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Conceito e diferenças entre Vegetarianismo e Plant- Based Diet Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Conceito de vegetarianismo e Plant-Based Diet: Vegetarianismo: Tem sua origem do latim, vegetus, que significa: 1. Forte, robusto, vigoroso integral 2. Completo, fresco e vivo. Princípio: não consumo de produtos a partir da morte de um animal. O vegetarianismo refere-se à prática de abster-se do consumo de um ou mais tipos de alimentos de origem animal, especialmente carne de animais. O termo "vegetariano" foi usado pela primeira vez em público por volta de 1840, possivelmente como descritor das características de uma pessoa que comia só vegetais. O termo foi popularizado nos anos seguintes na Europa Ocidental, pela fundação de sociedades vegetarianas nacionais, bem como pela União Vegetariana Internacional. No entanto, a tradição vegetariana é muito mais antiga, especialmente na Índia, onde os registros mais antigos datam de vários séculos aC. Na Europa antiga, o vegetarianismo era provavelmente incomum e, na idade média, várias ordens de monges evitavam carne, mas não peixe, por razões ascéticas, inclusive, no âmbito da religião, comer peixe em vez de carne as sextas-feiras continua sendo uma tradição católica romana muito comum em muitas partes do mundo. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – Frnçois Mariotti, 2017 LIVE, AND LET LIVE Londres 1847 Inauguração da primeira Sociedade Vegetariana Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om SÉCULO XX - Primeira Guerra Mundial Desnutrição Inserção de mais carnes e lácteos Factory farming - Criação industrial A criação intensiva de animais ou a produção industrial de animais, também conhecida como criação industrial, é uma abordagem de produção para animais de criação, a fim de maximizar a produção e minimizar os custos de produção. A agricultura intensiva refere-se à criação de animais, à manutenção de animais, como gado, aves e peixes em densidades de estocagem mais altas do que geralmente ocorre com outras formas de agricultura animal, sendo considerada uma prática típica da “A expectativa de que, com uma maior compreensão da nutrição, o conhecimento de como fazer isso acabaria por vir à tona, permitindo que as pessoas seguissem suas consciências com mais consistência” Gandhi (Mahatma Gandhi) Vegetarianismo estrito A partir de 1955 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om agricultura industrial pelas empresas do agronegócio. Os principais produtos dessa indústria são carne, leite e ovos para consumo humano. Questões que passaram a ser consideradas menos importantes diante da criação industrial: Excessos nutricionais e seus efeitos Impacto ambiental Cuidados com os animais Origem: O vegetarianismo tem a origem de suas raizes nas civilizações antigas da Índia, normalmente associado a “proteção da vaca”, considerada “sagrada” da cultura Hindu, e a associação a não violência contra seres vivos (Ahimsa) praticada por grupos religiosos e filósofos, devido a isso existia um consumo elevado de vegetais, frutas, cerais integrais, leguminosas, sementes, leguminosas, lácteos, especiarias e condimentos. 35% das pessoas na índia são vegetarianas. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 Razões que motivam o vegetarianismo ao longo da historia • Ética e ecológica (sustentabilidade); • Cultura e religião; • Problemas de saúde, doença, alergia ou intolerância alimentar; Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om • Palatabilidade; • Falta de disponibilidade ou de possibilidade financeira; • Períodos de fome ou pobreza; • Consciência de Saúde. Sustentabilidade: Segundo Green Peace Brasil, em nome do aumento da produção de soja e gado (grande parte destinados à exportação) grandes empresas desmatam, escravizam, contaminam o solo e a água, consumindo boa parte dos recursos hídricos. A produção de carne é responsável pela emissão de gases poluentes e acelera os efeitos do aquecimento global. A produção de carne emite o mesmo volume de Gases do Efeito Estufa (GEEs) de que todos os carros, caminhões, aviões e navios do planeta juntos. No Brasil, além das emissões, a produção pecuária está constantemente associada à retirada de direitos de trabalhadores, povos indígenas e comunidades pressionadas pela expansão da fronteira de produção agropecuária. 38% da área de terra global é usada para produção de alimentos. Seres humanos já utilizam 86% da água disponível no mundo, sendo que a maior parte é para a agricultura. Porém, dentro da agricultura é principalmente para a produção de alimentos de origem animal. A expectativa é de que aumente o consumo de carnes, e assim cada vez piora mais a pressão sobre a questão da água. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om A alteração climática é a principal ameaça ambiental para a nossa espécie e para o nosso planeta, e a alimentação é o maior contribuinte pela emissão de GEE contribuindo com 1/3 ou mais do global GEE. É necessário estabilizar, reverter ou evitar um aumento maior de 2 graus Celsius na temperatura global! Existe uma boa correlação entre alimentos que são bons para a saúde com os que são bons para o clima e o ambiente no geral, a Plant-Based Diet tem o GEE muito menor do que a dieta onívora, além de benefícios de saúde e para o meio ambiente de maneira geral, ou seja, é uma ação para evitar o aquecimento global. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 Impacto ambiental Consciência do consumidor Padrões de consumo de alimentação sustentável Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Estimativa de redução do efeito estufa até 2025: Springmann M. PNAS. 2016; 113(15):4146-4151 Meatmondless Monday, Internacional Weekly Journal Of Science • Apenas seguindo as diretrizes (consumir mais frutas e vegetais, consumir menos carne, açúcar e calorias totais) 29% • Se todos seguissem a Plant-Based Diet70% 30x menos terra necessária para alimentar alguém na Plant-Based Diet 250x menos emissões de gases de efeito estufa pela Plant-Based Diet 10x mais proteína por hectare produzindo vegetais, comparado a carne 60x menos é o consumo de agua de quem adota a Plant-Based Diet 80% do desmatamento da Amazônia foi causada pela pecuária Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fome: Se todos no mundo passassem a seguir uma Plant-Based Diet o suprimento de comida aumentaria em 50% Scientific American. Nov, 2011:60-65 Vegetarianismo: Escolha consciente e voluntária de excluir um ou mais tipos de alimentos de origem animal da dieta. Suficiente para erradicar a fome no mundo! Às vezes o motivo ético não leva em consideração os aspectos de saúde! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para PaulaW erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Nomenclatura: Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 *Dependendo da literatura, a composição de dietas pode variar. Vegetariano (Inclui todas as categorias) Sem consumo de carnes (vermelha e branca), peixes e frutos do mar. Ovolactovegetariano Consome leite e derivados, ovos e mel. Lactovegetariano Consome leite e derivados e mel. Não consome ovo. Peixetariano Consome peixe, leite e derivados, ovos, e mel, mas não consome. Vegetariano estrito (vegano) Não consome alimentos de origem animal. Semi-vegetariano Consume de 1-3 refeições/semana com alimentos de origem animal. Também chamados de flexetarianos. Plant-Based diet Dieta baseada em frutas, legumes, tubérculos, grãos integrais e leguminosas na sua forma mais integra. E exclui ou minimiza o consumo de carne (incluindo frango e peixe), produtos lácteos e ovos, e alimentos altamente refinados como farinha branca, açúcar refinado e óleo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Benefícios da dieta Plant-Based Diet na saúde: Grupos de alimentos incluídos: Na atualidade já existem inúmeros trabalhos que trazem base científica comprovando os benefícios para a saúde relacionados a da Plant-Based Diet. • Folhas • Legumes • Tubérculos • Cereais Integrais • Leguminosas • Frutas • Sementes e oleaginosas • Ervas e condimentos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Cenário atual: As práticas alimentares dos diferentes grupos sociais são determinadas por diversos fatores que vão desde o acesso aos alimentos até as escolhas baseadas em crenças religiosas e valores culturais. Se, ao longo do tempo, as grandes mudanças econômicas e sociais marcaram profundamente o modo de vida da humanidade, com certeza influenciaram de forma muito importante estas práticas alimentares, principalmente após a revolução industrial. Diante do cenário atual, pode-se perceber que a alimentação é praticamente a mesma em quase todos os países ocidentais, mesmo considerando algumas características regionais que influenciam nas escolhas e no modo de se alimentar. As pessoas, de modo geral, consomem mais alimentos industrializados, semi-processados ou prontos para consumo em seus domicílios e, quando se alimentam fora de casa, as escolhas baseiam-se na praticidade e no paladar. Este tipo de alimentação, também denominada “alimentação ocidentalizada”, é baseada em alimentos ricos em carboidratos simples, proteínas de origem animal, lipídios, sal e poucos alimentos in natura, como hortaliças e frutas. TEIXEIRA, Rita de Cássia Moreira de Almeida et al. Estado nutricional e estilo de vida em vegetarianos e onívoros – Grande Vitória – ES. Rev Bras Epidemiol, Vitória, p.131-143, 2006. Em decorrência disso: As doenças crônicas constituem problema de saúde de grande magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes. Hoje, são responsáveis por 60% de todo o ônus decorrente de doenças no mundo. No ano 2020, serão responsáveis por 80% da carga de doença dos países em desenvolvimento. Atualmente, nesses países, a aderência aos tratamentos chega a ser apenas de 20%. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que 44,7% das mulheres E 52,6% dos homens com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. A Organização Mundial da Saúde estimou que o excesso de peso é responsável por 58% da carga de doença relativa ao diabetes tipo II, 39% da doença hipertensiva, 21% do infarto do miocárdio, 12% do câncer de cólon e reto e 8% do câncer de mama e responde diretamente por parcela significativa do custo do sistema de saúde nos países. Diabetes melittus (DM) e hipertensão arterial (HA) atingem, respectivamente, 6,3% e 23,3% dos adultos brasileiros. No Brasil, essas doenças representam a primeira causa de mortalidade e de hospitalizações, sendo apontadas como responsáveis por mais da metade dos diagnósticos primários em pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à dialise no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. WHO, 2003; BRASIL, 2011d Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Não é um cenário seguro para saúde! Obesidade: Segundo a Organização Mundial de Saúde a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos até o ano de 2025. Caso nada seja feito, o número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões. No Brasil, diante de alguns levantamentos pode se observar que, mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade, o que comprova que a obesidade vem crescendo cada vez mais. Câncer: A Organização Mundial da Saúde estima que, no ano 2030, haverá 27 milhões de casos novos de câncer, 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. A epidemia global de câncer é grande tem a tendência de aumentar, o número de casos de câncer e mortes pela doença em todo o mundo deve dobrar ao longo dos próximos 20 a 40 anos. O maior efeito desse aumento incidirá em países em desenvolvimento, como por exemplo, no Brasil, que o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das do aparelho circulatório. INCA. Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2016. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Diante dos dados: Dietas vegetarianas ou veganas quando planejadas, são saudáveis, nutricionalmente adequadas, e podem fornecer benefícios à saúde auxiliando na prevenção e no tratamento de doenças como a aterosclerose, diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade. São dietas apropriadas durante todas as fases da vida, incluindo a gravidez, lactação, infância, adolescência, e para os atletas. Antioxidante Anti-inflamatória Favorece microbiota intestinal Vitaminas Minerais Compostos Bioativos Fibras Alimentação: Rica em: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Redução mortalidade por todas as causas; Redução de mortalidade por doenças cardiovasculares; Menor risco para a maioria das doenças crônicas; Menor incidência e severidade de obesidade, hipertensão, hiperlipidemia, hiperglicemia e possivelmente reversão de Diabetes Mellitus; Protege contra alguns tipos de câncer, osteoporose, degeneração macular e catarata; Melhora imunidade; Melhor manutenção de peso; Redução de uso de medicação. MELINA, Vesanto; CRAIG, Winston; LEVIN, Susan. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Vegetarian Diets. Journal Of The Academy Of Nutrition And Dietetics, [s.l.], v. 116, n. 12, p.1970-1980, dez. 2016. Elsevier BV. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Paras nutris que ainda se sentem inseguros na prescrição de uma dieta sem alimentos derivados de animais: Lembre-se que: o corpo é dinâmico! Os riscos são os mesmos de uma dieta onívora, por isso, diante de uma prática clínica adequada,a avaliação de exames bioquímicos e da composição corporal, acompanhada da avaliação de sinais e sintomas e do estado de saúde em geral a prescrição nutricional o monitoramento se torna facilitado. Acompanhe seu paciente na prática e dê o seu melhor que terá bons resultados! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Bases científicas: 2019 Whole-Food Plant-Based diet Grupo 1 Dieta dentro das recomendações (MyPlate - EUA) Grupo 2 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Grupos de alimentos incluídos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Conclusão do artigo: Os participantes do estudo que se identificam como WFPB ou Veganos têm alimentação quase idêntica e metas de ingestão de nutrientes, identificadas a partir de fontes populares de informação nutricional e culinária. Com base em análises a ingestão teórica de uma dieta WFPB diverge substancialmente das recomendações do MyPlate. No geral, as dietas WFPB fornecem uma dieta mais densa em nutrientes do que a ingestão típica do MyPlate, com menos refinados e açúcares adicionados do que as dietas típicas dos americanos. Embora suplementos das vitaminas B12 e D poderiam ser aconselháveis, pesquisas futuras devem examinar a ingestão real desses grupos para avaliar a composição de nutrientes e a aderência às recomendações da dieta. WFPB: maior densidade nutricional! Dieta convencional para diabetes: 45% Carboidratos 25% Proteínas 30% Gorduras 200 mg/dia de Colesterol Dieta vegetariana: 60% Carboidratos 40%. Dividido entre Gordura e Proteína 50mg/dia de Colesterol Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Conclusão do artigo: Um ano após o término da intervenção, a dieta vegetariana demonstrou efeitos positivos nos fatores de risco cardiovascular em comparação com uma dieta convencional foram parcialmente mantidos. Fibras Ferro não heme Proteína vegetal Fitoquímicos Antioxidantes Menos gordura saturada Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Indicação de livros com associações entre Plant-Based Diet e saúde: Comer para não morrer: Dietas vegetarianas e à base de plantas na prevenção de doenças e saúde: Doenças cardíacas Doenças pulmonares Doenças no cérebro Câncer no sistema Digestório Infecções Hipertensão arterial Doenças no fígado e rins Câncer no sangue, mama e próstata Depressão suicida Mal de Parkinson Saúde óssea Manutenção de peso e perda de peso Risco para câncer Risco e Tratamento para Diabetes tipo 2 Doenças Cardiovasculares Microbioma, trânsito intestinal e fezes Risco para refluxo gastroesofágico Asma Humor Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Plant-Based Diet fornecem benefícios físicos e ambientais à saúde bem estabelecidos, e esses benefícios decorrem em parte do grau de restrição de alimentos de origem animal. Historicamente, a carne e outras proteínas de origem animal têm sido vistas como um componente integral da dieta dos atletas, levando alguns a questionar a adequação das dietas vegetarianas ou veganas para apoiar o desempenho atlético. Com base na literatura atualmente disponível, é improvável que as dietas à base de plantas ofereçam vantagens, mas não sofram desvantagens, em comparação com as dietas onívoras para desempenho de força, anaeróbia ou aeróbica. No entanto, as dietas à base de plantas normalmente reduzem o risco de desenvolver inúmeras doenças crônicas ao longo da vida útil e exigem menos recursos naturais para a produção em comparação com as dietas que contêm carne. Como tal, dietas à base de plantas parecem ser opções viáveis para apoiar adequadamente o desempenho atlético, contribuindo simultaneamente para a saúde física e ambiental geral. ... Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om A crescente população global, combinada a fatores como a mudança sociodemográfica, pressionará cada vez mais os recursos do mundo para fornecer não apenas mais, mas também diferentes tipos de alimentos. Espera-se que um aumento da demanda por proteínas de origem animal tenha um impacto ambiental negativo, gerando emissões de gases de efeito estufa, exigindo mais água e mais terra. Enfrentar esta “tempestade perfeita” exigirá uma produção mais sustentável das fontes de proteína existentes, bem como fontes alternativas para o consumo humano direto. As fontes de proteína existentes são dificultadas principalmente por seus impactos ambientais negativos, com algumas preocupações em relação à saúde. No entanto, eles oferecem benefícios sociais e econômicos e têm um alto nível de aceitação do consumidor. ... The blue zones: São regiões com grupos populacionais, espalhados pelo mundo, que estão fortemente relacionados a longevidade. São elas: Okinawa, um arquipélago no sul do Japão, uma região montanhosa e isolada da Sardenha, uma comunidade na Califórnia, chamada Loma Linda, a península costarriquenha de Nicoya e a ilha grega Ikaria. Ao estudar, se observa características em comum entre elas: Plant-Based diet (leguminosas como base) Atividade física moderada e frequente Família Engajamento social Não fumam Brenda Davis, 2018 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Anamnese nutricional Além da anamnese nutricional para pacientes onívoros, existem pontos importantes para levar em consideração na anamnese de pacientes vegetarianos: Sistema alimentar e os motivos que o levaram a ele (vegano, vegetariano, em transição etc.); Tempo dentro do sistema alimentar; Como é a rotina de compras e de preparo dos alimentos; Se existe um apoio no trabalho (copa, geladeira...); Opções de receitas, feiras, restaurantes; Opinião em relação a suplementação. Facilitadores Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Oxalatos, fitatos e inibidores de proteases Oxalato Ácido oxálico Inibidor da absorção de cálcio Cálcio livre ou em excesso gera morte celular após reagir com algumas substâncias, devido a isso o cálcio não pode estar livre, tanto em humanos como em plantas, por isso para sua defesa, as plantas deixam o cálcio ligado ao oxalato, o que quando ingerido por humanos impede a absorção de cálcio pelo organismo. Cuidado com alimentos que tem teor de oxalato maior que 600mg em 100g Espinafre cozido 750 Ruibarbo enlatado 600 Beterraba cozida 675 Acelga suíça 654 Cacau em pó 623 Canela em pó 362,74 Amendoim torrado 187 Berinjela 18 Tofú firme 5,08 Brócolis cozido 0 Alimentação sem Carne - Dr Eric Slywitch, 2015 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c omEvitar usar esses alimentos quando um dos objetivos da refeição for a absorção de cálcio. Fitato Hexofosfato de mioinositol (6 fósforos) O fitato está presente nos cerais integrais e nas leguminosas, e nas plantas tem sua função de estoque de energia para o grão (pelo armazenamento de fósforo), antes da germinação. Com isso, tem função antinutricional porque dificulta a absorção de um ou mais nutrientes, principalmente ferro, cálcio e zinco. Porém, também pode ter benefícios, como na redução do colesterol total e triglicerídeos e na prevenção de câncer de cólon, como também pode reduzir a toxicidade de metais pesados, como cádmio, chumbo, ingeridos, por inibir a absorção. Ativar a fitase para reduzir a quantidade de ácido fítico ou reduzir a quantidade de fitatos. Remolho, germinação ou fermentação. Que estratégia posso usar para reduzir o efeito antinutricional? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Remolho Fitato é hidrossolúvel, ou seja, é removido por difusão quando deixado na água; Redução de 70-97% dependendo da leguminosa; Deixar o grão em água ativa e acelera o processo de germinação. Técnica: deixar em água por 8-12 horas. Desprezar a água. Pode cozinhar ou pode continuar o processo de germinação. Germinação Ocorre ativação da fitase que degrada o ácido fítico; O fósforo vai sendo utilizado e a biodisponibilidade dos minerais é melhorada. Técnica: deixar em água; trocar a água algumas vezes; 12-24 horas em média. Fermentação Geram ácidos oxálicos que reduzem o pH e facilitam a absorção dos minerais, especialmente o zinco; Ativa a fitase do grão que degrada o fitato; Redução pode ser de 13-100% dependendo do tipo de produção. A fermentação com bicarbonato de sódio tem as taxas menores. Técnica: Farinha de trigo ou de centeio para fazer pão em casa. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Inibidores de proteases As proteases, melhor denominadas de peptidases, catalisam reações de hidrólise de diferentes ligações peptídicas em proteínas e em peptídeos de todos os organismos vivos. Tais reações estão envolvidas em processos fisiológicos de extrema importância para a sobrevivência destes organismos, tais funções incluem: digestão e assimilação das moléculas alimentares, cascatas de coagulação, degradação de proteínas nos lisosomas e nos proteassomas, complemento e as de sinalização intracelular, fibrinólise, degradação de moléculas da matriz extracelular, dentre outros processos. Os inibidores de proteases são proteínas de ampla distribuição no reino vegetal, capazes de inibir as atividades da tripsina, quimotripsina, amilase e carboxipeptidase. Geralmente, são denominados como inibidores da primeira enzima contra a qual foram testados e na maioria das pesquisas foi investigada a tripsina. São encontrados, geralmente, nas sementes de leguminosas, mais especificamente na soja, os quais foram supostamente responsabilizados pelo baixo valor nutritivo de leguminosas cruas. SILVA, Mara Reis; SILVA, Maria Aparecida Azevedo Pereira da. Fatores antinutricionais: inibidores de proteases e lectinas. Rev. Nutr., Campinas, v. 13, n. 1, p. 3-9, Apr. 2000. Dificultam absorção de proteínas! Cozinhar para diminuir a ação dos inibidores de proteases Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Macronutrientes Para os vegetarianos, em todas as fases da vida, é necessário o monitoramento dos níveis séricos de nutrientes, assim como para os onívoros. Com uma instituição de uma dieta elaborada por um nutricionista, variada em legumes, frutas e vegetais que podem fornecer todos esses nutrientes essenciais. Os vegetarianos conseguem atender e até exceder as recomendações de proteína quando as necessidades de calorias são adequadas. A diversidade de vegetais na alimentação fornece o aporte adequado de aminoácidos essenciais e concentrações de nitrogênio. DAVIS, B.; MELINA, V. Becoming Vegan: Comprehensive Edition. Summertown, TN: Book Publishing Co; 2014. Digestão: O vegetarianismo gera mais flatulência? Na verdade, diante da transição, existem vários fatores que podem estar associados, como por exemplo: Alteração na digestão de carboidratos, proteínas e gorduras; Mastigação; Ingestão de ar; Verminoses; Ambiente refeições (emoções); Bebidas com gás; Intolerância à lactose; Tipo de fibras; Medicamentos para reduzir a absorção de carboidratos e gorduras. Leguminosas: tem, rafinose, estaquinose e verbascose – podem gerar flatulência Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Enzimas presentes nas leguminosas relacionadas a produção de gases: Rafinose, estaquiose e verbascose Precisam ser quebradas pela enzima alfa-galactosidase A alfa-galactosidase não está presente no organismo humano, e por isso, se não houver digestão, elas chegam intactas no intestino grosso e geram fermentação bacteriana, levando aos gases. Essa enzima está presente nos grãos, porém na forma inativa, por isso se faz necessário deixar de molho, assim ela é degradada. Os taninos (polifenóis), também podem estar relacionados com a flatulência, elas são defesa da planta no meio ambiente contra insetos, e tem efeitos protetores no organismo, mas podem dificultar a digestão de carboidratos e proteínas e atrapalhar a absorção de minerais. Para remover os taninos é preciso cozinhar os grãos. Fibras Inicialmente o intestino precisa se adaptar Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Manutenção vida = Respiração (O2) + Produção de energia Carboidrato (fonte rápida de energia) Proteína Gordura (fonte lenta de energia) Degradação do substrato a partir de estímulo/sinalização ACETIL COA ATP Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exemplo de prato Plant-based ideal: DAVIS, B.; MELINA, V. Becoming Vegan: Comprehensive Edition. Summertown, TN: Book Publishing Co; 2014. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Estudo para exemplificar: Foram incluídos 40 estudos com 12.619 veganos e 179.630 onívoros. Conclusão: Na maioria dos países, uma dieta vegana tem menos energia e gordura saturada em comparação com as dietas de onívoras e está associada a um perfil de risco cardiometabólico favorável, incluindo menor peso corporal, colesterol LDL, glicemia em jejum, pressão arterial e triglicerídeos. Essas observações corroboram com outras evidências de que dietas à base de plantas provavelmente reduzirão o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Carboidratos: Funções: Produção de energia e reserva de energia (cérebro); Poupar proteínas; Fornecer Ribose-5-p para biossíntese de DNA e RNA (via das pentoses fosfatos); Componentes das membranas fisiológicas (glicoproteínas e glicolipídeos); Doadores de esqueletos carbônicos: aa, nucleotídeos e ag; Estrutural (glicosaminoglicanos, glicoproteínas, ácido hialurônico); Função fibras. Fontes: Frutas e suco de frutas Cereais e derivados (arroz, centeio, cevada, trigo, aveia, quinoa, amaranto, milho, painço...) Tubérculos e vegetais amiláceos Mel, melado, rapadura Açúcar (branco, demerara, mascavo, de coco) Leguminosas Produtos alimentícios Gel de carboidrato Suplementos (malto, ribose entre outros) 1g = 4kcal Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Recomendação de carboidratos segundo as DRI’s: 45-65% DRI: DIETARY REFERENCE INTAKES: The essential guide to nutrient requirements, 2006 Insulina: A insulina é um hormônio anabólico essencial na manutenção da homeostase de glicose e do crescimento e diferenciação celular. Esse hormônio é secretado pelas células β das ilhotas pancreáticas após as refeições em resposta a elevação da concentração dos níveis circulantes de glicose e aminoácidos. Esse hormônio tem como principal efeito, a atuação na homeostase de glicose, atuando em vários níveis, sendo uma das vias, a redução da produção hepática de glicose e aumentando a captação de glicose pelas células, principalmente nos tecidos muscular e adiposo. Após sua síntese nas células β, a insulina fica armazenada em grânulos sob controle de secreção mediado pelos níveis sanguíneos de glicose, respondendo também positivamente aos aminoácidos, ácidos graxos e corpos cetônicos. A ação da insulina na célula inicia-se pela sua ligação ao receptor de membrana plasmática, ligação que ocorre com alta especificidade e afinidade, provocando mudanças Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om conformacionais que desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula- alvo, constituindo assim uma resposta celular. A ativação do receptor gera um sinal que, eventualmente, resulta na ação da insulina sobre a glicose, lipídeos, o metabolismo de proteínas, garantindo diferentes efeitos metabólicos. BERTUZZI, A.; CONTE, F.; MINGRONE, G.; PAPA, F.; SALINARI, S.; SINISGALLI, C. Insulin Signaling in Insulin Resistance States and Cancer: A Modeling Analysis. PLoS ONE, v.11(5), p. e0154415, 2016. Relação entre resistência à insulina e gordura saturada: Achados experimentais e clínicos indicam que o excesso da ingestão de ácidos graxos saturados (AGS) e ácidos graxos trans (AGT) podem promover lipotoxicidade em vários órgãos-alvo por efeitos diretos, representados por vias inflamatórias e efeitos indiretos, incluindo importantes alterações na microbiota intestinal com implicações para o endotoxemia do processo. As interações entre estas vias perpetuam um processo de feedback no qual um estado inflamatório eleva os fatores de risco para diversas doenças. Uma maior disponibilidade de lipídios reduz a insulina estimulando o consumo de glicose no músculo esquelético, e esse efeito é geralmente explicado como uma inibição mediada por ácidos graxos da sinalização de insulina. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Além disso, estudos recentes mostraram que uma dieta hiperlipídica, rica em AGS, causa obesidade e afeta o metabolismo cerebral da glicose em ratos, e em um estudo clínico, mostra que a elevação a curto prazo de ácidos graxos livres (AGLs) induzem resistência à insulina, que ocorre principalmente em o nível celular no músculo esquelético. Um aumento crônico dos níveis plasmáticos de AGL é prejudicial, pois é demonstrado pelos efeitos importantes desses componentes da dieta na lipotoxicidade das células beta pancreáticas. Os ácidos graxos em excesso não apenas induzem resistência insulina hepática, mas também prejudicam a depuração da insulina in vitro e in vivo em animais e humanos. Isso leva ao típico hiperinsulinemia observada em estados resistentes à insulina e em doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Frutose: Estudos recentes em ratos levantaram a hipótese que a frutose estaria associada com esteatose hepática não- alcóolica, DM, DCV, HAS, câncer e síndrome metabólica. Será então que devemos reduzir o consumo de frutas? Foi observado que, esteatose hepática e alterações de enzimas hepáticas, na verdade só acontecem quando existe excesso de ingestão alimentar como um todo. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Alterações nas enzimas hepáticas só foram identificadas no grupo hipercalórico ou com excesso de fast-food, não era uma característica da frutose, necessariamente existia um excesso de ingestão alimentar associado. Não existe risco direto do consumo de frutas relacionado a esteatose hepática Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Proteínas: As proteínas constituem um dos componentes essenciais da dieta, sendo o seu consumo necessário ao longo de toda a vida. Elas são os principais componentes funcionais e estruturais de todas as células do corpo, são codificadas pelo genoma e responsáveis pelo funcionamento do organismo. Elas funcionam como enzimas, como transportadores de membranas, como moléculas transportadoras do sangue, como hormônios, entre outras funções. Seus componentes, os aminoácidos, servem como precursores de ácidos nucleicos, hormônios, vitaminas e outras moléculas essenciais para a vida. Assim, o suprimento adequado de proteína é essencial para a manutenção da função e da integridade celular, da saúde e da reprodução. A recomendação da quantidade de proteína, segundo DRI’s 2005, é de 0,8 g/kg peso corporal/dia para adultos, o que é bem menos do que a grande maioria da população consome. Para homens e mulheres, a proteína deve fornecer aproximadamente 15% das calorias totais. FOOD AND NUTRITION BOARD, Institute of Medicine. Dietary References Intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (Macronutrients). Washington DC: The National Academies Press, 2005. Disponível em: http://www.nap.edu/openbook.php?isbn=0309 085373. Acesso em 16 jul. 2010. Derivada do grego “protos” = primária ou primeira Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Por mais que seja uma das primeiras preocupações quando surge o assunto “vegetarianismo”, esse tema nem seria tão relevante, porque as proteínas são igualmente importantes aos outros macronutrientes, entretanto se criou um esteriótipo de que a única forma de se obter proteínas suficientemente na dieta é ingerindo as proteínas de origem animal (de alto valor biológico), porém é necessário lembrar da fisiologia, ou seja, de que nos absorvemos aminoácidos e não proteínas, então a partir do momento em que os aminoácidos estão na corrente sanguínea, não existe distinção quanto a origem deles (alimento vegetal ou animal), eles exercem a mesma função. Estereótipo das proteínas em vegetarianos Dieta vegetariana tem todos os aminoácidos necessários em quantidade e qualidade suficientes para as necessidades de um ser humano Na prática é simples de se conseguir atingir essas quantidades necessárias de proteínas Não se observam na literatura deficiência de proteínas nessa população Na falta de carboidrato (glicose) o corpo degrada tecidomuscular e utiliza essa proteína para produzir glicose, ou seja, boas concentrações de carboidratos poupam proteínas Fatores importantes a serem levados em consideração: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Aminoácidos: Os aminoácidos constituem as unidades básicas de proteínas e polipeptídios. Os aminoácidos são moléculas que possuem um carbono com quatro ligantes diferentes, sendo eles: uma carboxila (-COOH), uma amina (-NH2), um hidrogênio e uma cadeia lateral que é específica para cada aminoácido. O aspecto mais importante de uma proteína do ponto de vista nutricional é a sua composição de aminoácidos. Nutricionalmente, os aminoácidos são classificados quanto à capacidade do organismo humano em sintetizá-los, diante disso, podem ser: aminoácidos essenciais, não essenciais e condicionalmente essenciais. Os aminoácidos essenciais são aqueles que precisam ser fornecidos pela dieta, pois seus esqueletos de carbono não podem ser sintetizados em quantidades suficientes pelo organismo. Já os aminoácidos classificados como não essenciais são aqueles produzidos em quantidades suficientes pelo organismo, sendo assim, é sintetizado a partir de outros aminoácidos ou outros metabólitos nitrogenados complexos. Ainda existem os condicionalmente essenciais, já que, dependem de determinadas condições fisiopatológicas especiais para se tronarem essenciais, como por exemplo, na prematuridade, em recém-nascidos, estresse catabólico severo em adultos, disfunção metabólica intestinal. SILVA, Ana Carolina Conti e; FROTA, Karoline de Macêdo Gonçalves; ARêAS, José Alfredo Gomes. Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes: Proteína. Ilsi Brasil, São Paulo, v. 20, 09 ago. 2012. Cadeias de carbono + átomos de hidrogênio + oxigênio + nitrogênio Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Essenciais Não essenciais Condicionalmente essenciais Histidina Alanina Arginina Isoleucina Ácido aspártico Cisteína Leucina Asparagina Glutamina Lisina Ácido glutâmico Glicina Metionina Serina Prolina Fenilalanina Tirosina Treonina Triptofano Valina Laidlaw e Kopple (1987) apud FOOD AND NUTRITION BOARD (2005, p. 593). Para definir a qualidade de uma proteína: Tipo de alimento Tipo de preparo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om O escore de aminoácidos corrigido pela digestibilidade de proteínas é um método que foi utilizado durante muito tempo, preconizado pela OMS e pela FAO (1991) para avaliar a qualidade de uma proteína com base nos requisitos de aminoácidos dos seres humanos e em sua capacidade de digeri-la, ou seja, é um escore baseado na concentração de um AA e corrigido pela digestibilidade do nitrogênio fecal. O escore leva em conta que, o conceito de digestibilidade é o quanto se aproveita da proteína (descontando as perdas nas fezes). Porém, todos os valores de PDCAAS foram truncados em 1,0 ou 100% sob a suposição de que o excesso de proteína seria apenas excretado. Entretanto, esta ideia pressupõe que a fonte de proteína definida é a única fonte na dieta, e não leva em consideração como os AA de diferentes fontes de proteína podem complementar um ao outro. Diante disso, se fez necessário uma atualização do método, e o que se utiliza hoje em dia é o escore de aminoácidos indispensável e digerível (DIAAS). O escore de aminoácidos indispensável e digerível avalia as variações de digestibilidade dos aminoácidos essenciais individualmente diante da digestibilidade ileal (íleo) ao invés de fecal. TIPO DE ALIMENTAÇÃO PDCAA Dieta global 89 Dieta vegetariana 81 PDCAAS DIAAS Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exemplo do tofu – DIAAS Necessidade Qtd de proteína Correção de disponibilidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Outro fator que influência em relação a digestibilidade dos alimentos é a: técnica dietética. Recomendação de proteínas segundo as DRI’s: 10-35% Melhora: cozimento em água Piora: altas temperaturas, calor seco, tostar 1g = 4kcal Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Necessidade de aminoácidos: Homens e mulheres acima de 19 anos Crianças acima de 1 ano e todas as outras idades Aminoácido Mg/kg/dia (RDA) Mg/g de proteína Mg/g de nitrogênio Fenilalanina + Tirosina 33 41 256 Histidina 14 17 104 Isoleucina 19 23 142 Leucina 42 52 322 Lisina 38 47 294 Metionina + Cisteína 19 23 142 Treonina 20 24 152 Triptofano 5 6 38 Valina 24 29 180 Alimentação sem carne; Eric Slywitch 2015 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om AMINOÁCIDO mg/ kg/ dia (RDA) – homens e mulheres maiores de 19 anos Fenilalanina + tirosina 33 Histidina 14 Isoleucina 19 Leucina 42 Lisina 38 Metionina + cisteína 19 Treonina 20 Triptofano 5 Valina 24 EXEMPLO: Necessidade de Leucina para um homem de 70kg (70x42) = 2940mg ao dia Todos são encontrados em uma dieta vegetariana Em 1 dia (24h) e não em uma refeição! Para visualizar: 1 scoop de proteína tem aproximadamente 3g de leucina Adaptado de: Alimentação sem carne, Dr Eric Slywitch, 2017 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exemplo de adequação de aminoácidos no cardápio considerando homem com 70kg: Exemplo alimentação 1 dia - 2000 calorias QNT PROTEÍNA (g) QNT LEUCINA (9mg) 8 porções de cereais integrais 40.9 3104 2 conchas de leguminosas 30,6 2424 4 frutas frescas 3,7 184 4 colheres de servir de abóbora 1,9 92 2 pratos almoço de salada de rúcula 5,1 314 1 colher de sopa de azeite 0 0 Valor calórico 2098 calorias Necessidade de ingestão 56g (0,8mg/ kg/ dia) 2940 Cálculo total de cardápio 82,3 (1,2mg/ kg/ dia) 6117 Adaptado de: Alimentação sem carne, Dr Eric Slywitch, 2017 Quantidade de proteína por dia: 0,8 mg/kg/dia 0,6 mg/kg/dia Seguro! Mínimo! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om SAIBA MAIS Quanto mais proteínas mais músculos? No mundo atual existe a procura pelo corpo “esteticamente perfeito”, o que leva muitas pessoas testarem dietas e regimes dietéticos de qualquer espécie, na esperança de atingir um novo nível de bem-estar ou desempenho físico. Praticantes de musculação, muitas vezes, colocam em risco sua própria saúde para adquirir esse tal corpo perfeito, exagerando nos exercícios físicos dos quais podem levar a danos irreparáveis, já que para o desenvolvimento muscular há um limite genético. Comumente a alimentação de um atleta é diferenciada dos demais indivíduos, porém existe uma crença popular antiga entre os atletas de que proteína adicional aumenta a força e melhora o desempenho, mas pesquisas NÃO apoiam esta teoria e observa-se que a pequena quantidade de proteína necessária para o desenvolvimento muscular duranteo treinamento é facilmente atingida por uma alimentação balanceada regular. No meio do fisiculturismo ou pessoas interessadas em aumentar a massa corporal, a mitologia das necessidades aumentadas de proteínas na dieta chega a níveis assustadores, levantadores de peso, por exemplo, consomem quantidades ente 1 e 3,5g de proteína por quilograma de peso corporal por dia e a maioria desta proteína provém de suplementos. Diante de estudos, o consumo de proteína dentro de todas as faixas de recomendação mostra-se efetivo no ganho de massa muscular, e que não existem evidencias que uma dieta hiperprotéica terá melhores resultados nos praticantes de musculação. Quando analisados o consumo de calorias e demais macronutrientes, observa-se para calorias e carboidrato, uma ingestão abaixo dos valores recomendados, porém para lipídeo encontra-se valores acima do recomendado na ingestão diária. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om A Plant Based Diet fornece todos os aminoácidos essenciais! Muito se fala da combinação de leguminosa + cereal, porque dessa forma teríamos uma proteína “completa”, ou seja, que fornece todos os aminoácidos essências, porém, mesmo que a combinação dos grupos seja algo fundamental para a dieta em geral, é mais importante que eles estejam dispostos na alimentação ao longo do dia, durante 24 horas, e não necessariamente na mesma refeição. A explicação de que se precisa combinar os grupos na mesma refeição se dá porque o grupo das leguminosas tem uma quantidade menor do aminoácido metionina e o grupo dos cereais integrais tem quantidade menor de lisina, então combinando teríamos a quantidade ideal de aminoácidos essenciais na mesma refeição, o que pode ser interessante do ponto de vista da praticidade em adequar nutrientes, porém, já se sabe que, o mais importante é a ingestão ao longo do dia e não necessariamente na mesma refeição. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Tabela para auxiliar na visualização de composição de aminoácidos dos alimentos: USDA https://ndb.nal.usda.gov/ndb/search/list Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om As proteínas precisam estar em: Deficiência X Suficiência X Excesso Não existe vantagem no excesso de proteínas, pois a proteína tem nitrogênio, que é altamente tóxico e com isso irá exigir maior remoção de nitrogênio, esse excesso também, é transformado em carboidrato e gordura, o que irá forçar um maior trabalho do fígado para que seja transformado em ureia, e mais tarde é eliminado pelos rins, o que em longo prazo, exigirá mais desses órgãos o que pode ocasionar danos aos mesmos. Hepático; Renal; Doenças cardiovasculares. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Disponível em: <https://nature.be/nl/home/>. Acesso em: 17 set. 2019. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Proteínas extras não são usadas eficientemente pelo organismo e podem impor uma carga metabólica aos ossos, rins e fígado. Além disso, dietas ricas em proteínas/alto teor de carne também podem estar associadas a um risco aumentado de doença cardíaca coronariana devido à ingestão de gordura saturada e colesterol e até mesmo câncer. Seria prudente não aumentar a ingestão de proteínas acima daquelas consumidas habitualmente por populações bem nutridas nos países tecnicamente avançados (2g/kg/dia). Ultrapassar 2 g / kg / dia pode ser prejudicial Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Lipídeos: Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir de ácidos graxos e álcool que desempenham funções importantes no organismo dos seres vivos. Não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada. As duas substâncias que mais conhecemos dessa categoria orgânica são as gorduras e os óleos. Se por um lado, esses dois tipos de lipídios em alguns momentos preocupam por estarem associadas a altos índices de colesterol no sangue, por outro, eles sabem- se também que eles exercem importantes funções no metabolismo e são fundamentais para a sobrevivência de seres vivos. Um dos papéis dos lipídios é o de funcionar como eficiente reserva energética, e ao serem oxidados nas células, geram praticamente o dobro da quantidade de calorias liberadas na oxidação de igual quantidade de carboidratos. Outro papel dos lipídios é o de atuar como eficiente isolante térmico, e também se sabe que, a gordura é fundamental para o desenvolvimento cerebral, porque é necessária para a mielinização e crescimento dos neurônios e também para o desenvolvimento da retina. BRASIL, Food Ingredients. 2016. Disponível em: <http://www.revista-fi.com/materias/541.pdf>. Acesso em: 17 set. 2019. Recomendação de lipídeos segundo as DRI’s: 25-35% 1g = 9kcal Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes: Abacate; Oleaginosas; Azeite; Óleos vegetais (soja, milho, girassol...); Tofú; Manteiga; Leite e derivados; Carne, ovo, frango, peixe. Colesterol Esteroide mais importante Funções: Precursor de hormônios esteroides (glicocorticoides, mineralocorticoides, androgênios e estrogênios); Precursor dos ácidos biliares (que são sintetizados no fígado a partir do colesterol e fazem parte da bile); Precursor de vitamina D; Estrutura das membranas, responsável por fluidez. O colesterol não é sempre algo ruim. Ruim é o excesso! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Biossíntese de colesterol: Produzido a partir de carboidrato, proteínas e gorduras. A via da biossíntese do colesterol tem seu processo em quatro fases. Na primeira, acontece a conversão do acetilcoenzima A (acetil-coA) em mevalonato, que é um composto com seis carbonos (C-6), e acontece em três passos, sendo eles: duas moléculas de acetil-coA condensam, por ação da enzima tiolase (primeiro passo), formando acetoacetil-coA, o qual condensa com uma terceira molécula de acetil-CoA (segundo passo) para formar o β-hidroxi-β-metilglutaril-CoA (HMG-CoA), reação catalisada pela HMG-CoA sintetase. O HMG-CoA é depois reduzido a mevalonato pela HMG-CoA redutase (terceiro passo). Na segunda fase, ocorre a conversão do mevalonato em unidades isoprenoides ativadas através da adição de três grupos fosfato ao mevalonato, provenientes de três moléculas de ATP, em três passos sucessivos. Na terceira fase, forma-se o esqualeno (C-30), através da condensação de seis unidades isoprenoides (C-5). Na quarta e última fase, ocorre a ciclização do esqualeno para formar os quatro anéis do núcleo esteroide do colesterol, ao nível do retículo endoplasmático. Ou seja, não é uma conversão simples. ACETIL-COA Molécula base para formação de colesterol, porque a partir da acetil-CoA, acontece a síntese de colesterol, que ocorre no citosol e no retículo endoplasmático de todas as células nucleadas do organismo. Proveniente de excesso alimentar.A insulina estimula a enzima que sintetiza colesterol, quanto mais insulina, maior o estímulo nessa enzima, para formação de colesterol. E isso é bem importante, principalmente na obesidade. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Ácidos graxos essenciais: Ômega 6: Ácido linoleico (18:2 w-6) Ácido araquidônico (20:4 w-6) Fontes: óleos vegetais (milho, girassol...) Funções: Precursores dos eicosanoides reprodutiva, inflamação, febre e sensação de dor, coagulação, regulação da pressão sanguínea; Cascata pró-inflamatória (aumenta IL-1 e IL-6; aumenta produção dos eicosanoides...); Reduz fluidez de membrana; Deficiência: alterações na pele (dermatite). Ômega 3: Ácido Linolênico (18:3 w-3) EPA (20:5 w-3) DHA (22:6 w-3) Fontes: peixes, linhaça, chia, hemp seed, oleaginosas. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Funções: Aumenta fluidez das membranas; Precursores dos eicosanoides reprodutiva, inflamação, febre e sensação de dor, coagulação, regulação da pressão sanguínea; Cascata menos inflamatória; Ação cerebral e na visão; Deficiência: alterações neuronais (humor, comportamento, cognição), motoras, visuais e no sono. Mesmas enzimas Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Gordura Trans: É um tipo de gordura com alto teor de lipídeos saturados, que pode ocorrer naturalmente em alimentos de origem animal ou ser produzida industrialmente por meio de processos tecnológicos. A forma como a gordura trans é mais frequentemente encontrada nos produtos alimentícios e decorrente desse segundo processo. Para a sua produção industrial, o óleo líquido é transformado em gordura sólida, o que lhe permite, um baixo custo, maior crocância, sabor e prazo de validade aos produtos. A gordura trans tem efeitos deletérios no organismo, como doenças cardiovasculares, aumento de LDL e colesterol total e redução de HDL, alteração na flexibilidade das membranas, dificuldade na transmissão de impulsos nervosos. Estudos populacionais (ocidental): sugerem que ingestão de gordura trans está em: 8,1-12,8g/dia ANVISA obriga declaração no rótulo sobre a gordura trans A OMS recomenda a ingestão de no máximo 1% gordura trans por dia (2g/dia) A partir de 2g/dia pode já alterar a função vascular. 2006 Solução da indústria: gordura de palma (atentar porque não é trans, porém é saturada) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Como fazemos gordura dentro do nosso organismo? Os lipídeos consumidos na dieta, quando em excesso, podem ser estocados dentro do adipócito, ou seja, se consumirmos mais, armazenamos mais. Outra forma de formação de gorduras, armazenadas nos adipócitos, são a partir do excesso de carboidratos (energia), uma vez que, quando consumirmos mais energia do que precisamos, incialmente, essa energia será usada para repor os estoques de glicogênio, mas a partir do momento em que os estoques já estiverem cheios, começara a formação dos triglicerídeos (armazenamento de gordura), que serão transportados pelo VLDL Colesterol e armazenado no adipócito. Excesso de lipídeos Excesso de carboidratos Armazenamento de gordura no adipócito Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om É o que acontece na Plant Based Diet Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Recomendações de gorduras: Nutriente MASC ONIVORO FEM ONIVORO MASC VEGGIE FEM VEGGIE GORDURAS 25-35% 25-35% 25-35% 25-35% W-6 17g 12g 17g 12g W-3 1,6g 1,1g 3,2g 2,2g SATURADA Menos possível Menos possível Menos possível Menos possível COLESTEROL Menos possível Menos possível Menos possível Menos possível Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Recomendação é maior para vegetarianos porque a conversão depende da cascata. Porém, estudos mostram que vegetarianos ingerem uma quantidade igual ou maior de w-3 que os onívoros e mais w-6 que os onívoros. Portanto os níveis sanguíneos de w-3 são similares e de w-6 mais altos. Atenção especial para: gestantes, lactantes, infância e senescência Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Exemplos de como adequar W-3: 1 colher de chá (5g) óleo de linhaça: 2,7g W-3 1 colher de sopa (8g) óleo de linhaça: 4,3g W-3 1 colher de sopa (18g) semente de linhaça triturada: 2g W-3 Estratégias para o paciente: Combine os óleos (azeite + linhaça – 3:1); Evitar aquecer os óleos, utilizar sobre o alimento pronto; Consuma mais azeite (reduz w-6; aumenta w-9); Consuma mais oleaginosas (linhaça, chia, hemp seed e nozes); Evite gordura trans e álcool: reduzem a conversão em EPA E DHA; Evite alimentos processados: gordura trans e mais fontes de w-6. RELAÇÃO W- 6/W-3 2 a 4:1 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Artigos Científicos: Conclusão: As dietas vegetarianas representam um meio eficaz para a prevenção e tratamento de doenças cardiometabólicas. Dietas vegetarianas adequadamente planejadas são saudáveis e eficazes para controle de peso e Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om glicêmico, e proporcionar benefícios metabólicos e cardiovasculares, incluindo a reversão da aterosclerose e a diminuição lipídios no sangue e pressão arterial. Os benefícios cardiometabólico parecem ser maiores com veganos do que dietas lacto-ovo- vegetarianas. O uso de dietas à base de plantas como meio de prevenção e tratamento de doença cardiometabólica merece ser promovida através de orientações e recomendações alimentares. Dietas à base de plantas, definidas em termos de baixa frequência de consumo de alimentos para animais, têm sido cada vez mais recomendadas por seus benefícios à saúde. Numerosos estudos descobriram que dietas à base de plantas, especialmente quando ricas em alimentos vegetais de alta qualidade, como grãos integrais, frutas, vegetais e nozes, estão associadas a menor risco de resultados cardiovasculares e fatores de risco intermediários. Esta revisão resume a base de evidências atual que examina as associações de dietas à base de plantas com parâmetros cardiovasculares e discute os potenciais mecanismos biológicos subjacentes a seus efeitos na saúde, recomendações práticas e aplicações desta pesquisa e orientações para futuras pesquisas. Dietas saudáveis à base de plantas devem ser recomendadas como uma opção alimentar ambientalmente sustentável para melhorar a saúde cardiovascular. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Os ácidos graxos ômega-3, ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docohexaenóico (DHA), fornecem benefícios significativos à saúde como para a função edesenvolvimento do cérebro e condições cardiovasculares. No entanto, a maior parte do EPA e DHA para consumo humano é proveniente de pequenos peixes gordurosos capturados nas águas costeiras e, com o esgotamento dos estoques globais de peixes, pesquisas recentes foram direcionadas a fontes mais sustentáveis. Isso inclui a aquicultura com alimentos à base de plantas, krill, microalgas marinhas, protistas do tipo microalgas e plantas geneticamente modificadas. Em particular, o cultivo em larga escala de microalgas e plantas provavelmente se tornará realidade, com reduções esperadas nos custos de produção, aumento da produção e o tratamento adequado de questões de aceitação de alimentos geneticamente modificados. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om As evidências da natureza cardioprotetora dos ácidos graxos ômega-3 são abundantes, e os dados atualmente disponíveis indicam que pacientes com doença cardíaca coronária devem consumir pelo menos 1g por dia de ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa de peixes oleosos ou de peixes, indivíduos sem doença devem consumir pelo menos 250 a 500mg por dia. No entanto, esta área de pesquisa coloca duas questões: em primeiro lugar, qual é a melhor fonte de ácidos graxos ômega-3? Suplementos de peixe ou óleo de peixe? Em segundo lugar, as recomendações para a suplementação de ômega-3 são justificadas em vista do rápido esgotamento dos estoques mundiais de peixes? O argumento de que comer peixe é melhor do que tomar suplementos de óleo de peixe decorre do fato de que faltam vários nutrientes importantes, como vitamina D, selênio e antioxidantes. No entanto, três grandes ensaios de prevenção indicaram claramente que as cápsulas de ácidos graxos ômega-3 conferem benefícios cardiovasculares e, portanto, que ambas são cardioprotetoras. Fontes sustentáveis de ácidos graxos ômega-3 precisarão ser identificadas para que a redução do risco cardiovascular a longo prazo seja alcançada no nível da população. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Micronutrientes Ferro Zinco Selênio Cálcio Vitamina D Vitamina B12 Ácido Fólico Vitamina B6 Resumo das recomendações de micronutrientes: Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Mineiras Recomendações gerais: 1. Consumir alimentos integrais; 2. Consuma valor calórico adequado; 3. Utilize alguns alimentos com minerais fortificados (especialmente esses quatro citados acima). Cálcio Zinco Ferro Iodo Precisam de mais atenção Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Zinco: Participa de mais de 300 reações; Atua no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos; Importante para o sistema imunológico; Essencial na divisão celular e na geração de uma nova vida; Importante para reprodução e para o crescimento; Relacionado ao processo respiratório; Manutenção do equilíbrio acidobásico; Cicatrização; Relacionado a capacidade de sentir sabor; Papel catalítico: participa como cofator enzimático de mais de 60 tipos de enzimas, das seis classes de enzima. A quantidade de zinco encontrado no organismo é de aproximadamente 2-3g, e esse é o armazenamento total, ou seja, se o corpo precisar de mais não tem como estocar, nesse caso, o corpo desvia do músculo e do esqueleto. O zinco é encontrado em altas concentrações na íris, retina (olhos), na próstata, sêmen e esperma. Em algumas fases da vida, as necessidades deste mineral estão aumentadas, como na gestação, infância, puberdade e senilidade. Apesar da quantidade, a sua deficiência está relacionada a quadros patológicos graves que surgem em sua grande maioria em função da deficiência alimentar, presença de compostos quelantes nos alimentos, distúrbios no processo de absorção gastrointestinal ou aumento na excreção urinária. Armazenamento de zinco 2g Musculo esquelético 60% - 1,2g Ossos 30% - 0,6g Líquido prostático 300-500mg Sangue 0,1% - 0,002g Quantidade de zinco no organismo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Deficiência: Apesar da importância fisiológica do zinco na manutenção de vários processos no organismo humano, pouco se tem feito para combater a deficiência desse mineral no mundo. As políticas de fortificação são voltadas geralmente, para a deficiência de ferro que, quando fornecido como suplemento ou na forma de alimento fortificado, compete com o pouco zinco dietético disponível. A deficiência deste mineral pode acarretar prejuízos no metabolismo de todos os processos em que ele está envolvido e afeta cerca de 2 bilhões de pessoas, predominantemente, crianças e gestantes nos países em desenvolvimento. Causas mais comuns da deficiência: baixo consumo, ou baixa disponibilidade (devido ao ácido fítico). HAMBIDGE, Michael K.; MILLER Leland V.; WESTCOTT, Jamie E. et al. Dietary Reference Intakes for Zinc May Require Adjustment for Phytate IntakeBased upon Model Predictions. J. Nutr. v.138, p.2363– 2366, 2008. Deficiência leve e moderada: Fadiga Baixa de imunidade Queda de cabelo e unhas fracas Em crianças: perda de apetite, crescimento mais lento que o comum Deficiência grave (rara): Retardo no crescimento Prejuízo na maturação óssea e sexual Lesões de pele Diarreia Queda de cabelo Perda de apetite e do paladar Vulnerabilidade a infecções (baixa imunológica) Ingestão de zinco é muito associado ao consumo de carnes, entretanto existem muitas fontes no reino vegetal! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Biodisponibilidade na dieta vegetariana é considerada moderada (30-35%) em relação a onívora (50-55%). Porém não necessariamente se faz necessário aumentar a ingestão, mais necessário estar atento a outros fatores: Reduzir o ácido fítico; Caseína (presente no leite) reduz absorção de zinco; Cálcio: não interfere na absorção do zinco, porém podem potencializar o efeito do ácido fítico sobre o zinco; Fibras: não atrapalham na absorção; Cobre e ferro: não interferem significativamente na absorção; Níveis séricos de zinco não são tão exatos e por isso tem uma difícil avaliação laboratorial Zinco sérico: é mais difícil de mostrar alterações, porque o organismo mantém a homeostase, devido a isso pode levar meses para alterar o exame. Baixa ingestão de zinco: 2,6-3,6mg/dia não altera os níveis circulante; Zinco eritrocitário: sofre influência de outros fatores. Diagnóstico ideal: sinais, sintomas e resposta à suplementação. Fatores a serem levados em consideração: Existem grandes perdas de zinco através do suor, por isso estar atento a atletas; Respeitar a relação zinco-cobre (15:1) para que não aconteça depleção de cobre. Como melhorar a biodisponibilidade? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes: Cereais integrais Leguminosas Sementes e oleaginosas Alimentos fortificados RDA: *Considerando a biodisponibilidade. *Excesso costuma ocorrer via suplementação. Necessário em média 2,5mg/dia por dia absorvidos Exemplode adequação de zinco, cálcio e ferro: Homem: 11mg Mulher: 8 mg UL: 40mg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om ALIMENTOS/ DIA QUANTIDADE Feijão branco 2 conchas médias Feijão carioca 1 concha média Arroz integral cozido 3 colheres de sopa Rúcula crua 1 porção – 40g Semente de gergelim 15g – 1 colher de sopa Couve refogada 3 colheres de sopa Brócolis cozido 1 xícara chá cheia Fatias de pão 100% integral 3 xícaras Homus 1 colher de sopa Tofú firme 1 fatia – 100g Aveia em flocos 1 colher de sopa Semente de linhaça 1 colher de sopa TOTAL DE ZINCO TOTAL DE CÁLCIO TOTAL DE FERRO 11mg 1038,5mg 21,7mg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Check list de zinco: Importante planejamento, mesma quantidade de onívoros Consumir alimentos ricos em zinco Usar estratégias para reduzir os fitatos Adequação da ingestão calórica total Avaliar ingestão Avaliar sinais e sintomas Avaliação bioquímica Avaliar ferro Monitorar Suplementar se necessário (Zinco Quelado) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Selênio: O selênio (Se) é considerado essencial para o corpo humano devido à sua participação em importantes funções metabólicas, bem como no sistema imunológico, no metabolismo hormonal da tireoide, na infertilidade masculina, em neoplasias e em doenças cardiovasculares. Também possui propriedades antioxidantes. FREITAS, Renata Germano et al. Deficiência de selênio e os efeitos da suplementação em prematuros. Rev Paul Pediatr, Campinas, p.126-135, jan. 2014. Protetor das células contra o estresse oxidativo; Necessário para o metabolismo de iodo. Exame: selênio sérico – Simples e tem resultado confiável Suplementação: Selênio Quelado Fontes: Cereais integrais; Sementes e oleaginosas (principalmente a Castanha do Brasil). RDA: 55mcg/dia UL: 400 mcg/dia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Iodo: O corpo humano contém cerca de 10 a 20mg de iodo, dos quais 70 a 80% são encontrados na tireoide, e o restante, distribuído por todo o corpo, principalmente nas glândulas mamárias, salivares e gástricas, e nos rins, porém é um mineral que participa da maior parte dos sistemas no organismo. O iodo é essencial para a formação de tirosina e de triiodotironina, comumente denominados T4 e T3, os dois hormônios tireoidianos essenciais para a manutenção do metabolismo normal em todas as células. LIVIA FERNANDES DE LIMA, ANDERSON MARLIERE NAVARRO IODO: Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes. International Life Sciences Institute do Brasil, São Paulo, v. 22, p.1-33, 2018. Deficiência: Bócio; Cretinismo (deficiência mental) em crianças; Reduz a capacidade de concentração e de aprendizado; Reduz a fertilidade; Causa de abortos; Má-formação congênita; Parto prematuro; Aumenta a mortalidade infantil. Atenção maior as gravidas RDA: 150 mcg UL: 1,100mcg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes: Sal iodado Algas 1 colher de chá (5g) de sal = 75-220mcg de iodo Cálcio: O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano, essencial para a mineralização de ossos e dentes e para a regulação de eventos intracelulares em diversos tecidos. O esqueleto é o seu principal reservatório no organismo, uma vez que abriga, juntamente com os dentes, 99% do total de cálcio, sendo um dos responsáveis pela manutenção da concentração do cálcio sérico, os outros 1% de cálcio tem como função a coagulação do sangue, relaxamento e contração muscular, transmissão nervosa, regulação do metabolismo celular. O cálcio é necessário durante a infância para um processo de Mineral mais abundante no corpo Quinto elemento mais comum na terra Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om crescimento adequado, já em adultos e idosos o principal papel da ingestão de cálcio é compensar as perdas diárias desse mineral, uma vez que, quando a excreção excede a absorção (como em casos de ingestão insuficiente), pode ocorrer desmineralização do esqueleto, visto que o cálcio sérico é fundamental para funções fisiológicas vitais ao organismo. Natasha Aparecida Grande de França, Lígia Araújo Martini, CALCIO: Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes. International Life Sciences Institute do Brasil, São Paulo, v. 22, p.1-24, 2014. Massa óssea: Leva de 20 a 30 anos para alcançar a massa óssea máxima; 45% da massa óssea é construída até 8 anos de idade; 45% dos 8-16 anos; 10% até 26-30 anos; Após os 30 anos, começa a ocorrer um declínio gradual e fisiológico na massa óssea. Ideal: fazer uma boa deposição óssea entre infância e adolescência Seguir recomendação de cálcio igual de onívoros: RDA: 1000 mg UL: 2500mg 19-50 anos *Atenção as outras fases da vida Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Excesso pode causar: Insuficiência renal; Calcificação em diversos órgãos; Irritabilidade; Dores de cabeça. Prevalência de intolerância a lactose no mundo: Mediante a presença de intolerância à lactose, existem sim alternativas possíveis a fim de que a necessidade de cálcio seja atingida tranquilamente. Onívoros e Veganos: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Recomenda-se maior ingestão de fontes não lácteas, como os vegetais verdes- escuros, ou mesmo alimentos fortificados, e, somente para aqueles que não conseguem atingir as quantidades recomendadas via dieta, o uso de suplementos pode ser considerado. Se tratando de necessidade de cálcio, não se pode apenas pensar no consumo, mas sim no balanço entre: Absorção de cálcio depende de: Absorção de cálcio X Dieta Consumo Absorção Excreção Densidade mineral óssea Balanço Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Oxalato: Evitar alimentos com alto teor de oxalato Ácido fítico: Reduzir conteúdo ácido fítico (remolho, germinação ou fermentação) Cafeína Aumenta a excreção de cálcio logo após a sua ingestão. Tomar até 2-3 xícaras pequenas, acima disso pode atrapalhar Refrigerantes: Depende da quantidade: ácido fosfórico + cafeína Sal: Excesso de sódio aumenta a eliminação de cálcio Para cada 1g de sódio excretado na urina, 23-26mg de cálcio são perdidas CÁLCIO Dieta Balanço hormonal Genética Lifestyle Menopausa (estrógeno Atividade física: favorece massa óssea Álcool: relação com mais fraturas Fumar: interfere na absorção de cálcio Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Atenção: industrializados, sal de adição, missô e shoyo Proteínas: Consumir proteínas adequadamente: geral: (0,8g-1,0g/kg/peso) - Mínimo de 0,6mg/kg/dia Atletaspodem precisar de mais consumo, porém não necessita passar da recomendação Quantidade adequada de proteína é necessária, inclusive para construir massa óssea Vitamina D: Necessária para a absorção intestinal do cálcio Sol Suplementação Dieta alcalina: Favorece metabolismo ósseo (plant based diet é mais alcalina) Microbiota intestinal: Ionização dos minerais Intestino saudável: boa absorção de vitamina K (vegetais folhosos) Alimentos integrais e fibras são importantes Bactérias prebióticas e probióticas (absorção de minerais requer um meio ácido para absorção, por isso os prebióticos são benéficos) Exercícios físicos Praticar atividade física favorece a massa óssea Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exames: Albumina Cálcio total PTH intacto 25-Hidroxivitamina D Cálcio urinário de 24 horas Interpretação: Fontes: Vegetais verde escuros Tofú Oleaginosas (destaque para o gergelim e o tahine) Temperos Alimentos fortificados Leites vegetais fortificados Dieta sem cálcio: 5 a 40mg/ 24 horas Dieta pobre: 50 a 150mg/ 24 horas Dieta normal: 150 a 300mg/ 24 horas Dieta rica: Maior 300mg/ 24 horas Valores maiores que 4mg/kg Aumento prevalência de litíase urinária Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Biodisponibilidade varia de acordo com o alimento: ALIMENTO ABSORÇÃO FRACIONÁRIA Brócolis 61% Leite 32% Tofú c/ cálcio 31% Exemplos cálculos para adequação de cálcio: 1083mg: Alimento Medida caseira Teor de cálcio (mg) Couve crua 2 folhas (40g) 52 Agrião cru 1 c/ servir (100g) 133 Leite arroz/ aveia/ soja 1 copo (200ml) 240 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Castanha do Brasil 2 unidade (10g) 15 Amêndoa torrada 9 unidade (10g) 23 Tofu 4 pedaços (100g) 201 Brócolis 3 c/ servir (100g) 51 Quiabo 6 unidade (100g) 112 TOTAL 1083 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Nutricionista Ana Ceregatti 700mg: Nutricionista Ana Ceregatti Alimento Medida caseira Teor de cálcio (mg) Leite arroz/ aveia/ soja 2 copos (200ml) 480 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Total 736 Alimento Medida caseira Teor de cálcio (mg) Leite de soja 1 copo (200ml) 396 Couve (suco verde) 2 folhas 40 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Feijão branco 1 concha (160g) 150 Total 712 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om 600mg: Alimento Medica caseira Teor de cálcio (mg) Leite arroz/ aveia/ soja 1 copo (200ml) 240 Tofu 4 pedaços (100g) 201 Brócolis 3 c/ servir (100g) 51 Gersal 2 c/ sopa (20g) 130 Total 622 Alimento Medica caseira Teor de cálcio (mg) Leite amêndoas caseiro c/ 2 c/ sopa de gergelim 1 copo (200ml) 230 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Agrião cru 1 c/ servir (100g) 133 Total 619 Nutricionista Ana Ceregatti Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om 800mg: Alimento Medida Caseira Teor de cálcio (mg) Leite arroz/ aveia/ soja 2 copos (200ml) 480 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Tofu 4 pedaços (100g) 201 Brócolis 3 c/ servir (100g) 51 Total 862 Nutricionista Ana Ceregatti Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Suplementação: Como já visto anteriormente o cálcio é um mineral que tem sua adequação de fácil aporte via alimentação, utilizando técnicas dietéticas e a própria dietoterapia. Por isso, a suplementação deve estar pautada nos exames laboratoriais, porque ao contrário disso, corre o risco de litíase renal (pedra nos rins). Quando a suplementação realmente for necessária estar atento as seguintes questões: Cálcio quelado ou citrato são as melhores formas de suplementação Número de cápsulas pode ser muito grande, pode ser melhor suplementar em comprimidos, ou sachês (avaliar com o paciente) Nem sempre é vegano Maior atenção: gestantes, lactantes, infância e adolescência Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Ferro: O ferro é um mineral vital para a homeostase celular, tem habilidade em aceitar e doar elétrons o que o torna imprescindível para diversas reações biológicas. É um componente essencial para a formação da molécula heme e participa da formação de diversas proteínas, ele é fundamental para o transporte de oxigênio, geração de energia celular e detoxificação. O ferro heme é sintetizado em todas as células nucleadas, sendo que a maior quantidade é produzida pelo tecido eritroide. Sua síntese é controlada por mecanismos enzimáticos e de degradação, e esse controle tem que ser rigoroso, uma vez que o excesso de ferro irá reagir com o oxigênio gerando radicais hidroxil e ânions superóxidos (reação de Fenton), e a ação desses radicais sobre proteínas, lipídeos e DNA causa graves lesões celulares e teciduais. GROTTO, Helena Z. W. Fisiologia e metabolismo do ferro. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, v. 32, supl. 2, p. 08-17, June 2010. Tem como suas principais funções: Papel central no transporte de oxigênio pelo sangue Participa da produção de energia celular Sistema imune Parte mental: aprendizado e comportamento Crescimento e construção de novas células aumentam as requisições de ferro (gestação e infância) DISTRIBUIÇÃO LOCAL 60-70% Hemácias 30-40% Fígado, ossos, músculo, macrófagos 3-5g dentro do organismo Estoque de ferro é a ferritina Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Carência de Ferro: A definição de anemia se dá por valores de hemoglobina (Hb) no sangue abaixo do normal para idade e gênero. É um dos principais problemas de saúde pública mundial, chegando a afetar mais de um quarto da população do planeta, ou seja, mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. A metade dos casos é determinada por deficiência de ferro (DF), a deficiência nutricional mais prevalente e negligenciada no mundo, particularmente entre as mulheres e as crianças dos países em desenvolvimento. É também significativamente prevalente nos países industrializados e afeta pessoas de todas as idades em todos os países. Sinais e sintomas da insuficiência de ferro: Palidez Alteração sistema imunológico Queda de cabelo e alterações nas unhas Fissura nos lábios Desordem nutricional mais comum no mundo: 1/4 da população mundial Brasil: 30% gestantes e 50% das crianças Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Cansaço, fraqueza, tontura, indisposição Falta de apetite Dificuldade em acordar Dificuldade em fazer exercícios físicos Pernas inquietas Vontade de comer barro, tijolo e etc... Gestação: pode gerar anormalidades no feto e pode intensificar depressãopós-parto Causas da deficiência de ferro: Baixa ingestão Perdas de sangue Biodisponibilidade Aumento de demandas Cirurgias retiram parte estômago/antiácidos Verminoses Obesidade Grupos de risco: Atenção especial para menstruação: Mulheres em idade fértil, gestantes e lactantes Crianças de 6 meses a 4 anos (independente do sistema alimentar) Atletas (maior utilização de oxigênio) Principalmente em mulheres (menstruação) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om 70 ml de sangue por mês 870 ml no ano (no mínimo) Temos de 4-5 litros de sangue no corpo Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Excesso de Ferro: Oxidante (aumento formação de RL) Predispõe ao processo inflamatório e DVC Câncer de intestino Hemocromatose (doença genética) Na inflamação, ocorre aumento de ferritina e redução na capacidade de absorção de ferro Álcool potencializa a absorção de ferro Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om 2 TIPOS DE FERRO: Ferro heme (orgânico ou de origem animal): Biodisponibilidade 10-40% Encontrado na hemoglobina e mioglobina Contém anel de porfirina Origem animal (carnes, principalmente vermelhas) Sem interferência dietética para absorção Menor porção ingerida pelas pessoas HEME NÃO HEME Dentro do corpo é sempre da mesma forma 10mg de ferro heme = 1,8mg de ferro absorvido Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Carne Crua Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Ferro não heme (inorgânico): Biodisponibilidade: 2-20% Origem vegetal Utilizado na fortificação dos alimentos (ANVISA, 2002) Fatores que melhoram biodisponibilidade de ferro: Reduzir composição de fitatos Aumentar consumo de vitamina C Ferro heme: 40-50% Ferro não heme: 50-60% Aquecimento e estocagem transformam ferro heme em não heme e reduzem a absorção 18% Atenção: fazer o possível para melhorar a biodisponibilidade Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Ácido cítrico, lático e málico (frutas e verduras) Alguns aminoácidos sulfurados FOS: cebola, alcachofra, aspargo, alho, centeio, cevada Meio ácido no intestino: favorece a absorção de ferro Soja: devido a sua fermentação melhora a biodisponibilidade Panela de ferro (principalmente se cozinhar algo ácido, como o tomate) se tem o aumento de 50-2000mg em 20 minutos Fibra alimentar não interfere na biodisponibilidade Fatores que inibem a biodisponibilidade de ferro: Taninos: chá verde ou preto, reduzem até 60% Café e cacau (porém interferem menos que os chás) Espinafre e folhas de beterraba (oxalatos) Suplementação de zinco Uso de antiácidos Lácteos na mesma refeição de ferro Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Recomendação de ferro: Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Para repor perdas e manter os níveis precisamos de 1-2mg/ferro por dia (absorvido) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Vitamina C potencializa a absorção do ferro porque combate o efeito do ácido fítico 75mg de vitamina C aumenta 4x a absorção. Por exemplo: Recomendação diária Sexo Onívoro Vegetariano Masculino (maior de 19 anos) 8mg 16mg Feminino (19-50 anos) 18mg 36mg Real necessidade Biodisponibilidade 14-18% 5-12% Adultos 5,5 – 11,1 mg 8,3 – 16,6mg Como potencializar a absorção do ferro? 