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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES .................................................................... 4 
3 SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................ 19 
4 SISTEMA ARTICULAR ............................................................................. 22 
5 FUNDAMENTOS NEUROMUSCULARES ................................................ 29 
6 CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR....................................................... 32 
7 COMPLEXO ARTICULAR: OMBRO ......................................................... 34 
8 COMPLEXO ARTICULAR: COTOVELO E ARTICULAÇÃO 
RADIOULNAR..... ...................................................................................................... 37 
9 COMPLEXO ARTICULAR: PUNHO E MÃOS .......................................... 38 
10 COMPLEXO ARTICULAR: COLUNA VERTEBRAL .............................. 40 
11 CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR ..................................................... 42 
12 COMPLEXO ARTICULAR: QUADRIL ................................................... 45 
13 COMPLEXO ARTICULAR: JOELHO, TORNOZELO E PÉ ................... 47 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
 
Fonte: cinesiocultura.blogspot.com 
Derivada do grego kinesis, que significa movimento e lógos que corresponde a 
estudo, a Cinesiologia é uma área da ciência que estuda o movimento humano, bem 
como as articulações, eixos e planos que envolvem o movimento. Segundo Lippert 
(2018) a cinesiologia engloba aspectos relacionados a anatomia, fisiologia, física e 
geometria, fazendo uma correlação desses aspectos com o movimento humano, 
sendo importante conhecer os ossos, articulações, musculatura e demais estruturas 
envolvidas na realização do movimento, para que se possa entender e descrevê-los. 
A cinesiologia é bastante utilizada no âmbito esportivo de alto rendimento, por 
possibilitar a análise detalhada dos movimentos, o que contribui para o bom 
desenvolvimento de um plano de treinamento. 
Dessa forma, ao se iniciar os estudos sobre a cinesiologia, é importante de 
acordo com Floyd (2011) que o estudante tenha um ponto de referência para melhor 
compreender o sistema musculoesquelético, bem como seus planos, classificações 
articulares e terminologia do movimento realizado pela articulação. Nesse sentido, a 
posição anatômica é amplamente utilizada como referência ou ponto de partida para 
se relatar movimentos ou a localização das estruturas corporais. 
 
 
http://cinesiocultura.blogspot.com/
 
Posição Anatômica e seguimentos corporais 
 
A posição anatômica, conforme figura abaixo é descrita da seguinte forma: O 
corpo humano deve estar em posição ortostática, ou seja, de pé. A cabeça e os olhos 
devem estar voltados para frente, os membros superiores pendentes ao lado do corpo 
e com as palmas das mãos voltadas para frente, enquanto os pés devem estar 
paralelos, juntos e com os dedos voltados para frente. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 
Além de compreender a posição anatômica, é importante que se conheça os 
seguimentos que compõe o corpo, uma vez que os mesmos também são 
fundamentais para a descrição da posição anatômica. Conforme a figura acima, a 
cabeça e o pescoço são segmentos separados. A cabeça é composta pelo crânio, 
enquanto o pescoço é composto pelas vertebras cervicais. 
Os membros superiores são compostos pelo braço, antebraço e mão. O braço 
está entre a articulação do ombro e do cotovelo, onde localiza-se o úmero. Já o 
antebraço, que se localiza entre o cotovelo e o punho, é composto pelo rádio e a ulna. 
 
A mão é composta pelos ossos do carpo, metacarpo e falanges distais, mediais e 
proximais. 
O tronco é formado pelo tórax, onde localizam-se as costelas, esterno e as 
vertebras torácicas e pelo abdome onde localiza-se a pelve, vísceras e vertebras 
lombares. 
Os membros inferiores são constituídos pela coxa, perna e pé. A coxa, onde 
localiza-se o fêmur, está entre as articulações do quadril e do joelho. A perna, que 
está entre o joelho e o tornozelo é composta pela tíbia e fíbula. Já o pé, é comporto 
pelo tarso, metatarso e falanges. 
 
Terminologia direcional anatômica 
 
Alguns termos são utilizados quando se deseja descrever anatomicamente a 
localização ou a posição de uma estrutura em relação a outras. 
O termo superior ou cranial é utilizado quando quer se indicar que determinada 
estrutura ou segmento está mais próxima do ponto mais alto do crânio/cabeça. Já o 
termo inferior ou caudal, é utilizado quando se quer indicar maior aproximação com 
os pés, ou seja, a parte mais baixa do corpo. 
 
Fonte: Lippert (2018) (fonte adaptada) 
 
Para exemplificar, utilizaremos o coração e a bexiga. Considerando a posição 
anatômica, pode-se dizer que o coração está superior a bexiga, uma vez que o mesmo 
está mais próximo da cabeça, assim como, a bexiga está inferior ao coração, pois está 
mais próximo dos pés. 
Outros dois termos são anterior e posterior. O termo anterior ou ventral indica 
maior aproximação com a frente do corpo, enquanto o termo posterior ou dorsal refere-
se a superfície posterior do corpo, ou seja, as costas. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) (fonte adaptada) 
A partir da posição anatômica, pode-se entender que os dedos dos pés são 
anteriores em relação ao calcanhar, assim como, o calcanhar é posterior em relação 
aos dedos dos pés. 
Tem-se também os temos medial e lateral. O termo medial indica um local ou 
posição próxima à linha mediana do corpo, enquanto o termo lateral indica um local 
ou posição mais distante da linha mediana do corpo. Essa linha mediana corresponde 
a uma linha que divide o corpo em dois lados, o direito e o esquerdo. 
 
 
 
 
Fonte: Lippert (2018) (fonte adaptada) 
Para exemplificar, utilizaremos os dedos das mãos, pois considerando a 
posição anatômica o polegar é lateral em relação ao dedo mínimo, uma vez que o 
polegar está mais longe do plano medial do corpo. Da mesma forma, o dedo mínimo 
é medial em relação ao polegar. 
Existem também os termos superficial, intermédio e profundo que analisam o 
quanto uma estrutura está mais próxima ou distante da superfície do corpo. 
 
 
Fontes: estudokids.com.br 
 
Conforme figura acima a pele, por exemplo, é superficial aos músculos 
esqueléticos. No mesmo sentido, os ossos são profundos em relação aos músculos 
esqueléticos. Já os músculos esqueléticos, nesse caso, são considerados 
intermediários. 
São utilizados também os termos proximal e distal. O termo proximal significa 
que a estrutura está mais próxima da origem do membro ou do tronco, enquanto o 
termo distal significa que a estruturaestá mais longe da origem ou do tronco. 
 
