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COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDU – DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO MECÂNICA 
IUN – DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
ELABORAÇÃO: JORGE DE CARVALHO PIRES 
 
REVISÃO – 5 
Set. / 2004 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IUN - DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
Jorge Pires –27 3348-2218 e-mail: jpires@cst.com.br G:\ENGENHARIA\Preditiva\Documentos_Diversos\Jorge\diversos\TREINAM\alinhamento\apost ali_copleta.doc 
 
2
 
 
 
APRESENTAÇÃO: 
 
 
Este curso é dirigido a todos os profissionais envolvidos em montagem, manutenção, 
inspeção e fiscalização de serviços em máquinas rotativas de modo geral, e tem como 
objetivo a apresentação das principais técnicas para correção de desalinhamento através de 
métodos aritméticos, gráficos, escolha do instrumental mais adequado, critérios para se ter 
um alinhamento de qualidade e apresentação dos problemas causados por desalinhamento. 
 
 O desalinhamento entre máquinas rotativas é considerado uma das principais 
causas de avarias prematuras de rolamentos e/ou quebras de máquinas. Também na CST 
através da Manutenção Preditiva (Análises de vibrações) pôde comprovar este fato. Devido o 
desalinhamento na maioria das vezes não causar problemas de imediato nas máquinas, muitas 
avarias atribuídas a componentes da mesma, na realidade são conseqüência de um 
desalinhamento, porém na maior parte das vezes fica difícil comprovar este fato com a 
máquina já avariada. 
 
 Cada vez mais as empresas vêm se preocupando com este fato e têm procurado 
treinar e reciclar o pessoal envolvido, adquirindo equipamentos mais sofisticados com o 
objetivo de trazer maior confiabilidade, precisão e melhorar a qualidade do alinhamento. 
 
 Quando não é dada a devida importância ao alinhamento das máquinas todo o 
cuidado tido durante a montagem ou manutenção de um equipamento pode estar seriamente 
comprometido, com a quebra ou avaria prematura dos componentes. 
 Hoje, para atingir a qualidade total na manutenção, é imprescindível que se tenha 
um alinhamento de boa qualidade, e neste curso será mostrado que se forem seguidos alguns 
procedimentos básicos será fácil alcançar este objetivo. 
 
A importância do alinhamento para a saúde das máquinas. 
 
Os equipamentos rotativos normalmente são conectados por acoplamentos flexíveis que têm 
a função de absorver possíveis desalinhamentos provocados durante a operação das 
máquinas. Todos acoplamentos possuem limites de desalinhamento dentro dos quais eles 
operam sem falhar ou provocar folgas indesejáveis, mas mesmo quando operam dentro destes 
limites estes acoplamentos oferecem uma resistência a flexão que normalmente aumentam 
proporcionalmente ao desalinhamento e influenciando, desta forma, a flutuação de carga no 
mancal com a rotação do eixo, ou seja, mesmo que a acoplamento absorva o desalinhamento 
o mesmo pode causar danos a máquina, dependendo da rotação e da quantidade de 
desalinhamento. 
Principais problemas que podem ser ocasionados por desalinhamento: 
- vibrações excessivas 
- desgaste anormal em mancais de deslizamento. 
- avaria ou desgaste prematuro de rolamentos 
- avaria de selos mecânicos e labirintos 
- desgaste prematuro ou quebra de acoplamentos ou eixos 
- desgaste anormal de engrenagens. 
 
 IUN - DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
Jorge Pires –27 3348-2218 e-mail: jpires@cst.com.br G:\ENGENHARIA\Preditiva\Documentos_Diversos\Jorge\diversos\TREINAM\alinhamento\apost ali_copleta.doc 
 
3
 
ÍNDICE 
 
1. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO ALINHAMENTO / DESALINHAMENTO ................................... 4 
 
1.1. ALINHAMENTO COLINEAR...........................................................................................................4 
1.2. DESALINHAMENTO PARALELO OU RADIAL............................................................................ 4 
1.3. DESALINHAMENTO ANGULAR OU FACIAL ( AXIAL )........................................................... 4 
1.4. DESALINHAMENTO COMBINADO - RADIAL E ANGULAR..................................................... 5 
1.5. AFASTAMENTO AXIAL OU "GAP" ............................................................................................... 5 
 
2. FERRAMENTAS E DISPOSITIVOS............................................................................................................ 6 
 
3. FATORES QUE PODEM DIFICULTAR OU INSERIR ERRO NO ALINHAMENTO. ............................. 8 
5.1. PÉ MANCO ........................................................................................................................................ 8 
5.2. FLEXIBILIDADE DO CONJUNTO DE LEITURA. ......................................................................... 9 
 
4. REVISÃO MATEMÁTICA........................................................................................................................ 11 
4.1. REGRA DE TRÊS SIMPLES ........................................................................................................... 11 
4.2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULO ................................................................................................. 11 
4.3. OPERAÇÕES COM SINAIS............................................................................................................ 12 
 
5. MÉTODOS E EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO.................................................................................... 13 
5.1. MÉTODO RADIAL E FACE ........................................................................................................... 13 
5.2. ALINHAMENTO PELO MÉTODO DE LEITURAS REVERSAS. ................................................ 20 
5.3. ALINHAMENTO PELO MÉTODO FACE A FACE....................................................................... 25 
5.4. ALINHAMENTO COM INSTRUMENTOS A LASER. ................................................................. 29 
 
6. TOLERÂNCIAS NO ALINHAMENTO ..................................................................................................... 30 
 
7. ALINHAMENTO DE MÁQUINA SUJEITAS A DILATAÇÃO TÉRMICA............................................ 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IUN - DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
Jorge Pires –27 3348-2218 e-mail: jpires@cst.com.br G:\ENGENHARIA\Preditiva\Documentos_Diversos\Jorge\diversos\TREINAM\alinhamento\apost ali_copleta.doc 
 
4
1. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DO ALINHAMENTO / DESALINHAMENTO 
 
 
1.1. ALINHAMENTO COLINEAR 
 
Dois eixos são considerados alinhados colinearmente quando eles giram sobre o mesmo 
centro geométrico, isto é , quando não houver desalinhamento entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 01 - Alinhamento colinear 
 
 
1.2. DESALINHAMENTO PARALELO OU RADIAL 
 
Indica o deslocamento radial entre as linhas de centro de dois eixos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 02 - Desalinhamento radial 
 
1.3. DESALINHAMENTO ANGULAR OU FACIAL ( AXIAL ) 
 
É o desalinhamento que indica a inclinação entre as linhas de centro dos dois eixos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 03 - Desalinhamento angular 
 
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 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
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5
 
1.4. DESALINHAMENTO COMBINADO - RADIAL E ANGULAR 
 
É quando se tem deslocamento radial e inclinação entre as linhas de centro dos eixos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 04 - Desalinhamento combinado 
 
O desalinhamento normalmente se apresenta de forma combinada e é medido e corrigido no 
plano vertical e no plano horizontal , conforme fig. 05. 
 