140ml de suco de laranja 1/3 Xícara de pimentão vermelho 1 Kiwi 1 Xícara de papaia 1 Xícaras de folhas verdes Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om *Ideal é usar a vitamina C de forma crua Suco de frutas cítricas Couve de Bruxelas Couve flor Couve Pimentão Melão Cantalupe Brócolis Goiaba Morango 30 mg de vitamina C – ½ xícara de: Espremer limão em cima de saladas Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Perdas de vitamina C: 70% assar 50% ferver 30% vapor 15% micro-ondas Comparativo: Dieta onívora X Dieta Vegana Refeição Ferro (mg) 1 xic de café com leite integral (165ml) 0,17 2 fatias de pão integral 1,0 Salada De alface e tomate (50g) 0,44 Arroz branco (2 col. Servir 90g) 0,48 Feijão preto (1/2 concha) 0,6 Filé mignon (120g) 2,28 1 banana prata 0,5 Macarrão à bolonhesa (prato fundo) 1,57 7,04mg de ferro/dia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Refeição Ferro (mg) 1 xic de café 0,1 2 fatias de pão integral com tofupiry 1,3 Salada de agrião(50g) 1,5 Beterraba cozida (1col. servir) 0,38 Arroz integral (2col. servir 126g) 1,52 Feijão preto (2 conchas 160g) 2,4 ½ laranja (60g) 0,4 1 banana prata 0,5 Aveia em flocos (1 col. sopa) 0,56 Melado de cana (1 col. chá) 0,05 Salada de feijão fradinho (2 col. servir) 3,34 Melancia (2 fatias pequenas) 0,4 12,45mg de ferro/dia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes de ferro (parecidas com as de zinco): Leguminosas Cereais integrais Vegetais verde-escuros Sementes e oleaginosas Alimentos fortificados 190 kcal 100g carne (1,9 mg Fe) 1 concha de feijão cozido (4,2 mg Fe) Biodisponibilidade 18% Biodisponibilidade 10% 0,38 mg de ferro absorvido 0,42 mg de ferro absorvido Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exames: Hemograma completo Ferritina Saturação de Transferrina PCR ultrassensível TGP Check list do ferro: Consumir alimentos ricos em ferro Alimentos fortificados – ANVISA Use fontes de vitamina C (frutas e hortaliças) Usar técnicas para reduzir os fitatos Panelas de ferro podem auxiliar Evitar lácteos nas refeições com fontes de ferro Atenção ao chá preto, verde, café e cacau na refeição com fontes de ferro Avaliar necessidade de antiácidos Avaliar por exames Suplementar só se necessário Deficiência de ferro se corrige com suplementação Acompanhar monitorando exames Para avaliar inflamação Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Inflamaç ão A ação da Hepcidina (HPN) no metabolismo do ferro: Ao formar um complexo com a FPN leva a sua degradação. No enterócito, o ferro não étransportado para o exterior da célula, e a absorção é inibida. Nos macrófagos, o ferro fica acumulado no seu interior, diminuindo o ferro disponível para eritropoese. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Vitaminas As vitaminas, descobertas no início dos anos 1900 são elementos nutritivos essenciais para o organismo apesar de serem necessárias em doses teoricamente baixas. Possuem na sua estrutura compostos orgânicos nitrogenados, os quais o organismo não é capaz de sintetizar ou sintetiza em quantidades insuficientes para o seu bom funcionamento e que, se faltam na nutrição, provocam manifestações de carência. Vitamina B12 Ácido Fólico Vitamina B6 Vitamina D Precisam de mais atenção Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Hidrossolúveis B1, B2, B6, B12, B8, B5, niacina ou niacinamida, ou ainda fator PP (B3), ácido fólico (B9) e C. Lipossolúveis A, D, E, F e K. B12 é a única preocupação com veganos, porém na pratica clínica a preocupação deve ser igualmente entre onívoros e veganos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Vitamina D Também chamada de calciferol, é, na verdade, a denominação atribuída a duas substâncias, o ergocalciferol (D2) e o colecalciferol (D3). A vitamina D é lipossolúvel, e age como um hormônio na regulação do cálcio nos ossos e sangue, com influências sobre a homeostase mineral do organismo. É necessária para a absorção de cálcio e fósforo no intestino delgado, distribuição para os ossos e sua reabsorção nos rins. Ela é produzida na pele a partir dos raios solares, depois passa pelos rins, intestinos e ossos para exercer função. Então a vitamina D é um hormônio? O organismo humano é capaz de, a partir do colesterol, sintetizar a vitamina D, por isso, poderia deixar de ser considerada uma vitamina segundo a definição das mesmas, para ser considerada um hormônio. Nas regiões em que há pouca radiação solar o corpo humano tem a necessidade de complementar as carências alimentares e/ou ambientais. Vitamina D3: colecalciferol (forma animal) Vitamina D2: ergocalciferol (forma vegetal) Mais eficaz Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Funções: Envolvida no metabolismo de fósforo e cálcio Relacionada a manutenção da massa óssea Redução do risco de DCV Prevenção de tipos específicos de câncer Controle da PA Prevenção de diabetes tipo 2 Melhora do funcionamento neuronal Melhora do desempenho físico Atuação no sistema imune e com doenças autoimunes Deficiência (saúde óssea) Crianças Raquitismo Adultos Osteomalácea e osteopenia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Níveis de vitamina D estão mais relacionados com estilo de vida do que com a alimentação em si. Na prática clínica fica evidente que, sem suplementos, bons níveis dessa vitamina são raros na população em geral, porque o mais comum hoje em dia é de se andar com a maior parte do corpo coberto ou com protetor solar. A vitamina D é produzida in vivo principalmente através da radiação solar ultravioleta B, sendo que a alimentação apenas supre em torno de 20% das necessidades essenciais do organismo, por meio de colecalciferol ou vitamina D3 e a ergocalciferol ou D2 vegetal. Já a pele produz mais de 90% da vitamina D necessária, esta produção depende do comprimento de onda da radiação ultravioleta e do número de fótons absorvidos. A pigmentação da pele, estação do ano, exposição ao sol e ingestão de cálcio influenciam nas concentrações de vitamina D3. Ela também exerce uma importante função na regulação da homeostasia mineral por meio de sua ação nos ossos, nas glândulas paratireoides, nos rins e no intestino. Nesses tecidos, sua forma ativa (1,25-OH2D) atua ligando-se a um receptor nuclear específico, pertencente à família de receptores dos hormônios esteroides e tireoidianos. A vitamina D está inserida em vários processos metabólicos e sinalizadores moleculares, e sua deficiência poderá dificultar as funcionalidades celulares, ou ocasionar lesões de forma crônica, facilitando o aparecimento de doenças de amplos espectros, inclusive a forma crônica. É uma vitamina lipossolúvel, e pode se armazenar no tecido adiposo, por isso para pessoas com excesso de peso, pode dificultar a interpretação dos exames. KRATZ, Daniela Barbosa; SILVA, Giancarlos Soares e; TENFEN, Adrielli. Deficiency of vitamin D (250H) and its impact on the quality of life: a literature review. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 50, n. 2, 2018. Revista Brasileira de Analises Clinicas. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Teor de vitamina D em alguns alimentos: ALIMENTO VITAMINA D (UI)/100g Alimento cru Cogumelo paris 7 Portobello 10 Shitake 29 Fígado de bacalhau 10.000 Bacon 218 Gema 101 Camarão 2 Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Fatores que interferem na síntese de vitamina D: Cor da pele: negros precisam de cerca de 2-3x mais o tempo de exposição ao sol do que caucasianos Áreas de exposição ao sol Filtro solar: a partir do fator de proteção 8 já interfere na síntese de vitamina D Horário do dia: início da manhã e fim de tarde ou 12:00hs A produção pode variar conforme a estação e a latitude Idade: reduz a capacidade de síntese de vitamina D em até 50% (avaliar senescência) RDA: 400 UI UL: 2000 UI Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Protocolo de exposição solar: Exposição ao sol de 10-15 minutos, como no mínimo o rosto e os braços descobertos e sem protetor solar. Toxicidade: Excesso de sol não leva a toxicidade de vitamina D, ela só existe via suplementação, e com isso ocorre excesso de absorção de cálcio levando a depósitos nos rins e em outras partes do corpo. Deficiência: Reduz absorção de cálcio, e com isso ocorre alteração na formação de ossos e no crescimento das cartilagens. Com a redução da absorção de cálcio, o organismo começa a retirar cálcio dos ossos para manter a homeostase no sangue. Não são observados benefícios acima de 20 minutos de exposição solar Deficiência (saúde óssea) Crianças Raquitismo Adultos Osteomalácea e osteopenia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes: Sol Suplementos D3 animal e D2 vegetal Alimentos fortificados (normalmente com vitamina D3) Alguns produtos de animais (peixes gordos, óleo de fígado) Fortificação: Leite de vaca é fortificado com vitamina D Leite de soja em geral também (olhar rótulo) Exames: 25-Hidroxivitamina D Cálcio total PTH intacto Fosfatase alcalina Cálcio urinário de 24 horas Os vegetarianos não tem mais risco deapresentar deficiência de vitamina D em comparação com os onívoros Diante de deficiência: a suplementação deve ser feita após a avaliação de exames laboratoriais e deve ser monitorada Mesmos do metabolismo ósseo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Dietas vegetarianas (e principalmente veganas) estão associados a Densidade mineral óssea (DMO) menor, porém, sem relevância clinica significativa. Conclusão: Plant Based Diet podem fornecer quantidades adequadas de nutrientes essenciais para a saúde óssea. Dietas vegetarianas e veganas podem ter efeitos sobre a DMO e taxas de fraturas osteoporóticas semelhantes às dietas onívoras. Apesar de algumas inconsistências na pesquisa, é possível fazer recomendações alimentares que apoiarão a saúde óssea em vegetarianos. Especificamente, as dietas vegetarianas devem incluir o seguinte: cálcio e vitamina D adequados, e esses nutrientes podem vir de alimentos (naturalmente boas fontes e produtos fortificados) e, se necessário, de suplementos, proteína adequada de várias fontes, quantidades generosas de uma variedade de frutas e legumes, e fontes regulares e confiáveis de vitamina B12 para garantir a suficiência. Check list do metabolismo ósseo: Ingerir fontes alimentares de cálcio com ajuste de biodisponibilidade Vitamina D adequada Proteína adequada Sódio adequado Boro e Magnésio (possível efeito: vegetais verde escuros, frutas, leguminosas, oleaginosas) Vitamina K adequada Dieta equilibrada como um todo (balanço de nutrientes) Microbiota intestinal adequada Após os 30 anos: lembrar das perdas naturais Praticar exercícios Suplementar se necessário Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Ácido Fólico O ácido fólico, também conhecido como folato, ou vitamina B9, foi descoberto durante as pesquisas sobre o complexo B, o ácido fólico é necessário em baixas quantidades, porém sua presença é de grande importância no organismo. A dieta habitual deve conter em torno de 0,2 mg de B9. O cozimento dos alimentos pode destruir até 95% da quantidade do ácido, por isso em muitas vezes, existe a necessidade de suplementação. Normalmente simples de alcançar as doses diárias Atenção na programação metabólica e gestação Vitamina do complexo B (hidrossolúvel) Ácido fólico = folato = vitamina B9 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Função: Atua em conjunto com a vitamina B12 na transformação e síntese de proteínas, ela é necessária na formação dos glóbulos vermelhos, no crescimento dos tecidos e na formação do DNA, o que vai interferir na hereditariedade. O ácido fólico também tem um papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares, principalmente nos portadores de distúrbios metabólicos, em que há um aumento da Homocisteína no sangue, por atuar como redutor dessa substância tóxica. É essencial para o crescimento apropriado e bom funcionamento do sistema nervoso e nos núcleos ósseos. Fontes: Vegetais verde-escuros Leguminosas Frutas cítricas Cereais integrais Amendoim Tahine Semente de girassol Aspargos Abacate Couve de Bruxelas Couve-flor Milho Beterraba Batata doce Abobrinha Nabo Tomate Banana Melão Morangos Levedura nutricional Alimentos fortificados Sensível a temperatura! Perdas que variam de 50-95% Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Em geral veganos e ovolactovegetarianos consomem cerca de 20-50% mais de folato do que a população onívora A adequação de ferro e de vitamina C auxiliam na absorção Biodisponibilidade de folato em alimentos: Considera-se um média de 50% Adequação de ácido fólico: Alimento Quantidade Teor de ácido fólico (mcg/porção) Feijão preto cozido 1 concha média (100g) 130 Feijão branco cozido 1 concha média (100g) 140 Arroz branco cozido 1 colher de servir (45g) 27 Brócolis cozido 3 colheres de sopa cheias (30G) 39 Salada de alface romana 1 xícara 76 Cenoura ralada crua 3 colheres de sopa cheias (36g) 5 Suco de laranja 1 copo 76 RDA: Adultos: 400mcg/dia Gestantes: 600 mcg/dia Lactantes: 500 mcg/dia UL: 1000 mcg/dia 493mcg de ácido fólico Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Deficiência: Acúmulo de homocisteína (predispõe a DCV, Alzheimer e demência) Anemia Megaloblástica Defeitos do tubo neural e outras complicações na gestação e para o bebê Algumas drogas interagem com o ácido fólico e podem levar a deficiências A suplementação de ácido fólico no início da gestação é de extrema importância. A principal manifestação da carência de ácido fólico é a alta incidência de crianças com malformações congênitas do sistema nervoso (como a espinha bífida e anencefalia), nascidas de mães que foram carentes em ácido fólico no início da gravidez, como também, nessa situação é notado o aumento da ocorrência de partos prematuros, lábio leporino e fissura palatina. Estima-se que a administração preventiva de ácido fólico neste período e durante toda a gestação, reduz a incidência de malformações congênitas em 70%. Suplementação: Metilfolato Relação Ácido Fólico e Vitamina B12 A deficiência de vitamina B12, vitamina B6 e ácido fólico prejudica a execução de diversas reações enzimáticas no organismo. A redução dos níveis dessas vitaminas impede o funcionamento da metionina sintase, CBS e MTHFR, enzimas com função no metabolismo e redução dos níveis de homocisteína no sangue, devido a isso ocorre o aumento das concentrações plasmáticas da mesma. Estudos atuais demostram que o excesso de homocisteína está relacionado com alterações na estrutura de proteínas, peroxidação lipídica, inflamação e danos ao DNA. COUSSIRAT, Caroline et al. Vitaminas B12, B6, B9 e homocisteína e sua relação com a massa óssea em idosos. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, Rio de Janeiro, p.577-585, 2012. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exames: Ácido fólico (sérico) Avaliar em conjunto vitamina B12 e Homocisteína Vitamina B12 A vitamina B12, ou cianocobalamina, faz parte de uma família de compostos denominados genericamente de cobalaminas. É uma vitamina hidrossolúvel, sintetizada exclusivamente por microrganismos, encontrada em praticamente todos os tecidos do corpo e estocada primariamente no fígado na forma de adenosilcobalamina. No organismo humano funciona como um cofator essencial para duas enzimas: metionina sintase e L-metilmalonil-coA mutase, ambas diretas ou indiretamente envolvidas no metabolismo da homocisteína (Hcy). É essencial em diversas reações bioquímicas na natureza, a maioria das quais implica redistribuição de hidrogênios e de carbonos. A vitamina B12 é produzida exclusivamente por micro-organismos e algumas destas bactérias são encontradas nos intestinos humanos, no entanto, os locais de absorção da vitamina são nas membranas e mucosas da boca e do intestino delgado, e a maior parte das bactérias produtoras de B12 vivem no intestino grosso, por isso o corpo não consegue absorver. Judy McBride (2). “B12 Deficiency May Be More Widespread Than Thought”. Agricultural Research Service. United States Department of Agriculture. Retrieved2 July 2012. Em um estado de saúde perfeito, o homem não seria dependente de um consumo de vitamina B12 a partir dos alimentos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Vitamina B12 Vitamina B12 produzida por microrganismos no solo Vacas pastam e ingerem B12 Sintetizam através de plantas contaminadas por fezes ou pela própria flora intestinal Passam por muitos processos de higienização que matam bactérias Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Funções Sistema nervoso central Manutenção e maturação das células sanguíneas RDA: 2,4 mcg/dia Absorção 50% Precisamos de 1mcg por dia Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes: Alimentos de origem animal Alimentos fortificados Fontes análogas de B12: Algas (clorella, spirulina) Alimentos fermentados (missô, tempeh) Deficiência: A deficiência dessa vitamina pode ocasionar transtornos hematológicos, neurológicos e cardiovasculares, estando ela diretamente relacionada com a hiper-homocisteinemia (HHcy), um fator independente de risco cardiovascular e de danos neuronais. Podem ocorrer danos neurológicos quando existe a deficiência, mesmo que não exista ainda a anemia megaloblástica. Na prática clínica a deficiência de vitamina B12 é observada tanto em onívoros quanto em veganos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Sinais e sintomas: Fraqueza Glossite Neuropatia periférica Hiperreflexia Ataxia Perda da própria percepção Coordenação deficiente Alterações do comportamento afetivo Fadigabilidade fácil Dificuldade de manter o equilíbrio Inapetência Náuseas Diarreia Palidez Alopecia Confusão Depressão Dor abdominal difusa Gastrite atrófica Leucopenia Discreta icterícia Diminuição da memória Anemias: Anemia Megaloblástica: por deficiência de B12 ocorre aumento no tamanho das células do sangue Anemia Perniciosa: destruição do fator intrínseco Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Baixa ingestão ou dietas veganas Alcoolismo Perda de acidez gástrica (idade) Cirurgias retirada do estômago/intestino Medicações (antiácidos) Verminoses Doenças no pâncreas e no intestino Alterações genéticas (má absorção da vitamina) Metabolismo de absorção: A vitamina B12 quando ingerida é ligada a uma proteína e discriminada no estômago por pepsina e ácido clorídrico para liberar a vitamina livre. Essa se liga a proteína R (transcobalamina), presente na saliva e no suco gástrico. O complexo B12 - proteína R é secretado na bile, sendo estes complexos degradados pelas enzimas pancreáticas para liberar a vitamina B12 livre, ligando-se no duodeno ao fator intrínseco secretado pela parede gástrica, seguindo até as porções distais do íleo onde se ligam a mucosa e aos receptores celulares. Por que a deficiência de vitamina B12? Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om ABSORÇÃO Transportada para os tecidos pela transcobalamina Secreção ácida para liberar a vitamina B12 do alimento Precisa se ligar ao fator intrínseco (produzido no estômago) Transportador responsável por via alternativa de absorção da vitamina Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om NEVES, Lindalva Batista; MACEDO, Danielle Mazziero; LOPES, Antonio Carlos. Homocisteína. J Bras Patol Med Lab, São Paulo, v. 20, p.311-320, 20 out. 2004. Homocisteína Risco de doença cardiovascular Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Suplementação: Suplementação não há regras, necessário verificar individualmente; Em geral são necessárias doses bem maiores do que a RDA para adultos; Boa resposta por via Injetável: aumento mais rápido nos níveis séricos, porém reduzem com maior velocidade também (nutricionista NÃO pode prescrever); Não tem relato de toxicidade, mas existe a possibilidade de aparecer espinhas ou acne (regride ao parar de usar a suplementação). Tipos de suplementação: Hidroxicobalamina, Cianocobalamina e Metilcobalamina Via oral (cápsulas, gotas e spray), sublingual e injetável; Manter suplementação com dose de manutenção; Importante tomar mesmo sem sentir sintomas de deficiências; Lembrar o paciente que a suplementação é obtida por meio de cultura de bactérias: sem origem animal. Cuidados especiais: gestação, infância e amamentação e cirurgia bariátrica Mais barata Mais ativa Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Check list da Vitamina B12: Avaliar exames independente do sistema alimentar Suplementar (dose de correção e dose de manutenção) Monitorar Atenção maior fases da vida: gestação, infância e senescência Atenção maior sistemas alimentares: vegetarianos estritos Atenção aos principais sintomas: alteração na concentração, memória e atenção e formigamento de pernas Produção ácida normal no estômago Estar atento a deficiência porque pode gerar danos irreversíveis Exames: Hemograma completo Vitamina B12 Ácido Fólico Homocisteína Ácido metilmalônico (padrão ouro) Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Vitamina B6 (PIRIDOXINA) No organismo a piridoxina converte-se em fosfato de piridoxal, que atua como coenzima de cerca de 60 enzimas, a maioria relacionada com o metabolismo de proteínas e aminoácidos. Essa vitamina desempenha importante papel na síntese de neurotransmissores como a noradrenalina, dopamina, serotonina e histamina. Participa também de reações de degradação de aminoácidos, em que um dos produtos finais é a acetilcoenzima A, é necessária à produção de energia e à síntese de proteínas, lipídios e acetilcolina, e participa da hemoglina nas células vermelhas. É uma das vitaminas importantes no metabolismo da homocisteína. Normalmente simples de alcançar doses diárias Não demonstrada deficiência de vitamina B6 na população vegetariana AI até 50 anos: Homens: 1,3mg Mulheres: 1,5mg AI após 50 anos: Homens: 1,5 Mulheres: 1,7 UL: 100mg Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fontes: Levedura, levedura nutricional Cereais integrais Leguminosas Soja e derivados Sementes Vegetais verde escuros Abacate Aspargos Algas Alguns vegetais: abobrinha, batata, tomate Algumas frutas: banana, figo, banana da terra, uva-passa, melancia, laranja Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-mail: p aulanutri@ gmail.c om Apesar das diferenças substanciais na ingestão e deficiência entre os grupos, nossos resultados indicam que, ao consumir uma dieta bem equilibrada, incluindo suplementos ou produtos fortificados, todos os três tipos de dieta podem potencialmente atender aos requisitos de consumo de vitaminas e minerais. Em resumo, dados sugerem que um lacto-ovo-vegetariano bem planejado e consciente da saúde e a dieta vegana, incluindo suplementos, pode atender aos requisitos adequados de micronutrientes. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fibras Fibra alimentar: Qualquer material comestível que não seja hidrolisado pelas enzimas endógenas do trato digestivo humano. Os efeitos positivos da fibra alimentar estão relacionados, em parte, ao fato de que uma parcela da fermentação de seus componentes ocorre no intestino grosso, o que produz impacto sobre a velocidade do trânsito intestinal, sobre o pH do cólon e sobre a produção de subprodutos com importante função fisiológica. Indivíduos com elevado consumo de fibras parecem apresentar menor risco para o desenvolvimento de doença coronariana, hipertensão, obesidade, diabetes e câncer de cólon. O aumento na ingestão de fibras reduz os níveis séricos de colesterol, melhora a glicemia em pacientes com diabetes, reduz o peso corporal e foi associado com menores níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível. Baixo consumo Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Fibras insolúveis: Aumento de volume do bolo fecal Regulam trânsito intestinal (ex: cereais integrais) Lignina, celulose (60% do peso das fezes), hemicelulose Possível visualização Fontes: cereais integrais, leguminosas, legumes Fibras solúveis: Aumentam tempo de mastigação Aumentam fluxo do suco gástrico Retardam o esvaziamento gástrico Retardam absorção glicose (formação de gel) Reduzem a absorção de CL (formação gel) Pectina, gomas, mucilagem, psyllium, beta-glucana Fontes: maçã, aveia, cevada, leguminosas Prebióticos: Ingredientes alimentares que não são digeridos e que afetam de maneira benéfica o hospedeiro por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de uma ou de um número limitado de bactérias do cólon Fermentação das fibras geram ácidos graxos de cadeia curta Reduzem pH intestinal e melhoram a ionização de minerais Acetato, propionato e butirato Frutanos: FOS: chicória, alho, aspargos, cebola, trigo e alcachofra de Jerusalém (tubérculo) INULINA: alcachofra, aspargos, beterraba, chicória, alho, banana, cebola, trigo, tomate, mel, açúcar mascavo e batata yacon Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Amido Resistente: É a soma do amido e dos produtos da sua degradação que não são digeridos e absorvidos no intestino delgado de indivíduos sadios Melhora absorção de Ca, Mg, Fe, Zn e cobre BERNAUD, Fernanda Sarmento Rolla; RODRIGUES, Ticiana da Costa. Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arquivos brasileiros de endocrinologia & metabologia= Brazilian archives of endocrinology and metabolism. Vol. 57, N. 6 (ago 2013), p. 397-405, 2013. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Recomendação de fibras segundo as DRI’s: *25-30g/dia de fibras totais, sendo 25% (6g) de fibra solúvel. Grupo Total de Fibras (g/d) Crianças: 1-3 anos 19 4-8 anos 25 Homens: 9-13 anos 31 14-18 anos 38 19-30 anos 38 31-50 anos 38 51-70 anos 30 >70 anos 30 Mulheres: 9-13 anos 26 14-18 anos 26 19-30 anos 25 31-50 anos 25 51-70 anos 21 >70 anos 21 Em uma Plant Based Diet naturalmente se atinge (e ultrapassa) a recomendação de fibras Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om As fibras alimentares exibem uma gama diversificada de propriedades físico- químicas correspondentes a características fisiológicas. O papel da fibra na saúde se estendeu muito além da melhoria do transito intestinal e inclui benefícios para fatores de risco para doenças cardiovasculares, controle de peso, função imune e saúde do cólon. No entanto, é claro que nem todas as fibras são iguais em termos de tipos e extensão de benefícios à saúde. Características como solubilidade, fermentabilidade e viscosidade são importantes determinantes do efeito que a fibra terá no corpo. Fibras com propriedades prebióticas também podem ser recomendadas como parte da ingestão de fibras. Devido à variabilidade dos efeitos das fibras no corpo, é importante consumir fibras uma variedade de fontes. Como a ingestão de fibra em todo o mundo representa menos da metade dos níveis recomendados, aumentar o consumo de fibras para promoção da saúde e prevenção de doenças é um público crítico objetivo de saúde. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exames laboratoriais: Basear a regulamentação de exames em: LEI N0 8.234/91 DE 17 de Setembro de 1991 RESOLUÇÃO CFN No 236/2000 RESOLUÇÃO CFN 306/200 Considerando que o nutricionista é um profissional de promoção e prevenção de saúde, não, o valor de referência nem sempre será o valor ideal do exame. Exames mais utilizados na prática clínica: Hemograma completo Glicemia de jejum, Insulina de jejum (índice HOMA) Hemoglobina glicada Colesterol total e frações Triglicerídeos Ureia, Creatinina TGO, TGP, Gama-GT, Fosfatase Alcalina Fibrinogênio Ferritina Zinco sérico, selênio sérico, cobre sérico Cálcio total, 25-hidroxivitamina D, PTH intacto Ácido fólico, Vitamina B12 e Homocisteína Proteínas totais e frações PCR ultrassensível Faixa de referência de laboratório é igual ao valor ideal do exame? Avaliar individualmente e solicitar conforme a necessidade! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Cálcio urinário de 24 horas Preparo para o exame de sangue (confirmar com o laboratório): 10hs de jejum 48hs sem atividade física 72hs sem bebida alcoólica Exame para cálcio urinário: Para avaliar situações especificais Para repetir os exames gerais Ideal repetir em 3 meses Ideal repetir de 6 meses a 1 ano Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Suplementação: Pontos importantes para se levar em consideração na hora de suplementar: Plano alimentar Sinais e sintomas Exames Interação entre nutrientes Suplementar e monitorar Vitamina B12 e Vitamina D Ferro (mulheres) Melhores formas de suplementar: Minerais: quelado Cálcio: citrato Ácido fólico: ácido fólico ou metilfolato Vitamina B12: metilcobalamina ou cianocobalamina Vitamina D3 (lanolina): origem animal Vitamina D3 (líquen): origem vegetal Vitamina D2 (plantas e fungos): origem vegetal Excipiente: cápsulas vegetais (celulose) Confirmar matéria-prima: pedir laudo para farmácia Selo “vegan”ou “vegetarian” em suplementos prontos Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Cardápio: Considerar: Rotina Logística Hábito alimentar Objetivo Preferências Opções (2 ou 3 para cada refeição) Exames Cardápio 1: apenas um “start” Exemplo de cardápio: Adulto de 70kg = 2000 calorias Distribuição de macronutrientes: Carboidratos: 60% Proteínas: 15% Lipídeos: 25% Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om CAFÉ DA MANHÃ LANCHE DA MANHÃ Alimento Porção Abacaxi 2 rodelas médias Ameixa 2 unidades Alimento Porção Mamão formosa 1 fatia média Aveia em flocos 1 colher de sopa Pão de trigo integral 2 fatias Pasta de grão-de-bico 2 colheres de sopa rasa Tofú mexido 200g Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om ALMOÇO Alimento Porção Alface crespa 1 prato de sobremesa Rúcula 2 porções – 80 gramas Tomate 1 unidade pequena Pepino 4 rodelas médias Arroz integral 2 colher de servir Feijão carioca 2 conchas Abóbora cabotina 1 colher de servir Azeite extra virgem 1 colher de sobremesa LANCHE DA TARDE 1 Alimento Porção Banana 1 unidade Semente de linhaça triturada 2 colheres de sopa Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om LANCHE DA TARDE 2 Alimento Porção Pão integral 2 fatias Pasta de grão-de-bico 2 colheres de sopa rasa JANTAR Alimento Porção Alface crespa 1 prato de sobremesa Rúcula 2 porções – 80 gramas Cenoura ralada 2 colheres de sopa Arroz integral 2 colheres de servir Feijão carioca 2 conchas Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om CEIA Abobrinha refogada 2 colheres de sopa Brócolis refogado 6 ramos médios Azeite extra virgem 1 colher de sobremesa Alimento Porção Kiwi 2 unidades Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Macronutrientes Percentual (%) Total gramas (g) Percentual (%) Total gramas (g) Carboidratos 60% 300 61,7% 309,13 Proteínas 15% 75 15,16% 75,97 Lipídeos 25% 55 23,56% 52,46 Fibras - 25-30 - 91,83 Sódio - - - 634,94 IG - - - - CG dia - <80 baixos >120 alto 119 – médio Total kcal 2000 kcal - - 2004 kcal CÁLCULO CARDÁPIO! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Testes comparativos para exemplificar: Aveia 2000kcal Aveia em flocos 550g (2 ½ xícaras ou 34 ½ colher de sopa) Carboidrato 61,26% Proteínas 14,41% Lipídios 24,32% Fibra Alimentar 55g Colesterol - Sódio - Total calórico - CG 110 Equilíbrio entre os macros! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Feijão carioca 2000kcal Feijão carioca 21 conchas grandes Carboidrato 73,91% Proteínas 26,09% Lipídios - Fibra Alimentar 232,94g Colesterol - Sódio 54,81mg Total calórico 2017 kcal CG 29-108 Equilíbrio entre os macros! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Queijo Gruyére 2000kcal Queijo Gruyére 21 conchas grandes Carboidrato - Proteínas 28,98% Lipídios 70,69% Fibra Alimentar 0g Colesterol 528mg Sódio 1612,80mg Total calórico 1974 kcal CG 0 Desequilíbrio entre os macros! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Ovo 2000kcal Ovo 21 conchas grandes Carboidrato - Proteínas 38,36% Lipídios 61,65% Fibra Alimentar 0g Colesterol 5756,50mg Sódio 2117mg Total calórico 2011 kcal CG 50-0 Desequilíbrio entre os macros! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Estudos de caso: Considerando os seguintes exames: Avaliação de ingestão e distribuição de carboidratos: Glicemia de jejum Insulina de jejum Hemoglobina glicada Hemograma completo Triglicerídeos Avaliação de ingestão e adequação de gorduras: Colesterol total e frações TGO, TGP, GAMA-GT PCR ultrassensível Ferritina VHS Fibrinogênio Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Adulto Sexo M 36 anos Onívoro Altura: 1,81cm Peso:94kg Objetivo: Saúde e melhorar a qualidade de vida de forma radical Quadro clínico: Esteatose hepática Alterações exames bioquímicos Ansiedade Asma/rinite Dor estômago/intestino solto Alteração sono Fumou 3 anos: parou recentemente Bebida alcoólica: parou recentemente Sedentário Queixas de cansaço Caso 1: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Iniciando medicação de (após consulta com endócrino): Se interessou pela Plant Based Diet diante dos possíveis resultados Mudou a base da alimentação para: Plant based 100% Origem vegetal Comida feita em casa Maior parcela orgânicos Meta inicial: 10kg Não precisar de remédios LIVALO PURAN T4 Melatonina Nasonet - Seretide Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Parâmetros 19/12/2018 21/01/2019 32 dias Peso (kg) 94 89,1 -4,9 % gordura 28,1 22,8 -5,3% (6,1kg) IMC (kg/m²) 28,7 27,2 1,5 Músculo esquelético 38,5 39,3 (+800g) Primeira consulta DETERMINAÇÃO 4,9 kg em 32 dias Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Planejamento de cardápio: 62,73% carboidrato 13,24% proteína 24,64% lipídeo 68,93g fibras 0mg Colesterol 110 CG Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exames laboratoriais: 20/10/2018 05/01/2019 Glicemia 93 97 Hemoglobina glicada 5,6% 5,0% Insulina - 11 Colesterol total 312 185 LDL 210 121 HDL 41 36 VLDL 61 28 TG 410 160 Vitamina B12 - 310 Ferritina 440 316 TGO/TGP/GAMA-GT 42/81/24 28/45/15 Vitamina D 17 30 Homocisteína - 9 PCR ultrassensível 0.79 0.49 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Idoso Sexo M 61 anos Onívoro Altura: 1,72cm Peso:94kg Objetivo: Tratamento e melhora na qualidade de vida e controle de peso Quer se manter onívoro (mas consomebem poucas fontes animais); Desejo de perder de 3 a 4 quilos; Queixas gastrintestinais Treinos 3x/semana Medicação em uso: Caso 2: Nexium Pantoprazol Vitamina D Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Parâmetros 18/01/2019 29/03/2019 71 dias Peso (kg) 83,3 79,3 -4 % gordura 25,2 23,5 - 1,7% - 2,350kg IMC (kg/m²) 28,2 26,8 - 1,4 Músculo esquelético 33,7 34,5 -710g Exames laboratoriais: 18/07/2018 26/02/2019 Glicemia 91 94 Hemoglobina glicada 5,5% 5,4% Insulina 7 4,6 Colesterol total 176 122 LDL 110 65 HDL 40 37 VLDL 40 20 TG 179 100 Vitamina B12 - 282 Ferritina 593,3 482 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om TGO/TGP/GAMA-GT < 20 < 20 Homocisteína - 9,9 PCR ultrassensível - 0,14 Circunferências: CC cintura 95,4 91,4 CA1 (em cima do umbigo) 100,4 93,7 CA2 (abaixo do umbigo) 98,4 96,8 Planejamento de cardápio: 62,97% carboidrato 18,55% proteína 19,07% lipídeo 55g fibras 134,71mg Colesterol 104 CG Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Sexo M 31 anos Onívoro Altura: 1,84cm Peso: 80,7kg Objetivo: Baixar o colesterol com reeducação e melhorar a performance nos treinos Pensa em fazer maratona em 2019; Início do acompanhamento em novembro de 2018, porém o paciente só começou a seguir em janeiro de 2019; Consumo de bebida alcoólica 2-3x por semana; Rotina estressante; Poucas horas de sono; Pilares 2x na semana; natação 1x na semana; corrida 3x na semana. Medicação em uso: Caso 3: Pantoprazol Lufagastropro Buzonid nasal Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Parâmetros 16/11/2018 25/04/2019 4 meses Peso (kg) 80,7 75,2 -5,5 % gordura 22,1 16,4 -5,7% - 5,5kg IMC (kg/m²) 23,8 22,2 -1,6 Músculo esquelético 37,4 40,7 + 400g Exames laboratoriais: 11/08/2018 13/04/2019 Glicemia 83 80 Hemoglobina glicada 5,1% 4,8% Insulina - 5,6 Colesterol total 236 158 LDL 164 91 HDL 50 50 VLDL 22 17 TG 106 84 TGO 27 22 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om TGP 40 29 Ferritina - 124,9 PCR ultrassensível - 0,08 Circunferências: CC cintura 91,4 83,3 CA1 (em cima do umbigo) 91,6 83,6 CA2 (abaixo do umbigo) 92,8 86,2 CB: 32,2 31,3 Professora Débhora Medeiros Caso 4: Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Exames laboratoriais: ABRIL 2019 VEGAN JUNHO 2016 VEGGIE JULHO 2013 ONÍVORA Glicemia 83 86 80 Hemoglobina glicada 4,8% 4,8% 5,1% Insulina 4 7 8 Colesterol total 113 143 147 LDL 43 60 78 HDL 56 68 57 VLDL 14 15 11 PCR ultra < 0,03 < 0,03 < 0,03 Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om ADESÃO DO PACIENTE AO SISTEMA ALIMENTAR PLANT BASED Inúmeras questões podem estar por trás da baixa adesão do paciente ao sistema alimentar plant based. O profissional vê o desejo do paciente em fazer essa troca, mas existe a dificuldade da adesão, os questionamentos e alguns conflitos que ainda precisam ser solucionados. Existem duas formas de fazer a alimentação plant based: 1) Alimentação simples 2) Alimentação gourmet Todos os alimentos estarão à disposição do paciente, para que ele possa buscar fazer preparações incríveis, atrativas e que geram PRAZER. Depende do paciente Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Por isso, a necessidade de ter a Nutrição junto a Gastronomia. Para que se possa explorar todas as técnicas dietéticas, temperos, sabores, aromas e biodisponibilidades. Buscando trazer tudo aquilo se aplicava em receitas animais, para o lado vegetal. Afim de ser capaz de consumir qualquer preparação. @chefthiagomedeiros @chefthiagomedeiros Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Pontos para serem trabalhamos na ADESÃO: 1) POR QUE? Por que o seu paciente quer mudar o sistema alimentar? O que fez ele pensar nisso? Quais os motivos? Qual a motivação? 2) ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E DE AUMENTO Criar estratégias para ir reduzindo o consumo de fontes animais e ir aumentando o consumo de fontes vegetais. Devem ser estratégias confortáveis e que transitem de uma forma natural BOLINHOS DE COGUMELOS COM TOFÚ - @CHEGTHIAGOMEDEIROS 1kg de tofu extra firme 200g de shimeji 200g de Shitake 200g de cogumelo paris 4 dentes de alho 1 maço tomilho 2 c/ sopa de cebola em pó 2 c/ sopa de páprica defumada 2 c/ sopa de cominho 1 xic de farinha de arroz 1 maço de salsa Sal e pimenta do reino a gosto ½ xic de farinha de linhaça Modo de preparo: Amasse o tofu com a ajuda de um garfo e tempere com cebola em pó, páprica defumada, sal, pimenta do reino e azeite extra virgem. Para os cogumelos, pique-os bem na ponta da faca, tempere com alho espremido, cominho e tomilho e então refogue em uma frigideira antiaderente até que fiquem bem dourados. Finalize com salsa e junte os cogumelos com o tofu, adicione a farinha de arroz até chegar no ponto de conseguir bolear com as mãos. Empane as bolinhas na farinha de linhaça e leve ao forno pré-aquecido a 180C por 20 minutos, ou até que fiquem bem crocantes. Servir como o molho de sua preferência. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om durante a rotina do paciente. Essa transição pode ser tranquila e devagar, pois será uma mudança para vida inteira. Ex 1: fazer os almoços onívoros e o jantar vegano. Ex 2: Escolher uma vez por semana uma alimentação sem fonte animal. Ex 3: Consumir apenas metade da quantidade que consumia de fonte animal no almoço e no jantar 3) DOCUMENTÁRIOS E LIVROS Dar sugestões ao paciente sobre documentários e livros relacionados ao tema. Para que ele conheça mais sobre essa área, entenda os impactos ambientais gerados, conheça a produção industrial dos alimentos e entre outros. Para que ele fique inteirado com esse assunto e também que conheça os dados relacionados aos sistemas alimentares. 4) EXPERICÊNCIAS E VIVÊNCIAS Estimular para que o paciente tenha mais experiências e vivências do mundo vegetariano/vegano. Para que ele conheça pessoas e locais que têm os mesmo interesses e objetivos de sustentabilidade; para que ele tenha conhecimento do que ele pode fazer nessa área; para ser fonte de inspiração e motivação para continuar seguindo esse sistema. 5) COZINHAR Apresentar livros de receitas para que o paciente tenha mais variações de preparações. Estimular para que o paciente cozinhe e tenha mais contato com os alimentos. Dica: apresentar site e aplicativos veganos que possuem rede de apoio para aumentar adesão e aumentar o estímulo; que dão dicas para pessoas que estão nessa transição 6) FEIRA Estimular para que o paciente vá a feira, para ter mais contatos com os alimentos,para que conheça todos os alimentos ofertados e isso pode fazer com que o paciente tenha mais vontade de cozinhar. Ter contato com o feirante, saber de onde vem o alimento e entender a produção. A feira poderá fazer o paciente pensar também sobre a utilização de agrotóxicos. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om 7) FREQUENTAR RESTAURANTES Para se familiarizar mais com esse sistema, conhecer novos sabores, descobrir novos pratos que podem ser feitos e que a alimentação vegetariana/vegana pode sim ser prazerosa. DEVE-SE VIVER EXPERIÊNCIAS CLÍNICAS E PESSOAIS RESUMO Reconhecimento de benefícios; Comece com pequenas mudanças; Entender os riscos da dieta atual (onívoros) e os benefícios da plant-based; Explorar a gastronomia: sabores, cores e técnicas; Rede de suporte; Acrescentar alimentos e não tirar; Aumentar as cores: frutas, verduras e legumes; Aumentar os grãos; Diminuir os processados; Diminui a carne vermelha e embutidos para máximo 1x/ semana. Visita em uma fazenda que produzia leite e queijo de cabras Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om DEVE-SE TER CONSCIÊNCIA ALIMENTAR Fazer o paciente pensar: Por que você come? Você sabe o que coloca para dentro do seu corpo? Você sabe qual a qualidade nutricional da sua alimentação? Você sabe o que o corpo humano precisa? Como deve preparar os alimentos? (Método de cocção, utensílios, sazonalidade) RECADO PARA O PROFISSIONAL O sistema alimentar plant based é uma alternativa/estratégia para a qualidade de vida como um todo, prevenção e tratamento de problemas de saúde. O paciente precisa saber dessa possibilidade; O profissional não capacitado pode encaminhar para outros profissionais. O profissional não é obrigado a estar capacitado para atender em todas as áreas, mas caso ocorra de dizer que esse sistema não é adequado, isso é uma opnião equivocada e desatualizada, pois as evidências científicas já comprovam o seu benefício e segurança. Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Você mexe no celular quando come? Valoriza sua refeição? Tem consciência do que está comendo? (Mindful eating) Você sabe de onde vem seus alimentos? Sua produção? Como eles são produzidos? Qual o impacto ambiental que os alimentos que você consome causa? Tanto faz o custo do seu alimento? Você já tinha pensado sobre tudo isso? A forma de consciência alimentar dentro do veganismo: Consciência alimentar Cuidado com o ser humano Cuidado com o meio- ambiente Cuidado com os animais Cuidado com o alimento Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om E tem mais: Conexão; Cuidado; Respeito; Admiração; Amor; Compreensão; Aprendizado; Evolução. DIETA PLANT BASED: Qualidade de vida; Associada a saúde; Sustentável; Ética; Bonita; Colorida; Saborosa; Extremamente rica em compostos bioativos; COMIDA DE VERDADE! Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om Indicações de livros: BRENDA DAVIS, R.D & VESANTO MELINA, M.S., R.D. Becoming vegan. The complete guide to adoping a healthy plant-based diet. 2000. CALIXTO-LIMA L, REIS N.T. Interpretação de Exames Laboratoriais aplicados à Nutrição Clínica. Editora Rubio, 2018. MARIOTTI F. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention, 2017. SLYWITCH E. Alimentação sem carne. Um guia prático para montar sua dieta vegetariana com saúde. 2ª edição, 2015 “Para que as suas decisões sejam sustentáveis, elas têm que vir de dentro para fora. Tem que fazer sentido para você. Por isso são estáveis. Por isso te fazem feliz. Existe respeito e compreensão paralelo ao esforço e a dedicação. Entre em contato com os seus valores, com a sua intuição. Marque sua trajetória com pegadas de cuidado. Só você pode saber seus limites. Busque a verdade tome as suas decisões. Assuma a sua responsabilidade. Lembre-se que sempre tem mais alguém que confia em você. Construa a sua Consciência Alimentar. ” Débhora Medeiros - Nutricionista Proprie dade do In stit uto Ana Paula Pujol b y Oniso ft Lice ncia do para Paula W erneck E-m ail: p aulanutri@ gmail.c om