Fonte: Lippert (2018) (fonte adaptada) 
Considerando que a origem do membro superior é a articulação do ombro, que 
está próxima ao tronco, pode-se dizer que o cotovelo é proximal em relação ao punho, 
uma vez que o cotovelo está mais próximo da origem do membro. Por sua vez, o 
punho é distal em relação ao cotovelo, pois está mais distante da origem do membro. 
Ao se descrever a posição do corpo enquanto o mesmo está deitado, utilizada 
os termos decúbito dorsal, decúbito ventral e decúbito lateral esquerdo ou direito. No 
decúbito dorsal, a pessoa está deitada com a face e o abdome voltados para cima. Já 
em decúbito ventral a mesma está deitada com a face e o abdome voltados para baixo. 
No decúbito lateral a pessoa está deitada sobre o lado esquerdo ou direito, conforme 
imagem a seguir: 
 
 
 
Fonte: estudandoenfermagemblog.wordpress.com 
Existem também termos de lateralidade, os quais são utilizados para descrever 
diferentes estruturas. O termo bilateral é utilizado para se referir a estruturas que estão 
localizadas em ambos os lados do corpo, como por exemplo os pulmões. Ao descrevê-
los, é sempre importante mencionar se está se referindo ao lóbulo direito ou lóbulo 
esquerdo. Todavia, ao descrever uma estrutura que está localizada apenas de um 
lado do corpo, dizemos que a mesma é unilateral. 
Por fim, existem também os termos contralateral e ipsilateral. Contralateral 
significa do lado contrário, enquanto ipsilateral, significa do mesmo lado. Pode-se 
dizer dessa forma, que a mão esquerda é ipsilateral, ao pé esquerdo pois estão do 
mesmo lado do corpo, assim como, a mão esquerda é contralateral a mão direita, por 
estarem de lados opostos. 
 
Planos Anatômicos e eixos de movimento 
 
Os planos anatômicos são uma espécie de cortes imaginários que atravessam 
o corpo humano, ajudando a descrever o corpo de forma tridimensional. Esses planos 
são chamados de sagital, frontal ou coronal/lateral e transverso ou horizontal. Além 
dos planos, existem os eixos de movimento, os quais juntos, auxiliam na descrição 
 
dos movimentos realizados pelo corpo, pois o movimento acontece dentro dos planos 
e ao redor dos eixos. 
 
Fonte: odontoup.com.br 
O plano sagital, é um plano vertical que divide o corpo nos lados direito e 
esquerdo. O plano frontal, também é vertical, entretanto, atravessa o corpo dividindo-
o em parte anterior e posterior. Já o plano transverso, é um plano horizontal, que divide 
o corpo em parte superior e inferior. Enquanto os planos são cortes imaginários, os 
eixos são linhas imaginárias ao redor das quais acontecem os movimentos do corpo. 
 
 
Fonte: anatomia-papel-e-caneta.com 
 
 Existem três eixos de movimento: o eixo látero-lateral ou transversal, eixo 
longitudinal ou crânio-caudal e eixo antero-posterior ou sagital. É importante ressaltar 
que não se deve confundir os nomes dos planos e eixos, uma vez que são elementos 
diferentes. 
 O eixo látero-lateral ou transversal, atravessa o corpo lateralmente, passando 
perpendicularmente pelo plano sagital. Ao redor desse eixo acontecem os 
movimentos de flexão e extensão. O eixo longitudinal, atravessa o corpo de cima para 
baixo, cruzando de forma perpendicular o plano transverssal. Nesse eixo, acontece o 
movimento de rotação. Já o eixo antero-posterior ou sagital, atravessa o corpo de 
frente para trás, atravessando também perpendicularmente o plano frontal. Ao redor 
desse eixo, acontecem os movimentos de adução e abdução. 
 
Movimentos das articulações 
 
 Como já mencionado, os movimentos acontecem sobre os planos anatômicos 
e envolta dos eixos. Flexão, extensão, abdução, adução e rotação são termos usados 
para descrever os movimentos que ocorrem nas articulações. 
No plano sagital e ao redor do eixo látero-lateral, acontecem os movimentos 
chamados de flexão e extensão. A flexão pode ser definida como um movimento que 
diminui o ângulo de uma articulação por promover aproximação entre os ossos, 
enquanto a extensão é o movimento que aumenta esse ângulo. 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 
No caso dos punhos e dos tornozelos o nome dado aos movimentos de 
extensão e flexão sofre uma pequena modificação. A flexão no punho, pode ser 
chamada também de flexão palmar, enquanto a flexão no tornozelo pode ser chamada 
de flexão plantar. Entretanto, o movimento de extensão em ambas as articulações 
pode ser chamado de dorsiflexão. 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Além desses, ocorre também o movimento de hiperextensão o qual caracteriza-
se como a continuação da extensão para além da posição anatômica, podendo ser 
realizado pelos ombros, pescoço, punhos, tronco e o quadril. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 
Os movimentos que acontecem no plano frontal e ao redor do eixo ântero-
posterior são chamados de abdução e adução. A abdução caracteriza-se por ser um 
movimento que afasta o membro em movimento, do plano sagital enquanto a adução 
aproxima o membro do plano. 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Além dos ombros e do quadril, o punho e os dedos são capazes de realizar o 
movimento de abdução e adução. Entretanto, Lippert (2018) destaca que os dedos 
das mãos e dos pés fogem a definição da linha sagital, sendo o ponto de referência 
dos mesmos o plano mediano das próprias mãos e pés. 
 
Fonte: kenhub.com 
 
 
Além disso, para definir a abdução e a adução dos punhos utiliza-se os termos 
desvio radial e desvio ulnar. No desvio radial, a mão se move, a partir da posição 
anatômica, em direção ao polegar. Quando a mão se move em direção ao dedo 
mínimo, trata-se do desvio ulnar. 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Existem também os movimentos de abdução e adução horizontais, os quais 
não podem ocorrer a partir da posição de referência, ou seja, da posição anatômica, 
sendo necessário realizar anteriormente flexão ou abdução do ombro. Segundo 
Lippert (2018) movimento semelhante acontece no quadril, porém, a amplitude do 
movimento na maioria das vezes não é tão grande. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 
No plano transversal e ao redor do eixo longitudinal, acontecem os movimentos 
de rotação. As rotações podem ser mediais, quando acontecem em direção ao plano 
mediano do corpo, ou podem ser laterais, quando se afastam desse plano. Os ombros, 
quadril, pescoço e tronco, conseguem realizar essa rotação. As articulações que 
conseguem realizar rotação medial e lateral são os ombros e o quadril. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Os movimentos de rotação do antebraço são conhecidos como supinação e 
pronação. Na posição supinada, a palma da mão está voltada para frente. Quando a 
 
palma da mão está voltada para trás, o movimento é de pronação. Caso o cotovelo 
esteja fletido e a palma da mão esteja para cima, indica-se supinação e caso a palma 
da mão esteja voltada para baixo, indica-se pronação. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Existem movimentos em algumas articulações que recebem nomenclatura 
específica. A inversão refere-se ao movimento medial da articulação do tornozelo, na 
qual a planta do pé fica voltada para dentro. Já a eversão é um movimento lateral em 
que a planta do pé, volta-se para fora. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 
Por fim, existe o movimento de circundução, o qual não acontece ao redor de 
apenas um eixo, sendo a combinação de movimentos. A circunsução é composta por 
movimentos circulares que acontecem em articulações como o ombro e o quadril. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Tipos de movimento 
 