 
 
A - Desalinhamento paralelo ( radial ) vertical 
 
B- Desalinhamento angular ( axial ) vertical 
 
 
 
 
 
 
C- Desalinhamento paralelo ( radial ) horizontal 
 
D- Desalinhamento angular ( axial ) horizontal 
 
 
FIG. 05 - Formas de apresentação do desalinhamento 
 
1.5. AFASTAMENTO AXIAL OU "GAP" 
 
É a distância que separa os cubos dos acoplamentos. O erro na ajustagem desta distância 
poderá causar problemas de desgaste prematuro no acoplamento ou mancais. 
Deverão ser seguidos os valores recomendados pelo fabricante do acoplamento, podendo ser 
usado uma tolerância de + ou - 1 mm para acoplamentos de engrenagem e 
+ ou - 0,40 mm para acoplamentos de diafragmas ou disco. 
 
 
 
 
 FIG. 06 - Afastamento axial 
A 
C 
D 
B 
PLANO HORIZONTAL
PLANO VERTICAL 
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2. FERRAMENTAS E DISPOSITIVOS 
 
Alguns acessórios são indispensáveis para se executar um bom alinhamento, outros são 
bastantes úteis para se ganhar tempo na execução dos trabalhos. 
 
Abaixo relacionados alguns mais importantes: 
 
a) Relógio comparador 
No alinhamento é usado para medir a posição do centro geométrico de um eixo em relação a 
outro. Os melhores modelos para alinhamento são aqueles compactos, de massas 
pequenas, para não interferirem nas leituras. 
 
 FIG. 07 - Relógio comparador 
 
b) Dispositivos de fixação 
São suportes utilizados para fixar os relógios ao eixo, devem ser confeccionados em materiais 
rígidos e ter área suficiente para apoiar e fixar os relógios. 
As hastes devem ser tubulares permitindo boa rigidez e baixo peso do conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 08 - Dispositivos de fixação de relógios 
 
EIXO 
HASTE P/ FIX. 
RELOG. 
TIRANTE DE
EIXO
EIXO 
EIXO 
FIXAÇÃO 
SUPORTE
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c) Parafusos de ajuste ( macacos ) 
São dispositivos que auxiliam muito no alinhamento, eles são instalados na base do motor 
com a finalidade de movimenta -lo no sentido horizontal e vertical. 
 
d) Calços 
Podem ser confeccionados em aço inox, aço carbono e latão , porém 
em locais sujeitos a oxidação são recomendáveis os de aço inox. 
Para se ter uma boa precisão no alinhamento deve se ter calços 
de várias espessuras, a partir de 0,05 mm. 
Recomenda-se também a utilização de no máximo 5 calços em 
cada pé. 
Os calços devem ser cortados sempre no formato e dimensão 
do pé da máquina que se está alinhando
 
 
 FIG. 09 - Calço 
e) Micrômetro 
Utilizado para medir a espessura dos calços . 
 
f) Calibrador de folga 
Utilizado para ajustar o afastamento axial dos cubos do acoplamento. 
 
g) Diagrama de alinhamento 
Papel milimetrado usado para traçar o gráfico da posição dos eixos. 
 
h) Trena 
Utilizada para medir as distâncias necessárias para cálculo das correções. 
 
Além destes podem ser utilizados vários outros instrumentos como: régua, esquadro, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. FATORES QUE PODEM DIFICULTAR OU INSERIR ERRO NO 
ALINHAMENTO. 
 
5.1. PÉ MANCO 
Este é um dos fatores que mais interferem na execução do alinhamento, pois o mesmo 
provoca um deslocamento irregular na máquina que esta sendo alinhada, e pode também 
provocar torções na estrutura da máquina dependendo da diferença existente entre os pés. 
O pé manco pode se apresentar de várias formas: 
 
 
 
 
a) pé curto - erro na fabricação da máquina ou base desnivelada 
 
 
 
 
 
b) pé ou base empenados 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) efeito mola: - excesso de calços 
 - calços oxidados ou sujos 
 - calços empenados 
 
 
 
 
 
 
 
d) base ou pé corroídos 
 
 
 
 
 
 
 
FIG. 10- Formas de apresentação do pé manco 
 
PÉ DA MAQ. 
BASE 
PÉ DA 
MAQ
BASE 
PÉ DA MAQ. 
BASE 
PÉ DA MAQ.
BASE 
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9
DEFL. TOTAL= 2A
A 
A 
3.1.1- Detecção e correção do pé manco. 
 
Para detecção do pé manco deve-se posicionar o relógio 
conforme indicado na fig. 11, folgar o parafuso de fixação 
e fazer a leitura do valor, apertar novamente o parafuso 
até zerar novamente o relógio. Esta operação deve ser 
repetida para todos os pés da máquina e anotando os valores 
conforme indicado no gráfico abaixo ( fig. 12) , na coluna 
"menor leitura" deve ser anotado o menor valor 
encontrado em um dos 
quatro pés, e na coluna "correção" deve ser FIG. 11 - Posicionamento do relógio 
anotado o valor da leitura menos o menor valor 
encontrado . 
 
A correção do pé manco é feita acrescentando 
calço no pé conforme indicado no gráfico. 
As diferenças entre pés inferiores a 0,05 mm 
devem ser desconsideradas. 
 
