 – Escala Modificada de Ashworth* 
GRAU 
 DESCRIÇÃO 
0 Sem aumento do tônus muscular 
1 Discreto aumento no tônus muscular, manifestado no início ou no final do arco 
de movimento 
1+ Aumento do tônus em menos da metade do arco de movimento 
2 Aumento do tônus em mais da metade do arco de movimento 
3 Aumento considerável no tônus muscular, dificuldade de movimento passivo 
4 Partes rígidas em flexão ou extensão 
Fonte: Charalambous, 2014. 
A ataxia pode ser avaliada com alguns testes, como os que seguem: 
 
 
18 
• Teste index – nariz – o avaliador pede ao paciente que leve a extremidade 
do dedo indicador tentando encostar no nariz. Avalia a metria6, no caso, 
a capacidade de levar o dedo indicador ao nariz. Pode ser feito com os 
olhos abertos e fechados (Figura 5). Quando o paciente não consegue 
realizar, apresenta uma dismetria. 
Figura 5 – Teste index – nariz 
 
Crédito: Maria de Fátima Fernandes Vara. 
• Teste index-index – o avaliador pede para o avaliado levar a extremidade 
de um dedo indicador à extremidade do outro, conforme você pode 
observar na figura a seguir. Pode ser feito com os olhos abertos e 
fechados. Quando o paciente não consegue realizar, apresenta uma 
dismetria. 
Figura 6 – Teste index-index 
 
 
Crédito: Maria de FátimaFernandes Vara. 
 
6 Metria – quando o teste dá positivo, diz-se que tem uma dismetria. 
 
 
19 
• Teste de diadocinesia – o avaliador pede para o paciente realizar 
movimentos alternados de pronação e supinação. Quando o indivíduo não 
consegue realizar os movimentos alternados, diz-se que tem um déficit de 
coordenação em membros superiores, também chamado de 
disdiadococinesia. 
Figura 7 – Teste diadocinesia 
 
Crédito: Maria de Fátima Fernandes Vara. 
Todos os testes são simples e podem ser realizados pelos profissionais 
da equipe interdisciplinar. 
NA PRÁTICA 
Vimos, nesta etapa, três testes que avaliam a coordenação: teste index – 
nariz; teste index-index e teste de diadocinesia. Que tal realizar os testes com 
os olhos abertos e fechados? Tente fazer com uma pessoa próxima também. É 
sempre bom praticar e perceber as diferenças entre cada pessoa que realiza. 
FINALIZANDO 
Destacamos, no tópico 1, alguns aspectos de como a pessoa com 
deficiência participou da sociedade ao longo da história. 
O tópico 2 definiu o preconceito, o estereótipo e o estigma. Vimos, no 
tópico 3, os artigos da Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência que 
abordam as questões da saúde. 
O tópico 4 apresentou pontos importantes da Política Nacional de Saúde 
da Pessoa com Deficiência. 
Finalizamos com o tópico 5, discutindo sobre a paralisia cerebral e 
mostramos alguns testes comumente utilizados para avaliar tônus e 
coordenação. 
 
 
20 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei n. 13.146 de julho de 2015. LBI – Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. 
Acesso em: 21 jul. 2022. 
______. Ministério da Saúde. Saúde da Pessoa com Deficiência. Disponível 
em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-
pessoa-com-deficiencia>. Acesso em: 21 jul. 2022. 
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa com 
paralisia cerebral. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2013. 
CHARALAMBOUS, C. P. Interrater reliability of a modified Ashworth scale of 
muscle spasticity. Classic papers in orthopaedics. Springer, London, p. 415-
417, 2014. 
CORRENT, N. Da antiguidade a contemporaneidade: a deficiência e suas 
concepções. Revista Científica Semana Acadêmica, 2016. 
GEBARA, A. Estigma. Revista da Sociedade Brasileira de Atividade Motora 
Adaptada, v. 6, n. 1, p. 45-46, dez. 2001. 
GUGEL, M. A. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da 
humanidade. AMPID - Associação Nacional dos Membros do Ministério Público 
de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência, 2022. 
______. Pessoas com deficiência e o direito ao concurso público: reserva 
de cargos e empregos públicos, administração pública direta e indireta. Goiânia, 
2016. 
MACHADO, W. C. A. et al. Integralidade na rede de cuidados da pessoa com 
deficiência. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 27, 2018. 
MICHAELIS. Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: 
<https://michaelis.uol.com.br/busca?id=laWld>. Acesso em: 21 jul. 2022. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
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https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia
https://michaelis.uol.com.br/busca?id=laWld
 
 
21 
MOISES, R. R.; STOCKMANN, D. A pessoa com deficiência no curso da história: 
aspectos sociais, culturais e políticos. History of Education in Latin America-
HistELA, v. 3, p. e20780-e20780, 2020. 
VARA, M. de F. F.; CIDADE, R. E. Educação Física Adaptada. Curitiba: 
InterSaberes, 2021. 
 
	Conversa inicial
	FINALIZANDO

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