Existem dois tipos de movimento e o corpo e seus segmentos se movem em 
um dos dois: translacional ou rotatório (HOUGLUM; DOLORES, 2014). 
O movimento translacional, que também pode ser chamado de linear, acontece 
em uma linha aproximadamente reta entre dois pontos. Nesse tipo de movimento, as 
partes se movem ao mesmo tempo, a mesma distância e na mesma direção. Quando 
o movimento ocorre em uma linha exatamentereta é denominado de retilíneo. Caso 
o movimento tenha uma trajetória curva, o mesmo é chamado de curvilíneo. Contudo, 
Houglum e Dolores (2014) destacam que não existem muitos exemplos de movimento 
translacionais ou lineares. 
Já no movimento rotatório ou angular, o deslocamento ocorre em círculo em 
torno de um eixo. Segundo Lippert (2018), no corpo humano, as articulações atuam 
como eixos e é em torno desses eixos que ocorrem o movimento angular. 
Geralmente, a maioria dos movimentos corporais caracteriza-se como angular, porém 
 
não é raro observar dois tipos de movimento ocorrendo simultaneamente. Um 
exemplo é a corrida, na qual o corpo realiza um movimento linear se deslocando de 
um ponto a outro, enquanto os braços, quadril, joelhos e tornozelos realizam um 
movimento angular. 
3 SISTEMA ESQUELÉTICO 
 O corpo humano em geral possui aproximadamente 206 ossos, os quais juntos 
com as cartilagens, compõem o esqueleto. Uma das principais funções do esqueleto 
é proteger os órgãos vitais, como por exemplo os ossos do crânio, que protegem o 
encéfalo e as costelas que formam a caixa torácica que protege os pulmões e o 
coração. Além disso, os ossos protegem a medula óssea que é responsável pela 
produção das células sanguíneas. 
Outra função do esqueleto é o armazenamento de íons como cálcio, fósforo, 
magnésio, dentre outros que são depositados nos ossos. Quando há a necessidade 
de regulação desses íons no sangue, um dos mecanismos utilizados pelo corpo, é 
recorre a esses depósitos para reestabelecer os níveis ideais de minerais. Floyd 
(2011) acrescenta que o esqueleto funciona como um suporte para manter a postura, 
auxilia na hematopoese, que é o processo de formação de sangue que acontece na 
medula óssea, bem como atua na movimentação. 
O esqueleto, juntamente com os músculos esqueléticos compõe o que se 
denomina de sistema locomotor, tendo como principal função a movimentação do 
corpo, uma vez que os músculos estão presos aos ossos, e quando contraídos eles 
tracionam os ossos, fazendo com que o corpo se movimente. Essa tração é um dos 
principais fatores que mantém os ossos saudáveis, sendo determinante para o 
desenvolvimento da massa óssea, o que ressalta a importância de um estilo de vida 
ativo a partir da prática de atividade física. 
 
Divisão do esqueleto 
 
Existem duas categorias principais de agrupamentos dos ossos no corpo: axial 
e apendicular. Segundo Lippert (2018) o esqueleto axial apresenta-se como eixo do 
corpo, sendo composto por 80 ossos compostos pelo crânio, coluna vertebral, 
 
costelas e pelo esterno. O esqueleto apendicular se conecta com o esqueleto axial e 
é composto por 126 ossos dos membros superiores e inferiores. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Classificação dos ossos 
 
 Existe uma variação no formato dos ossos, os quais são utilizados para realizar 
a classificação dos mesmos. Sendo assim, os ossos podem ser classificados como: 
longos, curtos, planos, irregulares, sesamóides e pneumáticos. 
 Os ossos longos são aqueles em que o comprimento é maior que a sua largura 
e a espessura, como é o caso do fêmur. Esses ossos são divididos em regiões, os as 
extremidades são chamadas de epífises, enquanto o “corpo” do osso, ou seja, o seu 
comprimento é chamado de diáfise. A região que fica entre as epífises e a diáfise é 
chamada de metáfise, a qual pode ser classificada como proximal ou distal. 
 
 Os ossos curtos são aqueles onde o comprimento, a largura e a espessura são 
semelhantes, sendo um exemplo os ossos do carpo. Os ossos planos, como por 
exemplo as escápulas, possuem comprimento a largura semelhantes, entretanto a 
espessura é menor quando comparada as demais medidas. Como ossos irregulares, 
são classificados os ossos que não se encaixam em algum padrão pré-determinado, 
como é o caso das vertebras. Já os ossos sesamóides, são aqueles que possuem 
formato arredondado e que se inserem em tendões, como por exemplo a patela. Por 
fim, os ossos pneumáticos, os quais nos seres humanos, estão localizados no crânio, 
são aqueles que possuem cavidades preenchidas por ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Lippert (2018) Fonte: anatomia-papel-e-caneta.com 
 
 
 
 
4 SISTEMA ARTICULAR 
 A articulação, caracteriza-se pela junção de dois ou mais ossos, possuindo 
variadas formas e funções. Segundo Martini, Timmons e Tallitsch (2009) as 
articulações podem estar em contato direto ou separadas por tecido fibroso, 
cartilagem ou por líquido. Eles ainda destacam que cada articulação realiza um 
movimento especifico, fazendo com que os ossos, as cartilagens, ligamentos, tendões 
e músculos trabalhem em conjunto, mantendo o movimento dentro da normalidade. 
Algumas articulações, permitem uma grande amplitude de movimento, 
enquanto outras realizam o movimento com uma amplitude muito reduzida ou 
nenhuma. As articulações imóveis ou ligeiramente móveis frequentemente se 
localizam no esqueleto axial, enquanto as articulações com movimentos amplos são 
mais comuns no esqueleto apendicular (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
 
Classificação das articulações 
 
As articulações podem ser classificadas de acordo com sua estrutura e função. 
Marieb e Hoehn (2008) apontam que a classificação estrutural é baseada no tipo de 
material que mantém os ossos unidos e se existe ou não uma cavidade entre as 
superfícies articulares, enquanto a classificação funcional considera o grau de 
mobilidade permitido pela articulação. 
 