OBS.:- Quando o pé manco for causado por 
base ou pé empenados ou corroídos, vale 
somente a detecção, pois a correção deverá ser 
através da troca ou recuperação 
da base ou pé. 
- Quando houver o efeito mola os calços 
deverão ser substituídos por um de maior 
espessura e após feito novamente o teste do pé 
manco. 
FIG. 12 - Teste do pé manco 
5.2. FLEXIBILIDADE DO CONJUNTO DE LEITURA. 
O peso do conjunto haste / relógio provoca 
uma deflexão no conjunto que pode 
provocar erro nas leituras radiais verticais. 
Para se evitar isto, é conveniente usar haste 
tubulares e relógios pequenos com o menor 
peso possível, porém, quando não se é 
possível evitar a deflexão, este valor deve 
ser conhecido e acrescentado nas leituras 
radiais verticais. Para se medir a deflexão 
dos dispositivos pode-se proceder da 
seguinte forma: fixando o dispositivo num 
eixo rígido que se possa girar, zere o 
relógio na posição vertical superior (12 
horas) , gire o eixo 180 o e faça a leitura no 
relógio.O valor da leitura será a deflexão 
total do dispositivo. 
Os valores de deflexão inferiores a 0,03 mm são FIG. 13 - Teste de deflexão 
desprezíveis, dependendo da tolerância exigida 
no seu alinhamento . 
1 
2 3
4
1
2
3
4
LEIT. MENOR 
LEIT. CORR.
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10
0,20
0,10 
pos. do rel. se 
não hovesse defl. 
EX.1 
0,20
0,10
pos. do rel. se
não hovesse defl. 
EX.2 
 
Leitura real do relógio = leitura relógio + deflexão do dispositivo 
Nas figuras abaixo veremos exemplos de como a deflexão pode interferir na interpretação e 
na correção do desalinhamento. 
Nos exemplos um conjunto onde a deflexão medida é = 0,20 mm 
 
No EX. 1, onde o desalinhamento real é 0,10 
mm , se não houvesse deflexão zerando o 
relógio na posição 12 h, a leitura na posição 6 h 
seria - 0,20 mm, que dividido por 2 seria o 
desalinhamento real. Porém como existe uma 
deflexão de 0,20 mm a leitura no relógio será 
de - 0,40 mm, que dividindo por 2 será igual a 
- 0,20 mm que é o dobro do desalinhamento 
real. 
 
 Leit. real do rel.= - 0,40 + 0,20 
 Leit. real do rel. = - 0,20 mm 
 Des. radial vert.= - 0,20/ 2 = - 0,10 mm 
 
 
 FIG. 14 - Deflexão dos dispositivos 
 
 
 
 
 
No EX. 2, se não houvesse deflexão a leitura no 
relógio na pos. 6 h seria 
 + 0,20 mm, que dividido por 2 seria igual ao 
desalinhamento real que é de 0,10 mm, 
porém com a deflexão de 0,20 mm a leitura no 
relógio será "0" (zero). 
 
Leit. real do rel. = 0 + 0,20 = 0,20 mm 
Des. radial vert. = 0,20 / 2 = + 0,10 mm 
 
 
 
 
 
 FIG. 15 - Deflexão dos dispositivos 
 
 
 
 
 
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11
 
4. REVISÃO MATEMÁTICA. 
 
4.1. REGRA DE TRÊS SIMPLES 
A regra de três simples é uma forma aritmética para se determinar o valor de grandeza 
proporcional que pode ser direta ou indireta. 
 
Ex.: um trem percorre 100 Km em 4 horas. Qual o tempo necessário para percorrer 300 Km 
mantendo a mesma velocidade? 
 
100 Km ............. 4 horas Z = 300 x 4 / 100 Z= 12 horas 
300 Km ............ Z horas 
 
 
4.2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULO 
Dois triângulos são semelhantes quando os ângulos interno dos dois forem iguais, não 
importando o comprimento dos lados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
β 
α 
α 
D 
A 
B 
E 
F 
C 
β 
A D 
 = 
 B E 
ou seja : se D = 2A 
logo E = 2B e F = 2C 
α α 
1000 
z 
200 
 1 
200 1000 
 = 
1 z 
EXEMPLO: 
z = 1000 x1 / 200 
z = 5 
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 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
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12
 
4.3. OPERAÇÕES COM SINAIS 
 
Soma e subtração: 
 
a) Quando os sinais forem iguais, conserva-se o sinal e soma-se os valores. 
 Ex.: - 8 - 2 = - 10 
 +5 +4 = +9 
b) Quando os sinais forem diferentes, subtrai-se o maior do menor e conserva-se o sinal do 
maior. 
Ex.: + 12 - 9 = +3 
 + 4 - 15 = -11 
 
4.3.2- Multiplicação e divisão: 
 
a) Quando os sinais forem iguais o resultado será positivo. 
Ex.: ( - 3 ) x ( - 6 ) = + 18 ( - 20 ) / ( - 5 ) = + 4 
 ( +4 ) x ( +2) = +8 ( +30 ) / ( + 6 ) = + 5 
 
b) Quando os sinais forem diferentes o resultado será negativo. 
Ex.: ( - 2 ) x ( + 11) = - 22 
 ( +40 ) / ( - 8 ) = - 5 
 
 
EXERCÍCIO 1.1 
Nos triângulos semelhantes abaixo, calcule os lados "A" e "B". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
α α 
600 
200 
0,5 
A 
B 
1600 
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 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
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13
5. MÉTODOS E EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO 
 
A execução de uma alinhamento propriamente dita, compreende três fases: 
- leitura do desalinhamento, 
- calculo da correção do desalinhamento ( no pé da máquina), 
- correção propriamente dita do desalinhamento no pé da máquina. 
Para se ter um alinhamento de qualidade e com maior rapidez é imprescindível que se faça 
um planejamento dos itens a se executar. Este planejamento compreende: 
- seleçionar instrumental a ser utilizado certificando-se das condições de uso dos mesmos, 
conforme mencionado no item 3, 
- certificar-se que a deflexão dos dispositivos utilizados estão dentro do permissível ou do 
valor da deflexão dos mesmos conforme mencionado no item 4.2, 
- certificar-se se a maquina a ser alinhada é dotada de parafusos de ajuste ( macacos ), bem 
como todo ferramental necessário para folgar e deslocar a maquina a ser alinhada, 
- aprovisionar - se de calços de várias espessuras diferentes, 
- observar se existe alguma condição que possa causar pé manco, conforme mencionado no 
item 4.1. 
 Para se fazer a leitura do desalinhamento deve-se escolher o método mais adequado 
para cada caso. Em todos os métodos que serão estudados é conveniente que as leituras 
sejam feitas com os eixos acoplados a fim de evitar interferências provocadas por 
excentricidade dos acoplamentos ou imperfeições superficiais, sendo que um pré alinhamento 
é necessário quando existe dificuldade para acoplar-se os eixos. 
 