Classificação estrutural 
 
 Quanto a estrutura das articulações, as mesmas são classificadas em fibrosas, 
cartilagíneas e sinoviais. 
 Nas articulações fibrosas, o que une os ossos é um tecido fibroso e não existe 
cavidade articular. Nessas articulações, o que determina o grau de movimento é o 
comprimento das fibras que mantém os ossos unidos. Os principais tipos de 
articulações fibrosas são: suturas, sindesmoses e gonfoses. Santos (2014) as suturas 
são articulações fibrosas que não apresentam movimento ou apresentam um 
movimento discreto, como é o caso dos ossos do crânio, enquanto as sindesmoses 
são articulações também fibrosas que contém feixes longos, os quais permitem 
movimentos mais discretos que os das suturas. No caso das sindesmoses o que une 
 
os ossos é uma lâmina de tecido fibroso, a qual pode ser um ligamento ou uma 
membrana fibrosa, como o caso da articulação radioulnar. Já a gonfose, localiza-se 
segundo Lippert (2018), entre a raiz do dente e o alvéolo dental no arco alveolar da 
mandíbula e da maxila, sendo o único exemplo desse tipo de articulação. 
 
 
Fonte: pt.thpanorama.com (fonte adaptada) 
Nas articulações cartilagíneas os ossos são unidos por fibrocartilagem ou por 
cartilagem hialina e assim como as cartilagens fibrosas, não possuem cartilagem 
articular. Existem dois tipos dessa articulação: sincondroses e sínfises. 
As sincondroses, conforme Santos (2014) são articulações nas quais os ossos 
são unidos pela cartilagem do tipo hialina. Um exemplo é a articulação imóvel entre o 
manúbrio do esterno e a primeira cartilagem costal. 
Já nas sínfises, os ossos são unidos por um disco fribrocartilaginoso, formando 
um ligamento intraósseo. As fibrocartilagens, além de compressíveis são elásticas e 
dessa forma, absorvem impactos/choques e permitem uma amplitude de movimento 
limitada. São exemplos dessa articulação a sínfise púbica e as articulações 
intervertebrais. 
 
 
 
Fonte: Marieb e Hoehn (2008) 
 Nas articulações sinoviais, os ossos que se articulam são separados por uma 
cavidade que contém fluido (MARIEB; HOEHN, 2008) e é esse fato que permite a 
liberdade de movimento. Essas articulações possuem algumas características 
específicas que as tornam mais complexas. 
Os ossos nas articulações sinoviais são envolvidos por uma cápsula,chamada 
de cápsula articular. A cápsula articular é formada por duas membranas, sendo uma 
mais externa e fibrosa que é contínua com o periósteo e outra mais interna e mais 
fina, chamada de membrana sinovial. No interior da cápsula, existe um espaço 
chamado de cavidade articular, onde é produzido pela própria cápsula uma pequena 
quantidade de líquido, denominado de líquido sinovial. Além da cápsula articular e do 
líquido sinovial, a superfície articular dos ossos que compõe a articulação é recoberta 
por uma cartilagem, chamada de cartilagem articular. Em geral, devido a mobilidade 
dessas articulações, as mesmas também possuem ligamentos que ajudam a fazer 
com que os ossos realizem apenas os movimentos que elas precisam realizar. 
 
Algumas articulações sinoviais podem conter o menisco, os quais geralmente 
são encontrados em articulações que as faces articulares são desiguais, servido para 
acomodar os ossos. 
 
 
Fonte: auladeanatomia.com 
 Existem seis tipos de articulações sinoviais que são classificadas de acordo 
com o formato das faces articulares ou com o tipo de movimento que realizam. São 
tipos de articulações sinoviais: 
Planas: São aquelas em que a superfícies articulares são planas, permitindo 
movimentos de deslizamento, sendo realizados em um único eixo. Um exemplo é a 
articulação acromioclavicular. 
Gínglimos: São articulações que possuem formato de dobradiça, permitindo os 
movimentos de flexão e extensão, o que as tornam uniaxiais, por permitirem 
movimentação em apenas um eixo assim como nas planas. Nesse tipo de articulação, 
a cápsula é mais frouxa nas regiões anterior e posterior, entretanto, também são 
reforçadas por ligamentos colaterais fortes, para limitar onde não se dever ter 
movimento. Um exemplo desse tipo de articulação é o cotovelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Selares: Nesse tipo de articulação, observa-se que a mesma possui um formato de 
sela e essas articulações são biaxiais, permitindo a movimentação em dois eixos. Os 
movimentos possíveis nas articulações desse tipo são flexão, extensão, adução e 
abdução. Um exemplo é a articulação carpometacarpal. 
Elipsóideas: As elipsóideas possuem formato de meia lua e também são biaxiais e 
permitem os movimentos de flexão, extensão, adução e abdução. Como exemplo 
desse tipo de articulação temos a articulação metacarpofalangeanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esferóideas: Por permitirem movimentação nos três eixos, ou seja, flexão, extensão, 
adução, abdução, rotação medial e lateral e a circundução, essas articulações são 
consideradas multiaxiais. Nessas articulações, uma das superfícies articulares tem o 
formato de esfera e se encaixa na cavidade localizada no outro osso que faz parte da 
articulação. Um exemplo desse tipo de articulação é a articulação do quadril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trocóideas: Esse tipo de articulação também é uniaxial, por permitir apenas 
movimentos de rotação. Um exemplo é a articulação atlantoaxial. Nessa articulação o 
atlas gira ao redor de um processo chamada “dente” do áxis. 
 
 
 
A classificação funcional 
 
Quanto a classificação funcional, considera-se o grau de mobilidade da 
articulação. Dessa forma, as articulações são classificadas em sinartroses, 
anfiartroses e diartroses. 
As sinartroses são as articulações imóveis e em geral, as articulações fibrosas 
se enquadram nessa categoria, uma vez que o tecido fibroso limita o movimento. As 
anfiartroses são caracterizadas pelas articulações semimóveis, onde se encaixam as 
articulações cartilagíneas. Já as diartroses são articulações amplamente móveis, onde 
se enquadram as articulações sinoviais. Marieb e Hoehn (2008) destacam que as 
articulações imóveis e semimóveis localizam-se principalmente no esqueleto axial, 
enquanto as articulações livremente móveis encontram-se predominantemente no 
esqueleto apendicular. 
 
 
5 FUNDAMENTOS NEUROMUSCULARES 
Os músculos esqueléticos como aponta Floyd (2016) são responsáveis pelos 
movimentos do corpo e de todas as suas articulações, uma vez que a contração 
muscular produz a força que possibilita a movimentação articular do corpo. O autor 
destaca ainda que os músculos oferecem às articulações estabilidade dinâmica, 
proteção, contribuem para a sustentação e postura do corpo, além de serem os 
responsáveis pela produção de grande parte do calor total do corpo humano. Vale 
ressaltar que os músculos geralmente, trabalham em conjunto para realiza os 
movimentos necessários e não de forma independente. 
Embora a contração aconteça na musculatura, Lehnen (2018) destaca que é o 
sistema nervoso que elabora e comanda as ações planejadas sobre o músculo a partir 
do repertório motor, que é construído ao longo da vida. Sendo assim, a articulação 
entre o sistema nervoso e os músculos da origem ao que chamamos de sistema 
neuromuscular. 
 
Propriedades do tecido muscular 
 
O músculo tem quatro características funcionais fundamentais. Conforme Floyd 
(2011) essas características estão relacionadas com a capacidade de produção de 
força e movimento ao redor das articulações, as quais são: 
Irritabilidade ou excitabilidade: está relacionada com a capacidade sensível 
ou responsiva da musculatura aos estímulos elétricos, químicos ou mecânicos. Após 
o estímulo ser fornecido, o músculo responde gerando tensão. 
Contratilidade: relaciona-se com a capacidade do músculo de se contrair e 
desenvolver tensão ou força interna em oposição a uma resistência, após receber o 
estímulo. A contratilidade do tecido muscular, assim como a capacidade de gerar 
tensão, é única, uma vez que outros tecidos não possuem essa característica. 
Extensibilidade: refere-se à capacidade do músculo de se estender de forma 
passiva, além do seu comprimento de repouso. 
Elasticidade: refere-se à capacidade do músculo de retornar ao seu 
comprimento de repouso original após um estiramento. 
 
 
 
Tipos de contração muscular 
 
Sabe-se que para que o músculo realize a contração é necessário que o mesmo 
receba um estímulo vindo do sistema nervoso, mais especificamente, vindo de um 
neurônio, chamado de neurônio motor, o qual sozinho é capaz de inervar várias fibras 
musculares. Esse neurônio, juntamente com as fibras musculares inervadas por ele, 
formam a unidade motora e a sua estimulação, é que faz com que as fibras motoras 
se contraiam simultaneamente. 
As contrações musculares acontecem quando se tem a intenção de gerar, 
controlar e impedir o movimento articular (FLOYD, 2011), ou seja, podem ser 
utilizadas quando se deseja iniciar, acelerar, desacelerar ou até mesmo impedir a 
realização de algum movimento. 
 Existem três tipos básicos de contração muscular as quais segundo Lippert 
(2018) denominam-se como isométrica, isotônica e isocinética. 
A isométrica ocorre quando há contração do músculo contra uma resistência, 
ou mesmo sem ela, sem que ocorra movimento articular, ou seja, o comprimento do 
músculo não se altera. Um exemplo desse tipo de contração ocorre no exercício 
agachamento isométrico, onde a contração dos músculos do quadríceps auxilia na 
manutenção da posição, conforme figura abaixo: 
 
 
Fonte: treinomestre.com.br 
 
 A contração isotônica ocorre quando há contração muscular acompanhada de 
movimentação articular, vencendo a gravidade. Esse tipo de contração se divide em 
concêntrica e excêntrica. Na concêntrica observa-se o encurtamento muscular, 
enquanto na excêntrica observa-se o alongamento do musculo. 
 
 
 Fonte: personalvictor.com.br 
 Na contração isocinética ocorre a manutenção da mesma velocidade durante o 
movimento, o que torna necessária a presença de equipamentos. Lippert (2018) 
destaca que esse tipo de contração não é muito comum, o que se deve ao fato da 
necessidade de tais equipamentos que vão controlar a velocidade do movimento.O 
autor destaca ainda que em uma contração isocinética, a resistência pode variar, mas 
a velocidade permanece a mesma, diferentemente da contração concêntrica e 
excêntrica, onde a velocidade varia, mas a resistência se mantem. 
 
 
Fonte: fisioemasso.wordpress.com 
 
Funções musculares 
 
Ao se realizar a análise de um movimento é necessário observar não apenas 
um músculo, mas sim todos aqueles que estão envolvidos na ação, auxiliando na 
realização do movimento. Dessa forma, o músculo pode desempenhar diferentes 
funções durante o movimento articular, a depender do tipo de movimento, da direção 
e resistência enfrentada pelo mesmo. Dessa forma, os músculos podem ter a função 
de agonista, antagonistas, estabilizadores, neutralizadores ou sinergistas. 
O agonista é o principal músculo responsável por um movimento articular 
específico, ou seja, ele é o responsável pela execução de um movimento, podendo 
ser chamado também de motor primário. O antagonista é o músculo que realiza ação 
oposta à do agonista, ou seja, enquanto o agonista está contraído o antagonista está 
relaxado, permitindo que o movimento aconteça. 
Os estabilizadores são músculos que conferem firmeza ou sustentação a uma 
parte do corpo, possibilitando que o agonista trabalhe de forma efetiva. Os 
neutralizadores, como o próprio nome diz, neutralizam a ação de outro músculo 
visando impedir que movimentos indesejáveis aconteçam. Para isso, os 
neutralizadores se contraem para evitar o movimento inapropriado. O sinergista, é o 
músculo que interagem com os demais a fim de melhorar o movimento, tornando-o 
mais refinado, eliminando os movimentos indesejados. 
6 CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR 
 O cíngulo do membro superior é composto pelos ossos responsáveis por unir 
o membro superior ao esqueleto axial. Dessa forma, compõe o cíngulo superior a 
clavícula e a escápula. Segundo Lippert (2018) o termo cíngulo do membro superior 
é utilizado para descrever as ações desenvolvidas pela escápula e pela clavícula e 
em menor grau pelo esterno e as costelas. 
 Conforme imagem abaixo, pode-se observar a escápula, bem como dois 
acidentes ósseos importantes: o acrômio, que se articula com a clavícula, através da 
articulação acromioclavicular e o processo coracóide, que é o ponto de inserção de 
vários músculos. Articulando com a cabeça do úmero, tem-se a cavidade glenoidal, 
que forma a articulação glenoumeral. 
 
 
Fonte: Floyd (2011) 
 Observa-se também na figura, a clavícula. Ela é comporta por um corpo, que 
corresponde a parte da diáfise e por duas extremidades. Uma dessas extremidades é 
a esternal, que vai se articular com o osso esterno, formando a articulação 
esternoclavicular. A outra extremidade é a acromial que vai se articular com o acrômio 
da escapula, formando a articulação acromioclavicular. 
As articulações esternoclavicular e acromioclavicular são responsáveis pelos 
movimentos do cíngulo do membro superior. Elas possibilitam a elevação e 
depressão/abaixamento, rotação superior e inferior, protusão e retração, 
referenciando-se pela escápula. Outro movimento que ocorre é o de inclinação 
escapular, entretando o mesmo acontece com a participação da articulação do 
ombro, uma vez que o ombro ao realizar uma hiperextensão, ocasiona uma inclinação 
anterior da parte superior da escápula e uma inclinação posterior do ângulo inferior. 
Vale destacar que Conforme Lippert (2018) são cinco músculos que se inserem na 
escápula e na clavícula e auxiliam na movimentação do cíngulo superior, sendo: 
trapézio, levantador da escápula, rombóides, serrátil anterior e peitoral menor. 
 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
7 COMPLEXO ARTICULAR: OMBRO 
 Sabe-se que a articulação do ombro que também pode ser conhecida como 
articulação glenoumeral - uma vez que a articulação se dá pelo encaixe da cabeça 
do úmero com a cavidade glenoidal -, realiza muitos e variados movimentos. 
A escápula, a clavícula e o úmero apresentam-se como conexão para a maior 
parte dos músculos dessa articulação, sendo segundo Floyd (2016) a conexão da 
escápula com a clavícula, pela articulação esternoclavicular, a única ligação da 
articulação do ombro com o esqueleto axial. 
Ao estudar os músculos da articulação glenoumeral convém agrupá-los de 
acordo com sua localização e sua função (FLOYD, 2011). Os músculos que possuem 
origem na escápula e na clavícula são considerados intrínsecos à articulação 
glenoumeral, enquanto os que se originam no tronco e se inserem no úmero, são 
considerados extrínsecos a mesma. São considerados músculos intrínsecos: o 
deltoide, coracobraquial, redondo maior e o grupo do manguito rotador. Esse grupo é 
 