Alguns dos métodos que veremos são utilizados tanto para alinhamento com relógio como 
para equipamento a laser, porém neste item veremos apenas a utilização com relógio. 
Os métodos mais conhecidos e de maior aplicação pratica são: 
- Alinhamento pelo "Método Radial e Face " ( Rim and Face). 
- Alinhamento pelo "Método de Indicadores Reverso". 
- Alinhamento pelo "Método Face a Face". 
 
5.1. MÉTODO RADIAL E FACE 
 
É o método mais tradicional e mais popular . 
Vantagens: 
- é mais preciso que o método reverso onde o diâmetro do acoplamento é grande e a distância 
ente os cubos é pequena, e em pequenas máquinas onde o diâmetro do acoplamento e a 
distância dos cubos são pequenos, 
- pode ser utilizados em máquinas de grande porte onde não é possível girar um ou os dois 
eixos, com utilização de dispositivos especiais, 
- facilidade nos cálculos simplifica a correção no pé da máquina. 
Limitações deste método: 
- em máquinas onde não é possível girar os eixos pode ocorrer erros devido excentricidade ou 
imperfeições superficiais. 
- se usado em máquinas onde exista flutuação axial ( máquinas com mancais de 
deslizamento), 
pode ocorrer erros nas leituras de face. Para se evitar este inconveniente é necessário utilizar 
dois relógios para as leituras faciais a 180o , a leitura real será a metade da diferença entre as 
duas leituras após o giro de 180o.IUN - DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 ALINHAMENTO DE MÁQUINAS ROTATIVAS 
 
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14
 
 
 
Procedimentos para o alinhamento: 
Neste método utiliza-se dois relógios comparadores, um para leitura radial e outro para leitura 
de face, conforme figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 16 - Alinhamento pelo Método Radial e Face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste método quanto maior o diâmetro da leitura angular ( DL), maior será a precisão para 
cálculo do desalinhamento e das correções. Neste caso quando os dois eixos são girados ao 
mesmo tempo pode-se utilizar uma haste para auxiliar as leituras angulares, conforme figura 
acima. 
 
 
 
 
 
MAQ. 
FIXA 
MAQ. MOVEL 
A 
B 
C 
C1 C2 
ONDE: 
A-Distância do rel. radial ao primeiro pé da maq.movel (LA)
B-Dist. do rel. ao segundo pé da maq. movel (LOA) 
C-Raio de leitura do rel. axial, (DIAM. LEIT.= 2C) 
C1-Correção do desal. no primeiro pé (LA)
C2-Correção do desal. no segundo pé (LOA)
La-Leitura do desal. axial no acoplamento
Lr-Leitura do desal. radial no acoplamento
La 
Lr 
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15
 
 
Desenvolvimento da fórmula: 
 
 
 DL A ou B 
 Angular : ------ = ------- 
 La Da 
 La( A ou B ) 
Logo: Da = ------------- 
 DL 
 
Onde Da - Desalinhamento angular 
FIG. 17- Visualização do desal. 
Radial: 
Dr = Lr / 2 onde Dr - Desalinhamento radial 
 
As correções são calculadas através da somatório dos desalinhamentos: 
C1 = Da1 + Dr e C2 = Da2 + Dr 
 
que podem ser escritos numa única formula: 
 
 La x A Lr La x B Lr 
C 1 = ----------- + ------- C 2 = ----------- + --------- 
 DL 2 DL 2 
 
C 1- correção no primeiro pé ( LA ) 
C 2- correção no segundo pé ( LOA ) 
DL - diâmetro da leitura angular 
A - distância da leit. radial ao primeiro pé 
B- distância da leit. radial ao segundo pé 
La- leitura no relógio angular ( axial ) 
Lr - leitura no relógio radial 
 
As fórmulas são utilizadas para as correções tanto no plano vertical quanto horizontal. 
Normalmente primeiro é feito a correção no plano vertical e depois no plano horizontal, 
porém se o desalinhamento no plano horizontal for muito grande o mesmo deve ser 
melhorado para não inserir erro nas outras leituras. 
Para a posição de montagem dos relógios da figura 15 a interpretação da correção é a 
seguinte: 
Plano vertical - quando "C" for positivo (+) acrescentar calços, e quando for negativo (-) 
retirar calços, tendo o relógio sido zerado na posição superior (12 h ) . 
Plano horizontal - quando "C" for positivo (+) deslocar o equipamento a ser alinhado para o 
lado em que os relógios tenham sido zerados, e quando for negativo (-) para o lado oposto. 
 É muito importante que a pessoa que esteja executando o alinhamento consiga, 
através das leituras do relógio, visualizar a posição da máquina a ser alinhada, isto facilita 
bastante na interpretação das correções. 
 
 
Da 
Dr 
DL
La
A ou B 
α
α
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16
La 
La 
La 
La 
Lr 
Lr 
Lr 
Lr 
+ 
+ + 
+ 
-
-
- 
-
0 0 
0 0 
0 0 
0 0 
MOVEL
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao lado, alguns exemplos de 
posicionamento da máquina 
móvel em função das leituras dos 
relógios através do Método Radial e 
Face, considerando posição de 
montagem dos relógios conforme fig. 
16. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 18 - Interpretação do desalinhamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17
Lr La 
0 
-0,60 
0 
0,40
MOVEL 
PLANO VERTICAL 
C1=(Lax A) + LR 
DL 2 
C2=(Lax B) + LR 
DL 2 
Lr La 
0-0,40 0 -0,10
MOVEL 
PLANO HORIZONTAL 
C1=(Lax A) + LR 
DL 2 
C2=(Lax B) + LR 
DL 2 
EXERCÍCIOS -5.1.1. Calcular as correções plano vertical das leituras ao lado, considerando: 
 
DL = 200 mm 
A = 800 mm 
B = 1800 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO - 5.1.2. Calcular as correções no plano horizontal das leituras ao lado, 
considerando: 
 
DL = 200 mm 
A = 800 mm 
B = 1800 mm 
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18 
 
 
No Método Radial e Face as correções podem também ser obtidas graficamente conforme se 
segue: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIG. 19 - Representação gráfica do Método Radial e Face 
 
 
EXERCÍCIO 5.1.3 No exercício anterior obtenha as correções gráficas no plano vertical 
utilizando papel milimetrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C2 
A 
B 
- 
+ - 
 HOR.=1/20 VERT.=20/1) 
FIXO 
0 0 
A = 800 mm 
B = 1800 mm 
DL = 200 mm 
+ 
Dr 
La 
DL 
C1 
La Lr 
-0,40 -0,10 
Dr =-0,40/2 
Dr = -0,20 
EXEMPLO DE ESCALAS: ( 
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5.1.4. CASOS ESPECIAIS DE ALINHAMENTO PELO MÉTODO RADIAL E FACE 
ONDE NÃO É POSSIVEL GIRAR OS DOIS EIXOS AO MESMO TEMPO. 
 