composto pelos subescapular, supraespinal, infraespinal e redondo menor. Já como 
músculos extrínsecos são considerados: o latíssimo do dorso e o peitoral maior. 
Entre os movimentos realizados pela articulação do ombro estão: flexão, 
extensão, adução, abdução, rotação lateral, rotação medial, abdução horizontal, 
adução horizontal, abdução diagonal e adução diagonal. 
 
 
Fonte: Floyd (2016) 
 
 
 
Fonte: Floyd (2016) 
 
Fonte: Floyd (2016) 
Vale ressaltar que por ser uma articulação com grande amplitude de movimento 
e em diferentes planos, a articulação do ombro apresenta certa frouxidão, o que está 
relacionado o grande número de lesões devido à instabilidade da mesma. 
 
8 COMPLEXO ARTICULAR: COTOVELO E ARTICULAÇÃO RADIOULNAR 
 A articulação do cotovelo é composta por três ossos: úmero, ulna e o rádio. 
Dessa forma, ela se subdivide em três articulações: umeroulnar, umeroradial e 
radioulnar. A articulação do cotovelo é classificada como ginglimóide, permitindo 
unicamente o movimento de flexão e extensão. Segundo Floyd (2011) a capacidade 
de movimentação do cotovelo vai de 0° de extensão a cerca de 145º a 150º de flexão. 
Entretanto, salienta-se que a articulação radioulnar é classificada como uma 
articulação trocoidea, possibilitando um movimento de rotação, chamado de 
supinação e pronação. A partir da posição anatômica, pode-se observar um 
movimento de aproximadamente 80° a 90° de supinação, enquanto o de pronação 
pode variar entre 70° e 90°. 
 
 
Fonte: Floyd (2016) 
 
Os músculos responsáveis pela movimentação do cotovelo podem ser 
separados com base na função. Sendo: 
Flexores: bíceps braquial, o braquial e o braquiorradial, com assistência do pronador 
redondo. 
Extensores: O tríceps braquial como extensor primário do cotovelo, assistido pelo 
ancôneo. 
Pronação: Pronador redondo, pronador quadrado e braquiorradial. 
Supinação: Os músculos supinador e o bíceps braquial são os principais atuantes 
nesse movimento, porém o braquiorradial também auxilia na supinação. 
9 COMPLEXO ARTICULAR: PUNHO E MÃOS 
 A anatomia funcional dos punhos e das mãos, pode ser considerada complexa 
para alguns, uma vez que além de se tratar de articulações pequenas, existe um 
grande número de ossos, ligamentos e músculos. 
 O punho contém oito ossos, ligeiramente alinhados em duas fileiras, 
conhecidos como ossos do carpo (BEHNKE, 2014). Os ossos da fileira proximal que 
são escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme vão se articular com o rádio e a ulna, 
enquanto os ossos da segunda fileira que são trapézio, trapezoide, capitato e hamato 
articulam-se com os metacarpos, que são os ossos longos da mão. 
 
 
Fonte: mundoeducacao.uol.com.br 
 
 Os metacarpais, correspondem ao que chamamos de dedos. O primeiro 
metacarpo é polegar, o segundo é o dedo indicador, o terceiro o dedo médio, o quarto 
o dedo anelar e o quinto e último metacarpo é o dedo mínimo. Em cada um dos 
metacarpos estão as falanges que são subdivididas em próxima, medial e distal. 
Devido a quantidade de ossos é normal que também existam várias 
articulações nessa estrutura. Entre os ossos do carpo existem as articulações 
intercarpais. Entre o antebraço e os ossos da fileira proximal do carpo, estãoas 
articulações radiocarpais. Entre as fileiras proximal e distal dos ossos do carpo 
encontram-se as mediocarpais e entre a fileira distal do carpo e os ossos metacarpais 
estão as articulações carpometacarpais. Entre as falanges existem também 
articulações, as quais são chamadas de metacarpofalângicas, interfalângicas 
proximais e interfalângicas distais. 
Entre os movimentos comuns nos punhos estão flexão, dorsiflexão, desvio 
ulnar e desvio radial. Os dedos realizam somente flexão e extensão com exceção das 
articulações metacarpofalângicas, nas quais a abdução e a adução são controladas 
pelos músculos intrínsecos da mão (FLOYD, 2011). 
Com base nas funções os músculos extrínsecos do punho e da mão podem ser 
agrupados da seguinte forma: 
Flexores do punho: Flexor radial do carpo, o flexor ulnar do carpo e o palmar 
longo – todos possuem origem no epicôndilo medial do úmero. 
Flexores do punho e dos dedos: Flexor superfi-cial dos dedos, flexor 
profundo dos dedos, Flexor longo do polegar 
Extensores do punho: Incluem o extensor radial longo do carpo, o extensor 
radial curto do carpo e o extensor ulnar do carpo. 
Extensores do punho e dos dedos: Extensor dos dedos, extensor do 
indicador, extensor do dedo mínimo, extensor longo do polegar e extensor curto do 
polegar. 
Abdutores do punho: Flexor radial do carpo, o extensor radial longo do carpo, 
o extensor radial curto do carpo, o abdutor longo do polegar, o extensor longo do 
polegar e o extensor curto do polegar. 
Adutores do punho: Flexor ulnar do carpo e o extensor ulnar do carpo. 
Já os músculos intrínsecos da mão podem ser divididos em três grupos com 
base na localização: 
 
Lado radial: Possui quatro músculos do polegar, que são o oponente, o 
abdutor curto, o flexor curto e o adutor do polegar. 
Lado ulnar: Possui três músculos do dedo mínimo, que são o oponente, o 
abdutor e o flexor curto do dedo mínimo. 
No restante da mão: Existem 11 músculos dos quais quatro são lumbricais, 
três interósseos palmares e quatro interósseos dorsais. 
 