1o CASO : as leituras são feitas nas máquina fixa ( eixo parado ) sendo a leitura angular na 
face interna do acoplamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 La x A ( Lr ) La x B ( Lr ) 
 C 1 = ------------ - ------ C 2 = ------------ - -------- 
 DL 2 DL 2 
 
 2o CASO : as leituras são feitas na máquina fixa ( eixo parado ) , sendo a leitura angular 
na face externa do acoplamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
La x A Lr La x B Lr 
 C 1 = - ( ------------ + ------ ) C 2 = - ( ------------+ -------- ) 
 DL 2 DL 2 
 
 
OBS.: nos dois casos quando C1 e C2 for " + " ( positivo ) no plano vertical, indica 
acrescentar calço, e " - " ( negativo) retirar calços, tendo sido os relogios zerados na posição 
superior (12h). No plano horizontal " + " ( positivo ) deslocar a máquina no sentido que o 
relogio tenha sido zerado, " - " ( negativo) deslocar a máquina sentido oposto ao que o 
relogio tenha sido zerado. 
 
MAQ. 
FIXA MAQ. MOVEL
C1 C2 
A
B
l r
L a
D L
MAQ. 
FIXA MAQ. MOVEL 
C1 C2 
A
B
l r
L a
DL
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5.2. ALINHAMENTO PELO MÉTODO DE LEITURAS REVERSAS. 
 
É um método onde as correções e o posicionamento dos eixos são obtidos diretamente através 
de gráficos. 
As principais vantagens deste método em relação ao Radial e Face são: 
- facilidade para alinhamento de trens de máquinas ( três ou mais máquinas ), 
- maior facilidade para alinhamento de máquinas com mobilidade vertical reduzida ( através 
de gráficos ), 
- não sofre interferência do jogo axial dos eixos. 
Limitações do Método Reverso: 
- os dois eixos tem que ser girado ao mesmo tempo. 
- para acoplamentos muito pequenos ou onde a distância entre os relógios for menor que o 
diâmetro do cubo do acoplamento o método perde a precisão. 
- tem maior precisão quando a distância entre os relógios "A", for superior a 20% de "C" vide 
figura 22. 
 
Este método consiste na utilização de dois 
relógios, um na máquina de referência e 
outro na máquina a ser alinhada, onde é 
medido apenas o deslocamento radial dos 
eixos. Conforme figura ao lado. 
 
Obs.- As leituras também podem ser feitas 
utilizando-se apenas um relógio, porém o 
tempo gasto será maior. 
 
 FIG. 20 - Posicionamento dos relógios 
 
Neste método as correções podem ser obtidas apenas graficamente com a utilização de papel 
milimetrado, sem a necessidade de cálculos adicionais. 
As leituras devem ser feitas no plano vertical, zerando o relógio na posição 12 h, girando o 
eixo 180o, e fazendo a leitura na posição 6 h. No plano horizontal zerando o relógio na 
posição 3 h, girando 180o, e fazendo a leitura na posição 9 h, conforme figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG.21 - Leituras no Método Reverso 
 
MAQ. 
MOVEL 
MAQ. 
FIXA 
(12h) 
0 
0 (3h) 
LEIT. 
LEIT. 
(9h) 
(6h) 
(12h) 
0 
0 (3h) 
LEIT. 
LEIT. 
(9h) 
(6h) 
MAQUINA 
FIXA 
MAQUINA 
MOVEL 
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As medidas necessárias para se traçar o gráfico no Método Reverso são mostradas na figura 
abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 22 - Método Reverso 
 
 
Para traçar os gráficos procede-se da seguinte forma: 
Numa folha de papel milimetrado escolha as escalas que melhor lhe convier, na horizontal 
reduzindo e na vertical ampliando. Divida as leituras obtidas nos relógios por dois e marque 
os valores obtidos nos planos de leitura correspondentes no gráfico, observando o sinal das 
leituras ( +, - ), no gráfico os sinais na maq. fixa são sempre inverso ao da máquina móvel. 
Una os pontos marcados através de uma reta prolongando-os até os pés da máquina móvel, as 
correções do desalinhamento serão as distâncias da linha da máquina fixa a linha da máquina 
móvel nas posições C1 e C2, observando sempre a escala que esta sendo usada. 
Deve-se traçar um gráfico para o plano horizontal outro para o plano vertical, sendo que no 
plano horizontal considera-se positivo o lado onde é zerado o relógio. 
 
 
MAQ
FIX MAQ. 
C1 C2 
ONDE: 
C1 - Correção do desal. no primeiro pé (LA) 
C2 - Correção do desal. no segundo pé (LOA) 
LF - Leitura do desal. na maq. fixa 
LM - Leitura do desal. na maq. movel 
A B 
LF 
LM 
C 
A – Distância entre os planos de leitura da máq. fixa e máq. móvel (LF e LM) 
B – Distância da “LM” ao primeiro pé da máq. móvel (LA) 
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No exemplo abaixo representação gráfica com as correções no pé da máquina do 
desalinhamento no plano vertical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIG. 23 - Exemplo de correção pelo Método Reverso 
 
 
As correções no método reverso também podem ser obtidas por meio de cálculos, através das 
seguintes fórmulas: 
 
 (LM + LF) x B LM (LM + LF) x C LM 
C1= ------------------- + -------------- C2 = --------------------- + -------- 
 2A 2 2A 2 
No exemplo acima teremos: 
 
C1= (0,30 - 0,50) 400 / 2x200 + (- 0,50/2) = - 0,45 
 
C2= (0,30 - 0,50)1000 / 2x200 + (- 0,50 / 2) = - 0,75 
 
 
 
 
 
VERT.=20/1 
=-0,75 
C2 
C1=-0,45 
LM/2 
+ 
- - 
LF/2 
+ 
-0,50/2=-0,25 
-0,50 0,30 
0 0 
LF LM 
0,30/2=0,15 
A = 200mm 
B = 400mm 
C = 1000mm 
FIXO 
A B 
C 
EXEMPL. DE ESCALAS: HOR.=1/20
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23 
 
5.2.1. Interpretação das leituras e verificação das tolerâncias no Método Reverso. 
 
 
No Método Reverso o 
desalinhamento angular (Da), será a 
soma entre as leituras LF e LM 
dividido pela distância entre os 
relógios multiplicado por dois; o 
resultado será a inclinação para cada 
1 mm. 
 
O desalinhamento radial (Dr), será a 
leitura na máquina móvel (LM) 
dividido por dois . 
 
No exemplo da figura 23 onde : 
LM = - 0,50 mm 
LF= 0,30 mm 
A = 200 mm 
teremos: Dr = LM / 2 Dr = - 0,50 / 2 
 Dr = -0,25 
Da = (0,30) + (- 0,50) / 2x200 FIG. 24 - Repres. do desalinhamento 
Da = - 0,20 / 400 
Da = - 0,0005 mm / mm 
 
 Obs.: A inclinação da máquina móvel será de 0,0005 mm para cada 1 mm de distância, 
consultando-se a tabela da página 29 verifica-se se o valor está dentro da tolerância. 
 
 
 
Se a leitura estiver sendo feita 
diretamente sobre o cubo do 
acoplamento conforme FIG. 21, o valor 
pode ser comparado direto aos valores 
da tabela; porem, se a leitura for sobre o 
eixo conforme mostrado na fig. 24, 
para se consultar a tabela os valores 
deverão ser transferidos para o 
acoplamento medindo diretamente no 
gráfico ou calculando matematicamente 
conforme mostra na figura 25. 
 
 
 
 
 FIG. 25 - Pos. dos relógio 
 
 
 
 
FIXO 
Da 
Dr 
MAQ. MAQ. 
MOVEL 
A 
Da= LM + LF 
2ADr= LM/2 
LF/2 
LM/2 
LF
LM 
MAQ. 
FIXA 
MAQ. 
MOVEL 
A 
Dr = 
LM + LF 
2 A 
( ) Z 
LM 
2 
- 
Z 
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24 
 
EXERCÍCIO - 5.2.1 
a) Obtenha os valores do Dr (desalinhamento radial ) e de Da ( desalinhamento angular) das 
leituras de desalinhamento ao lado, efetuadas no Metodo Reverso. 
b) Consulte a tabela da pagina 29 se os valores de Dr e Da estão dentro da tolerancia para 
uma rotação de 1800 rpm e acoplamento simples. 
c) Utilizando papel milimetrado obtenha graficamente 
 as correções do desalinhamento no plano vertical 
 e horizontal, sendo: 
A = 200 
B = 400 
C= 1400 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO - 5.2.2 
Calcule matematicamente as correções para os mesmos valores do exercício anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LF LM
0 0
0,30 -0,50-
0,20 0 -0,40 0
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5.3. ALINHAMENTO PELO MÉTODO FACE A FACE 
 
É um método específico para ser utilizado quando a distância que separa os componentes a 
serem alinhados é muito grande ( superior a 1500 mm ), e os mesmos são conectados por 
elementos flexíveis sem mancal intermediário, como por exemplo ventiladores de torre de 
resfriamento de água. Nestes casos o deslocamento radial provocado pelo desalinhamento 
normalmente é muito pequeno, não podendo portanto, ser utilizado os métodos vistos 
anteriormente; as correções são obtidas apenas com a leitura dos desvios angulares dos dois 
acoplamentos. 
Sua principal vantagem é permitir o alinhamento de eixos longos sem necessidade de 
dispositivos especiais, e sua limitação é que só pode ser usado com os eixos acoplados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 26 - Alinhamento pelo Método Face a Face 
 
ONDE: 
La1 - leitura angular na máquina fixa 
La2 - leitura angular na máquina móvel 
DL1 - diâmetro de leitura no relógio 1 
DL2 - diâmetro de leitura no relógio 2 
C1 - correção do desalinhamento no primeiro pé (la) 
C2 - correção do desalinhamento no segundo pé (loa) 
A - distância entre os acoplamentos 
B - distância do acoplamento da máquina móvel ao primeiro pé da (LA) 
C - distância entre os pés da máquina móvel 
 
As correções são calculadas usando-se as seguintes fórmulas: 
 
 La1 (A+B) La2 x B 
C1 = ----------------- + ----------------- 
 DL1 DL2 
 
 
 La1 (A+B+C) La2 (B+C) 
C2 = ------------------------ + ---------------- 
 DL1 DL2 
 
C1 C2 
A B C 
La1 
La2 
DLI/2 DL2/2
MAQ.
MOVEL
MAQ. 
FIXA 
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EXEMPLO: 
Calcular as correções para o desalinhamento vertical das seguintes leituras: 
 
 
C1= - 0,30(1800+500) /200 +0,50(500) / 200 
 
C1 = - 3,45 + 1,25 
 
C1 = - - 2,20 mm 
 
 
C2 = - 0,30(1800+500+400) / 200 + 
0,50(500+400) / 200 
 
C2 = - 4,05 + 2,25 
 
C2 = - 1,80 mm 
 
 
OBS.: No plano vertical sinal negativo (-) indica tirar calço e sinal positivo (+) acrescentar 
calço. 
No plano horizontal o sinal negativo (-) indica deslocar a máquina no sentido oposto ao que o 
relógio foi "zerado", e o sinal positivo (+) deslocar a máquina no sentido ao que o relógio foi 
zerado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 0 
0,30 +0,50 
A = 1800 mm 
B = 500 mm 
C = 400 mm 
La1 La2 
- 
0 0,20 0 -0,30 
DL1 = 200 mm 
DL2 = 200 mm 
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27 
 