10 COMPLEXO ARTICULAR: COLUNA VERTEBRAL 
 A coluna vertebral é comporta por 24 vértebras articulares e nove fundidas em 
bloco. Ela é dividida em vértebras cervicais, torácicas e lombares, além do sacro. A 
coluna vertebral possui também três curvaturas que possibilitam que ela absorva 
impactos. 
 
Fonte: secmesp.org.br 
A primeira articulação desse complexo, refere-se à articulação atlanto-occipital, 
que é formada pelos côndilos occipitais do crânio que se localizam sobre a fossa 
articular da primeira vértebra (FLOYD, 2011), o que permite o movimento de flexão e 
 
extensão. O atlas, que está localizado sobre o áxis, forma a articulação atlantoaxial. 
Vale ressaltar que não existe muita possibilidade de movimento entre a vertebras, 
assim, as demais articulações vertebrais classificam-se como artrodiais. 
 Os movimentos realizados pela coluna vertebral são: Flexão, extensão, flexão 
lateral (esquerda ou direita), rotação da coluna vertebral (esquerda ou direita) e 
redução que corresponde ao movimento de retorno da flexão lateral para a posição 
ereta. 
 Quanto aos músculos envolvidos na movimentação da coluna vertebral, para 
melhor compreensão, os mesmos serão divididos em quatro grupos: 
 
Músculos que movem a cabeça: Reto anterior da cabeça, longo da cabeça, 
longuíssimo da cabeça, oblíquo superior da cabeça, oblíquo inferior da cabeça, reto 
posterior da cabeça – maior e menor, trapézio - parte descendente, esplênio da 
cabeça, semiespinal da cabeça, reto lateral da cabeça e esternocleidomastóideo. 
 
Músculos da coluna vertebral: Eretor da espinha (sacroespinal), Espinal – da 
cabeça, do pescoço, do tórax, Longuíssimo – da cabeça, do pescoço, do tórax, 
Iliocostal – do pescoço, do tórax, do lombo, esplênio do pescoço, longo do pescoço – 
oblíquo superior, oblíquo inferior, vertical, Interespinais – toda a coluna vertebral, 
Intertransversários – toda a coluna vertebral, Multífido – toda a coluna vertebral, Psoas 
menor, rotadores – toda a coluna vertebral e Semiespinal – do pescoço, do tórax. 
 
Músculos do tórax: Diafragma, intercostais – externo, interno, levantador das 
costelas, subcostais, escaleno – anterior, médio, posterior, serrátil posterior – superior, 
inferior e transverso do tórax. 
 
Músculos da parede abdominal: Reto do abdome, oblíquo externo do abdome, 
oblíquo interno do abdome, transverso do abdome e quadrado do lombo 
 
 
11 CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR 
O cíngulo do membro inferior que também é conhecido como cintura pélvica é 
composto pelos seguintes ossos: os ossos do quadril - ílio, ísquio e o púbis -, o sacro 
e o cóccix. 
Na parte anterior, os ossos pélvicos se unem e formam a sínfise púbica. Na 
parte posterior, onde está localizado o sacro, formam-se as articulações sacroilíacas, 
e lombossacral, que fica na parte superior do sacro, conforme figura: 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Entre as funções do cíngulo do membro inferior, pode-se entender como o mais 
importante seja a capacidade de sustentação do peso corporal e a transmissão de 
força entre os ossos do quadril e a coluna vertebral. Segundo Lippert (2018) durante 
o movimento de caminhada, o cíngulo do membro inferir se move como uma unidade 
nos três planos, possibilitando um movimento suave. Somado a isso, o cíngulo do 
membro inferior tem a função de sustentar e proteger vísceras pélvicas, é ponto de 
inserção de alguns músculos e integra nas mulheres, parte óssea do canal de parto. 
Os movimentos no cíngulo do membro inferior ocorrem nos três planos Entre 
os movimentos estão a anteroversão, retroversão, a inclinação da pelve, elevação da 
pelve e a rotação pélvica. A anteroversão acontece quando a pelve se inclina para 
 
frente, colocando a espinha ilíaca anterossuperior (EIAS) à frente da sínfise púbica, 
enquanto a retroversão coloca a espinha ilíaca anterossuperior (EIAS) posterior à 
sínfise púbica. 
 
Fonte: Lippert (2018) (fonte adaptada) 
A inclinação da pelve acontece quando as duas cristas ilíacas não estão 
niveladas, uma vez que ao se movimentar a pelve move um lado para cima e o outro 
para baixo. 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 
A elevação da pelve também é um movimento possível, uma vez que pode 
acontecer quando uma pessoa está caminhando. Lippert (2018) cita o exemplo de 
uma pessoa caminhando com uma imobilização, onde a elevação de pelve auxilia no 
movimento de retirar o pé do chão para dar a passada. Além disso, o autor destaca 
que na posição sentada, ao se transferir o peso de um túberisquiático para o outro, 
ocorre também uma elevação da pelve. 
Por fim, a rotação pélvica acontece durante a caminhada por exemplo. Nesse 
movimento, pode-se observar que um lado da pelve se desloca para frente ou para 
cima em relação ao outro lado. Esse movimento, caracteriza-se como rotação, que 
pode ser anterior ou posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
O controle de movimento da pelve acontece por grupos musculares que atuam 
como um binário de forças. Quando acontece a inclinação da pelve, Lippert (2018) 
afirma que há uma tração superior dos músculos extensores da lombar, 
principalmente do músculo eretor da espinha, na parte posterior e tração inferior dos 
músculos flexores do quadril, na parte anterior. Já para fazer a inclinação posterior da 
pelve, os músculos flexores do tronco, principalmente os abdominais, puxam para 
frente e para cima, ao passo que os extensores do quadril, glúteo máximo e 
isquiotibiais, fazem força para baixo e para trás. 
 
Para controlar o grau de inclinação lateral, grupos musculares atuam a fim de 
manter a pelve novelada. Entre esses músculos estão os flexores laterais do tronco, 
como o eretor da espinha e quadrado do lombo e os abdutores da coxa na articulação 
do quadril, os glúteos médio e mínimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Lippert (2018)(fonte adaptada) 
12 COMPLEXO ARTICULAR: QUADRIL 
A articulação do quadril caracteriza-se como uma articulação relativamente 
estável. Ela tem como funções o apoio de peso e locomoção, que são potencializados 
pela amplitude de movimento do quadril. Essa articulação consiste na conexão entre 
a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso ilíaco no cíngulo do membro inferior. 
Por ser uma articulação multiaxial, possibilita movimentos nos três planos. Entre 
os movimentos realizados por essa articulação estão: Flexão, extensão, 
hiperextensão, adução, abdução e rotações mediais e laterais. Por e tratar de uma 
articulação mais estável, não permite uma amplitude de movimento muito grande, 
como é o caso da articulação do ombro. Toda via, a probabilidade de lesões nessa 
região também é menor. 
 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Entre os músculos que atuam na articulação do quadril, tem-se: o iliopsoas e o 
reto femoral que atua como flexores do quadril/coxa, o sartório que pode realizar 
flexão, abdução e rotação lateral da coxa e o pectíneo que realiza flexão e adução da 
coxa. O adutor magno, adutor longo, adutor curto e o grácil realizam a adução da 
coxa. O glúteo máximo realiza extensão, hiperextensão e rotação lateral da coxa. Os 
rotadores profundos realizam rotação lateral da coxa, enquanto os 
semimembranáceo, semitendíneo e o bíceps femoral (cabeça longa) atuam na 
extensão do quadril. Por fim o glúteo médio atua na abdução da coxa, o glúteo mínimo 
na abdução e rotação medial da coxa e o tensor da fáscia lata realiza flexão e abdução 
combinadas da coxa. 
 
 
13 COMPLEXO ARTICULAR: JOELHO, TORNOZELO E PÉ 
Joelho 
 
A articulação do joelho é uma das mais complexas do corpo humano. Formada 
pela extremidade distal do fêmur, a extremidade proximal da tíbia e a patela, essa 
articulação é mantida por músculos e ligamentos, estando frequentemente exposta a 
lesões. Os movimentos possíveis nessa articulação são flexão e extensão da perna. 
Entretanto, em alguns casos pode haver hiperextensão decorrente de uma frouxidão 
ligamentar. Além disso, a articulação do joelho possui segundo Lippert (2018) um 
movimento rotacional que não se caracteriza como um movimento livre, mas sim, 
assessório. 
 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
Existe ainda a articulação entre o fêmur e a patela chamada de articulação 
patelofemoral, que tem como função aumentar a vantagem mecânica do quadríceps 
femoral e proteger a articulação do joelho. 
Quanto a musculatura envolvida na movimentação do joelho, Lippert (2018) 
destaca que os músculos que estão localizados na parte anterior estendem o joelho, 
 
enquanto os músculos posteriores flexionam. Já os músculos que cruzam a 
articulação medialmente e lateralmente, promovem estabilidade. Dessa forma, são 
extensores do joelho os músculos: reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto 
intermédio. Os flexores do joelho são: semimembranáceo, semitendíneo, bíceps 
femoral (cabeça curta), poplíteo (inicia a flexão) e gastrocnêmio. 
 
Tornozelo e pé 
 
 A articulação do tornozelo que também é conhecida como articulação talocrural 
é composta pelo tálus, pela tíbia e pela fíbula distal. Essa articulação é responsável 
pela união entre a perna e o pé, além de ser fundamental para o controle de grande 
parte do movimento do pé em relação à perna. 
 
 
Fonte: pessemdor.com.br 
Os movimentos realizados por essa articulação são flexão, dorsiflexão, 
inversão e eversão, entretanto Floyd (2011) destaca que embora a inversão e eversão 
sejam consideradas movimentos do tornozelo, tecnicamente o movimento ocorre nas 
articulações subtalar e tarsal transversa, uma vez que ocorre um deslizamento entre 
as mesmas permitindo o movimento. 
 O pé é composto pelos ossos tarsais, os metatarsais e as falanges. Os ossos 
tarsais são: calcâneo, tálus, cuboide, navicular, cuneiforme lateral, cuneiforme 
intermédio e cuneiforme medial. 
 
 
Fonte: Lippert (2018) 
 No pé, ocorre os movimentos de flexão e extensão dos dedos, pronação e 
supinação. A articulação talocrural e o pé possuem três funções principais que são 
absorver o choque causado pelo contato do calcanhar no solo, adaptar-se ao solo de 
contato e proporcionar uma base estável de sustentação para então, impulsionar o 
corpo para frente. 
 De forma semelhante ao punho e a mão, o tornozelo e o pé, possui músculos 
extrínsecos e intrínsecos. Os músculos que cruzam o tornozelo na parte anterior 
realizam a dorsiflexão do mesmo e, possivelmente, auxiliam na extensão dos dedos 
do pé. Já os que cruzam o tornozelo na parte posterior realizam o movimento de flexão 
plantar do tornozelo e, possivelmente, atuam na flexão dos dedos do pé. Os músculos 
mediais realizam o movimento de inversão do tornozelo, enquanto os músculos 
laterais realizam o movimento de eversão. 
 Entre os músculos extrínsecos estão: gastrocnêmio, sóleo, plantar, 
realizando flexão plantar do pé. O tibial posterior auxiliando na flexão do pé, mas 
também atuando na inversão do pé. O flexor longo do hálux, que além de atuar na 
flexão do hálux, auxilia na flexão e na inversão do pé. O flexor longo dos dedos que 
 
atua na flexão do segundo ao quinto dedo, auxiliando também na flexão e inversão do 
pé. O tibial anterior, atuando na inversão e dorsiflexão, o extensor longo do 
hálux auxiliando na inversão e dorsiflexão do pé, o extensor longo dos dedos atuando 
na extensão do segundo ao quinto dedo e auxiliando na dorsiflexão do pé. Os 
músculos fibular longo e fibular curto atuando na eversão do pé e auxiliando na flexão 
plantar e por fim o fibular terceiro, que auxilia um pouco na eversão e na dorsiflexão 
do pé. 
Entre os músculos intrínsecos estão: extensor curto dos dedos, realizando a 
extensão nas articulações do segundo ao quarto dedo, extensor curto do hálux 
realizando extensão na articulação do hálux, abdutor do hálux realizando abdução e 
flexão na articulação do hálux, o flexor curto dos dedos realizando flexão nas 
articulações do segundo ao quinto dedo, abdutor do dedo mínimo realizando flexão e 
abdução do quinto dedo, o quadrado plantar atua retificando a linha de tração diagonal 
do flexor longo dos dedos. Os lumbricais atuam na flexão nas articulações das 
falanges, o flexor curto do hálux atuando na flexão do mesmo, o adutor do hálux 
atuando na adução e flexão do hálux, o flexor curto do dedo mínimo atuando na flexão 
do quinto dedo, os interósseos dorsais trabalhando na abdução do segundo ao quarto 
dedos e os interósseos plantares atuando na adução do terceiro ao quinto dedos. 
Vale ressaltar que todos os músculos intrínsecos do pé se localizam na planta 
do pé, em forma de camadas, com exceção do extensor curto dos dedos, extensor 
curto do hálux e dos interósseos dorsais, que localizam- se entre os metatarsais e em 
região dorsal aos músculos interósseos plantares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BEHNKE, R.S. Anatomia do movimento – 3. Ed – Porto Alegre: Artmed, 2014. 
FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural / R. T. Floyd ; [tradução Rodrigo Luiz 
Vancini]. 16. ed. Barueri, SP : Manole, 2011. 
FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural – 19a ed. Editora Manole, 2016. 
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