No Método Face a Face as correções também podem ser obtidas graficamente. No exemplo 
anterior a solução pode ser obtida conforme figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIG. 27 - Solução gráfica no Método Face a Face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIXO A B C 
0 0 
0,30 +0,50 
A = 1800 mm 
B = 500 mm 
C = 400 mm 
DL1 
La1 
DL2 
La2 
La1 La2 
+ 
- 
+ 
- 
- 
C1 C2 
MOVEL 
Exemplo de escalas :vertical 20/1 , horizontal 1/20 
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28 
 
EXERCÍCIO 5.3.1. 
a) Utilizando a tabela da pagina 29 verifique se os valores de desalinhamento do exemplo 
anterior obtidas no Metodo Face a Face estão dentro da tolerancia para uma rotação de 1200 
rpm. 
b) Calcule matematicamente as correções para o desalinhamento no plano horizontal do 
exemplo anterior onde : 
 
La1= - 0,30 mm 
La2= 0,20 mm 
A= 1800 mm 
B= 500 mm 
C= 400 mm 
DL1= 200 mm 
DL2= 200 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 5.3.2. Utilizando papel milimetrado obtenha as correções graficamente para o 
exercício anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29 
 
5.4. ALINHAMENTO COM INSTRUMENTOS A LASER. 
 
Os instrumentos de alinhamento a Laser geralmente são compostos de emissores / receptores 
que substituem os relógios, e um processador com um programa de alinhamento que a partir 
das leituras nas posições pré determinadas e entrada das distâncias solicitadas ele calcula as 
correções no pé da máquina e o desalinhamento no acoplamento. 
As marcas mais tradicionais no 
mercado são: 
 
Optalign (Pruftechnik ) que 
utiliza o método de alinhamento 
Radial e face, e trabalha com 
um emissor / receptor e um 
prisma , e lê os desvios do raio 
no eixo x e no eixo y nas 
posições 12:00 h, 3:00 h, 6:00 h, 
9:00 h. 
 
 
 
 
 
 
 
 FIG. 28 - Alinhador a Laser Optalign 
 
Combi-Laser (Fixtur-Laser) que 
utiliza o método de alinhamento 
Reverso, e trabalha com dois 
emissores / receptores de Laser 
fazendo apenas as leituras dos 
desvios radiais do raio. Por ser 
um método gráfico, as correções 
no pé da máquina são obtidas 
diretamente girando o eixo para a 
posição 3:00 h no plano 
horizontal e 12:00 h para o plano 
vertical.FIG.29 - Alinhador a Laser Combi-Laser 
 
O alinhamento com instrumentos a Laser se sobrepoem ao alinhamento com relógio devido 
maior agilidade nas leituras, maior rapidez nos cálculos, menor margem de erro humano, 
menor margem de erro instrumental, e a inexistência de deflexão; porém os cuidados 
descritos no início da apostila e o que se refere ao planejamento do alinhamento descritos no 
item 5, bem como a correção do desalinhamento propriamente dita não se diferem do 
alinhamento com relógio, cabendo ao executante tomar todos os cuidados necessários para 
um bom e rápido alinhamento. 
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6. TOLERÂNCIAS NO ALINHAMENTO 
 
Muitos fabricantes de equipamentos usam as tabelas de tolerância dos acoplamentos como a 
tolerância do equipamento, porém estas tabelas trazem os valores limites que os 
acoplamentos podem operar sem falhar, sendo que nos equipamentos existem outros 
componentes que poderão sofrer desgaste ou avarias antes do acoplamento. A tolerância a ser 
considerada na execução do alinhamento tem de ser a tolerância do conjunto, que é 
determinada principalmente pela rotação ( RPM ), e também por componentes da máquina. 
 O desalinhamento angular, ou seja a inclinação do eixo normalmente é interpretada 
de forma errada; no Método Radial e Face e no Face a Face o desalinhamento angular deve 
ser considerado em função do "DL" ( diâmetro de leitura ), e no Método Reverso em função 
de "A" ( distancia entre os relógios ), e pode ser expresso em "mm / mm" ou em 
"mm / 100 mm", e não simplesmente a leitura do relogio. 
 Abaixo um tabela referencial que pode ser usada quando não houver nenhuma 
recomendação do fabricante do equipamento, e serve tanto para os Método Radial e Face, 
Face a face e para o Reverso. Vale lembrar que as tolerâncias são para o desalinhamento no 
cubo do acoplamento, e que o "0" ( zero ) deve ser sempre o objetivo do alinhamento. 
 
ACOPLAMENTO SIMPLES 
( SEM ESPASSADOR ) 
RPM EXCELENTE (mm) ACEITÁVEL (mm) 
600 0,12 0,23 
900 0,08 0,15 
1200 0,07 0,12 
1800 0,05 0,1 
3600 0,03 0,05 
 
 
DESALINHAMENTO 
PARALELO ( RADIAL ) 
7200 0,01 0,03 
 EM mm / 1 mm EM mm / 1 mm 
600 0,001 0,0015 
900 0,0007 0,001 
1200 0,0005 0,0008 
1800 0,0003 0,0005 
3600 0,0002 0,0003 
ANGULAR ( INCLINAÇÃO ) 
 
Para Método Radial / Face mm 
/ mm de diâmetro de leitura 
 
Para Método Reverso mm / mm 
de distância dos relógios 7200 0,0001 0,0002 
 
ACOPLAMENTO COM 
CARRETEL ESPASSADOR 
 EM mm / 1 mm EM mm / 1 mm 
600 0,0018 0,003 
900 0,0012 0,002 
1200 0,001 0,0015 
1800 0,0006 0,001 
3600 0,0003 0,0005 
PARALELO / ANGULAR 
 
(Para Reverso mm / mm de 
distância dos relógios.) 
(Para Radial / Face mm / mm de 
comprimento do espassador.) 
 
7200 0,0002 0,0003 
PÉ MANCO 0,05 mm 0,08 mm 
FONTES : Tabelas de tolerância da Fixtur-Laser e da Pruftechinic 
 
 
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7. ALINHAMENTO DE MÁQUINA SUJEITAS A DILATAÇÃO TÉRMICA 
 
As máquinas como turbina , compressores, geradores, etc, sujeitos a altas temperaturas 
sofrem os efeitos da dilatação térmica quando em operação, portanto no alinhamento a frio 
estas máquinas tem que ficar um determinado valor mais baixas ou a maquina a ela acoplada 
tem de ficar mais alta para compensar a dilatação. Normalmente só o alinhamento radial 
vertical sofre alteração. 
Quando os valores de dilatação não são fornecidos pelo fabricante do equipamento a melhor 
opção é que se efetue o alinhamento com a maquina a frio, o mais próximo de zero possível 
e logo após, coloque a mesma em operação até atingir a temperatura normal de operação; 
pare a máquina e faça a leitura do desalinhamento com a máquina quente . A diferença entre 
as leitura com a máquina quente e a leitura com a máquina a frio será o valor da dilatação, 
ou seja, quanto a máquina deverá ficar mais baixa ou mais alta. 
 Apesar de existirem fórmulas para calculo deste valor o procedimento anterior é mais 
confiavel, tendo em vista a margem de erro das fórmulas e também se houver diferença de 
temperatura na máquina existe a possibilidade da dilatação não ser uniforme podendo 
portanto haver alteração também no alinhamento angular vertical. 
 
Abaixo, fórmula da dilatação para turbina a vapor onde é considerado apenas o 
deslocamento radial vertical: 
 
 1,2 HT TT 1,2 HM TM 
D = ------------------- x --------- - ------------- x ------------ 
 1000 100 1000 100 
 
ONDE: 
D = Dilatação ( mm) 
HT = Altura do centro eixo turbina a base ( mm ) 
HM = Altura do centro eixo da máquina acionada a base ( mm ) 
TT = Diferença entre a temperatura de operação da turbina e a temperatura ambiente ( oC) 
TM = Diferença entre a temperatura de operação da máquina acionada e a temperatura 
ambiente ( oC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PLANILHA DE ALINHAMENTO PELO MÉTODO RADIAL E FACE 
ÁREA: EQUIP.: DATA: 
COMP. ALINHADOS: RPM: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
CÁLCULO DAS (La x A) Lr (La x B) Lr 
CORREÇÕES : C1= ----------- + ------ C2= ----------- + ----- 
 DL 2 DL 2 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
PLANO VERTICAL: 
Lr + DEFL. = 
La = 
 
 
 
 
 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
PLANO HORIZONTAL: 
Lr = 
La = 
 
 
 
 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
VISUALIZAÇÃO GRÁFICA DO DESALINHAMENTO: 
 
 
 
MAQ. MOVEL 
A 
B 
C 
C1 C2
La 
Lr 
A= 
B= 
DL(2C)= 
DEFLEXÃO= 
TOLER.RADIAL=
TOLER.ANGULAR=
0 0 0 0
LEITURAS NO ACOPLAMENTO 
Lr La Lr La 
+ 
- + 
- 
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PLANILHA DE ALINHAMENTO PELO MÉTODO REVERSO 
ÁREA: EQUIP.: DATA: 
COMP. ALINHADOS: RPM: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
CORREÇÃO GRÁFICA USANDO PAPEL MILIMÉTRADO 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
CORREÇÃO MATEMÁTICA : 
 (LM + LF) x B LM (LM + LF) x C LM 
C1 = -------------------- + ------ C2 = -------------------- + -------- 
 2A 2 2A 2 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------PLANO VERTICAL: 
 
LM + DEFL.= 
LF + DEFL.= 
 
 
 
 
 
 
PLANO HORIZONTAL: 
 
LM = 
LF = 
 
 
 
 
 
MAQ. MOVEL 
A 
B 
C 
C1 C2
La 
Lr
A= 
B= 
DL(2C)= 
DEFLEXÃO= 
TOLER.RADIAL=
TOLER.ANGULAR=
LEITURAS NO ACOPLAMENTO 
0 
0 0 0 
LM LM LF LF 
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PLANILHA DE ALINHAMENTO PELO MÉTODO FACE A FACE 
ÁREA: EQUIP.: DATA: 
COMP. ALINHADOS: RPM: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
CÁLCULO DAS La1 ( A+B) La2 x B La 1(A+B+C) La2(B+C) 
CORREÇÕES : C1= --- ----------- + ------------ C2= ----------- ------ + -------------- 
 DL1 DL2 DL 1 DL 2 
------------------------------------------------------------------------------------------------ 
PLANO VERTICAL: 
 
La1= 
La2= 
 
 
 
 
PLANO HORIZONTAL: 
 
La1= 
La2= 
 
 
 
 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
VISUALIZAÇÃO GRÁFICA DO DESALINHAMENTO: 
 
 
 
 
C1 C2
A B C 
La1 La2
DL1/2 DL2/2 
MAQ.
MOVEL
A 
A 
B 
C = 
= 
= 
DL1 = 
DL2 = 
LEITURAS NO ACOPLAMENTO 
0 0 0 0 
La2 La2 La1 La1 
+ 
- + 
- 
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SUGESTÃO DE SUPORTE PARA FIXAÇÃO DE RELÓGIO COMPARADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diâmetro 
de fixação 
(mm) 
 A 
(mm) 
 B 
(mm) 
tirante 
diam.xcom
p (mm) 
20 a 60 10 30 8 x 70 
60 a 150 25 110 8 x 150 
acima 150 75 170 
 
Exemplo da fixação para dois relogios Exemplo de fixação para um relógio de 
usando dois suportes fixados por tirantes cada lado, usando um suporte 
fixado por corrente e tirante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS. : Esta é apenas uma sugestão de suporte que pode ser confeccionado, sendo que 
adaptações e melhorias podem ser feitas, dependendo da criatividade de cada um. 
20 
25 
40 40 
10 20 
15 
FURO C/ ROSCA M8x15 
FURO DIAM.10 
B 
A 
MATERIAL: ALUMINIO, AÇO , 
ETC
ESPESSURA = 16 a 20 
mmm
EIXO
HASTE P/ FIX. 
RELOG. 
TIRANTE DE 
AJUSTE 
CORREN
TE
TIRANTE 
DEAJUST
E
EIX
O
HASTE P/ FIX. 
REL
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Bibliografia: 
 
 
- BLOCH , Heinz P. e GEITNER , Fred K. - Practical Machinery Manegement for Process 
Plants Vol. 3 - 1985 ( Machinery Component Maintenance and Repair ) 
 
- PIZANI , Odolmir - Alinhamento de equipamentos - 1994 
 
- Manual do Optalign - Pruftechnik - 1987 
 
- Manual do Combi-Laser - Fixtur-Laser - 1994 
 
- Manual de Manutenção de turbinas e Bombas - Italipiante / kkk

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